Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Resumo – Direito Constitucional - @gaemstudies (instagram) Direito Constitucional COMPETÊNCIAS • Competência: Aptidão legal que a pessoa (jurídica ou natural) tem, para praticar os atos a ele inerente, de decidir sobre os assuntos de sua alçada. • Formas de repartição: Privativa, exclusiva, expressa, residual, concorrente, comum. • Formas de competência: Legislativa própria e imprópria (material/execução/administrativa). COMPETÊNCIAS DA UNIÃO Competências materiais/administrativas: • Competência Exclusiva: é indelegável (intransferível para os Estados-membros e municípios). Art. 21, CF. • Competência Comum: Todos os entes da Federação (União, Estados-membros e Municípios) a possuem. Art. 23, CF. Competências legislativas: • Competência Privativa: pode-se delegar aos Estados-membros por meio de lei complementar (os municípios não recebem esta delegação; a delegação deve ser temporária e sobre matéria específica). Art. 22 • Competência Concorrente: Cabe-se apenas aos Estados-membros, Distrito Federal e União; a União é responsável por criar as normas gerais, enquanto os Estados e DF criam normas específicas. Na falta de norma geral, os Estados têm competência plena para legislar. INTERVENÇÃO FEDERAL • Fase Inicial: por provocação ou solicitação, quando não for espontânea. • Fase Política: fase de decretação pelo Presidente da República (excl.) - O decreto deve conter as condições da intervenção, amplitude, prazo e, se for o caso, a nomeação de um interventor. - Na intervenção espontânea, o Presidente deve ouvir o Conselho de Defesa e Conselho da República previamente. • Fase de Controle Político: fase de aprovação pelo CN. - O CN vota nas 2 Casas por decreto legislativo e maioria absoluta, num prazo de 24h para decisão de aprovar ou não. Se não aprovado, o Executivo deve fazer cessar a IF imediatamente, sob pena de crime de responsabilidade. - Não se submete ao controle político: requisição do P. Judiciário, ADI Interventiva e Ação de Executoriedade. • Fase Judicial: esta fase é realizada quando há processo nas hipóteses de assegurar observância de Lei Federal e Violação de Princípio Constitucional. Art. 34 PODER EXECUTIVO • Atividades típicas: execução de chefia governamental e administração e execução de políticas públicas • Atividades Atípicas: medidas provisórias (formas de legislar a partir do P. Executivo) e julgamento interno de recursos humanos. • Organização do Estado: - Elementos de Estado: população, território e soberania - Formas de Estado: Unitário, Confederação e Federação (Brasil) - Formas de Governo: República (Brasil) e Monarquia - Sistema de Governo: Presidencialismo (Brasil [unipessoal]) e Parlamentarismo (bipessoal) • Condições para ser eleito como Presidente: pleno gozo dos direitos políticos, ser brasileiro nato, filiação partidária, domicílio eleitoral, idade mínima de 35 anos, não ser inalistável (militar/conscritos/estrangeiros), ser elegível (não ser condenado 2ª instância, analfabetos). PROCESSO DE IMPEACHMENT • Lei do Impeachment: 1.079/1950 • Ocorre quando um Presidente é deposto por ter cometido um crime de responsabilidade (Art. 85). Havendo suspeita de que o presidente cometeu um desses crimes, qualquer brasileiro pode entrar com pedido de impeachment. Esse pedido deve ser encaminhado à Câmara dos Deputados. Se o Presidente verificar que a queixa procede, ele aprova o pedido e solicita a formação de uma comissão especial para analisar a denúncia. Esse pedido deve ser encaminhado à Câmara. A comissão é eleita por um sistema de chapa única: ela tem que ter 65 deputados para representar todos os partidos da casa. Após formada a comissão, a Câmara notifica o Presidente e a partir daí ele tem um prazo de 10 sessões para se defender das acusações. Com a defesa e o pedido em mãos, a comissão especial tem um prazo de 5 sessões para emitir um parecer se recomenda ou não que o processo continue. Esse parecer tem mais 48 horas para ser votado pela Câmara e, para levar esse processo adiante, são necessários 2/3 dos deputados, ou seja, 342 votos (342 de 513). Se esse número não for atingido, o processo é arquivado e o presidente segue governando. Se aprovado, o processo é instaurado e segue para o Senado. Os trâmites no Senado são parecidos: é formada uma comissão que tem 10 dias para emitir um parecer, e esse parecer também precisa ser votado e para ser aprovado, basta a maioria simples do Senado (41 dos 81 senadores). Se a maioria votar contra o processo é arquivado e se for a favor, o processo vai a julgamento. Nesse caso, o Presidente é afastado por 180 dias e o vice assume o posto. O julgamento é conduzido pelo presidente do STF que ouve testemunhas e elabora um relatório de denúncia. Finalmente, é realizada nova votação no Senado. Para aprovação do Impeachment é preciso aprovação de 2/3 dos parlamentares (54 Senadores). Não havendo esta maioria, o Presidente é absolvido e retorna ao cargo. Se votarem a favor, ele é destituído e fica 8 anos sem exercer cargo público e o vice assume o cargo definitivamente. Caso o vice também esteja impedido, a solução depende da data de seu afastamento: se for afastado nos 2 primeiros anos de seu mandato, são convocadas novas eleições com voto direto, se for afastado nos 2 últimos anos, há eleições por voto dos parlamentares. Enquanto novas eleições não ocorrem, quem comanda é o Presidente da Câmara dos Deputados, sob o período de mandato tampão. IMPEDIMENTO E VACÂNCIA • Impedimento: Impossibilidade transitória para assunção do cargo, como por exemplo, férias. • Vacância: Impossibilidade definitiva para assunção do cargo, como por exemplo, cassação, renúncia ou morte. • Substitutos eventuais ou legais: - Em âmbito Federal: Presidente, vice- presidente, presidente da CD, presidente do SF e presidente do STF. - Em âmbito Estadual: Governador, vice- governador, presidente da assembleia legislativa, presidente do tribunal de justiça local. - Em âmbito Municipal: prefeito, vice- prefeito, presidente da câmara municipal. Resumo – Direito Constitucional - @gaemstudies (instagram) Direito Constitucional PROCESSO LEGISLATIVO Que compreende a elaboração de atos normativos ou espécies normativas (art. 59, incisos de I a VII da CF). • Emendas à Constituição: Normas aprovadas que adquire o mesmo plano de importância das regras da Constituição. – Processo de criação: iniciativa = Presidente da República, Deputados Federais e Senadores. No caso de a iniciativa ser dos Deputados e ou dos Senadores, a proposta deverá conter no mínimo um terço dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. (Art. 60, I, II e III) – Discussão: A proposta de emenda é discutida em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos; é votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, três quintos dos votos dos membros de cada uma das Casas. (Art. 60 § 2º) – Promulgação: Após a votação e a aprovação do projeto, a fase subsequente é a promulgação, que deverá ser efetivada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. • Leis Complementares: Normas que completam ou complementam o texto constitucional. O próprio nome indica, são normas que vêm trazer uma complementação ao texto constitucional e tem características próprias (Art. 69). Leis complementares propriamente ditas são aquelas exigidas pelo texto constitucional vigente. – Processo de criação: Pode ser deflagrada: pelo Deputado, pelo Senador, pela Comissão da Câmara dos Deputados, pela Comissão do Senado Federal, pela Comissão do Congresso Nacional, pelo Presidente da República, pelo STF, pelos Tribunais Superiores, pelo Procurador-Geral da República, e os Cidadãos através da Iniciativa Popular, conforme art. 61 “caput”. – Discussão: Acontece na Câmara dos Deputados e no Senado Federal (arts. 64 e 65); a aprovação se dá por maioria absoluta; promulgação e sanção são do Presidente da República (Art. 69). • Leis Ordinárias: Normas elaboradas pelo Poder Legislativo em sua atividade normal. A lei ordinária é um ato normativo primário e contém, em regra, normas gerais e abstratas. Embora as leis sejam definidas, normalmente, pela generalidade e abstração (“lei matéria”), estas contêm, não raramente, normas singulares (“lei formal”). • Leis Delegadas: A forma da Lei Delegada e a estrutura é a mesma aplicada quando da elaboração de uma lei, ou seja, a necessidade da existência dos dois elementos básicos: a ordem legislativa e a matéria legislada. A ordem legislativa compreende o preâmbulo e o fecho da lei. A matéria legislada diz respeito ao texto ou corpo da lei. Normas elaboradas pelo Presidente da República mediante delegação (tem forma de resolução) expressa do CN. A CF define o objeto de delegação (art. 68 e §). - Processo de criação: Por solicitação do Presidente da República deflagra-se o processo de criação da Lei Delegada mediante expedição de resolução autorizadora por parte do Congresso Nacional; geral = Dependendo do estabelecido na resolução autorizadora, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício, haverá ou não apreciação do projeto pelo Congresso Nacional. Se a resolução não determinar essa apreciação, dispensa-se a sanção, passando-se à promulgação. Não se veta, em consequência, projeto de Lei Delegada. É ilógico pensar-se que o Presidente da República vetaria aquilo que ele próprio elaborou. • Medidas Provisórias: Normas que, havendo relevância e urgência, podem ser editadas pelo Presidente da República, possuindo força de lei. Devem ser submetidas de imediato à apreciação do Congresso Nacional. A MP, uma vez editada, permanecerá em vigor pelo prazo de 60 dias e será submetido, de imediato, ao Poder Legislativo. A Comissão mista composta de Deputados e Senadores receberá do Congresso Nacional, a medida provisória, que apresentará parecer favorável ou contrário à sua aprovação. Examinada pela Comissão formada pelas duas Casas (chamada de mista), a MP será encaminhada à Câmara dos Deputados, que realizará a deliberação principal nesse processo legislativo e a primeira votação, devendo estar presente, mesmo antes da análise do mérito, os requisitos da relevância e da urgência (não havendo relevância ou urgência não é constitucional). Aprovada a MP será convertida em lei, devendo o Presidente do Senado Federal promulgá-la, uma vez que se consagrou na esfera legislativa essa atribuição ao próprio Poder Legislativo, remetendo ao Presidente da República, que mandará publicar a lei de conversão. A rejeição tácita da medida provisória pelo Congresso Nacional, a partir da EC nº 32 de 2001, permite uma única prorrogação de sua vigência pelo prazo de 60 dias. Se, porém, após esse novo prazo, igualmente o Poder Legislativo permanecer inerte, a rejeição tácita se tornará definitiva, impedindo a reedição da medida provisória na mesma sessão legislativa. • Decretos Legislativos: Normas aprovadas pelo Congresso Nacional sobre matéria de sua competência exclusiva. Não requer o texto constitucional a remessa ao Presidente da República para sanção (art. 49 e seus incisos). - Processo de criação: Pode ser deflagrada pelo Presidente da República ou da iniciativa de membro ou comissão do Congresso Nacional. - Discussão: acontece no Congresso Nacional, aprovação se dá por maioria simples. - Promulgação e publicação: Ambos os atos é da competência do Presidente do Senado Federal. Por trata-se de competência exclusiva, do Congresso Nacional, não é necessário obter a sanção do Presidente da República. • Resoluções: Normas que expressam deliberações do Poder Legislativo e que obedecem a procedimento diverso do previsto para a elaboração das leis. O Legislador Constituinte não definiu quais os atos que serão veiculados por resoluções. Art. 68 § 2º da CF. - Processo de criação: É feita pelo Congresso Nacional na forma estabelecida regimentalmente. - Discussão = Acontece na Casa Legislativa (Câmara ou Senado) que irá expedi-las. Para a aprovação deverá obter manifestação (dos parlamentares) da maioria simples. - Promulgação: É efetivada pela Mesa da Casa Legislativa que a expedir ou, quando se tratar de resolução do Congresso Nacional (conjunto), pela Mesa do Senado Federal. - Publicação: Deverá ser publicada pela Casa Legislativa de onde emanou. Por trata-se de matéria privativa, do Senado ou do Congresso, não é necessário obter a sanção do Presidente da República.