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Hormônios Femininos Relacionados a Reprodução de Vacas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
Hormônios femininos relacionados à reprodução animal (bovinocultura)
Dourados
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
Danielly Soares de Oliveira 211.1491
Inggrid Lima Steltter 211.1016
Leticia da Cunha Miranda 211.1446
Mayara da Silva Limeira 211.1384
Vitoria Pereira da Silva 211.1488
Hormônios femininos relacionados à reprodução animal (bovinocultura)
 
	
Dourados 
2018
Introdução
A função ovariana nos bovinos se inicia ainda no período fetal e estende-se após a puberdade. Durante o desenvolvimento fetal sob influência dos hormônios maternais os ovários do feto apresentam crescimento e atresia folicular. Do nascimento à puberdade, na ausência do hipotálamo e da hipófise, as gônadas femininas permanecem em repouso. Após a puberdade quando o sistema nervoso central e a hipófise iniciam a liberação do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) que controlam a liberação do hormônio folículo estimulante (FSH) e o luteinizante (LH), respectivamente os ovários passam a funcionar realizando um conjunto de atividades, a quais são denominadas de ciclo ovariano. Nas diferentes fases do ciclo estral encontram-se nos ovários entre 200 e 400 folículos que se encontram e fase de crescimento, destes de 25 a 50 são folículos terciários, dos quais somente um será selecionado como folículo dominante, adquirindo assim características para realizar a maturação e a ovulação.
O sistema reprodutivo tanto do macho quanto da fêmea é controlado pela ação de muitos hormônios. Nas fêmeas há um maior conhecimento sobre as substancias hormonais, sintetizadas por diferentes órgãos, que atuam sobre o sistema reprodutivo, em um complexo esquema de inter-relações.
Ciclo estral
O ciclo estral em bovinos é o ritmo funcional dos órgãos reprodutivos femininos que se estabelece a partir da puberdade. Compreende as modificações cíclicas na fisiologia e na morfologia dos órgãos genitais e também no perfil dos hormônios relacionados. O ciclo pode ser dividido em quatro fases que são limitadas por eventos reprodutivos coordenados pela secreção de hormônios (ANTONIOLLI, Claudia, 2002).
Pró-estro: fase que antecede o estro
Esta fase é marcada por um aumento gradativo circulantes de estrógeno, devido ao inicio do desenvolvimento folicular. Os achados principais são decorrentes desse perfil hormonal: ocorre um aumento gradativo na vascularização e tônus muscular dos órgãos genitais, edemaciação inicial da vulva, proliferação do epitélio vaginal e relaxamento da cérvix. Tem duração media de 2 a 3 dias, termina quando a fêmea passa aceitar o macho (ANTONIOLLI, Claudia, 2002).
Estro: caracteriza-se pela aceitação do macho
É a fase de mais fácil definição. Nesta fase os níveis circulantes de estrógeno são elevados, os achados decorrem desta alta taxa. O útero e as tubas se encontram túrgidos, a cérvix relaxada, vagina e vulva com sinais de hiperemia e edema com corrimento de muco. Esta fase tem duração variada entre 12 a 18 horas na vaca, assim terminando quando a fêmea deixa de aceitar o macho (ANTONIOLLI, Claudia, 2002).
Metaestro: fase de mais difícil caracterização
O corpo lúteo formado após a ovulação secreta quantidades crescentes de progesterona até atingir sua produção máxima. A ovulação na vaca ocorre nesta fase. Com a produção inicial de progesterona, a genitália tende a ficar com menor tônus, menos vascularizadas e edemaciada. Em bovinos pode ocorrer uma pequena hemorragia caruncular, decorrente das alterações hormonais. Dura em média 2 ou 3 dias e termina quando o corpo lúteo, atinge sua plena capacidade de produção de progesterona (ANTONIOLLI, Claudia, 2002).
Diestro: fase de maior duração, que ocorre predomínio de progesterona
Devido à presença deste esteroide, o endométrio fica mais espesso e com maior atividade das glândulas, a cérvix se fecha e a musculatura do genital relaxa e ocorre uma diminuição da vascularização e hipotrofia do epitélio vaginal. Dura cerca de 13 a 15 dias, terminando quando ocorre a regressão fisiológica do corpo lúteo, tendo inicio a outro ciclo (ANTONIOLLI, Claudia, 2002).
Hormônios relacionados à reprodução
O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) é um peptídeo chave, liberado no hipotálamo, que controla a liberação tanto do FSH quanto do LH da adeno-hipófise. Sua liberação pode ser controlada por hormônios esteroides (estradiol e progesterona) e peptídicos (inibina) do ovário, entretanto sua liberação basal é determinada por impulsos neurais ou hipotálamo (FRANDSON et al. 2005).
Os mais importantes hormônios hipofisários gonadotróficos são: hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), que são chamados de gonadotrofinas, pois são responsáveis em estimular o interior das células ovarianas e testiculares (gônadas). São hormônios secretados pelas células da pituitária anterior. A classificação química desses dois hormônios são glicoproteínas, ou seja, compostos de cadeias de aminoácidos ligadas por peptídeos e de cadeias de carboidratos ligados aos fosfolipídios. O FSH tem como principal função estimular o desenvolvimento folicular, sendo utilizado também para protocolos de superovulação. O LH induz modificações estruturais no folículo, quem culmina com a ruptura do folículo, denominada de ovulação e apresenta ação luteotrófica e estimula a formação do corpo lúteo que é responsável por sintetizar progesterona (REECE, 1996).
Existem duas formas de controle de secreção das gonadotrofinas: tônicos ou basais e onda pré-ovulatória. As concentrações de LH e FSH em níveis tônicos ou basais são controlados por um feedback negativo das gônadas, sendo aumentados pelos estrógenos e diminuídos pela progesterona. Outra forma de liberação é chamada de onda pré-ovulatória de LH e FSH, ocorrendo na fêmea antes da ovulação. Esta onda é responsável pela ovulação e tem uma duração de 6 a 12 horas. O inicio da onda pré-ovulatória se dá por aumento nas taxas de estrógeno circulante, causando um feedback positivo no eixo hipotálamo-hipofisário induzindo a liberação de LH e FSH (HAFEZ,1995).
O estrógeno é um hormônio esteroide, carregado via circulação sanguínea por proteínas ligadoras. É sintetizada nos ovários tendo amplas funções: promove o comportamento sexual; possui efeitos anabólicos; apresentam tanto um feedback negativo quanto positivo no controle da liberação de FSH e LH pelo hipotálamo, sendo que o feedback negativo atua no centro tônico e o feedback positivo no centro pré-ovulatório; interfere nos aspectos físicos secundários femininos (HAFEZ & HAFEZ, 2004).
A progesterona, assim como o estrógeno é um esteroide. Um hormônio de grande importância na regulação do funcionamento do sistema reprodutor feminino, liberada principalmente pelo corpo lúteo, mas em um período da gestação é liberada pela placenta. O LH é o principal estimulante para a secreção de progesterona (REECE, 1996), pois o LH age como indutor da ovulação e consequentemente atua na formação do corpo lúteo, estrutura ovariana produtora de progesterona. (FURTADO et al., 2011).
A progesterona desempenha algumas funções como: preparar o endométrio para a implantação e manutenção da prenhez, com aumento da atividade das glândulas secretoras do endométrio e inibição de motilidade do miométrio; ajuda no desenvolvimento dos alvéolos da glândula mamária; inibe o cio e do pico pré-ovulatório em altos níveis de progesterona, por isso tem papel fundamental na regulação hormonal do ciclo estral (HAFEZ & HAFEZ, 2004).
As prostaglandinas são ácidos graxos não saturados, secretadas por todos os tecidos do organismo, principalmente pelas células do endométrio. As prostaglandinas F2 alfa (PGF2α) são derivadas do acido araquidônico e tem uma ação de curta duração. São rapidamente metabolizadas e degradadas, por isso apresentam sobre baixos níveis sanguíneos (REECE,1996).
Suas principais funções são auxiliar na contração da musculatura lisa no trato reprodutivo e gastrointestinal, ereção, ejaculação, transporte do ejaculado (sêmen), ovulação, formação do corpo lúteo, parto e na ejeção de leite (HAFEZ & HAFEZ, 2004). 
A PGF2α e seus análogos sintéticos são utilizados na sincronização do ciclo estral devido a sua ação luteolítica, causando uma regressão do corpo lúteo e também ajuda na eliminação de gestações indesejáveis (HORTA, 1985).
A manifestação do estro da vaca ou novilha após a aplicação de PGF2α dependerá do estagio do folículo dominante (FD) e da presença do corpo lúteo, pois quanto mais desenvolvido o FD, mais demorado será a manifestação do estro e consequentemente a ovulação (PURSLEY et al., 1995)
Controle endócrino do ciclo estral
O GnrH é sintetizado e secretado em dois centros diferentes do hipotálamo, sendo um centro de secreção tônica, secretando de forma continua e o outro centro controlador da onda pré-ovulatória, que liberam grandes quantidades em uma única vez, através do sistema porta hipotalâmico-hipofisário, atingindo a hipófise anterior e estimulando a liberação das seguintes gonadotrofinas: o FSH e o LH, que por via circulação sanguínea chegam aos ovários especificamente nos folículos, no qual o FSH atuam no desenvolvimento dos mesmos (BURATINI, 2007).
Assim ocorre o desenvolvimento dos folículos, e como consequência a produção de estradiol, que via circulação chega ao hipotálamo causando um feedback negativo na secreção tônica, e um feedback positivo, tanto para os centros controladores da onda pré-ovulatória, quanto para a secreção de gonadotrofinas na hipófise (FORTUNE et al., 2004).
Quando a quantidade de estrógeno na circulação chega a determinado nível, sensibiliza as áreas superiores do sistema nervoso central, fazendo com que a fêmea manifeste sinais de aceitação do macho (estro). Atua também nos centros controladores da onda pré-ovulatória, fazendo com que grande quantidade de GnRH seja liberada na circulação (BURATINI, 2007), provocando feedback positivo (FORTUNE et al., 2004).
Nessa fase os folículos produzem inibina, causando uma inibição da síntese e liberação de FSH na hipófise, ou seja, um feedback negativo, impedindo o crescimento folicular (STABENFELDT & EDQVIST, 1996).
Em noveis basais de FSH, ocorre diferenciação no crescimento e desenvolvimento entre folículos subordinados e o folículo dominante, sendo que este passa a ser LH dependente e os outros folículos regridem, pois são FSH dependentes (GINTHER et al., 1996).
Por este otivo, ocorre pico de liberação de GnRH pelo centro controlador da onda pré-ovulatória, obtendo uma alta concentração de LH (pico), que será responsável pela ovulação do folículo, pelo fato de que a síntese de FSH estará parcialmente bloqueada (BURATINI, 2007).
A ovulação ocorre no metaestro. As células remanescentes do folículo sofrem um processo de luteinização, formando assim o corpo lúteo, que sintetiza progesterona (HAFEZ & HAFEZ, 2004), atingindo sua competência após 5 dias (MORAES et al., 2001).
A progesterona em níveis elevados na circulação, mantém a secreção de GnRH em níveis basais, e consequentemente não ocorre picos de liberação das gonadotrofinas (FSH e LH), mantendo-as em níveis baixos devido ao bloqueio do centro pré-ovulatórios, sendo assim, o animalnão demonstra estro. As vacas que não ficaram gestantes, aproximadamente 10 a 15 dias da formação do corpo lúteo, ocorre a síntese de ocitocina, a qual atua no endométrio para que sintetize prostaglandina, que tem a função de lise do corpo lúteo, processo conhecido como luteólise, diminuindo a concentração de progesterona, viabilizando a liberação de GnRH, FSH e LH, retornando ao ciclo (BARUSELLI, 2000).
Conclusão
O ciclo estral em uma vaca ou novilha depende de vários fatores, desde fatores nutricionais, ambientais e fisiológicos para que todos os hormônios sejam sintetizados e enviados aos locais certos para que ocorra o desenvolvimento de folículos para a ovulação do animal.
Um animal que está em ciclo estral está apta para ser fertilizada desde que seu controle endócrino do ciclo esteja em plena condição fisiológica para a fecundação na ovulação, se o animal não ficar gestante em alguns dias seu ciclo novamente estará ativo para ser fecundado.
Os hormônios são de fundamental importância para que a ovulação ocorra, desde o começo do ciclo eles estão presentes, atuando na gestação e na manutenção da gestação e também mesmo que não ocorra a gestação os hormônios estão presentes para o recomeço de um novo ciclo estral.
Referencias bibliográficas
 
Trabalho apresentado na Disciplina de Fisiologia II do 4º semestre, Curso de Medicina Veterinária Faculdade de Ciências Exatas e Agrárias.
 Professora: Ms. Gisele Aparecida Félix