Buscar

REVISÃO- PARTE GERAL DE DIREITO SOCIETARIO E SOCIEDADES DESPERSONIFICADAS.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSO
GOIÂNIA
■ REVISÃO: 
PARTE GERAL 
DO DIREITO 
SOCIETÁRIO.
ELIANE SIMONINI
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS:
As sociedades já existiam na antiguidade, embora fossem reguladas pelo 
Direito Civil, tendo em vista que não se falava na possibilidade de uma 
disciplina autônoma para tratar do Direito Comercial;
O contrato de sociedade estava previsto no Código de Hammurabi [1.772 
a.C.] 243,(sem previsão de registro, personalidade jurídica e outros 
tratamentos mais sofisticados). 
Na Inglaterra durante a Revolução Industrial (século XVIII), surge a primeira 
sociedade criada com personalidade jurídica, a sociedade anônima. A 
limitação da responsabilidade dos investidores era o correspondente ao 
valor de suas ações.
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS:
No Brasil, o Código Comercial de 1850 não conceituou as sociedades 
comerciais; 
CC de 1916 trazia um conceito genérico de sociedade (art. 1.363): 
“celebram contrato de sociedade as pessoas que mutuamente se 
obrigam a combinar seus esforços ou recursos para lograr fins comuns”; 
No século XIX, na Alemanha, surgiu a sociedade limitada, atendendo aos 
anseios de investidores menores, em princípio;
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS:
No Brasil, foi o Código Comercial de 1850 que primeiro 
disciplinou os tipos societários com personalidade 
jurídica, dentre eles a sociedade anônima; somente no 
século seguinte a sociedade limitada foi inaugurada em 
nosso país, na época pelo Decreto n. 3.708/1919.
Atualmente, o C.C. em vigor trás o tratamento para as 
sociedades simples e empresárias, entre elas a Limitada. 
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS E NÃO 
EMPRESÁRIAS.
Segundo o art. 44 do CC, uma das pessoas
jurídicas de direito privado são as sociedades.
Estas podem ser simples ou empresárias,
conforme se depreende da análise do art. 982.
Art. 966. 
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir 
elemento de empresa. 
Art. 44 C.C
“São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
(Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) 
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação 
interna e o funcionamento das organizações religiosas, 
sendo vedado ao poder público negar-lhes 
reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e 
necessários ao seu funcionamento. § 2o As disposições 
concernentes às associações aplicam-se 
subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II 
da Parte Especial deste Código § 3o Os partidos políticos 
serão organizados e funcionarão conforme o disposto em 
lei específica.
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que
reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou
serviços, para o exercício de atividade econômica e a
partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A
atividade pode restringir-se à realização de um ou mais
negócios determinados.
SOCIEDADES SIMPLES E 
EMPRESÁRIAS 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, 
considera-se empresária a sociedade que 
tem por objeto o exercício de atividade 
própria de empresario sujeito a registro (art. 
967); e, simples, as demais. Parágrafo 
único. Independentemente de seu objeto, 
considera-se empresária a sociedade por 
ações; e, simples, a cooperativa.
REGRA GERAL: definição da 
empresarialidade pelo OBJETO da 
sociedade (artigo 966):
OBSERVAÇÕES: 
• S.A. e Comandita por ações sempre serão empresárias (art. 982, §
único) 
• Soc. Cooperativas sempre consideradas simples (art. 982, § único) 
• Sociedades de advogados, sempre serão sociedades simples (art. 
15 e 16, Lei 8.906/1994 – Estatuto da OAB). 
REQUISITOS GENÉRICOS:
ELEMENTOS GERAIS: (art. 104 do CC): 
• Capacidade (art. 972 e 981 CC) 
• Objeto lícito (art.35, I e III, Lei 8.934/94) 
• Forma prescrita ou não defesa em lei (arts. 967-968 c/c 
987): forma livre, escrita apenas para o gozo de certas
vantagens (tributárias e mercantis).
: 
REQUISITOS 
ESPECÍFICOS DO 
CONTRATO SOCIAL: 
ARTIGO 997: A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou 
público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se 
pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios,
se jurídicas;
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender 
qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus 
poderes e atribuições;
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, 
contrário ao disposto no instrumento do contrato.
ELEMENTOS ESPECÍFICOS:
A) CONTRIBUIÇÃO PARA O CAPITAL SOCIAL: 
❖ Todos os sócios devem contribuir (art. 1.004, CC): capital social ≠ 
patrimônio. 
❖ Possui três funções: formar o fundo patrimonial inicial, definir a 
participação de cada sócio e constituir o capital inicial. 
❖ A contribuição deve ser feita em dinheiro, bens ou trabalho. NÃO 
se admite a contribuição em trabalho nas sociedades limitadas, 
nas sociedades anônimas e por parte dos sócios comanditários 
nas sociedades em comandita simples (art. 1.006, CC).
ELEMENTOS ESPECÍFICOS:
B) PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E NAS PERDAS:
❖Os resultados da atividade empresarial devem ser divididos entre 
os sócios.
❖A divisão deve ser proporcional ao n. de cotas (art. 1.008, CC . 
❖Compete ao ato constitutivo da sociedade determinar a forma da 
divisão. 
❖Em caso de silêncio, será feita conforme à participação no capital 
social. 
Personalidade jurídica. A criação da sociedade A
sociedade, enquanto um acordo entre sócios,
surge com o contrato (verbal ou escrito); no
entanto, para que essa sociedade tenha existência
própria e personalidade jurídica é indispensável
atender ao que determina a lei.
SOCIEDADES PERSONIFICADAS E NÃO 
PERSONIFICADAS:
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
Sociedades de responsabilidade limitada são aquelas em que os sócios não podem
ser responsabilizados pelos prejuízos do negócio para além das suas cotas
de participação. Portanto, a responsabilidade dos sócios é proporcional ao capital
investido, mesmo que todos respondam solidariamente pelo capital total.
Isso significa que o patrimônio social da empresa não se confunde com
o patrimônio individual dos titulares, que fica protegido em caso de falência,
débitos ou disputas judiciais da empresa. Por esse motivo, as sociedades limitadas
são as mais comuns no Brasil.
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio
participa dos lucros e das perdas, na proporção das
respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição
consiste em serviços, somente participa dos lucros na
proporção da média do valor das quotas.
Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua
qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.
C. AFFECTIO SOCIETATIS
A Affectio societatis ou bona fideis societatis é o
elemento subjetivo, intencional, que denota a vontade,
por parte do sócio, de contrair a sociedade. É o animus,
a intenção, a vontade dos sócios, da união e da
aceitação das normas de constituição e funcionamento
da sociedade.
Sua violação, pode dar causa à dissolução da
sociedade.
SOCIEDADES 
PERSONIFICADAS: 
A personalidadejurídica da
“sociedade empresária” é adquirida
com seu registro no Registro Público
das Empresas Mercantis(Junta
Comercial), e a “sociedade simples”,
ao se registrar no Registro Civil das
Pessoas Jurídicas(CC, art. 985 c/c
arts. 45 e 1.150).
As sociedades de advogados não
são registradas no Registro Civil das
Pessoas Jurídicas, mas sim nas
Seccionais daOAB (Lei n. 8.906/94,
art. 15, § 1º).
Desconsideração da personalidade 
jurídica: 
Constitui-se no afastamento da personalidade jurídica de uma sociedade.
Dessa forma, desconsidera-se a personalidade jurídica para atingir o patrimônio 
pessoal de seus sócios quando a sociedade é utilizada como instrumento para a 
fraude, abuso de direito, for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados a 
consumidores, meio ambiente, ilicitudes, (falência, insolvência e encerramento 
irregular decorrentes de má administração - no sentido de irregularidade -, fraude, 
dolo).
Está prevista em diversos diplomas, entre eles: 
O Código Civil , artigo 50; Código de Proteção e Defesa do Consumidor, art. 28;
Código Tributário Nacional e a Lei de Execuções fiscais;
A Consolidação das Leis do Trabalho; A Lei de Recuperação Judicial e Falência (Lei 
11.101/05); CPC, entre outras. 
Sociedades despersonificadas:
Conforme regula o código civil, são sociedades não personificadas
as sociedades em comum, previstas pelos arts. 986 a 990 e as sociedades em
conta de participação, reguladas pelos arts.991 ao 996.
A sociedade não personificada é desprovida de personalidade jurídica, porque seu ato
constitutivo não foi registrado no cartório competente
A doutrina expõe que elas podem ser uma sociedade de fato ou irregular.
As irregulares são as que nem possuem por si só a ato constitutivo, já as de fato são
aquelas que não possuem registro na junta comercial, ambas ficarão sujeitas as sanções
pela falta de registro no órgão competente. O código civil denomina sociedades
irregulares ou de fato como “sociedade em comum.
SOCIEDADE EM COMUM: artigos 986 a 990 do Código Civil.
Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em
organização, pelo disposto nestas regras, observadas, subsidiariamente e no que com ele
forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a
existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.
Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em
comum.
SOCIEDADE EM COMUM: Artigas 986 a 990 do Código Civil.
Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer
dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá
eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer.
Na sociedade em comum, todos os sócios respondem solidária e
ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de
ordem, previsto no art. 1.024 do Código Civil, aquele que contratou
pela sociedade.
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO -
SCP
Na sociedade em conta de participação, a atividade
constitutiva do objeto social é exercida unicamente
pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob
sua própria e exclusiva responsabilidade, participando
os demais dos resultados correspondentes.
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO -
SCP
O sócio ostensivo, na SCP, é aquele que realiza o objetivo
social da sociedade em nome próprio e assume pessoalmente
as obrigações e direitos do negócio, sendo, inclusive,
responsável pela administração.
O sócio oculto ou participante, apenas participa da sociedade
sem praticar qualquer ato de administração ou gestão.
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO -
SCP
❖Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e,
exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do
contrato social.
❖A constituição da sociedade em conta de participação independe de
qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de
direito.
❖O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a
eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não
confere personalidade jurídica à sociedade.
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO -
SCP
❖Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o
sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo
com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas
obrigações em que intervier.
❖A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo,
patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos
negócios sociais.
❖A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos
sócios.
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO -
SCP
❖FALÊNCIA DO SÓCIO OSTENSIVO:
A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a 
liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito 
quirografário.
❖FALÊNCIA DO SÓCIO PARTICIPANTE:
Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que 
regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO -
SCP
❖Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir
novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.
❖Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no
que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a
sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na
forma da lei processual.
❖Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão
prestadas e julgadas no mesmo processo.
ADVERTÊNCIA:
O presente material, constitui-se em mero
roteiro de estudos de modo que, não 
esgota a matéria ou torna desnecessário o 
aprofundamento dos estudos em fontes 
doutrinárias diversa.

Continue navegando