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HEMATOLOGIA DOS PEIXES E ANFÍBIOS Acadêmicos de Medicina Veterinária – Bioquímica Clinica. -------------------------------- HEMATOLOGIA DOS PEIXES HEMATOLOGIA DOS PEIXES A avaliação hematológica: Não é rotineiramente utilizada; Útil na detecção de enfermidades, acompanhamento da progressão da doença e resposta terapêutica. COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA Peixes maiores do que 3 polegadas (8 cm) de comprimento; A coleta deve ser realizada em menos de 30 segundos; Hematologia dos peixes COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA Deve ser colhido com anticoagulante, podendo ser utilizado: Heparina Ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) Hematologia dos peixes COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA A coleta do sangue pode ser realizada na veia ou artéria caudal; Hematologia dos peixes Fonte: EmbrapaFonte: google imagens COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA Podem ser abordados ventralmente ou lateralmente. Abordagem ventral: Hematologia dos peixes COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA Abordagem lateral: Hematologia dos peixes COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA O sangue também pode ser coletado do coração e do bulbo arterioso, utilizando-se a abordagem ventral. Hematologia dos peixes Fonte: google imagens Em tubarões, o sangue pode ser coletado utilizando-se a veia que corre caudal e levemente ventral às barbatanas dorsais. Hematologia dos peixes MORFOLOGIA DAS HEMÁCIAS MORFOLOGIA DAS HEMÁCIAS As hemácias maduras normais de peixes são: ovais a elipsoidais; abundante citoplasma esinofílico claro; núcleo central; Hematologia dos peixes MORFOLOGIA DAS HEMÁCIAS O tamanho e número de hemácias variam entre as espécies de peixes; Ex: à classe Chondrichthyes (tubarões e arraias) em geral são maiores do que os peixes da classe Osteichthyes (peixes ósseos). Hematologia dos peixes MORFOLOGIA DAS HEMÁCIAS Anisocitose e policromasia discretas a moderadas são normais em varias espécies de peixes. Citoplasma com coloração azul mais clara do que as hemácias maduras; Podem parecer mais arredondadas. Hematologia dos peixes MORFOLOGIA DAS HEMÁCIAS Hemácias maduras normais e hemácia policromática Hematologia dos peixes Pode ser observado hemácias imaturas no esfregaço sanguíneo; Núcleo maior e menos condensado; Menor volume de citoplasma. Hematologia dos peixes AVALIAÇÃO LABORATORIAL AVALIAÇÃO LABORATORIAL A determinação do hematócrito é o procedimento mais utilizado para avaliar a massa eritrocitária em peixes; O método cianometahemoglobina fornece resultados mais consistentes do teor de hemoglobina. Hematologia dos peixes AVALIAÇÃO LABORATORIAL Esse procedimento necessita de centrifugação do sangue misturado com o reagente da cianometemoglobina; Remoção de núcleos eritrocitários livres antes da mensuração da densidade óptica. Hematologia dos peixes AVALIAÇÃO LABORATORIAL A contagem total de hemácias (CTHe) pode ser obtida por técnicas de contagem manual (hemocitômero) ou por contadores celulares eletrônicos Hematologia dos peixes AVALIAÇÃO LABORATORIAL VG [%] CEr [x106/ul] Hb [g/dl] VCM [Fl] CHCM [g/dl] Bass listrado, híbrido 23 a 47 3,66 a 4,96 8 a 12 81 a 106 22 a 30 Bagre- americano 40 2,44 - - - Linguado 17 a 26 1,7 a 2,6 4,2 a 6,0 90 a 126 - Peixe-dourado 38 a 40 1,6 a 1,8 9,7 a 10,6 241 a 245 26 Pacu 25 1,68 - - - Tilápia 27 a 44 1,91 a 2,83 7,0 a 9,8 115 a 183 22 a 29 Truta-arco-íris 21 a 44 0,77 a 1,67 1,5 a 7,7 192 a 420 14,4 a 70,0 Hematologia dos peixes RESPOSTAS ÁS DOENÇAS RESPOSTAS ÁS DOENÇAS A emersão e o manuseio do peixe para a venopunção ou a cardiocentese Aumenta significativamente o hematócrito em até 25%; Teor de hemoglobina permanece o mesmo; Redução da CHCM Hematologia dos peixes RESPOSTAS ÁS DOENÇAS Métodos de canulação têm sido desenvolvidos com o objetivo de minimizar esses efeitos; O hematócrito varia entre e dentro de espécies e aparentemente se correlacionam à atividade normal do peixe. Hematologia dos peixes RESPOSTAS ÁS DOENÇAS Peixes com menor atividade têm menores valores de hematócrito; O hematócrito também varia durante o ciclo de vida Ex: durante as condições de pré-desova, o salmão do Atlântico (Salmo salar) apresenta hematócrito alto. Hematologia dos peixes RESPOSTAS ÁS DOENÇAS Fatores que também podem influenciar o VG: Idade; Sexo; Temperatura da água; O fotoperíodo; Variações sazonais. Hematologia dos peixes RESPOSTAS ÁS DOENÇAS Peixes cartilaginosos e peixes ósseos apresentam sistemas diferentes de transporte de gases; Hematologia dos peixes Peixes cartilaginosos (tubarões e arrais): Apresentam carga de trabalho cardíaco moderada; maior débito cardíaco; maior volume sanguíneo; taxas de fluxos aumentadas. Peixes ósseos: Exercem alta carga de trabalho cardíaco e pressão sanguínea; Hematologia dos peixes RESPOSTAS ÁS DOENÇAS Peixes com VG acima de 45% são considerados desidratados; Peixes anêmicos tem VG baixo (menor que 20%) Hematologia dos peixes Peixes com anemia regenerativa: Concentrações elevadas de eritrócitos policromáticos e imaturos. Anemia microcítica normocrônica tem sido associada a estresses ambientais. Hematologia dos peixes RESPOSTAS ÁS DOENÇAS Por eritrócitos maduros serem menores do que as células maduras, a microcitose está associada a anemias hemolíticas ou hemorrágicas graves; Hematologia dos peixes RESPOSTAS ÁS DOENÇAS Anemias hemorrágicas são associadas a: traumas; parasitas hematófagos; deficiência de vitamina K; septicemia (bacteriana ou viral) Hematologia dos peixes LEUCÓCITOS LEUCÓCITOS Demonstram ampla variação de aparência entre as espécies de peixes. Leucócitos dos peixes ósseos comumente estudados: Bagre-americano (Ictalurus punctatus) Peixinho-dourado (carassius arautus) Salmonídeos (trutas e salmões, Salmo spp.) Bass listrado (Morone saxatulis) Esturjão-branco (Acipenser transmontanus) Hematologia dos peixes LEUCÓCITOS • Bagre-americano (Ictalurus punctatus) – heterófilos, basófilos, linfócitos e monócitos no sangue periférico; • Peixinho-dourado (carassius arautus) – linfócitos, monócitos, heterófilos, eosinófilos e raramente basófilos; • Salmonídeos (trutas e salmões, Salmo spp.) – aparentemente possui três tipos: linfócitos, neutrófilos e monócitos; Hematologia dos peixes LEUCÓCITOS • Bass listrado (Morone saxatulis) – são classificados como: linfócitos, neutrófilos e monócitos; • Esturjão-branco (Acipenser transmontanus) – quatro tipo tem sido descrito: linfócitos, monócitos, neutrófilos e eosinófilos. Hematologia dos peixes PEIXES LEUCOCITOS leucócitos variáveis entre as espécies; Peixe gato; Peixe Dourado; Salmonídeos; Bass; Esturjão (osteíctes); Leucócitos de Tubarões e Raias (condrictes); PEIXES Peixe-Gato (Ictalurus punctatus); - Estudo citoquímico identifica (heterófilos, basofilos, linfocitos e monócitos); - Auxilia na identificação das celulas em esfregaços; - Coloração de Romanowsky; PEIXES Peixe-Dourado (Goldfish) - Leucocitos encontrados ( linfocitos, monocitos, heterofilos, eosinofilos e raramente basofilo); PEIXES Salmonídeos ( Truta e Salmão) - Coloração citoquimica indica três tipos leucocitários: linfócitos, neutrófilos e monócitos. PEIXES Bass Listrado (Morone saxatulis) - Mesmos leucócitos identificados nos salmonídeos; PEIXES Esturjão - Quatro tipos de leucócitos: linfócitos, monócitos, neutrófilos e eosinófilos. PEIXES Osteictes:no geral são relatados; - Neutrófilos ou heterófilos, linfocitos e monocitos. - Coloração com mieloperoxidase para diferenciar neutrofilos e heterofilos verdadeiros. - Tecnica de coloração: neutrofilo + ; heterofilo -; - Eosinofilos e basofilos são raros( sangue periferico); PEIXES Leucócitos de tubarões e raias (condrictes); - leucócitos: granulocitos, linfocitos e monocitos; - Granulocitos nos peixes cartilaginosos são classificados em G1( tipo1),G2 (tipo 2), G3 (tipo 3); - Basofilos tambem podem ser encontrados; PEIXES osteictes Neutrófilos - Células redondas, discretamente ovais, com núcleo excêntrico; - Núcleo de forma variada: redondo, oval, indentado, alongado ou segmentado; - Mais comum: não segmentado. - Abundante citoplasma ligeiramente acidofilico; - Pode haver granulos citoplasmaticos (cinza a azul-claro ou vermelho); PEIXES Livro: Hematologia e bioquimica clinica veterinaria PEIXES Eosinófilos - Raros; Redondo - Núcleo arredondado a segmentado; excêntrico; - Grânulos citoplasmático eosinófilo; PEIXES Livro: Hematologia e bioquimica clinica veterinaria PEIXES Basófilos - Raros; - Células redondas - Com grânulos citoplasmáticos basofílicos arredondados que sobrepõe o nucleo - Núcleo grande. PEIXES Granulocitos de tubaroes e raias (condrictes); - G1(tipo1): nucleo exentrico irregular não lobulado; - Citoplasma descorado; - Granulos citoplasmaticos eosinofilicos redondos a ovais; PEIXES Livro: Hematologia e bioquimica clinica veterinaria PEIXES G2 (tipo 2); - Nucleo lobado; - Citoplasma descorado e carece de granulos. ( se assemelham a neutrofilos de mamiferos); PEIXES Livro: Hematologia e bioquimica clinica veterinaria PEIXES G3 (tipo 3); - Contem nucleo lobado; - Citoplasma azul-claro; - Grânulos citoplasmáticos intensamente eosinófilo de forma arredondada. - São semelhantes ao eosinófilos das aves; PEIXES PEIXES BASOFILOS; - Raros; - Nucleo grande; - Citoplasma com carencia de granulos e descorado; PEIXES Livro: Hematologia e bioquimica clinica veterinaria PEIXES Linfócitos (tanto osteictes quanto cartilaginosos); - Semelhante ao das aves e mamiferos; - Tipo mais abundante em esfregaço de peixe; - Redondos; - Alta proporção nucleo/citoplasma; - Citoplasma intensamente basofílico; PEIXES Livro: Hematologia e bioquimica clinica veterinaria PEIXES Monocitos - Ocasionais; - Semelhantes aos de aves e mamiferos; - São grandes leucocitos mononucleares; - Abundante citoplasma granular azul que pode conter vacuolos; PEIXES Livro: Hematologia e bioquimica clinica veterinaria PEIXES AVALIAÇÃO LABORATORIAL; - Contagem manual - Direta na camara de neubauer com soluçoes para diluiçao e coloração; - Coloração: tec. Natt-Herrick; - Leucocitos tem aparencia azul, mais escuro que hemacias; - Identificação fidedigna: objetiva ^ que 10x. PEIXES Coloração em solução natt herrick - Durante 60 min. - Vantagem: contar hemacias, leucocitos e trombocitos (mesmo hemocitômetro); PEIXES Contagem diferencial; - Esfregaço e corado com Romanowsky; - Pingar albumina na lamina (evitar celulas fantasmas); - Secar o esfregaço com secador de cabelos (evitar artefatos); Respostas às Doenças; - Funções não conhecidas; - Neutrófilos e heterofilos= resposta inflam. - Neutrofilia ou heterofilia associada a linfopenia resposta de estresse dos peixes. - Eosinofilos = resposta infram. (infec. Metazoarios/parasitaria); - Linfocito normal = <0,5 - ^ contagem granulocitos= resposta inflam. - Tubaroes: alta granulocitos. baixa linfocitos= septicemia bacteriana; - Monocitos= celulas fagociticas ativas ( resp. inflam. Aguda). PEIXES - Linfocito normal = <0,5 - ^ contagem granulocitos= resposta inflam. - Tubaroes: alta granulocitos. baixa linfocitos= septicemia bacteriana; - Monocitos= células fagociticas ativas ( resp. inflam. Aguda). - Linfocitos= imunidade celular humoral (condições imunossupressoras). Que resulta em leucopenia e linfopenia intensa. 68 TROMBÓCITOS E HEMOSTASIA INTRODUÇÃO - sangue do peixe coagula em resposta a lesão - variação na velocidade e eficácia dos mecanismos de coagulação - mais rápida em Osteictes do que em tubarões e raias - envolvimento de fatores extrínsecos envolvidos - Coágulo: 5 min. Osteíctes e 20 Min. ou mais em Tubarões e Raias 69 Mary Anna Thrall... [e al.] - 2006 MORFOLOGIA DOS TROMBÓCITOS - São menores que as Hemácias - Forma Arredondada, alongada ou fusiforme - Citoplasma Azul Claro e Incolor - Núcleo condensado e acompanha a forma da célula - Trombócitos do Peixe costumam ser confundido com pequenos linfócitos maduros 70 Mary Anna Thrall... [e al.] - 2006 71Fonte: https://www.ufrgs.br/lacvet/plaquetas.htm Fonte: Mary Anna Thrall... [e al.] - 2006 Fonte: Mary Anna Thrall... [e al.] - 2006 - AVALIAÇÃO LABORATORIAL - contagem de Trombócitos pode ser obtida no mesmo hemocitômetro utilizado para hemácias e leucócitos. - Técnica: - todos os quadrados do grande quadrado central da câmara de Neubauer, em ambos os lados são contados, calcula-se o número médio de trombócitos e multiplica-se por 2.000, para se ter a contagem total de trombócitos por microlitro. 72 Mary Anna Thrall... [e al.] - 2006 - RESPOSTAS AS DOENÇAS - Processo de coagulação – formação de fibrinopeptídios – clivagem do fibrinogênio – controle da trombina. - agregação de trombócitos dos peixes é diferente da agregação dos mamíferos. - trombócito dos peixes convertem acido araquidônico em prostaglandinas, e pequenas ou nenhuma quantidade de tromboxano. - mamíferos: tromboxano potente indutor de agregação plaquetária. - Tubarões: agregação é revertida pela temperatura, não depende de trombina e adenosina difosfato. 73 Mary Anna Thrall... [e al.] - 2006 - HEMOPARASITAS - Hemogregarina sp – que infecta peixes é semelhante aquela que infecta repteis, identificada por gametócitos característicos no citoplasma das hemácias. - Tripanossomos sp – presente particularmente em espécies de água fria, pode se encontrar 1.000.000 de microorganismos/ul, são responsáveis por anemias fatais. - Tripanoplasmos sp– são hemoparasitas semelhantes ao tripanossomos, diferenciam-se por serem pleomórficos, causa amenia grave em ciprinídeos(peixe dourado e carpa). 74 Mary Anna Thrall... [e al.] - 2006 - Piroplasmídeos sp– Pouco se sabe sobre seu ciclo biológico, são identificados por suas inclusões intracitoplasmáticas em hemácias circulantes, hospedeiro intermediário, anemia hemolítica. - Microsporídeos sp– infecta principalmente células hematopoiéticas de salmonídeos, esse microorganismo é considerado causador de leucemia plasmacitóide do salmão. - Inclusões virais – Existem inclusões intracitoplasmáticas em hemácias de peixes com necrose eritrocitária, síndrome do corpúsculo de inclusão eritrocitário e amenia do salmão Coho, 75Mary Anna Thrall... [e al.] - 2006 - HEMATOPOIESE - Peixes cartilaginosos carecem de medula óssea e linfonodos - tem timo linfoide, baço e outros tecidos linfomielóides - atividade hematopoiética nos sinusóides da polpa vermelha – maturação das hemácias, trombócitos e linfócitos. - órgão epigonal – principais locais de granulopoiese em peixes (mieloblastos, progranulócitos, mielócitos, metamielócitos e granulócitos maduros) 76Mary Anna Thrall... [e al.] - 2006 - tecidos linfomielóides de osteíctes são oriundos do timo, do baço e dos rins. - rim é o principalórgão formador de sangue: rim pronefro e rim opistonefro, são os locais de hematopoiese nos peixes. - o rim pronefro é o principal lugar de maturação e diferenciação de hemácias, granulócitos, linfócitos, monócitos e possivelmente trombócitos. 77Mary Anna Thrall... [e al.] - 2006 78 Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAge8YAK/peixes-peixes-caracter-sticas-gerais-apostila TROMBÓCITOS EM PEIXES MILHARES/mm TROMBOCITOS EM CAES MILHARES/mm TROMBÓCITO EM FELINOS MILHARES/mm 4-20 200 - 500 Milhares/mm 300 - 800 Milhares/mm Fonte: http://patclinveterinaria.blogspot.com.br Fonte: Azevedo, T.M.P. , et al. (2016). Valores de referência para hematologia de Oreochromis niloticus cultivados em tanques-rede na Bahia. 79 80 81 - REFERÊNCIAS: 1. Noja EJ. Fish disease, diagnosis and treatment. St Louis: Mosby 1996. 2. Hibiya T. ed. Na atlas of fish histology: normal and pathological features. Tokyo: Kodansha, 1985 3. Dacie JV, Lewis K. Practical hematology. 4th ed. London: Churchill Livingstone, 1968. 4. Haley PJ Weiser MG. Erythrocyte volume distribution in rainbow trout Am J Vet Res 1985; 2210-2211 5. Ferguson HW. Systemic pathology of fish Ames, IA: Iowa State University Press, 1989 HEMATOLOGIA DOS ANFÍBIOS CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ANFÍBIOS Possuem o corpo sem escamas; Pele é lisa, fina e úmida, vivem em ambiente úmidos; Ciclo de vida - metamorfose de uma forma larval para uma adulta; São ectotérmicos, a temperatura corporal varia conforme a temperatura do ambiente. SÃO DIVIDIDOS EM 3 GRUPOS ANUROS Sapos, rãs e pererecas ÁPODES Cobras-cegas URODELOS Salamandras COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA COLETA E MANUSEIO DO SANGUE oNão mais que 1% do peso corporal; oAlgumas espécies podem ter volumes sanguíneos mais altos; oAnfíbios aquáticos tendem a ter volume sanguíneo entre 13 e 25% de sua massa corporal; oAnfíbios terrestres, têm volume de sangue que representa 10% do seu peso corporal; veia abdominal anterior. essa veia fica diretamente abaixo da linha alba. O sangue pode ser coletado de sapos e rãs por meio de venopunção das veias abdominal ventral e lingual.. COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA Contenção – pode requerer sedação ou anestesia; A contenção com as mãos sem luvas pode danificar o epitélio de alguns anfíbios, o que pode afetar os leucogramas subsequentes. Venopunção – o sangue pode ser coletado pelo método de gotejamento ou aspiração com a seringa (Coleta de sangue da veia abdominal de rã) . A contenção com as mãos nuas pode danificar o epitélio de alguns anfíbios, o que pode afetar os leucogramas subsequentes. COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA Cardiosentese • A punção cardíaca não é isenta de risco; • Usar agulha de calibre pequeno; • Se houver líquido amarelo transparente, a agulha deve ser retirada, pois a amostra é provavelmente o fluido do saco pericárdico COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA o Nos anfíbios, os vasos linfáticos acompanham os vasos sanguíneos ocorrendo a mistura de sangue e linfa durante a venopunção; o Essa mistura irá resultar na diluição dos componentes sanguíneos resultando em menores valores de: o volume globular (VG); oTeor de hemoglobina; oConcentração de Eritócitos oConcentração de leucócitos; COLETA E MANUSEIO DA AMOSTRA O sangue deve ser coletado utilizando-se a heparina lítica como o anticoagulante; O ácido etilenodiamino tetracético (EDTA) em geral, causa hemólise, portanto deve ser evitado; As seringas podem ser preparadas com heparina lítica ou o sangue pode ser coletado por gotejamento dentro de um frasco contendo a substancia; ERITRÓCITOS MORFOLOGIA Discos elípticos grandes e nucleados; São maiores se comparados aos de outros vertebrados ´ Hemácias do sangue de Salamandra ERITRÓCITOS Tamanho médio (variedade entre sapos e rãs) 22 a 14µm; Citoplasma homogêneo preenchido com hemoglobina; (Hemácias em sangue de salamandra) ERITRÓCITOS FORMAS DE ERITRÓCITOS EM ANFÍBIOS 2 Formas diferenciadas pelo tamanho e a morfologia; FORMA LARVAL – Tem a forma maior e alongada; FORMA ADULTA – Menor e arredondada; ERITRÓCITOS A transição da forma larval para a adulta inicia- se no começo da metamorfose, atingindo a transformação total no décimo segundo dia; SALAMANDRAS Á medida que elas crescem os eritrócitos se tornam mais arredondados (não afeta a área total) ERITRÓCITOS Em alguns estudos, as contagens eritrocitárias foram maiores em machos do que em fêmeas; Essa contagem é afetada pela atividade sazonal; ↑ Eritropoiese na MO durante a primavera e após a hibernação; São encontrados números maiores de eritrócitos circulantes; ERITRÓCITOS AVALIAÇÃO LABORATORIAL Hematócrito ou volume globular (VG): Método do microhematócrito; Cianometemoglobima: Método para obter o teor de hemoglobina do sangue; Centrifugação da mistura de sangue com cianometemoglobina para remover os núcleos das hemácias; ERITRÓCITOS AVALIAÇÃO LABORATORIAL A contagem total de hemácias: Contagem manual, em hemocitômetro; Contador eletrônico; ERITRÓCITOS RESPOSTAS ÀS DOENÇAS Ciclo de vida média: ↑ 100 dias; Pode influenciar a resposta eritrocítica; Salamandras e tritões A interpretação do hemograma pode ser baseado na feita em peixes; Sapos e rãs baseada na dos répteis; ERITRÓCITOS RESPOSTAS ÀS DOENÇAS Os eritrócitos normais demostram anisocitose discreta; ↑Anisocitose sugere regeneração ou discrasia causada pela alta concentração de hemácias; Como os anfíbios são ectotérmicos, a rapidez da resposta hematológica pode ser manipulada por alterações no ambiente, como variação da temperatura; LEUCÓCITOS MORFOLOGIA Os Leucócitos de Anfíbios, como na maioria de mamíferos, são classificados como neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos. Em geral são maiores que os de mamíferos. LEUCÓCITOS Nos Anfíbios a granulopoiese ocorre no fígado, nos rins e na MO; Algumas espécies não possuem MO; Mieloblastos e progranulócitos; LEUCÓCITOS MORFOLOGIA NEUTRÓFILO Semelhante ao dos mamíferos; Medindo entre 10 e 25 µm; Núcleo multilobado com pequenos grânulos citoplasmáticos; Neutrófilo (cabeça de seta) e um eosinófilo(seta) LEUCÓCITOS MORFOLOGIA EOSINÓFILO São semelhantes aos neutrófilos; Citoplasma levemente basofílico; Com graânulos citoplasmáticos de tamanho pequeno a moderado; Eosinófilo (seta) e basófilo (ponta de seta) Formatos de arredondados a ovais; MORFOLOGIA BASÓFILO O tamanho dos basófilos varia de acordo com a espécie; Núcleo não segmentado e grânulos metacromáticos grandes; Basófilo (seta) sangue de salamandra LEUCÓCITOS MORFOLOGIA LINFÓCITO São redondos, com núcleo arredondado e cromatina densamente agregada; Linfócito (seta) no sangue de uma salamandra LEUCÓCITOS MORFOLOGIA MONÓCITO São caracterizados pelo seu tamanho (GRANDES); Citoplasma azul-acinzentado abundante; Que pode estar espumoso ou vacuolizado; Monócito (seta) demonstrando leucofagocitose LEUCÓCITOS MORFOLOGIA MONÓCITO Monócito é o primeiro leucócitoa aparecer no sangue periférico da larva da rã; Monócito (seta) demonstrando leucofagocitose LEUCÓCITOS Parâmetros hematológicos normais para salamandra japonesa e grande rã americana AVALIAÇÃO LABORATORIAL Trombócitos e hemácias. Nucleadas que interferem nos métodos de contagem automatizado. Contagem total de leucócitos. Natt-herrick.Floxina B. Contagem diferencial dos leucócitos. Esfregaço corado com Romanowsky. AVALIAÇÃO LABORATORIAL Heparina. Esfregaço deve ser feita imediatamente após a coleta . Ou deve ser feito sem a utilização de um anticoagulante. PARÂMETROS LEUCOCITÁRIOS DE ALGUMAS ESPÉCIES DE ANFÍBIOS Leucócitos x10³/μl Neutrófilos/ heterófilos% Linfócito% Monócitos% Eosinófilo% Basófilo% Rã de garras africana. 8,2. 6,9 a 9,1. 62,6 a 68,0. 0 a 1. 0. 7,1 a 9,9. Rã verde 6,1. 6,7 a 10,9. 48,7 a 55,3. 0 a 2. 18,1 a 20,7. 15,3 a 17,9. Rã comum. 14,4. 5,5 a 7,51. 65,6 a 71,4. 0 a 1. 11,6 a 17,4. 22 a 26,4. Rã touro americana 2,3 a 8,1. 6,8 a 37,2. 47,9 a 77,9. 0 a 2. 2,8 a 15. 0 a 6. RESPOSTAS ÀS DOENÇAS Neutrófilos. atividade migratória e fagócitica. Participação em reações inflamatórias. Monócitos. São fagociticos. Seu aumento esta relacionado a reações inflamatórias. Eosinófilos. Menor capacidade em fagocitar particulas e micro organismos. Resposta a infecções por metazoários. Causando uma Eosinófilia periférica. RESPOSTAS ÀS DOENÇAS Basófilo. Sua quantidade depende da espécie. Linfócitos. Rãs e sapos. Linfócitos T e B. Produçao de imunoglobulinas. Auxiliadores e realizadores. Salamandra. Não possuem essa refinação. Pode apresentar linfocitose após a amputação de sua cauda. TROMBÓCITOS MORFOLOGIA Células anucleadas. assemelhando se com os linfócitos maduros.Mas normalmente são com denso núcleo arredondado e oval e um citoplasma abundantemente descorado. Fosfatasse alcalina. Quando positiva com trombócitos de alguns anfíbios pode causar trombocitos anucleados. AVALIAÇÃO LABORATORIAL Hemocitómetro. Se parecem como as hemácias Mas são menores ovais ou arredondadas e com proporção núcleo e citoplasma maior. Câmara de neubauer. VM x 2000= contagem total de trombócitos por micro litro. Contagem confiáveis. RESPOSTAS ÀS DOENÇAS Formas imaturas desses trombócitos. células e núcleos redondos são pouco encontradas no sangue periférico. Tromboblastos. Fina cromatina nuclear com grande nucléolo irregular excêntrico e citoplasma fracamente basófilico. Prótrombócitos. Núcleo alongado e citoplasma vacuolizado com grânulos azul claro. Tromboeitos. CONTAGEM DE TROMBÓCITOS DE ALGUMAS ESPÉCIES Rã touro americana. Sapo de barriga de fogo(M). Sapo de barriga de fogo(F). Rã comum. Rã verde. Trombocitos x10³/μl 17,7. 16,3. 1,43 a 19,47. 20,8. 16,3. HEMOPARASITAS HEMOPARASITAS Microfilarias e tripanossomos. São os mais encontrados nos sangue dos anfíbios. Hemogregarinas. Que são endoparasitas intraeritrocitarios. Patogênicos quando associados a anemias. Esfregaço de sangue da rã terrestre da Malásia. O leucócito à esquerda da imagem é um neutrófilo com Corpúsculo de Dohle – resto do retículo endoplasmático o leucócito no topo é um linfócito grande com um hemoparasita intracelular, e a pequena célula no fundo é um trombócito. HEMATOPOIESE ERITRÓIDE MATURAÇÃO Rubiblastos para hemácias. altera seu citoplasma basófilico para citoplasma eosinófilico , tendo alteração no seu formato arredondado para alongado, diminui o tamanho de seu núcleo e nucléolo e ocorre o aumento da densidade de sua cromatina. FASE LARVAL Hemácias oriundas do fígado. Núcleo oval central. Hemácias de origem renal. Núcleo periférico. Hemácias apresentam luminescência. FASE ADULTA Hemácias que não apresentam luminescência há microscopia de campo escuro Há hemoglobina dessas hemácias vai variar de acordo com a espécie de anfíbios e seus estádios sejam eles larvais ou adultos. HEMATOLOGIA DOS PEIXES E ANFÍBIOS