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Patologias do TGI Intestino

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Patologias do TGI – Patologia e 
Dietoterapia nas Doenças Intestinais 
Profa. Dra. Cristiane da Silva Marciano Grasselli 
Prof. Associada da Fac. de Nutrição da Unifal-MG 
 
csmgrasselli@gmail.com 
 
Anatomia e Fisiologia do Intestino 
Delgado 
• O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de 
comprimento por 4cm de diâmetro; 
 
• Dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno 
(cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm); 
 
• Órgão primário de absorção – área absortiva de cerca de 250 m2 
considerando a combinação de dobras, projeções de vilosidades 
e borda com micro vilosidades; 
 
• O conteúdo intestinal se movimenta a 1 cm/min levando 3 a 8 hs 
para percorrer todo o cumprimento até a válvula ileocecal; 
 
• Válvula ileocecal regula a passagem do bolo para dentro do 
cólon. 
Características Anatômicas 
Histologia e Fisiologia 
FORMADO POR 3 CAMADAS: 
 
• MUSCULAR: perfurada de vasos e nervos que irrigam e 
inervam as outras camadas; 
 
• SUBMUCOSA: na porção inicial do duodeno e do jejuno são 
encontradas as glândulas duodenais ou de Brunner. 
Encontram-se também nódulos linfáticos (placas de Peyer) e 
componentes nervosos; 
 
• MUCOSA: superfície com projeções especializadas em 
absorção (vilosidades). 
Histologia e Fisiologia 
Funções do ID 
PRINCIPAIS FUNÇÕES: 
 
• Motora, 
• Secretora, 
• Digestiva e absortiva, 
• Protetora, 
• Reguladora. 
Função Motora 
 
 Tipos de movimentos: segmentar (de mistura), pendular 
(oscilação do quimo para frente e para trás – de mistura) 
e peristáltico (de propulsão); 
 
 O controle da motilidade do intestino é exercido por 
fatores humorais e neurais, desencadeados por 
estímulos químicos, térmicos e mecânicos. Fatores que 
regulam a motilidade: volume do quimo, temperatura 
(frio passa rápido), composição química (celulose, 
ácidos orgânicos, lactose). 
Função Secretora 
• O suco entérico é isosmótico em relação ao plasma e sua 
composição e quantidade varia ao longo do intestino (água 
e eletrólitos usuais: Na+, K+, Ca++, Cl-, bicarbonato). O pH 
no duodeno de 4,5 a 6,5 progressivamente chega a 7,3 no 
íleo; 
 
• Glândulas de Brunner – secreta bicarbonato e muco; Forma 
uma camada protetora de muco aderente à mucosa que 
retém bicarbonato, criando microambiente alcalino; 
 
• Glândulas intestinais – mais superficiais, com função 
secretora. 
Principais Hormônios Secretados no ID 
Hormônio FUNÇÃO 
Secretina Secreção pancreática alcalina 
Polipeptídeo Inibidor 
gástrico (GIP) 
Inibe HCl no estomago 
CCK 
Enzimas pancreáticas e 
contração da vesícula 
Motilina, Serotonina e 
Substancia P 
 motilidade intestinal 
Polipeptídeo Intestinal 
Vasoativo (VIP) 
 motilidade intestinal 
Eliminação de água e íons 
Função Digestiva e Absortiva 
VITAMINAS E MINERAIS 
 
• São absorvidos simultaneamente através da mucosa; 
 
• Maioria das vitaminas: difusão passiva; 
 
• Minerais: depende do estágio intraluminal, translocação 
(passagem através da membrana da célula da mucosa) e 
mobilização da célula mucosa para a corrente sanguínea. 
Função Digestiva e Absortiva 
Função Protetora 
Recursos não imunitários: 
 
• proteases intestinais, secreção da mucosa intestinal, capa de 
água não removível, ácidos biliares (Clostridium perfringens), 
peristalse (contaminação bacteriana e substâncias nocivas); 
 
Imunitários: 
 
• Ag captados pela placa de Peyer apresentados aos Linfócitos; 
 
• IgG, IgA, IgM e IgE, linfócitos, complemento, mastócitos, etc 
culminando em reação inflamatória. 
Função Reguladora 
 
• Mensageiros químicos para: regular a digestão, garantir metabolização 
e regular meio interno; 
 
• Hormônios: liberados na corrente sangüínea, atuam distantes do sítio 
de produção – secretina, CCK; 
 
• Revestimento epitelial substituído semanalmente. A rápida renovação 
favorece a capacidade de reparo mas torna-o vulnerável a agentes 
interferentes da reprodução celular. 
Anatomia e Fisiologia do 
Intestino Grosso 
Características Gerais 
• O IG inicia-se onde termina o íleo e estende-se até o ânus; 
 
Para a Coloproctologia, é dividido em: 
 
• ceco (com seu apêndice); 
 
• colo ascendente, transverso, descendente; 
 
• colo sigmóide; 
 
• reto e canal anal; 
 
• ânus – abertura externa do canal anal. 
Anatomia do Intestino Grosso 
Características Gerais 
• Possui de 1,20 a 2,0 m de extensão e é mais largo no ceco, 
diminuindo progressivamente de calibre até o reto, onde 
novamente se dilata para ser uma vez mais estreitado pelo canal 
anal; 
 
• Principais diferenças entre ID e IG: maior calibre, seu aspecto 
sacular e a presença dos apêndices epiplóicos e tênias; 
 
• TÊNIAS – concentração de sua camada muscular longitudinal 
em faixas de tecido esbranquiçado. As tênias formam as 
haustrações do intestino grosso por serem mais curtas do que 
este. 
 
A Conexão Intestino – Cérebro 
• Da saúde do intestino depende a 
saúde do cérebro; 
• O intestino tem mais neurônios que a 
medula espinhal – cerca de 100 
milhões – perdendo apenas para o 
cérebro em número de neurônios; 
• O intestino fabrica muito mais 
serotonina que o cérebro - 95% da 
serotonina é fabricada e armazenada 
no intestino; 
• Além da serotonina, o intestino fabrica 
e utiliza mais de 30 
neurotransmissores. 
Sintomas Comuns nas 
Disfunções Intestinais 
Gases Intestinais 
 Volume de gás no TGI: 100 a 150 mL; 
 
 Gás eliminado pelo reto: 200 a 3700 mL/dia; 
 
 Gases encontrados no estômago: N2, O2 e CO2. N2 e O2 igual 
ao da atmosfera e CO2 é superior. Possível origem: ar deglutido; 
 
 Gases encontrados no Intestino: N2 é o principal, O2 e CO2 são 
variáveis e presença de H2 e CH4 (não encontrados na 
atmosfera); 
 
 Principal origem: produção intraluminal e da difusão de gases a 
partir do sangue (N2) por gradiente de concentração. 
Gases Intestinais 
 Aerofagia: a maior deglutição de ar é acentuada por ansiedade, 
fumar, beber, mascar chiclete, etc...; 
 
 Maior parte dos gases deglutidos não passa para o intestino 
sendo regurgitada; 
 
 CO2: se origina pela fermentação bacteriana, metabolismo 
bacteriano e liberação pela interação bicarbonato ácido 
clorídrico; 
 
 Produção de gases será dependente da quantidade de 
substratos para a flora bacteriana (oligossacarídeos não 
digeridos e outros). 
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 
Constipação Intestinal 
 Definição: O hábito intestinal varia entre as pessoas, sendo difícil o 
estabelecimento de padrões de normalidade. Duas evacuações por 
dia é o que se considera normal; 
 
 O mecanismo da defecação é controlado pelo SNC; 
 
 Para o aumento da pressão intra-abdominal é preciso o fechamento 
da glote, abaixamento do diafragma, contração da musculatura da 
parede abdominal e contração da musculatura do assoalho pélvico. 
 
 No reto, ocorre relaxamento dos esfíncteres e contração peristáltica 
da parede do reto. Todos os movimentos são, em parte, voluntários 
e, em parte, involuntários, e são desencadeados por estimulação 
de mecanorreceptores na área anorretal. 
Constipação Intestinal 
 O movimento de massa é freqüentemente associado com a 
alimentação; 
 
 A freqüência dos diferentes movimentos do cólon depende do 
seu conteúdo, em relação à presença de fibras, água, 
eletrólitos e restos alimentares. 
 
 Tratamento: 
Tratamento da Constipação 
Intestinal 
 INGESTÃO ADEQUADA DE 
LÍQUIDOS. 
 INGESTÃO ADEQUADA FIBRAS 
  FRACIONAMENTO. 
 PREFERÊNCIA A ALIMENTOS 
LAXATIVOS. 
 EVITAR ALIMENTOSCONSTIPANTES. 
 PRÉ E PRÓBIÓTICOS 
 TRANQUILIZAR O PACIENTE. 
 GINÁSTICA ABDOMINAL. 
 USO CONTROLADO DE 
MEDICAMENTOS. 
 CORREÇÃO DE AFECÇÕES 
ANO-RETAIS. 
 ATENDER SEMPRE AO 
REFLEXO RETAL. 
DIARRÉIA 
Diarréia 
 É definida como um sintoma e não como uma doença. Significa 
mudança no hábito intestinal do indivíduo, que implica em aumento do 
peso das fezes, da quantidade da parte líqüida e da freqüência de 
evacuações. Geralmente, mais de uma dessas características estão 
presentes; 
 
 A diarréia ocorre quando há excesso de fluido nas fezes, por 
anormalidades na secreção ou na absorção, e é classificada como: 
 
Diarréia osmótica 
 Ocorre quando há grande quantidade de moléculas hidrossolúveis no 
lúmen intestinal, levando à retenção osmótica de água. Tem como 
causa mais freqüente o uso de laxativos e a má-absorção intestinal de 
carboidratos. 
Diarréia 
Diarréia secretória 
 
 A mucosa intestinal tem a capacidade de secretar fluidos isotônicos. 
Dentre os estímulos que provocam aumento da secreção estão 
vírus, enterotoxinas bacterianas, como Vibrio cholerae e E.coli, 
neoplasias que produzem hormônios gastrointestinais(VIP), 
síndrome de Zollinger-Ellinson, AGs de cadeia longa (esteatorréia), 
ác.biliares (ressecção ileal) e catárticos, derivados da antraquinona; 
 
Diarréia exsudativa 
 
 Exsudação de proteínas do soro, sangue, muco ou pus, a partir de 
áreas inflamadas, de doenças ulcerativas ou infiltrativas, aumenta o 
volume fecal e causa diarréia. Nesse grupo, estão incluídas as 
doenças inflamatórias intestinais, neoplasias intestinais, a colite 
induzida por antibióticos e a parasitose(giardíase). 
Diarréia 
Diarréia motora 
 
 Os mecanismos envolvidos na diarréia motora são o trânsito 
acelerado, causando inadequada mistura do alimento com as 
enzimas digestivas, e o pouco contato com a superfície 
absortiva, por ressecção intestinal ou fístulas enteroentéricas; 
 
 É freqüente a existência de mais de um mecanismo envolvido 
no desencadeamento da diarréia. 
Cuidado Nutricional 
 O jejum prolongado atualmente é contra indicado; a prática 
atual é de repouso de 4-6 horas; 
 
 É de extrema importância a reposição de líquidos e eletrólitos 
como sódio, potássio, e mesmo água, presentes nos alimentos 
e preparações como sucos de frutas, caldos de legumes, água 
de côco, etc; 
 
 A glicose, o ác. Ascórbico e as vitaminas do complexo B tbém 
são empregados para minimizar o processo de depleção de 
proteínas e vitaminas; 
Cuidado Nutricional 
 A alimentação deve ser normalizada tão logo esteja 
restabelecido o equilíbrio hídrico. São consensuais as 
seguintes práticas no tocante à alimentação: 
 
 Manter uma dieta adequada à idade, peso e estatura do pcte 
c/ volume reduzido e fracionada em 5 vezes; 
 
 No período inicial é normal observar intolerância do pcte em 
relação à alimentação. A qtde de alimentos oferecidos deve 
ser gradualmente aumentada até a sua total aceitação; 
 
 Reduzir ou retirar temporariamente as fibras vegetais 
insolúveis por apresentarem fator laxativo;. 
SIMBIOSE E DISBIOSE 
INTESTINAL 
As Bactérias Intestinais 
• As bactérias intestinais que habitam nosso TGI hoje são 
reconhecidas como constituintes de um órgão 
funcionalmente ativo, chamado de microbiota intestinal; 
 
• O número de bactérias aumentam progressivamente do 
estômago para o cólon, alcançando neste último a 
concentração de 1012 CFU/mL (unidades formadoras de 
colônia/ mL de conteúdo luminal); 
 
• Ao todo convivemos com 100 trilhões de bactérias (1014) 
que exercem importantes funções no organismo. 
Microbiota Intestinal 
• A microbiota intesinal colônica divide-se em; 
 
Microbiota dominante (109 e 1012) – Bifidobacterium; 
 
Microbiota subdominante (107 e 108) – Lactobacillus; 
 
Microbiota residual (<107) – onde são incluídas as 
bactérias potencialmente patogênicas como Clostridium, 
Pseudomonas e Klebsiella. 
Classificação da Microbiota Intestinal de 
acordo com sua relação c/ o organismo 
Humano 
• Esta classificação se dá pela ação exercida pelas bactérias no 
organismo humano e não pelo seu número. Assim, a microbiota 
pode ser dividida em: 
 
 Simbiontes: organismos com reconhecidas ações benefícas para 
o organismos, como ex.: bifidobactérias e lactobacilos; 
 
 Comensais: residentes permanentes que não trazem benefícios, 
pelo menos reconhecidos, ou prejuízo para o organismo, ex.: 
Escherichia coli e Enterococcus; 
 
 Patobiontes: são bactérias potencialmente patogênicas, ex.: 
Clostridium, Pseudomonas, Klebisiela, Veilonella e 
Enterobacter. 
Funções da Microbiota Intestinal 
para a sobrevivência do Ser Humano 
a) Proteção: a microbiota intestinal dominante impede a 
colonização e a proliferação de bactérias patogênicas por 
competição por nutrientes e produção de quimiocinas; 
 
b) Imunomodulação: a interação da microbiota com o TLEA (tec. 
linfóide enteroassociado) gera um “ estado de alerta” fazendo 
com que céls. Imunocompetentes responda de forma pronta, 
eficaz e equilibrada frente a elementos antigênicos, nocivos ao 
organismo; 
 
c) Benefícios nutricionais: as bactérias intestinais são fonte de 
vitaminas e agem sobre os carboidratos não digeridos no TGI 
formando AG de cadeia curta (butirato, acetato e propionato) 
que constituem a principal fonte energética da cél. epitelial 
colônica. 
Conceito de Simbiose e Disbiose 
SIMBIOSE: “É O EQUILÍBRIO ENTRE 
MICRORGANISMOS SIMBIONTES, 
COMENSAIS E PATOBIONTES, CRUCIAL 
PARA A SAÚDE HUMANA”. 
DISBIOSE: “ É O DESEQUILÍBRIO DESTE 
ECOSSISTEMA MICROBIOLÓGICO”. 
Simbiose x Disbiose 
(adaptado de Lanniti et al., 2010) 
Situações/Doenças associadas à DISBIOSE: SII, Doença diverticular do 
cólon, DII, Halitose, Doenças Autoimunes, Obesidade, Câncer de Cólon, 
Supercrescimento Bacteriano, Irradiação. 
SIMBIOSE 
(EQUILÍBRIO) 
DISBIOSE 
(DESEQUILÍBRIO) 
Alterações 
Inflamatórias 
Alterações 
Imunológicas 
Diarreia 
Dor abdominal 
Flatulência 
Meteorismo 
Borborigmos 
• Fatores genéticos 
• Estilo de vida (dieta, estresse) 
• Infecções 
• Higiene/Alergia 
• Antibióticos 
Prebióticos, Probióticos e 
Simbióticos 
PREBIÓTICOS: 
 
 São definidos como alimentos não hidrolisáveis no TGI superior, que promovem 
o crescimento preferencial de certas bactérias como bifidobactérias e 
lactobacilos; 
 
 São classificados, do ponto de vista nutricional, como fibras dietéticas solúveis 
e constituídos de CHOs pouco absorvidos no TGI superior, como a inulina e a 
oligofrutose; 
 
 Alguns alimentos ricos são: banana, trigo, cevada, centeio, aspargo, alcachofra, 
tomate, cebola, alho e chicória; 
 
 O consumo diário na Europa atinge 11g/dia e nos EUA não passa de 4g/dia. 
Acredita-se que no Brasil o consumo seja semelante ao dos EUA; 
 
 Estima-se que uma ingestão saudável seja em torno de 5 a 15g/dia de 
prebióticos. 
Roberfroid, MB. Functional Foods: concepts and aplication to inulin and oligofructose. Brit J Nutr 2002; 
Benefícios do Uso de Prebióticos 
a) Reduzem a ativação de xenobióticos 
b) Modulam a produção de muco e estimulam o sistema imune 
c) Aumentam a excreção de nitrogênio 
d) Induzem a produção de hormônios intestinais 
e) Reduzem o pH facilitando a absorção de cátions (ex: cálcio) 
f) Induzem a apoptose; 
g) Modulam a produção de lipídios e glicose pelo fígado 
h) Modulam a microbiota intestinal (aumento dos simbiontes) 
Meyer D, Stasse-Wolthuis M. The bifidogenic effect of inulin and oligofructose and its consequences for gut 
health. Eur J Clin Nutr 2009; 
PROBIÓTICOS 
 
 São definidos comopreparações ou produtos contendo 
microrganismos viáveis, bem definidos, e em quantidade 
suficiente para alterar a microbiota intestinal, exercendo 
assim efeitos saudáveis no organismo. 
 
 A Organização Mundial de Saúde define probióticos como 
“organismos vivos que, quando administrados em 
quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do 
hospedeiro” (FAO/WHO, 2001) 
Prebióticos, Probióticos e 
Simbióticos 
Efeitos Fisiológicos dos Probióticos 
1) Inibição de bactérias intestinais indesejáveis 
 Pode ocorrer por produção de substâncias bactericidas: 
 Os lactobacilos podem produzir peróxido de hidrogênio, substância inibidora da 
Escherichia coli, salmonela, etc. 
 Adesão à mucosa e multiplicação - este termo se refere à capacidade dos 
probióticos de aderirem nas vilosidades intestinais competindo e inibindo a 
fixação de patogênicos, como por exemplo, escherichia coli. 
 
2) Ativação da imunidade humoral e celular 
 Os Lactobacilos acidófilo, bulgárico e casei parecem aumentar a atividade 
fagocitária, a síntese de imunoglobulinas (IgA) e a ativação dos linfócitos T e B. 
 
3) Aumento da digestibilidade da lactose 
 Os Lactobacilos produzem a enzima beta galactosidase que facilita a digestão da 
lactose 
Características do Probiótico Ideal 
1) Ser de natureza humana 
2) Ser não patogênico, seguro 
3) Ser resistente ao ácido e à bile 
4) Aderir ao epitélio intestinal (maior interação com o sist. Imune) 
5) Colonizar o trato gastrointestinal 
6) Exercer atividade antimicrobiana – via metabólitos bacterianos 
(ácidos orgânicos, peróxido de hidrogênio, diacetil) ou 
bacteriocinas (ex: nisina, reuterina). 
Iannitti T, Palmieri B. Therapeutics use probiotic formulation in clinical pratice. Clin Nutr 2010. 
SIMBIÓTICOS: 
 
 São produtos compostos pela união de prebióticos e probióticos 
que têm sido utilizados com resultados muito animadores; 
 
 Em algumas situações, como na restauração da microbiota 
intestinal em pacientes internados em UTI e na prevenção de 
infecção neste grupo de pacientes, os resultados com simbióticos 
foram mais promissores do que os obtidos com prebióticos e 
probióticos isoladamente. 
Prebióticos, Probióticos e 
Simbióticos 
Bengmark S. Synbiotics to strengthen gut barrier function and reduce morbidity in critically ill patients. 
Clin Nutr 2004. 
Principais Ações descritas para os 
Prebióticos, Probióticos e Simbióticos 
SIMBIÓTICOS 
PROBIÓTICO PREBIÓTICO 
• Inibe aderência de bact. Gram(-) 
• Secreta inibidores de bact. Patog. 
• Reduz pH colônico 
• Indução de fatores de 
crescimento 
 
• Aumento prod. de mucina 
Aumento do 
butirato; 
 
Ação sobre a 
motilidade GI 
Efeito nutricional Aumento da 
lactase 
Reduz citocinas 
Inflamatórias; 
 
Aumenta IL-10; 
 
Induz Apoptose 
Aumenta síntese de IgA 
secretora 
 
Modula macrófagos, cél. 
NK, proliferação de 
linfócitos 
Reduz a 
permeabilidade 
intestinal 
Aplicações Clínicas dos Prebióticos, 
Probióticos e Simbióticos 
Indicações Tradicionais (Apoiados pela Literatura Científica) 
1) Prevenção e tratamento da diarreia aguda 
2) Prevenção da diarreia pós-antibiótico 
3) Constipação intestinal 
4) Prevenção de infecções respiratórias e gastrointestinais em creches 
5) Doença inflamatória intestinal (Crohn, RCU, “ pouchitis”) 
6) Recomposição da microbiota intestinal em idosos 
7) Aumento da absorção intestinal (cólon) de sais minerais (cálcio) – 
adolescentes, mulheres na menopausa, prevenção da osteoporose. 
8) Intolerância à lactose. 
Aplicações Clínicas dos Prebióticos, 
Probióticos e Simbióticos 
Indicações Potenciais (Estudos iniciais promissores ou experimentais) 
1) Gastroenterologia 
 Dispepsia funcional; Infecção por H. pilori; Prevenção do câncer de cólon; 
 Esteatose hepática; Prevenção de cálculo biliar de colesterol; 
 Prevenção de diarreia pós-radioterapia (enterocolite actínica). 
2) Imunologia e Alergia 
 Prevenção e tratamento do eczema atópico 
 Melhora da condição imunologica em idosos; 
3) Endocrinologia 
 Redução do colesterol e triglicérides em hiperlipidêmicos leves/moderados 
4) Reumatologia 
 Artrite reumatóide. 
Formulação Básica de Simbiótico 
• Lactobacillus Acidophillus .................. 2 bilhões 
 
• Lactobacillus Bulgaricum .................. 2 bilhões 
 
• Lactobacillus Bifidum .................. 2 bilhões 
 
• Lactobacillus Rhamnosus.................. 2 bilhões 
 
• Frutooligossacarídeos ....................... 200 mg 
Doença Inflamatória Intestinal 
• As doenças inflamatórias do intestino incluem a 
Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doença de Crohn 
(DC). São de etiologia desconhecida; 
 
• Por definição a RCU limita-se ao cólon e reto. Já a DC 
pode ocorrer em qquer segmento do tubo digestivo; 
em cerca de 50% dos casos, estão envolvidos o ID e 
o cólon, 20% localiza-se no íleo terminal, 20% 
difusamente no ID e 10% no cólon isoladamente. Em 
cças, sua localização mais freqüente é na região do 
íleo e cólon direito; 
Doença Inflamatória Intestinal 
• Etiologia: ambas são consideradas idiopáticas, pois 
não se identificou um agente patológico específico p/ 
as duas ou p/ cada doença isoladamente; 
 
• Atualmente, aceita-se que a origem dessas doenças 
seja multifatorial, envolvendo agentes genéticos, 
imunes, ambientais (possivelmente microbiológico), 
alimentares e alterações na permeabilidade da 
barreira do epitélio colônico; 
 
 
Doença Inflamatória Intestinal 
Fisiopatologia 
Na DC, a inflamação da mucosa, pode provocar diferentes 
fenômenos disabsortivos, que dependendo da extensão e da 
localização anatômica da lesão determinam o grau de má absorção, 
assim como o tipo de nutriente envolvido; 
A dor abdominal na RCU é decorrência do comprometimento da 
mucosa colônica, surgindo a diarréia com muco e/ou sangue e 
eventualmente pus. A inflamação transmural, lesa terminações 
nervosas, intensificando e perpetuando a dor c/ a evolução da 
doença; 
Doença Inflamatória Intestinal 
• Comprometimento do duodeno e jejuno proximal leva a má 
absorção de folatos, vitaminas, ferro, glicídios e lipídios; 
 
• Comprometimento do íleo distal provoca má absorção de 
gorduras e AAs e comprometimento do íleo terminal, má 
absorção de vit. B12 e lipídios; 
 
• Depleção de K ocorre c/ certa frequência por falta de ingestão 
e por perda excessiva através das fezes. Hipocalcemia, 
acompanhada às vezes de hipomagnesemia, pode ser 
observada em alguns pctes em consequência à 
hipoalbuminemia, à esteatorréia e à má absorção de vit. D 
Doença Inflamatória Intestinal 
Epidemiologia: 
• Acomete ppmente adultos jovens entre 20 a 40 anos; 
 
• Na literatura, a incidência de cças menores de 10 anos c/ DC, 
p/ alguns autores varia entre 2-17% e entre 1,5-3% p/ RCU; 
 
Quadro Clínico: 
• É mto variado pois, depende da duração, localização, 
extensão, atividade da doença e da presença ou não de 
complicações; 
 
• A dor abdominal é acompanhada de diarréia de baixa ou alta 
frequência, variando de aspecto líquido até a presença de 
muco e sangue 
Doença Inflamatória Intestinal 
Quadro Clínico: 
• A hemorragia digestiva baixa é um sinal mto presente, podendo ser 
isolada, discreta ou maciça nos casos mais graves; 
 
• A dor abdominal é acompanhada de urgência p/ evacuar, forçando o 
pcte a procurar várias vezes o sanitário, c/ eliminação mtas vezes 
de apenas sangue e pus; 
 
• Nas cças menores, a dor abdominal é interpretada pelo intenso 
choro, inconsolável, acompanhado de contração da parede 
abdominal, vômitos, náuseas e anorexia; 
 
• A dor pode piorar após a ingestão de alimentose às vezes melhora 
após defecação. Em relação à duração, periodicidade e freqüência, 
varia conforme a evolução da doença. 
Doença Inflamatória Intestinal 
Diagnóstico 
• Ainda depende da experiência clínica do gastroenterologista 
combinada ao patologista por meio de dados objetivos da 
biopsia seriada do TGI alto e baixo e exclusão de todas as 
outras possibilidades diagnósticas; 
 
Tratamento 
• O ttmento da RCU e da DC varia conforme o grau de 
gravidade de cada uma das doenças. Esta gravidade pode 
ser classificada por meio da graduação preconizada por 
Lloyd-Still e Green, 1979, p/ classificar a gravidade das 
doenças inflamatórias intestinais em cças. 
Pontuação Total de Pontos 
Atividade Geral menos de 3 evacuações/dia. Freqüência à escola 10 
3-5 evacuações/dia. Ausência Escolar < 4 sem/ano 5 
Mais de 5 evacuações/dia, febre, inatividade 1 
Exame físico: abdome normal – massa - distensão 10 – 5 – 1 
Períneo normal 10 
Proctoscopia friabilidade 5 
Úlcera, pseudopólipo, sangramento, fístula, várias fissuras 1 
Artrite ausente 5 
Uma articulação/artralgia 3 
Múltiplas articulações 1 
Pele normal 5 
Estomatite leve 3 
Estomatite intensa, uveíte, eritema nodoso 1 
Nutrição: Altura normal 10 
Pontuação Total de Pontos 
Reduzida entre 1° e 2° DP – reduzida além do 2° DP 5 - 1 
Peso: Normal – reduzido entre 1° e 2° DP – reduzido além do 2° DP 10 – 5 - 1 
Radiografia: Normal 15 
Ileíte, retocolite até ângulo esplênico 10 
Colo total ou ileocolo – obstrução ou megacólon 5 - 1 
Laboratório: Hematócrito mais de 40 5 
Entre 25 - 35; menor de 24 3 – 1 
Hemossedimentação: normal 5 
Entre 20 – 40; acima de 40 3 – 1 
Leucócitos normais; menos de 20.000; acima de 20.000 5 – 3 - 1 
Albumina 
Normal 10 
3g% 5 
Menos de 2,5% 1 
Tratamento Clínico 
Na forma grave (pontuação menor que 40): 
• Em surto inicial ou reagudizado, c/ hemorragia maciça ou 
megacólon tóxico, o pcte deve ser mantido em cuidados 
intensivos a fim de monitorar e corrigir a anemia aguda, 
hipotensão, distúrbios eletrolíticos, especialmente o potássio; 
 
• Hidratação correta, transfusões de sangue e plasma, 
reposição de albumina, pausa alimentar, NPT, sondagem 
nasogástrica contínua e repouso são medidas essenciais; 
 
• O pcte deve ser vigiado constantemente, pois conforme a 
evolução torna-se obrigatória a indicação cirúrgica de 
urgência; 
Tratamento Clínico 
• Simultaneamente a esses cuidados a terapêutica 
medicamentosa é iniciada usando-se hidrocortizona EV na 
dose de 100-200 mg/dia e na ausência de resposta clínica, 
ciclosporina EV 1-2 mg/kg/dia, em duas tomadas; 
 
Nas formas moderadas (pontuação entre 40-80) 
• Desde o início ou em sequência a um surto grave, mas 
superado, as bases terapêuticas são repouso relativo, isenta 
de lactose, sacarose e hipoalergência na DC, e reduzida em 
fibras vegetais em ambas as doenças; 
 
• O corticóide indicado nesta fase é prednisona, por via oral 
Tratamento Clínico 
Na forma leve (quando a pontuação é superior a 80) 
 
• O tratamento é dietético, com retirada de lactose, sacarose e 
dieta hipoalergênica na doença de Crohn e diminuição de 
fibra vegetal nos dois tipos de doença intestinal; 
 
• O ttmento medicamento é feito com a sulfasalazina na RCU, 
sempre associado ao ácido fólico. 
Tratamento Nutricional 
• Alimentação oral (suplementos nutricionais); 
 
• Dietas por sondas; 
 
• Dieta parenteral: periférica ou central; 
 
• O método de alimentação ideal é aquele que permite atingir a 
oferta calórico-protéica adequada por via oral; 
Tratamento Nutricional 
Características da Nutrição Oral na Fase Aguda 
• Dieta hipercalórica, hipogordurosa, hiperprotéica, 
normoglicídica; 
 
• Dieta sem lactose; 
 
• Dieta fracionada; 
 
• Isenta de fibra; 
 
• Dieta antifermentativa (isenta de açúcares simples e restrição 
de pães e massas; 
Tratamento Nutricional 
Características da Nutrição Oral nos Períodos de Remissão 
 
• Dieta hipercalórica, hipogordurosa, hiperprotéica, 
hiperglicídica; 
 
• Evoluir progressiva p/ conteúdo normal em fibras; 
 
• OBS: a melhor maneira de melhorar a ingestão oral é evitar 
grandes restrições dietéticas e estimular a utilização de 
alimentos que sejam da preferência do pcte; 
 
• Entretanto algumas restrições são obrigatórias; 
Tratamento Nutricional 
• Deve-se evitar a ingestão de gorduras e frituras, que pioram a 
diarréia por exercerem efeito irritativo no TGI; 
 
• Nas crises agudas suprimem-se as fibras e o leite; 
 
• Devem ser evitados os açúcares e massa, porque, sendo 
alimentos fermentativos, produzem gases e aceleram o ritmo 
intestinal; 
Tratamento Nutricional 
 
• Admite-se que cerca de 50% dos doentes portadores de DC 
apresentem aumento da permeabilidade intestinal, sendo 
observado redução desde processo pela administração de 
Glutamina, na alimentação por via oral ou parenteral; 
 
 
• Portanto, recomenda-se a adição de 20 a 30g deste AA 
reconhecidamente essencial p/ o metabolismo do ID, 
sobretudo em condições de estresse e na doença; 
Nutrição Enteral 
• Nos casos mais graves que cursam c/ desnutrição importante 
e qdo não se consegue manter o pcte satisfatoriamente c/ 
dieta oral, a NE ou NP constitui um recurso importante; 
 
• A NE, além de fornecer nutrientes p/ a recuperação e 
manutenção do EN, oferece outras vantagens como: 
 
• Promoção de repouso intestinal relativo; 
• Redução de antígenos dietéticos; 
• Maior oferta de glutamina; 
• Isenção de lactose; 
• Modulação na síntese de prostaglandinas 
Nutrição Enteral 
• De modo geral a dieta deverá ser: 
 Hipercalórica, com cerca de 40 kcal/kg/dia; 
 Hiperprotéica, 1,5 a 2,0 g/kg/dia; 
 Hipolipídica, 20-25% VCT; 
 
• No caso de esteatorreia, pode-se usar uma formulação c/ 
TCM; 
 
• A tolerância à fibras e lactose deve ser avaliada 
individualmente; 
 
• Como padrão dietético, deve-se preferir de início, as dietas 
poliméricas, visto que são mais fisiológicas, apresentam 
baixa osmolaridade e são palatáveis, podendo ser usadas 
como complementos por via oral; 
Nutrição Enteral 
• Nos casos mais graves, c/ acometimento intestinal mais 
extenso, deverá ser usado as dietas de padrão oligomérico 
(constituídas por peptídeos, oligossacarídeos e TCM) ou 
monoméricas – dietas elementares constituídas por AAs 
livres, AGs e glicose; 
 
• Existe no mercado uma dieta polimérica enriquecida c/ fator 
de crescimento beta 2 (TGF-2)(Nestlé - Modulen  IBD), 
foi lançada p/ o tratamento específico da DC; 
 
• A dieta é de sabor agradável e, portanto, pode ser ingerida 
por via oral, e a expectativa é de que possa dispensar o uso 
de medicamento p/ a DC, além de cumprir sua finalidade 
nutricional; 
Nutrição Parenteral 
• Qdo a doença se apresenta de maneira mais grave, com 
diarréia intensa, dor abdominal importante e sangramento 
intestinal, faz-se necessário recorrer à NP; 
 
• Na RCU de apresentação grave, c/ diarréia intensa e 
sanguinolenta intestinal, a NP se impõe como recurso de 
indicação precisa e formal; 
 
• A NP pré-operatória tem sido preconizada em pctes c/ DII c/ 
desnutrição moderada a grave e, consequentemente, c/ 
maior risco de complicações pós-operatórias; 
 
• Nas fístulas entéricas, há indicação formal e precisa para a 
NP 
Principais Indicações da NP nas DII 
• Pctes gravemente desnutridos que não se recuperam por 
outros meios; 
• Doença c/ acometimento extenso e difuso do TGI; 
• Preparo pré-operatório; 
• Pós-operatório c/ desnutrição; 
• Na síndrome do intestino curto; 
• Presença de fístulas intestinais e fissuras retais refratáriasao 
ttmento convencional; 
• Retardo de crescimento não responsivo à dieta oral ou NE; 
• Contra-indicação ao uso da NE (hemorragia digestiva maciça, 
obstrução ou semi-obstrução intestinal ou megacólon). 
Principais Indicações Cirúrgicas na 
DC e RCU 
Operações eletivas: 
• Intratabilidade clínica; 
• Fístulas; 
• Obstrução intestinal; 
• Manifestações extra-intestinais; 
• Abscessos intraperitoneais; 
• Retardo de crescimento não responsivo ao traatmento clínico; 
• Suspeita de associação c/ neoplasias; 
 
Operações de Urgência: 
• Hemorragia grave; 
• Obstrução aguda; 
• Perfuração c/ peritonite; 
• Ileíte aguda e megacólon. 
Tratamento Cirúrgico nas Doenças 
Inflamatórias Intestinais 
Tratamento Cirúrgico na DC 
• Sabe-se que a DC pode se estender desde a boca até o 
ânus, mesmo na ausência de doença macroscopicamente 
visível, além de ser comum manifestações extra-intestinais; 
 
• A cirurgia não é capaz de interferir na evolução da doença, 
impedir recidivas ou alterar o prognóstico em longo prazo; 
 
• Logo, deve ser reservada a situações especiais, sempre de 
maneira o mais conservadora possível, uma vez que possui 
caráter paliativo; 
 
• Estima-se que até 50% dos pctes serão operados em algum 
momento e, destes, 18% serão reoperados; 
Colectomia Parcial e Total 
Ileostomia 
• A ileostomia é uma criação cirúrgica de uma abertura 
artificial (estoma),mais especificamente no íleo 
(Intestino Delgado), podendo ser temporária ou 
permanente; 
 
• Essa abertura será o local por onde sairão as fezes 
que serão armazenadas em uma bolsa coletora; 
 
• Na ileostomia, as fezes são mais líquidas uma vez que 
a absorção da água ocorre no Intestino Grosso. 
 
Colostomia 
• Definição: A colostomia é uma criação cirúrgica de uma 
abertura artificial (estoma) no cólon, podendo ser 
temporária ou permanente, fazendo c/ que uma parte do 
intestino fique exposta no abdome. Esta abertura será o 
local por onde sairão as fezes, que por sua vez serão 
armazenadas em uma bolsa coletora; 
 
• Dependendo da localização da colostomia, ela pode ser 
classificada em: 
 
 Colostomia Ascendente – As fezes são líquidas; 
 Colostomia Transversa – As fezes são semi-líquidas; 
 Colostomia Descendente – As fezes são formadas; 
 Colostomia Sigmóide – As fezes são firmes e sólidas. 
Colostomia Temporária 
A colostomia temporária é 
feita para que as fezes sejam 
desviadas do baixo cólon e o 
reto até que estes sejam 
restaurados. 
 
Quando a região encontra-se 
restabelecida, uma segunda 
cirurgia é feita para fechar o 
estoma e normalizar as 
funções intestinais 
Colostomia Definitiva 
A colostomia definitiva é 
necessária quando o baixo 
reto é inteiramente retirado. 
Após a cirurgia, é colocada 
uma bolsa especial no 
estoma, a fim de coletar as 
fezes 
Estoma 
 
Alimentação de Ostomizados 
• Não existe uma dieta especifica para pessoas ostomizadas, apenas 
algumas considerações especiais. Logo após a cirurgia recomenda-
se a ingestão de alimentos com pouca gordura e resíduos, como 
por exemplo: 
 
 Carne bovina sem gordura; 
 Aves sem pele e peixes; 
 Leite e queijo com pouca gordura; 
 Sopa de arroz, massas ou legumes; 
 Arroz, batata cozida ou assada sem casca; 
 Legumes; 
 Frutas e sucos de frutas; 
 Pão e cereais, torradas e biscoitos de água e sal; 
 Gelatinas, sorvetes de frutas; 
 Chás ou café sem cafeína. 
Alimentação de Ostomizados 
• Mastigar bem os alimentos para evitar a obstrução ou 
bloqueio da ostomia. É muito importante o aumento 
da ingestão de líquidos ( 6 a 8 copos por dia); 
 
• Porém certos alimentos apresentam implicações para 
as pessoas com ostomias e devem ser evitados para 
prevenir obstruções, gases ou mau cheiro, irritação no 
cólon ou mudança de cor nas fezes, como: 
 
• Alimentos que podem obstruir a passagem de fezes 
aipo, pratos chineses, grãos (feijão de todos os tipos), 
nozes e castanhas, legumes crus, frutas secas, milho, 
pipoca, tirar o coco 
Alimentação de Ostomizados 
 
Produzem mau cheiro: 
• peixe, cebola, queijos fortes, ovos, alho, aspargos, 
repolho, creme de amendoim; 
 
Produzem gases: 
• Repolho, cerveja, ervilha, milho, couve-flor, grãos 
(feijão), cebola, leite integral, espinafre, chicletes, 
 
Produzem irritações 
• legumes crus, leite, frutas secas, cerveja, cereais 
integrais, ameixas; 
Alimentação de Ostomizados 
Provocam alterações na cor das fezes 
• Morangos, beterraba, gelatina de morango, 
suplementos de ferro, corantes vermelhos para 
decoração; 
 
 Provocam diarréia 
• Vagem,alimentos apimentados, frutas secas, cerveja, 
brócolis, espinafre; 
Fístulas Digestivas 
FÍSTULA - CONCEITO 
 
• Comunicação anormal entre dois órgãos ou entre um 
órgão e o exterior. 
 
• Fístula digestiva envolve órgãos do aparelho digestório. 
FÍSTULAS 
Passagem anormal entre dois órgãos internos ou de um interno para 
a superfície do corpo. 
FÍSTULA - CONCEITO 
• As fístulas gastrointestinais representam complicações 
importantes no período pós operatório, especialmente de 
cirurgias abdominais e são associadas a altos índices de 
morbidade e mortalidade. 
 
• Permitem o contato de secreções do tubo digestório com o 
interior do abdome - outra víscera oca intra-abdominal ou em 
cavidade livre (fístula interna), ou com o meio externo (fístula 
externa), promovendo grande perda de secreção digestiva; 
 
• A ocorrência desta complicação prolonga o tempo de internação 
hospitalar e conseqüentemente, aumenta os custos financeiros. 
Classificação das Fístulas do TGI 
• Não existe uma classificação padronizada, mas na avaliação de 
um doente portador de uma fístula pós-operatória, considera-se: 
 
• Débito da Fístula: admite-se como fístula de alto débito aquela 
com perde de 500mL ou mais de líquido no período de 24h, c/ o 
doente em jejum; 
 
• Nível da Fístula: pode ser classificada de acordo c/ a sua 
localização do tubo digestivo, sendo que as de nível mais alto 
(estômago, duodeno ou jejuno proximal) determinam alterações 
hidroeletrolíticas e metabólicas mais acentuadas em função do 
débito mais elevado. 
Fístulas Digestivas e suas 
Consequências 
Mais freqüentes: 
 
• Distúrbios hidroeletrolíticos 
• Infecção 
• Desnutrição 
• Impossibilidade absoluta ou relativa de se alimentar; 
estado hipermetabólico; perda protéica; lesões cutâneas 
(contato direto c/ secreções digestivas leva a 
queimadura química, gerando infecção grave). 
Fístulas Digestivas e suas 
Consequências 
• Distúrbios metabólicos; 
• Falta de absorção de nutrientes; 
• Déficit nutricional; 
• Comprometimento da parede abdominal; 
• Infecção intracavitária; 
• Sangramento gastrointestinal. 
Tratamento Geral das Fístulas 
Digestivas 
• Cuidados locais c/ a pele e parede abdominal; 
• Reposição volêmica; 
• Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-
básicos; 
• Redução da secreção gastrointestinal; 
• Terapia nutricional; 
• Combate à infecção; 
• Critérios para indicação operatória. 
 
Cuidado Nutricional nos Casos de 
Fístulas 
OBJETIVO: melhorar o estado nutricional ou impedir 
que ele se deteriore. 
 
Cuidado clássico: NPT para repouso completo do 
intestino e diminuição das secreções digestivas. 
 
Cuidado atual: NPT e NE. Alimentos têm atuação trófica 
sobre a mucosa. 
CONSIDERAÇÕES: 
a) NPT: tratamento inicial em fístulas de alto débito. 
 
b) NE: fístulas altas ou baixas, em que se consegue 
passar sonda distalmente a ela. 
 
c) Se o débito aumentar com NE, retornar para NPT. 
Cuidado Nutricional nos Casosde 
Fístulas 
Terapia Nutricional no Doente c/ 
Fístula 
• A dieta por via fisiológica normal pode ser utilizada em fístulas 
distais (íleo terminal ou cólon) de baixo débito e fístulas 
exclusas do trânsito intestinal, que não apresentam 
complicações; 
 
• A utilização de dieta oral está condicionada ao débito da 
fístula. Caso o seu emprego aumente muito e de forma 
persistente a perda de secreção gastrointestinal, o melhor é 
manter o doente em jejum, evitando a espoliação de líquidos 
e distúrbios hidroeletrolíticos; 
Conclusão 
• As fístulas do aparelho digestivo, uma vez diagnosticadas 
são de tratamento clínico inicial, exceto quando houver 
indicação operatória pela presença de complicação; 
 
• O repouso do tubo digestivo associado a NP total é a base 
da terapêutica; 
 
• Como princípio, o tratamento operatório deve ser evitado: 
nos primeiros dias ou semanas após o diagnóstico; qdo 
estiver ocorrendo redução do débito da fístula, na presença 
de déficit nutricional; e antes de uma terapêutica clínica 
adequada. 
Síndrome do Intestino Curto 
Introdução 
• A síndrome do intestino curto (SIC) corresponde a um 
cjto de sinais e sintomas decorrentes de insuficiência 
intestinal pela perda da capacidade de absorção, 
decorrente da redução da superfície absortiva; 
 
• Pessoas acometidas por esta síndrome podem 
desenvolver várias complicações nutricionais e 
infecciosas, evoluindo c/ diarréia grave, má-absorção, 
distúrbios metabólicos e hidroeletrolíticos e, mtas 
vezes incapacidade de manutenção do status 
nutricional; 
Etiologia 
• A causa das ressecções extensas intestinais tem correlação estreita 
c/ a faixa etária estudada; 
 
• Nos adultos jovens, a DC representa a principal causa; a doença 
vascular mesentérica e as ressecções decorrentes de neoplasias 
malignas são mto importantes nos idosos; 
 
• Cerca de 15% dos pctes que tem intestino ressecado desenvolvem 
SIC, seja por ressecção maciça (75%), seja por enterectomias 
múltiplas, como na DC (25%); 
Etiologia 
• Ressecções intestinais pequenas (menos de 33% do intestino 
original) não produzem alterações, enquanto ressecções de mais de 
50% podem levar a repercussões clínicas, metabólicas e 
nutricionais; 
 
• Manifestações graves podem ser observadas em pctes c/ menos de 
200 cm de intestino (jejuno e íleo). Qdo a mucosa remanescente é 
normal e o cólon está intacto, o comprimento mínimo p/ 
manutenção do estado nutricional é de 50 a 70 cm; 
 
• Segundo alguns autores, pctes c/ menos de 100 cm de ID e que não 
tenham o cólon, em geral necessitaram de Nutrição Parenteral; 
Complicações da SIC 
• A vit. A importante p/ a diferenciação celular das céls. do epitélio 
intestinal e p/ a imunidade de resposta celular e humoral, necessitará 
de reposição parenteral freqüente, em virtude de os sinais de 
diminuição serem bastante tardia; 
 
• As ressecções ileais comprometerão a absorção de vit. B12 , o que 
poderá favorecer o supercrescimento bacteriano intestinal; 
 
• A diminuição da superfície da mucosa e da disponibilidade total de 
dissacaridases compromete a absorção de CHOs, podendo haver 
melhora durante o processo de adaptação; 
Fatores Prognósticos 
Ajudam a prever a evolução após a ressecção intestinal: 
 
• Idade avançada. As cças tem melhor prognóstico, tendo em vista a 
ausência de co-morbidades; 
• Extensão do intestino residual; 
• Local da ressecção. Se mais distal (íleo) que proximal (jejuno); 
• Ausência de válvula ileocecal (esfíncter fisiológico); 
• Ausência de cólon (comprometimento da absorção hidroeletrolítica 
durante a fase de adaptação e prevenção do supercrescimento 
bacteriano; 
• Doença do intestino residual (capacidade absortiva reduzida); 
• Ausência de processo adaptativo intestinal 
Tratamento Nutricional 
• Assim que possível, a utilização da via digestiva deverá substituir a 
via parenteral; 
 
• O jejum via oral é mantido por 1 a 2 semanas, p/ evitar a introdução 
de substâncias osmoticamente ativas no intestino que agravam as 
perdas de fluidos e eletrólitos; 
 
• Alimentação líquida oral (isotônica) poderá ser reintroduzida assim 
que houver remissão do íleo; 
 
• Reidratação, c/ soluções de glicose e eletrólitos deverão ser 
estimuladas. A oferta de líquidos deverá ser em torno de 500 a 1000 
mL/dia (soluções isotônicas); 
Tratamento Nutricional 
• A glutamina poderá ser administrada em pequenas doses (10g/3 
vezes ao dia); 
 
• A partir da fase transicional, deve-se avançar gradualmente a 
alimentação oral. A NP é descontinuada reduzida lentamente, 
enquanto a alimentação oral é elevada, sem se permitir piora da 
diarréia; 
 
• O aporte calórico dependerá da aceitação e da necessidade em 
função da intensidade e volume da diarréia; 
 
• Em geral, 30-40 kcal/kg/dia de peso ideal são suficientes p/ pctes 
que perderam mais de 50% do intestino; 
Tratamento Nutricional 
• Esses pctes apresentam uma taxa de absorção em torno de 62% do 
total ingerido, e, destes, 54% de gorduras, 61% de CHOs e 81% de 
ptnas; 
 
• Pctes mantidos c/ cólon podem apresentar piora da diarréia c/ dieta rica 
em gordura devido a estimulação na secreção de água e eletrólitos pelos 
AGs mal digeridos; 
 
• Esses pctes se beneficiam c/ dietas ricas em CHOs complexos (50-60% 
das calorias) e pobres em gorduras (até 30%); 
 
• A reposição de vitaminas lipossolúveis e oligoelementos deverá ser feita 
rigorosamente p/ esses pctes; 
Tratamento Nutricional 
• A reposição de vit. D evita a osteomalácea – deve ser feita na dose 
de 50.000 UI/dia até normalização plasmática e, então 
semanalmente; 
 
• Vitamina A – 10.000 a 50.000 UI/dia; 
 
• Vitamina E – 30 UI/dia; 
 
• Vitamina K – 5 mg/dia – o controle dessa vitamina deve ser feito 
através do tempo e atividade de protrombina; 
 
• Vitamina B12 – 10-300 mcg/dia ou 1.000 mcg/mês. A reposição 
desta vitamina deverá ser instituída qdo houver ressecção do íleo 
terminal; 
Tratamento Nutricional 
• Magnésio – 2 mL MgSO4 50%. A reposição de Mg é complicada, já que 
as preparações orais causam diarréia, por isso deve-se usar a via 
parenteral; 
 
• Zinco – 22 mg/dia. As perdas de Zn se fazem pelas fezes, sondagem 
nasogástrica e através das fístulas. Sua reposição se faz c/ 
multivitamínicos que fornecem 22g de Zn elementar; 
 
• A falha na reintrodução da dieta oral constitui indicção p/ o 
estabelecimento de NE contínua (in bolus pode causar diarréia); 
 
• Dietas poliméricas isotônicas são mais adequadas e devem incluir 
maior concentração de ptnas e CHOS, c/ baixo teor de gorduras 
Tratamento Nutricional 
• Caso não haja restabelecimento do peso e recuperação do 
equilíbrio hidroeletrolítico, possivelmente haverá necessidade de 
NP; 
 
• Nos casos de falência intestinal, a NPT pode prover o organismo de 
recursos nutricionais, pelo tempo que for necessário, p/ que a 
adaptação intestinal aconteça; 
 
• Pcte c/ NPT exclusiva necessitarão de 20 a 30% das calorias por 
meio das gorduras; 1 a 1,5 g/kg/dia de proteínas e o restante por 
meio de CHOs; 
 
• Vitaminas e oligoelementos serão administrados de modo a manter 
as concentrações séricas normais. 
Síndrome do Intestino Irritável 
Introdução 
• A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma doença comum, 
e caracteriza-se pela alteração do hábito intestinal, podendo 
estar associada à dor e distensão abdominais; 
 
• Em geral, a síndrome está relacionada à ansiedade e ao 
estresse psicossocial e, afeta 12% das pessoas em todo o 
Mundo; 
 
• A dor abdominal e o desconforto intestinal experimentados 
pelos pacientes com SII causam a piora na qualidade de vida, 
e fazem com que estes pacientesprocurem ajuda médica; 
 
 
Introdução 
• A SII ocorre em idades variáveis, mas é mais freqüente 
durante a adolescência e na terceira e quarta décadas de 
vida; 
 
• O início dos sintomas após 50 anos de idade é incomum; 
 
• As mulheres são duas vezes mais afetadas do que os 
homens, e a associação com períodos de estresse 
psicossocial é evidente. 
Etiologia 
• As causas da SII são desconhecidas, mas acredita-se que 
estejam associadas a aumento da sensibilidade intestinal e a 
alterações motoras do intestino; 
 
• A ansiedade e o estresse psicossocial devem ser sempre 
lembrados, já que são eles que desencadeiam e mantém, na 
maior parte das vezes, os sintomas intestinais e abdominais; 
 
• As alterações de sensibilidade intestinal (hipersensibilidade) 
caracterizam-se pelo surgimento da dor em cólica em 
condições em que a pressão intestinal aumenta, como na 
flatulência e na constipação; 
Etiologia 
• O que chama a atenção nos pacientes com SII é que a 
pressão que seria bem tolerada em uma pessoa sem a 
doença, causa um imenso desconforto e dor nos pacientes 
portadores desta enfermidade; 
 
• Quanto às alterações motoras intestinais, estas se 
caracterizam pelo funcionamento anormalmente rápido ou 
lento do intestino; 
 
• Quando o funcionamento intestinal é rápido, a diarréia é o 
sintoma preponderante, e quando lento, é a constipação que 
se faz presente; 
 
Sintomatologia 
• Os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável são dor abdominal 
(cólica), distensão abdominal (gases), diarréia e constipação; 
 
• A diarréia é um sintoma comum e inconveniente, já que altera o estilo 
de vida (idas freqüentes ao banheiro), incontinência fecal (perda 
involuntária de fezes), urgência evacuatória e ansiedade; 
 
• A constipação está associada à distensão abdominal, flatulência, dor 
abdominal e alteração estética. Em alguns casos há alternância dos 
sintomas, ou seja, em um período o paciente se queixa da diarréia, e 
em outro, da constipação. 
Tratamento não Medicamentoso 
• O tratamento não medicamentoso é adequado para muitos pacientes, 
e deve ser mantido quando se opta pelo tratamento medicamentoso; 
 
• A alteração no estilo de vida deve ser levada em consideração, já que 
o estresse e a ansiedade são os fatores que desencadeiam e mantém 
os sintomas intestinais; 
 
• Neste aspecto, a realização de exercícios físicos também tem grande 
valor; 
 
• O cuidado c/ a dieta é importante, e deve-se evitar alguns tipos de 
alimentos, como a cafeína em excesso, alimentos ricos em gordura, 
excesso de lactose (leite, queijo). 
Tratamento não Medicamentoso 
• Nos pacientes com constipação, deve-se estimular a dieta 
rica em fibras; 
 
• Nos casos em que há distensão abdominal devido a gases 
intestinais, alimentos como feijão, lentilha, brócolis (não 
cozida) e couve-flor devem ser evitados; 
 
• A utilização de suplementos de fibras é estimulada nos 
pacientes com SII, já que nestes casos, as fezes se tornam 
mais pastosas, e os movimentos intestinais são mais 
eficientes, com conseqüente evacuação menos traumática; 
 
Tratamento não Medicamentoso 
• A psicoterapia é utilizada naqueles pacientes em que os 
fatores emocionais estão fortemente relacionados aos 
sintomas; 
 
• Nos pacientes com diarréia e dor abdominal, a psicoterapia 
mostra bons resultados; 
 
• Infelizmente, o mesmo não se observa nos pacientes com 
constipação. 
Em termos Práticos: como Reduzir os 
Processos Inflamatórios a Partir do 
Controle da Disbiose? 
1. Identificando o aumento da permeabilidade intestinal 
(aplicar o questionário de hiperpermeabilidade 
intestinal); 
 
2. Levantando os possíveis gatilhos para sua disbiose e 
hiperpermeabilidade; 
 
3. Tratando 
 
4. Reavaliando os sintomas 
Questionário de 
Hiperpermeabilidade Intestinal 
0 = sintoma raramente presente ou ausente 
1 = sintoma leve/de vez em quando; 
2 = sintoma moderado/frequentemente; 
3 = sintoma severo/quase sempre 
1) Diarreia ou constipação 0 1 2 3 
2) Dor abdominal ou distensão 0 1 2 3 
3) Muco ou sangue nas fezes 0 1 2 3 
4) Dor articular, inchaço ou artrite 0 1 2 3 
5) Fadiga frequente ou crônica 0 1 2 3 
6) Alergia ou intolerância alimentar 0 1 2 3 
7) Congestão nasal ou de seios nasais 0 1 2 3 
8) Inflamações frequentes ou crônicas 0 1 2 3 
Questionário de 
Hiperpermeabilidade Intestinal 
9) Eczema ou urticária 0 1 2 3 
10) Asma ou alergias aéreas 0 1 2 3 
11) confusão, pouca memória, mal humor 0 1 2 3 
12) Uso de AINES 0 1 2 3 
13) História de uso de antibiótico 0 1 2 3 
14) Consumo de álcool ou seu uso lhe faz mal 0 1 2 3 
15) RCU, DC ou Doença celíaca 0 1 2 3 
1-5 pontos: baixa prioridade / 6-10 pontos: caso leve / 7-19 pontos: moderada 
prioridade / > 20 pontos: grande prioridade 
LIPSKY E. Digestive Wellness, 2000.

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