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Capítulo 18 Taxas de câmbio fixas e intervenção cambial © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 1 © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 2 § Entender como um banco central deve gerenciar a política monetária. § Descrever e analisar a relação entre as reservas de divisas do banco central, suas compras e vendas no mercado cambial e a oferta de moeda. § Explicar como as políticas monetária, fiscal e esterilizada afetam a economia sob uma taxa de câmbio fixa. § Discutir as causas e efeitos das crises do balanço de pagamentos. § Descrever como funcionam os sistemas multilaterais alternativos para atrelar as taxas de câmbio. Objetivos de aprendizagem © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 3 § A principal ferramenta que usamos no estudo de transações de banco central nos mercados de ativos é o balanço do banco central, que registra os ativos detidos pelo banco central e seu passivo. § Qualquer aquisição de um ativo pelo banco central resulta em uma mudança positiva no ativo do balanço. § Qualquer aumento no passivo do banco resulta em uma mudança positiva no lado do passivo do balanço. § O ativo total do banco central é igual a seu passivo total, mais seu patrimônio líquido. Intervenção do banco central e a oferta de moeda © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 4 § Uma compreensão do balanço do banco central é importante, porque as alterações em seus ativos causam alterações na oferta de moeda doméstica. § Quando o banco central compra um ativo do público, por exemplo, seu pagamento — seja dinheiro ou cheque — entra diretamente na oferta de moeda. § Alterações no nível das participações de ativos do banco central fazem com que a oferta de moeda mude na mesma direção, porque exigem mudanças iguais no passivo do banco central. Intervenção do banco central e a oferta de moeda © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 5 § Os bancos centrais às vezes realizam transações de ativos estrangeiros e nacionais iguais em direções opostas para anular o impacto de suas operações de câmbio na oferta de moeda doméstica. § Este tipo de política é chamado de intervenção cambial esterilizada. § A tabela abaixo resume e compara os efeitos das intervenções cambiais esterilizadas e não esterilizadas: Intervenção do banco central e a oferta de moeda © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 6 § Para manter a taxa de câmbio constante, um banco central deve estar sempre disposto a trocar moedas à taxa de câmbio fixa com os atores privados no mercado cambial. § O banco central pode ter sucesso em manter a taxa de câmbio fixa somente se suas transações financeiras assegurarem que os mercados de ativos permaneçam em equilíbrio quando a taxa de câmbio estiver em seu nível fixo. § O mercado de câmbio está em equilíbrio quando a condição de paridade de juros se mantém. § Quando o banco central intervém para manter a taxa de câmbio fixa, ele deve ajustar a oferta de moeda doméstica para que o equilíbrio do mercado monetário seja mantido. Como o banco central fixa a taxa de câmbio © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 7 Equilíbrio de mercado de ativos com uma taxa de câmbio fixa, E0: Como o banco central fixa a taxa de câmbio © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 8 § A figura abaixo mostra o equilíbrio de curto prazo da economia como ponto 1, quando o banco central fixa a taxa de câmbio no nível E0: Políticas de estabilização com uma taxa de câmbio fixa © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 9 § A figura abaixo ilustra os efeitos da política fiscal expansionista, como um corte no imposto de renda, quando o equilíbrio inicial da economia está no ponto 1: Políticas de estabilização com uma taxa de câmbio fixa © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 10 § A figura abaixo mostra como uma desvalorização afeta a economia: Políticas de estabilização com uma taxa de câmbio fixa © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 11 § A crença do mercado em uma mudança iminente na taxa de câmbio dá origem a uma crise do balanço de pagamentos, uma mudança brusca nas reservas estrangeiras oficiais, provocada por uma alteração nas expectativas sobre a taxa de câmbio futura. § A expectativa de uma futura desvalorização provoca uma crise do balanço de pagamentos, marcada por uma queda acentuada nas reservas e um aumento na taxa de juros doméstica acima da taxa mundial. § Uma revalorização esperada provoca um aumento abrupto nas reservas de dinheiro estrangeiro, junto com uma queda na taxa de juros doméstica abaixo da taxa mundial. Crises do balanço de pagamentos e a fuga de capitais © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 12 § A perda de reserva que acompanha um susto de desvalorização é muitas vezes rotulada de fuga de capitais. § Os residentes fogem da moeda nacional para vendê‑la ao banco central em troca de moeda estrangeira. § Então, investem a moeda estrangeira no exterior. § O que causa as crises monetárias? § Uma economia pode ser vulnerável à especulação da moeda, mesmo sem ser tão mal organizada, de modo que um colapso do regime de taxa de câmbio fixa seja inevitável. Crises do balanço de pagamentos e a fuga de capitais © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 13 § Sob a flutuação administrada, a política monetária é influenciada por variações cambiais sem ser completamente subordinada às exigências de uma taxa fixa. § Suponha que o banco central tente expandir a oferta de moeda para combater o desemprego doméstico, por exemplo, mas, ao mesmo tempo, realiza vendas de ativos estrangeiros para conter a depreciação resultante da moeda doméstica. § A intervenção cambial tende a reduzir a oferta de moeda, dificultando, mas não necessariamente anulando, a tentativa do banco central de reduzir o desemprego. Flutuação administrada e intervenção esterilizada © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 14 § Algumas discussões muitas vezes assumem que a intervenção cambial está sendo esterilizada, de modo que as transações de ativos domésticos opostas impedirão que ela afete a oferta de moeda. § Quando um banco central realiza uma intervenção cambial esterilizada, suas transações deixam a oferta de moeda doméstica inalterada. § A ineficácia da política monetária sob uma taxa de câmbio fixa implica que a esterilização é uma política derrotista. Flutuação administrada e intervenção esterilizada © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 15 Efeito de uma compra esterilizada pelo banco central de ativos externos sob substi tut ibi l idade imperfeita de ativos: Flutuação administrada e intervenção esterilizada © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 16 § Se os participantes no mercado têm dúvidas sobre a direção futura das políticasmacroeconômicas, a intervenção esterilizada pode dar uma indicação para onde o banco central espera (ou deseja) que a taxa de câmbio se mova. § Este efeito de sinalização de intervenção cambial pode alterar a visão do mercado das futuras políticas monetárias ou fiscais e causar uma mudança imediata da taxa de câmbio. § O efeito de sinalização é mais importante quando o governo está descontente com o nível da taxa de câmbio e declara em público que vai alterar as políticas monetárias ou fiscais para produzir uma mudança. Flutuação administrada e intervenção esterilizada © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 17 § No primeiro sistema de taxa fixa, uma moeda é apontada como uma moeda de reserva, aquela que os bancos centrais mantêm em suas reservas internacionais, e o banco central de cada nação corrige a taxa de câmbio da sua moeda em relação a ela, estando pronto para trocar dinheiro doméstico por ativos de reserva em qualquer taxa. § O segundo sistema de taxa fixa é um padrão‑ouro. § Sob um padrão‑ouro, os bancos centrais atrelam os preços das suas moedas em termos de ouro e mantêm o ouro como reservas internacionais oficiais. Moedas de reserva no sistema monetário mundial © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 18 § Em um sistema de moeda de reserva, o país cuja moeda é mantida como reserva ocupa uma posição especial, porque nunca tem de intervir no mercado cambial. § O país do centro nunca precisa intervir e não tem nenhum dos encargos de financiamento de seu balanço de pagamentos. § Esse conjunto de disposições coloca o país emissor de reservas em uma posição privilegiada. § Mas como o centro de reserva é o único país no sistema que pode desfrutar de taxas de câmbio fixas, sem a necessidade de intervir, é ainda capaz de usar a política monetária para fins de estabilização. Moedas de reserva no sistema monetário mundial © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 19 § Um padrão‑ouro internacional evita a assimetria inerente em uma moeda de reserva padrão, evitando o problema da “enésima moeda”. § Nele, cada país corrige o preço de sua moeda em termos de ouro, estando pronto para comercializar a moeda nacional por ouro, sempre que necessário, para defender o preço oficial. § Um padrão‑ouro, como um sistema de moeda de reserva, resulta em taxas de câmbio fixas entre todas as moedas. § Por causa da simetria inerente de um padrão‑ouro, nenhum país no sistema ocupa uma posição privilegiada, sendo dispensado da responsabilidade de intervir. Moedas de reserva no sistema monetário mundial © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 20 § Um padrão‑ouro coloca limites automáticos na extensão a que os bancos centrais podem causar aumentos nos níveis de preços nacionais por meio de políticas monetárias expansionistas. § Compensando esse benefício potencial de um padrão‑ouro temos alguns inconvenientes: 1. O padrão‑ouro coloca restrições indesejáveis à utilização da política monetária para combater o desemprego. 2. Amarrar os valores das moedas ao ouro garante um nível de preços geral estável somente se o preço relativo do ouro e de outros bens e serviços for estável. Moedas de reserva no sistema monetário mundial © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 21 3. Um sistema de pagamentos internacionais baseado em ouro é problemático, porque os bancos centrais não podem aumentar a participação das reservas internacionais conforme suas economias crescem, a menos que haja novas descobertas contínuas de ouro. 4. O padrão‑ouro poderia dar aos países com produção de ouro potencialmente grande, como a Rússia e a África do Sul, uma capacidade considerável de influenciar as condições macroeconômicas em todo o mundo por meio de vendas de ouro no mercado. Moedas de reserva no sistema monetário mundial © 2015 Pearson. Todos os direitos reservados. slide 22 § A meio caminho entre o padrão‑ouro e um padrão de moeda de reserva pura, temos o padrão‑ouro de câmbio. § Sob um padrão‑ouro de câmbio, as reservas dos bancos centrais consistem em ouro e moedas, cujos preços em termos de ouro são fixos, e cada banco central corrige sua taxa de câmbio para uma moeda com um preço fixo de ouro. § Um padrão‑ouro de câmbio pode operar como um padrão‑ouro para conter o crescimento monetário excessivo em todo o mundo, mas permite mais flexibilidade no crescimento das reservas internacionais, que podem consistir de ativos, além de ouro. Moedas de reserva no sistema monetário mundial