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Direito Tributário e Processual

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AULA 1
prof.raphaelcabral@gmaill.com
raphael.texeira@uva.br
Direito material
Tributação e processo
1) Faltas
2) Bibliografias 
-James Marins / Hugo de Brigo
-Machado Segundo 
3)Avaliação
3.1) Prescrição e Decadência -> 5,0
3.2) Questões da OAB / Concurso / ENADE -> 5,0
4) Plano de Ensino
1)RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA 
1.1) OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (PRINCIPAL E ACESSÓRIA)
1.2) SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO
1.3) SUJEITO PASSIVO: CONTRIBUINTE/RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO
1.4) ESPÉCIE DE RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
2.0) CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
2.1) LANÇAMENTO 
2.2) DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
2.3) CAUSAS DE SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
2.4) GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
3) ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
3.1) FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA
3.2) DÍVIDA ATIVA 
3.3) CERTIDÕES
Direito processual
1) AÇÕES DO CONTRIBUINTE
1.1) AÇÃO DECLARATÓRIO 
1.2) AÇÃO ANULATÓRIA 
1.3) MANDADO DE SEGURANÇA 
2)EXECUÇÃO FISCAL – VIAS DE DEFESA DO EXECUTADO 
2.1) EMBARGOS A EXECUÇÃO FISCAL 
2.2) EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE
LEI 6.830/80 (LEF)
3)PAGAMENTO INDEVIDO DO TRIBUTO E PEDIDO DE RESTITUIÇÃO
3.1) AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO
3.2) PRECATÓRIO(RPV) X COMPENSAÇÃO 
3.3) ATUALIZAÇÃO DOS VALORES
4) AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO NO DIREITO TRIBUTÁRIO
5) PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
6) RECURSOS DO CPC APLICADOS NO DIREITO TRIBUTÁRIO
1)RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA 
1.1) OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (PRINCIPAL E ACESSÓRIA)
Principal = Pagar o tributo
Acessória = Emissão da nota fiscal, envio de declarações, escrituração contábil, 
Obs1: A obrigação principal necessariamente, precisa estar prevista em lei. A obrigação acessória pode estar prevista em lei, mas nada impede que ela seja imposta ao particular estando esta obrigação prevista em atos infralegais. 
(Prova)Obs2: A obrigação tributária acessória não segue a obrigação tributária principal. A obrigação acessória é autônoma e independente da obrigação tributária principal.
Obs3: Art. 113, §3°, CTN - A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Exemplo: Vender um produto sem a nota fiscal (obrigação acessória), vai me gerar multa (penalidade pecuniária convertida em multa, obrigação principal).
 
Gabarito = A obrigação acessória é autônoma e independente da obrigação tributária principal.
1.2) SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO
SUJEITO ATIVO: Credor – pessoa jurídica de direito público
SUJEITO PASSIVO: Devedor – pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniária. 
1.3) SUJEITO PASSIVO: CONTRIBUINTE/RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO
CONTRIBUINTE - art,121, I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
Eu sou o contribuinte, proprietário do imóvel (fato gerador) que paga o IPTU.
RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO - art.121, II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Pablo adquire imóvel antes da cobrança do IPTU, vem a lei e aponta o Pablo, como responsável pelo tributo, tendo em vista sua relação indireta com o fato gerador (Compra do apartamento).
Súmula 614: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos.
Art. 134 – RESPONSABILIDADE DE TERCEIRO
Só a lei pode atribuir responsabilidade tributária. Contrato entre particulares não podem atribuir responsabilidade.
A responsabilidade tributária só pode ser atribuída por lei, isto é: um contrato entre particulares não pode atribuir a alguém responsabilidade tributária.
E, assim como um contrato não pode atribuir responsabilidade tributária, se a lei não o fizer, ele também não pode eximir de responsabilidade alguém que a lei tenha dito que é responsável tributário.
Rio, 21/03/2024
Somente a lei pode atribuir responsabilidade tributária
Ex: Contrato de locação que tem como cláusula o dever de pagamento dos tributos do imóvel pertencente ao locatário. 
A dívida será cobrada do proprietário (locador) e não do locatário.
O reembolso será por meio de ação de regresso, no âmbito civil. Não poderá ser oponível a fazenda pública. 
1.4) ESPÉCIE DE RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
 Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente (Responsabilidade Subsidiária) com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
Falta assistir aula 
28/03/2024
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA 
4 Efeitos 
1)Não benefício de ordem 
Em sendo estabelecida a solidariedade entre os responsáveis pelo pagamento da obrigação tributária, dispõe o CTN que não pode ser invocado o benefício de ordem. Isso significa que um dos devedores solidários não pode condicionar o pagamento da obrigação à prévia execução dos outros devedores solidários.
2)O pagamento feito por um dos devedores solidários será aproveitado pelos demais. 
3) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; 
4) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. São esclarecimentos meramente didáticos, pois tanto o pagamento, como a isenção, a remissão e a prescrição são eventos que atingem a própria obrigação, repercutindo sobre todos os que são solidariamente responsáveis pelo seu adimplemento.
RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES 
1)Responsabilidade na sucessão imobiliária (do adquirente de bem móvel)
Responsabilidades transferidas a José – Art.130
Exceção: 
1°) Portar a certidão de ônus reais comprova a ausência de dívidas no imóvel
2°) Propriedades advindas de leilão não tem dívidas tributárias.
04/04/2024
Rio de Janeiro, 18/04/2024.
Responsabilidade do sócio (PF) por dívida tributária da sociedade empresária 
Art. 135, III, CTN
S. 430 e 435 STJ
Outras decisões sobre o tema.
Nº 430 STJ
1)Só o sócio administrador/diretor/gerente poderá ser responsabilizado por dívida tributária da Sociedade empresária.
João(10%) e Maria(90%), Sócios da empresa Delta. João é sócio administrador, nos termos do contrato social. João irá responder pelas responsabilidades tributárias, independentemente, dele ter a menor cota da sociedade.
Súmula 430 -
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.
2)Atos praticados com excesso de poderes ou infração à lei 
3)
Súmula 435 -
Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
IRPJ – 300.000
Contribuição Previdenciária – 200.000
Total: 500.000
O tema tratou do reconhecimento da responsabilidade tributária na forma do art. 135, III, do Código Tributário Nacional, para fins de redirecionamento da execução fiscal: a) apenas do sócio que exercia a gerência da empresa devedora à época do fato gerador; b) do sócio presente quando do encerramento irregular das atividades empresariais; ou (iii) somente do sócio que era administrador tanto à época do fato gerador como da dissolução irregular.
Assim, para Fazenda a data do fato gerador ou vencimento do tributo não é marco para definir a responsabilidade pela dissolução irregular e o redirecionamento da execução fiscal, uma vez que o que ocasiona a responsabilidade tributária é a infração da lei, neste caso considerada a dissolução irregular ou a sua presunção.
Tema 
À luz do art. 135, III, do CTN, o pedido de redirecionamento da Execução Fiscal, quando fundado na hipótese de dissolução irregular da sociedade empresária executadaou de presunção de sua ocorrência (Súmula 435/STJ), pode ser autorizado contra: (i) o sócio com poderes de administração da sociedade, na data em que configurada a sua dissolução irregular ou a presunção de sua ocorrência (Súmula 435/STJ), e que, concomitantemente, tenha exercido poderes de gerência, na data em que ocorrido o fato gerador da obrigação tributária não adimplida; ou (ii) o sócio com poderes de administração da sociedade, na data em que configurada a sua dissolução irregular ou a presunção de sua ocorrência (Súmula 435/STJ), ainda que não tenha exercido poderes de gerência, na data em que ocorrido o fato gerador do tributo não adimplido.
B) Não. Súmula 430. 
Súmula 435 - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
Súmula 430 -
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.
25/04/2024
Decadência e Prescrição do crédito tributário 
Art. 156, V, CTN – A prescrição e decadência são causa de extinção do crédito tributário.
LANÇAMENTO DE OFÍCIO
Fazenda pública – 
Verifica a ocorrência do Fato Gerador, 
Cálculo de tributo devido, 
Inércia para pagamento 
Exemplo: IPTU, IPVA, Contribuição de melhoria, Taxas
LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO (LANÇAMENTO MISTO)
Contribuinte precisa informar a fazendo a ocorrência do fato gerador.
Fazenda terá condições de calcular o tributo devido e entregar para pagamento 
Exemplo: ITBI, ITD, ITCMD
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO (AUTOLANÇAMENTO)
O próprio contribuinte tem o dever legal de saber a ocorrência do Fato Gerador, calcular os tributos devidos, Paga.
A fazenda concorda ou não com os cálculos apresentados pelos contribuintes. 
Exemplo: IPI, ICMS, ISS, IR, PIS, COFINS, CSLL, SOC. PREV.
A fazendo tem um prazo para manifestação quanto ao calculo homologado. 
Devido=100
Recolhi=80
Lançado=20
Empresa vende mercadoria dia 18/02/214(data do fato gerador).
ICMS – 100
Tinha que pagar 80
Declarou 80
Regra = 173, I
Excessão=150, §4°
Súmula 555, STJ. 
Como contar prazo prescricional?
-Verificar a última data para pagamento
-Considere o dia seguinte ao último dia útil.
-Em regra o tributo vai vencer em 30 dias, a contar da notificação em que o usuário é notificado para pagamento. Prazo da Receita 30 dias. 
A data que foi distribuída a execução fiscal.
A causa de interrupção é o despacho do juiz ordenando a citação.
240, §1º CPC - § 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
O contribuinte pode solicitar para que suspenda a exigibilidade do crédito tributário.
1) Pagamento que vai gerar a extinção. 156,I, CTN
2)Parcelar 
3) Impugnação administrativa 
4)Impugnação Judicial
5) 
09/05/2024
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO
  Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)    
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)  
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.
Se na causa de suspensão o ente publico fica impedido de aplicar medidas para a cobrança judicial de um tributo que não foi pago, a procuradoria fica de mãos amarradas não podendo ajuizar uma execução fiscal daquele tributo.
Assim, esse impedimento gera impacto na contagem do prazo prescricional. 
O prazo prescricional é o prazo que o ente público tem para a cobrança judicial por meio de execução fiscal de uma dívida ativa que não foi paga, de um tributo que não foi quitado. 
Este prazo é contado a partir do dia útil seguinte ao último dia de pagamento do tributo, ou seja, se o contribuinte não realizou o pagamento do tributo dentro do prazo que ele tinha para pagar o tributo, a partir do dia seguinte começa a contar o prazo de 5 anos. 
O professor explicou que: Quando o contribuinte recebe a cobrança de um tributo ele pode tomar 5 decisões 
Suspensão da exigibilidade da cobrança tributária 
Pagar
Parcelar 
Administrativa 
Judicial 
Não pagar 
OBS: Observe a data da distribuição da execução fiscal 
Se a distribuição ocorreu dentro do prazo não está prescrita
Mas, se ocorreu fora do prazo para distribuição há prescrição.
Ainda que tenha sido feita inscrição em dívida ativa e a emissão da CDA(Título Executivo), dentro dos 5 anos.
Observe a data da distribuição da execução fiscal
Mesmo que o juiz ordene a citação do executado, para além do prazo prescricional de 5 anos, a gente não vai poder dizer que houve prescrição porque há uma determinação do art. 240, §1° CPC 
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
Súmula 106 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL - CITAÇÃO Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou decadência.
Parcelar - Administrativa - Judicial – Essas decisões podem suspender a exigibilidade do crédito tributário.
 1 ° Se a fazenda fica impedida de executar – Não correrá prazo prescricional.
2° Contribuinte terá direito a ceetidão positiva com efeito de negativa
16/05/2024
- Súmula 409 - Em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser decretada de ofício (art. 219, § 5º, do CPC).
- Lei de execução fiscal, art. 8°;
https://processo.stj.jus.br/jurisprudencia/externo/informativo/?acao=pesquisarumaedicao&livre=0635.cod.#:~:text=314%2FSTJ%3A%20%22Em%20execu%C3%A7%C3%A3o,prazo%20da%20prescri%C3%A7%C3%A3o%20q%C3%BCinq%C3%BCenal%20intercorrente%22.
Item, 1, 2, 3, 4.2
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