M A - Modulo I - aula 2

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Material de Apoio
MICROECONOMIA I
Prof. Roberto R. Simiqueli
roberto.simiqueli@esamc.br
2017.02
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Módulo I
O que é Economia?
 Macroeconomia e Microeconomia
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
Microeconomia trata do comportamento das unidades econômicas individuais – quaisquer indivíduos ou entidades que tenham participação no funcionamento de nossa economia. 
Microeconomia explica como e por que unidades tomam decisões econômicas.
Consumidores decidem o quê e quanto comprar
Empresas decidem quanto produzir e contratar
Trabalhadores decidem onde e quanto trabalhar
Microeconomia discute como unidades interagem para formar unidades maiores, como mercados e setores.
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
Reflexão sobre mercados emerge simultaneamente à consolidação desses mercados no mundo ocidental. Começos da microeconomia estão ligados aos começos do capitalismo.
1776 – Adam Smith, A Riqueza das Nações: divisão do trabalho, mercados como forma principal de organização da sociedade.
1789 – Jeremy Bentham, Princípios de Moral e Legislação: homens devem fazer aquilo que consideram útil para si mesmos – somente perseguindo seus interesses próprios poderiam beneficiar a coletividade
1863 – W.S. Jevons, A Teoria da Economia Política: uma teoria do prazer e da dor; gráficos, equações e utilidade.
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
"O homem, entretanto, tem necessidade quase constante da ajuda dos semelhantes, e é inútil esperar esta ajuda simplesmente da benevolência alheia. Ele terá maior probabilidade de obter o que quer, se conseguir interessar a seu favor a auto-estima dos outros, mostrando-lhes que é vantajoso para eles fazer-lhe ou dar-lhe aquilo de que ele precisa. É isto o que faz toda pessoa que propõe um negócio a outra. Dê-me aquilo que eu quero, e você terá isto aqui, que você quer — esse é o significado de qualquer oferta desse tipo; e é dessa forma que obtemos uns dos outros a grande maioria dos serviços de que necessitamos. Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelo seu próprio interesse. Dirigimo-nos não à sua humanidade, mas à sua auto-estima, e nunca lhes falamos das nossas próprias necessidades, mas das vantagens que advirão para eles.”(SMITH, 1996:74)
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
Utilidade e satisfação: necessidades são ilimitadas, recursos (inclusive tempo) são limitados. 
You can’t always get what you want
But if you try sometimes well you might find
You get what you need
Do que as unidades econômicas realmente precisam? O que é desejável e o que é indispensável? Como elas realizam suas escolhas, com esses elementos em mente?	
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
Trade-offs: conflito de escolha com opções mutuamente excludentes.
Consumidores: consumidores dispõem de renda limitada, e precisam consumir variedade de bens e serviços, ou poupar recursos para o futuro. Consumo envolve maximização do bem-estar (por meio da utilidade proporcionada por cada bem/serviço) dentro dos limites da sua restrição orçamentária.
Trabalhadores: decisão fundamental é sobre se, quando e quanto fazer parte da força de trabalho. Outros pontos centrais são trade-off entre inserção precoce no merado de trabalho e capacitação profissional, ou entre dilemas de emprego (empresa com potencial de progressão ou emprego confortável).
Empresas: limitações quanto ao que podem produzir, como produzir e os recursos que podem empregar para tal.
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
Preços: “Todos os trade-offs descritos anteriormente se baseiam nos preços que consumidores, trabalhadores e empresas encontram. Por exemplo, um consumidor opta por carne de vaca em vez de carne de frango, em parte, por causa de suas preferências e, em parte, por causa dos preços. De igual modo, os trabalhadores optam por trabalhar mais, perdendo parte de seu lazer, em razão do ‘preço’ que podem obter por seu esforço produtivo - ou seja, o salário. As empresas decidem se empregam mais trabalhadores ou compram mais máquinas baseando-se, em parte, nos salários vigentes no mercado e nos preços das máquinas.”(PINDYCK, :5)
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
Mercados: estrutura de determinação dos preços, marcada por multitude de produtores e consumidores em transação constante. Preços flutuam a partir de comportamento dos agentes que é, ele mesmo, uma resposta aos preços anteriores.
Mercados caminhariam para equilíbrio, a partir do comportamento dos consumidores. Equilíbrio é a situação em que oferta e demanda se encontram pareadas e são plenamente satisfeitas/realizadas – i.e., tudo que é produzido é vendido ou consumido.
Quais seriam as condições para esse equilíbrio? Como pensá-lo em termos práticos? Equilíbrio está sempre presente? Como imaginar situações em que mercados não se conduzem ao equilíbrio?
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
Teorias e modelos: qual a importância de um mapa e de sua escala? Como medimos quão fidedigno é um modelo de compreensão da realidade?
Dilema do jogador de sinuca e do Professor de Física
Conjunto de regras básicas e premissas para explicação de fenômenos sociais complexos. Modelo não substitui a realidade, mas ajuda a entendê-la e a discuti-la em diferentes níveis de complexidade.
Dificuldades das teorias sociais: é possível testar teorias? É possível analisar componentes de fenômenos isoladamente? É possível reproduzir acontecimentos históricos ou econômicos?
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
“Nenhuma teoria, seja em economia, física ou em qualquer outra ciência, é perfeitamente correta. A utilidade e a validade de uma teoria dependem de sua eficácia em explicar e prever o conjunto de fenômenos que tem por objeto. Desse modo, as teorias são continuamente testadas por meio da observação. Como resultado dos testes, com frequência elas são modificadas ou aprimoradas e, às vezes, até mesmo descartadas. O processo de teste e aprimoramento de teorias é fundamental para o desenvolvimento da economia como ciência.”(PINDYCK, :5)
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
Análise Positiva vs. Análise Normativa
Análise positiva: descrição das relações de causa e efeito
Análise normativa: questões relativas ao que se supõe adequado ou necessário
Exemplo: compreensão do funcionamento de um dado mercado ou setor é elemento positivo da análise microeconômica sobre esse ramo de atuação; elemento normativo é decisão sobre intervenção (quando/como produzir, como precificar, ou quais políticas representariam intervenção positiva nesse mercado)
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
MERCADO: "Em conjunto, compradores e vendedores interagem, originando os mercados. Um mercado é, pois, um grupo de compradores e vendedores que, por meio de suas reais ou potenciais interações, determinam o preço de um produto ou de um conjunto de produtos. No mercado de PCs, por exemplo, os compradores são empresas ou usuários; os vendedores são a Compaq, a IBM, a Dell, a Gateway e várias outras empresas. Observe que um mercado representa mais do que um setor. Um setor é um conjunto de empresas que vendem o mesmo produto ou produtos correlatos. Com efeito, o setor corresponde ao lado da oferta do mercado.”(PINDYCK, :7)
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
É posível pensar em mercados que não sejam perfeitamente competitivos. Quais seriam os determinantes dessa competição (ou concorrência) imperfeita?
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I.VI – Os fundamentos da Microeconomia
É posível pensar em mercados que não sejam perfeitamente competitivos. Quais seriam os determinantes dessa competição (ou concorrência) imperfeita?
Número de produtores
Número de consumidores
Controle sobre mercado, preços e quantidades
Diferenciação de produtos
Barreiras à entrada
Ganhos/prejuízos artificiais
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I.VI –Os fundamentos da Microeconomia
Preço de mercado é o preço que prevalece em mercado competitivo.
Extensão de um mercado são seus limites geográficos e a gama de produtos fabricados e vendidos em seu interior
Logo, mercado pode se expandir (1) pela incorporação de novos territórios, ou (2) pela criação de novas formas de consumo.
Definição é importante por que empresa precisa saber quem são os seus concorrentes, e para a escolha de políticas públicas