Buscar

NBR-12215-2017

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 ABNT NBR 12215-1: 2017 
PROJETO DE ADUTORA DE ÁGUA 
PARTE 1: CONDUTO FORÇADO 
1 ESCOPO 
Esta Norma estabelece os requisitos aplicáveis à elaboração de projeto de adutora em conduto forçado para 
sistema de abastecimento de água 
3 TERMOS E DEFINIÇÕES 
3.1 Adutora: tubulação destinada a transportar água entre unidades operacionais do sistema, pode funcionar 
por gravidade, recalque ou ambos, com ou sem derivação para mais de uma unidade operacional. 
NOTA A tubulação da derivação pode ser designada de subadutora. 
3.2 Cavitação: vaporização parcial ou completa da água que ocorre em um líquido confinado, resultante de 
ocorrência de pressões abaixo da sua pressão de vapor. 
3.3 Cavitação em tubulação: vaporização parcial ou completa que ocorre em um líquido em determinada 
seção transversal da tubulação, resultante de ocorrência de pressões abaixo da sua pressão de vapor. No 
caso de vaporização completa, ocorre a ruptura da coluna líquida formando um bolsão de vapor de água 
separando dois trechos de fluido em estado líquido. 
3.4 Chaminé de equilíbrio: estrutura destinada a amortecer as ondas de subpressão e sobrepressão 
resultantes de um eventual regime transitório em uma tubulação, atuando como reservatório intermediário de 
nível variável em consequência do regime transitório atuante. 
3.5 Coeficiente de admissão de ar de ventosa: fator de proporcionalidade que correlaciona a vazão 
mássica de entrada de ar por meio de um orifício de uma ventosa e da pressão na tubulação no ponto onde a 
mesma está instalada. 
3.6 Coeficiente de expulsão do ar de ventosa: fator de proporcionalidade que correlaciona a vazão 
mássica de saída de ar por meio de um orifício de uma ventosa e da pressão na tubulação no ponto onde a 
mesma está instalada. 
3.7 Comissionamento: pré-operação do sistema com verificação de atendimento aos parâmetros 
estabelecidos em projeto. 
3.8 Comportamento estrutural visco-elástico: Comportamento intermediário entre sólidos elásticos e 
fluidos viscosos apresentados por materiais visco-elásticos (plásticos). Os sólidos elásticos comportam-se de 
acordo com a lei de Hooke e os fluidos viscosos de acordo com a lei de viscosidade de Newton. 
3.9 Conduto forçado: conduto em que o fluido ocupa totalmente a seção de escoamento, com pressão 
diferente da atmosférica. 
3.10 Conduto livre: conduto em que o fluido ocupa apenas parte da seção transversal e apresenta superfície 
livre, sujeita a pressão atmosférica. 
3.11 Curva característica da bomba: curva na qual cada valor da altura manométrica corresponde a uma só 
vazão, indicada pelo fabricante do equipamento. 
3.12 Curva característica do sistema: curva que representa os pontos de operação do sistema, 
correlacionando a capacidade de transporte na tubulação com a unidade fornecedora de energia (sistema de 
bombeamento, reservatório). 
3.13 data de início do plano: data de início estabelecida com referencial no desenvolvimento do 
planejamento, estudos ou projetos para um sistema. 
 
2 ABNT NBR 12215-1: 2017 
3.14 data de início de operação: data previamente fixada para início da operação do sistema. 
3.15 deformação diametral (ovalização): diferença entre o diâmetro esterno médio e o diâmetro externo 
mínimo do tubo deformado por compressão diametral. 
3.16 deformação diametral relativa: quociente da deformação diametral pelo diâmetro externo médio, 
expresso em porcentagem. 
3.17 diâmetro interno: dimensão correspondente ao diâmetro externo descontados duas vezes a espessura 
da parede. 
3.18 diâmetro externo DE: maior dimensão medida na seção transversal de uma tubulação. 
3.19 diâmetro nominal DN: simples número que serve para classificar, em dimensões os elementos de 
tubulações (tubos, juntas, conexões e acessórios) 
NOTA O diâmetro nominal não é objeto de medição, nem de utilização para fins de cálculo. 
3.20 efeito Venturi: efeito que ocorre em um sistema fechado quando há uma diminuição da seção, 
diminuindo a pressão e aumentando a velocidade de um fluido. 
3.21 máquina hidráulica: mecanismo que fornece, retira ou altera a energia de um líquido em escoamento. 
3.22 momento polar de inércia: resultado obtido a partir do produto do valor de uma massa que está 
girando em torno de um eixo pelo quadrado da distância em relação ao eixo. 
3.23 orifício automático de ventosa: orifício pelo qual o ar é expelido durante o funcionamento da adutora 
em regime permanente. 
3.24 orifício cinético de ventosa: orifício por meio do qual o ar é: 
a) admitido durante a drenagem da tubulação, ou no caso da passagem da onda de subpressão, 
durante a ocorrência de eventuais transitórios hidráulicos; 
b) expelido durante o enchimento da tubulação, ou no caso da eliminação de bolsões de vapor de 
água que eventualmente se formaram devido à ruptura da coluna líquida, durante a ocorrência de 
transitórios hidráulicos. 
3.25 oscilação de massa: escoamento transitório oscilatório com deslocamento do fluido ao longo da 
tubulação provocado por variações de carga cíclicas entre dois pontos do sistema. 
3.26 ponto de trabalho: ponto de interseção das curvas características da bomba e do sistema. 
3.27 ponto de fechamento cinético: valor de pressão que define o fechamento de orifício cinético, 
resultando em uma vazão mássica de ar expelida adequada ao sistema, definido pelo fabricante e/ou projeto. 
3.28 pressão admissível: pressão atuante que um componente pode suportar com total segurança, incluído 
os transitórios hidráulicos 
3.29 pressão de pré-carga: pressão inicial necessária para a adequada operação do reservatório 
hidropneumático. 
3.30 pressão de serviço: pressão atuante nos componentes do sistema quando da ocorrência do regime 
hidráulico permanente. 
3.31 pressão de serviço máxima: pressão máxima atuante nos componentes dos sistema quando da 
ocorrência do regime transitório. 
 
3 ABNT NBR 12215-1: 2017 
3.32 regime permanente: regime de escoamento no qual a velocidade, a vazão e a pressão não variam com 
o tempo em um determinado trecho de tubulação. 
3.33 regime transitório: regime de escoamento intermediário quando há variação na velocidade, vazão e 
pressão mudando o estado de um regime permanente inicial por outro estado de regime permanente final. 
3.34 reservatório hidropneumático: dispositivo composto de um vaso com ar sob pressão com o objetivo de 
atenuar as variações de pressões (sobrepressões e subpressões) causadas por transitórios hidráulicos. 
3.35 tanque de amortecimento unidirecional TAU: dispositivos que tem como função injetar água em um 
determinado ponto da tubulação durante a passagem de uma onda de subpressão, resultante dos transitórios 
hidráulicos. 
3.36 transitório hidráulico: escoamento não permanente em regime variado que ocorre entre um regime 
permanente e outro. 
3.37 válvula de alívio de ação direta: dispositivo que serve para aliviar as sobrepressões resultantes do 
transitório hidráulico. 
3.38 válvula de controle: dispositivos que serve para controlar vazão, pressão e nível. 
3.39 velocidade crítica: velocidade dependente da declividade do terreno, que permite a remoção de ar nas 
tubulações e é obtida quando a velocidade média de escoamento é igual ou maior que um certo valor mínimo. 
3.40 ventosa simples; Ventosa automática: dispositivo utilizado para atuar na expulsão do ar acumulado 
em ponto específico da tubulação em regime permanente. 
3.41: ventosa de dupla função; ventosa cinética: dispositivo utilizado para atuar na expulsão e/ou na 
admissão de ar acumulado em ponto específico da tubulação. 
3.42 ventosa de tríplice função; ventosa de triplo efeito: dispositivo utilizado para atuar na expulsão e/ou 
na admissão de ar acumulado em ponto específico da tubulação e que tem as funções da ventosaautomática 
e da ventosa cinética. 
3.43 ventosa de tríplice função; ventosa de triplo efeito com dispositivo de fechamento lento: 
dispositivo utilizado para atuar na expulsão e/ou na admissão de ar acumulado em ponto específico da 
tubulação e que conta com um mecanismo extra que torna suave e gradativo o processo de fechamento do 
orifício cinético, evitando assim altas sobrepressões causadas por um fechamento abrupto deste. 
3.44 vínculos estruturais: elementos da construção que impedem o giro e/ou o movimento horizontal e 
vertical de uma estrutura 
3.45 volante de inércia: dispositivo acoplado ao eixo da bomba para aumentar o momento de inércia do 
conjunto girante reduzindo a taxa de variação de rotação do conjunto motor-bomba por ocasião do seu 
desligamento. 
4 Requisitos gerais 
4.1 Desenvolvimento do projeto 
4.1.1 Elementos necessários para o desenvolvimento do projeto 
Os elementos necessários para o desenvolvimento do projeto são os seguintes> 
a) caracterização da adutora - pontos de origem e término da adutora, vazão de dimensionamento, 
caminhamento(s); 
b) elementos topográficos, disponíveis ou a serem, elaborados; 
 
4 ABNT NBR 12215-1: 2017 
c) cadastro de unidade(s) operacional(is) relacionada(s) à adutora e de interferências; 
d) informações sócio-ambientais, geotécnicas, geológicas e arqueológicas; (elementos a considerar no 
desenvolvimento do projeto); 
e) dados físicos e operacionais do sistema de abastecimento de água existente; 
f) estudos, planejamentos e projetos existentes correlacionados; 
g) estudo de concepção do sistema de abastecimento, elaborado conforme a ABNT NBR 12211; 
h) planos diretores do sistema de abastecimento de água e demais planos diretores; 
i) plano de urbanização, legislação relativa ao uso e ocupação do solo; 
j) restrição ambiental que interfere na área de influência do projeto; 
k) plano de saneamento básico; 
l) levantamento planialtimétrico cadastral do caminhamento da adutora com detalhes da vegetação, tipo de 
pavimento, arruamento, obras especiais, indicação das interferências; 
m) requisitos de segurança e medicina do trabalho, conforme legislação e normas vigentes; 
n) legislações pertinentes vigentes; 
o) critérios, procedimentos e diretrizes (da operadora/da contratante) do sistema de abastecimento de água. 
4.1.2 Atividades necessárias ao desenvolvimento do projeto 
As atividades necessárias ao desenvolvimento do projeto são as seguintes: 
a) analisar as instalações do sistema adutor existente, objetivando seu aproveitamento, quando for o caso; 
b) definir o caminhamento da adutora; 
c) avaliar e considerar na solução técnica a restrição ambiental incidente, quando existir; 
d) detalhar o caminhamento da adutora; 
e) complementar os levantamentos topográficos, as interferências, os estudos geológicos, geotécnicos e 
arqueológicos; 
f) definir a vazão para o dimensionamento; 
g) validar o estudo de concepção e/ou realizar estudo técnico, econômico, social, financeiro e ambiental da 
autora e/ou sistema adutor; 
h) definir os tipos de materiais adequados; 
i) dimensionar hidráulica e estruturalmente o sistema adutor; 
j) realizar estudo de transitórios hidráulicos, verificações sobre possíveis oscilações ressonantes e cálculo de 
flexibilidade, onde aplicável; 
k) dimensionar dispositivos de proteção hidráulica da adutora e/ou definir procedimentos, para as operações 
de enchimentos e esvaziamentos; 
l) avaliar os tempos de fechamento e abertura de válvulas; 
 
5 ABNT NBR 12215-1: 2017 
m) avaliar a resistência mecânica das partes componentes do sistema adutor às ações internas e externas 
atuantes; 
n) avaliar a proteção das partes componentes do sistema adutor às ações de processo corrosivo, 
agressividade do meio à tubulação, de deterioração mecânica e de ataque químico, quando necessário; 
o) detalhar as etapas de implantação; 
p) detalhar a interdependência das atividades e o plano de execução das obras. Otimizar o tempo de 
paralisação do sistema, quando necessário; 
q) prever a implantação de dispositivos que permitam os procedimentos de limpeza e desinfecção da adutora, 
quando necessário; 
r) compatibilizar o projeto da adutora com os demais projetos complementares (estruturais, elétricos, 
eletromecânicos, automação etc); 
s) definir a localização e o dimensionamento dos componentes e equipamentos acessórios (hidrante, 
eliminação/admissão de ar, registro de manobra, descarga, sistema de proteção aos transitórios hidráulicos), 
conforme critérios do responsável pelo sistema de abastecimento de água, na falta de norma específica; 
t) buscar a equalização dos diferentes materiais aplicados para que o resultado destes correspondam à 
melhor solução técnico-econômica com tempo de vida útil compatível com o requerido no estudo e/ou projeto; 
u) verificar a integridade estrutural da tubulação para os requisitos de instalações aéreas e enterradas. 
4.2 Elementos que devem compor o projeto 
4.2.1 Memorial descritivo e justificativo, contendo os estudos, cálculos realizados, simulações hidráulicas. 
4.2.2 Os resultados das simulações hidráulicas devem apresentar as características operacionais de todas as 
unidades necessárias do sistema adutor (tubulação, elevatórias/booster, proteção aos transitórios hidráulicos, 
condição de operação com vazão máxima e mínima, enchimento, esvaziamento, eventuais manobras a 
serem consideradas); 
4.2.3 Peças gráficas do projeto, em escalas adequadas, atendendo às normas técnicas em vigência e às 
recomendações e padronizações (da operadora/da contratante), devem apresentar. 
4.2.3.1 Os detalhamentos das interferências com outros sistemas e infraestruturas existentes e planejadas, as 
interligações complexas, as travessias, áreas com restrição ambiental. Deve considerar a integração da 
solução hidráulica projetada e a forma executiva destas complementações em campo. 
4.2.3.2 Planta e corte do traçado da adutora, dos pontos de descarga, de manobra, de eliminação/admissão 
de ar, adutora existente, adutora projetada, curva característica do sistema, e demais detalhamentos 
necessários. 
4.2.4 relação de materiais e equipamentos. 
4.2.5 Relação dos serviços. 
4.2.6 Especificações técnicas de serviços, materiais e equipamentos. 
4.2.7 Orçamento detalhado das obras, conforme etapas definidas à implantação. 
4.2.8 Levantamentos topográfico e planialtimétrico cadastral. 
4.2.9 resultados dos estudos geotécnicos, geológicos, arqueológicos, sócio-ambientais, quando necessários. 
4.2.10 Resultados dos demais estudos realizados. 
 
6 ABNT NBR 12215-1: 2017 
4.2.11 Diretrizes operacionais contendo o plano de operação e controle previsto para o sistema adutor, 
detalhamento das vazões máximas e mínimas operacionais, quando aplicável. 
5 Requisitos específicos 
5.1 Vazão para dimensionamento 
5.1.1 Atender ao horizonte do estudo ou do projeto que deve ser definido por critério técnico (da operadora/ 
da contratante) responsável pelo sistema de abastecimento de água. 
5.1.2 O índice de perda total (real e aparente) deve ser considerado na vazão, levando em consideração as 
metas resultantes das ações e planos de controle e redução de perdas (da operação/ da contratante) do 
sistema de abastecimento e sua evolução no horizonte do estudo ou do projeto. 
5.1.3 Deve ser adotada a vazão máxima de horizonte do estudo ou do projeto em cada etapa definida 
conforme critério técnico (da operadora/ da contratante) responsável pelo sistema de abastecimento de água. 
5.1.4 O coeficiente k1 deve ser obtido a partir dos dados existentes da localidade e, quando da inexistência 
de histórico, adotar valores explicitados na literatura específica. 
5.1.5 deve ser verificada a condição operacional para asvazões máximas e mínimas resultantes dos estudos 
de demanda para o horizonte do estudo ou do projeto, o início de operação, a etapa intermediária, a operação 
horo-sazonal relacionada à eficiência energética. 
5.2 Sistema adutor existente 
5.2.1 Avaliar as instalações do sistema adutor existente e seu ciclo operacional elaborando diagnóstico que 
permita a otimização e a adequação técnica do sistema. 
5.2.2 Na elaboração de novos estudos e projetos, as partes com aproveitamento total e/ou parcial existentes 
devem satisfazer aos requisitos desta Norma ou adaptar-se a esta, mediante alterações ou 
complementações, e deve ser analisado o impacto do sistema projetado sobre as instalações existentes. 
5.3 Caminhamento da adutora 
5.3.1 Deve ser realizada análise do caminhamento em localização (planta) e perfil, a fim de verificar a correta 
indicação dos componentes acessórios e as ancoragens nos pontos onde ocorrem esforços que possam 
causar o deslocamento das peças. 
5.3.2 deve ser verificada a influência do plano de carga e da linha piezométrica para a definição do 
caminhamento da adutora. 
5.3.3 O caminhamento da adutora deve ser definido com base em critérios técnicos e econômicos (instalação, 
operação e manutenção), comparando-se a caminhamentos alternativos, concebidos a partir de imagens de 
satélite, cartas geotécnicas, mapas geológicos e/ou arqueológicos, levantamento planialtimétrico cadastral, 
inspeções de campo, sondagens necessárias como recurso para reconhecimento do terreno, avaliação 
preliminar de interferências. 
5.3.4 O caminhamento da adutora deve procura sempre o terreno com melhores condições de solo, evitando 
os rochosos, alagadiços e de baixa resistência, áreas com declividade elevada, pavimento rígido, e qualquer 
outro obstáculo que comprometa os trabalhos de sua implantação, operação e manutenção. 
5.3.5 O caminhamento da adutora deve evitar interferência com: 
a) instalações aeroportuárias, complexos industriais ou aéreas cuja ocupação apresente interesse social ou 
de segurança pública, nas condições impostas pelas autoridades competentes; 
b) vias de tráfego intenso; 
 
7 ABNT NBR 12215-1: 2017 
c) estradas de ferro eletrificadas, ou com viabilidade de futura eletrificação, linha de alta-tensão, oleoduto, 
gasoduto. Em caso de cruzamento ou caminhamento ao longo destas interferências, reduzir a possibilidade 
da adutora ser afetada por corrosão eletrolítica; 
d) no caso em que a interferência for inevitável, deve ser realizada consulta aos órgãos reguladores. 
5.3.6 A adutora deve ser instalada de preferência em área de domínio público, respeitando legislação vigente, 
não sendo isso possível ou viável, o projeto deve prever a desapropriação da faixa ou a instituição de 
servidão sobre ela. 
5.3.7 Em áreas urbanas, convém que o caminhamento esteja condicionado ao sistema viário existente ou 
planejado. 
5.3.8 A largura da faixa que contém a adutora deve permitir os trabalhos de instalação e manutenção. 
5.3.9 O projeto deve considerar o eventual trânsito de veículos sobre a faixa da adutora, prevendo-se, neste 
caso, o recobrimento adequado da adutora ou reforço de sua estrutura. 
5.3.10 O projeto deve prever e indicar que não é permitido plantio na faixa da adutora, exceção somente com 
aprovação e autorização da operadora. 
5.3.11 O projeto deve prever e indicar que é proibido trafegar veículos pesados, executar edificações, 
queimadas, escavações e usar arados e/ou equipamentos agrícolas na faixa da adutora. 
5.3.12 O projeto deve prever sinalização da faixa para identificação de adutora enterrada, de acordo com 
norma própria ou recomendação da operadora/da contratante. 
5.4 Elementos topográficos, geotécnicos, geológicos e arqueológicos para o traçado da adutora 
5.4.1 A definição dos levantamentos a serem efetuados deve ser precedida de inspeção de campo feita ao 
longo do caminhamento preliminar da adutora, com objetivo de reduzir ao mínimo necessário a extensão de 
áreas a levantar. 
5.4.2 devem ser coletadas informações existentes nas cartas geotécnicas, mapas geológicos, arqueológicos, 
levantamentos topográfico, e feitas as complementações necessárias, para possibilitar o desenvolvimento do 
projeto da adutora, atendendo aos requisitos desta Norma. 
5.4.3 Para o traçado da adutora, os levantamentos topográficos devem ser planialtimétricos cadastrais em 
extensão, detalhamento e precisão, que permitam n mínimo: 
a) mostrar: 
-os limites de propriedades e benfeitorias existentes, com indicação dos proprietários; 
-os níveis máximos observados em corpos de água superficiais; 
-os tipos de vegetação, os usos do solo e a exploração do subsolo; 
-os tipos de pavimento, indicação e mapeamento das interferências superficiais e do subsolo; 
b) justificar: 
-a posição adotada; 
-as obras especiais; 
c) indicar vias de acesso para a implantação, operação e manutenção da adutora. 
 
8 ABNT NBR 12215-1: 2017 
5.4.4 As sondagens devem ser em número, tipo e profundidade que permitam definir a fundação da adutora, 
definir o nível atual do lenços freático e elaborar o projeto das obras especiais, que permitam definir o 
processo de escavação, o tipo de escoramento necessário a fundação. 
5.4.5 As interferências não visíveis devem ser levantadas a partir das informações existentes nos projetos e 
cadastros, pelo acesso ao poço e/ou a caixa de inspeção existente, por meio de levantamento topográfico, da 
realização de furos de sondagem, de prospecção eletromagnética. 
5.5 Dimensionamento e desenvolvimento do projeto da adutora 
5.5.1 Velocidade mínima 
Para adutora de água bruta, deve ser adotada a velocidade mínima de 0,6 m/s e para água tratada de 0,3 
m/s. Exceção pode ser aceita, desde que tecnicamente justificada. 
5.5.2 Velocidade máxima 
As velocidades máximas de dimensionamento não podem ultrapassar aos 3 m/s na tubulação. Exceção pode 
ser aceita, desde que técnica e economicamente justificada. Considerar na definição da velocidade máxima 
os seguintes fatores: 
a) perdas de cargas a um limite que proporcione o menor consumo de energia elétrica; 
b) que gere menor desgaste das tubulações, peças e acessórios; 
c) redução nos ruídos gerados; 
d) limite nas vibrações e choques que danificam as instalações; 
e) redução dos fenômenos de cavitação e de transitórios hidráulicos; 
f) aos requisitos relacionados ao bom funcionamento do sistema; 
g) o resultado dos estudos econômicos; 
h) maior eficiência dos equipamentos que operam associados à adutora. 
Na determinação da velocidade, atender às orientações da operadora/da contratante, relativas à eficiência 
energética. 
5.5.3 Velocidade crítica de arraste de ar 
A velocidade crítica de arraste de ar deve ser avaliada em cada trecho da adutora para as vazões de projeto. 
5.5.4 Dimensionamento 
5.5.4.1 Para o dimensionamento hidráulico da tubulação, deve ser considerado, para o horizonte de projeto, o 
coeficiente de Hazen Williams ou equivalente da equação universal e também, o envelhecimento, incrustação 
e deposição nas paredes da tubulação. Os coeficientes devem ser levantados em campo ou, na 
impossibilidade de realização das avaliações em campo, devem-se adotar valores explicitados na teoria dos 
manuais de hidráulicas. 
NOTA 1 Recomenda-se estudo diferenciado do coeficiente para água bruta e para água tratada. 
NOTA 2 Para temperatura do fluido muito diferente da temperatura ambiente, e recomenda-se a aplicação da 
equação universal, ou aplicar critério definido pela operadora/contratante. 
5.5.4.2 O dimensionamento e a análise do funcionamento global do sistema hidráulico devem ser realizados 
por simulações hidráulicas, que garantam as vazões, pressões e velocidades, e incluam o estudo dos 
 
9ABNT NBR 12215-1: 2017 
requisitos operacionais da adutora projetada, da adutora existente, se houver, e sua influência no sistema 
existente à qual é interligada. 
5.5.4.3 Deve ser estabelecido o período de funcionamento do sistema adutor. Para sistema adutor que opera 
por recalque, deve ser avaliado o período de bombeamento diário, considerando os períodos de manutenção, 
falta de energia elétrica, operação em horário de ponta. 
5.5.4.4 Deve ser adotado o diâmetro interno da tubulação no dimensionamento. 
5.5.4.5 Devem ser consideradas no cálculo as perdas de carga incidentes no sistema adutor. 
5.5.5 Desenvolvimento do projeto 
5.5.5.1 Recomenda-se que a adutora seja composta de trechos ascendentes com declividade não inferior a 
0,2% e trechos descendentes com declividade não inferior a 0,3%. 
5.5.5.2 São recomendados os traçados que apresentem trechos ascendentes longos com pequena 
declividade, seguidos de trechos descendentes curtos, com maior declividade. 
5.5.5.3 Quando a inclinação do conduto for superior a 25%, há a necessidade de se utilizar blocos de 
ancoragem para dar estabilidade à tubulação. 
5.5.5.4 Adutoras ramificadas devem ter dispositivos para controle da vazão em cada ramo alimentador de 
reservatório, bem como válvulas de fechamento das derivações, para isolamento e manutenção de trechos 
sem paralisar totalmente a adução. 
5.5.5.5 No caso de adutora precedida de conduto livre descoberto, deve haver, na entrada do conduto 
forçado, grade e tela com características definidas na ABNT NBR 12213. 
5.5.5.6 A adutora composta de trecho em conduto livre seguido por conduto forçado deve conter dispositivo 
que garanta a condição de regime do escoamento, que evite a entrada de ar, utilizando estrutura de controle. 
5.5.5.7 A adutora composta de trecho de recalque seguido por gravidade deve conter dispositivos que 
garantam a condição de escoamento forçado em qualquer situação, por meio de estrutura de controle. 
5.5.5.8 O projeto deve estabelecer e detalhar o controle necessário do sistema de proteção aos transitórios 
hidráulicos visando garantir a operação conforme projeto. 
5.5.5.9 O projeto deve estabelecer espessura mínima da parede da tubulação, compatível com cada material 
estudado, que suporte as pressões de serviço e para absorver todos os esforços atuantes, incluindo os 
esforços dos transitórios hidráulicos e os resultantes pela ação do sistema de proteção a estes. 
5.5.5.10 As válvulas previstas no sistema adutor devem ter seus tempos de abertura e/ou de fechamento, de 
manobra e/ou de controle, dimensionados de forma a gerar o menor transitório possível no sistema. Esses 
tempos devem estar indicados no projeto, nos cálculos e nas diretrizes operacionais. 
5.5.5.11 Quando necessário, a critério da operadora/contratante, pode ser previsto o estudo de flexibilidade, 
ressonância. 
5.6 Estudo da adutora contemplando diversas alternativas de materiais para a tubulação 
5.6.1 Todo material para a tubulação a ser indicado no projeto deve atender à norma técnica específica em 
vigência. 
NOTA Exceção à aplicação de tubulação com material em aço desde que material seja especificado 
conforme as API, ANSI, ASTM ou AWWA. 
5.6.2 O estudo deve contemplar alternativas com aplicação de materiais diferentes apara a tubulação da 
adutora, quando possível, e contemplar os vários elementos intervenientes, tais: 
 
10 ABNT NBR 12215-1: 2017 
a) aproveitamento e adequação do sistema adutor quando existente na alternativa proposta; 
b) verificação do dimensionamento pelas condições-limites e/ou críticas de trabalho para cada material 
estudado; 
c) condições e custos no transporte; 
d) escavação, berço - composição e espessura, assentamento, reaterro, compactação; 
e) redução na resistência mecânica e vida útil, para cada material em estudo; 
f) dimensionamento do conjunto motor-bomba, potência consumida; 
g) quantificação do consumo e custo de energia elétrica; 
h) custo de manutenção, de peças de reposição e de sobressalentes; 
i) ataque químico ao material, avaliação dos requisitos de agressividade do meio e/ou do entorno. Quando 
necessário, prever proteção adequada da tubulação contra o processo corrosivo ou o ataque químico; 
j) avaliação da condição mecânica da tubulação e das estruturas, prever proteção aos esforços mecânicos, 
para evitar o colapso para tubulações quando da ocorrência das condições-limites de trabalho e dos 
transitórios hidráulicos, nas envoltórias mínimas e máximas; 
k) verificação dos requisitos de instalação e as variações térmicas e/ou de intempéries associadas as 
variações temporais das tensões atuantes nas diversas condições de trabalho, visando manter as condições 
de funcionamento e segurança no sistema; 
l) avaliação da intercambiabilidade entre os diferentes materiais aplicados na adutora. Quando não houver, 
prever os devidos elementos para a transição; 
m) avaliar possibilidade da tubulação estar sujeita a vandalismo, incêndio e/ou impacto contra a estrutura. 
5.7 Pressão de serviço 
5.7.1 Todos os componentes do sistema devem ser avaliados para as pressões atuantes na condição mais 
desfavorável, para os regimes operacionais normal e excepcional, e catastrófico, quando aplicável. 
5.7.2 A pressão mínima atuante deve ser igual ou superior a 50 kPa em regime permanente na condição 
da(s) vazão(ões) de estudo e/ou projeto. Pressão mínima adotada inferior a indicada precisa ser justificada 
tecnicamente e aprovada pela operadora/contratante. 
5.7.2.1 Recomenda-se que o sistema seja mantido pressurizado, quando operando ou parado, em toda a sua 
extensão. 
5.7.2.2 Recomenda-se que as pressões mínimas, devidas aos transitórios hidráulicos atuantes em qualquer 
seção da adutora, sejam maiores que a pressão atmosférica para sistema com água tratada e de no máximo - 
20 kPa, para sistema com água bruta. 
5.7.2.3 Em adutora de água tratada para tubulação com junta elástica, evitar ocorrência de pressão negativa. 
5.7.2.4 Em adutora de água tratada, nos pontos onde existem dispositivos para admissão e/ou expulsão de 
ar, em área inundável ou sujeita a contaminação da tubulação, não é admitida a pressão negativa. 
5.7.3 A pressão de serviço máxima nas condições normais ou excepcionais, atuantes em qualquer seção da 
adutora e/ou seus componentes, devem se iguais ou inferiores às pressões admissíveis para as tubulações, 
conexões, acessórios e equipamentos previstos em toda a instalação do sistema adutor. 
5.8 Metodologia para análise do transitórios hidráulicos 
 
11 ABNT NBR 12215-1: 2017 
5.8.1 A análise dos transitórios hidráulicos deve ser efetuada em diferentes etapas do estudo e/ou projeto 
(estudo de concepção, projeto básico, projeto executivo), compreendendo desde a avaliação preliminar até a 
fase do detalhamento executivo. 
5.8.2 Em todas as etapas do projeto, deve ser efetuada uma avaliação preliminar com análise diagnóstica dos 
transitórios hidráulicos do sistema adutor desprovido de qualquer dispositivo de proteção aos transitórios. Em 
função dos resultados obtidos nesta análise, cabe ao projetista a adoção de duas alternativas: 
-dispensável a instalação de dispositivos de proteção e a análise dos transitórios hidráulicos e encerra 
na fase diagnóstica; 
-necessária a aplicação de dispositivos de proteção aos transitórios hidráulicos para o atendimento a 
5.7 e/ou quando a redução das pressões transitórias atuantes resulta em relevante economia. 
5.8.3 Na etapa de dimensionamento dos dispositivos de controle e proteção, devem ser selecionados aqueles 
que garantam as condições de pressão de serviço indicada nesta Norma, considerando viabilidade técnica, 
operacional e econômica para o sistema. 
5.8.4 O estudo dos transitórios hidráulicos deve ser realizadocom a aplicação de software específico, que 
atendam aos seguintes itens: 
a) modelagem matemática que se aproxime do modelo físico do sistema hidráulico em estudo e/ou projeto; 
b) aplicação de métodos numéricos (das características, métodos das ondas planas, método de diferenças 
finitas, método de elementos finitos) e que resolvam as equações de derivadas parciais governantes dos 
fenômenos transitórios considerando as características físicas da água e da(s) tubulação(ões) e dos vínculos 
estruturais da(s) tubulação(ões) com o meio externo; 
c)apresentação dos resultados contendo as linhas piezométricas em regime permanente e em regime 
transitório com as envoltórias de pressões máximas e mínimas. Os resultados devem compreender as 
simulações sem e com dispositivos de proteção, mediante gráficos e tabelas que representem o 
comportamento dinâmico dos dispositivos de proteção aos transitórios hidráulicos; 
d) simulação isolada e/ou simultânea de quantos dispositivos para controle e proteção aos transitórios 
hidráulicos se fizerem necessários, de uma ou mais tubulações em paralelo, onde pertinente, conforme a 
topologia e condições operacionais previstas no estudo e/ou projeto; 
e) contemplem ou que permitam o estabelecimento das condições de contorno que caracterizem 
adequadamente os dispositivos de proteção de controle do escoamento transitório; 
f) cálculo das condições transitórias decorrentes da separação da coluna líquida com formação de cavidades 
de vapor e os subsequentes picos de sobrepressões advindos da fase de rejuntamento da fase líquida 
associada à cavitação transitória. 
5.8.5 Pode ser exigido pela operadora/contratante que se apresente a validação d software a ser aplicado por 
pelo menos uma das formas indicadas a seguir: 
-artigos de fontes confiáveis relacionados; 
-descrição do método e comparação com outro método reconhecidamente aceito, que não o próprio; 
-o programa de validação com resultado de testes em campo; 
-documento comprovando qualidade do produto (atualizações, soluções de 
inconsistências/implementações); 
5.8.6 Qualquer solução técnica e/ou dispositivo adotado para a proteção dos transitórios hidráulicos deve 
apresentar justificativa técnica ou aproximações que garantam o entendimento dos efeitos deste dispositivo 
 
12 ABNT NBR 12215-1: 2017 
em todo o sistema. Demonstrar nos relatórios o respaldo técnico para a solução técnica, as considerações 
adotadas, as condições de contorno e iniciais adotadas para a solução das equações diferenciais e a 
justificativa para a adoção destas. 
5.8.7 Para a(s) adutora(s) composta(s) por tubulação(ões) com comportamento estrutural visco-elástico 
recomenda-se o emprego de dispositivos de proteção aos transitórios hidráulicos que propiciem escoamento 
transitório do tipo de oscilação de massa. 
5.8.8 Na análise e aplicação dos dispositivos de controle e proteção contra os efeitos indesejáveis dos 
transitórios hidráulicos, a seguir indicados, são informações mínimas necessárias aos estudos e devem ser 
consideradas nas simulações quando da aplicação do modelo numérico e software descritos em 5.8.4. 
5.8.8.1 Conjunto motor-bomba 
Para o conjunto motor-bomba, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser 
consideradas nas simulações são: modelo e tipo de bomba, curva característica da bomba adotada, curva 
característica do sistema, vazão, altura manométrica, rendimento do ponto de trabalho em regime 
permanente, momento polar de inércia do conjunto motor-bomba (preferencialmente obter dados dos 
fabricantes), velocidade angular de rotação e potência nominal do motor. Se a análise possibilitar a operação 
da bomba em quadrantes fora da faixa normal da máquina hidráulica, explicitar as curvas características de 
carga e torque adotadas nos quatro quadrantes. Caso o projetista não disponha dos valores dos momentos 
polares de inércia dos fabricantes, explicitar como foram estimados os valores empregados nas simulações. 
5.8.8.2 Válvula de controle 
Para a válvula de controle, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser consideradas 
nas simulações são: tipo (borboleta, gaveta, esfera, globo etc), diâmetro, classe de pressão, curvas 
características empregadas (coeficientes de perda de carga e de vazão versus grau de abertura) e as leis de 
abertura e de fechamento. 
5.8.8.3 Válvula de retenção 
Para a válvula de retenção, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser consideradas 
nas simulações são: tipo, diâmetro, classe de pressão, coeficiente de perda de carga e tempo de resposta. 
5.8.8.4 Válvula de alívio 
Para a válvula de alívio, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser consideradas nas 
simulações são: tipo, diâmetro, classe de pressão, curvas características empregadas (coeficientes de perda 
de carga e de vazão versus grau de abertura), pressão de abertura e de fechamento e tempo de permanência 
da válvula aberta. 
5.8.8.5 Reservatório Hidropneumático - RHO 
Para o reservatório hidropneumático, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser 
consideradas nas simulações são: tipo de tanque (sem ou com membrana), posição de instalação (vertical ou 
horizontal), classe de pressão e de teste hidrostático, volume total do vaso de pressão, diâmetro do tanque, 
volumes iniciais de gás em regime permanente estático, níveis máximos e mínimos transitórios, pressão de 
pré-carga e coeficiente politrópico adotado. Para o ramal de ligação entre o tanque e a adutora, indicar 
diâmetro, tipo de válvula de bloqueio empregada e os coeficientes de perdas localizadas nos dois sentidos do 
escoamento. Quando empregados ramais de saída e entrada de distintos, indicar as características técnicas 
da válvula de retenção do ramal de saída, conforme orientações para o dispositivo - válvula de retenção. 
5.8.8.6 Tanque de amortecimento unidirecional - TAU 
Para o tanque de amortecimento unidirecional, as informações mínimas necessárias aos estudos e que 
devem ser consideradas nas simulações são: diâmetro do reservatório, níveis de água em regime 
 
13 ABNT NBR 12215-1: 2017 
permanente, e máximo e mínimo transitórios, cotas do fundo, do extravasor e do topo. Para o ramal de 
descarga indicar o diâmetro, os coeficientes de perda de cargas localizadas e as características técnicas da 
válvula de retenção consoante às orientações de 5.8.7.3. Para o ramal de alimentação, especificar o 
diâmetro, arranjo e tipo de válvula de controle automático do nível d1água. Em adutoras de recalque, se o 
nível d'água de regime permanente do tanque se situar acima da cota do ponto de final de descarga da linha, 
considerar a simulação dos transitórios hidráulicos adicional com o tanque a meia seção, com nível de água 
igual ao do ponto final da adutora (queda de energia subsequente à partida do sistema). 
5.8.8.7 Chaminé de equilíbrio 
Para a chaminé de equilíbrio, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser 
consideradas nas simulações são: diâmetro do reservatório, níveis de água em regime permanente, e 
máximo e mínimo transitórios, cotas do fundo e do topo. Em adutoras de água bruta, considerar a 
sobrelevação do nível d'água em regime permanente decorrente de eventual incremento da rugosidade dos 
tubos ao longo da vida útil do sistema. Para o ramal de ligação entre a chaminé de equilíbrio e a adutora, 
indicar ainda o diâmetro e os coeficientes de perdas localizadas nos dois sentidos do escoamento. Em 
adutoras de recalque, se o nível d'água de regime permanente da chaminé de equilíbrio se situar acima da 
cota do ponto de final de descarga da linha, considerar a simulação dos transitórios hidráulicos adicional com 
a chaminé de equilíbrio com nível de água ao do pontofinal da adutora (queda de energia subsequente à 
partida do sistema). 
5.8.8.8 Volante de inércia 
Para o volante de inércia, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser consideradas 
nas simulações são: momento polar de inércia do conjunto girante e do volante de inércia, apresentar o 
dimensionamento do volante de inércia, considerando a capacidade máxima de torque de partida do motor 
elétrico e a velocidade periférica máxima admissível em função do material proposto para o volante de 
inércia. 
5.8.8.9 Ventosa 
5.8.8.9.1 Somente são admitidos como dispositivos de proteção aos transitórios hidráulicos os dispositivos 
que atenderem aos seguintes requisitos: 
a) fechamento lento do obturador do orifício principal somente sob ação do empuxo da água, sem choques 
nem resposta prematura sob efeito Venturi; 
b) por construção, apresentar resposta imediata do obturador do orifício principal da válvula sob ação da 
pressão subatmosférica transitória; 
c) garantia da manutenção da pressão mínima atmosférica na seção de instalação da adutora em qualquer 
condição operacional; 
d) diâmetro de orifício e áreas de passagem seccionais com área efetiva para atender às vazões calculadas 
no estudo e/ou projeto para a admissão e/ou a eliminação do ar e ter área efetiva do flange da válvula igual 
ou maior que orifício da ventosa. 
5.8.8.9.2 Ventosa simples ou automática 
Para a ventosa simples ou automática, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser 
consideradas nas simulações são: quantidade, localização, dimensionamento, diâmetro do orifício 
automático. 
5.8.8.9.3 Ventosa de dupla função ou cinética e ventosa de tríplice função ou de triplo efeito 
 
14 ABNT NBR 12215-1: 2017 
Para a ventosa de dupla função ou cinética de tríplice função ou de triplo efeito, as informações mínimas 
necessárias aos estudos que devem ser consideradas nas simulações são: tipo, diâmetro nominal, classe de 
pressão, diâmetro efetivo do orifício cinético, e apresentar: 
a) as equações do modelo matemático de fluxo de ar adotado; 
b) a curva de pressão versus vazão mássica de entrada e saída de ar; 
c) os coeficientes de expulsão e de admissão do ar; 
d) justificativa no caso do ponto de fechamento cinético não ser considerado. 
5.8.8.9.4 Ventosa de tríplice função ou de triplo efeito com dispositivo de fechamento lento 
Para a ventosa de tríplice função ou de duplo efeito com dispositivo de fechamento lento, as informações 
mínimas necessárias para os estudos e as simulações, devem atender aos requisitos de 5.8.8.9.1, e 
apresentar: 
a) o diâmetro efetivo do orifício de fechamento lento; 
b) os valores de velocidade ou diferenciais de pressão que causam a mudança na área geométrica de 
passagem de modo a se obter o valor para ajuste do dispositivo e o ponto de fechamento cinético. 
5.8.8.9.10 Válvula de bloqueio 
Para a válvula de bloqueio, as informações mínimas necessários aos estudos e que devem ser consideradas 
nas simulações são: tipo (gaveta, esfera, globo, borboleta etc), diâmetro, classe de pressão, curvas 
características empregadas (coeficientes de perda de carga e de vazão versus grau de abertura) e das leis de 
abertura e de fechamento. 
5.9 Análise e elaboração de estudo dos transitórios hidráulicos 
5.9.1 Os transitórios hidráulicos devem ser calculados obtendo-se as variáveis de vazão e pressão 
dependentes do tempo (t) e do espaço (x) em cada seção definida no modelo matemático do sistema. 
5.9.2 Deve ser realizada a análise dos transitórios na ocorrência de manobras que interfiram no ciclo 
operacional do sistema, nas condições normais, excepcionais e catastróficas, quando aplicável. 
A análise deve ser realizada para as distintas etapas da execução do projeto (estudo técnico preliminar, 
estudo de concepção, projeto básico, projeto executivo, quando aplicável), considerando o estudo econômico 
das alternativas, as soluções técnicas e suas alterações. 
5.9.3 Em adutora de recalque a análise e elaboração dos estudos devem contemplar as condições normais, 
excepcionais e/ou catastróficas. 
5.9.3.1 Para a análise de estudo de transitórios hidráulicos em adutora de recalque, são consideradas 
condições normais de operação todas as manobras prováveis de ocorrerem várias vezes, durante o ciclo de 
vida do sistema. Nessa condição o(s) sistema(s) de proteção ou de mitigação deve(m) estar funcionando 
corretamente. São exemplos de condição normal de operação: 
a) a parada não programada do(s) conjunto(s) motor-bomba, por interrupção de energia elétrica nas diversas 
configurações operacionais previstas para o sistema; 
b) a partida e parada programada de conjunto(s) motor-bomba; 
c) a existência de válvula de retenção, que fecha instantaneamente sob fluxo reverso; 
d) a existência de válvula de controle que fecha lentamente sob fluxo reverso, operando como retenção do 
fluxo; 
 
15 ABNT NBR 12215-1: 2017 
e) o funcionamento adequado do(s) dispositivo(s) de proteção e controle dos transitórios hidráulicos previstos; 
f) a operação do sistema sem a formação de bolsões de ar; 
g) a admissão e a expulsão controlada de ar; 
h) as manobras adequadas de válvulas, em acordo com as regras operacionais especificadas em projeto. 
5.9.3.2 Para análise de estudo de transitórios hidráulicos em adutoras de recalque, são consideradas 
condição excepcional de operação quando da ocorrência isolada ou simultânea de eventos, tais: 
a) falha de um dos dispositivos de proteção a transitórios hidráulicos; 
b) manobras inadequadas de válvulas, em desacordo com as regras operacionais especificadas em projeto. 
5.9.3.3 Para a análise de estudo de transitórios hidráulicos em adutora de recalque, é considerada condição 
catastrófica de operação quando o(s) sistema(s) de proteção não funciona(m) as condições mais 
desfavoráveis da condição operacional do sistema. E também quando da ocorrência de ruptura da tubulação. 
5.9.4 Em adutora de gravidade a análise e elaboração dos estudos devem contemplar as condições normais, 
excepcionais e/ou catastróficas. 
5.9.4.1 Para a análise de estudo de transitórios hidráulicos em adutora de gravidade, são consideradas 
condições normais de operação todas as manobras prováveis de ocorrerem várias vezes, durante o ciclo de 
vida do sistema. Nesta condição o(s) sistema(s) de proteção ou de mitigação devem estar funcionando 
corretamente. São exemplos de condição normal de operação: 
a) o funcionamento adequado do(s) dispositivo(s) de proteção e controle dos transitórios hidráulicos previstos; 
b) a operação do sistema sem a formação de bolsões de ar; 
c) a admissão e a expulsão controlada de ar; 
d) as manobras adequadas de válvulas, em acordo com as regras operacionais especificadas em projeto. 
5.9.4.2 Para a análise de estudo de transitórios hidráulicos em adutora de gravidade, é considerada condição 
excepcional de operação quando da ocorrência isolada ou simultânea de eventos, tais: 
a) falha de um dos dispositivos de proteção a transitórios hidráulicos; 
b) manobras inadequadas de válvulas, em desacordo com as regras operacionais especificadas em projeto. 
5.9.3.3 Para a análise de estudo de transitórios hidráulicos em adutora de gravidade, é considerada condição 
catastrófica de operação quando o(s) sistema(s) de proteção não funciona(m) as condições mais 
desfavoráveis da condição operacional do sistema. E também quando da ocorrência de ruptura da tubulação. 
5.10 Componentes e equipamentos acessórios 
5.10.1 Válvula de bloqueio 
A válvula de bloqueio deve ser prevista: 
a) no início da adutora, e quando necessário, no final; 
b) para permitir a operação em subtrechos conforme necessidade operacional; 
c) nas derivações ao longo da adutora, junto ao ponto de ligaçãocom a(s) unidade(s) operacional(ais) e em 
pontos identificados como necessários. 
 
16 ABNT NBR 12215-1: 2017 
5.10.1.1 Deve ser avaliada a ocorrência de transitórios hidráulicos decorrentes de abertura ou fechamento da 
válvula quando a manobra for considerada rápida, e adotar as medidas de proteção. 
5.10.1.2 Quando da definição do local de instalação da válvula, deve ser observada a facilidade de acesso e 
de operação desta. Quando a válvula for instalada em caixa de proteção ou em poço de visita, o projeto pode 
prever a opção de acionamento da válvula sem a necessidade de acesso ao seu interior. 
5.10.2 Válvula de descarga 
5.10.2.1 Deve ser prevista válvula de descarga nos pontos baixos ou em pontos estratégicos, com indicação 
em projeto do ponto de lançamento da água da descarga, que deve ser conduzida a um local adequado. Para 
o ponto de lançamento da descarga, deve ser verificada a capacidade hidráulica e as exigências legais. Deve 
ser apresentado projeto de drenagem, do ponto da descarga ao ponto final de lançamento. 
5.10.2.2 A válvula de descarga deve ser instalada para limpar e esvaziar a tubulação. Para adutora de água 
tratada, devem ser tomados cuidados de forma a não permitir o retorno e a entrada de água da descarga para 
o interior da tubulação. 
5.10.2.3 Quando da definição do local de instalação da válvula, deve ser observada a facilidade de acesso e 
de operação desta. Quando a válvula for instalada em caixa de proteção ou em poço de visita, o projeto pode 
prever a opção de acionamento da válvula sem a necessidade de acesso ao seu interior. 
5.10.2.4 O dimensionamento da válvula deve verificar a capacidade hidráulica d esvaziamento da tubulação 
abrangida, considerando o perfil, a extensão, o volume do trecho a ser esgotado, o r introduzido para evitar a 
subpressão e as condições para o escoamento da água descarregada. Deve-se definir o tempo máximo de 
escoamento da tubulação ou do sistema adutor de forma a atender o tempo de parada operacional definido 
pela operadora do sistema. 
5.10.2.5 A válvula de descarga deve: 
a) ser dimensionada de modo a propiciar a velocidade mínima de arraste, para remover o material 
eventualmente sedimentado; 
b) proporcionar o esvaziamento completo do trecho da adutora, por gravidade, caso nãos seja possível, 
prever meio adequado para o esvaziamento; 
c) prever a dissipação da energia da água descarregada e o encaminhamento desta a um sistema receptor. 
5.10.2.6 Quando necessário, devem ser previstas obras de drenagem superficial ao longo do caminhamento 
da adutora. 
5.10.3 Dispositivo para expulsão e/ou admissão de ar 
5.10.3.1 Prever a instalação de dispositivo na adutora para permitir a expulsão e/ou admissão do ar, visando 
a melhorar a operação da adutora, as operações de enchimento e/ou esvaziamento e os efeitos na ocorrência 
dos transitórios hidráulicos. 
5.10.3.2 Prever e verificar a necessidade de instalação de dispositivo que permite a expulsão e/ou a 
admissão de ar em pontos estratégicos da adutora, conforme a seguir: 
-no ponto de alimentação da adutora; 
- na saída de bombeamento; 
- na saída de reservatório em tubulação operando por gravidade; 
- em trecho longo de tubulação ser derivações; 
- em mudanças de declividade; 
 
17 ABNT NBR 12215-1: 2017 
- em pontos suscetíveis de acumulação de ar; 
- em pontos altos; 
- a jusante de válvula de bloqueio; 
- em pontos intermediários de entrada de ar quando a linha piezométrica correspondente à descarga de um 
trecho da adutora estiver situada abaixo desta. 
5.10.3.3 O dispositivo deve ser dimensionado considerando a velocidade de esvaziamento e de enchimento 
da tubulação e atender aos requisitos a seguir: 
- a velocidade da água admitida para a fase de enchimento da tubulação deve ser a ordem de 0,3 m/s; 
- permitir a descarga da vazão de ar equivalente/compatível à vazão de enchimento em casa trecho da 
adutora; 
- admitir a vazão de ar equivalente/compatível à vazão máxima de água descarregada pela descarga de cada 
trecho a ser drenado. 
5.10.3.4 Pode ser implantado dispositivo tipo ventosa para atuar na tubulação, a ser indicado conforme 
necessidade específica em cada caso, podendo ser conforme os tipos a seguir: 
- ventosa simples ou automática; 
- ventosa de dupla função ou cinética; 
- ventosa de tríplice função ou de triplo efeito; 
- ventosa de tríplice função ou de triplo efeito com dispositivo de fechamento lento. 
5.10.3.5 Quando da definição do local de instalação do dispositivo deve ser observada a facilidade de acesso 
e de manutenção deste. 
5.10.3.6 Quando o dispositivo for instalado em caixa ou poço de visita, prever dimensões que permitam a 
manutenção de forma adequada, e drenagem da caixa ou poço de vista para proteger a instalação do contato 
com água de saturação do solo ou em local sujeito a inundação ou alto nível do lençol freático, não permitindo 
a entrada de água para o interior da adutora. 
5.10.3.7 O dimensionamento, a solução técnica e a instalação adotada para o dispositivo deve sempre 
garantir a entrada e saída do ar na quantidade definida no projeto. 
5.10.3.8 A especificação técnica do dispositivo deve indicar a capacidade de expulsão e admissão de ar 
necessária e detalhar suas características geométricas e hidráulicas. 
5.10.4 Medidores ou controladores de pressão 
5.10.4.1 Na adutora, pode ser instalado medidor ou controlador para monitoramento e controle operacional da 
pressão atuante, atendendo às condições técnicas estabelecidas nesta Norma. 
5.10.4.2 Quando da definição do local de instalação, deve ser observada a facilidade de acesso para medição 
e manutenção, e a segurança e drenagem das instalações. 
5.10.5 Medidores ou controladores de vazão 
5.10.5.1 Na adutora, deve ser instalado medidor ou controlador de vazão para monitoramento e controle 
operacional, com indicação local ou com equipamento de telemetria, conforme critério técnico do responsável 
pelo sistema de abastecimento de água. 
 
18 ABNT NBR 12215-1: 2017 
5.10.5.2 Deve ser prevista a instalação de dispositivo para aferição periódica do medidor ou controlador de 
vazão e avaliação do coeficiente de perda de carga. 
5.10.5.3 Quando da definição do local de instalação, deve ser observada a facilidade de acesso para medição 
e manutenção, e a segurança e drenagem das instalações. 
5.10.5.4 No dimensionamento e detalhamento do medidor ou controlador, atender às condições hidráulicas 
do sistema e critério técnico do responsável pelo sistema de abastecimento de água. 
5.10.6 Dispositivo para inserção de equipamento para monitoramento e controle 
Na adutora, deve(m) ser instalado(s) dispositivo(s) para permitir a inserção de medidor ou controlador para 
monitoramento e controle operacional da pressão atuante, vazão, coeficiente de perda de carga, atendendo 
aos requisitos técnicos estabelecidos nesta Norma e diretrizes/orientações da operadora/contratante. 
5.10.7 Válvula de retenção ao longo da tubulação 
Na adutora, pode(m) ser instalada(s) válvula(s) de retenção em pontos que existem perda de grande volume 
de água quando da ocorrência de um eventual acidente e/ou rompimento da tubulação ou em outros pontos 
estratégicos da adutora, a critério da operadora/contratante. Devem ser avaliadas as condições transitórias 
geradas pela instalação desta válvula e serem atendidos os requisitos estabelecidos em 5.8. 
5.10.7 Dispositivo para limpeza periódica da tubulação 
Recomenda-se a instalação de dispositivo(s) para permitir a inserção de equipamento para realizar a limpeza 
periódica e/ou monitoramento da tubulação em adutora de água bruta atendendo às condições técnicas 
estabelecidas nesta Norma e mantendo as condições operacionais da adutora. Na indicaçãodeste 
dispositivo, atender os critérios da operadora/contratante. 
5.11 Travessia 
5.11.1 O projeto deve conter os detalhes construtivos da travessia, com dimensionamento hidráulico e 
estrutural, atendendo às orientações das entidades envolvidas, existência de normas específicas, indicação 
da cota de enchente. 
5.11.2 Na exigência de túneis ou tubos de proteção, nas travessias subterrâneas de tubulações, avaliar a 
necessidade de espaço livre entre o tubo transportador e o tubo de proteção para manutenção. 
5.11.3 Movimentos diferenciais significativos entre a estrutura de apoio e a tubulação devem ser verificados, 
prevendo solução adequada. 
5.11.4 Nos casos onde a tubulação não enterrada estiver sujeita a avarias de qualquer natureza, provocadas 
por agentes reais ou potenciais (vandalismo, incêndio, impacto contra a estrutura), adotar solução técnica 
compatível ao risco. 
5.12 Ancoragem 
Deve ser analisado o esforço máximo resultante exercido pela água, na condição operacional mais 
desfavorável, e prevista estrutura para ancoragem capaz de absorver estes esforços, oriundos dos pontos de 
mudança de direção, de alteração de diâmetro, de transição de diferentes materiais aplicados, de localização 
de dispositivos para fechamento e controle da tubulação, das derivações, dos esforços resultantes dos 
transitórios hidráulicos, e demais situações, quando necessário. 
5.13 Requisitos mecânicos 
5.13.1 O projeto deve definir nas peças gráficas aos requisitos de assentamento da tubulação, indicando a 
constituição do leito de assentamento, a espessura de recobrimento e o grau de compactação do solo de 
reaterro, levando em conta o tipo de material, as cargas atuantes e o tipo de solo. 
 
19 ABNT NBR 12215-1: 2017 
5.13.2 Deve ser verificado o limite de deformação diametral, quando for necessário. 
5.13.3 No dimensionamento de blocos e estruturas de ancoragem das tubulações, conexões e equipamentos, 
deve ser adotada a máxima pressão atuante. 
5.13.4 Avaliar os requisitos de agressividade do meio e/ou do entorno, se necessário, prever proteção 
adequada da tubulação contra o processo corrosivo ou o ataque químico. 
5.13.5 Para tubulações sujeitas a transitórios hidráulicos, avaliar os requisitos mecânicos da tubulação e das 
estruturas para evitar o colapso. 
5.13.6 Devem ser verificados os requisitos de instalação e as variações térmicas e/ou de intempéries 
atuantes, visando manter os requisitos de funcionamento e segurança no sistema. 
5.13.7 Deve ser avaliada a intercambiabilidade entre os diferentes materiais aplicados. Quando não houver, 
prever os devidos elementos para a transição. 
5.13.8 Quando da execução de câmaras de manobra ou outros elementos que confinem um conjunto de 
peças especiais, prever acessório que facilite a montagem e desmontagem para manutenção. 
5.14 Disposições construtivas 
5.14.1 O projeto deve indicar para a fase de execução das obras a obrigatoriedade no atendimento às normas 
técnicas, as especificações da operadora/contratante e considerar as instruções do fabricante. 
5.14.2 O projeto deve contemplar as fases construtivas e indicar a solução para as interferências de tráfego e 
transeuntes, método construtivo de travessias, espaços para tráfego ou acesso para manutenção, e demais 
detalhes necessários à execução da obras, atendendo aos aspectos de segurança. 
5.14.3 O projeto deve prever no orçamento o canteiro de obra com as instalações necessárias e o 
acondicionamento adequado dos materiais. Indicar e apresentar os critérios adotados no orçamento para os 
respectivos itens. 
5.14.4 O projeto deve apresentar o detalhamento nos pontos de interferências no caminhamento da adutora. 
5.14.5 O projeto deve prever a instalação de sinalização de identificação para tubulações estratégicas, em 
atendimento às especificações da operadora/contratante e à legislação vigente. 
5.14.6 O projeto deve prever no orçamento a realização do teste hidrostático, limpeza e desinfecção da 
adutora na finalização e entrega da obra, conforme critério estabelecido pela operadora/contratante. 
5.14.7 O projeto deve prever no orçamento a realização do ensaio de desempenho do sistema de transitórios 
hidráulicos para os ciclos mais importantes e ensaios da dinâmica do sistema com a proteção atuando, 
operação assistida no início da operação da unidade projetada. A indicação destes ensaios deve ser 
conforme critério da operadora/contratante. 
5.14.8 O projeto deve prever no orçamento a elaboração de cadastro georreferenciado do sistema projetado 
conforme executado, por meio de relatório/memorial fotográfico/vídeo da implantação da adutora, quando 
necessário, em acordo com as exigências da operadora/contratante. 
5.14.9 No projeto, deve ser apresentado o plano de operação do sistema adutor, quando necessário, 
atendendo às diretrizes da operadora/contratante. 
5.14.10 Para efeito de abertura da vala, escoramento, assentamento e reaterro da tubulação, o projeto deve 
utilizar os resultados dos estudos geotécnicos a fim de orientar a execução da obra. 
 
20 ABNT NBR 12215-1: 2017 
5.14.11 O projeto deve indicar a localização e disponibilidade do material de empréstimo, se necessário, e a 
destinação final dos entulhos e resíduos da construção civil para local adequado e licenciado. Os custos 
devem ser considerados no orçamento. 
5.14.12 Nas instalações subaquáticas o projeto deve levar em consideração, além dos esforços decorrentes 
do recobrimento, pressão hidrostática interna e altura da coluna d'água, a adequada ancoragem da tubulação 
no leito subaquático em função do empuxo, da formação de eventuais gases internos, correntes aquáticas, 
ondas de fundo, variações de marés. 
5.14.13 Na instalação de hidrante na adutora, deve ser realizada a pintura de identificação, de acordo com a 
tabela de classificação de hidrantes da ABNT NBR 12218. 
5.14.14 Nos casos onde a tubulação estiver sujeita a avarias de qualquer natureza, provocadas por agentes 
reais ou potenciais (vandalismo, incêndio, impacto contra a estrutura), adotar solução técnica compatível ao 
risco. 
5.14.15 Podem ser previstos dispositivos para introdução e retirada de equipamentos para inspeção e 
limpeza da adutora, conforme critério estabelecido pela operadora/contratante. 
5.14.16 O projeto deve prever para o sistema adutor o comissionamento do sistema, incluindo o sistema de 
controle e proteção aos transitórios hidráulicos. 
5.15 Especificações técnicas 
As especificações técnicas devem ser detalhadas, claras e objetivas, contendo todos os elementos 
necessários à caracterização dos serviços a serem executados, dos materiais, equipamentos 
eletromecânicos e acessórios a serem utilizados. 
5.15.1 Especificações técnicas dos serviços e materiais 
5.15.1.1 A tubulação e conexões indicadas no projeto devem atender às normas técnicas em vigência. 
5.15.1.2 Os serviços devem estar em conformidade com as normas técnicas em vigência. 
5.15.2 Especificação técnica dos componentes e equipamentos acessórios 
5.15.2.1 As especificações devem conter detalhamentos suficientes para a perfeita compreensão da 
caracterização dos componentes e equipamentos acessórios, para a sua aquisição, montagem, instalação, 
operação e manutenção. 
5.15.2.2 As especificações devem incluir a exigência de garantias quanto a: alterações, reparos, 
substituições, reposições e consertos de todo e qualquer material que apresentar anomalias, vícios ou 
defeitos decorrentes de matéria-prima empregada em sua produção e/ou decorrente de erros de concepção 
de projeto e/ou de fabricação do componente ou do equipamento; atendimento às condições indicadas na 
proposta de fornecimento; assistência técnica; reposição de peças do componente ou do equipamento 
acessório especificado.5.15.2.3 Para cada tipo de componente ou equipamento devem ser exigidos documentos específicos 
pertinentes, quando necessário, como: laudos técnicos e/ou o laudo da matéria-prima do material ou 
equipamento, testes, ensaios complementares. 
5.15.2.4 Na especificação, deve constar a exigência de fornecimento de manual de instalação, operação e 
manutenção, em português, acompanhado de seu original se for de origem estrangeira. 
5.16 Orçamento 
5.16.1 O orçamento do projeto deve apresentar o quantitativo e o custo dos serviços e materiais, a partir de 
especificações detalhadas e composições de custos específicos, quando necessárias. 
 
21 ABNT NBR 12215-1: 2017 
5.16.2 O orçamento do projeto deve considerar todas as etapas necessárias à implantação da adutora, dos 
serviços preliminares à desmobilização da obra. 
5.17 Plano de implantação e execução da obra 
5.17.1 Etapas de implantação 
As etapas de implantação devem ser detalhadas atendendo aos estudos de viabilidade técnica, econômica e 
financeira, e diretrizes definidas pela operadora/contratante. 
5.17.2 Plano de execução da obra 
O projeto deve definir o método executivo da obra e considerar a interdependência das atividades, de forma a 
otimizar as paralisações necessárias. 
5.18 Outros requisitos 
5.18.1 As peças gráficas devem atender às diretrizes específicas da operadora/contratante. 
5.18.2 Caso necessário, serviços topográficos e de sondagem devem ser contratados ou elaborados 
paralelamente para subsidiar o estudo de transitórios hidráulicos, no caso de tubulações existentes, para 
garantir a qualidade do estudo e eventuais soluções. 
5.18.3 Para estações elevatórias e linhas de recalque existentes, deve ser exigida a calibração do modelo 
aplicado na simulação do sistema, com a apresentação da curva característica do sistema e a descrição 
pormenorizada de todos os equipamentos instalados. 
5.18.4 Quando no sistema em estudo não houver medições de vazão e/ou pressão, estas devem ser 
providenciadas pela operadora/contratante ou serem incluídas nos serviços em contratação. Caso contrário, 
as informações devem ser fornecidas no termo de referência da contratação.

Continue navegando