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Os Valores Monetários, o Custo de Oportunidade e Analise de Investimetos

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Prévia do material em texto

Análise de 
Investimento
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Edson Nunes
Prof. Dr. Marcello de Souza Marin
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Os Valores Monetários, o Custo de Oportunidade 
e a Análise de Investimentos
• Contextualização;
• Valores Monetários e Custo de Oportunidade;
• As Alternativas de Investimento;
• Introdução às Metodologias de Avaliação.
 · Conhecer conceitos básicos de valor presente, valor futuro, taxa de 
juros e suas aplicações na Análise Financeira.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Os Valores Monetários, o Custo
de Oportunidade e a Análise
de Investimentos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Os Valores Monetários, o Custo de Oportunidade 
e a Análise de Investimentos
Contextualização
Entender os conceitos discutidos nesta Unidade, referentes ao valor monetário, 
custo de oportunidade, alternativas de investimentos e os princípios de análise 
e cálculo de valor do negócio é essencial para todo estudante e profissional De 
Finanças, Administração, Engenharia de Produção e áreas correlatas, pois esses 
temas se tornam relevantes para a realização da Análise de Investimentos em 
ambientes voláteis, com escassez de informações e sujeitos a diversos riscos de 
mercado decorrentes da impossibilidade de prevermos todas as variáveis necessárias 
para serem incluídas nas análises.
Conforme nossas discussões e estudos sobre Análise de Investimentos avançam, 
fica cada vez mais evidente que o Capitalismo moderno exige do gerente ou financista 
um profundo conhecimento do negócio que gerencia ou no qual investe, pois o 
gestor financeiro, administrativo ou produtivo deve trabalhar e gerir as finanças de 
qualquer empreendimento pensando na criação de valor para os acionistas, devido 
ao fato de a gestão moderna estar intimamente relacionada à gestão do “valor”, e 
não apenas focada nos resultados tradicionalmente publicados pela Contabilidade 
ou pelos relatórios de custos do Empreendimento. 
Assim sendo, veremos que os principais estudiosos do tema “valor da Empresa” 
o definem como o valor total de Mercado dos títulos emitidos por ela, sejam esses 
títulos representados por suas dívidas, suas ações, sejam ambos. 
Logo, abordaremos, nesta Unidade, o fato de a metodologia de análise de valor 
ser baseada na somatória dos valores presentes líquidos descontados dos fluxos de 
caixa futuros ser uma alternativa para reproduzir sistematicamente o valor que seria 
atribuído a um negócio. 
E por fim, que esta metodologia é muito importante, pois é utilizada por grande 
parte dos analistas de investimentos no Mercado e pode ser transformada em 
instrumento de gestão da Empresa em sua busca pelo objetivo único, segundo 
Copeland (1995), que é a criação do valor para o acionista.
8
9
Valores Monetários e Custo
de Oportunidade
Sempre que o investidor pensa em aplicar seus recursos, ou seja, o seu capital, 
em um determinado projeto ou em ações de uma Firma, pensa na rentabilidade 
que poderá obter com essa tomada de decisão trazida ao valor presente. 
Assim sendo, devemos sempre ter em mente que todo o processo de decisão 
de investimentos exige entendimento da dinâmica do valor monetário dos retornos 
futuros esperados no momento presente. 
Somado a isso, quando uma Empresa executa projeções de seus demonstrativos 
financeiros como, por exemplo, a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE), 
projetará, necessariamente (ou na medida do possível), valores crescentes e realistas 
com as expectativas de desempenho de suas atividades no futuro, ou seja, em todo 
trabalho de projeção orçamentária ou de investimentos se espera e, na verdade, 
tem-se como pressuposto, o fato de as atividades provenientes da atividade fabril 
ou comercial do empreendimento analisado serem sempre crescentes. 
Dificilmente, poderíamos imaginar que se projetaria uma DRE com receitas de 
vendas decrescentes, ou mesmo custos crescendo a taxas muito superiores a outros 
itens dessa demonstração, ou com preços nominais caindo ano a ano!
Logo, quando executamos o trabalho de análise dos Fluxos de Caixa operacionais 
incrementais gerados pelo negócio, temos de trazê-los para a data atual de forma a 
podermos compará-los à necessidade de investimento necessário, sendo que, para 
executarmos tal tarefa, exige-se a determinação do valor do dinheiro no tempo.
Importante!
Vamos então pensar!
Qual seria o valor presente na data de hoje de uma quantia que estará disponível no 
futuro a um investidor?
• Primeiramente, devemos assim considerar que todos os valores nominais inseridos 
no Fluxo de Caixa da Empresa já estejam em moeda local (R$);
• Em segundo lugar, devemos pensar no conceito de custo de oportunidade.
Mas qual o conceito de custo de oportunidade?
O Custo de Oportunidade pode ser defi nido como o montante ou preço que devemos 
pagar por tomarmos determinada decisão de investimento face às diversas outras 
opções de investimento disponíveis nos Mercados. Assim sendo, quando temos algo a 
receber no futuro, devemos comparar esse montante a ser recebido com outras taxas de 
aplicações em Bancos, ou tipos de investimento, que deixaram de ser feitos para que a 
referida decisão de investimento ocorresse.
Trocando ideias...
9
UNIDADE Os Valores Monetários, o Custo de Oportunidade 
e a Análise de Investimentos
Esse mesmo Custo de Oportunidade pode ser compreendido, também, como 
sendo o retorno (ou benefício) esperado por uma determinada pessoa a escolher, 
por exemplo, gastar o seu dinheiro com algo que lhe dá prazer ou felicidade em 
detrimento de aplicá-lo, por exemplo, na Caderneta de Poupança. Nesse exemplo, 
portanto, o “custo de oportunidade” de usufruir do dinheiro é o exato “rendimento” 
da poupança que ele deixa de obter!
Exemplo Numérico (1)
Vamos imaginar uma pessoa que tenha uma dívida de R$ 2.000 com um Banco. 
Nesse caso, os juros já estão incluídos nesse valor. Essa dívida deverá ser quitada 
dentro de um mês, integralmente. Esse mesmo Banco remuneraas aplicações de 
seus clientes a uma taxa de juro de 1,5% ao mês. 
Quanto valeriam esses R$ 2.000 hoje, caso o cliente desejasse quitar esse em-
préstimo antecipadamente, sem considerarmos a questão da inflação?
Para a resolução dessa questão, utilizaremos a equação do Valor Presente (PV) 
a seguir:
PV
FV
i n
=
+( )1
Onde:
PV = Valor Presente 
FV = Valor Futuro 
i = Taxa de Juros em Porcentual
n = Número de meses do período
Essa equação é válida para juros compostos, geralmente, a mais utilizada nos 
cálculos financeiros. Não serão abordadas questões de juros simples. Lembre-se de 
transformar o valor porcentual em valor numérico. Para isso, deve-se dividir o valor 
porcentual por 100.
i , %
,
,= =1 5
1 5
100
0 015
Como os R$ 2.000 seriam pagos em um mês, esse montante é considerado 
Valor Futuro (FV).
Calculemos o Valor Presente (PV):
PV =
+( )
2 000
1 0 015 1
.
,
PV =
2 000
1 015
.
,
PV = 1.970,44
10
11
Assim sendo, os R$ 2.000 que deverão ser pagos em um mês equivaleriam a 
R$ 1.970,44 no dia de hoje, se a pessoa decidir antecipar o pagamento da dívida, 
nesse caso, 1 (um) mês.
Exemplo Numérico (2)
Vejamos agora para executar o cálculo inverso, ou seja, imaginarmos a decisão 
de um cliente de aplicar hoje R$ 1.970,44 (PV) a uma taxa de juros de 1,5% ao 
mês, que, depois de decorrido 1 (um) mês, receberá o valor de R$ 2.000,00 (FV).
Da equação do Valor Presente PV
FV
i n
=
+( )1
, deduzimos a equação do Valor Fu-
turo (FV), conforme a seguir:
FV = PV x (1 + i)n 
Resolvendo, temos:
FV = 1.970,44 x (1+0,015)1
FV = 1.970,44 x 1,015
FV = 2.000,00
Exemplo Numérico (3)
Caso a dívida desse cliente fosse vencer em 3 meses, o valor presente desse 
montante de R$ 2.000 seria R$ 1.912,63.
Vamos aos cálculos!
Para o cálculo com o prazo de vencimento em 3 meses, utilizamos os seguin-
tes valores:
PV =
+( )
2 000
1 0 015 3
.
,
PV =
2 000
1 04568
.
,
PV = 1.912,63
Retornando ao nosso raciocínio inverso, é verdade que R$ 1.912,63 apli-
cados por 3 (três) meses à taxa de juros de 1,5% ao mês teriam um resgate 
de R$ 2.000,00. 
Concluindo, essa taxa de juros que o Banco oferece para aplicações é o que 
chamamos de custo de oportunidade. Assim, nesse exemplo, caso o cliente tivesse 
disponível R$ 1.912,63 e quisesse aplicá-lo no Banco, receberia como rendimento 
1,5% ao mês, percentual esse que seria o seu custo de oportunidade no caso de 
decidir gastar o montante financeiro (Valor Presente) de R$ 1.912,63 ao invés de 
poupá-lo por três meses a uma taxa mensal de 1,5% a.m.
11
UNIDADE Os Valores Monetários, o Custo de Oportunidade 
e a Análise de Investimentos
As Alternativas de Investimento
Agora que já conhecemos o conceito de valor presente, valor futuro e custo 
de oportunidade, podemos iniciar a nossa análise a respeito das alternativas 
de investimentos. 
De forma a estudarmos esse tema, vamos imaginar uma série de Fluxos de Cai-
xa da Operação da Empresa Alfa S.A. decorrentes dos fluxos financeiros positivos 
(entradas de caixa) e negativos (pagamentos) de sua operação fabril. 
Observe que o Fluxo de Caixa cresce anualmente do Ano X1 ao Ano X6 em 
razão do crescimento das entradas de caixa serem superiores ao crescimento dos 
desembolsos efetuados pela Firma. 
Assim, a Tabela a seguir nos mostra que o Fluxo Líquido de Caixa de R$ 500,00 
no primeiro ano atinge R$ 1.100,00 no último ano da série. 
Observe o Demonstrativo de Fluxo de Caixa da Empresa Alfa S.A.:
Em R$ mil
Empresa ALFA S.A. Ano X1 Ano X2 Ano X3 Ano X4 Ano X5 Ano X6
(+) Entrada de Caixa (Recebimentos) 2.000,00 2.400,00 2.600,00 2.750,00 2.920,00 3.100,00
(-) Saídas de Caixa (Desembolsos) (1.500,00) (1.600,00) (1.700,00) (1.800,00) (1.900,00) (2.000,00)
(=) Fluxo Líquido de Caixa 500,00 800,00 900,00 950,00 1.020,00 1.100,00
Taxa de Desconto 5% a.a. 1,050 1,103 1,160 1,216 1,280 1,340
Valor Presente dos Fluxos Futuros de Caixa 476,19 752,62 777,47 781,57 799,20 820,84
Mas, como podemos trazer estes Fluxos Líquidos de Caixa a valor presente, se 
for considerada uma taxa de juros de 5% ao mês?
• Primeiramente, devemos tomar a taxa de desconto de 5%, dividirmos por 100 
e somarmos 1. 
• Em seguida, a partir do 2º ano, procedemos com o mesmo cálculo, elevando-a 
pelo número de anos. Ou seja, no 2º ano elevamos a taxa à segunda potência, 
no 3º ano à terceira potência e assim por diante.
Vejamos:
Ano X1 Ano X2 Ano X3 Ano X4 Ano X5 Ano X6
(1,05)1 (1,05)2 (1,05)3 (1,05)4 (1,05)5 (1,05)6
12
13
Assim sendo, as taxas de desconto seriam:
Ano X1 Ano X2 Ano X3 Ano X4 Ano X5 Ano X6
1,05 1,103 1,160 1,216 1,280 1,340
Mas, como podemos calcular o Valor Presente dos Fluxos Futuros de Caixa com 
base nas taxas de desconto calculadas acima?
Para encontrarmos o valor presente de cada fluxo líquido do ano, basta dividir o 
valor pela taxa de desconto calculada:
Em R$ mil
Empresa ALFA S.A. Ano X1 Ano X2 Ano X3 Ano X4 Ano X5 Ano X6
(=) Fluxo Líquido de Caixa 500,00 800,00 900,00 950,00 1.020,00 1.100,00
Taxa de Desconto 5% a.a. 1,050 1,103 1,160 1,216 1,280 1,340
Valor Presente dos Fluxos Futuros de Caixa 476,19 752,62 777,47 781,57 799,20 820,84
Enquanto, para obtermos o valor do negócio (retorno) calculado para o acionista 
(investidor) com base nessa expectativa de seis anos de operação da empresa, 
devemos somar esses valores presentes líquidos dos fluxos de caixa futuros que 
resulta em um total de R$ 4.380,89, conforme a seguir:
Em R$ mil
Empresa ALFA S.A. Ano X1 Ano X2 Ano X3 Ano X4 Ano X5 Ano X6
(+) Entrada de Caixa (Recebimentos) 2.000,00 2.400,00 2.600,00 2.750,00 2.920,00 3.100,00
(-) Saídas de Caixa (Desembolsos) (1.500,00) (1.600,00) (1.700,00) (1.800,00) (1.900,00) (2.000,00)
(=) Fluxo Líquido de Caixa 500,00 800,00 900,00 950,00 1.020,00 1.100,00
Taxa de Desconto 5% a.a. 1,050 1,103 1,160 1,216 1,280 1,340
Valor Presente dos Fluxos Futuros de Caixa 476,19 752,62 777,47 781,57 799,20 820,84
Somatória do Valor Presente Líquido
dos Fluxos de Caixa Futuro 4.380,89
Vamos supor que você é empresário dono de uma Empresa de Consultoria que tem a receber 
de um cliente três pagamentos (títulos) de R$ 850 mil referentes a serviços prestados. 
Esses pagamentos serão pagos em três meses consecutivos, ou seja, em 30, 60 e 90 dias. 
Como você necessita de Capital de Giro para o seu negócio, leva o contrato para o seu Banco 
e negocia com o gerente a antecipação desses pagamentos (recebimento). Nessa operação, 
o seu Banco cobra uma taxa de juros (desconto) de 2,5% ao mês e, portanto, o valor recebido 
à vista seria de R$ 2.427 mil. 
Ex
pl
or
 
13
UNIDADE Os Valores Monetários, o Custo de Oportunidade 
e a Análise de Investimentos
Veja os cálculos:
Empresa de Consultoria Mês 1 Mês 2 Mês 3
(+) Entrada de Caixa (Recebimentos) 850.000,00 850.000,00 850.000,00
(=) Fluxo Líquido de Caixa 850.000,00 850.000,00 850.000,00
Taxa de Desconto 5% a.a. 1,025 1,051 1,077
Valor Presente dos Fluxos Futuros de Caixa 829.268,29 809.042,24 789.309,96
Somatória do Valor Presente Líquido 
dos Fluxos de Caixa Futuro 2.427.620,49
Importante!
Observe, entretanto, que temos outro problema importante a analisar nesse caso. 
É certo que o empresário pode sim desejar “antecipar” esses pagamentos de seu cliente 
e receber imediatamente R$ 2.427 mil, utilizando esse recurso como Capital de Giro para 
seus outros negócios e, assim, honrar as obrigações do dia a dia da Firma.
Entretanto, o seu Analista de Investimentos o avisa que o custo de oportunidade (Custo 
de Capital) da Empresa de Consultoria é de 2,0% ao mês, e que não existe a possibilidade 
de inadimplência desses pagamentos nas datas esperadas, ou seja, temos como certas 
as três entradas de R$ 850 mil nesses próximos 90 dias.
Importante!Logo, o Analista de Investimentos recomenda o não desconto dos títulos baseado 
nos cálculos a seguir:
Empresa de Consultoria Mês 1 Mês 2 Mês 3
(+) Entrada de Caixa (Recebimentos) 850.000,00 850.000,00 850.000,00
(=) Fluxo Líquido de Caixa 850.000,00 850.000,00 850.000,00
Taxa de Desconto 5% a.a. 1,020 1,040 1,067
Valor Presente dos Fluxos Futuros de Caixa 833.333,33 816.993,46 800.980,02
Somatória do Valor Presente Líquido 
dos Fluxos de Caixa Futuro 2.451.306,82
14
15
Logo, o valor calculado pelo seu custo de capital (R$ 2.451 mil) a 2% a.m. é, 
certamente, superior ao valor presente líquido com base no desconto dos títulos 
no mesmo período a uma taxa mais alta de 2,5% (R$ 2.427 mil). Portanto, o 
administrador não deve aceitar a proposta de antecipação desses títulos com base 
nas taxas oferecidas pelo Banco.
Introdução às Metodologias de Avaliação
Estamos assumindo que o Fluxo de Caixa descontado é o melhor e mais reco-
mendado método de avaliação de uma Empresa. Assim sendo, até esse estágio 
dessa Unidade, discutimos que a somatória dos Fluxos Líquidos de Caixa futuros 
esperados, descontados a uma determinada taxa de desconto, representa o que 
chamamos de Enterprise Value (EV) ou Valor da Empresa. Mas para poder apro-
fundar nesse tema, precisamos ainda estudar e compreender alguns importantes 
conceitos e metodologias de cálculo.
Segundo Copeland:
Dizer que o valor de uma empresa é igual ao valor de seus fluxos de caixa 
projetados, descontados a uma taxa apropriada, deixa muitas questões 
práticas em aberto. Como definir os fluxos de caixa? Qual a taxa de des-
conto correta? Embora inúmeras metodologias para a resolução dessas 
questões ofereçam os mesmos resultados matemáticos, recomendamos 
duas que chamamos de modelo DFC da entidade e modelo do lucro eco-
nômico. Defendemos a utilização desses modelos em empresas não finan-
ceiras, porque são simples de utilizar e permitem ao usuário desenvolver 
uma perspectiva econômico-financeira melhor da empresa que está sendo 
avaliada (COPELAND ET AL., 1995, p. 121).
Segundo essa metodologia do cálculo do valor do negócio com base no Fluxo de 
Caixa Descontado (FCD), é possível chegar ao valor da Empresa – por exemplo, 
do “preço justo” da ação em Bolsa de Valores – por meio da avaliação de todos os 
componentes de valor total da Empresa e do entendimento das fontes de investi-
mento e financiamento que geram valor para o acionista. 
Segundo Copeland (1995, p.123), o modelo de FCD ainda ajuda a detectar 
oportunidades importantes na busca de ideias para a criação de valor e pode ser 
perfeitamente agregado ao processo de Orçamento de Investimento com o qual a 
maioria das empresas opera normalmente.
15
UNIDADE Os Valores Monetários, o Custo de Oportunidade 
e a Análise de Investimentos
O Valor das Operações
Ainda segundo Copeland, o valor da Empresa – ou o seu preço justo – é igual 
ao valor das projeções dos fluxos de caixa livres (free cash flows) descontados ao 
seu valor presente. 
O modelo de FCD é o resultado operacional da Empresa depois dos impos-
tos, mais custos que não envolvem Caixa (depreciação), menos investimento de 
capital de giro operacional, imobilizado e outros ativos. Nesse modelo, devemos 
destacar: não se incorporam os fluxos de caixa relativos a financiamento junto a 
Bancos e Financeiras.
De forma a ser coerente com a definição de FCD, a taxa de desconto deve refletir 
o custo de oportunidade de cada fonte de capital, ponderada pela sua contribuição 
ao capital total da Empresa. Essa taxa de desconto é chamada de Custo Médio 
Ponderado de Capital (ou Weighted Average Cost of Capital – WACC) e significa 
que o custo de oportunidade para uma determinada classe de investidores é igual ao 
retorno que esses mesmos investidores esperam receber em outros investimentos 
de risco equivalente (trade-off).
Assim, o valor do negócio, uma vez calculado com base nas mais diversas pre-
missas financeiras da Empresa e econômicas do Mercado na qual ela se encontra, 
acaba por gerar o preço justo do papel em Bolsa de Valores para um determinado 
cenário. Sabemos que toda premissa adotada pelo Analista de Investimentos ao 
executar o trabalho de valuation exige bom senso, profissionalismo e certo grau 
de conservadorismo por parte desse avaliador.
Devemos sempre estar alertas para o fato de o modelo criado para determinada 
análise de valor ser embasado em fórmulas matemáticas juntamente a aspectos 
subjetivos que acabam fazendo parte do modelo e determinante no cálculo do “valor”. 
Mais uma vez, devemos reiterar que nenhum valuation apresenta valor único 
de uma Empresa ou negócio, mas um “cálculo de valor” com base nessa enorme 
combinação de variáveis que se modificam a cada mudança de variável macro e 
microeconômicas, setoriais e próprias internas à Empresa. Em tese, defendem os 
especialistas, podemos, portanto, obter diferentes “preços justos” para a mesma 
ação de uma Empresa, dependendo apenas das premissas utilizadas e dos cenários 
alternativos criados.
Com os assuntos abordados, é possível de projetar dados e números da Empre-
sa ou negócio analisado com base na situação em que ela se encontra no momen-
to, que chamaremos de “cenário-base” de avaliação. Em um segundo momento, e 
com a modelagem pronta, o Analista de Investimentos pode criar novos cenários 
e projetar “preços justos” alternativos a partir de mudanças de premissas, ou de-
mais variáveis.
16
17
Assim sendo, cada cenário criado pode oferecer um novo preço para um pa-
pel, mais ou menos otimista, mais ou menos conservador, mas sempre diferente 
do cenário-base discutido anteriormente. Ou seja, cada cenário alternativo para a 
avaliação de um negócio contemplará diferentes premissas para receitas, custos e 
despesas, novos investimentos e taxa de desconto, entre outros, que são os deter-
minantes que “movimentam” o negócio e “geram” o seu Fluxo de Caixa de forma 
a determinar o seu valor.
Importante!
• Estudo dos conceitos de valores monetários e custo de oportunidade;
• O trabalho de projeção orçamentária e de investimentos da Empresa;
• A apresentação do conceito valor monetário;
• O conceito de valor do dinheiro no tempo;
• Compreendendo custo de oportunidade; 
• Estudando os conceitos iniciais referentes ao cálculo do valor da Empresa – Valuation 
e suas peculiaridades.
Importante!
17
UNIDADE Os Valores Monetários, o Custo de Oportunidade 
e a Análise de Investimentos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Elementos de Engenharia Econômica
RIBA, A.; LENZI, E. K; LENZI, M. K. Elementos de Engenharia Econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2012. (e-book)
Projeto de Investimento
REBELATTO, D. Projeto de Investimento. São Paulo: Malone, 2004.(e-book)
 Vídeos
O que é Custo de Oportunidade?
https://youtu.be/jKIaRYfikdE
 Leitura
Conceito de Taxa de Juros
https://goo.gl/oLof3L
18
19
Referências
BODIE, Zvi; KANE, A.; MARCUS, A. J. Fundamentos de Investimentos. 3.ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2002.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 10.ed. São Paulo: 
Pearson, 2007.
HOJI, M. Administração Financeira e Orçamentária. São Paulo: Atlas, 2008.
SAMANEZ, C. P. Gestão de Investimentos e Geração de Valor. São Paulo: 
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