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DOUTRINAS SOCIAIS NO SÉCULO XIX

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DOUTRINAS SOCIAIS NO SÉCULO XIX
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1- Conceito.
2-Referência histórica.
3- Correntes socialistas do século XIX:
4- A Internacional Comunista;
5- A encíclica Rerum Novarum;
6- A Comuna de Paris.
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1- Conceito.
Uma série de estudos e projetos que critica o capitalismo no século XIX com a crença de que seria possível projetar uma sociedade baseada na solidariedade e não no individualismo.
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2-Referência histórica: Revolução Industrial.
Estão associadas às transformações sociais e econômicas ocorridas na Europa e ao aparecimento do operariado como classe antagônica à burguesia, num panorama de luta de classes marcado por greves, reformas e revoluções. As terríveis condições de trabalho e de vida do proletariado industrial inspiraram alguns pensadores a questionar a sociedade capitalista. 
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3- Correntes socialistas do século XIX:
3.1-Socialismo Utópico.
3.2-Socialismo Científico.
3.3--Anarquismo.
“Ao receber um mal os homens costumam anotá-lo em mármore. Se é um bem que recebem, escrevem-no no pó.” (Thomas Morus)
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3.1-Socialismo Utópico.
Também chamado de socialismo romântico, surge no início do século XIX e concebe a organização de uma sociedade ideal sem conflitos ou desigualdades. Os pensadores buscam no Iluminismo e nos ideais da Revolução Francesa os fundamentos de sua crítica à sociedade capitalista. O inglês Thomas Morus é o precursor, com o livro Utopia (1516), no qual afirma que a propriedade particular é a fonte de toda injustiça social. Os principais representantes são o inglês Robert Owen, que defende a sociedade autogerida, e os franceses Charles Fourrier, que pretende uma organização em que todos vivam harmonicamente, e Saint-Simon, que idealiza o domínio da ciência sobre uma sociedade sem classes.
O inglês Thomas Morus é o precursor, com o livro Utopia (1516), no qual afirma que a propriedade particular é a fonte de toda injustiça social. 
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Robert Owen (1771-1858) 
Rico industrial inglês que se transforma em um dos mais importantes socialistas utópicos. Sua contribuição nasce da própria experiência. Instala em New Lanark (Escócia) uma comunidade inspirada nos ideais utópicos. Monta uma fiação no centro de uma comunidade operária e promove a organização de serviços comunitários de educação, saúde e assistência social. A comunidade passa a se autogerir e todos os integrantes pertencem à mesma classe. No lugar de dinheiro circulam vales correspondentes ao número de horas trabalhadas.
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Charles Fourrier (1772-1837)
Nasceu em Besançon, França, filho de um comerciante de tecidos. Trabalha como comerciante mas acaba falindo e decide servir o Exército. Afastado da ativa por problemas de saúde, volta a trabalhar com o comércio e começa a escrever sobre questões sociais e econômicas. Em 1822 lança o jornal O Falanstério (depois mudado para A Falange), defendendo sua ideias, influenciadas pelo idealismo de Rousseau. Propõem que a sociedade se organize em comunidades chamadas falanstérios, espécie de edifícios-cidades onde as pessoas trabalham apenas no que querem. Fourrier defende assim o fim da dicotomia entre trabalho e prazer. Nos falanstérios os bens são distribuídos conforme a necessidade. A educação deve se adaptar às inclinações de cada criança e não existem restrições morais à prática de sexo.
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Saint-Simon (1760-1825)
 É como fica conhecido o pensador francês Claude Henri de Rouvroy, conde de Saint-Simon, um dos principais socialistas utópicos. Nasce em Paris e entra para o Exército com 17 anos. Luta na guerra de Independência dos Estados Unidos e, de volta à França, abandona seu título de nobreza e adere à Revolução Francesa. Retoma os estudos aos 40 anos, depois de ter sido preso durante o Período de Terror. Cursa medicina e a Escola Politécnica. Começa a se projetar como teórico do socialismo em 1802, com o livro Cartas de um habitante de Genebra a seus contemporâneos, no qual defende uma nova religião baseada na ciência e dedicada ao culto de Newton. Suas ideias são retomadas pelo tecnocratas no século XX.
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3.2-Socialismo Científico.
	Teoria política elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels entre 1848 e 1867. Essa corrente deriva da dialética (resultado da luta de forças opostas) hegeliana e é influenciada pelo socialismo utópico e pela economia inglesa. A partir do materialismo histórico, prevê o triunfo final dos trabalhadores sobre a burguesia. Marx chama de comunismo essa sociedade e de socialismo o processo de transição do capitalismo ao comunismo.
Materialismo histórico – Segundo Marx, o homem e suas atividades são reflexos das condições materiais que o cercam. Estas são determinadas pela História, que é resultado do confronto de classes sociais antagônicas que lutam pela hegemonia. A luta de classes é o motor da história e só desaparece com a instalação de uma sociedade comunista, sem divisão de classes ou exploração do trabalho, e baseada na solidariedade. O Estado é o instrumento pelo qual a classe dominante exerce essa hegemonia sobre as demais.
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Karl Heinrich Marx (1818-1883).
Filósofo, economista e militante revolucionário alemão de origem judaica. Estuda filosofia nas universidades de Berlim e Iena. Em 1842 assume em Colônia a chefia da redação do Rheinische Zeitung. Seus artigos pró-democracia irritam as autoridades e o levam a exilar-se em Paris dois anos depois. Ali conhece Friedrich Engels, com quem manteria colaboração até o fim da vida. Em 1848 o início de revoluções na França e na Alemanha coincide com a publicação do Manifesto comunista, em que Marx e Engels afirmam que a solidariedade internacional dos trabalhadores em busca de sua emancipação supera o poder dos Estados nacionais. Junto com Engels prega uma revolução internacional que derrube a burguesia e implante o comunismo, nova sociedade sem classes. Publica em 1867 o primeiro volume de sua obra mais importante, “O Capital”. Os volumes seguintes dessa obra, para a qual reuniu vasta documentação, seriam publicados somente depois de sua morte. Para Marx, o capitalismo é a última forma de organização social baseada na exploração do homem pelo homem. Marx é sustentado por Engels durante a maior parte de sua vida e morre no exílio em Londres.
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Friedrich Engels (1820-1895)
Filho de um rico industrial de Barmen (Alemanha), é o principal colaborador de Karl Marx na elaboração das teorias do materialismo histórico. Na juventude, fica impressionado com a miséria em que vivem os trabalhadores das fábricas de sua família. Quando estudante, adere a ideias de esquerda, o que o leva a aproximar-se de Marx. Assume por alguns anos a direção de uma das fábricas do pai em Manchester e suas observações nesse período formam a base de uma de suas obras principais, A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra, publicada em 1845. Muitos de seus trabalhos posteriores são produzidos em colaboração com Marx, o que lhe valeria a fama injusta de ser apenas um ajudante. Escreve sozinho, porém, algumas das obras mais importantes para o desenvolvimento do que viria a ser chamado de marxismo.
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3.3-Anarquismo.
	Movimento que surge no século XIX, propondo uma organização da sociedade onde não haja nenhuma forma de autoridade imposta. Para os anarquistas, uma revolução não deve levar à criação de um novo Estado porque este seria sempre uma nova forma de poder coercitivo. O anarquismo tem duas correntes importantes. Uma, pacífica, que tem como principal representante o francês Pierre-Joseph Proudhon. Para ele qualquer mudança social deve ser feita com base na fraternidade e na cooperação entre os homens. A outra corrente afirma que a modificação da sociedade só pode ser feita depois de destruída toda a estrutura social existente. Para isso é válida a utilização da violência e do terrorismo. O russo Mikhail Bakunin, considerado um dos principaisteóricos e militantes do anarquismo, chega a participar de atentados, influenciado por Serguei Netchaiev, um dos defensores dessa corrente.
A Bandeira negra, e a cor negra em geral, tem sido associada a anarquia desde a década de 1880 quando Louise Michel propôs sua utilização como símbolo da luta anarquista. Muitos grupos anarquistas possuem nomes que levam a palavra "negra" graças a bandeira. Existiu também um número considerável de periódicos anarquistas intituladosBandeira Negra na história do anarquismo.
A negritude uniforme desta bandeira representa a negação a todas as formas e estruturas opressivas. Uma bandeira negra plana é quase uma antibandeira, a negação do estado, de uma nação e de uma pátria, afinal as bandeiras coloridas tem sido geralmente adotadas como símbolos de estados nacionais. Soma-se a isso o fato da bandeira branca ter sido adotada no ocidente como símbolo de rendição a forças superiores, logo a bandeira negra pode ser entendida como uma oposição simétrica a rendição.
O A no círculo é certamente o símbolo anarquista mais conhecido da atualidade. É um monograma que consiste da letra capital "A" cercada pela letra capital "O". A letra "A" deriva da primeira letra da palavra "anarquia" ou "anarquismo" na maioria das línguas européias e é a mesma tanto na alfabeto latino quanto no alfabeto cirílico. O "O" simboliza ordem. Juntos eles significam "Anarquia é Ordem", a primeira parte de uma das mais famosas citações deProudhon.[3] 
A bandeira vermelha-e-negra é um símbolo adotado tanto pelo movimento anarcossindicalista quanto pelos comunistas libertários. Negro é a cor tradicional do anarquismo, e vermelho foi tradicionalmente adotada pelo socialismo. A bandeira negra-e-vermelha combina as duas cores em partes iguais, com um simples corte diagonal. Tipicamente, a parte vermelha é colocada no topo esquerdo, com o negro no fundo a direita da bandeira. Este ordenamento simboliza a coexistência dos ideais do anarquismo e do socialismo dentro do movimento anarcosindicalista, representando também os meios anarquistas do movimento que têm o anarquismo como meta.
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Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865)
Principal teórico do movimento anarquista, nasce em Besançon, França. Como sua família não tem condições de mantê-lo na escola, torna-se autodidata. Aos 18 começa a trabalhar como tipógrafo. Em 1840 publica “O que é a propriedade? É um roubo”, onde defende a ideia de que toda propriedade é uma forma de roubo. Sua crítica à sociedade passa a sensibilizar um grande número de trabalhadores e em 1848 ele é eleito para a Assembléia Nacional. Participa pouco das atividades parlamentares mas suas ideias, divulgadas também em seu trabalho como jornalista, contribuem para a transformação do anarquismo em movimento de massas. Para ele a sociedade deve organizar sua produção e consumo em pequenas associações baseadas no auxílio mútuo entre as pessoas. Seus livros mais importantes são Sobre o Princípio Federativo, de 1863, e Sobre a Capacidade Política das Classes Trabalhadoras, de 1865. Morre de cólera em Paris.
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Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (1814-1876)
Anarquista russo, nasce em Premukhino, filho de um grande latifundiário. Em 1840 começa a estudar na Universidade de Berlim e no ano seguinte começa a se dedicar a atividades políticas. Entre 1843 e 1848 viaja por toda a Europa. Participa de movimentos revolucionários na Alemanha e acaba condenado à morte. Foge para a Rússia, onde é preso e deportado para a Sibéria, de onde foge para o Japão. Volta para a Europa e se envolve em movimentos revolucionários na Polônia e na Itália. Adere à Primeira Internacional. Em 1868 funda a Aliança Internacional Democrática Social, entidade de destaque na introdução do anarquismo na Espanha. A partir de 1869 promove atentados junto com o russo Netchaiev. A intensa militância não impede que Bakunin deixe uma obra teórica. Propõe a revolução universal baseada no campesinato e defende o uso de violência. Entre seus livros mais importantes estão Deus e o Estado, de 1871, Federalismo, Socialismo e Antiteologismo, de 1872, e O Estado e a Anarquia (1873). Morre em Berna, Suíça.
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4- A Internacional Comunista.
	A Internacional Comunista é o nome dado a vários movimentos comunistas de cunho multinacional. O mais famoso foi a chamada "Terceira Internacional" também chamado de "Comintern"
	A história da Internacional Comunista remonta a 1864, quando foi criada a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), integrada por organizações operárias de diversos países europeus. O mentor e principal líder da AIT era Karl Marx. A repressão e as crescentes divergências internas enfraqueceram a organização, que acabou sendo extinta em 1876.
	Treze anos depois, em 1889, foi criada em Paris a Segunda Internacional dos Trabalhadores. Sua direção seguia a doutrina marxista, mas encontravam-se presentes em seu interior diferentes correntes do movimento operário. Até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914, a luta contra a guerra foi uma das principais bandeiras da Internacional. Com o desenrolar do conflito, entretanto, as divergências vieram à tona e terminaram por enfraquecer a unidade da associação.
	Em 1919, logo após a vitória dos comunistas na Revolução Russa, foi criada a Terceira Internacional, ou Internacional Comunista, ou ainda Komintern. Seu principal objetivo era criar uma União Mundial de Repúblicas Soviéticas. Dominada pelo Partido Comunista da União Soviética, a Internacional emitia diretrizes que deveriam ser seguidas por todos os seus filiados. Em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, a Internacional Comunista foi dissolvida com a finalidade de tranquilizar os aliados ocidentais da União Soviética.
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5- A encíclica Rerum Novarum.
	Rerum Novarum (em português Rerum Novarum significa "Das Coisas Novas") é uma encíclica escrita pelo Papa Leão XIII a 15 de Maio de 1891. Era uma carta aberta a todos os bispos, debatendo as condições das classes trabalhadoras. 
	A encíclica trata de questões levantadas durante a revolução industrial e as sociedades democráticas no final do século XIX. Leão XIII apoiava o direito dos trabalhadores formarem a sindicatos, mas rejeitava o socialismo e defendia os direitos à propriedade privada. Discutia as relações entre o governo, os negócios, o trabalho e a Igreja.
	A encíclica critica fortemente a falta de princípios éticos e valores morais na sociedade progressivamente laicizada de seu tempo, uma das grandes causas dos problemas sociais. O documento papal refere alguns princípios que deveriam ser usados na procura de justiça na vida social, econômica e industrial, como por exemplo a melhor distribuição de riqueza, a intervenção do Estado na economia a favor dos mais pobres e desprotegidos e a caridade do patronato aos trabalhadores.
	A encíclica veio completar outros trabalhos de Leão XIII durante o seu papado (Diuturnum, sobre a soberania política; Immortale Dei, sobre a constituição cristã dos Estados e Libertas, sobre a liberdade humana) para modernizar o pensamento social da Igreja e da sua hierarquia. Em geral é considerada como o pilar fundamental da Doutrina Social da Igreja. Pelos sucessores no papado foi denominada de "Carta Magna" do "Magistério Social da Igreja".
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6-Comuna de Paris .
	Estado revolucionário formado em 1871 pelos operários de Paris. Dirigidos pelos socialistas blanquistas (partidários de Louis Blanc), e diante da situação criada pela guerra franco-alemã (tropas alemãs ocupam a capital), os operários realizam uma insurreição e assumem o poder. São derrotados pelas tropas estrangeiras. Cerca de 20 mil operários são executados. Seu fracasso contribui decisivamente para o declínio da I Internacional, que é extinta em 1876.

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