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Unidade III - Análise de Investimentos - O Fluxo de Caixa e suas Aplicações nos Modelos de Avaliação - UNICSUL

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Prévia do material em texto

Análise de 
Investimentos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Edson Nunes
Prof. Dr. Marcello de Souza Marin
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
O Fluxo de Caixa e suas Aplicações nos Modelos de Avaliação
• Analisando o Fluxo de Caixa da Empresa;
• A demonstração de Fluxo de Caixa (DFC);
• Interpretando as Informações Obtidas nas Demonstrações de 
Fluxo de Caixa;
• A Projeção da Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC);
• Investimento e Depreciação.
 · Conhecer o Fluxo de Caixa e suas aplicações nos modelos de avaliação.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
O Fluxo de Caixa e suas Aplicações 
nos Modelos de Avaliação
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE O Fluxo de Caixa e suas Aplicações nos Modelos de Avaliação
Contextualização 
Consiste na inserção do conteúdo em um contexto referente ao cotidiano do aluno 
ou da prática profissional futura, demonstrando e ressaltando a importância do estudo 
da unidade para a sua formação pessoal e profissional. A contextualização pode ser 
apresentada por meio de uma narrativa descritiva, uma situação-problema, um exem-
plo de aplicação, vídeos, reportagens, cases, entre outros. 
Quando as Demonstrações de Fluxos de Caixa (DFC) são tratadas nesta Unidade, 
na verdade, espera-se que você reflita sobre um dos temas mais importantes para o 
profissional e para o estudante de Finanças, Administração, Engenharia de Produ-
ção e áreas correlatas envolvidas com o tema da Análise de Investimentos e com o 
cálculo do valor de um negócio. 
É importante que você compreenda que a interpretação e análise detalhadas de 
todos os dados fornecidos pela DFC permitem não apenas o conhecimento a respeito 
da rentabilidade e da viabilidade econômico-financeira de qualquer projeto de investi-
mento ao longo de sua vida útil, mas, também, o planejamento de suas operações e a 
estruturação da sua situação de endividamento e de liquidez de caixa.
Nesse sentido, esta Unidade tratará da importância das Demonstrações de Fluxo 
de Caixa no dia a dia do administrador financeiro, bem como de sua utilidade no tra-
balho do Analista Financeiro.
Conforme já foi destacado em Unidades anteriores, você estudará os conceitos de 
Fluxo de Caixa da Empresa, a Demonstração de Fluxo de Caixa e as formas de inter-
pretação de suas informações, juntamente com os seus mecanismos e metodologias 
de projeção. 
Você também verá as relações e os impactos na DFC dos níveis de investimento 
e depreciação decorrentes das estratégias adotadas pela Firma para, então, ser apre-
sentado e analisar os conceitos de Fluxo de Caixa Operacional e Fluxo de Caixa Livre.
8
9
Analisando o Fluxo de Caixa da Empresa
Quando estudamos temas ligados às finanças empresariais, um dos primeiros con-
ceitos que nos ocorre é o de Fluxo de Caixa. O “Caixa” de uma Empresa é, antes de 
tudo, a essência do negócio. 
Assim, tão importante quanto pensar na lucratividade de um negócio, O Gestor 
Financeiro moderno deve estar atento à liquidez da Empresa que administra. Ou seja, 
deve se preocupar com a manutenção de um saldo de caixa e de recebíveis (garantias 
de liquidez) que viabilizem a existência e a segurança do negócio ao longo do tempo. 
Portanto, ao analisarmos a situação do “Caixa” de uma Empresa, estamos também 
avaliando a sua gestão financeira. 
Assim, a adequada administração do fluxo de caixa permite que o gestor opere a 
Empresa no seu dia a dia, honrando seus compromissos e efetuando seu planejamen-
to estratégico em linha com as suas necessidades. Essa correta administração e pla-
nejamento do caixa evitam perdas desnecessárias, assim como a tomada de decisões 
alinhadas com os objetivos de curto, médio e longo prazos do negócio – o que, em 
última análise, contribui para o aumento do “valor” do negócio ao longo do tempo.
A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC)
Quando analisamos cuidadosamente a Demonstração de Fluxo de Caixa de uma 
Empresa, podemos perceber que: 
• Primeiro: com base nas características e nos saldos das contas apresentadas da 
Demonstração do Fluxo de Caixa – Fluxos Operacionais, Fluxos de Investimento 
e Fluxos de Financiamento, podemos analisar o desempenho de uma Empresa 
e, assim, tomar algumas conclusões primárias a respeito de sua gestão;
• Segundo: por meio da análise das aplicações financeiras de curto prazo, pode-
mos ver a liquidez do negócio. Portanto, podemos constatar quais são as aplica-
ções financeiras mais líquidas (ou seja, quais são mais facilmente convertidas em 
caixa, dinheiro vivo) e classificá-las com a mesma liquidez que os saldos de caixa 
da Empresa. 
Assim, vejamos a seguir a definição de cada uma dessas contas apresentadas da 
Demonstração do Fluxo de Caixa, especificamente os Fluxos Operacionais, os Flu-
xos de Investimento e os Fluxos de Financiamento.
Os Fluxos Operacionais são os resultados das entradas e saídas dos recursos 
diretamente relacionados à atividade principal da Empresa. Por exemplo, vendas 
efetuadas, faturadas e recebidas, pagamentos a fornecedores e entrada de recursos 
derivada de empréstimos e financiamentos, entre outros movimentos financeiros.
Os Fluxos de Investimento são os relacionados às compras e vendas de ativos ne-
cessários à xpansão da atividade do negócio, por exemplo, para renovar ativos depre-
ciados e manter a operação em andamento. Os Fluxos de Investimentos referem-se, 
9
UNIDADE O Fluxo de Caixa e suas Aplicações nos Modelos de Avaliação
também, aos investimentos efetuados em outras empresas, por meio – por exemplo 
– de compra (ou venda) de participação acionária. 
Os Fluxos de Financiamento representam a obtenção de capital de terceiros 
(captação de recursos gerando entrada de caixa). Assim, nesse exemplo, teríamos 
também a entrada de recursos provenientes de vendas de ações, ou a saída decorrente 
de recompra de ações no Mercado (gerando um desembolso de Caixa). 
Agora, veja exemplos das principais contas representativas das entradas e saídas de 
recursos deuma Empresa.
Fontes de Recursos (Entradas):
• Redução do Ativo;
• Aumento do Passivo;
• Lucro Líquido Apurado após Imposto de Renda (IR);
• Depreciação e Despesas Não desembolsadas;
• Venda de Ações.
Saídas de Recursos (Aplicações):
• Aumento do Ativo;
• Redução do Passivo;
• Prejuízo Líquido;
• Pagamento de Dividendos;
• Recompra de Ações.
Leia o conceito de DFC, segundo Gitman (2007, p. 86-8):
A demonstração de fluxos de caixa, na verdade, sintetiza as entradas e saídas 
de caixa em certo período (...) A demonstração de fluxos de caixa para certo 
período é elaborada a partir da demonstração de resultados do período, jun-
tamente com os balanços patrimoniais de início e fim do período.
Importante!
Observe a seguir um exemplo de DFC da Empresa Comercial S.A. e com base no que foi 
apresentado até aqui, procure observar e analisar as principais contas representativas e 
referentes às entradas e saídas de recursos da Empresa em questão. Em seguida, procure 
refletir às questões propostas.
Trocando ideias...
10
11
EMPRESA COMERCIAL S.A.
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - MÉTODO DIRETO
PERÍODO ANO X1 ANO X2
OPERAÇÕES
Recebimento de Vendas 1.200.000 1.450.000
(-) Pagamentos Fornecedores (720.000) (850.000)
(-) Pagamentos Custos e Despesas (220.000) (255.000)
(-) Pagamentos de Impostos (65.000) (81.000)
(+) Recebimentos ou (-) Pagamentos Diversos (25.400) (30.000)
(=) Resultado Operacional de Caixa Antes Desp. Financeira 169.600 234.000
(-) Despesa Financeira Paga (80.000) (100.500)
(+) Receita Financeira Recebida - -
(=) Caixa Líquido da Operação da Empresa 89.600 133.500
INVESTIMENTOS
Venda de Ativo Imobilizado - -
(-) Aquisição Imobilizado (80.000) (90.700)
(+) Venda de ativo permanente - -
(-) Aquisição Permanente (120.000) (135.000)
(-) Aplicações em Diferido - -
(-) Aplicações em Realizável L-Prazo (11.900) (12.300)
(=) Investimentos Líquidos (211.900) (238.000)
FINANCIAMENTOS
Resgate de Títulos 45.000 67.000
(-) Aplicação em Títulos - -
(+) Integralização de Capital - -
(+) Recursos Capitados de L Prazo, Empréstimos (90.000) (97.000)
(-) Amortização Empréstimos - -
(-) Pagamento de Dividendos - -
(=) Operações Financiamentos Líquidas (45.000) (30.000)
Superávit (Déficit) Caixa (167.300) (134.500)
1 - O que é possível perceber em termos da efetiva “liquidez” da Empresa? 
2 - Quais contas apresentam “maiores variações” do ano X1 para o ano X2? 
3 - Em sua opinião, o que “melhora” e o que fi ca menos “líquido” na Empresa? 
4 - A Empresa se encontra “confortável” em termos de “vendas”?
5 - Como você analisa a situação dos valores das contas “investimentos” e “fi nanciamentos”? 
e quanto às variações de um ano contra o outro?
Ex
pl
or
11
UNIDADE O Fluxo de Caixa e suas Aplicações nos Modelos de Avaliação
Interpretando as Informações Obtidas nas Demonstrações 
de Fluxo de Caixa
Pela análise dos números na Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), é possível 
estudar as variações dos saldos do Caixa no período reportado, separado por Fluxos 
Operacionais, Fluxos de Investimento ou Fluxos de Financiamento. 
Segundo Marion (2009), a DFC será sempre um importante Relatório Contábil 
para fins gerenciais. No caso do Brasil, com a modificação da Lei n.º 6.404/76 pela 
Lei n.º 11.638/07, as companhias abertas e as limitadas de grande porte ficaram 
obrigadas a elaborar a DFC.
Interessado em ler mais a respeito da Lei n.º 11.638/07? Encontre no link a seguir, do 
Conselho Federal de Contabilidade, algumas informações interessantes. 
Disponível em: https://goo.gl/yb2wdW
Ex
pl
or
A Projeção da Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC)
No exemplo da Empresa Comercial S.A., apresentamos a DFC elaborada com base 
no Método Direto (Completo).
Podemos observar, por meio de cuidadosa análise de cada linha e conta contábil, 
que a metodologia de apresentação teve como base as movimentações do caixa e equi-
valentes de caixa (Operações, Investimentos e Financiamentos) em um determinado 
período de análise, ou seja, para os anos X1 e X2, respectivamente, e sem projeções 
futuras de resultados. 
Já no exemplo a seguir, apresentamos a DFC da mesma Empresa para o Ano X0 
(real), bem como as projeções de Caixa para os quatro anos seguintes, do Ano X1 ao 
Ano X4 (projetados):
EMPRESA COMERCIAL S.A.
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - MÉTODO DIRETO
Real Projetado
PERÍODO
OPERAÇÕES Ano X0 Ano X1 Ano X2 Ano X3 Ano X4
Recebimento de Vendas 1.000.000 1.200.000 1.450.000 1.550.000 1.650.000
(-) Pagamentos Fornecedores (650.000) (720.000) (850.000) (900.000) (960.000)
(-) Pagamentos Custos e Despesas (120.000) (220.000) (255.000) (300.000) (310.000)
(-) Pagamentos de Impostos (55.000) (65.000) (81.000) (90.000) (97.000)
(+) Recebimentos ou (-) Pagamentos Diversos (12.000) (25.400) (30.000) (30.000) (30.000)
(=) Resultado Operacional de Caixa Antes 
Desp. Financeira 163.000 169.600 234.000 230.000 253.000
(-) Despesa Financeira Paga (76.000) (80.000) (100.500) (110.000) (123.000)
(+) Receita Financeira Recebida - - - - -
(=) Caixa Líquido da Operação da Empresa 87.000 89.600 133.500 120.000 130.000
12
13
EMPRESA COMERCIAL S.A.
Real Projetado
Ano X0 Ano X1 Ano X2 Ano X3 Ano X4
INVESTIMENTOS
Venda de Ativo Imobilizado - - - - -
(-) Aquisição Imobilizado - (80.000) (90.700) (100.000) (110.000)
(+) Venda de ativo permanente - - - - -
(-) Aquisição Permanente - (120.000) (135.000) (156.000) (160.000)
(-) Aplicações em Diferido - - - - -
(-) Aplicações em Realizável L-Prazo (15.000) (11.900) (12.300) (15.000) (16.000)
(=) Investimentos Líquidos (15.000) (211.900) (238.000) (271.000) (286.000)
FINANCIAMENTOS
Resgate de Títulos 34.000 45.000 67.000 77.000 87.000
(-) Aplicação em Títulos - - - - -
(+) Integralização de Capital - - - - -
(+) Recursos Capitados de L Prazo, 
Empréstimos (90.000) (90.000) (97.000) (100.000) (110.000)
(-) Amortização Empréstimos - - - - -
(-) Pagamento de Dividendos - - - - -
(=) Operações Financiamentos Líquidas (56.000) (45.000) (30.000) (23.000) (23.000)
Superávit (Déficit) Caixa 16.000 (167.300) (134.500) (174.000) (179.000)
Note que apresentar ou não exercícios futuros projetados decorre apenas de prá-
ticas de gestão da Empresa. 
Normalmente, a Administração opta por apresentar projeções futuras de Caixa 
quando está elaborando seu Orçamento de Caixa (também chamado de Budget), 
ou quando percebe a necessidade de apresentar aos acionistas ou Mercado externo 
(investidores, analistas) a mudança de expectativas futuras de caixa em determinado 
período. Nesse caso, para atender a uma demanda de maiores detalhes nas infor-
mações publicadas, decorrente de um alto nível de investimentos de risco, gastos em 
excesso ou mudança no nível ou padrão de endividamento, por exemplo. 
Importante!
Perceba que as práticas contábeis internacionais, por sua vez, propõem que a DFC possa 
ser apresentada em um método internacional, oferecendo visão mais completa dos 
Fluxos Operacionais, de Investimento e de Financiamento, permitindo excelente análise 
da operação da Empresa. Contudo, esse método não será tratado nesta Unidade.
Importante!
Investimento e Depreciação
O FLUXO de Caixa é a essência de todo negócio empresarial e permite que o 
gestor opere a Empresa no seu dia a dia, honrando seus compromissos e efetuando 
13
UNIDADE O Fluxo de Caixa e suas Aplicações nos Modelos de Avaliação
seu planejamento estratégico em linha com as suas necessidades. A correta adminis-
tração e planejamento do Caixa evita perdas desnecessárias e permite a tomada de 
decisões em linha com os objetivos de curto, médio e longo prazos do negócio. 
Segundo Gitman (2007), para fins fiscais e de divulgação de resultados financeiros, 
as empresas podem lançar sistematicamente,baseadas na vida útil do ativo, uma parte 
dos custos de aquisição de ativos permanentes contra receitas anuais, custos estes que 
chamamos de Depreciação. 
Já a vida útil do Ativo é o prazo durante o qual ele é depreciado e pode afetar 
significativamente as séries de fluxos de Caixa. Quanto mais curta for a vida útil, mais 
rapidamente o Fluxo de Caixa gerado pela despesa de depreciação será recebido. 
Segundo Gitman (2007), existem dois importantes conceitos que auxiliam na aná-
lise do Fluxo de Caixa e no planejamento financeiro da empresa: Fluxo de Caixa 
Operacional (FCO) e o Fluxo de Caixa Livre (FCL). 
Vejamos as definições:
O Fluxo de Caixa Operacional (FCO) pode ser definido como o fluxo gerado pela 
Empresa em suas operações regulares de sua principal atividade de atuação. 
Uma primeira maneira de calcular o FCO de uma Empresa é por meio da forma 
contábil. Nesse caso, então, devemos somar a depreciação de volta ao lucro líquido 
após o Imposto de Renda (IR) recolhido, ou seja:
FCO = LLAI + D 
Onde:
FCO = Fluxo de Caixa Operacional 
LLAI = Lucro Líquido Após IR 
D = Depreciação e Outras Despesas não Desembolsadas
 Segundo Gitman (2007), o Fluxo de Caixa Livre (FCL) da Empresa será o vo-
lume de Fluxo de Caixa disponível para os investidores – os fornecedores de capital 
de terceiros (credores) e capital próprio (proprietários) – após a cobertura de todas as 
necessidades operacionais e o pagamento de investimentos em ativos permanentes 
e ativos circulantes líquidos pela Empresa. O FCL será, então, a soma do Fluxo de 
Caixa líquido disponível para credores e proprietários no período. 
Vejamos a seguir duas definições importantes de conceitos necessários para o 
cálculo do FCL:
• A primeira definição é a de Investimentos em Ativos Permanentes Líquidos 
(IAPL), que apresenta, em determinado período de análise, a variação 
(acréscimo ou redução) dos Ativos Permanentes Líquidos somados às despesas 
de Depreciação. 
14
15
A fórmula a seguir exemplifica esta definição:
IAPL = VAPL + D 
Onde:
IAPL = Variação em Ativos Permanentes Líquidos 
VAPL= Variação em Ativos Permanentes Líquidos 
D=Depreciação 
• A segunda definição importante para o cálculo do Fluxo de Caixa de uma Empresa 
é a de Investimentos em Ativos Circulantes Líquidos (IACL), que apresenta, em 
última análise, melhora ou piora do nível de liquidez da Empresa com o aumento 
ou redução de seus passivos em determinado período de análise. A seguir, a 
fórmula para o cálculo dessa variação:
IACL = VAC – VPC 
Onde:
IACL= Investimentos em Ativos Circulantes Líquidos 
VAC= Variação de Ativos Circulantes 
VPC= Variação de Passivos Circulantes
Assim, você poderá ver uma maneira de cálculo do Fluxo de Caixa Livre da 
Empresa (FCL) a partir dos conceitos e fórmulas apresentadas até então:
FCL = FCO – (IAPL) – (IACL) 
Onde:
FCL= Fluxo de Caixa Livre 
FCO= Fluxo Caixa Operacional
Na DFC apresentada da Empresa Comercial S.A., podemos observar outra forma 
de cálculo do FCL, definida como Caixa Líquido da Operação. 
15
UNIDADE O Fluxo de Caixa e suas Aplicações nos Modelos de Avaliação
Vejamos para o Ano X0:
EMPRESA COMERCIAL S.A.
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA - MÉTODO DIRETO
Real
PERÍODO Ano x0
OPERAÇÕES
Recebimento de Vendas 1.000.000
(-) Pagamentos Fornecedores (650.000)
(-) Pagamentos Custos e Despesas (120.000)
(-) Pagamentos de Impostos (55.000)
(+) Recebimentos ou (-) Pagamentos Diversos (12.000)
(=) Resultado Operacional de Caixa Antes Desp. Financeira 163.000
(-) Despesa Financeira Paga (76.000)
(+) Receita Financeira Recebida -
(=) Caixa Líquido da Operação da Empresa 87.000
Outro modo, também correto, de cálculo do Fluxo de Caixa Gerado pelo Negócio 
(FCGN) é o seguinte:
FCGN = LA JI – IR + Depreciação 
Onde: 
FCGN=Fluxo de Caixa Gerado pelo Negócio 
LAJI= Lucro Antes de Juros e Impostos 
IR=Imposto de Renda 
Com base nas informações da DRE da Empresa Comercial S.A., calcule o Fluxo de Caixa 
Gerado pelo Negócio (FCGN), utilizando a fórmula descrita anteriormente, para responder 
às seguintes perguntas:
a) Qual ano apresenta o maior FCGN?; 
b) O que se pode concluir a respeito do desempenho da Empresa nesse período de análise?
Ex
pl
or
Vamos lá!!!
Operação Valor/Cálculo
Lucro antes de Juros e Impostos R$
(–) Imposto de Renda R$
(+) Depreciação R$
(=) Fluxo de Caixa Gerado pelo Negócio R$
16
17
Importante!
• As defi nições das Demonstrações de Fluxos de Caixa (DFC);
• Os conceitos, contas componentes, importância e aplicações das informações 
fornecidas pelas DFC na Administração Financeira moderna;
• As defi nições de Fluxo de Caixa Operacional, Fluxo de Investimento e Fluxo de 
Financiamento da Empresa, como indicadores de desempenho das organizações; 
• O papel do investimento em ativos fi xos e da depreciação e respectivos impactos no 
caixa das empresas; 
• A importância da análise da rentabilidade e da administração do Caixa da Empresa 
nos dias atuais; 
• A apresentação de alguns modelos de DFC e de DRE e exemplos práticos de cálculos de 
fl uxos de Caixa gerados pelo negócio.
Importante!
17
UNIDADE O Fluxo de Caixa e suas Aplicações nos Modelos de Avaliação
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Três Maneiras de Calcular o Valor de sua Empresa
https://goo.gl/DaoPCu
 Livros
SANTOS, J. O. Valuation. Um Guia Prático. 
São Paulo: Saraiva, 2012
Póvoa, A. Valuation Como Precificar Ações.
Rio de Janeiro: Globo, 2004
 Vídeos
Avaliação de Empresas, Voluation, Reorganização de Empresas.
https://youtu.be/lzgWJcYgH4k
 
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Referências
BODIE, Zvi; KANE, A.; MARCUS, A. J. Fundamentos de Investimentos. 3. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2002.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 10. ed. São Paulo: 
Pearson, 2007.
HOJI, M. Administração Financeira e Orçamentária. São Paulo: Atlas, 2008.
SAMANEZ, C. P. Gestão de Investimentos e Geração de Valor. São Paulo: 
Pearson, 2006.
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