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Aula 02 SIA - Civil II - 2013

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Universidade Estácio de Sá – Campus Resende 
Disciplina: Direito Civil II – (Obrigações)
Prof. Ciro Ferreira dos Santos
Aula 02 - Elementos Constitutivos das Obrigações e Classificação das Obrigações   
ESTRUTURA DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL
(art. 233 e seguintes do CC )
1 – ESTRUTURA
Dois sujeitos, credor e devedor; vínculo jurídico entre eles que é a prestação (objeto).
Elementos: sujeito ativo; sujeito passivo; objeto; vínculo jurídico.
Não há poder sobre a coisa; o credor quer que o devedor satisfaça a obrigação, voluntariamente ou coativamente. A execução sobre o patrimônio só acontece na segunda fase – execução coativa.
OBJETO IMEDIATO – prestação; conduta do devedor; Ex.: contrato de mandato – execução dos serviços.
OBJETO MEDIATO – é o objeto sobre o qual incide a prestação. Ex.: Contrato de Mandato – é o próprio serviço ou própria atividade.
2 – Elementos
2.1 – Sujeitos da Relação Obrigacional:
O Credor: é aquele que tem interesse que a obrigação seja cumprida. Para tanto pode: exigir o cumprimento, executar, dispor do crédito, ceder o direito de crédito.
O Devedor: é aquele que deve praticar a atividade; conduta em prol do credor ou de quem ele determinar.
Os sujeitos devem ser determinados ou determináveis (indeterminação transitória ).
Indeterminação do credor: Ex.: oferta de recompensa; Títulos ao Portador ou à Ordem. 
Indeterminação do devedor: Ex.: adquirente de imóvel hipotecado que responde com este pela solução da dívida.
ATT.: A fusão dos dois pólos da obrigação numa só pessoa, extingue a obrigação (Confusão – art. 381 CC )
ELEMENTOS ESSENCIAIS DA OBRIGAÇÃO
										Sujeito
										Objeto
										Vínculo Jurídico
1. SUJEITO
Ativo (Credor)
Passivo (Devedor)
Pode ser momentaneamente indeterminado (determinável) na constituição da obrigação
Deve ser determinado no momento do cumprimento da obrigação (‘solutio’). Ex.: Oferta ao público e Titulo ao portador
Caso permaneça indeterminado, surge a questão judicial.
Os sujeitos (credor e devedor) devem ser distintos, caso contrário, ocorre a confusão e, conseqüentemente, a extinção da obrigação
Pode ocorrer a pluralidade de credores e/ou devedores
2.2 – Objeto da Relação Obrigacional 
É a prestação consiste em dar, fazer ou não fazer algo; atos ou conjunto de atos praticados por uma pessoa. 
A prestação é o objeto imediato. 
O bem material vinculado à prestação é o objeto mediato
Deve ser possível, lícita e determinável – tanto o objeto da prestação quanto do objeto material sobre a qual incide;
Quando se trata de possibilidade da prestação, está se referindo aos conceitos gerais de negócio jurídico; Física ou juridicamente possível – art.166, II CC; se parcialmente, será parcialmente exigível (art. 106 do CC). Se nascer impossível e tornar-se possível após, também será exigível a partir de então.
Pode ainda ser materialmente realizável, mas legalmente há um obstáculo, inviabilizando-se a prestação. Ex.: importar produtos ilegais.
Licitude – deve seguir também a regra geral dos atos jurídicos lícitos, não devendo enfrentar os bons costumes, a moral e a ordem pública (art. 166 do CC). Ex.: Contratar assassinato; casamento em troca de vantagens pecuniárias.
Determinação da Prestação – será determinada quando desde o seu início o objeto for determinado; será determinável quando for identificado quando do cumprimento da obrigação. Ex.: Obrigações genéricas (fungíveis - art. 243 do CC). Concentração da prestação momento da determinação no cumprimento.
2.3 – Patrimonialidade
O conteúdo da prestação deve possuir caráter patrimonial, direto ou indireto; caso não ficará no campo da moral, não será jurídica. Ex.: servir às forças armadas – não é direito obrigacional.
A obrigação deve ser possível de ser avaliada em dinheiro, pois a coercibilidade residirá no caráter patrimonial, mesmo que indiretamente, casos de resolução por perdas e danos; trata-se, aqui de um substitutivo do cumprimento, reequilibrando-se a relação jurídica.
Por fim, conclui-se que a questão é polêmica entre os autores, sobretudo no que tange ao caráter patrimonial indireto, que surge quando das obrigações de caráter moral em descumprimento.
O que deve ser avaliado é o interesse do credor no cumprimento da obrigação – Segundo Pontes de Miranda, todo interesse, se lícito, deve ser protegido e adimplido.
EXCEÇÃO: OBRIGAÇÕES GERADAS NO DIREITO DE FAMÍLIA QUE PERTENCE A DIREITOS DE OUTRA ÍNDOLE, POIS NÃO DERIVAM DA AUTONOMIA DE VONTADE; NORMAS COGENTES QUE PROTEGEM A FAMÍLIA.
2.4 – Vínculo Jurídico
No Direito Romano, o vínculo era do credor sobre a pessoa do devedor – caráter pessoal estrito.
Atualmente, o vínculo situa-se entre o credor e o devedor que é a prestação. Assim, há um elemento pessoal e um elemento patrimonial.
Elemento pessoal: credor, devedor e prestação (comportamento positivo ou negativo do devedor) – débito; subordinação jurídica; há uma constrição da liberdade do sujeito passivo
Elemento patrimonial: disposição do patrimônio quando do descumprimento. – responsabilidade. – é o reflexo daquela constrição. Meios coercíveis do credor exigir a prestação.
A GARANTIA é um elemento extrínseco da responsabilidade – artigos do CPC 580, 621, etc.
O vínculo jurídico é a cerne do Direito Obrigacional
Somente o credor pode exigir, em princípio, pois possui a tutela jurídica da qual é titular.
Por outro lado, a posição do devedor é de dever prestar a obrigação, não é ônus, pois trata-se de interesse alheio; caso não o faça deverá sofrer as sanções atinentes à mora e ao inadimplemento. (art. 394 e 402 do CC).
Exceções, para confirmar a regra, quanto à bipolaridade débito e responsabilidade, pois devem existir ambos:
Obrigações Naturais: há débito, mas não há responsabilidade;
Contratos de Fiança: Não há débito, mas há responsabilidade.
VÍNCULO JURÍDICO
É o poder que o Credor tem sobre o Devedor
Limitação
		
	
Liberdade individual		Seriedade da prestação
								
	
Diminuição da liberdade		mínimo de razoabilidade
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES 
(art. 233 e ss do CC )
1 – INTRODUÇÃO
- As modalidades termo, encargo e condição, repete-se nos tipos de obrigações: obrigações condicionais, obrigações a termo e obrigações com encargo.
- O Novo Código Civil adotou a manutenção da classificação estabelecida por Clóvis Bevilácqua, sendo esta mais difundida é aquela em que se subdivide em dar, fazer (obrigações positivas) ou não-fazer (obrigações negativas);
As Obrigações podem ser:
- Simples - um único ato ou uma só coisa;
- Conjunta – mais de um ato ou mais de uma coisa;
- Instantâneas – Exaure-se num único ato;
- Periódicas – Cumpridas num espaço de tempo;
- Única – Só um credor e um devedor;
- Múltiplas ou Plúrimas – mais de um credor ou mais de um devedor; podem ser conjuntas ou solidárias:
- Conjuntas - cada titular somente irá responder por sua quota-parte;
- Solidárias - cada credor ou devedor pode ser obrigado a receber ou efetivar o pagamento por inteiro.
- Divisíveis: sob o ponto de vista do objeto da prestação;
- Indivisíveis: são aquelas em que o objeto não permite uma divisão.
ATENÇÃO; a solidariedade (vontade das partes) exige indivisibilidade, o que não significa que ocorrerá apenas com objetos indivisíveis.
 
Quanto ao Modo de Execução:
Simples: sem cláusula restritiva;
Conjuntivas: há uma adição entre os objetos (A e B)
Alternativas: há uma opção entre um ou outro objeto (A ou B)
Facultativa: há uma faculdade exercida pelo devedor quando do cumprimento da prestação.
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES:
QUANTO AO OBJETO:
Obrigação de Dar	( transferência de coisa ou quantia
						( coisa certa ou incerta
Obrigação de Fazer	( prática de determinado ato
Obrigação de Não Fazer	( deixar de praticar determinado ato
Podem ser Positivas ou Negativas
Simples (Singular)	( um único ato exaure a obrigação
Conjuntas	( necessita a prática de mais de um ato para o cumprimento da obrigação (ex.: Empreitada)
Instantâneas	( exaurem-se no primeiroato
Periódica	( determina sua repetição dentro de um espaço de termpo (ex.: locação)
QUANTO AS PESSOAS:
Únicas	( 1 credor / 1 devedor
Múltiplas	( +1 credor e ou devedor
	 (Conjuntas – devedor responde apenas por sua cota-parte
		(Solidárias – devedor responde pela dívida integral
QUANTO A FORMA DE CUMPRIMENTO:
Divisíveis	( permite o parcelamento
Indivisíveis	( não permite o parcelamento
					( são obrigações solidárias
 QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO:
Simples	( s/ cláusula restritiva
Conjuntivas	( o devedor deve atender a cumprimento de dois ou mais objetos
Alternativas	( existe mais de um objeto e o cumprimento de qualquer deles põe fim a obrigação
Facultativas	( um único objeto
					 ( faculdade do devedor de substituição do objeto
	
QUANTO AO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO:
Obrigação de Resultado	( aferição se o resultado foi alcançado
							 ( presunção de culpa
Obrigação de Meio	( deve empregar técnica e diligência
						 ( culpa deve ser provada
OBRIGAÇÕES DE GARANTIA				 Seguro
										Fiança / Aval
OBRIGAÇÕES REAIS
( também denominada Obrigação ‘Propter Rem”
(misto de Direito Real e Direito Pessoal
(está sempre ligada a um Direito Real
(a pessoa do devedor varia em razão da relação mantida com o bem
(o abandono libera a dívida do proprietário ou possuidor (em geral)
(ex.: Condomínio (pagamento da cota-parte); Servidão (não embaraçar os usos); Confinante (manter a demarcação e limites).
Caso Concreto 1
(CESPE TJ-CE 2012 adaptada) Marina comprometeu-se com Carla a entregar-lhe determinada quantia em dinheiro quando esta terminasse o curso superior. Ao perceber que Carla havia entregue a monografia de conclusão do curso, Marina entregou-lhe o valor prometido. Um mês depois, ela descobriu que Carla ainda não havia terminado o curso. Com base nessa situação hipotética, Marina poderia pedir a restituição do valor? Justifique sua resposta.
Gabarito: Tratando-se de obrigação condicional Marina poderá pedir a restituição da quantia indevida paga demonstrando apenas ainda não ter havido o implemento da condição.
 
Caso Concreto 2
Considere que no último sábado à noite você foi a um bar com seus amigos para realizar um happy hour. No momento de pagar a conta, voluntariamente, você destinou 10% (dez por cento) de gorjeta ao garçom que lhes atendeu. No entanto, durante a aula de Direito Civil na segunda-feira seguinte, você descobriu que a gorjeta não é devida e não pode ser cobrada. Você, então, pergunta ao seu professor se pode retornar ao bar e pedir ao garçon a restituição dos valores a esse título pagos. O que o seu professor lhe respondeu? Justifique sua resposta explicando a que tipo de obrigação se refere.
 
Gabarito. A gorjeta é considerada uma obrigação natural. Portanto, a gorjeta voluntariamente paga não gera o direito à restituição nos termos do art. 884, CC.
 
Questão Objetiva 1
(CEPERJ 2012 PROCON RJ) No Direito Civil, podem ser classificadas as obrigações sob ótica diversa. Assim, quanto ao modo de execução, elas podem ser consideradas:
a) de meio
b) instantânea
c) condicional
d) cumulativa
e) modal
Gabarito: Letra D
Questão Objetiva 2
(TRT 20a. Região 2004) No tocante à obrigação natural é correto afirmar que:
a)     Há ela elementos “debitum” e “obligatio”, segundo a teoria dualista de Brinz do vínculo obrigacional.
b)     Se trata de uma consequência dos contratos bilaterais válidos.
c)     É sempre nula por ilicitude do objeto.
d)     Não encontra previsão no Direito brasileiro.
e)     É inexigível, entretanto, depois de validamente cumprida não enseja repetição.
Gabarito: Letra E (conforme art. 882, CC).
 
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