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1 UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA Campus de São Miguel do Oeste Curso: Direito Disciplina: Direito Civil VI (Direito das Coisas I) Professora: Daniele Vedovatto Gomes da Silva Babaresco Período letivo: 2020/1 Fase: 7ª Acadêmico(a): Patrick Vivian Eberhard EXERCÍCIOS - POSSE 1. (FCC/DPE-AM/Defensor Público/2013) A posse: a) é de má-fé mesmo que o possuidor ignore o vício. b) é adquirida quando se detém a coisa a mando de outrem. c) pode ser oposta ao proprietário. d) não pode ser defendida, em juízo, pelo possuidor indireto. e) quando turbada, autoriza o ajuizamento de ação de reintegração. Letra C. A posse injusta torna-se justa quando o possuidor tem a propriedade ha muitos anos (ex. 20 anos). No caso ele poderá até usar o usucapião para ser proprietário; A posse justa não se torna justa após o decurso de um ano e dia. O que acontece é que num processo onde o proprietário tenta reaver seu imóvel, o juiz leva em conta o tempo decorrido e permite que o possuidor defenda a sua posse. Ou seja, o possuidor terá direito ao contraditório. Esta pergunta não deu para entender direito a qual título o novo proprietário tem a posse, se foi herança, compra, cessão de direito entre outros. 2. (FCC/PGM-TERESINA-PI/Procurador Municipal/2010/Adaptada) Para o direito pátrio, a posse: a) confunde-se com a detenção, pois em ambas existe a apreensão física da coisa. b) é o exercício, de fato, dos poderes constitutivos da propriedade, de modo pleno ou não. c) tanto a posse ad usucapionem quanto a posse ad interdicta podem gerar o direito de propriedade por meio da usucapião. d) é de má-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. e) desdobra-se em direta e indireta, somente a primeira dando direito à utilização dos interditos possessórios. Letra B a) confunde-se com a detenção, pois em ambas existe a apreensão física da coisa. Errado, pois existe a posse indireta, onde não há apreensão física por parte do possuidor. Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. b) é o exercício, de fato, dos poderes constitutivos da propriedade, de modo pleno ou não. 2 Correta. Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. c) só poderá gerar usucapião se não for viciada em sua origem. Errada. Pode haver usucapião com base em posse de má-fé. Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. d) não se transfere aos herdeiros, pois é direito personalíssimo. Errada. Tranfere-se sim. Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres. e) desdobra-se em direta e indireta, somente a primeira dando direito à utilização dos interditos possessórios. Errado, pois a lei não distingue o direito de ação para o possuidor direito ou indireto. Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 3. (FUNRIO/INSS/Analista-Direito/2014) Com relação à posse, é correto afirmar que: a) é um Direito Real b) é um Direito Obrigacional. c) está inserida no livro de Direito das Coisas. d) está inserida no livro de Direito da Família. e) o Código Civil não regula a matéria. Letra: C. O Código Civil é dividido em duas partes: Parte Geral e Parte Especial. Esta última, por sua vez possui cinco livros e mais outro que trata sobre as disposições finais e transitórias. A posse está inserida no Livro III: “Direito das Coisas”. 4. (NCE-UFRJ/MPE-RJ/Analista – Processual/2007) A posse injusta é aquela que se apresenta: a) violenta, clandestina e precária, podendo ser, segundo a lei, objeto de usucapião; b) violenta, clandestina e de má-fé, não podendo ser, segundo a lei, objeto de usucapião; c) violenta, clandestina e de má-fé, podendo ser, segundo e lei, objeto de usucapião; d) violenta, clandestina e precária, não podendo ser, segundo a lei, objeto de usucapião; e) violenta, clandestina e criminosa, não podendo ser, segundo a lei, objeto de usucapião. Letra D 3 Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. 1.208 CC - Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a aquisição os atos violentos ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou clandestinidade. 5. (FCC/TJ-AP/Juiz/2009) Considera-se de boa-fé a posse: a) desde que não seja violenta, clandestina ou precária. b) se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo, que impede a aquisição da coisa. c) de quem possui justo título, porque, neste caso, a seu favor milita presunção absoluta. d) somente de quem ostenta título de domínio. e) apenas de quem recolhe os tributos incidentes sobre a coisa. Letra B Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. 6. (FITE/SP/Advogado/2008) Leia os itens a seguir, referentes à posse. I. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. II. A posse não se transmite aos herdeiros ou legatários do possuidor. III. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis que nele estiverem. IV. Não induzem a posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou clandestinidade. V. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de esbulho, restituído no de turbação, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. Está correto o contido em: a) I, III e IV, apenas. b) I, II e III, apenas. c) II, III e V, apenas. d) III, IV e V, apenas. e) I, II, III, IV e V. Letra A ITEM I. (CORRETO) CC, art. 1196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. 4 ITEM II. (INCORRETO) CC, art. 1206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres. ITEM III. (CORRETO) CC, art. 1209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis que nele estiverem. ITEM IV. (CORRETO) CC, art. 1208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. ITEM V. (INCORRETO) CC, art. 1210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 7. Com relação ao instituto da posse, assinale a opção correta. a) Ao conceituar a posse, o Código Civil vigente filia-se à teoria subjetiva de Savigny. b) Possuidor indireto é aquele que detém poder físico sobre a coisa, mas apenas em cumprimento de ordens ou instruções emanadasdo possuidor direto ou de seu proprietário. c) No constituto possessório, há inversão no título da posse com base em relação jurídica: aquele que possuía em nome alheio passa a possuir em nome próprio, remanescendo o seu poder material sobre a coisa. d) Ao possuidor de má-fé é facultado o ressarcimento por benfeitorias necessárias e úteis; contudo, esse possuidor jamais obterá direito de retenção sobre as benfeitorias que tenha realizado. e) Se o proprietário, por meio de contrato verbal de comodato, permitir o uso gratuito de um imóvel por tempo indeterminado, o comodatário exerce legitimamente a posse e, sem a notificação necessária de que não mais tem interesse em manter o comodato, não há constituição em mora e, sem ela, também o proprietário não pode postular a reintegração de posse. Letra E 8. O constituto possessório e a traditio brevi manu referem-se à: a) tradição efetiva. b) tradição consensual. c) tradição simbólica. d) tradição ficta. e) nenhuma das alternativas anteriores. Letra D 5 Constituto possessório trata-se da operação jurídica que altera a titularidade na posse, de maneira que, aquele que possuía em seu próprio nome, passa a possuir em nome de outrem (Ex.: eu vendo a minha casa a Fredie e continuo possuindo-a, como simples locatário). Contrariamente, na traditio brevi manu, aquele que possuía em nome alheio, passa a possuir em nome próprio (por exemplo é o caso do locatário, que adquire a propriedade da coisa locada). 9. Leia a decisão proferida pelo STJ nos autos do AI n. 648.180 – DF, Relator Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO e, após, com base no conteúdo estudado e fundamentos da referida decisão, responda: a) Qual discussão vem à tona no julgamento do AI n. 648.180? b) O que são “interditos possessórios” e quais as suas espécies? Indique o fundamento legal. R: Interditos possessórios são as ações judiciais que o possuidor deve utilizar quando se sentir ameaçado ou ofendido no exercício de seu direito. É forma de defesa indireta da posse. São três os interditos possessórios: Ação de Manutenção de Posse; Ação de Reintegração de Posse e Interdito Proibitório. O art. 1.210, caput, do CC traz a especificação dessas três formas de defesa indireta: Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. c) Um particular que ocupa um bem público tem legitimidade para ajuizar uma ação possessória na defesa dessa ocupação? Justifique sua resposta, fundamentando, inclusive, na natureza jurídica da ocupação (posse ou detenção).