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CRIMES OMISSIVOS (PRÓPRIOS E IMPRÓRIOS) Os crimes omissivos são aqueles que são realizados a partir de uma inação do agente. Podem ser omissivos próprios quando constitui crime somente a inação, não considerando o resultado dela advindo. Ou, os crimes omissivos impróprios quando se deve e pode-se realizar determinada ação mas voluntariamente esta não é realizada pelo agente. Os crimes omissivos próprios são aqueles que se constituem a partir de omissão do agente, quando este deveria agir. São os crimes de responsabilidade genérica, ou seja, é instituído a todos, e o não cumprimento de determinada ação, por si só, constitui o crime, não sendo necessário qualquer resultado naturalístico. São os casos de omissão de socorro, a omissão de notificação de doença e etc. Os crimes omissivos impróprios são aqueles constituídos a partir de uma omissão do agente quando este devia e podia agir para impedir um resultado. Há uma diferença entre os crimes omissivos próprios e impróprios, é que no caso de omissão própria o legislador descreve expressamente a previsão típica da conduta que deve ser imposta ao agente, e no caso de omissão impróprio não há essa prévia definição típica. O crime omissivo impróprio admite tanto a inação dolosa quanto a inação culposa como meios para se atribuir o resultado ao agente. A título de exemplo, podemos citar o salva-vidas que ao ver alguém de seu desgosto de afogando, dolosamente, evite o salvamento, causando a vítima o resultado de morte por afogamento. Ou, pode ir tardiamente ao salvamento da mesma, através de sua negligência em um atendimento tardio causa o resultado morte. Nos casos de crimes omissivos impróprios a responsabilidade não é genérica, sendo somente imposta a determinadas pessoas em dadas situações, sendo elas o agente tenha por lei obrigação por lei de cuidado, proteção ou vigilância; de qualquer outra forma tenha assumido a responsabilidade de impedir o resultado ou com seu comportamento anterior criou o risco da ocorrência do resultado. Na primeira hipótese temos a obrigação legal, que é aquela imposta obrigatoriamente ao garantidor pela lei. Ex.: a obrigação dos pais para com os filhos, a obrigação concernente ao médico e ao salva- vidas e etc. Na segunda hipótese temos as situações onde de alguma forma o agente assumido a responsabilidade de impedir o resultado. Ex.: quando um pai vai nadar e pede para que alguém olhe seu filho, quando alguém esteja em condição de babá. Vale salientar que nesta hipótese não é necessário um vínculo contratual do garantidor com a vítima. Na terceira hipótese temos os casos em que o agente realiza uma conduta que posteriormente venha causar o risco da ocorrência de um resultado. Ex.: quando alguém não desliga o gás do fogão após sua utilização etc. É necessário salientar que os crimes omissivos impróprios o agente somente é responsabilizado que devia e podia evitar, não sendo-lhe atribuído sanção quando mesmo utilizando todos os recursos que estava a sua disposição o resultado de consumou. O objetivo da lei é fazer com que o agente tente impedir o resultado e não que obrigatoriamente o impeça.