Buscar

Prévia do material em texto

UFRJ - ESCOLA POLITÉCNICA 
Disciplina : Materiais de Construção I 
Janeiro de 2018 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila: 
NORMALIZAÇÃO TÉCNICA 
Professor: JORGE SANTOS 
 
UFRJ - ESCOLA POLITÉCNICA Disciplina: Materiais de Construção I 
Apostila: Qualidade e Normalização 
PROF. JORGE SANTOS 2 
ÍNDICE 
1. CONCEITUAÇÃO E VANTAGENS 3 
2. CONSTITUIÇÃO E SUBORDINAÇÃO 3 
2.1. Sistema de Normalização Mundial 3 
2.2. Sistema de Normalização Brasileiro 3 
2.3. ABNT - Fórum Brasileiro de Normalização 4 
2.5. Tipos de Normas 6 
3. CONTROLE DA QUALIDADE ATRAVÉS DOS ENSAIOS TECNOLÓGICOS 6 
 
 
 
 
 
 
 
UFRJ - ESCOLA POLITÉCNICA Disciplina: Materiais de Construção I 
Apostila: Qualidade e Normalização 
PROF. JORGE SANTOS 3 
1. CONCEITUAÇÃO E VANTAGENS 
A normalização formula regras para atividades específicas, baseando-se no atual estágio 
de conhecimento técnico e científico, beneficiando de forma geral. 
Deve permitir para a sua formulação a participação de todas as partes envolvidas, 
levando em conta os aspectos econômicos, funcionais e de segurança. 
Assegura economia geral em termos de esforço humano, energia, material e outros 
meios necessários à produção e troca de bens. 
Assegura a proteção. 
Protege os interesses dos consumidores através de qualidade adequada de bens e 
serviços. 
Segurança de pessoas e de bens. 
Uniformidade dos meios de expressão e comunicação entre as partes interessadas. 
2. CONSTITUIÇÃO E SUBORDINAÇÃO 
2.1. Sistema de Normalização Mundial 
A ISO - Internacional Organization for Standardization (Organização Internacional para 
Normalização) é considerada, hoje, a principal entidade de normalização do mundo. 
Fundada em 23/02/47, tem sua sede em Genebra na Suíça. Integram a ISO, entidades 
de normalização de 170 países, que juntos, respondem por cerca de 95% da produção 
industrial do mundo. A ISO responde pela elaboração e difusão de normas internacionais 
em todos os campos de aplicação de atividades, excetuando-se no campo específico da 
área Eletroeletrônica, que fica sob a responsabilidade da Internacional Eletrotechnical 
Comission - IEC. 
Os países são representados na ISO por suas entidades de normalização que têm poder 
de voto. O Brasil é representado pela ABNT. 
Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina ISO não é um acrônimo - ou seja, não 
é um substantivo cuja origem é uma sigla, mas que se pronuncia como uma palavra 
prefixo-comum. ISO é um prefixo derivado da palavra grega “ISOS” que significa “igual”, e 
esta é a raiz da palavra. Em todo o mundo, no entanto, o prefixo ISO passou a ser 
também a sigla usada para denotar a International Organization for Standartization. 
2.2. Sistema de Normalização Brasileiro 
No Brasil o Sistema de Normalização está subordinado: 
UFRJ - ESCOLA POLITÉCNICA Disciplina: Materiais de Construção I 
Apostila: Qualidade e Normalização 
PROF. JORGE SANTOS 4 
SINMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
criado em 1973 para formular e executar a política nacional de 
metrologia, normalização e qualidade industrial. 
CONMETRO Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. 
Órgão normativo do SINMETRO. 
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. 
Órgão executivo do SINMETRO. 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. Entidade brasileira de 
normalização vinculada ao SINMETRO, membro da COMPANT, ISO e 
IEC. 
Obs.: ISO e IEC são entidades de normalização internacionais. 
A normalização técnica compõe-se de dois campos: o campo das normas compulsórias, 
denominadas Regulamentos Técnicos, e o das normas consensuais. 
No caso dos Regulamentos Técnicos, cabe ao INMETRO, aos Ministérios e Agências 
Reguladoras a função de articular-se com os órgãos do governo para a edição dos 
mesmos aplicáveis as áreas da saúde, segurança, meio ambiente e de proteção ao 
consumidor. 
Na área da normalização consensual cabe ao INMETRO o papel de promover as normas 
brasileiras e de supervisionar o processo de geração das mesmas. No Brasil o Fórum 
oficial de normalização é a ABNT. 
2.3. ABNT - Fórum Brasileiro de Normalização 
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas foi fundada em setembro de 1940 e 
considerada de utilidade pública pela Lei n
o
 4150 de novembro de 1962 que a designou 
como o Fórum Brasileiro de Normalização. 
O objetivo da ABNT é: 
a) elaborar normas técnicas nos campos científico, técnico, industrial, comercial e 
agrícola. 
b) adotar e difundir essas normas e incentivar o movimento de normalização no país. 
c) conceder o direito de uso da marca de conformidade às suas normas técnicas. 
d) representar o Brasil como entidade nacional de normalização. 
e) promover o intercâmbio e a colaboração com organizações similares estrangeiras e 
internacionais. 
A ABNT reúne como sócios, pessoas físicas ou jurídicas ligadas direta ou indiretamente à 
causa da normalização. 
UFRJ - ESCOLA POLITÉCNICA Disciplina: Materiais de Construção I 
Apostila: Qualidade e Normalização 
PROF. JORGE SANTOS 5 
Todo o trabalho técnico realizado no âmbito dos Comitês Técnicos, que são os órgãos de 
planejamento, coordenação e controle das atividades desenvolvidas por comissões de 
estudo, instauradas para normalização determinado assunto. 
Os Comitês Técnicos podem ser classificados, em função de sua estrutura e amplitude 
do âmbito de atuação, em: 
a) Comitê Brasileiro: órgão técnico da estrutura da ABNT, formado por Comissões de 
Estudo. 
b) Organismo de Normalização Setorial: entidade técnica setorial, com experiência em 
normalização, credenciada pela ABNT para atuar no desenvolvimento de Normas 
Brasileiras do seu setor, também formada por Comissões de Estudo. 
c) Comissão de Estudo Especial: órgão técnico da estrutura da ABNT, criado quando o 
assunto de seu escopo não está contemplado no âmbito de atuação de outro Comitê 
Brasileiro ou Organismo de Normalização Setorial já existente. 
Dentre os diversos mais de 300 Comitês Técnicos em vigor na ABNT destacam-se para a 
construção civil, dentre outros: 
CB-2 = Construção Civil. 
CB-18 = Cimento, concreto e agregados. 
CB-22 - Comitê Brasileiro de Impermeabilização. 
CB-25 = Qualidade. 
CB-177 - Comitê Brasileiro de Saneamento Básico. 
CB-178 - Comitê Brasileiro de Componentes de Sistemas Hidráulicos Prediais. 
CB-179 - Comitê Brasileiro de Cerâmica Vermelha. 
CB-189 - Comitê Brasileiro de Placas Cerâmicas para Revestimento. 
CB-217 – Comitê Brasileiro de Drywall. 
 2.4. Confecção das Normas 
As normas são preparadas pelas comissões de estudo, partindo de um texto-base, 
preparado por algum de seus membros ou encomendado a técnico especializado, ou 
ainda da adaptação de uma norma estrangeira. 
As comissões de estudo são constituídas por produtores, comerciantes, consumidores, 
órgãos técnicos e profissionais e entidades oficiais que tratam do assunto de atribuição 
da comissão. 
Definido o texto, a comissão de estudo encaminha-o ao Comitê Técnico, que procede a 
revisão. Revisado o texto, este é submetido à apreciação do INMETRO para posterior 
edição e divulgação. 
UFRJ - ESCOLA POLITÉCNICA Disciplina: Materiais de Construção I 
Apostila: Qualidade e Normalização 
PROF. JORGE SANTOS 6 
2.5. Tipos de Normas 
a) Normas de Base – de âmbito geral; 
b) Normas de Terminologia – referentes a termos, geralmente acompanhadas de 
definições; 
c) Normas de Ensaio – referentes a métodos de ensaio, por vezes acompanhadasde 
disposições complementares a ela referentes, tais como amostragem e métodos 
estatísticos; 
d) Normas de Produto – referentes a requisitos de um produto; 
e) Normas de Processo – referentes a requisitos de um processo produtivo; 
f) Normas de Serviço – referentes a requisitos da prestação de um serviço. 
3. CONTROLE DA QUALIDADE ATRAVÉS DOS ENSAIOS 
TECNOLÓGICOS 
Os ensaios tecnológicos em materiais são elementos fundamentais para a garantia da 
qualidade das obras. Na construção civil eles foram à primeira expressão da garantia da 
qualidade no Brasil. 
Para apoio as atividades de controle da qualidade dos materiais de construção civil 
existem laboratórios de ensaios. 
O INMETRO mantém uma rede de laboratórios de ensaios credenciados (RBLE-Rede 
Brasileira de Laboratórios de Ensaios e RBC - Rede Brasileira de Calibração). Os 
laboratórios para integrarem a rede são auditados pelo INMETRO anualmente e devem 
atender aos requisitos da norma ABNT NBR ISO 17025. 
Os laboratórios de ensaios destinam-se ao desenvolvimento de estudos e pesquisas para 
a determinação e/ou aperfeiçoamento de materiais, técnicas e processos construtivos. Os 
laboratórios de ensaios são também utilizados para a realização do controle tecnológico 
de materiais e serviços, de todas as fases da construção civil. 
Os laboratórios de calibração constituem os padrões de calibração secundários do Brasil 
(o INMETRO detêm os padrões primários que são rastreáveis aos padrões de medição 
internacional). Os laboratórios da RBC destinam-se a calibração de equipamentos de 
medição utilizados pelas empresas para a produção e controle da qualidade de bens. 
O LAMAC - Laboratório de Materiais de Construção da UFRJ é uma unidade do Centro 
de Tecnologia localizado no Bloco I no Núcleo de Materiais e Tecnologias Sustentáveis 
(NUMATS). 
Suas principais atividades são voltadas para: 
a) atividades didáticas 
UFRJ - ESCOLA POLITÉCNICA Disciplina: Materiais de Construção I 
Apostila: Qualidade e Normalização 
PROF. JORGE SANTOS 7 
Aulas de graduação das disciplinas materiais de construção I, materiais de construção II e 
tecnologia do concreto. 
No LAMAC são desenvolvidos os ensaios de materiais permitindo aos alunos vivenciarem 
o comportamento dos materiais quando submetidos aos esforços e condições 
reproduzindo a aplicação dos mesmos nas obras de engenharia civil. 
b) atividades de pesquisas 
Estudos e pesquisas para fins de monografias de TCC, tese de mestrado e doutorado e 
particulares. 
c) serviços externos 
Controle tecnológico e ensaios para obras e serviços.

Mais conteúdos dessa disciplina