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Sucessão Testamentária

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Sucessão Testamentária 
1. Do Testamento em Geral
Conceito: Testamento é negócio jurídico personalíssimo e revogável pelo qual alguém, de conformidade com a lei, dispõe total ou parcialmente de seu patrimônio, para depois de sua morte, ou faz outras declarações de última vontade.
Características do Testamento: Ato personalíssimo; Negócio jurídico unilateral;Solene; Gratuito; Revogável; Causa mortis. 
2. Capacidade de Testar
2.1. Capacidade Testamentária Ativa:
· A capacidade para testar é a regra;
· Os que não tiverem pleno discernimento (1.860);
· Os maiores de 16 anos;
· Os relativa ou absolutamente incapazes.
2.2. Capacidade Testamentária PASSIVA (arts. 1.801 e 1.802, CC).
· Hipóteses não geradoras de incapacidade:
· Velhice;
· Proximidade da morte;
· Enfermidades graves;
· Suicídio;
· Ausente.
· Momento em que se exige a capacidade ativa:
· A capacidade testamentária ativa é exigida no momento que se redige ou elabora o testamento.
Art. 1.861. A incapacidade superveniente não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade. 
3. Impugnação da validade do Testamento
· Somente após a morte do testador se pode questionar sobre a validade do ato de última vontade. Ver art. 1.859 X 169 do Código Civil.
· Aplica-se aos casos de nulidade e de anulabilidade. Ver art. 1.909, do Código Civil.
4. Invalidade do Testamento conjuntivo
Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo. 
FORMAS DE TESTAMENTO
Formas ou espécies de Testamentos
Testamentos ordinários: (art. 1.862) 
Público; Cerrado; Particular ou hológrafo; 
Testamentos especiais: (art. 1.886) 
· Marítimo;
· Aeronáutico;
· Militar.
5. Testamento Público
· Testamento público é escrito pelo tabelião, de acordo com as declarações do testador, em presença de duas testemunhas.
· Publicidade não consiste em ficar aberto ao conhecimento do público depois da lavratura.
· Requisitos e formalidades do Testamento Público:
· Lavratura por tabelião ou seu substituto legal em livro de notas;
· Leitura em voz alta na presença de duas testemunhas;
· Necessidade da presença das testemunhas durante todo o tempo;
· Data e assinatura.
· Pode testar publicamente:
· Quem puder declarar sua vontade, e verificar, pela sua leitura, haver sido fielmente exarada;
· Cego (só testamento público);
· Analfabeto (só público);
6. Testamento Cerrado
Requisitos essenciais:
· Cédula testamentária;
· Ato de entrega;
· Auto de aprovação;
· Cerramento.
7. Testamento Particular
· Escrito de próprio punho, ou mediante processo mecânico, assinado pelo testador, e lido por este a três testemunhas, que o subscreverão, com a obrigação de, depois da morte do disponente, confirmar a sua autenticidade.
· Requisitos e formalidades (art. 1.876)
· Publicação e confirmação do testamento particular (arts. 1.877 e 1.878, CC)
· Circunstâncias excepcionais
Art. 1.879. Em circunstâncias excepcionais declaradas na cédula,o testamento particular de próprio punho e assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser confirmado, a critério do juiz.
8 - DOS CODICILOS
8.1. Conceito
· Codicilo é ato de última vontade, destinado, porém, a disposições de pequeno valor ou recomendações para serem cumpridas após a morte.
8.2. Objeto do codicilo
· Fazer disposições sobre o enterro;
· Deixar esmolas de pouca monta;
· Legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de uso pessoal do autor da herança;
· Nomear e substituir testamenteiros;
· Reabilitar o indigno;
· Destinar verbas para o sufrágio da alma;
· Reconhecer filhos havidos fora do matrimônio ????
8.3. Disposições sobre codicilo
· Redução do valor ou dos bens pelo juiz;
· Requisitos do codicilo;
· Espécies de codicilo;
· Revogação do codicilo;
· Execução do codicilo.
9 – TESTAMENTOS ESPECIAIS
9.1. Testamento Marítimo
Art. 1.888. Quem estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de guerra ou mercante, pode testar perante o comandante, em presença de duas testemunhas, por forma que corresponda ao testamento público ou ao cerrado.
Parágrafo único. O registro do testamento será feito no diário de bordo.
9.2. Requisitos do Testamento Marítimo
· Viagem e navio nacional;
· Navio de guerra ou mercante;
· Que o testador esteja a bordo do navio, em viagem;
· Registro da cédula testamentária no livro diário de bordo;
· O testamento deve ficar sob a guarda do comandante.
9.3. Forma do Testamento Marítimo
· Forma assemelhada ao testamento público;
· Forma assemelhada ao testamento cerrado.
· Testamento particular (pela forma ordinária), sem prazo de validade.
9.4. Caducidade do Testamento Marítimo
Art. 1.891. Caducará o testamento marítimo, ou aeronáutico, se o testador não morrer na viagem, nem nos noventa dias subsequentes ao seu desembarque em terra, onde possa fazer, na forma ordinária, outro testamento. 
9.5. Testamento Aeronáutico
Art. 1.889. Quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar ou comercial, pode testar perante pessoa designada pelo comandante, observado o disposto no artigo antecedente.
9.6. Formas e Requisitos do Testamento Aeronáutico
· As mesmas do testamento marítimo.
9.7. Testamento Militar
Art. 1.893. O testamento dos militares e demais pessoas a serviço das Forças Armadas em campanha, dentro do País ou fora dele, assim como em praça sitiada, ou que esteja de comunicações interrompidas, poderá fazer-se, não havendo tabelião ou seu substituto legal, ante duas, ou três testemunhas, se o testador não puder, ou não souber assinar, caso em que assinará por ele uma delas.
9.8. Requisitos do Testamento Militar
· Que a Força esteja “em campanha”, “em praça sitiada, ou que esteja de “comunicações interrompidas”. 
· Que o disponente se encontre participando da guerra;
· Que não haja, no local, um tabelionato;
· Que a situação de perigo seja real.
9.9. Formas de Testamento Militar
· Assemelhada ao testamento público (§§ 1º a 3º, do art. 1.893, Código Civil);
· Assemelhada ao testamento cerrado (art. 1.894);
· Nucumpativa (Art. 1.896).
9.10. Caducidade do Testamento Militar
Art. 1.895. Caduca o testamento militar, desde que, depois dele, o testador esteja, noventa dias seguidos, em lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo se esse testamento apresentar as solenidades prescritas no parágrafo único do artigo antecedente.
Disposições Testamentárias 
1. Disposições Testamentárias
· Pode conter disposições de cunho patrimonial e/ou de natureza pessoal.
· Tratam do conteúdo do testamento, estabelecendo o que pode e o que não pode conter e como deve ser interpretada a vontade do testador.
2. Interpretação dos testamentos
2.1. Regras práticas estabelecidas pela doutrina e pela jurisprudência.
· Expressões masculinas abrangem o feminino; mas o inverso não se impõe, a recíproca não é verdadeira.
· Pontuação, letras maiúsculas e sintaxe auxiliam interpretação, embora em menor escala.
· Busca-se a intenção real e não apenas aquilo que as palavras parecem exprimir.
· Se a interpretação for ambígua, deve-se interpretá-lo no sentido que lhe dê eficâcia.
· Interpretam-se as cláusulas em conjunto e não cada qual isoladamente, quando oferecerem dúvidas.
· Quando o testador identifica o beneficiário pelo cargo ou função, entende-se que o beneficiário é a pessoa que exerce o cargo ou a função na época do falecimento do de cujus.
· O vocábulo “bens” designa tudo o que tem valor: móveis, imóveis, semoventes, dinheiro, títulos, créditos.
· Quando testador deixa a determinado herdeiro o automóvel que possui, compreende-se existente ao tempo de sua morte.
2.2. Normas interpretativas do Código Civil
· Art. 1.899;
· Art. 1.903;
· Art. 1.902;
· Arts. 1.904 a 1.908
· Art. 1.910 
3. Regras proibitivas
· Nomeação de herdeiro a termo;
· Instituição de herdeiro sob condição captatória;
· Referência a pessoa incerta;
· Favorecimento de pessoa incerta, a ser identificada por terceiro;
· Delegação ao herdeiro, ou a outrem, da prerrogativa de fixar o valor do legado;
· Favorecimento de pessoas a que se referem os arts. 1.801 e 1.802. 
3. Regras permissivas
· Nomeação purae simples;
· Nomeação sob condição;
· Nomeação com imposição de encargo;
· Disposição motivada;
· Nomeação a termo, nas disposições fideicomissárias;
· Disposição com cláusula de inalienabilidade.
Cláusula de Inalienabilidade
Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade.
· Quanto aos bens da legítima só mediante justa causa (1.848, CC);
· Quando aos bens disponíveis não precisa justificar a causa. 
4 - Anulabilidade das disposições testamentárias
Art. 1.909. São anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação.Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de quando o interessado tiver conhecimento do vício.
DOS LEGADOS 
1. Conceito
· Legado é a disposição testamentária a título singular, pela qual o testador deixa a pessoa estranha ou não à sucessão legítima um ou mais objetos individualizados ou uma certa quantia em dinheiro.
2. Classificação dos legados
2.1. Legado de coisas
· Legado de coisa alheia (CC, art. 1.912);
· Legado de coisa comum (CC, art. 1.914);
· Legado de coisa singularizada (CC, art. 1.916);
· Legado de coisa localizada (CC, art. 1.917);
2.2. Legado crédito ou de quitação de dívidas (CC, art. 1.918 e 1.919)
2.3. Legado de alimento (CC, art. 1.920)
2.4. Legado de usufruto (CC, art. 1.921)
2.4. Legado de imóveis (CC, art. 1.922)
Dos efeitos do Legado e do seu pagamento 
1. Aquisição dos legados
· Propriedade.
· Posse.
· Legado sob condição suspensiva (CC, art. 1.924).
· Legado a termo.
· Legado modal ou com encargo.
· Se houver litígio sobre a validade do testamento (CC, art. 1.924).
2. Efeitos dos legados quanto às suas modalidades
· Frutos da coisa legada (CC, § 2º do art. 1.923); 
· Legado de renda ou pensão periódica (CC, 1.926 a 1.928);
· Legado de coisa incerta;
· Legado alternativo (CC, art. 1.932);
3. Responsabilidade pelo pagamento do legado
Em princípio, o encargo de pagar o legado compete ao herdeiro. Compete a este retirar do acervo incorporado ao seu patrimônio os bens que constituíram objetos de legados, entregando-os aos legatários.
· CC, art. 1.934.
· Legado de coisa pertencentes ao herdeiro ou legatário (CC, art. 1.935).
· CC, art. 1.936.
· Acessórios da coisa legada (CC, art. 1.937). 
Caducidade dos legados 
1. Introdução
· O legado válido pode caducar por causa superveniente, de ordem objetiva (falta do objeto do legado) ou subjetiva (falta do beneficiário).
2. Causas objetivas de caducidade
· Modificação substancial da coisa legada;
· Alienação da coisa legada;
· Perecimento ou evicção da coisa legada; 
3. Causas subjetivas de caducidade
· Indignidade do legatário;
· Pré-morte do legatário;
· Renúncia do legatário;
· Falecimento do legatário antes do implemento da condição suspensiva;
· Falta de legitimação do legatário. 
DO DIREITO DE ACRESCER ENTRE HERDEIROS E LEGATÁRIOS
1. Conceito
· Dá-se o direito de acrescer quando o testador contempla vários beneficiários (coerdeiros ou colegatários), deixando-lhes a mesma herança, ou a mesma coisa determinada e certa, em porções não determinadas , e um dos concorrentes vem a faltar.
2. Princípios fundamentais do direito de acrescer
· O direito de acrescer é decorrência da vontade presumida do testador;
· Nos casos em que ocorre o direito de acrescer, reputa-se o acréscimo como forçado;
· Pode ocorrer tanto entre coerdeiros como entre colegatários;
· Havendo instituições distintas e não conjuntas, não haverá direito de acrescer.
3. Requisitos do direito de acrescer
· Nomeação de coerdeiros ou colegatários, na mesma disposição testamentária;
· Deixa dos mesmos bens ou da mesma porção de bens;
· Ausência de quotas hereditárias determinadas.
4. Espécies de disposições conjuntas
· Conjunção real (re tantum);
· Conjunção mista (re et verbis);
· Conjunção verbal (verbis tantum);
· Havendo instituições distintas e não conjuntas, não haverá direito de acrescer.
5. Direito de acrescer entre 
coerdeiros
Art. 1.941. Quando vários herdeiros, pela mesma disposição testamentária, forem conjuntamente chamados à herança em quinhões não determinados, e qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la, a sua parte acrescerá à dos coerdeiros, salvo o direito do substituto.
· A regra é completada pelo art. 1.943, do CC;
· Ficam sujeitos às obrigações ou encargos que oneravam o herdeiro que não quis ou não pôde suceder (parágrafo único do art. 1.943, CC);
6. Direito de acrescer entre 
colegatários 
· Art. 1.942. O direito de acrescer competirá aos colegatários, quando nomeados conjuntamente a respeito de uma só coisa, determinada e certa, ou quando o objeto do legado não puder ser dividido sem risco de desvalorização. 
· Não há direito de acrescer no legado de dinheiro, que é coisa genérica. A fungibilidade do dinheiro afasta a regra. 
· Não existindo direito de acrescer entre os colegatários, observar o parágrafo único do art. 1.944, CC); 
7. Direito de acrescer no legado de usufruto
Art. 1.946. Legado um só usufruto conjuntamente a duas ou mais pessoas, a parte do que faltar acresce ao colegatários.
Parágrafo único. Se não houver conjunção entre os colegatários, ou se, apesar de conjuntos, só lhes foi legada certa parte do usufruto, consolidar-se-ão na propriedade as quotas dos que faltarem, à medida que eles forem faltando.
Das Substituições 
1. Conceito
· Clóvis Beviláqua define a substituição testamentária com “uma instituição subsidiária e condicional, feita para o caso em que a primeira não produza, ou já tenha produzido o seu efeito”.
2. Espécies de substituições
· Substituição vulgar:
 - Simples;
	 - Coletiva
· Substituição fideicomissária;
· Substituição compendiosa.
3. Substituição vulgar
· Dá-se a substituição vulgar quando o testador designa uma ou mais pessoas para ocupar o lugar do herdeiro, ou legatário, que não quiser ou não puder aceitar o benefício.
· Prevista no art. 1.947 do CC.
· Condicional.
· Subsidiária.
 Substituição vulgar
“Art. 1.948. Também é lícito ao testador substituir muitas pessoas por uma só, ou vice-versa, e ainda com reciprocidade ou sem ela”. 
· Substituição simples ou singular;
· Substituição coletiva ou plural;
· Substituição recíproca.
 Substituição vulgar
“Art. 1.949. O substituto fica sujeito à condição ou encargo imposto ao substituído, quando não foi diversa a intenção manifestada pelo testador, ou não resultar outra coisa da natureza da condição ou encargo”. 
4. Substituição fideicomissária
· Verifica-se a substituição fideicomissária quando o testador nomeia um favorecido e, desde logo, designa um substituto, que recolherá a herança, ou legado, depois daquele.
· Estabelece-se uma vocação dupla. 
 Substituição fideicomissária 
· No fideicomisso há três personagens: 
a) O fideicomitente, que é o testador; 
b) O fiduciário, que é chamado a suceder em primeiro lugar para cuidar do patrimônio deixado; 
c) O fideicomissário, que o último destinatário da herança ou legado, que os receberá por morte do fiduciário, ou realizada certa condição, ou se decorreu o tempo estabelecido pelo disponente. 
 Substituição fideicomissária
· O fideicomisso pode ser:
a) Vitalício: a substituição ocorre com a morte do fiduciário;
b) A termo: ocorre no momento fixado pelo testador;
c) Condicional: se depender do implemento de condição resolutiva.
Requisitos para substituição 
 fideicomissária:
· Dupla vocação;
· Ordem sucessiva;
· Instituição em favor de pessoas não concebidas ao tempo da morte do testador;
· Obrigação de conservar para depois restituir.
5. Substituição compendiosa
· Constitui misto da substituição vulgar e da substituição fideicomissária.
· Designação de substituto (vulgar) para o caso de o fideicomissário, ou fiduciário não poder ou não querer aceitar o benefício.
6. Direitos do fiduciário:
· Ser titular da propriedade restrita e resolúvel;
· Exercitar todos os direitos inerentes ao domínio;
· Receber indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias;
· Renunciar expressamente ao fideicomisso;
· Subrrogar o fideicomisso para outros bens,desde que haja prévio consentimento do fideicomissário;
· Ajuizar todas as ações que competem ao herdeiro, inclusive petição de herança.
7 - Deveres do fiduciário:
· Proceder ao inventário dos bens gravados;
· Prestar caução de restituir os bens fideicometidos, se lho exigir o fideicomissário;
· Responder pelas despesas do inventário;
· Responder pelas deteriorações da coisa decorrentes de sua culpa ou dolo;
· Conservar e administrar o bem sujeito ao fideicomisso;
· Restituir a coisa fideicometida, no estado em que se achar
8. Caducidade do fideicomisso
· Se faltar o fideicomissário, por morrer depois do testador, mas antes do fiduciário, ou antes do advento do termo ou da realização da condição resolutiva;
· Se falta o fideicomissário, pela falta de legitimação, exclusão por indignidade, ou pela morte antes do testador;
· Se faltar a coisa, em caso de perecimento, sem culpa do fiduciário;
· Renúncia do fideicomissário;
· Renúncia ou não aceitação da herança pelo fiduciário.
9. Nulidade do fideicomisso
· Instituídos sobre a legítima;
· Os que ultrapassam o segundo grau (CC, art. 1.959);
Art. 1.960. A nulidade da substituição ilegal não prejudica a instituição, que valerá sem o encargo resolutório.
Deserdação 
1. Conceito
· Deserdação é o ato unilateral pelo qual o testador exclui da sucessão herdeiro necessário, mediante disposição testamentária motivada em uma das causas previstas em lei.
2. Requisitos de eficácia da deserdação 
· Existência de herdeiros necessários (art. 1.961);
· Testamento válido (art. 1.964);
· Expressa declaração de causa prevista em lei (art. 1.962 e 1.963);
· Propositura de ação ordinária (art. 1.965); 
3. Causas de deserdação 
· Art. 1.814, CC;
· Art. 1.962, CC;
· At. 1.963, CC.
4. Efeitos da deserdação
· São pessoais;
· Até a sentença bens ficam com inventariante ou depositário judicial;
· Se o testamento é nulo a deserdação também o é.
REDUÇÃO DAS DOAÇÕES INOFICIOSAS 
2. Redução das doações inoficiosas
· Doações inoficiosas são as que excederem o que o doador, “no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento”. (Art. 549, CC).
· Será nula somente a parte que exceder aquele limite.
· Momento em que se dever calcular o valor da liberalidade.
· Momento em que a ação de redução dever ser proposta.
· Se forem várias doações:
· Toma-se por base o patrimônio existente ao tempo da primeira doação;
· A redução deve alcançar apenas as inoficiosas, a começar pela última;
· Não serão consideradas as doações feitas enquanto o doador não tinha herdeiros necessários;
· Doações feitas aos descendentes estão sujeitas à colação.
REDUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS
1. Conceito
· Dá-se a redução das disposições testamentárias quando o legado ou a herança são instituídos acima da parte disponível.
· Visa preservar a integralidade da legítima dos herdeiros necessários.
· A redução se dá:
	- Nos autos do inventário se houver acordo ou se for evidente o excesso, não demandando maiores provas.
	- Por meio de Ação de Redução, quando a questão for de alta indagação.
3. Ordem das reduções das disposições testamentárias
· Primeiro apura-se o valor do monte, para se determinar porção disponível e a legítima;
· Legítima e parte disponível, em princípio devem ter o mesmo valor. A legítima, entretanto, poderá superar o valor da parte disponível se houver colação.
· Se as disposições testamentárias ultrapassarem a metade disponível, terá lugar a redução.
· Ordem das reduções das disposições testamentárias
· Quinhão do(s) herdeiro(s) instituído(s), proporcionalmente;
· Se não bastar passar-se-á aos legados, também proporcionalmente;
· Testador pode dispor que eventual redução se dê de modo diverso (§ 2º, do art. 1.967, CC);
4. Redução em legado de bem imóvel
· Prédio divisível;
· Imóvel indivisível;
 - Excesso superior a ¼ = Legado fica na herança e legatário será indenizado (em dinheiro) pelo restante do valor
 - Excesso inferior a ¼ = Legatário fica com o imóvel e indeniza, em dinheiro, aos herdeiros, a quantia correspondente à diferença.
· Se legado beneficiou herdeiro necessário.
5. Ação de Redução 
· Para redução de doação inoficiosa; 
· Para redução de disposição testamentária. 
Revogação do Testamento 
1. Conceito
· Revogação do testamento é o ato pelo qual se manifesta a vontade consciente do testador, com o propósito de torná-lo ineficaz.
· O princípio da revogabilidade do testamento é inderrogável, pois se trata de norma de ordem pública.
· Exceção = reconhecimento de filho havido fora do casamento (arts. 1.609 e 1.610, CC).
2. Formas de revogação do testamento
Art. 1.969. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito. 
· Quanto a extensão a revogação pode ser:
 - Total;
	 - Parcial.
· Quanto à forma utilizada a revogação pode ser:
	- Expressa;
	- Tácita: a) por incompatibilidade;
		 b) por dilaceração ou abertura do testamento cerrado pelo testador, ou por outrem, com o seu consentimento.
3. Revogação por testamento ineficaz (art. 1.971, CC)
· O importante para que ocorra a revogação é que o novo testamento seja válido, no fundo e na forma.
· Valerá o ato revocatório se o testamento posterior vier a caducar. Testamento caduco é originalmente válido e só não pode ser cumprido devido à falta do beneficiário ou da coisa.
4. Revogação do testamento revocatório
· O testamento revogado não se restaura pelo simples fato de ter sido revogado também o que o revogou.
· Para que ocorra a repristinação das disposições revogadas é necessário que o novo testamento expressamente as declare restauradas.
Rompimento do Testamento 
1. Conceito
· Dá-se a ruptura do testamento nos casos em que há a superveniência de uma circunstância relevante, capaz de alterar a manifestação de vontade do testador, como o surgimento de um herdeiro necessário.
2. Superveniência de descendente sucessível 
“Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador.”
· Nascimento posterior de filho, ou outro descendente;
· Aparecimento de descendente, que o testador supunha falecido, ou cuja existência ignorava;
· Reconhecimento voluntário ou judicial do filho, ou adoção, posteriores à lavratura do testamento. 
3. Surgimento de herdeiros necessários ignorados, depois do testamento. 
“Art. 1.974. Rompe-se também o testamento feito na ignorância de existirem outros herdeiros necessários.”
· Ascendentes (quando supõe que não tinha ascendente algum);
· Cônjuge (quando supõe que o cônjuge está morto). 
4. Subsistência do testamento se conhecida a existência de herdeiros necessários. 
“Art. 1.975. Não se rompe o testamento, se o testador dispuser de sua metade não contemplando os herdeiro necessários de cuja existência sabia, ou quando os exclua dessa parte.”
Testamenteiro 
1. Conceito
· Testamenteiro é o executor do testamento. É o encarregado de cumprir as disposições de última vontade do testador.
“Art. 1.976. O testador pode nomear um ou mais testamenteiros, conjuntos ou separados, para lhe darem cumprimento às disposições de última vontade.” 
2. Espécies de testamenteiro 
· Instituído = nomeado pelo testador;
· Dativo = nomeado pelo juiz;
· Testamenteiro universal, (ver art. 1.977, CC);
· Testamenteiro particular.
“Art. 1.978. Tendo o testamenteiro a posse e administração dos bens, incumbe-lhe requerer o inventário e cumprir o testamento.”
3. Aceitação do encargo pelo testamenteiro 
· Expressa;
· Tácita;
· Presumida.
· O testamenteiro pode livremente aceitar ou recusar a nomeação.
· Uma vez aceita a testamentaria, a renúncia posterior precisa ser motivada. 
4. Atribuições do Testamenteiro 
· Apresentar em juízo o testamento;
· Dar cumprimento às disposições em 180 dias, prorrogáveis, se o testador não conceder maior prazo (art. 1.983);
· Defender a validade do testamento (art. 1.981);
· Exercer a função de inventariante;
· Prestar contas da testamentaria (art. 1.980);
· Defender a posse dos bens da herança;
· As que lhe conferir o testador,nos limites da lei (art. 1.982).
5. Remuneração do Testamenteiro 
· O testamenteiro tem direito ao um prêmio, que se denomina vintena, pelos serviços prestados. 
· O seu montante é fixado livremente pelo testador, ou;
· Arbitrado pelo juiz, entre os limites de 1% a 5% sobre toda a herança líquida.
· Art. 1.987, CC.
· Art. 1.988, CC.
6. Cessação da testamentaria 
· Pela conclusão do encargo;
· Pelo esgotamento do prazo;
· Pela morte do testamenteiro;
· Renúncia;
· Superveniência de motivo que incapacite o testamenteiro para a testamentaria;
· Anulação do testamento;
· Destituição por decreto judicial.
Estudo de caso
Joaquim que era viúvo faleceu no dia 26/03/2020 sem deixar descendentes, ascendentes ou companheira sobrevivente. Deixou dois irmãos bilaterais chamados Tiago e Carlos. Joaquim deixou um testamento público, que já foi apresentado em juízo e registrado para que seja cumprido. As únicas disposições testamentárias de Joaquim foram redigidas nos seguintes termos: “Cláusula Primeira - Instituo herdeiro testamentário o meu amigo João dos Anzóis a quem destino o meu apartamento nº 312, do Edifício Novo Mundo, localizado na Rua 7 de Setembro, nº 423, na cidade de Rio do Sul – SC, imóvel este que deverá ser entregue a ele 3 (três) anos após finalizado o processo de inventário. Cláusula Segunda – Instituo legatário o meu primo Pedro Almeida e a ele destino 50% dos meus bens, a serem entregues a ele somente 4 (quatro) anos após o meu falecimento.” Após o falecimento constatou-se que o falecido era proprietário do apartamento descrito no testamento, avaliado em R$ 300.000,00, além de outros bens no valor de R$ 700.000,00.
Considerando o caso acima, analise as assertivas e depois responda. 
I. A disposição testamentária prevista da Cláusula Segunda do testamento é válida e deverá ser cumprida nos seus exatos termos.
II. A disposição testamentária prevista da Cláusula Segunda do testamento é inválida, pois o Código Civil veda a instituição de herdeiro a termo.
III. A disposição testamentária prevista da Cláusula Primeira do testamento é válida, mas diante da vedação de instituição de herdeiro a termo, será tida como pura e simples, logo, João dos Anzóis poderá receber o apartamento sem necessidade de aguardar-se o prazo de 3 (três) anos. 
IV. A disposição testamentária prevista da Cláusula Segunda do testamento é válida, mas diante da vedação de instituição de herdeiro a termo, será tida como pura e simples, logo, Pedro Almeida receberá a herança sem necessidade de aguardar-se o prazo de 4 (quatro) anos.
Está correto apenas o que se afirma em: *
100 pontos
II
I e III
IV
II e III
I
Estudo de Caso
- Faz hoje dez anos que faleceu o pai desta menina, disse Anselmo apontando para Adelaide. Como sabem o Dr. Bento Varela foi o meu melhor amigo, eu tenho consciência de haver correspondido à sua afeição até aos últimos instantes. Sabem que ele era um gênio excêntrico; toda a sua vida foi uma grande originalidade. Ideava vinte projetos, qual mais grandioso, qual mais impossível, sem chegar ao cabo de nenhum, porque o seu espírito criador tão depressa compunha uma cousa como entrava a planear outra.
- É verdade, interrompeu o major.
- O Bento morreu nos meus braços, e como derradeira prova de sua amizade confiou-me um papel com a declaração de que eu só abrisse em presença dos seus parentes dez anos depois de sua morte. No caso de eu morrer, os meus herdeiros assumiriam esta obrigação; em falta deles, o major, a Sra. Adelaide, enfim qualquer pessoa que por laço de sangue estivesse ligada a ele. Enfim, se ninguém houvesse na classe mencionada, ficava incumbido um tabelião. Tudo isto havia eu declarado em testamento, que vou reformar. O papel a que me refio, tenho aqui no bolso.
ASSIS, M. Contos Fluminenses. São Paulo: Martin Claret, 2006.
Publicado originalmente pela Editora Garnier,
Rio de Janeiro, em 1870 (adaptado).
O fragmento do texto apresentado faz referência a dois testamentos, dos personagens Bento e Anselmo. Com base na relação entre esse texto e o que dispõe o Código Civil de 2002, assinale a opção correta. *
100 pontos
O texto citado expõe o meio testamentário mais simples de ser implementado, considerado, todavia, um ato imperfeito em razão de sua forma hológrafa.
A confirmação do testamento de Bento se daria mediante reconhecimento de sua autenticidade pelos herdeiros necessários – D. Adelaide e o major –, caso em que o juiz, ouvido o Ministério Público, procederia à confirmação.
A modalidade de testamento de Bento e de Anselmo é a mais acessível forma de dispor, embora não seja a mais usual, em decorrência dos riscos que suscita.
O testamento de Bento poderia ter sido escrito de próprio punho ou mediante processo mecânico, mas somente teria validade se lido e assinado por quem o escreveu, na presença de, pelo menos, duas testemunhas herdeiras suas ou qualquer pessoa a ele ligada por laço de sangue.
No caso de falecimento de Anselmo antes do prazo estabelecido por Bento para abertura de seu testamento, os herdeiros do primeiro estariam desincumbidos da obrigação, por se tratar de relação jurídica originalmente complexa, relativa e inter pars.
Estudo de Caso
Quando o testamento foi aberto, Rubião quase caiu para trás. Advinhas por quê. Era nomeado herdeiro universal do testador. Não cinco, nem dez, nem vinte contos, mas tudo, o capital inteiro, especificados os bens, casa na Corte, uma em Barbacena, escravos, apólices, ações do Banco do Brasil e de outras instituições, joias, dinheiro amoedado, livros − tudo finalmente passava às mãos do Rubião, sem desvios, sem deixas a nenhuma pessoa, nem esmolas, nem dívidas. Uma só condição havia no testamento, a de guardar o herdeiro consigo o seu pobre cachorro Quincas Borba, nome que lhe deu por motivo da grande afeição que lhe tinha. Exigia do dito Rubião que o tratasse como se fosse a ele próprio testador, nada poupando em seu benefício, resguardando-o de moléstias, de fugas, de roubo ou de morte que lhe quisessem dar por maldade; cuidar finalmente como se cão não fosse, mas pessoa humana. Item, impunha-lhe a condição, quando morresse o cachorro, de lhe dar sepultura decente, em terreno próprio, que cobriria de flores e plantas cheirosas; e mais desenterraria os ossos do dito cachorro, quando fosse tempo idôneo, e os recolheria a uma urna de madeira preciosa para depositá-los no lugar mais honrado da casa.
(Assis, Machado de. Quincas Borba. p. 25. Saraiva, 2011).
As exigências feitas a Rubião consubstanciam *
100 pontos
condição resolutiva.
encargo.
termo final.
condição suspensiva.
termo inicial.
Estudo de Caso
Joaquim que era viúvo faleceu no dia 26/02/2020 sem deixar descendentes ou companheira sobrevivente. Deixou como único parente vivo o seu pai Carlos. Joaquim deixou um testamento público, que já foi apresentado em juízo e registrado para que seja cumprido. As disposições testamentárias de Joaquim foram redigidas nos seguintes termos: “Cláusula Primeira – Nomeio herdeiro o meu amigo Antônio Albuquerque. Cláusula Segunda – Para o meu amigo Pedro Albuquerque, destino 30% dos meus bens. Cláusula Terceira - Instituo herdeiros testamentários os meus amigos Francisco Azevedo e Sebastião Ferreira, aos quais destino 20% dos meus bens”.
No inventário apurou-se que o falecido deixou bens no valor de R$ 600.000,00 e não possui dívidas a serem pagas.
Todos os herdeiros declararam que aceitam a herança e o testamento não apresenta nenhum vício.
Considerando o caso acima e o que dispõe o Código Civil, responda as perguntas a seguir indicando o valor da herança que cada herdeiro terá direito na partilha dos bens deixados pelo autor da herança (se houver):
(OBS: Responda anotando apenas o valor (ex: 150.000,00) sem o símbolo R$ e sem acrescer nenhum outro caractere ou palavra. Se não tiver direito anote 0,00).
Qual o valor da herança de Pedro Albuquerque? *
Qual o valor da herança de Antônio Albuquerque? *
Qual o valor da herança de Francisco Azevedo? *
Qual o valor da herança de Sebastião Ferreira? *
Qual o valor da herança de Carlos? *
300.000,00
Estudo deCaso
Cláudio faleceu no dia 15/03/2020 deixando cônjuge sobrevivente Alice, com a qual era casado pelo regime de comunhão universal de bens.
O falecido não deixou descendentes nem ascendentes vivos, mas possuía 4 irmãos, sendo eles: Pedro, Antônio, Artur e Ana que eram seus irmãos bilaterais. Todos estão vivos e declararam que aceitam a herança, caso tenham algum direito.
Ao tempo do falecimento, Cláudio e Alice possuíam um patrimônio de R$ 800.000,00, constituído por bens adquiridos onerosamente na constância do casamento. 
Cláudio deixou um testamento público, que já foi apresentado em juízo e registrado para que seja cumprido. A única disposição testamentária de Cláudio foi redigida nos seguintes termos: “Instituo como herdeiro o meu sobrinho Tiago Ferreira”. 
Considerando o caso acima e o que dispõe o Código Civil, responda as questões a seguir indicando o valor da meação da cônjuge sobrevivente (se houver) e indicando o valor do quinhão de cada herdeiro na partilha dos bens deixados pelo autor da herança:
(OBS: Responda anotando apenas o valor (ex: 150.000,00) sem o símbolo R$ e sem acrescer nenhum outro caractere ou palavra. Se não tiver direito anote 0,00).
Qual o valor da meação de Alice? *
Qual o valor da herança de Alice? *
Qual o valor da herança de Pedro? *
Qual o valor da herança de Antônio? *
Qual o valor da herança de Artur? *
Qual o valor da herança de Ana? *
Qual o valor da herança de Tiago Ferreira? *
200.000,00
Estudo de Caso
Joaquim, quando já contava com 62 anos de idade, casou-se com Alice que tinha 35 anos de idade na época. O casamento foi celebrado no dia 10/05/2010 e o regime matrimonial de bens adotado foi o da separação de bens, ajustado em razão da vontade das partes por meio de pacto antinupcial.
No dia 20/02/2019 Joaquim deixando um filho chamado Francisco. Alice, esposa do "de cujus", está viva e convivia com ele ao tempo do falecimento.
Joaquim deixou um testamento público, que já foi apresentado em juízo e registrado para ser cumprido. As disposições testamentárias de Joaquim foram redigidas nos seguintes termos: “CLÁUSULA PRIMEIRA - Instituo herdeiro testamentário o meu amigo Antônio Almeida a quem destino 20% de todos os meus bens, se ele também me contemplar em seu testamento. CLÁUSULA SEGUNDA – Para o meu amigo Pedro Albuquerque, destino 20% de todos os meus bens, mas estabeleço como condição para receber esta herança, que o mesmo conclua a faculdade de direito e seja aprovado do exame de ordem da OAB até 31/12/2019. CLÁUSULA TERCEIRA – Destino o saldo remanescente dos meus bens para os meus demais amigos”.
Ao tempo do falecimento apurou-se que o falecido Joaquim possuía um patrimônio de R$ 1.200.000,00, constituído por bens adquiridos antes do casamento com Alice. Não há dívidas a serem pagas.
Durante a tramitação do processo de inventário os senhores Sebastião, Tiago, Carlos, Fernando, Lauro e Bruno se habilitaram nos autos afirmando serem amigos íntimos do falecido Joaquim e, por conta disso, se consideravam contemplados pela cláusula terceira do seu testamento, requerendo, portanto, o pagamento das suas quotas hereditárias. Todos apresentaram documentos que comprovavam a relação de amizade íntima.
O herdeiro Pedro Albuquerque juntou aos autos do inventário o comprovante de conclusão do curso de direito e de sua aprovação no exame de ordem da OAB realizado no mês de julho de 2019.
Todos os pretensos herdeiros declararam que aceitam a herança e o testamento não apresenta nenhum vício formal, tanto que já foi apresentado em juízo e registrado para ser cumprido.
Considerando o caso acima e o que dispõe o Código Civil, responda as questões a seguir indicando o valor da meação da cônjuge sobrevivente (se houver) e indicando o valor da herança que cada herdeiro terá na partilha dos bens deixados pelo autor da herança (se houver):
(OBS: Responda anotando apenas o valor (ex: 150.000,00) sem o símbolo R$ e sem acrescer nenhum outro caractere ou palavra. Se não tiver direito anote 0,00).
Qual o valor da meação de Alice? *0,00
Qual o valor da herança do cônjuge Alice? *480.000,00
Qual o valor da herança do filho Francisco? *480.000,00
Qual o valor da herança de Antônio Almeida? *0,00
Qual o valor da herança de Pedro Albuquerque? *240.000,00
Qual o valor da herança de Sebastião? *0,00
Qual o valor da herança de Tiago? *0,00
Qual o valor da herança de Carlos? *0,00
Qual o valor da herança de Fernando? *0,00
Qual o valor da herança de Lauro? *0,00
Qual o valor da herança de Bruno? *0,00
Estudo de Caso
Ao confeccionar seu testamento, em janeiro de 2012, Frederico fez constar as seguintes disposições: “CLÁUSULA PRIMEIRA – Ao meu sobrinho Pedro destino o meu apartamento nº 508, situado na rua Duque de Caxias, 485, Centro, na cidade de Rio do Sul/SC, matrícula nº 48.586 do Cartório de Registro de Imóveis de Rio do Sul. CLÁUSULA SEGUNDA – Para minha prima Adriana destino R$ 20.000,00 em moeda corrente nacional. CLÁUSULA TERCEIRA – Nomeio ainda, sucessores universais os meus irmãos Fábio e Beatriz”. Frederico faleceu no dia 14/02/202 e, logo após, o seu testamento foi apresentado em juízo, tendo sido confirmado e registrado para ser cumprido. Constatou-se então que ao tempo do óbito o testador era viúvo e não possuía herdeiros necessários. Durante o inventário apurou-se que o testador não deixou dívidas e o seu patrimônio era composto pelo apartamento descrito no testamento, avaliado em R$ 200.000,00; um terreno rural com 500.000,00 m², avaliado em R$ 500.000,00 e a quantia de R$ 100.000,00 depositados na conta corrente nº 222-2, agência 111, da Caixa Econômica Federal. Todos os sucessores declararam que aceitavam a herança ou o legado que lhes foi destinado por testamento.
Considerando o caso acima é correto afirmar que:
I. O sobrinho Pedro adquiriu a posse e a propriedade do apartamento que lhe foi legado no momento da abertura da sucessão. 
II. A prima Adriana somente irá adquirir a propriedade e poderá exigir o pagamento do seu legado por ocasião da partilha.
III. Apenas os herdeiros testamentários Fábio e Beatriz adquiriram a propriedade e a posse da herança a que têm direito, por ocasião da abertura da sucessão.
Está correto apenas o que se afirma em: *
I e III
II
III
I e II
II e III
60.000,00
400.000,00
200.000,00
0,00
0,00
0,00
0,00
180.000,00
0,00
60.000,00

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