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Novas Tecnologias no Agronegócio - Livro-Texto - Unidade IV


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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
Unidade IV
7 A PECUÁRIA E OUTROS AGRONEGÓCIOS
Quando o assunto é agronegócio, logo pensamos na agricultura e pecuária referente ao gado de 
corte da bovinocultura. No entanto, hoje o agronegócio representa um setor muito mais amplo que 
apenas o plantio ou criação, engloba também todas as transações alusivas às cadeias produtivas dentro 
do mercado interno e na demanda internacional.
A seguir discutiremos um pouco sobre diferentes áreas nas quais os agronegócios podem atuar.
Na maioria dos assuntos abordados, nota-se que o controle sanitário tem elevado a qualidade dos 
materiais, e que a sociedade tem aceitado e acompanhado as evoluções na melhora dos alimentos 
produzidos, o que traz um retorno econômico para o empreendedor que tem agregado valores aos 
seus produtos.
Esse crescimento nacional dos agronegócios vem ao encontro de muitas inovações tecnológicas 
aplicadas na produção, processamento e disposição final dos produtos.
7.1 A pecuária brasileira e o comércio internacional
A cultura de bovinos para abate é uma das principais atividades produtivas do agronegócio brasileiro. 
Está presente no mercado mundial pelo esforço dos segmentos envolvidos com a cadeia da bovinocultura, 
que envolve desde os insumos, a produção animal, a indústria de processamento e serviços.
A organização da cadeia produtiva no Brasil está consolidada, envolvendo pesquisas do setor público, 
privado e de muitos institutos e universidades, buscando inovações e novas tecnologias para o setor.
Entretanto, é uma atividade onerosa, o animal é mais caro e o tempo de desenvolvimento é maior. 
Assim, por que o mercado da carne bovina ainda é imensamente valorizado?
Os bons rendimentos no setor são reflexos da utilização de novas técnicas, os cuidados sanitários, o 
incremento nutricional, o melhoramento genético. Dentro do cenário mundial, tais ações proporcionaram 
um constante aumento no peso das carcaças. Além disso, há valor agregado devido aos cuidados de 
ambiência com o gado, atendendo às perspectivas sociais de sustentabilidade.
A indústria do gado de corte também evoluiu por conta da diligência com o produto durante o 
abate dos animais, bem como pelas melhores condições sanitárias dentro dos frigoríficos e no setor 
de embalagens. Todos os segmentos se adaptaram à demanda do mercado consumidor. Por ter um 
clima tropical, mais uma vez o Brasil foi favorecido na criação de animais; além da produção agrícola, 
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Unidade IV
a temperatura amena promove um maior tempo do gado nas pastagens, com alimentação natural 
apenas com suplementação de minerais, enquanto em climas mais frios é necessário que o gado fique 
mais tempo confinado e alimentado à base de ração. Além de se destacar mundialmente em números 
de animais em criação, não só de bovinos, mas também de suínos e na avicultura, o Brasil também se 
notabiliza pela qualidade da proteína animal. 
Na figura a seguir, temos a evolução trimestral desde 2009 até 2014 da quantidade de bovinos 
abatidos. São números crescentes e que acompanham as tecnologias implantadas no campo, com maior 
monitoramento sanitário do gado.
Nesse contexto, quais serão as previsões para o futuro próximo do País?
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Figura 14 – Evolução do abate de bovinos por trimestre – (Brasil – trimestres 2009-2014)
A tendência da população mundial, como já citamos algumas vezes, tende a aumentar, demandando 
a maior quantidade de alimentos. A carne bovina é culturalmente uma das principais fontes de proteína 
procurada para a alimentação, no entanto, o tempo de crescimento dos animas e o investimento é 
superior ao de outras criações, como a carne de frango e de suínos. 
Será que o alto consumo e a valorização desse mercado continuará futuramente?
A figura a seguir traz uma projeção para o consumo das principais proteínas de fonte animal, a bovina, 
a suína e a de frango – entre 2011 e 2012 a 2021 e 2022. Em nenhuma das três opções, os números decaem. 
Pelas projeções, o consumo de carne bovina crescerá cerca de 2% até 2022; o de carne suína, 1,8%; o de 
carne de frango, 2,7%. O maior ganho dentro da avicultura provavelmente está associado ao tempo de 
crescimento do animal, bem menor comparado ao de outras criações, o que torna o ônus de produção 
menor, deixando o preço final da carne menor para a população, aumentando seu consumo. 
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Bovina Suína Frango
Figura 15 – Projeção do consumo de carnes até 2022
Com as melhorias genéticas, clima favorável, cuidados no manejo e precauções sanitárias, o 
Brasil foi ganhando espaço no comércio internacional. Com a valorização mundial do peso das 
carcaças, as comercializações das agroindústrias envolvidas com este setor têm experimentado 
lucros consideráveis, e vários estados brasileiros têm participado da produção de gado de corte 
destinado às exportações. Podemos perceber que os estados como Pará (PA), Tocantins (TO) e 
Minas Gerais (MG) são exportadores, já os estados como Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul 
(MS) e Goiás (GO) são grandes produtores pecuários. 
No entanto, São Paulo aparece como principal estado exportador. 
Você sabe por que isso ocorre? 
São Paulo é conhecido por sua metrópole. Contudo, mesmo no interior do estado, não havia uma 
pecuária intensiva que justificasse essa proporção de exportações. Essas significativas vendas ocorrem 
porque São Paulo é o estado com maior volume de escoamento dos produtos e liberação dos lotes 
para exportação, portanto é ele que aparece no final, mas a criação do gado de corte atualmente tem 
maiores dimensões dentro da região centro-oeste do País.
No que se refere à carne bovina, existem dois blocos distintos nos quais o comércio internacional 
classifica os produtores de carne. Essa separação se baseia na ocorrência ou não da febre aftosa. 
Esta doença é causada por um vírus que atinge animais de patas bipartidas como bovinos, suínos 
e caprinos. Causa febre e promove lesões na mucosa oral, o que impede o animal de se alimentar. 
Como sua salivação é um veículo comum de contaminação, também causa lesões nos cascos, 
impedindo-os de se movimentar. A infecção ainda pode ser por contato, via alimentação ou 
através de objetos infectados.
Apenas um animal infectado pode colocar em risco o rebanho inteiro, o que causa um prejuízo 
econômico imenso para o produtor, que deve sacrificar todos os animais e ainda fica sob a mira 
da fiscalização, e não pode ter novas criações até ser liberado pelas autoridades sanitárias. No 
mercado internacional,a ocorrência de febre aftosa em uma propriedade afeta o estado inteiro, e 
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o País sofre com as limitações e sanções quanto aos produtos diretos e derivados da carne advinda 
da localidade em questão.
Entre as nações livres da febre aftosa estão os Estados Unidos, a Austrália, a Nova Zelândia e os 
países asiáticos, que são chamados de países do Pacífico. Os locais que apresentam tal ocorrência são: 
América do Sul, África, Oriente Médio, União Europeia e Europa Central. 
Não ter a ocorrência de casos da febre aftosa no País é um status, portanto vários estados mantêm 
órgãos de vigilância e fiscalização, com cadastramento do trânsito de animais, para manter a região livre 
dessa moléstia. 
Como manter a região livre de aftosa?
A melhor forma de erradicar essa doença é com a prevenção, que é feita através da vacinação 
constante. O gado deve ser vacinado em sua totalidade a cada seis meses, e os bezerros devem ser 
imunizados a partir do terceiro mês. As vacinações seguem calendários e ocorrem nos meses de maio e 
novembro. Temos no Brasil o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), que segue os 
padrões da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para manutenção das zonas livre da doença.
A situação brasileira frente ao mercado internacional começou a melhorar com a estabilização da 
economia do País. A partir de 1994, com a economia em alta, as estimativas de custo de produção ficavam 
mais reais e as projeções de lucros sempre ultrapassavam os gastos. No Brasil, como já mencionamos, o 
gado é essencialmente criado no pasto, o que foi chamado de “boi verde”, e este sistema de produção 
é menos oneroso que o sistema de confinamento, o que torna os preços da carne brasileira mais 
competitiva para a exportação.
Você imagina para onde se destina a carne produzida no Brasil? Sabe quais são os maiores mercados 
consumidores da carne nacional?
Países como Rússia, Egito e Venezuela estão entre as nações que mais consomem a carne bovina 
brasileira, apesar de a participação de Hong Kong, na China, ter aumentado.
Medidas nacionais estão sendo criadas para valorização do nosso gado, entre elas está a criação do 
selo Brazilian Beef, um sistema de identificação para reconhecimento da carne originada no Brasil. Essa 
medida foi aplicada para agregar valor e trazer reconhecimento estrangeiro do boi verde, com segurança 
alimentar e dentro das normas sanitárias internacionais. A criação desse selo foi uma verdadeira 
estratégia de marketing, e tem ajudado o setor a se projetar dentro do comércio internacional. 
Para garantir as condições sanitárias do rebanho, sua movimentação por todo o território nacional e 
a entrada de novos animais ao rebanho, criou-se o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de 
Origem Bovinas e Bubalinas (Sisbov). Nas estratégias de comercialização, temos o setor de desenvolvimento 
de pesquisas, que contam com participações públicas, privadas e de universidades. Ainda temos as políticas 
governamentais, o investimento em infraestrutura para escoamento da produção, as associações de classes 
e cooperativas de pequenos produtores, que assessoram toda a cadeia produtiva da produção bovina.
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
A legislação federal também auxilia na melhoria do padrão de qualidade da carne, seja para 
o mercado interno, seja para o externo. Algumas substâncias não podem ser administradas 
durante o desenvolvimento dos animais, dentre elas, temos os anabolizantes de uso veterinário, 
que promovem o aumento do ganho de massa muscular ao elevar a quantidade de hormônios 
esteroides no animal. 
Os esteroides são substâncias que têm moléculas de colesterol em sua formulação. Em excesso, tais 
elementos se alojam no organismo, pois têm a propriedade de elevar a massa muscular, mas elevam os 
problemas cardiovasculares e se acumulam como placas de gordura.
Falamos muito sobre o gado de corte porque ele representa o início da cadeia de produção. Esse 
processo abrange o empresário pecuarista, que atua na produção, cria bezerros e engorda os animais. 
Também envolve a indústria de insumos e o sistema de rastreabilidade até o abate dos animais. A partir 
desse ponto, preza-se pela qualidade dos estabelecimentos frigoríficos e movimentam-se muitas outras 
indústrias, como as alimentícias, de couros, varejistas, atacadistas até o consumo final, seja nacional ou 
internacional.
 Saiba mais
Uma oportunidade nos agronegócios é a produção diferenciada de um 
produto. Assista ao vídeo sobre a raça bovina wagyu, a carne mais saborosa 
e cara do mundo:
BOI japonês dá carne mais saborosa e mais cara do mundo. Dir. Globo 
Rural. Brasil: Rede Globo, 8 mar. 2015. 13 minutos. 
7.1.1 A pecuária biotecnológica
A biotecnologia também chegou à agropecuária por vários meios: no melhoramento genético, na 
seleção de matrizes, na inseminação artificial, nos maquinários mais eficientes na ordenha de gado 
leiteiro, na climatização de estabelecimentos, no controle do crescimento dos animais, na utilização dos 
animais como biofábricas, fornecendo material para outras cadeias produtivas.
O melhoramento genético para a agricultura se aplica com relativa semelhança à pecuária. 
Iniciou-se pela seleção de matrizes de melhor desempenho, seguindo para o cruzamento entre as 
raças mais destacadas. Hoje, para garantir que todas as fêmeas sejam inseminadas, muitas vezes, 
o pecuaristas optam pela inseminação artificial das fêmeas, pois no pasto não há como garantir se 
houve cobertura natural pelo macho. Dessa forma, a probabilidade de as fêmeas ficarem prenhas 
é muito maior.
Essa é uma tendência mundial e se relaciona também nacionalmente. Apesar de os animais serem 
organismos mais complexos, com uma quantidade maior de genes, a manipulação genética está bem 
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avançada, como é o caso das biofábricas, em que há produção de substâncias que não seriam naturais 
nos animais selvagens, mas que são conduzidas através de um processo natural do organismo do animal, 
como a produção de leite com fatores de coagulação sanguínea, ou hormônio do crescimento humano. 
Esse leite seria destinado à indústria farmacêutica.
As biofábricas, ou biorreatores, são um exemplo da formação de animais geneticamente 
modificados. Todavia, entre os avanços nesse tipo de manipulação, temos um exemplo brasileiro: 
a Embrapa Gado de Leite; que mantém desde 2010 pesquisas e avanços em clonagem animal, 
inclusive já tem animais resistentes a carrapatos e espécies termorresistentes, ou seja, tolerantes 
ao estresse de temperatura.
O melhoramento genético dentro da criação de animais ofereceu grande ganho econômico ao 
criador, e a produção elevou o grau de eficiência. Um exemplo muito claro está no tempo de criação. Há 
dez anos, um boi ficava no pasto cerca de quatro anos, esse era o tempo aproximado para o crescimento 
e a engorda de um animal destinado ao abate. Hoje os pecuaristas já conseguem animais com os 
mesmos parâmetros em um tempo muito reduzido, entre um e três anos, no máximo.
Com o melhoramento genético, a produção é mais rápida e o custo é menor. Não foi só o tempo 
de abate que se modificou, o teor de gordura foi aperfeiçoado, a carne mais nova é mais macia, o 
consumidor final tem um produto de aparência muito boa e com paladar muito agradável. Contudo, 
o que se torna tendência dentro do mercado sofre muita concorrência. Nesse contexto,adequar-se 
às normas internacionais é uma premissa quando se pretende competir com outros fornecedores do 
mesmo produto no mercado externo.
O mercado europeu é muito seletivo nesse sentido, exigindo uma identificação precisa da carne 
dos animais que entram em seu território, desde o nascimento do animal até o abate, passagem por 
frigoríficos e transporte até o destino final. No Brasil, esse desafio começou a ser superado com as novas 
técnicas de rastreabilidade dos animais, como o sistema do Sisbov.
O nosso sistema de controle e monitoramento foi substituindo os meios tradicionais de identificação 
como a marca do produtor colocada nos animais com o ferro em brasa, ou com indicações com tinta 
spray, em que muitas vezes se perdiam as informações sobre as condições, origem e destino dos animais. 
Esse tipo de ação melhorou o gerenciamento da produção, fortaleceu a agroindústria da carne e os 
setores diretos e indiretos envolvidos com a atividade.
Agora, toda a identificação dos animais é eletrônica, informatizada, com chip de segurança, código 
de barras, o que possibilita uma exatidão nunca antes imaginada. O animal não sofre com esse tipo 
de monitoramento, bem diferente das épocas em que eram marcados a ferro. Nesse caso, o custo de 
implantação é mais oneroso que o convencional, mas o retorno de se adequar às condições impostas 
internacionalmente aumenta a procura pelo produto que segue esse padrão de segurança. Só esse 
ganho já compensa o gasto com os dispositivos eletrônicos de rastreabilidade.
A criação do Sisbov garantiu um selo de origem e controle das condições sanitárias para os animais, 
e todos estão disponíveis aos empresários de diferentes agronegócios dentro da cadeia produtiva. 
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
Atualmente, a sociedade já aceita a incorporação do valor da rastreabilidade dentro do preço final, pois 
sabe que agora a qualidade é maior. A tecnologia de informação é muito ampla, por exemplo, pode 
mostrar a partir de um lote de carne como foi o manejo do gado, sua alimentação, a idade do animal no 
abate e os locais por onde passou.
Na prática, a rastreabilidade melhorou a figura do pecuarista frente ao mercado interno e externo. 
Essa medida é o que faltava para aliar o investimento em engenharia genética aos meios de produção 
dentro das agroindústrias da carne.
Em território nacional, o Sisbov estabelece normas quanto ao procedimento do processo 
produtivo. O cadastro no Sisbov é voluntário, mas se houver interesse em entrar para o mercado 
externo, torna-se obrigatório, pois visa atender as exigências sanitárias internacionais. Hoje a União 
Europeia, através do cadastro do Sisbov, considera aptos para transações comerciais os seguintes 
estados: Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraná, São Paulo, 
Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Essas normas também exigem que o gado destinado à comercialização entre dois países permaneça 
em quarentena dentro da propriedade de origem e, ao sair do local, cumpra um prazo de mais 90 
(noventa) dias em local habilitado pela União Europeia.
7.1.2 Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov)
O Sisbov desenvolveu um sistema próprio de identificação. O dispositivo contém uma numeração 
de 15 (quinze) dígitos e pode ser inserido em um brinco com botão, é uma ferramenta eletrônica. 
É um mecanismo único, que apresenta identificação eletrônica e visual, ou pode ser até mesmo 
um brinco-padrão em uma orelha do animal e uma tatuagem na outra.
 Saiba mais
Existe um aplicativo de celular capaz de monitorar o gado de modo 
eficaz? 
Consulte:
GOMES, H. S. App permite a fazendeiro monitorar bois e vacas na tela 
do PC. Globo.com, 4 nov. 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/
tecnologia/blog/startup/post/app-permite-a-fazendeiro-monitorar-
bois-e-vacas-na-tela-do-pc.html>. Acesso em: 5 jun. 2016.
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7.1.3 O abate e processamento
Após a rastreabilidade de um gado melhorado ou modificado geneticamente, seguimos para o setor 
de processamento. Este segmento não se restringe mais ao simples abate do animal e congelamento. 
Atualmente, temos uma diversificação de mercados entre o abate e o consumidor final. A partir da 
produção, o setor de processamento torna-se muito mais democrático, abrigando empresas de todos os 
portes, dentro de uma infinidade de produtos destinados a diversos mercados consumidores.
O nível tecnológico, como vimos nos maquinários agrícolas, também exige uma mão de obra 
mais qualificada, com a diferença de que na agricultura esse contingente precisava estar no 
campo. Já no setor de processamento das carnes, os frigoríficos, os varejistas, os atacadistas e as 
fábricas estão dentro das cidades ou nos arredores, o que facilita a obtenção dessa mão de obra, 
que, na maioria das vezes, já está acostumada, ou pelo menos familiarizada, com as tecnologias 
de automação dos maquinários.
Os frigoríficos possuem máquinas capazes de fazer uma desossa mecanizada com um fluxo de 
produção contínuo. 
O que exatamente significa isso?
Trata-se de um processo otimizado, com ganho de tempo considerável. Antigamente uma pessoa 
levava horas para desossar um animal. No sistema atual, vários animais passam pendurados por ganchos. 
Os trabalhadores possuem serras e ferramentas específicas, e todos têm uma peça diferente para tirar 
da carcaça. Essas peças são colocadas em uma esteira rolante na qual outros trabalhadores fazem a 
limpeza. Em alguns casos, existem cortes a laser para porcionamento da peça.
Pode haver esteiras em túneis de congelamento ou congelamento com utilização de nitrogênio 
líquido. As partes destinadas ao empacotamento passam por um sistema a vácuo, e as embalagens 
recebem rotulagem. Os frigoríficos com mais recursos também podem contar com a parte do 
processamento: a partir do material porcionado, ou retirados dos ossos, com preparação de carne 
salgada, curada, maturada e com cortes temperados
Uma mudança nesse segmento foi a irrupção de indústrias especializadas. Essas organizações 
investem muito em propaganda e marketing de produtos semiprontos, congelados, resfriados, enlatados, 
adaptações como embalagem familiar ou embalagem individual. Portanto, mostra-se como um ótimo 
mercado para novas ideias e investimento em produtos novos.
Por fim, destacamos o gado orgânico, que se alimenta de pasto que não recebeu nenhum tipo de 
produto químico para manter suas características ótimas para o crescimento da forragem.
7.1.4 Pecuária de precisão
A pecuária de precisão consiste no monitoramento em tempo real do gado no pasto, na aquisição 
de dados sobre diferentes parâmetros do seu comportamento no dia a dia, respeitando as diferenças 
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
de cada organismo. É preciso saber se cada animal se encontra dentro da área de pastagem. Assim, é 
possível disponibilizar informações precisas sobre quais áreas devem ser colocadas em rotatividade para 
que o pasto tenha tempo de se recuperar e o gado sempre tenha alimento em abundância.
Uma das tecnologias aplicadas é a cerca virtual, controlada por GPS. Assim como a identificação 
do Sisbov, a cerca virtual precisa de um dispositivo. Nesse caso, é um colar. O GPS delimita uma 
área onde o animal deve pastar, não há divisão física. Quando o animal se aproximar dos limites 
da área calculada pelo GPS, o colaremitirá um som, e o animal acabará com aquele estímulo, se 
afastando-se do local.
Aliada à cerca virtual, temos o condicionamento alimentar, a utilização de “cochos” ou comedouros 
com oferta de água e comida em locais estratégicos, que forcem o animal a voltar para obter aquela 
oferta em especial, e assim a distribuição do espaço de pastagem poderá ser precisamente delimitada.
Dependendo da disposição dos cochos, é possível montar uma estrutura em que os animais sejam 
obrigados a passar para ter acesso. Nesse local, pode ser instalada uma balança automática, na qual 
cada animal possa ser identificado, com registro de peso e temperatura corpórea. Esses dados podem ser 
enviados por telemetria (ondas de rádio), como já ressaltamos.
Animais que indiquem perda de peso ou qualquer outra alteração fisiológica podem ser separados, 
investigados e tratados precocemente, antes que alguma enfermidade possa progredir.
Há dispositivos que se destinam ao controle da ingestão de pasto pelos animais. O controle da 
ingestão pode ser realizado com ferramentas instaladas na mandíbula do animal, ou por uma alternativa 
menos onerosa, que seria o monitoramento acústico, a captação sonora do movimento de mastigação 
dos animais, e os sensores deveriam ser instalados pela área de pastejo. Dessa forma, seria possível 
estimar a quantidade de pasto que o animal consome, seus horários de descanso, entre outras atividades.
Tais dispositivos, no entanto, nem sempre reúnem tantas tarefas ao mesmo tempo. Apresentam um 
tipo de mecanismo para cada parâmetro que se queira avaliar. Portanto, ainda precisamos evoluir nessa 
tecnologia, reunindo várias funções em um só tipo de monitoramento, o que certamente reduziria os 
gastos de implantação dessa técnica no campo.
Obviamente não são todas as propriedades que possuem essas ferramentas de controle, mas as 
opções variam em tecnologia e preço. O fato é que o gerenciamento da propriedade, do pasto, do gado, 
da quantidade de suplementos alimentares e o custo da produção ficam muito mais precisos. No Brasil, 
todas essas tecnologias aliadas ao sistema de rastreabilidade dentro da cadeia produtiva oferecida pelo 
Sisbov podem projetar o país ainda mais dentro do mercado internacional.
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Unidade IV
 Saiba mais
A febre aftosa é uma das principais causas das sanções internacionais 
restritivas à comercialização da carne bovina. Conheça melhor as restrições 
comerciais decorrentes da febre aftosa:
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Restrições 
comerciais ao Brasil em função [sic] [por conta] da ocorrência de febre 
aftosa nos estados do Mato Grosso do Sul e Paraná em 2005. Brasília: DF, 
2005. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/
Restricoes_Comerciais_Brasil_decorrentes_Febre_Aftosa.pdf>. Acesso 
em: 25 jun. 2016.
7.2 Aquicultura
A retirada de recursos pesqueiros do ambiente natural é considerada a essência da pesca. Já o cultivo 
de organismos conseguidos em locais controlados e confinados é a base da aquicultura, e a produção 
em confinamento englobaria todas as categorias de organismos aquáticos, desde ovos e larvas até 
organismos adultos. Quando nos reportamos apenas a um ramo da aquicultura, referente à produção de 
peixes, denominamo-lo piscicultura.
A pesca e a aquicultura contêm características únicas. A pesca é feita por extrativismo, não cumpre 
os requisitos para entrar em um mercado competitivo e não atende à proposta de sustentabilidade. Já a 
aquicultura é baseada em produtos homogêneos, os animais são procriados para finalidade de consumo, 
com possibilidade de rastreamento durante o processo. Ainda há outras vantagens para a segurança 
alimentar, com foco em produtos com qualidade, regularidade e planejamento.
Na aquicultura o crescimento do animal é muito rápido, parte da alimentação dos peixes vem do 
reaproveitamento das sobras da própria criação, e a proteína da carne de pescados tem fácil digestão, 
atendendo ao apelo da alimentação saudável, uma vez que têm maior teor de gorduras de boa qualidade, 
como o ômega 3 e ômega 6, diferente das carnes vermelhas.
A aquicultura também é uma ótima alternativa para todos os tipos de propriedades, pequenas, 
médias ou grandes. É muito versátil, podendo-se adequar os criadouros em tanques de fibra, em piscinas 
naturais ou no seu próprio habitat, dentro de rios ou no mar, com os tanques dentro da água, que são 
delimitados por redes ou cercados resistentes. 
Quando a criação for feita dentro do ambiente marinho, geralmente receberá o nome de fazenda 
marinha, muito comum para a criação de camarões, moluscos e crustáceos. Nesse caso, a limitação seria 
o local de formação dessas fazendas, pois a água deve ter qualidade atestada por órgãos sanitários a fim 
de garantir o valor do produto.
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
A aquicultura é um dos setores principais da pecuária, dentre eles, é o que mais necessita 
de enriquecimento no País. Temos também as cadeias produtivas de suínos, bovinos e aves, que 
estão estabilizadas e com uma gama de domínios tecnológicos em áreas essenciais e até em 
conhecimentos especializados, mas as principais espécies de peixes existentes em nosso território 
ainda precisam ser domesticadas.
O potencial hídrico não é correspondido pela produção brasileira de peixes em suas enormes bacias e 
no litoral, que banham toda a costa e compõem nosso volume fluvial. Nem a indústria de pescado 
nacional acompanha a imensa diversidade de espécies nativas. O Brasil ocupava em 2013 o discreto 
11° lugar no ranking dos principais países produtores de aquicultura mundiais, como mostra a figura a 
seguir, com uma produção de 479.000 toneladas. Na figura em questão, é representado pelo número 
arredondado: 0,48. De acordo com as estatísticas, mais da metade da produção é representada – com 
ordem de magnitude – por pescados, e o restante entre moluscos, algas e crustáceos.
A aquicultura é considerada um setor em crescimento, pois o cultivo de peixes cresceu 
excessivamente no período de 2008-2010, aproximadamente, 31%. Esse fato decorre das políticas 
públicas de incentivo à aquicultura.
China
Índia
Vietnã
Indonésia
Bangladesh
Tailândia
Noruega
Filipinas
Japão
Chile
Brasil
Coreia do Sul
36,70
4,60
2,60
2,30
1,30
1,20
1,00
0,74
0,71
0,70
0,48
0,47
Principais produtores de aquicultura mundial
24%
Moluscos
4%
Crustáceos
20%
Algas
52%
Piscicultura
Figura 16 – Principais produtores de aquicultura mundial – 2013
Desde 1990, foi estabelecido o cultivo de peixes nativos para a piscicultura comercial voltada ao 
abastecimento de supermercados, restaurantes e fábricas de processamento. Essa medida desencadeou 
mudanças consideráveis na demanda do consumidor. Tal cenário desenvolveu melhorias na piscicultura 
nacional graças aos investimentos no setor. No Brasil, frequentemente, há exigência por melhoria de 
qualidade, por isso a crescente necessidade de aplicação de tecnologias genéticas.
O aumento da demanda por alimentos da aquicultura exigiu processos de produção mais eficientes. 
Tais melhorias foram alcançadas por processos avançados de cultivo, aperfeiçoamento do diagnóstico, 
progresso na nutrição, terapias de doenças, especialmente na aplicação da genética para características 
de produção. No campo internacional, várias espécies, como a tilápia, o salmão e o bagre americano, 
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Unidade IV
têm sido melhoradas pelas tecnologias genéticas. Para as espécies nativas, contudo, poucas ferramentas 
genéticas foram investidas para os números estimados. 
 Lembrete
Fazenda marinha é a aquicultura desenvolvida dentro do mar.
7.2.1 Inovações na piscicultura
Um dos principais problemas da aquicultura são os processos de domesticação e de criação em 
confinamento, que levam à perda da variabilidade genética. Por outro lado, assim como os sistemas de 
cultivo de outros animais, com foco na piscicultura brasileira, há uma tendência nos plantéis de matrizes 
de baixa variabilidade genética, por exemplo, animais que são irmãos. 
A piscicultura brasileira se deve aos seguintes fatores principais: ausência de controle de reprodução 
e desconhecimento da origem dos animais; formação de lotes de reprodutores a partir de estoques já 
endogâmicos de outras pisciculturas; ausência de recursos para obtenção de matrizes de boa qualidade 
genética; falta de programas de monitoramento; utilização de baixo número de reprodutores e carência 
de profissionais especializados na piscicultura.
Existem três formas para estimar os níveis de consanguinidade dos animais nos estoques aplicados 
em piscicultura: genealogia, método de números de parentais e marcadores genéticos.
Os marcadores genéticos são os mais vantajosos, pois possibilitam cálculos relativos de 
consanguinidade acumulada sem a necessidade de outros testes a respeito da genealogia ou do número 
de reprodutores utilizados por geração no sistema. A marcação dos peixes por tags e a coleta de materiais 
biológicos são de grande importância, e todo produtor pode aplicá-las.
O primeiro passo para investir nos programas de melhoria genética é estabelecer níveis de 
variabilidade genética em piscicultura, pois isso permite que sejam produzidos alevinos de melhor 
qualidade e também se promove o direcionamento dos cruzamentos. Com essa técnica, o produtor 
pode realizar arranjos de acasalamento desejáveis para agregar valor econômico aos seus peixes. 
Além disso, poderá escolher reprodutores levando em conta suas aptidões zootécnicas e genéticas. 
Para a verificação da variabilidade genética utilizando os marcadores de DNA, primeiro é preciso 
aplicar duas práticas fundamentais: coleta de material biológico e marcação dos peixes por tags. Tais 
ações são tratadas por técnicas básicas. Realizadas essas etapas iniciais, o material biológico pode ser 
verificado pelos laboratórios especializados, por exemplo, a Embrapa Pesca e Aquicultura.
Há alguns tipos de marcação empregados em peixes, como a identificação individual, 
modalidade que está crescendo na piscicultura brasileira. Qualquer forma de sinalização dos 
peixes pode ser usada como marcador, ou seja, até mesmo um simples corte na nadadeira pode 
ser aplicado para designação temporária.
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
Métodos mais sofisticados, como a fixação ou inserção de um objeto específico no corpo do peixe, 
também podem ser exercidos em um grande número de animais. Esses marcadores podem ser de 
vários tipos, por exemplo, etiquetas de metais, eletrônicas, plásticas, com variabilidade de cores, letras 
e números, que podem ser presos nas nadadeiras, na mandíbula, no músculo ou na cauda. Para maior 
praticidade, são recomendados métodos de identificação que sejam de baixo custo e de fácil aplicação.
Outros aspectos relevantes para a identificação devem ser atendidos: a marcação deve ser legível; o 
método deve exigir pouco trabalho para a aplicação e a marcação deve permanecer no peixe por longo 
período; deve ser pouco agressivo para o peixe; a marcação não deve influenciar a taxa de crescimento 
do animal; o método deve ser aplicável para peixes pequenos.
A marcação mais indicada é a inserção no músculo ou na cavidade visceral do peixe por meio de uma 
seringa, utilizando uma tag ou PIT-tag (Passive Integrated Transponder), como mostra a figura a seguir. 
Na letra A, temos os materiais necessários para a aplicação, as seringas, as tags e o aparelho leitor; na 
letra B e C da figura, indica-se a introdução e aplicação da tag no peixe com o auxílio da seringa; já na 
letra D, exibe-se a leitura da tag, comprovando que a operação foi bem-sucedida.
A) B)
C) D)
Figura 17 – Implante de tag em peixe
Essa tag tem dimensões pequenas e não precisa de bateria, proporcionando uma identificação 
segura e permanente. A tag deve ter um código numérico que permita seu reconhecimento por meio 
de um aparelho leitor. A leitura é exibida em um formato numérico ou alfanumérico atribuído para 
designação de cada peixe marcado.
A única desvantagem das tags é a limitação para o uso em peixes de porte pequeno, pois, ao ser 
inseridas, poderão ser expelidas e lesionar os peixes. A marcação dos peixes pode conferir alguns 
benefícios como a distinção sexual, pois grande parte dos peixes que são cultivados na piscicultura 
comercial não apresenta dimorfismo sexual externo, ou seja, diferenças visíveis entre os sexos, o que 
dificulta diferenciá-los. Todavia, uma vez identificado o sexo no período reprodutivo, é possível fazer tal 
identificação via leitura da tag.
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Unidade IV
Essa vistoria permite que se faça o monitoramento individual de tamanho, peso, idade, 
comportamento, controle reprodutivo, época de reprodução e desempenho de desova. A análise 
pela tag possibilita a visualização da genealogia do peixe com a identificação individual, o que 
evitará cruzamentos parentais.
Uma das principais vantagens das tags é a rastreabilidade, uma certificação de origem do produto, 
pois o indivíduo poderá ser rastreado desde a origem dos seus parentais, fase de engorda e de alevinos, 
até o produto final. Tais medidas agregam valor ao produto e trazem benefícios tanto para o produtor 
quanto ao consumidor.
A marcação por tags em peixes é uma metodologia em crescimento e está sendo adotada por 
várias pisciculturas. Com baixo custo, o principal ganho desse investimento é o acompanhamento 
completo dos plantéis de peixes que estão sendo cultivados, permitindo maior eficiência na 
produção e rentabilidade.
Uma recente mudança no setor de agronegócios referente à aquicultura foi a estratégia do 
governo de reforma ministerial, no fim de 2015, que extinguiu o Ministério da Pesca e Aquicultura 
e o integrou às atribuições do Ministério da Agricultura. Portanto, as carteiras de pesca que eram 
emitidas pelo Ibama agora deverão ser liberadas pelo Ministério da Agricultura. Como a mudança 
é recente, é possível que novas adequações sejam realizadas a esse respeito.
Como subsídio do governo, em 2012, o Ministério da Pesca e Aquicultura instituiu o Plano Safra, 
com vigência até 2014, com o objetivo de dobrar a atividade pesqueira no País. Antes da extinção do 
Ministério, foi lançado um novo Plano Safra para 2015/2016, concentrando, além da produção, créditos 
para assistência, técnica, comercialização e amparo a toda a cadeia produtiva.
 Observação
Aquicultura é o termo referente à criação de organismos aquáticos em 
geral. Pisicultura é um ramo da aquicultura que se refere apenas à criação 
de peixes.
7.3 Avicultura
Avicultura é um sistema de produção animal com genes selecionados para ter alta taxa de crescimento 
e eficiência alimentar, em que os indivíduos são confinados e criados em altas densidades em galpões. É 
um sistema de junção por animais de reprodução e produção. Para essa produção em grande escala, são 
necessários alguns setores determinados, como: avozeiro destinado à criação de pintos,um matrizeiro 
para a produção de ovos e o aviário para a engorda das aves. Muitas vezes o aviário é integrado ao 
frigorífico e à unidade industrial representada pelo frigorífico. A partir desse ponto, ainda podemos 
contar com o comércio varejista, os subsistemas de produção de porcionados e processados, ampliando 
a gama de materiais originados dessa cadeia produtiva.
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
A produção do frango industrial é resultado do avanço e da especialização da avicultura, e é 
voltada para produtores com alta capacidade de investimento. Já para os pequenos investidores, ficou a 
possibilidade de aposta em nichos de mercado, como o que desenvolve produtos agroecológicos.
Na área de alimentos, surgiu em todo o mundo uma tendência pela procura por produtos “naturais”, 
ou seja, resultantes da criação ou de culturas em que se adotam técnicas de manejo mais próximas 
às de um ambiente natural. Com isso, irromperam diversas iniciativas de produtores interessados em 
atender à demanda existente com relação a essa forma de produção. É conhecido como sistema caipira 
na Região Sudeste; no Sul, sistema colonial; no Nordeste, sistema de capoeira.
Esse é um segmento promissor, que oferece ao consumidor produtos com sabores diferenciados, e 
também traz possibilidades para os pequenos produtores.
7.3.1 Sistema caipira – colonial
O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento regulamentou o sistema de produção de aves 
de frango caipira ou colonial, determinando que as aves tenham acesso à área externa e não consumam 
produtos quimioterápicos e ingredientes de origem animal na ração. Para serem abatidos, os animais 
devem ultrapassar a idade mínima de 85 dias.
A galinha e o frango caipira apresentam tradições e costumes da culinária colonial. Exibem uma 
variedade de atividades da agricultura familiar, proporcionando aumento no valor dos produtos.
Os frangos de granja ou linhagens industriais denotam crescimento acelerado (abate em 40 dias) e 
menor resistências a estresse e a enfermidades.
Já a avicultura orgânica refere-se aos produtos obtidos pelo sistema orgânico, biológico, 
ecológico, biodinâmico, natural, regenerativo, sustentável e agroecológico. As aves são criadas 
em áreas de pastagem, com alimentação contendo ingredientes vegetais, com baixa densidade e 
produtos quimioterápicos não devem ser usados para criá-las.
A produção de ovos por galinhas é influenciada sobretudo pelas ações de manejo e pela biologia 
reprodutiva. Na maioria dos casos, os plantéis de postura se iniciam com 22 semanas de idade, e o processo 
contínuo ocorre por aproximadamente um ano – somando cerca de 300 ovos por galinha por ano. As granjas 
com maior investimento possuem equipamentos automatizados para seleção, classificação e lavagem dos ovos.
7.3.2 A genética da avicultura de corte
O cruzamento de duas a quatro linhagens puras gera o frango híbrido. Em geral, duas linhagens dão 
origens a uma fêmea matriz e uma ou duas dão origem ao macho. O desenvolvimento genético tem um 
papel crucial na melhoria da produtividade animal.
Com o passar do tempo, houve uma parcial evolução genética e nutricional. Assim, com as principais 
doenças em condições de controle, assim como o desenvolvimento de equipamentos e instalações, foi 
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Unidade IV
disponibilizado ao homem confinar o frango de corte. Para suportar aves mais exigentes e sensíveis, foi 
necessária a adaptação do manejo à nova realidade produtiva.
Trabalhar com animais de alto valor genético contribui no aperfeiçoamento dos índices produtivos. 
Antigamente o peso corporal e a conversão alimentar tinham valor maior, hoje, várias características 
foram incorporadas ao programa de melhoramento genético do frango de corte.
Alguns desses atributos são referentes aos seguintes itens:
• carcaça, melhoramentos dos rendimentos da carcaça eviscerada, da carne de peito, da carne de 
perna e do teor de gordura;
• frango vivo, melhoramento do peso corporal, eficiência alimentar, conformação da carcaça, 
aspecto físico do peito e robustez do esqueleto;
• resistência, melhoramento quanto à viabilidade do frango e matriz e da resistência a doenças específicas;
• quanto à reprodução, melhoramentos na produção de ovos incubáveis e na fertilidade.
As diversas tecnologias atuais proporcionaram o aumento na produção de frango. Equipamentos da 
área físico-médica, tipagem sanguínea e genética molecular permitiram a avaliação de rendimento para 
avaliação da resistência. Já a automação na coleta dos dados promoveu a redução de erros e perdas.
Toda a linhagem das aves é mapeada, pois as informações influenciam na performance final do 
frango. O sucesso é obtido pela atenção aos detalhes do processo total.
7.3.3 Controle sanitário e manejo alimentar
O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento é responsável pelo controle das medidas 
sanitárias. A vigilância sanitária deve ocorrer em todos os níveis na avicultura. Assim, todos os lotes 
devem ser monitorados constantemente, com controle sorológico e necropsias realizadas pelos técnicos 
especializados.
No contexto internacional e nacional quanto à necessidade de normatização das ações de 
acompanhamento sanitário relacionada ao setor avícola, foi estruturado o Programa Nacional de 
Sanidade Avícola (PNSA), seguindo padrões da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Tal órgão 
garante a competência de programas de controle das principais doenças de manifestação avícola como 
a doença de Newcastle, Salmonella e Mycoplasma. Também é responsável pela notificação de casos de 
Influenza aviária, considerada exótica no Brasil.
A nutrição eficiente inicia-se na obtenção da matéria-prima, que deve ser de boa qualidade, pois o 
alimento é responsável pelo maior custo na atividade produtiva.
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
Um bom manejo avícola deve contar com um ambiente saudável, com equipamentos 
adequados e controle ambiental com instalações, ou seja, deve ser climatizado, pois as aves são 
muito sensíveis à temperatura. Os galpões devem ser construídos com a entrada orientada para 
o leste e oeste, a fim de melhorar a captação de ventos e ter um efeito de sombreamento com a 
trajetória do ciclo solar.
Podemos avaliar a produtividade no caso da avicultura de postura. Contudo, em vez de considerar 
o quilo de carne, devemos avaliar o número de ovos por ave alojada. No sistema avícola, é preciso 
considerar um perfeito dimensionamento das granjas. 
Para melhorar o desempenho do frango de corte, podem ser empregados os seguintes recursos: 
luz artificial, com o cálculo da área do galpão, o número ideal de lúmens, a distribuição uniforme 
das lâmpadas, a manutenção constante e, se necessário, o uso de refletores. A iluminação deve ser 
intermitente, seguindo ciclos de três horas de luz artificial e uma hora de escuro. Todavia, é preciso haver 
maior monitoramento e sistemas automatizados de acionamento da iluminação.
7.3.4 Criação de frangos sexados
A produção de frangos sexados promove melhor direcionamento para a engorda de machos e fêmeas 
para específicas necessidade de processamento. Também permite a opção de se finalizar o crescimento 
com diferenciação de peso da fêmea e do macho – diferente para corte e pós-processamento, adicionando 
maior valor ao produto final.
O aumento na engorda dos lotes de frango separados por sexo é resultante de um recente 
crescimentono mercado de carne desossada. A produção de carne, principalmente a do peito, 
eleva-se. Assim, com o foco em reduzir o custo por unidade de carne produzida, são destinados 
para cortes nobres e para a fabricação de produtos de maior valor agregado os machos maiores e 
mais eficientes. As fêmeas são usualmente apropriadas para as exigências de mercado de carcaça.
A separação por sexo na criação tem a adicional vantagem de que os nutrientes possam ser 
selecionados para satisfazer às diferentes exigências dos sexos. Machos consomem mais alimento, têm 
crescimento mais rápido e apresemtam menor teor de gordura na carcaça.
 Lembrete
Uma das principais diferenças dos sistemas de criação na avicultura 
é que na avicucultura de sistema industrial, os frangos de granja têm 
crescimento acelerado e abate com 40 dias de vida. Na avicultura de 
sistema caipira ou colonial, os animais devem ultrapassar a idade mínima 
de 85 dias de vida para serem abatidos.
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Unidade IV
7.4 Suinocultura
Antes da produção em massa e reengenharia do suíno no século XX, na Europa e na América do 
Norte a carne de porco era tradicionalmente um prato de outono. 
Após o crescimento na primavera e engorda durante o verão, os animais eram abatidos no outono. 
O suíno moderno começou a ser desenvolvido no início do século passado, através do melhoramento 
genético com o cruzamento de raças puras. 
Pressionados por uma melhor produtividade para tornar a espécie economicamente mais viável e 
pelas exigências da população por um animal com menos gordura – devido à substituição da gordura 
animal pelas margarinas vegetais, os técnicos e criadores passaram a desenvolver um suíno (e não mais 
porco) com 30% de massa anterior e 70% de posterior.
 Os suínos começaram a exibir menores teores de gorduras na carcaça e a desenvolver massas 
musculares proeminentes, sobretudo nas carnes nobres, como o lombo e o pernil. No início dessa 
fantástica seleção, o suíno apresentava 40 a 45% de carne magra e espessuras de toicinho de 5 a 
6 centímetros.
 Atualmente, graças aos programas de genética e nutrição, o suíno moderno apresenta de 55 a 60% 
de carne magra na carcaça, com espessura de toicinho entre 1 e 1,5 cm, apenas. Essa evolução foi muito 
forte e eficiente também nas áreas de sanidade, manejo e instalações.
Estudos e investimentos na suinocultura posicionaram o Brasil em quarto lugar no ranking de 
produção e exportação mundial de carne suína. Alguns elementos como sanidade, nutrição, bom manejo 
da granja, produção integrada e, principalmente, aprimoramento gerencial dos produtores, contribuíram 
para aumentar a oferta interna e colocar o País em destaque no cenário mundial.
Com base na análise dos problemas e potencialidades dos grandes produtores mundiais, fica claro que 
o Brasil tem amplas chances de se firmar como grande fornecedor de proteína animal. Estudos recentes 
indicam que o País apresenta o menor custo de produção mundial e produz carcaças de qualidade 
comparada à dos grandes exportadores. Dessa forma, pode-se dizer que o mercado internacional sinaliza 
para o crescimento das exportações brasileiras, com possibilidades de abertura de novos mercados. 
7.4.1 Melhora no desempenho
Na suinocultura moderna e intensiva, um dos aspectos mais importantes na prevenção de doenças 
é o correto manejo das instalações, visando reduzir a transmissão de agentes patogênicos entre animais 
de diferentes idades e racionalizar o uso da mão de obra nas atividades de manejo. Tais ações são 
aplicáveis através da utilização do sistema de produção, sempre atentando para o clima da região.
Os suínos são animais homeotérmicos capazes de regular a temperatura corporal. No entanto, o 
mecanismo de homeostase é eficiente somente quando a temperatura ambiente estiver dentro de certos 
limites. Portanto, é essencial que as instalações tenham temperaturas próximas às que proporcionarem 
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
conforto aos suínos. Nesse sentido, o aperfeiçoamento desses locais, com adoção de técnicas e 
dispositivos de condicionamento térmico ambiental, tem superado os efeitos prejudiciais de alguns 
elementos climáticos, permitindo que se alcance bom desempenho produtivo dos animais.
Para promover a melhora do desempenho e das carcaças, reduzindo o poder poluente dos dejetos 
e o custo de produção dos suínos, o produtor deve buscar o aumento da eficiência alimentar e da 
produtividade por matriz, usando rações formuladas com base nos valores de disponibilidade de 
nutrientes dos alimentos. Para tal, deve usar informações específicas dos suínos que estão sendo 
produzidos, especialmente quanto ao genótipo, ao sexo e ao consumo de ração.
O manejo da água na propriedade é um ponto que exige muita atenção. Não é aconselhável a 
utilização de lâmina d’água, pois pode dificultar a remoção do dejeto via raspagem e evitar o contato 
dos animais com a água de limpeza dos estabelecimentos.
7.4.2 O material genético 
A qualidade genética dos reprodutores de um sistema de produção é considerada a base tecnológica 
de sustentação de sua produção. O desempenho de uma raça ou linhagem é fruto de sua constituição 
genética somada ao meio ambiente no qual é criada. 
Antes de decidir a compra dos reprodutores, o produtor deve observar as especificações dos suínos a 
serem criados com base no mercado a ser atendido. Toda a escolha deve orientar-se em dados técnicos 
que permitam projetar os níveis de produtividade. A experiência de outros produtores em relação a 
determinada genética é ainda mais importante que os dados exibidos pelo fornecedor. 
O produtor não deve esquecer, nesses casos, de verificar as condições de criação que serão oferecidas 
aos animais em seu sistema de produção, de forma a minimizar possíveis interações genótipo/ambiente, 
que serão decisivas na obtenção dos índices de produtividade.
A produção de suínos de abate pode ser feita usando vários esquemas de cruzamento, por exemplo, 
os fixos, os de duas, três ou quatro raças, o retrocruzamento ou mesmo os cruzamentos rotativos de duas 
ou mais raças. No entanto, o macho puro cruzado com fêmea híbrida também dá ótimos resultados.
Em complementação, a procedência dos reprodutores de programas de melhoramento garante uma 
menor distância entre a última geração de seleção ocorrida no rebanho e a dos reprodutores que estão 
sendo usados na produção comercial. Dessa forma, os ganhos genéticos fluem mais rapidamente através 
da pirâmide de produção, possibilitando uma melhor produtividade.
 Os reprodutores devem ser adquiridos de rebanhos ligados a um programa de melhoria 
genética e que apresentem o certificado de Granjas de Reprodutores Suínos Certificadas (GRSC). 
É importante garantir que o material genético seja livre do gene responsável pela predisposição 
dos animais ao estresse térmico. Todos os machos e fêmeas devem ser de uma mesma origem, com 
o objetivo de evitar problemas sanitários.
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Unidade IV
As fêmeas devem apresentar um potencial para produzir acima de 11 (onze) leitões vivos por 
parto. A aquisição de leitoas deve ser feita com idade próxima de 5 meses, em lotes equivalentes 
aos grupos de gestação. Para compensar retornos e outros problemas reprodutivos, deve-se 
acrescer 15% do valor.
A reposição das fêmeas do plantel deve ficar entre 30% e 40% ao ano, variação que permite ao 
produtor manter um equilíbrio entre a imunidade e oganho genético do rebanho. Para serem adquiridos, 
os machos devem ser aproximadamente 2 meses mais velhos que a idade do lote de leitoas que vai servir. 
Essas referências de idade são particularmente relevantes para que o produtor possa fazer a avaliação 
dos dados produtivos dos animais, bem como verificar as condições físicas mais próximas da idade de 
reprodução. A reposição anual de machos deve ficar em torno de 80%, o que equivale a substituir os 
animais com idade aproximada de 2 anos.
A proporção de machos e fêmeas (leitoas e porcas) no plantel é de 1/20, sendo imprescindível dispor 
de, no mínimo, 2 machos na granja. Sempre que possível, o produtor deve optar pela inseminação 
artificial, aplicando na cobertura das fêmeas o sêmen oriundo de companhias oficiais. Por apresentar 
melhores índices de produtividade, o produtor deve dar preferência aos machos que são selecionados 
com maior intensidade, deixando em segundo plano aqueles destinados à monta natural.
Quando o produtor usar inseminação artificial, o número de machos poderá ser reduzido, pois estes 
serão utilizados apenas para o manejo reprodutivo (detecção de cio) e para a realização de algumas 
montas naturais – em dias que possam dificultar o uso da inseminação artificial.
A alimentação nas granjas estabilizadas e de ciclo completo corresponde a 65% do custo. Nesse 
aspecto, a possibilidade de lucros com a suinocultura depende fundamentalmente de um correto 
planejamento da alimentação dos animais. Isso envolve a disponibilidade de ingredientes em quantidade 
e qualidade adequadas a preços que viabilizem a produção de suínos.
 Lembrete
Na suinocultura, deve-se prevalecer a inseminação artificial com sêmen 
de companhias oficiais. No plantel, deve-se manter na cultura um macho 
a cada vinte fêmeas e no mínimo dois machos por granja – apenas para 
identificação do período fértil.
8 GERENCIAMENTO DE RISCOS NAS AGROINDÚSTRIAS
Inicialmente podemos dividir a estrutura do sistema agroindustrial em quatro partes para facilitar 
sua compreensão. Esse segmento é denominado ”Sistema Agroindustrial” (SAG).
Essa estrutura divide-se em: setor produtivo, espaço institucional, ambiente organizacional e em 
ambiente de transações, conectando-se aos demais agentes produtivos.
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
Também conhecido como agribusiness, o SAG não pode ser confundido como um local de 
competição de modalidade ou tamanho, como erroneamente vem ocorrendo. Citamos como 
exemplo a comparação que se faz entre a pequena e a grande agricultura, ou entre a agricultura 
familiar e a empresarial.
O SAG tem como principal objetivo analisar os mecanismos de produção, distribuição e venda 
como um todo, não almejando apenas e exclusivamente os melhores preços de mercado. Necessita 
de uma profunda análise nos contratos a serem firmados, nas alianças estratégicas de produção, no 
compartilhamento de transporte e na venda de produção.
Podemos ampliar o SAG para um nível global, tornando sua internacionalização possível. Primeiro os 
SAGs passam a operar em seus países de origem inicial, depois entre os SAGs dos países participantes, 
e, por fim, integram-se, deixando suas formas de regulamentação inicial para o novo conceito, que 
envolve princípios fundamentais como o uso sustentável de recursos. 
Finalizando o processo, a distribuição, a venda final e o consumo nos países participantes promovem 
crescimento e fortificação dos SAGs, diminuindo os custos e ampliando os mercados internacionais.
Durante todos os processos e fases do SAG, podemos ter várias situações problemáticas, como riscos 
desde a produção devido a mudanças climáticas, pragas, armazenamento, transporte, distribuição; até 
problemas na economia. É preciso estar preparado e se prevenir ao máximo.
8.1 Gerenciamento de riscos
Os riscos envolvidos na agricultura impactam diretamente nos sistemas de agronegócios, nos preços 
finais ao consumidor e na rentabilidade dos produtores. Todos são diretamente atingidos: agricultura 
familiar, industrial, de pequeno ou grande porte.
Primeiramente, destacamos os riscos mais frequentes, que são o clima e a economia. Os riscos 
financeiros, tecnológicos, sanitários e de logística têm maior profundidade. Hoje existem vários órgãos 
de ajuda ao agricultor, como a Embrapa, que auxilia a prevenção ao tratamento de várias pragas e 
promove ações para o desenvolvimento e aprimoramento de sementes e insumos ao agronegócio, mais 
resistentes a mudanças climáticas, minimizando os impactos de alguns riscos.
No setor privado, há várias universidades e institutos dedicados à pesquisa com financiamentos 
particulares para aperfeiçoar o setor de agronegócio. Contudo, em geral, são dispersas e sem nenhuma 
articulação entre si, o que diminui o alcance dos ganhos obtidos por suas análises, restringindo muitas 
vezes seus financiadores, mas não deixa de ser uma opção a ser conhecida, em especial quando se trata 
de algum risco muito específico e de baixo fator de incidência no agronegócio.
8.2 Risco financeiro
No tocante ao risco financeiro, é importante frisar o seguinte: quando falamos de economia, não 
tratamos apenas do negócio do local da produção, e sim do mercado global, pois muitas vezes a economia 
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Unidade IV
do local de produção está boa, porém seus produtos são, em sua maioria, para exportação. Logo, se a 
economia no destino de suas exportações não estiver boa, você será diretamente afetado. Existe também 
o oposto, quando a venda no mercado interno não está atraente pelo senário econômico. Assim, em 
decorrência das taxas de câmbio atrativa, exportar torna-se uma solução rentável ao seu agronegócio.
Os riscos financeiros sempre assustam e têm um efeito devastador em todos os processos da cadeia 
do agronegócio, em especial da cadeia produtiva, tendo sempre como principal resultado a baixa 
rentabilidade ao produtor e os altos preços ao consumidor final.
Atualmente existem várias ferramentas de gestão que podem ser utilizadas no agronegócio para 
estratégias de prevenção, mitigação e enfrentamento. Os riscos envolvem diretamente os preços, a 
produção e a venda, e, para cada tipo de riscos, podemos aplicar específicos dispositivos de prevenção. 
Nos dados apresentados na figura a seguir, podemos verificar na tabela algumas ações a serem 
tomadas dentro de cada nível no processo da cadeia do agronegócio, as estratégias, as ações da fazenda 
ou comunidade, do mercado e do governo – divididos na prevenção, mitigação e enfrentamento.
Estratégias
Nível institucional
Fazenda/Comunidade Mercado Governo
Prevenção Escolha tecnológica Treinamento em técnicas de gestão de risco
Políticas macroeconômicas; 
prevenção contra desastres; 
prevenção de doenças em 
animais
Mitigação
Diversificação 
produtiva;
compartilhamento 
de cultura
Contratos de derivativos; 
seguro rural; integração 
vertical; comercialização 
realizada ao longo 
do ano (não focada na 
safra); diversificação dos 
investimentos financeiros; 
trabalho fora da fazenda
Sistema tributário de renda 
progressivo; programas 
contracíclicos; medidas de 
biossegurança
Enfrentamento
Empréstimo tomado de
familiares, amigos e da 
comunidade
Venda de ativos; tomada de 
empréstimos; renda fora da 
agricultura
Assistência social; programa 
de suporte ao agricultor
Figura 18 – Estratégias de gerenciamento de riscos
Dentre as ferramentas de gestão, podemos utilizar alguns instrumentos para diminuir os riscos 
relacionados. Para o risco de preço na entrega dos produtos, podemosusar os contratos derivativos, 
os quais asseguram um valor mínimo de venda mesmo antes de sua produção e comercialização, 
também chamados de contratos futuros. Já para os riscos de produção, podemos lançar mão dos 
contratos de seguro.
O agronegócio no Brasil é um dos indicadores mais fortes e tem gradativamente elevado sua 
importância para a economia nacional. Como consequência, os valores envolvidos estão inflacionando a 
cada ano na aquisição de sementes, maquinários para semeadura, colheita e manuseio. Os investimentos 
externos somados aos recursos próprios têm uma magnitude financeira, e qualquer risco na cadeia de 
processos do agronegócio pode intervir no resultado final esperado, trazendo enormes prejuízos.
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
8.3 Riscos tecnológicos
Os riscos na produção representam fator decisivo no negócio. Se este for bem planejado, seus riscos 
diminuirão bastante, principalmente com o uso da tecnologia no agronegócio.
A tecnologia tem uma relevância muito grande na trajetória de evolução do aumento de produção 
no Brasil. Hoje a quantidade de grão produzido em uma mesma área em relação há 15 anos é muito 
maior. Os equipamentos para manuseio da terra, plantio e colheita são infinitamente mais rápidos e 
eficazes. Utilizando tecnologia como GPS, é possível uma exatidão no acompanhamento em tempo real 
de vários processos na agricultura, localização de rebanhos etc. 
Desse modo, é possível acompanhar a eficiência do emprego de água na irrigação, elevar a tolerância 
dos produtos agrícolas a mudanças climáticas e usufruir de todos os benefícios dos transgênicos e da 
engenharia genética já citados, que contribuem para a diminuição dos riscos de produção.
Para uma boa avaliação dos riscos envolvidos nos processos da cadeia produtiva do agronegócio, 
combinados com o uso da tecnologia na prevenção e tratamento dos riscos, é vital destacar que eles 
podem fazer uma enorme diferença no resultado final do retorno financeiro.
Pensar hoje que o emprego de tecnologia para diminuir os riscos tecnológicos representa custo está 
ultrapassado e, consequentemente, não trará bons resultados. Investir em tecnologia para minimizar 
riscos e aumentar eficiência e eficácia de sua produção é com certeza uma das melhores soluções atuais 
para o crescimento de seu agronegócio. A evolução tecnológica está sempre avançando em vários 
seguimentos do agronegócio: acompanhar, investir e utilizar é inevitavelmente uma constante na vida 
do empreendedor. 
8.4 Risco sanitário
Essa modalidade de risco no agronegócio é com certeza um dos problemas mais sérios encontrados 
no processo de produção no Brasil. A precariedade do sistema de defesa sanitária da agropecuária 
é alarmante e um risco potencial. Um simples descuido pode fazer um efeito devastador em todo o 
território nacional. Um único caso de febre aftosa detectado em uma fazenda, por exemplo, pode impor 
barreira comercial dos produtos brasileiros para exportação em determinado país. 
Com a globalização e a facilidade de transporte entre os países, elevam-se os riscos de importação 
de doenças e pragas invasoras em nossas lavouras e na criação de gado e aves. Em suma, todo o 
agronegócio pode ser afetado pelo risco sanitário. Um dos casos internos no Brasil foi a descoberta do 
Helicoverpa armigera, inseto exótico de nossa fauna que ataca e destrói nossas lavouras, foi inicialmente 
descoberto entre 2012 e 2013, e já está presente em quase todos os estados brasileiros.
O abandono de pomares e lavouras em algumas fazendas também é um problema sanitário real. Essa 
adversidade faz com que pragas e doenças encontrem um ambiente propício ao seu desenvolvimento e 
adquiram grande volume, espalhando-se rapidamente pelas áreas vizinhas.
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Unidade IV
Por conta dos contínuos problemas sanitários, devem ser criadas barreiras sanitárias entre os países, 
entre os estados e mesmo entre municípios afetados. É preciso haver fiscalização com agilidade, pois, 
se o cenário de fragilidade atual não for alterado, cada vez mais esse risco será um coeficiente que 
diminuirá os resultados finais de seu agronegócio. 
8.5 Risco de logística
O risco de logística no Brasil é alto, temos dimensões continentais e muito de nossas produções 
percorrem enormes distâncias entre o local produzido e seu destino final. Assim, os riscos de logísticas 
dificultam muito o cálculo de preço do produto final. Quando houver algum problema com o transporte 
e a carga não chegar ao devido local, o prejuízo será sempre do produtor.
O transporte é sempre o gargalo da produção, qualquer alteração futura faz com que a safra plantada 
hoje tenha seu valor diminuído. Caso os custos de transporte tenham um aumento inesperado, vão trazer 
novamente prejuízo ao produtor. Greve de caminhoneiros, inflação dos combustíveis ou do valor do frete, 
seca nas regiões que utilizam hidrovias, enchentes constantes, queda de pontes, ruína nas estradas e 
mudanças bruscas na legislação do transporte são apenas alguns dos fatores incluídos no risco de logística. 
O perecimento de cargas com certeza representa o maior prejuízo relacionado ao risco de logística. 
Além das adversidades citadas anteriormente, temos: o constante atraso nos embarques marítimos, a 
burocracia, a falta de estrutura, a carência de equipamento eficiente e de mão de obra qualificada.
Fazer contratos de seguros, planejamento antecipado de enfrentamento dos riscos de logística e 
diversificação de localidades de clientes podem ajudar para reverter esse quadro. 
Exemplo de aplicação
Realize uma pesquisa e aponte quais são os principais seguros de produção disponíveis no Brasil 
(Proagro, Seaf, Fundos mútuos, Garantia Safra – GS, Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural 
– PSR) e faça uma comparação entre eles quanto ao objetivo e à abrangência.
 Resumo
A cultura de bovinos para abate é uma das principais atividades 
produtivas do agronegócio brasileiro. Está presente no mercado mundial 
pelo esforço dos segmentos envolvidos com a cadeia da bovinocultura, 
que envolve desde os insumos, a produção animal, a indústria de 
processamento e serviços. A carne bovina é culturalmente uma das 
principais fontes de proteína procurada para a alimentação, no entanto, 
o tempo de crescimento dos animas e o investimento é superior ao de 
outras criações, como a carne de frango e suínos. 
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NOVAS TECNOLOGIAS NO AGRONEGÓCIO
Os bons rendimentos no setor são reflexos da utilização de novas técnicas, 
de cuidados sanitários, do incremento nutricional, do melhoramento genético. 
Dentro do cenário mundial, tais ações proporcionaram um constante aumento 
no peso das carcaças. Além disso, há valor agregado devido aos cuidados de 
ambiência com o gado, atendendo às perspectivas sociais de sustentabilidade.
No que se refere à carne bovina, vimos que existem dois blocos distintos nos 
quais o comércio internacional classifica os produtores de carne. Essa separação 
se baseia na ocorrência ou não da febre aftosa. Esta doença é causada por um 
vírus que atinge animais de patas bipartidas como bovinos, suínos e caprinos. 
Causa febre e promove lesões na mucosa oral, o que impede o animal de se 
alimentar. Como sua salivação é um veículo comum de contaminação, também 
causa lesões nos cascos, impedindo-os de se movimentar. 
Destacamos que a melhor forma de erradicar essa doença é com a 
prevenção, que é feitaatravés da vacinação constante. O gado deve ser 
vacinado em sua totalidade a cada seis meses, e os bezerros devem ser 
imunizados a partir do terceiro mês. As vacinações seguem calendários e 
ocorrem nos meses de maio e novembro.
Medidas nacionais estão sendo criadas para valorização do nosso gado, 
entre elas está a criação do selo Brazilian Beef, um sistema de identificação 
para reconhecimento da carne originada no Brasil. Essa medida foi aplicada 
para agregar valor e trazer reconhecimento estrangeiro do boi verde, 
com segurança alimentar e dentro das normas sanitárias internacionais. 
A criação desse selo foi uma verdadeira estratégia de marketing, e tem 
ajudado o setor a se projetar dentro do comércio internacional.
Por fim, relatamos que a estrutura do sistema agroindustrial (SAG) 
divide-se em quatro partes: setor produtivo, ambiente institucional, 
ambiente organizacional e ambiente de transações, o qual se conecta aos 
demais agentes produtivos. Nessa conjuntura, podemos ter várias situações 
problemáticas. Há riscos na produção, por mudanças climáticas e pragas, 
armazenamento, no transporte e na distribuição. Em relação à economia, 
é preciso que o empreendedor esteja preparado e se previna, pois é sempre 
uma das melhores opções ao SAG. Para tal, realiza-se o gerenciamento dos 
riscos financeiros, tecnológicos, sanitários e de logística.
 Exercícios
Questão 1. (IBGE 2013, adaptada) O Sisbov é utilizado para a identificação e o controle do rebanho 
de bovinos e bubalinos do território nacional, bem como para o rastreamento do processo produtivo no 
âmbito das propriedades rurais. As informações coletadas pelo Sisbov colaboram para nortear a tomada 
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Unidade IV
de decisão quanto à qualidade do rebanho nacional e importado. Aos bovinos ou bubalinos, registrados 
em associações de raça, será facultada a
A) Utilização do número de registro genealógico marcado a ferro quente ou tatuado com sua 
correspondência com um número do Sisbov.
B) Identificação original, independentemente de movimentação entre estabelecimentos rurais 
aprovados no Sisbov.
C) Comunicação da transferência de estabelecimento rural aprovado no Sisbov para um não aprovado.
D) Obrigação do uso de brinco auricular padrão em uma das orelhas e o número de manejo.
E) Obrigatoriedade do uso de um dispositivo eletrônico contendo identificação visível, combinado 
com brinco auricular.
Resposta correta: alternativa A.
Análise da questão
Justificativa: o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) é 
utilizado para a identificação individual de bovinos e bubalinos em propriedades rurais que têm interesse 
em vender animais que serão utilizados para produção de carne para atender mercados que exigem 
identificação individual.
Questão 2. (IBGE 2013) A integração agroindustrial constitui o conjunto de atividades que compõem 
todo o agronegócio de um ou mais produtos, formando um sistema único, integrado e verticalizado que 
traz vantagens aos produtores e à agroindústria. Considerando-se a produção animal, os segmentos que 
participam da integração agroindustrial são:
A) Avicultura de corte e suinocultura. 
B) Bovinocultura de corte e bovinocultura de leite. 
C) Psicultura e apicultura. 
D) Ovinocultura e caprinocultura. 
E) Cunicultura e aquicultura. 
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Parceria Global de Bioenergia (Global 
Bioenergy Partnership – GBEP). Trabalho conjunto para o desenvolvimento sustentável. In: REUNIÃO 
ORDINÁRIA DA CÂMARA SETORIAL DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL, 22., 2012. Brasília. Resumos... Brasília: 
GBEP, 2012. p. 4. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/camaras_setoriais/
Acucar_e_alcool/22RO/App_parceria_global_GBEP.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2016.
Figura 3
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agricultura de precisão: boletim técnico. 
3. ed. Brasília: MAPA/ACS, 2013.
Figura 4
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Agricultura de precisão: resultados 
de um novo olhar. Brasília: Embrapa, 2014.
Figura 5
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agricultura de precisão: boletim técnico. 
3. ed. Brasília: MAPA/ACS, 2013.
Figura 6
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Agricultura de precisão: 
resultados de um novo olhar. Brasília: Embrapa, 2014.
Figura 7
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL (BRACELPA). Conjuntura Bracelpa, n. 64, p. 4, 
mar. 2014. Disponível em: <http://bracelpa.org.br/bra2/sites/default/files/conjuntura/CB-064.
pdf>. Acesso em: 26 jun. 2016.
Figura 8
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL (BRACELPA). Dados do setor: março – 2014. p. 
4. São Paulo: Bracelpa, 2014. Disponível em: <http://docplayer.com.br/1874729-Dados-do-setor-
marco-2014.html>. Acesso em: 15 jul. 2016. 
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Figura 10 A
RETIRAR_SOLO_8.JPG. Disponível em: <http://www.iac.sp.gov.br/IMG/SERVICOS/ANALISESOLO/
retirar_solo_8.jpg>. Acesso em: 13 jul. 2016. 
Figura 10 B
RETIRAR_SOLO_2.JPG. Disponível em: <http://www.iac.sp.gov.br/IMG/SERVICOS/ANALISESOLO/
retirar_solo_2.jpg>. Acesso em: 13 jul. 2016. 
Figura 10 C
RETIRAR_SOLO_5.JPG. Disponível em: <http://www.iac.sp.gov.br/IMG/SERVICOS/ANALISESOLO/
retirar_solo_5.jpg>. Acesso em: 13 jul. 2016. 
Figura 10 D
RETIRAR_SOLO_12.JPG. Disponível em: <http://www.iac.sp.gov.br/IMG/SERVICOS/ANALISESOLO/
retirar_solo_12.jpg>. Acesso em: 13 jul. 2016. 
Figura 11
GRIFFITHS, A. J. F et. al. Introdução à genética. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan: 2013. 
Figura 12
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Levantamento sistemático da 
produção agrícola, Rio de Janeiro v. 29 n. 11, p. VII, nov. 2015. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.
br/Producao_Agricola/Levantamento_Sistematico_da_Producao_Agricola_%5Bmensal%5D/
Fasciculo/2015/lspa_201511.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2016. 
Figura 13
CALVO, E. S. Biotecnologia e o melhoramento genético de plantas. Londrina: Embrapa, 1998. 
Figura 14
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção animal do 4º trimestre de 2014. 
Brasília: IBGE, 2014. p. 1. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Levantamento_
Sistematico_da_Producao_Agricola_[mensal]/Comentarios/lspa_201502comentarios.pdf>. Acesso em: 
13 jul. 2016. 
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Figura 15
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Brasil: projeções do agronegócio 
2011/2012 a 2021/2022, p. 27. Brasília: 2012. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/
arq_editor/file/Ministerio/gestao/projecao/Projecoes%20do%20Agronegocio%20Brasil%202011-
20012%20a%202021-2022%20(2)(1).pdf>. Acesso em: 15 jun. 2016.
Figura 16
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE). O mercado potencial 
da piscicultura em megaeventos. 2014. p. 3. Disponível em: <http://www.sebraemercados.com.br/
wp-content/uploads/2015/10/2014_05_26_BO_Abr_Agron_Pisc.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2016. 
Figura 17
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Cartilha de genética na 
piscicultura: importância da variabilidade genética, marcação

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