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TECIDO LINFÁTICO É o tecido constituinte do sistema linfático, sistema este que se encontra paralelo ao circulatório, constituído por uma rede bem distribuída de vasos linfáticos ao longo do corpo. Atua recolhendo o líquido tissular que não retornou aos capilares sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sanguínea. É constituído pela linfa, vasos e órgãos linfáticos. Linfa: líquido circulante dos vasos linfáticos tem composição semelhante à do sangue, não possui hemácias, mas contém glóbulos brancos. Órgãos linfáticos: amígdalas (tonsilas), baço, linfonodos e timo. 1. Baço O baço situa-se no lado superior esquerdo do abdômen e pesa aproximadamente 150g no adulto. É o maior acúmulo de tecido linfático do organismo. Observa-se na lâmina: 1. 1 Cápsula: tecido conjuntivo denso não modelado, com miofibroblastos e algumas fibras musculares lisas. Este tecido pode emitir septos, principalmente no hilo, que são invaginações por onde penetram nervos e artérias e saem veias e vasos linfáticos (originados nas próprias trabéculas). 1. 2 Polpa esplênica: parênquima do órgão. Apresenta-se sob as formas de: 1.2.1 Polpa branca: nódulos ou folículos linfáticos (tecido linfático nodular) cuja principal característica, neste órgão, é a presença de uma arteríola folicular e bainhas pariearteriais de linfócitos. 1.2.2 Polpa vermelha: formada por estruturas alongadas, os cordões esplênicos ou cordões de Billroth, entre os quais se situam sinusóides ou seios esplênicos. PB1.3 Cordões esplênicos: formados por tecido reticular com elementos do sangue (eritrócitos, plaquetas e granulócitos). PV CE CA CA: Cápsula CE: Cordões esplênicos PB: Polpa branca PV: Polpa vermelha 2. Timo Situa-se no mediastino superior e tem seu peso máximo ao atingir entre 30g e 40g. Observa-se na lâmina: 2.1 Cápsula: tecido conjuntivo denso não modelado, da qual partem septos. 2.2 Trabéculas (septos conjuntivos): dividem o parênquima do órgão em lóbulos incompletos. 2.3 Lóbulos: 2.3.1 Zona Cortical: região periférica constituída por tecido linfóide difuso no qual predominam os linfócitos T. Cora-se mais fortemente com a hematoxilina. 2.3.2 Zona Medular: região mais clara células reticulares epiteliais que podem estar isoladas ou formando os corpúsculos de Hassal (células reticulares epiteliais degeneradas). CA ZC ZC T ZM L T ZC ZM CH CA: Cápsula CH: Corpúsculos de Hassal L: Lóbulos T: Trabéculas ZC: Zona cortical ZM: Zona medular 3. Tonsilas palatinas Massa de tecido linfóide, localizada em ambos os lados da garganta. Observa-se na lâmina: 3.1 Cápsula: incompleta, de tecido conjuntivo denso não modelado, recobrindo somente os lados e a base da tonsila, da qual partem trabéculas ou septos. 3.2 Criptas: fendas profundas revestidas por epitélio pavimentoso estratificado. 3.3 Folículos linfáticos: apresentam centro germinativo bem desenvolvido. A presença de imunoblastos influencia numa menor coloração desta área. F CG CR CA CA: Cápsula CG: Centro germinativo CR: Criptas F: Folículos linfáticos 4. Linfonodos Estruturas pequenas, medindo de 1mm a 2cm de comprimento, de tecido linfóide. Observa-se na lâmina: 4.1 Cápsula: tecido conjuntivo denso não modelado. 4.2 Trabéculas (septos conjuntivos): prolongamentos da cápsula. 4.2 Zona cortical: constituída por tecido linfóide nodular e difuso. Apresenta seios subcapsulares e peritrabeculares. 4.3 Zona paracortical: região mal definida histologicamente, formada por tecido linfóide difuso. 4.4 Zona medular: região constituída por cordões medulares, que, por sua vez, são formados por tecido linfóide difuso. ZM SP ZPC SSC SC CA ZC CA: Cápsula SC: Septos conjuntivos SP: Seio peritrabecular SSC: Seio subcapsular ZC: Zona cortical ZM: Zona medular ZPC: Zona paracortical 5. Placas de Peyer Agregados de nódulos linfáticos que constituem componente principal do tecido linfático associado ao intestino (GALT). Observa-se na lâmina: 5.1 Camada mucosa do intestino 5.3 Infiltrado linfóide difuso 5.2 Camada Submucosa 5.2.1 Tecido conjuntivo frouxo 5.2.2 Placas de Peyer CM IF CS PP CM: Camada mucosa CS: Camada submucosa PP: Placa de Peyer IF: Infiltrado linfóide difuso REFERÊNCIAS YAMATO, Ana Paula do Carmo Contes; Sistema linfático: revisão de literatura. Interbio, vol. 1, n. 2, 2007 – ISSN 1981-3775 Sites consultados: http://minerva.ufpel.edu.br/~mgrheing/cd_histologia/especial/tonsila.htm http://www.wesapiens.org/pt/class/2800002/file/24/media/1/Spleen+HE+7um http://medicina.ucpel.tche.br/atlas/sistemas/linfatico/ http://pt.scribd.com/doc/57493793/Monitoria-Laminas-Histologicas-02#scribd http://www.afh.bio.br/imune/linfa1.asp http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/7Linfat.pdf http://pt.scribd.com/doc/57493793/Monitoria-Laminas-Histologicas-02#scribd