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Desenvolvimento da Psicologia Jurídica e Mudanças na Instituição Familiar

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ATIVIDADE AVALIATIVA PROCESSUAL INTERDISCIPLINAR
CURSO DE PSICOLOGIA
7º SEMESTRE
	PSICOLOGIA JURÍDICA / PRÁTICAS INTEGRATIVAS II
	PSICOLOGIA JURÍDICA – HISTÓRIA E DIREITO DE FAMÍLIA
	1. Pontuem em uma linha do tempo, o desenvolvimento processual da Psicologia Jurídica.
	A história da atuação de psicólogos brasileiros na área da Psicologia Jurídica tem seu início no reconhecimento da profissão, na década de 1960, tal inserção deu-se de forma gradual e lenta, muitas vezes de maneira informal, por meio de trabalhos voluntários, foi a partir da promulgação da Lei de Execução Penal (Lei Federal nº 7.210/84) Brasil (1984), que o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente pela instituição penitenciária. Após esse período, os psicólogos clínicos começaram a colaborar com os psiquiatras nos exames psicológicos legais e em sistemas de justiça juvenil. Inicialmente, a psicologia era identificada como uma prática voltada para a realização de exames e avaliações, buscando identificações por meio de diagnósticos, essa época, marcada pela inauguração do uso dos testes psicológicos, fez com que o psicólogo fosse visto como um testólogo, como na verdade o foi na primeira metade do século XX.
Psicólogos da Alemanha e França desenvolveram trabalhos empírico-experimentais sobre o testemunho e sua participação nos processos judiciais, a entrada oficial se deu em 1985, quando ocorreu o primeiro concurso público para admissão de psicólogos dentro de seus quadros, Ainda dentro do Direito Civil, destaca-se o Direito a Infância e Juventude, área em que o psicólogo iniciou sua atuação no então denominado Juizado de Menores. A partir desses trabalhos a psicologia também se aproximou do direito civil, destacando – se no Direito da Infância e Juventude, onde seus trabalhos se iniciaram no Juizado de Menores e foi se expandindo através do ECA. Portanto as principais modificações na prática psicológica é que o psicólogo tinha a lógica de fazer apenas avaliação psicológica, mas depois o psicólogo foi verificado que mais que um simples auxiliar da justiça ele tem que cumprir um outra função que é de servir como sistema de garantia de direitos e cidadanias , que é fazer ações preventivas, acompanhar a transição de toda criança que chega no lar adotivo, acompanhar como os pais estão lhe dando com a guarda de seus filhos, não dizer quem é quer estar mais apto, mas trabalhar com a família de maneira diferente, trabalhar com a pessoa que está no presidio de maneira diferente, pois ela tem uma família e estas famílias irá realizar visitas, por isso existe todo um diferencial na atuação do psicólogo que antes era apenas restrita a avaliação psicológica. 
	2. Explique as diferenças na concepção da prática psicológica na área jurídica entre a sua emergência e a prática na contemporaneidade.
	
A prática psicológica na área jurídica ocorreu no campo da psicopatologia, o diagnóstico psicológico servia para melhor classificar e controlar os indivíduos. Os psicólogos eram chamados a fornecerem um parecer técnico (pericial), Entende-se como psicólogos jurídicos não só aqueles que exercem sua prática profissional nos tribunais, mas também os que trabalham com questões diretamente relacionadas ao sistema de Justiça. Os psicólogos ampliaram suas intervenções nos casos, realizando orientação, aconselhamento, encaminhamento, práticas alternativas de resolução pacífica de conflitos, mediação, participação ativa na articulação de políticas públicas de atendimento em rede, entre outros, neste momento de expansão da Psicologia Jurídica como uma das áreas da profissão que atuam diretamente no Sistema de Garantia de Direitos da Infância e da Juventude, da Família, incluindo aí as crianças abandonadas e/ou infratoras, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) veio afirmar de forma mais incisiva a necessidade da presença do psicólogo na lida com as questões próprias da área. Com isso veio contribuir para a consolidação de representações e práticas sociais, mais ou menos excludentes, quanto podem contribuir para promover uma nova compreensão do agir humano.Com isso foi surgindo novos campos de atuação do psicólogo jurídico, como Direito da Família, Direito da Criança e do Adolescente, Direito Civil, Direito Penal e Direito do Trabalho.
	3. Sinalizem (a) as mudanças sofridas pela instituição familiar e (b) a suas diversas formas de conjugalidade e estrutura na atualidade.
	(a)Para melhor entender como se deu as mudanças na instituição familiar é necessário entender que ela se dá a partir de uma legislação, pois conforme vai gerando direito de populações especificas na legislação, existindo um forte movimento para que ocorra a alteração das dinâmicas familiares, com isso se discute por legislação a ideia de mudar a cultura, como por exemplo a de educação dos filhos, a relação do homem e mulher no casamento. Quando a legislação Brasileira admitiu a união estável ela garantia direitos não só “o casamento, faz casal,” a partir daí percebe-se que houve mudanças, portanto para que seja possível que essas mudanças ocorra é importante que haja a consolidação desse movimento legislativo, pois é através dele que há mudanças verticais de algumas práticas culturais. Existe uma verberação de mudanças na instituição familiar marcada por uma alteração de gêneros, a modificação de direitos das pessoas que compõe a família como as crianças, os adolescentes, os filhos que dentro do abito da família tradicional eram tidas como posse destes pais, como se fosse seus objetos, pois a concepção era que a criança não era ainda uma pessoa completa, ela só iria ser completa, quando se tornasse adulta, então podemos dizer que esse tipo de tratamento colocava a criança no lugar em que ela não tinha direito, como uma pessoa adulta deveria ter , assim que acabava decidindo por essa criança, tento poder total sobre essa criança é o adulto, já nas relações sociais o homem pois ele é o patriarca, o mantenedor da família, com isso as mulheres estavam submetidas a lógica de estruturação de que o homem que tinha a voz mas firme e total poder na vida da sua esposa e de seus filhos.Com isso a formação familiar era baseadas por laços sanguíneos, casamento formal, Pai, mãe e filhos, o pai o único responsável pelo sustento da casa e a mãe a que cuidava dos fazeres doméstico e dos filhos, assim as mulheres e filho deviam total obediência ao mantedor da casa, esse era o modelo da família patriarcal pois o casamento era visto como uma forma de promover a posição social e econômica das famílias perante a sociedade. Atualmente houve uma remodelação ao decorrer do tempo, as mulheres após a revolução industrial começou a trabalhar fora de casa e após o movimento feminista encontraram liberdade e segurança sexual, emancipação, autonomia financeira entre outros direitos, com o início da industrialização e da organização o trabalho deixou de ser centralizado no lar e na família, passando assim ser uma autoridade autônoma. Assim passa existir novos valores no conceito de família onde os relacionamentos são pautados em valores como o amor, a afetividade e o carinho, independentemente se são pais casados ou solteiros, héteros ou homoafetivos. 
(b) Nos dias atuais encontra-se múltiplas formas de conjugalidade, já não é mais visto casamento tradicional. A estrutura familiar moderna são modelos de famílias que pessoas que querem ter filhos porem continuarem solteiros, casais homossexuais que decidem ter filhos através da adoção ou de inseminação artificial entre outros, outros que não querem oficializar seu relacionamento nem ter filhos a família moderna não é mais tida como uma forma de se reproduzir agora ela é muito mais afetiva e socializadora.
Hoje em dia há uma flexibilidade para que os integrantes agisse de acordo a sua necessidade, a família moderna hoje traz uma nova forma de estrutura que são as famílias monoparentais onde somente um genitor tem a responsabilidade com a criança, família anaparental, Ssm pais, formadas apenas pelos irmãos, 
 Família binuclear compostapor dois lares que se formam após o divórcio. Ambos os pais permanecem responsáveis pelos cuidados dos filhos, atendendo as necessidades deles de forma integral. Cabe ressaltar, que ambas as premissas (parentalidade e conjugalidade) são dimensões fundamentais tanto para a compreensão do funcionamento familiar, como para a compreensão dos processos de subjetivação
	4. Explique quais são as referências para a prática Psicológica em questões familiares indicadas pelo CFP (utilizem a referência proposta para a Vara de família)?
	É recomendado que que o psicólogo sempre questione qual o real proposito do trabalho a ser feito, porque o seu serviço está sendo solicitado. É essencial ter um olhar crítico sobre a demanda que é chegada até ele. Quando for confeccionar um documento escrito é necessário ter atenção com os termos e formulações para que elas sejam de fácil interpretação. Como recomenda a Resolução 007/2003 do CFP2, os psicólogos devem escolher os instrumentos e as técnicas adequadas ao fenômeno psicológico que se propõem a investigar. Deste modo, devem considerar as circunstâncias em que a avaliação será realizada, os componentes do caso em questão e as condições emocionais das pessoas que serão abordadas em função de uma determinação judicial.
Apesar de existir a argumentação de que o psicólogo deve relatar tudo o que ouvir do sujeito para encaminhar ao Judiciário, porem o Código de Ética diz que o psicólogo deve respeitar o sigilo profissional com a finalidade de proteger a intimidade das pessoas, saco ocorra algum pedido que fuja das atribuições do psicólogo ou que quebrem sua ética profissional, o psicólogo deve no documento explicar o motivo pelo qual não concluiu o que lhe foi solicitado explicando suas razões fundamentadas na ética ou na teoria da profissão. Dessa maneira, para provar a veracidade dos seus relatórios ou laudos não é necessário descrever falas ditas pelo sujeito. O psicólogo também não deve realizar diagnósticos, divulgar procedimentos e o resultado do seu trabalho com as partes. É necessário a leitura do processo judicial para que facilite o entendimento da demanda, porem o profissional não pode apoiar as suas conclusões em descrições do processo. Da mesma forma não cabe ao psicólogo sugerir qual deve ser a decisão do juiz, o parecer do psicológico não deve nada além de mais uma fonte de informação para conter o processo.
	PRÁTICAS INTEGRATIVAS II: SEGURANÇA PÚBLICA / CEJUSC E VARA DE FAMÍLIA
	1. Explique (a) como estes serviços jurídicos e de Segurança Pública se organizam no município e (b) como o psicólogo é demandado por estes espaços
	1.1 Segurança Pública: PMBA
	(a)As polícias militares estão ordenadas em comandos, batalhões, companhias e pelotões. Os batalhões são localizados em cidades maiores como centros urbanos, as companhias e pelotões são distribuídos de acordo com a quantidade de habitantes nas cidades vizinhas. Normalmente os pelotões são também subdivididos em destacamentos ou postos de policiamento. A polícia montada está organizada em regimentos divididos em esquadrões e pelotões
Existem ainda outras denominações intermediárias, tais com: grupamentos especiais, guarnições e também companhias independentes de polícia militar que tem a mesma autonomia administrativa dos batalhões, porem com áreas de policiamento menores.
(b) O trabalho do psicólogo na Polícia Militar é recente, tendo a inclusão dos primeiros psicólogos por volta de 1987, durante muito tempo os psicólogos atuaram prioritariamente com os processos de recrutamento e de seleção e, depois, com a formação e o treinamento. A partir de 1994 houve a inclusão de novos psicólogos ocorreu a ampliação desses profissionais nesse espaço apesar de que, de forma tímida por conta do crescimento da instituição e o aumento de policiais.
Acredita- se que a estratégia para que haja maior inserção de psicólogos seja fazer com que o polícia se reconheça primeiramente como sujeito, como ser humano para somente após isso tomar o seu lugar de policial.
Para os policiais a fraqueza e o fracasso são inaceitáveis por terem sido treinados com essa natureza militar, a psicologia deve ajudar a resolver esses conflitos e perturbações que costumam ocorrer em suas demandas praticas quando percebem suas fragilidades
É comum dentro da instituição o preconceito com os policiais que apresentam alguma dificuldade emocional e necessitam ser atendidos por um psicólogo. Por conta disso muitos militares usam de algumas “desculpas” para ir ao consultório psicológico como por exemplo pedem que seu nome seja omitido na agenda. Isso comprova a existência desse medo e nos mostra que essa barreira precisa ser quebrada. A psicologia nesse espaço pode ajudar na compreensão do ser humano e fará com que haja mudanças na forma de demandas na instituição.
	1.2 Direito de Família
	 Vara de Família
	 CEJUSC
	(a) O sistema Judiciário é organizado , apesar de ter um formato estabelecido nacionalmente, existe uma gestão que é sempre estatual, nem toda cidade tem as mesmas varas, então a depende de onde o psicólogo jurídico irá atuar na justiça, em questão de município, cidades, capital, porque existe uma diferença nas organizações das varas em cidades que tenham uma diferença populacional muito grande, cidades, municípios com pouca população tende não ter todas as varas separadamente, as vezes as varas são juntas, então não terá a vara de família, a vara de crime , a vara sucessões. A vara de família é umas das partes do direito civil onde é competente para julgar processos de divórcio, reconhecimento de resolução de união estável, guardas, visitas, adoção de maior, incidentes de alienação parental e outros.
(b) O psicólogo jurídico quando atua na vara da família realiza diversas atribuições de processos como, quando a disputa de guarda de filhos, divorcio, na separação litigiosa o psicólogo pode atuar como mediador ou o juiz pode solicitar ao psicólogo a avaliação do casal ou de um deles. Ele pode investigar os motivos que fizeram o casal se separar e ajudar nos conflitos que os impedem de chegar a um acordo. Em caso de disputa de guarda o psicólogo deve avaliar se os pais tem condições de deterem a guarda do filho. Essa guarda também poderá ser tomada em caso de negligencia, maus tratos, abuso sexual, entre outros.
Em casos de adoção, o psicólogo deve realizar estudos psicossociais nas famílias que pretende adotar como também na criança a ser adotada. O trabalho do psicólogo é feito por meio de visitas ao casal, analise de valores, atitudes e crenças através de entrevistas com os envolvidos no processo de adoção. O psicólogo Jurídico pode atuar também sendo indicado pelo Juiz, que é a realização das pericias quando é solicitado a avaliação psicológica 
	(a)O CEJUSC em cidades pequenas geralmente se organizam no fórum da cidade, separam a vara de família e a vara crime, a cível, tem como objetivo identificar e quantificar os tipos de serviços/intervenções oferecidos no plantão psicológico, considerando a subjetividade daquele que faz uso do serviço, como também, dos aspectos emocionais e psicológicos diretamente implicados nos litígios. Foi criado com o objetivo de realizar audiências com conciliadores, utilizada como forma alternativa de solucionar problemas antes dele ser levado ao Fórum.
Ressalta-se que no local são tratados diversos tipos de processos, sendo os mais comuns: Causas cíveis em geral (acidentes de trânsito, cobranças, dívidas bancárias, conflitos de vizinhança) e causas de família, tais como divórcio, pedido de pensão alimentícia, guarda de filhos, regulamentação de visitas, entre outras.
Os conflitos são resolvidas de forma amigável, pois as partes conseguem entrar em um acordo sem terem a necessidade de haver imposições de uma autoridade
(b) No CEJUSC o psicólogo é demandado atualmente com o plantão psicológico, atendendo as seguintes necessidades: aconselhamento; escuta e apoio terapêutico, orientação, 
Sendo assim, considera-se que em todas essas circunstâncias o psicólogo se faz necessário, podendoser útil ao cliente no momento em que ele precisa expor mais detalhes das razões pelas quais está ali naquele local. Muitas vezes, o indivíduo se encontra estressado, preocupado, um tanto mais sensível de acordo com o motivo, fazendo com que a escuta seja valiosa e muito benéfica.
	ALUNO(A)
	Bruna Novaes Pereira 
	MATRÍCULA
	22002019

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