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1 Engenharia Civil Título do Projeto: DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE CORPOS DE PROVA COM VINTE E UM DIAS DE VIDA Disciplina: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO São Paulo 2015 - 5º semestre Universidade de Mogi das Cruzes Turma: A 5° Semestre NOTA 2 SUMÁRIO 1. Sumário 2. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 3. OBJETIVO ........................................................................................................... 4 4. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS .................................................. 4 5. PROCEDIMENTOS DE ENSAIO ......................................................................... 8 5.1 PREPARAÇÃO DA ARGAMASSA ..................................................................... 8 5.2 ENCHIMENTO DOS MOLDES ............................................................................ 9 5.3 CURA DOS CORPOS DE PROVA ...................................................................... 9 5.4 ROMPIMENTOS DOS CORPOS DE PROVA ..................................................... 9 6. RESULTADOS................................................................................................... 10 7. CÁLCULOS DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO .......................................... 11 8. DESVIO RELATIVO MÁXIMO ........................................................................... 12 8.1 DESVIO RELATIVO MÁXIMO (EXCLUINDO O VALOR DISCREPANTE) ....... 12 9. VALORES ENCONTRADOS NOS ENSAIOS ................................................... 13 10. CONCLUSÃO E COMENTÁRIO ....................................................................... 16 11. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 17 3 2. INTRDUÇÃO O Cimento Portland é um dos materiais mundialmente mais empregados na construção civil muitas vezes denominado simplesmente como cimento. O Cimento Portland é um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob ação da água. Depois de endurecido, uma de suas principais propriedades está na sua capacidade de manter-se sólido mesmo em contato com a água, ou seja, o Cimento Portland não se decompõe novamente. O Cimento Portland, misturado com água e outros materiais de construção, tais como a areia, a pedra britada, o pó de pedra, a cal e outros, resulta nos concretos e nas argamassas usadas na construção de casas, edifícios, pontes, barragens, etc. As características e propriedades desses concretos e argamassas vão depender da qualidade e proporções dos materiais com que são compostos, sendo o cimento, dentre todos, o material mais ativo, a partir do ponto de vista químico. Pode-se dizer que o cimento é o principal responsável pela transformação da mistura dos materiais componentes dos concretos e das argamassas no produto final desejado como lajes, vigas, pontes, revestimentos, etc. Portanto, é de fundamental importância utilizá-lo corretamente. Para isto, é preciso conhecer bem suas características e propriedades, para poder aproveitá-las da melhor forma possível na aplicação que se tem em vista. Com a evolução dos conhecimentos técnicos sobre o assunto, foram sendo desenvolvidos novos tipos de Cimentos Portland. Hoje os disponibilizados no mercado brasileiro servem para o uso geral, entretanto, tem certas características e propriedades que os tornam mais adequados para determinados usos, permitindo que se obtenha um concreto ou uma argamassa com a resistência e durabilidade desejadas, de forma bem econômica. 4 3. OBJETIVO O objetivo desse trabalho é determinar a resistência à compressão de corpos de prova com dimensões de 10 cm de comprimento e 5 cm de diâmetro, produzidos em laboratório com Cimento Portland (CP V - ARI) e com vinte e um dias de vida. Analisar e comparar os resultados obtidos, observando os valores encontrados na literatura, utilizando como base as normas técnicas: • ABNT NBR 7215 - Determinação da resistência à compressão; • ABNT NBR 5738 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto e; • ABNT NBR 5739 - Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. 4. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 4.1 COMPONENTES DA ARGAMASSA • Areia Média A areia deve atender às prescrições da NBR 7214. Imagem 1- Areia Média 5 • ÁGUA A água usada na mistura da argamassa deve ser potável e estar na temperatura de (23 ± 2)°C. • CIMENTO PORTLAND (CP V- ARI) Cimento Portland amostra deve ser conservada em recipiente hermético que não reaja com o cimento, Imagem 2 – Cimento CP V • ÓLEO O óleo utilizado como desmoldante deve ser mineral e de baixa viscosidade. 3,2 APARELHAGEM • BALANÇAS As balanças devem apresentar resolução de 0,1 g e carga mínima de 1000 g. 6 • MISTURADOR MECÂNICO O misturador mecânico consta de uma cuba de aço inoxidável com capacidade de aproximadamente 5L e de uma pá de metal que gira em torno de si mesma e em movimento planetário, em torno do eixo da cuba, sendo estes movimentos em sentidos opostos. O misturador deve funcionar com duas velocidades. Imagem 3 – Misturador Mecânico • MOLDE O molde é composto de forma cilíndrica e base, rosqueada ou não, ambas de metal não corrosível. A forma cilíndrica deve ser de aço ABNT 1020 e ter no mínimo 3 mm de espessura. A superfície compreendida pela forma cilíndrica deve ser plana e lisa, não podendo apresentar afastamentos relativamente. Imagem 4 – Molde Cilíndrico 50mmx 100mm 7 • SOQUETE O soquete deve ser de material não corrosível, com as dimensões pré- estabelecidas. • MÁQUINA DE ENSAIO DE COMPRESSÃO A máquina de ensaio de resistência à compressão deve apresentar as seguintes características: a) Ser capaz de aplicar cargas de maneira contínua, sem choques, à velocidade constante durante o ensaio; b) Ser utilizada com escala dinamométrica, tal que a carga de ruptura prevista seja maior que 10% e menor que 90% da leitura máxima da escala; c) Apresentar erros de exatidão e repetibilidade com as tolerâncias máximas relativamente à carga real aplicada, conforme a NBR 6156; • PAQUÍMETRO Paquímetro com escala em milímetros • RÉGUA METÁLICA Régua metálica, não flexível, com aproximadamente 200 mm de comprimento e de 1 mm a 2 mm de espessura. • ESPÁTULA METÁLICA Espátula metálica com lâmina de aproximadamente 25 mm de largura e 200 mm de comprimento. • CRONÔMETRO Cronometro para anotar o horário do contato entre o cimento e a água e os tempos de amassamentos da argamassa. 8 5. PROCEDIMENTOS DE ENSAIO 5.1 Preparação da argamassa As massas dos materiais a serem separados para a fabricação da argamassa estão descritos na tabela1 são: TABELA 2- MASSA DOS MATERIAIS PARA O PREPARO DA AGRAMASSA Fonte: O próprio autor Com o auxílio de uma cuba, será adicionado toda a água e em seguida deve-se adicionar cuidadosamente o cimento. Utilizar o misturador por 30 segundos para homogeneizar a massa. Após este tempo, desligar o misturador por 1 minuto e 30 segundos e utilizar uma espátula para retirar o material grudado na lateral da cuba. A argamassa deve permanecer 1 minuto e 15 segundos com um pano, cobrindo-a. Após todo este procedimento ligar o misturador na velocidade alta por mais 1 minuto. MATERIAL MASSA PARA A MISTURA (g) CIMENTO PORTLAND 624 ± 0,4 AREIA GROSSA 300 ± 0,2 AGUÁ 468 ± 0,3 9 5.2 Enchimento dos moldes Com auxílio de uma espátula preencher os moldes em quatro camadas comalturas iguais, recebendo cada camada 30 golpes. 5.3 Cura dos corpos de prova Após a moldagem dos corpos de prova, ainda nos moldes, deve-se levá- los para uma câmara úmida com tampa, onde devem permanecer por 24h. Feito isso, os corpos de prova devem ser levados para uma câmara com água saturada com cal, onde devem permanecer até o momento de ruptura. 5.4 Rompimentos dos corpos de prova Romper os corpos de prova após 21 dias. A idade de cada corpo de prova é contata a partir do momento de contato do cimento com a água de amassamento. Colocar os corpos de prova sobre o prato inferior da prensa, de maneira que fique exatamente no meio do eixo de carregamento. A velocidade da prensa deve ser de 0,20 a 0,30 Mpa. 10 6. Resultados Após os corpos de prova formados e secos, obedecendo ao tempo de vidada de vinte e um dias (21 dias), foram retirado de suas formas e aferido os seus respectivos valores de comprimento e diâmetros encontrados. Para facilitar a identificação dos mesmos foram numerados de um a quatro. Na tabela 2 estão expressos os valores de resistência à compressão aferidos e seus respectivos valores de comprimento e diâmetro dos corpos de prova. TABELA 3 - VALORES DE COMPRIMENTO, DIÂMETRO E DE RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO DOS CORPOS DE PROVA. N° CORPO DE PROVA COMPRIMENTO (cm) DIÂMETRO (cm) RESISTENCIA (tf) 1 10,05 5,03 7,21 2 10,02 5,01 6,45 3 10,03 5,03 4,12 4 10,03 5,01 6,86 Fonte: O próprio autor 11 7. Cálculos da Resistência à compressão Na tabela 3 são expressos os valore de carga de ruptura e tempo de vida dos corpos de prova analisados. Os valores são apresentados em Quilograma-Força (Kgf). TABELA 4 – CARGA DE RUPTURA E IDADE DOS CORPOS DE PROVA Nº CORPO DE PROVA IDADE CARGA DE RUPTURA (DIAS) (Kgf) 1 21 7210 2 21 6450 3 21 4120 4 21 6860 Fonte: O próprio autor TABELA 5 – VALORES DE DESVIO RELATIVOS ENCONTRADOS Fonte: O próprio autor fcj Fcj | Fcj - fcj | DESVIO RELATIVO MÁXIMO (MPa) (MPa) (%) 35,6 30,5 5,1 16,72% 32,1 30,5 1,6 5,25% 20,3 30,5 10,2 33,44% 34,1 30,5 3,6 11,80% 12 8. Desvio Relativo Máximo 𝑫𝟏 = > |𝐹𝑐𝑗 − 𝑓𝑐𝑗| 𝑭𝒄𝒋 𝒙𝟏𝟎𝟎 - O desvio relativo máximo encontrado foi de 33,44%. Quando o desvio relativo máximo for superior a 6%, deve-se calcular novamente, excluindo o valor discrepante. Caso o erro persista, um novo ensaio deve ser realizado. 8.1 Desvio Relativo Máximo (Excluindo o Valor Discrepante) Excluindo o valor discrepante de 33,44% pertencente ao terceiro corpo de prova ensaiado: TABELA 5 –NOVOS DESVIOS RELATIVOS ENCONTRADOS 𝑫𝟏 = > |𝐹𝑐𝑗 − 𝑓𝑐𝑗| 𝑭𝒄𝒋 𝒙𝟏𝟎𝟎 Feito novamente os cálculos de desvios relativos, o valor máximo encontrado foi de 5,31%. fcj Fcj | Fcj - fcj | DESVIO RELATIVO MÁXIMO (MPa) (MPa) (%) 35,6 33,9 1,7 5,01% 32,1 33,9 1,8 5,31% 34,1 33,9 0,2 0,59% 13 9. Valores Encontrados nos Ensaios TABELA 6 – Grupo 5 – CP V Corpo de Prova n° Comprimento (cm) Diâmetro (cm) Resistência (Tf) 1 10,05 5,03 7,21 2 10,02 5,01 6,45 3 10,03 5,03 4,12 4 10,03 5,01 6,86 • Gráfico de resistência em toneladas força (tf) / ensaios com CP V – Grupo 5. 0 1 2 3 4 5 6 Corpo de Prova 1 Corpo de Prova 2 Corpo de Prova 3 Corpo de Prova 4 Série1 14 TABELA 7 – Grupo 4 – CP V TABELA 8 – Grupo 3 – CP II TABELA 9 – Grupo 2 – CP II TABELA 10 – Grupo 1 – CP II Corpo de Prova n° Comprimento (cm) Diâmetro (cm) Resistência (Tf) 1 10,00 5,02 4,97 2 9,97 5,04 4,76 3 9,96 5,00 3,16 4 10,03 5,04 4,27 Corpo de Prova n° Comprimento (cm) Diâmetro (cm) Resistência (Tf) 1 10,03 5,03 3,74 2 10,04 5,02 4,48 3 10,01 5,03 4,06 4 10,03 5,03 4,50 Corpo de Prova n° Comprimento (cm) Diâmetro (cm) Resistência (Tf) 1 10,09 5,00 4,21 2 10,01 5,01 3,76 3 10,01 5,02 4,70 4 10,09 5,02 3,50 Corpo de Prova n° Comprimento (cm) Diâmetro (cm) Resistência (Tf) 1 10,02 5,00 3,84 2 10,04 5,00 2,59 3 10,05 5,00 3,89 4 9,91 5,00 4,20 15 • Gráfico de resistência em toneladas força (tf) / grupos. 0 1 2 3 4 5 6 7 CP5 - Grupo 5 CP5 - Grupo4 CP2 - Grupo 3 CP3 Grupo 2 CP2 - Grupo 1 Série1 16 10. CONCLUSÃO E COMENTÁRIO O cimento utilizado foi o CP V e gerou uma resistência média de aproximadamente 34Mpa. Os ensaios realizados em laboratório apresentaram resultados dos quais foram observados e analisados. A participação de todos foi muito importante para um melhor entendimento sobre os tipos de Cimento Portland e os métodos de ensaios. Durante o ensaio de compressão foi observado que o corpo de prova número 3, apresentou um resultado discrepante comparado aos demais, e devido a esse resultado, apresentou-se irregularidades no cálculo de desvio relativo máximo excedendo o limite permitido de 6%. Os cálculos foram refeitos desconsiderando o corpo de prova número 3 e com isso, foram obtidos resultados normais, validando o experimento. 17 11. BIBLIOGRAFIA ABCP, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. “Guia básico de utilização do cimento portland”. 7.ed. São Paulo, 2002. ISAIA, G. E., et al., “Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais”, IBRACON, 2007. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, “NBR 7215:96- Determinação da resistência à compressão”. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, “NBR 5738:93-Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto”. Rio de Janeiro: ABNT, 1993. ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, “NBR 5739:93-Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos”. Rio de Janeiro: ABNT, 1991.