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Sistema-Prisional-e-Segurança-Pública 59p

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1 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
SISTEMA PRISIONAL E 
SEGURANÇA PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
 
2 
 
I - DA PRISÃO 
 
Apostila montada com base no texto da Autora: Dra. Maria da Penha Meirelles Almeida Costa 
 
1. Conceito de prisão 
 
 
http://onjack.com.br/wp-content/uploads/2015/06/presos-por-inadimplencia-de-pensao-
sobrecarregam-presidios-em-minas.jpg 
 
É a privação da liberdade de locomoção em virtude do recolhimento da pessoa 
humana ao cárcere, seja em virtude de flagrante delito, ordem escrita e fundamentada 
competente, seja nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar. 
 
3 
 
 
2. Espécies de prisão 
 
a) Prisão-pena ou prisão penal: é a que resulta de condenação transitada em 
julgado, na qual foi imposta pena privativa de liberdade. Tem finalidade repressiva. 
 
b) Prisão processual penal ou cautelar, também denominada prisão cautelar ou 
prisão provisória, subdivide-se em três modalidades: 
 
b.1. Prisão em flagrante (CPP arts. 301 a 310); 
 
b.2. Prisão preventiva (CPP, arts. 311 a 318); 
 
b.3. Prisão temporária (Lei n. 7.960, de 21-12-1989). 
 
c) Prisão civil: é a decretada em casos de devedor de alimentos e depositário infiel, 
única permitida pela Constituição (art. 5º, LXVII). 
 CADH- Convenção Americana de Direitos Humanos - só ressalva a prisão civil do 
devedor de alimentos. 
 
Cancelamento da Súmula 619 STF. 
 
Por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou, 
nesta quarta-feira (03), o Recurso Extraordinário (RE) 349703 e, por 
 
4 
 
unanimidade, negou provimento ao RE 466343, que discutiam a prisão 
civil de alienante fiduciário infiel. O Plenário estendeu a proibição de 
prisão civil por dívida, prevista no artigo 5º, inciso LXVII, da 
Constituição Federal (CF), à hipótese de infidelidade no depósito de 
bens e, por analogia, também à alienação fiduciária, tratada nos dois 
recursos. 
Assim, a jurisprudência da Corte evoluiu no sentido de que a prisão 
civil por dívida é aplicável apenas ao responsável pelo inadimplemento 
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. O Tribunal entendeu 
que a segunda parte do dispositivo constitucional que versa sobre o 
assunto é de aplicação facultativa quanto ao devedor – excetuado o 
inadimplente com alimentos – e, também, ainda carente de lei que 
defina rito processual e prazos. 
Em toda a discussão sobre o assunto prevaleceu o entendimento de 
que o direito à liberdade é um dos direitos humanos fundamentais 
priorizados pela Constituição Federal (CF) e que sua privação somente 
pode ocorrer em casos excepcionalíssimos. E, no entendimento de 
todos os ministros presentes à sessão, neste caso não se enquadra a 
prisão civil por dívida. 
 
Súmula Vinculante n.º 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que 
seja a modalidade de depósito. 
 
d) Prisão disciplinar: permitida pela Constituição para o caso de transgressões 
militares e crimes militares (CF, art. 5º, LXI). 
 
Obs.: A prisão administrativa foi abolida pela nova ordem constitucional. 
 
5 
 
A prisão para averiguação, que é a privação momentânea da liberdade, fora 
das hipóteses de flagrante e sem ordem escrita do juiz competente, além de 
inconstitucional, configura crime de abuso de autoridade (Lei. n. 4.898/65, art. 
3º, a e i). 
 
 
https://encrypted-
tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRiYafEa7PTfIsTRZg95FW9EuFxRhBmMJJu1BXKn3
9-7BEeN9Au 
 
Art. 282. A exceção do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-se senão em 
virtude de pronúncia ou nos casos determinados em lei, e mediante ordem escrita da 
autoridade competente. 
As hipóteses de prisão processual, que é a que nos interessa especialmente no 
presente estudo, são as seguintes: 
 
 
6 
 
 A prisão em flagrante; 
 
 A prisão preventiva; 
 
 A prisão temporária; 
 
A prisão processual tem natureza cautelar, ou seja, visa a proteger bens jurídicos 
envolvidos no processo ou que o processo pode, hipoteticamente, assegurar. 
Isso significa que precisam estar presentes os pressupostos das medidas cautelares, 
que são o fumus boni iuris e o periculum in mora. O fumus boni iuris é a 
probabilidade de a ordem jurídica amparar o direito que, por essa razão, merece ser 
protegido. O periculum in mora é o risco de perecer que corre o direito se a medida 
não for tomada para preservá-lo. 
O primeiro princípio que rege a prisão processual informa que: a prisão não se mantém 
nem se decreta se não houver perigo à aplicação da lei penal, perigo à ordem 
pública ou necessidade para a instrução criminal. 
O segundo princípio é o de que a prisão deve ser necessária para que se alcance 
um daqueles objetivos. Não pode caber qualquer critério de oportunidade ou 
conveniência; o critério é de legalidade e de adequação a uma das hipóteses legais. 
O terceiro princípio é o de que os fundamentos da prisão processual podem 
suceder-se, mas não se cumulam. Assim, se a prisão em flagrante é válida, não se 
decreta, sobre ela, a preventiva. Esta ou aquela, por sua vez, são substituídas pela 
prisão por pronúncia ou por sentença condenatória recorrível. 
 
 
7 
 
3. Prisão em domicílio 
 
 
 
http://www.redeto.com.br/images/noticia/20140312094223_prisao.jpg 
 
A Constituição Federal dispõe, no seu art. 5º, XI, que “a casa é o asilo inviolável do 
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou 
durante o dia, por determinação judicial”. Com isso, temos duas situações distintas 
- a violação do domicílio à noite e durante o dia: 
 
a) durante a noite: somente se pode penetrar no domicílio alheio em quatro 
hipóteses: 
 Com o consentimento do morador; 
 Em caso de flagrante delito; 
 Desastre; ou 
 Para prestar socorro. 
 
8 
 
 
b) durante o dia, cinco são as hipóteses: 
 Consentimento do morador; 
 Flagrante delito; 
 Desastre; 
 Para prestar socorro; ou 
 Mediante mandado judicial de prisão ou de busca 
eapreensão 
 
Assim, havendo mandado de prisão, a captura, no interior do domicílio, somente pode 
ser efetuada durante o dia (das 6 às 18 horas), dispensando-se, nesse caso, o 
consentimento do morador. 
Durante a noite, na oposição do morador ou da pessoa a ser preso, o executor não 
poderá invadir a casa, devendo aguardar que amanheça para dar cumprimento ao 
mandado, sob pena de, ao violar, estar caracterizado o crime de abuso de autoridade, 
conforme Lei n. 4.898/65, art. 4º, a). 
 
4. Mandado de Prisão 
 
Salvo o caso de flagrante, a prisão sempre se efetiva com mandado escrito da 
autoridade judicial, representado por um instrumento que corporifica a ordem judicial 
competente. 
 
 
9 
 
Art. 285. “A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo 
mandado”. 
 
4.1. Requisitos do mandado de prisão: 
 
 Deve ser lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade competente; 
 
 Deve designar a pessoa que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais 
característicos; 
 
 Deve conter a infração penal que motivou a prisão (a CF exige que a ordem seja 
fundamentada - art. 5º, LXI); 
 
 Deve indicar qual o agente encarregado de seu cumprimento (oficial de justiça ou 
agente da polícia judiciária); 
 
4.2. Cumprimento do mandado: 
 
 A prisão poderá ser efetuada a qualquer dia e a qualquer hora, inclusive domingos 
e feriados, e mesmo durante a noite, respeitada apenas a inviolabilidade do 
domicílio acima mencionada (CPP, art. 283); 
 O executor entregará ao preso, logo depois da prisão, cópia do mandado, a fim de 
que o mesmo tome conhecimento do motivo pelo qual está sendo preso, conforme 
art. 286, do CPP); 
 
10 
 
 
 O preso será informado de seus direitos, entreos quais o de permanecer calado, 
sendo-lhe assegurada à assistência da família e de advogado (CF, art. 5º, LXIII); 
 
 O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório extrajudicial (CF, art. 5º, LXIV); 
 
 A prisão, excepcionalmente, pode ser efetuada sem a apresentação do mandado, 
desde que o preso seja imediatamente apresentado ao juiz que determinou sua 
expedição, conforme art. 287 do CPP). 
 
 Não é permitida a prisão de eleitor, desde 5 dias antes até 48 horas depois da 
eleição, salvo flagrante delito ou em virtude de sentença penal condenatória (art. 
236, caput, do Código Eleitoral). 
 
5. Custódia 
 
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao 
respectivo diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor 
ou apresentada à guia expedida pela autoridade competente, devendo ser passado 
recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora. 
 
A custódia, sem a observância dessas formalidades, constitui crime de abuso de 
autoridade (Lei n. 4.898/65, arts. 3º, a, e 4º, a). No caso de custódia em penitenciária, 
 
11 
 
há necessidade de expedição de guia de recolhimento, nos termos dos arts. 105 e 
106 da Lei de Execução Penal. 
 
6. Prisão fora do território do juiz 
 
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz 
processante, será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro 
teor do mandado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de 
comunicação, do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança 
se arbitrada. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias 
para averiguar a autenticidade da comunicação. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo 
máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida. (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de 
prisão em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa 
finalidade. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado 
de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência 
territorial do juiz que o expediu. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem 
registro no Conselho Nacional de Justiça, adotando as precauções necessárias para 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art2
 
12 
 
averiguar a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a decretou, 
devendo este providenciar, em seguida, o registro do mandado na forma 
do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 3o A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento 
da medida o qual providenciará a certidão extraída do registro do Conselho Nacional 
de Justiça e informará ao juízo que a decretou. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 4o O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 
5o da Constituição Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, 
será comunicado à Defensoria Pública. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 5o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do 
executor ou sobre a identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2o do art. 290 deste 
Código. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 6o O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do mandado de 
prisão a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011) 
 
7. Prisão em perseguição 
 
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou 
comarca, o executor poderá efetuar lhe a prisão no lugar onde o alcançar, 
apresentando-o imediatamente à autoridade local, depois de lavrado, se for o caso, o 
auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso. 
 
 Parágrafo 1º - Entender-se-á que o executor vai à perseguição do réu, quando: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art2
 
13 
 
 
http://i1.r7.com/data/files/2C95/948E/37E7/6BC1/0137/E7F9/5B14/375E/prisao-hg-20120613.jpg 
 
a) tendo-o avistado, for perseguindo sem interrupção, embora depois o tenha 
perdido de vista; 
 
 b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, 
há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for ao seu 
encalço. 
 
 Parágrafo 2º - Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para 
duvidar da legitimidade da pessoa do executor ou da legalidade do mandado que 
apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida. 
 
 
14 
 
Nesta hipótese, contanto que a perseguição não seja interrompida, o executor poderá 
efetuar a prisão onde quer que alcance o capturando, desde que dentro do território 
nacional. 
 
8. Prisão especial 
 
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade 
competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva: 
 
I - os ministros de Estado; 
 
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do 
Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores 
e os chefes de Polícia. 
 
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e 
das Assembleias Legislativas dos Estados; 
 
IV - os cidadãos inscritos no “Livro de Mérito”; 
 
V - os oficiais das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros; 
 
VI - os magistrados; 
 
 
15 
 
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; 
 
VIII - os ministros de confissão religiosa; 
 
IX - os ministros do Tribunal de Contas; 
 
X - os cidadãos que já tiveram efetivamente a função de jurado, salvo quando 
excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função; 
 
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e 
inativos. 
 
Leis especiais ampliam o rol, como por exemplo, para professores e pilotos de 
aeronaves. 
 
Consoante redação do artigo supramencionado, observamos que determinadas 
pessoas, em razão da função que desempenham ou de uma condição especial que 
ostentam, têm direito à prisão provisória em quartéis ou em cela especial. 
 
O Superior Tribunal de Justiça já decidiu que, na ausência de acomodações 
adequadas em presídio especial, o titular do benefício poderá ficar preso em 
estabelecimento militar (HC 3.375-2, 5ª T., DJU, 12 jun. 1995, p.17634). 
A prisão especial perdurará enquanto não transitar em julgado a sentença 
condenatória. Após esta, o condenado será recolhido ao estabelecimento comum. 
 
16 
 
O presidente da República, durante o seu mandado, não está sujeito a nenhum tipo 
de prisão provisória,já que Constituição Federal exige sentença condenatória (art. 86, 
parágrafo 3º). 
 
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem 
definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal. (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
 Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos 
procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde 
ficará preso à disposição das autoridades competentes. (Incluído pela Lei nº 12.403, 
de 2011). 
 
9. Prisão provisória domiciliar 
 
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado 
em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o 
agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
 
17 
 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de 
idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto 
risco. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos 
estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
 
http://www.dercio.com.br/media/images/dynamic/images_blog/prisao_3.jpg.554x318_q85_crop.jpg 
 
Nas localidades onde não houver estabelecimento adequado para o recolhimento em 
prisão especial, o juiz, considerando a gravidade da infração e ouvido o Ministério 
Público, poderá autorizar a prisão do réu ou indiciado na própria residência, de onde 
não poderá ele afastar-se sem prévia autorização judicial (Lei n. 5.256, de 6-4-1967). 
A prisão domiciliar não exonera o preso de comparecer e de outras restrições 
estabelecidas pelo juiz. Poderá haver vigilância quanto ao cumprimento da prisão 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
 
18 
 
domiciliar, mas deverá respeitar a intimidade da residência. A violação de qualquer 
das condições impostas implicará perda do benefício, devendo o réu ser recolhido a 
estabelecimento penal, onde permanecerá separado dos demais presos. 
A prisão domiciliar tem sido utilizada como alternativa para a prisão-albergue (forma 
de cumprimento de pena, regime aberto), em locais em que não há estabelecimento 
adequado para o cumprimento da prisão-albergue. Essa prática, ainda que 
justificável, não tem base legal, porque a prisão domiciliar, enquanto forma de 
cumprimento da pena alternativa ao regime aberto, só é prevista para o condenado 
maior de 80 anos, ou extremamente debilitado, dentre outros. 
 
II - PRISÕES CAUTELARES 
 
1. Prisão em flagrante 
 
O termo flagrante provém do latim flagrare, que significa queimar, arder, ou seja, 
representa o crime que ainda queima, que está sendo cometido ou acabou de sê-lo. 
É, portanto, medida restritiva da liberdade, de natureza cautelar, consistente na 
prisão, independente de ordem escrita do juiz competente, de quem é surpreendido 
cometendo, ou logo após ter cometido, um crime ou uma contravenção. Consoante 
entendimento da maioria da doutrina. No flagrante deve haver a certeza visual do 
crime, razão pela qual a pessoa que o assiste está autorizada a prender o seu autor, 
conduzindo-o, em seguida, à autoridade competente, conforme autorização legal 
prevista no art. 301, do CPP. 
 
19 
 
 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes 
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
 
1.1. Espécies de flagrante 
 
As espécies de flagrante estão implícitas na própria norma processual abaixo 
transcrita. Vejamos: 
 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
 
I - está cometendo a infração penal; 
II - acaba de cometê-la; 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, 
em situação que faça presumir ser autor da infração; 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da infração. 
 
a) Flagrante próprio (perfeito, real ou verdadeiro) - CPP, art. 302, I e II. 
 
É aquele em que o agente é surpreendido cometendo uma infração penal ou 
quando acaba de cometê-la. 
 
b) Flagrante impróprio (irreal ou quase-flagrante) - CPP, art. 302, III. 
 
20 
 
 
Ocorre quando o agente é perseguido, logo após cometer o ilícito, em situação 
que faça presumir ser o autor da infração. A expressão “logo após” 
compreende todo o espaço de tempo necessário para a polícia chegar ao local, 
colher as provas elucidadoras da ocorrência do delito e dar início à perseguição 
do autor. Não tem qualquer fundamento a regra popular de que e de vinte e 
quatro horas o prazo entre a hora do crime e a prisão em flagrante, pois, no 
caso de flagrante impróprio, a perseguição pode levar até dias, desde que 
ininterrupta. 
 
c) Flagrante presumido (ficto ou assimilado) - CPP, art. 302, IV. 
 
O agente é preso, logo depois de cometer a infração, com instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração. Não é 
necessário que haja perseguição, bastando que a pessoa seja encontrada logo 
depois da prática do ilícito em situação suspeita. A doutrina tem entendido que 
o “logo depois”, do flagrante presumido, comporta um lapso temporal maior do 
que o “logo após”, do flagrante impróprio. 
 
d) Flagrante preparado ou provocado – delito de ensaio – delito putativo por 
obra do agente provocador 
 
Uma vez provado, estará presente a modalidade de crime impossível, pois, 
embora o meio empregado e o objeto material sejam idôneos, há um conjunto 
 
21 
 
de circunstâncias previamente preparadas que eliminam totalmente a 
possibilidade de produção do resultado. Neste caso, em face da ausência de 
vontade livre e espontânea do infrator e da ocorrência de crime impossível, a 
conduta é considerada atípica. Aliás, o entendimento jurisprudencial é farto 
neste sentido. 
Acaba configurando a hipótese de prisão ilegal devendo ser Relaxada. 
Súmula 145 STF: NÃO HÁ CRIME, QUANDO A PREPARAÇÃO DO FLAGRANTE 
PELA POLÍCIA TORNA IMPOSSÍVEL A SUA CONSUMAÇÃO. 
 
e) flagrante esperado 
 
Nesse caso, a atividade do policial ou do terceiro consiste em simples aguardo 
do momento do cometimento do crime, sem qualquer atitude de induzimento 
ou instigação. 
A prisão neste caso é LEGAL. Não há induzimento, não há agente provocador. 
 
f) Flagrante prorrogado ou retardado 
 
Está previsto no art. 2º, II da Lei n. 9.034/95, chamada de Lei do Crime 
Organizado, e “consiste em retardar a interdição policial do que se supõe ação 
praticada por organizações criminosas ou a ela vinculada, desde que mantida 
sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no 
momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento 
de informações”. Neste caso, portanto, o agente policial detém 
 
22 
 
discricionariedade para deixar de efetuar a prisão em flagranteno momento em 
que presencia a prática da infração penal, podendo aguardar um momento 
mais importante do ponto de vista da investigação criminal ou da colheita de 
prova. Somente é possível na ocorrência de crime organizado. 
 
g) flagrante forjado ou urdido 
 
Quando a autoridade policial ou particulares criam provas de um crime 
inexistente, a fim de firmar um flagrante. 
É uma prisão ILEGAL. 
 
Obs.: O flagrante é obrigatório quando a autoridade policial ou seus agentes 
estão obrigados a efetuar a prisão em flagrante, não tendo discricionariedade 
sobre a conveniência ou não de efetivá-la. Ocorre em qualquer das hipóteses 
previstas no art. 302 (flagrante próprio, impróprio e presumido). 
 
O flagrante é facultativo quando se referir às pessoas comuns do povo, que 
consiste na faculdade de efetuá-lo ou não, de acordo com critérios de 
conveniência e oportunidade. Abrange, também, todas as espécies de 
flagrante estabelecidas no art. 302, do CPP. 
 
 
 
 
 
23 
 
1.2. Flagrante nas várias espécies de crimes 
 
a) Crime permanente: enquanto não cessar a permanência, o agente encontra-
se em situação de flagrante delito (art. 303). Art. 303. Nas infrações permanentes, 
entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. 
b) Crime de ação penal privada: nada impede a prisão em flagrante, uma vez 
que o art. 301 não distingue entre crime de ação pública e privada, referindo-
se genericamente a todos os sujeitos que se encontrarem em flagrante delito. 
No entanto, capturado o autor da infração, deverá o ofendido autorizar a 
lavratura do auto ou ratificá-la dentro do prazo da entrega da nota de culpa, sob 
pena de relaxamento. 
c) Crime Habitual: é aquele que depende da reiteração de determinada conduta, 
ex: exercício ilegal da medicina – art. 282, CP. É possível o flagrante, desde 
que, no momento da captura seja provada a habitualidade. 
d) Crimes Culposos: é perfeitamente possível. 
e) Crimes Formais: é possível que ocorra o flagrante, que deve ocorrer enquanto 
o agente estiver em situação de flagrância, e não no momento do exaurimento 
do delito. 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
1.3. Formalidades do auto de prisão em flagrante 
 
 
http://portalcorreio.uol.com.br/obj/83/104925,362,80,0,0,362,271,0,0,0,0.jpg 
 
São as seguintes as etapas do auto de prisão em flagrante: 
 
a) Antes da lavratura do auto, a autoridade policial deve comunicar à família do 
preso, ou à pessoa por ele indicada, acerca da prisão (CF, art. 5º, LXIII, 2ª parte); 
b) Em seguida, procede-se à oitiva do condutor (agente público ou particular), que 
é a pessoa que conduziu o preso até a autoridade. 
c) Após, ouvem-se as testemunhas que acompanharam o condutor, que devem 
ser, no mínimo, duas (a jurisprudência tem admitido que o condutor funcione 
como testemunha, necessitando-se, portanto, de apenas mais uma, além dele - 
RT, 665/297); 
 
25 
 
d) A falta de testemunhas da infração não impedirá a lavratura do auto de prisão 
em flagrante, mas, nesse caso, com o condutor deverão assinar a peça pelo 
menos duas pessoas que tenham testemunhado a apresentação do preso à 
autoridade (testemunhas instrumentais ou indiretas); estas testemunhas só 
servem para confirmar que o preso foi apresentado pelo condutor à autoridade; 
e) Ouvidas às testemunhas, a autoridade interrogará o acusado sobre a imputação 
que lhe é feita (CPP, art. 304), devendo alertá-lo sobre o seu direito 
constitucional de permanecer calado (CF, art. 5º, LXIII); em caso de crime de 
ação privada ou pública condicionada, deve ser procedida, quando possível à 
oitiva da vítima; 
f) A presença de advogado não é obrigatória, não é necessário curador para menor 
de 21 anos, mas para incapaz é necessário; 
g) O auto é lavrado pelo escrivão e por ele encerrado, devendo ser assinado pela 
autoridade, condutor, ofendido (se ouvido), testemunhas (ou testemunha), pelo 
preso, seu curador (se incapaz) ou defensor; 
h) No caso de alguma testemunha ou do ofendido recusarem-se, não souberem ou 
não puderem assinar o termo, a autoridade pedirá a alguém que assine em seu 
lugar, depois de lido o depoimento na presença do depoente (CPP, art.216); 
i) se o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto será 
assinado por duas testemunhas (instrumentárias) que tenham ouvido a leitura, 
na presença do acusado, do condutor e das testemunhas (CPP, art.304, § 3º); 
encerrada a lavratura do auto de prisão em flagrante, à prisão deve ser 
imediatamente comunicada ao juiz competente que, por sua vez, deve dar vista 
ao Ministério Público para que este, na qualidade de fiscal da lei, se manifeste 
 
26 
 
sobre a regularidade formal do auto de prisão em flagrante e sobre a 
possibilidade de liberdade provisória. 
j) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou 
à pessoa por ele indicada. E em até vinte e quatro horas após a lavratura do 
auto, será dada nota de culpa ao preso, que é um instrumento informativo dos 
motivos da prisão. Dela constará, nome do condutor e os das testemunhas (CPP, 
art.306, caput). A não entrega da nota de culpa dentro do prazo acima fixado, 
implica, obrigatoriamente, no relaxamento da prisão em flagrante. 
 
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de 
lavrado o auto de prisão em flagrante. 
 
2. Prisão preventiva 
 
2.1. Conceito 
 
Representa uma das espécies do gênero “prisão cautelar ”, cuja detenção antecede a 
sentença penal condenatória. Somente poderá ser decretada pelo juiz durante o 
inquérito policial ou o processo criminal, sempre que estiverem preenchidos os 
requisitos legais e ocorrerem os motivos autorizadores. 
 
Art. 311- Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá 
a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou 
 
27 
 
a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por 
representação da autoridade policial 
 
2.2. Requisitos e pressupostos legais para a prisão preventiva 
 
Os requisitos legais e os pressupostos para a decretação da prisão preventiva vêm 
implícitos no art. 312, do CPP, senão vejamos: 
 
 Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem 
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para 
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova de existência do crime 
e indícios suficientes da autoria. 
 
2.2.1. Requisitos: 
 
a) garantia da ordem pública: a prisão cautelar é decretada com a 
finalidade de preservar bem jurídico essencial à convivência social, como, por 
exemplo, a proteção social contra réu perigoso que poderá voltar a delinquir; 
a proteção das testemunhas ameaçadas pelo acusado ou proteção da vítima, 
garantindo a credibilidade da justiça, em crimes que provoquem grande 
clamor popular; 
 
b) conveniência da instrução criminal: visa impedir que o agente 
perturbe ou impeça a produção de provas, ameaçando testemunhas, 
 
28 
 
apagando vestígios do crime, destruindo documentos etc., situações que 
demonstram evidente o periculum in mora, pois não se chegará à verdade real 
se o réu permanecer solto até o final do processo. 
 
c) garantia de aplicação da lei penal: no caso de iminente fuga do agente 
do distrito da culpa, inviabilizando a futura execução da pena. Se o acusado 
ou indiciado não tem residência fixa, ocupação lícita, nada, enfim, que o 
radique no distrito de culpa, há um sério risco para a eficácia da futura decisão 
se ele permanecer solto até o final do processo, diante da sua provável 
evasão. 
 
d) garantia da ordem econômica: o art. 86 da Lei n. 8.884, de 11 de junho 
de 1994 (Lei Antitruste), incluiu no art. 312 do CPP esta hipótese de prisão 
preventiva. Trata-se de uma repetição do requisito“garantia da ordem 
pública”. 
 
2.2.2. Pressupostos: 
 
a) prova da existência do crime (prova da materialidade delitiva) 
 
b) indícios suficientes da autoria. 
 
Com efeito, esses pressupostos constituem o fumus boni iuris para a 
decretação da custódia. O juiz somente poderá decretar a prisão preventiva 
 
29 
 
se estiver demonstrada a probabilidade de que o réu tenha sido o autor de um 
fato típico. 
 
Observa-se que, nessa fase, não se exige prova plena, bastando meros 
indícios, isto é, que se demonstre a probabilidade do réu ou indiciado ter sido 
o autor do fato delituoso. A dúvida, portanto, milita em favor da sociedade, e 
não do réu (princípio do in dubio pro societate). 
Os fundamentos da preventiva nada mais são do que o outro da tutela 
cautelar, qual seja, o periculum in mora. 
 
2.3. Momento para a decretação da prisão preventiva 
 
Conforme previsto no art. 311, do CPP, supramencionado, a prisão preventiva pode 
ocorrer em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, em virtude de 
requerimento do Ministério Público, representação da autoridade policial (seguida de 
manifestação do parquet), ou de ofício pelo juiz. Cabe tanto em ação penal pública 
quanto em ação privada. 
 
Nada obsta que se, não houver IP, o próprio Ministério Público a requeira, quando já 
tiver materialidade e indícios suficientes de autoria, comprovados por documento. 
 
Decretada à prisão preventiva, na fase do inquérito policial, terá a autoridade policial 
o prazo de 10(dez) dias para concluí-lo. 
 
 
30 
 
Encerrada a fase instrutória, a prisão cautelar só pode decorrer de sentença penal 
condenatória recorrível. 
 
Obs.: Se, recebidos os autos de inquérito policial relatados, o Ministério Público 
devolvê-los para diligências complementares, o juiz não poderá decretar a prisão 
preventiva, pois, se ainda não há indícios de autoria suficientes para a denúncia, o juiz 
não poderá decretá-la. Entretanto, convém lembrar o art. 10, caput, do CPP, onde o 
prazo para a conclusão do inquérito, no caso de haver prisão preventiva, começa a 
contar do cumprimento efetivo do mandado. 
 
2.4. Admissibilidade da prisão preventiva 
 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da 
prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima 
superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em 
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, 
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das 
medidas protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
 
31 
 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver 
dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos 
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em 
liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da 
medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Consoante o artigo supracitado, não cabe prisão preventiva em caso de crime 
culposo, contravenção penal. 
 
2.5. Autoridade competente para decretá-la 
 
a) A prisão preventiva só poderá ser decretada pela autoridade judicial; 
 
b) Se for processo da competência originária dos tribunais, a competência é do 
Relator, o qual poderá fazê-lo de ofício, assim como o juiz, nesse caso, desde 
que já exista processo. 
 
2.6. Proibição 
 
Conforme dispõe o art. 314, do CPP, abaixo transcrito, não poderá ser decretada a 
PP se houver prova inequívoca de que o acusado agiu acobertado por uma das 
causas de exclusão de ilicitude, descritas no art. 23, incisos I, II e III, do Código Penal. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
 
32 
 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar 
pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições 
do art. 19, incisos I, II ou III, do Código Penal. (No atual Código Penal encontra-se 
no art. 23, incisos I, II ou III). 
 
2.7. Necessidade de fundamentação 
 
Em obediência ao princípio constitucional da motivação das decisões judiciais, o 
despacho que decretar ou denegar a prisão preventiva será sempre fundamentado, 
isto é, o juiz deve realçar as provas da existência do crime ou não, e os indícios 
suficientes de autoria ou não. Deverá ainda demonstrar a sua necessidade para 
garantia da ordem pública, como conveniência da instrução criminal ou para assegurar 
a aplicação da lei penal. Inteligência do art. 315, do CPP, a seguir transcrito: 
 
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será 
sempre motivada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). . 
 
2.8. Recursos 
 
a) Da decisão que não concede a PP cabe RESE, conforme art. 581, V, do CPP; 
 
b) Da decisão que conceder a PP não cabe nenhum recurso, valendo-se o acusado 
do remédio heroico denominado Habeas Corpus, conforme art. 647 e segs. Do 
CPP. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
 
33 
 
 
c) Da decisão que revoga a prisão preventiva cabe RESE. 
 
2.9. Revogação 
 
Segundo dispõe o art. 316, do CPP, a seguir transcrito, o juiz poderá revogar a PP 
quando cessar os motivos que a ensejaram, a qualquer tempo. Se não o fizer, a 
instância superior, via habeas corpus, poderá contrastar-lhe o despacho denegatório. 
 
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no decorrer do processo, 
verificar a falta de motivo que subsista, bem como de novo decretá-la, se 
sobrevierem razões que a justifiquem. 
 
Todavia, vale lembrar que da decisão que revoga a prisão preventiva, cabe recurso 
em sentido estrito (CPP, art. 581, V). 
 
2.10. Legitimidade para requerer 
 
Conforme dispõe o art., 311, do CPP, já transcrito no início deste tópico, a lei confere 
legitimidade ao: 
 Ministério Público; 
 Querelante; 
 Autoridade Policial. 
 
 
34 
 
OBS.: os dois primeiros sob a forma de requerimento, e a Autoridade Policial sob 
a forma de representação (demonstrando a conveniência da determinação da 
medida extrema. 
 
3. Prisão temporária 
 
3.1. Previsão legal 
 
A prisão temporária foi editada pela Medida Provisória n. 111, de 24 de novembro de 
1989, posteriormente substituída pela Lei n. 7.960, de dezembro de 1989. 
 
3.2. Conceito 
 
Representa uma das espécies do gênero “prisão cautelar de natureza processual”, 
cuja detenção terá prazo pré-fixado pela autoridade judicial, a possibilitar as 
investigações a respeito de crimes graves, somente durante o inquérito policial. 
 
3.3. Autoridade competente para decretação 
 
Só pode ser decretada pela autoridade judiciária, mediante representação da 
autoridade policial ou requerimento do Ministério Público. 
 
3.4. Fundamentos 
 
35 
 
 
A prisão temporária pode ser decretada nas seguintes situações: 
 
a) imprescindibilidade da medida para as investigações do IP; 
 
b) indiciado não tem residência fixa ou não fornecedados necessários ao 
esclarecimento de sua identidade; 
 
c) fundadas razões da autoria ou participação do indiciado em qualquer um dos 
seguintes crimes: homicídio doloso, sequestro ou cárcere privado, roubo, 
extorsão, extorsão mediante sequestro, estupro, atentado violento ao pudor, 
rapto violento, epidemia com resultado morte, envenenamento de água potável 
ou substância alimentícia ou medicinal com resultado morte, quadrilha ou bando, 
genocídio, tráfico de drogas e crimes contra o sistema financeiro. 
 
Ressalta-se, por oportuno que, para Tourinho, os requisitos são alternativos: ou um, 
ou outro. Já para Scarance Fernandes há necessidade de estarem presentes os três 
requisitos, sendo, portanto, cumulativos. 
 
Por outro lado, Damásio E. de Jesus entende que só pode ser decretada nos crimes 
acima relacionados, desde que concorra qualquer uma das duas primeiras situações. 
 
 
36 
 
Consoante posição esposado por Vicente Greco Filho, pode ser decretada em 
qualquer das situações legais, desde que, com ela, concorram os motivos que 
autorizam a decretação da prisão preventiva. 
Por fim, segundo entendimento de Fernando Capez, a prisão temporária somente 
pode ser decretada nos crimes em que a lei permite à custódia, desde que o agente 
seja apontado como suspeito ou indiciado, e, além disso, deve estar presente pelo 
menos um dos outros dois requisito, evidenciadores do periculum in mora. 
 
3.5. Prazo 
 Em regra, 05 (cinco) dias, prorrogáveis por igual período. Este prazo não deve ser 
computado naquele que deve ser respeitado para a conclusão da instrução criminal. 
Se for crime hediondo, o prazo será de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias em caso 
de extrema e comprovada necessidade. 
 
3.6. A prisão temporária e os crimes hediondos 
 
37 
 
 
http://www.efetividade.blog.br/wp-content/uploads/2013/12/Crime.jpg 
 
São os crimes hediondos previstos na Lei n. 8.072, de 25-7-1990: 
 
 Homicídio qualificado; 
 
 Homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda 
que cometido por um só agente; 
 
 Latrocínio; 
 
 Extorsão qualificada pelo resultado morte; 
 
 Extorsão mediante sequestro, na forma simples e qualificada; 
 
 
38 
 
 Estupro; 
 
 Estupro de vulnerável; 
 
 Epidemia com resultado morte; 
 
 Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de 
criança ou adolescente ou de vulnerável 
 
 Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais 
 
 
 Genocídio (de acordo com a nova redação dada ao art. 1º, por força da Lei n. 
8.930, de 6-9-1994). 
 
 Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins; 
 
 Terrorismo; 
 
 Tortura. 
 
Nos termos do art. 2º, parágrafo 3º, da Lei n. 8.072, para todos esses crimes o prazo 
de prisão temporária será de 30 dias, prorrogáveis por mais trinta, em caso de 
 
39 
 
comprovada e extrema necessidade. Também não se computa neste o prazo para 
encerramento da instrução. 
 
3.7. Sujeito passivo e oportunidade para decretação 
 
Sujeito passivo: o indiciado, ou mesmo o suspeito, não havendo necessidade de 
indiciamento formalizado. 
 
Oportunidade: o momento em que pode ser decretada vai da ocorrência do fato 
até o recebimento da denúncia, porque, se instaurada a ação penal, 
o juiz deverá examinar a hipótese como de prisão preventiva. 
 
3.8. Características 
 
 A prisão temporária será decretada pelo juiz, mediante representação da 
autoridade policial ou a requerimento do Ministério Público, pois o juiz deve ser 
inerte na fase investigatória; 
 
 Não pode ser decretada pelo juiz de ofício; 
 
 No caso de representação da autoridade policial, o Ministério Público deve ser 
ouvido; 
 
 
40 
 
 O juiz tem o prazo de 24 horas, a partir do recebimento da representação ou 
requerimento, para decidir fundamentadamente sobre a prisão; 
 
 O mandado de prisão deve ser expedido em duas vias, uma das quais deve ser 
entregue ao indiciado, servindo como nota de culpa; 
 
 Efetuada a prisão, a autoridade policial deve advertir o preso do direito 
constitucional de permanecer calado; 
 
 O prazo de 5 (ou 30) dias pode ser prorrogado, desde que comprovada à extrema 
necessidade; 
 
 Decorrido o prazo legal, o preso deve ser colocado imediatamente em liberdade, 
a não ser que tenha sido decretada sua prisão preventiva, pois o atraso configura 
crime de abuso de autoridade (Lei n. 4.898/65, art. 4º, i); 
 
 O preso temporário deve permanecer separado dos demais detentos. 
 
 
III - LIBERDADE PROVISÓRIA 
 
41 
 
 
http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados-leis-jurisprudencia/69/imagens/i318200.jpg 
1. Conceito 
 
A liberdade provisória é uma medida contra cautelar que substitui a prisão em 
flagrante, desde que o acusado preencha certos requisitos, ficando o agente sujeito 
ao cumprimento de certas condições, que se não cumpridas enseja na sua revogação. 
 
2. Espécies 
 
 Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão 
preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, 
as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os 
critérios constantes do art. 282 deste Código. 
 
42 
 
I - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011) 
 
 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de 
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) 
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, 
que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
Obs.: A lei n. 9.099/95, em seu art. 69, parágrafo único, instituiu nova 
hipótese de liberdade provisória obrigatória: quando o autor do fato, 
surpreendido em flagrante, assumir o compromisso de comparecer à sede 
do juizado. 
 
b) Permitida ou facultativa: 
 
 Ocorre nas hipóteses em que não couber prisão preventiva; 
 
 Nas hipóteses em que o réu pronunciado tem o direito de aguardar o 
julgamento em liberdade (CPP, art. 408, parágrafo 2º); 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
 
43 
 
 Quando o condenado tem o direito de apelar em liberdade (CPP, 
art.594); 
 
 Quando o juiz verificar que o agente praticou o fato nas condições de 
alguma excludente de ilicitude (CPP, art. 310 e seu parágrafo único); 
 Nos casos de fiança em que o acusado não pode prestá-la porque é 
pobre (CPP, art. 350) 
 
Em todos os casos supracitados poderá ser concedida pelo juiz, 
subdividindo-se em liberdade provisória com fiança e liberdade 
provisória sem fiança. 
 
c) Vedada: 
Art. 323: Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
V - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
 
44 
 
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente 
concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem 
os arts. 327 e 328 deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
III - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão 
preventiva (art. 312). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
 Quando proibida por lei. Por exemplo: a proibição de liberdade 
provisória para crimes previstos na Lei de Crimes Hediondos (Lei n. 
8.072/90, art. 2º, II). 
 
3. Liberdade provisória sem recolhimento de fiança 
 
Em algumas hipóteses não há necessidade de o agente prestar fiança para obter o 
benefício da liberdade provisória. São elas: 
 
3.1. Infrações penais de que o réu se livra solto 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
 
45 
 
São aquelas punidas com pena privativa de liberdade ou aquelas em que a pena 
privativa de liberdade não ultrapassa de três meses, dando ao agente direito à 
liberdade provisória, sem efetuar o recolhimento da fiança. 
 
3.2. Infrações praticadas sob causa de exclusão de ilicitude 
 
No caso de o juiz verificar que o agente praticou fato acobertado por causa de 
exclusão da ilicitude; torna-se irrelevante saber se a infração é afiançável, 
inafiançável ou daquelas em que o réu se livra solto; 
 
3.3. Quando não couber a prisão preventiva 
 
 Nesta hipótese não importa se a infração é inafiançável, afiançável ou daquelas 
em que o réu se livra solto. Não sendo necessária para a garantia da ordem 
pública, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da 
lei penal, não se vislumbra periculum in mora para a manutenção da custódia; 
 
3.4. Nos casos de fiança em que o acusado não pode prestá-la porque é pobre. 
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica 
do preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações 
constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o 
caso. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
 
46 
 
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, qualquer das 
obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o disposto no § 4o do art. 282 deste 
Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
4. Competência e recurso 
Só o juiz pode conceder a liberdade provisória sem fiança, mas sempre depois de 
ouvir o Ministério Público. O acusado assinará termo de compromisso, 
comprometendo-se a comparecer em todos os atos do processo, sob pena de 
revogação. 
 
Da decisão que conceder liberdade provisória cabe recurso em sentido estrito (CPP, 
art. 581, V). 
 
5. Liberdade provisória com recolhimento de fiança 
Nos demais casos, tratando-se de crimes afiançáveis e preenchendo o acusado os 
demais requisitos, a liberdade provisória é concedida mediante fiança e vinculação, 
obedecendo ao estabelecido no art. 5º, inciso LXVI, da Constituição federal, abaixo 
transcrito: 
 
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
 
47 
 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a 
liberdade provisória com ou sem fiança. 
 
6. Conceito de fiança 
 
A fiança é uma caução destinada a garantir o cumprimento das obrigações 
processuais do réu. 
 
7. Infrações inafiançáveis 
 
Art. 323. Não será concedida fiança: 
Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
V - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
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I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente 
concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem 
os arts. 327 e 328 deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
III - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão 
preventiva (art. 312). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
8. Valor da fiança 
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos 
seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
c) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja 
pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) 
anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena 
privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá 
ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
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I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em 
consideração a natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida 
pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem 
como a importância provável das custas do processo, até final julgamento. 
 
O valor da fiança é arbitrado pela autoridade que a conceder, segundo faixas 
correspondentes à maior ou menor gravidade da infração, conforme dispõe o art. 325, 
acima transcrito, e tendo em vista as condições econômicas e vida pregressa do réu, 
bem como as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, de acordo com o 
estabelecido no art. 326, também transcrito acima. 
 
9. Modalidades de fiança 
 
A fiança é o depósito em dinheiro ou valores feito pelo acusado ou em seu nome para 
liberá-lo da prisão, nos casos previstos em lei, com a finalidade de compeli-lo ao 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
 
50 
 
cumprimento do dever de comparecer e permanecer vinculado ao distrito da culpa, 
conforme dispõe o art. 330, a seguir transcrito: 
 
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de 
dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, 
estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar. 
 
§ 1º - A avaliação do imóvel, ou de pedras, objetos ou metais preciosos, será feita 
imediatamente por perito nomeado pela Autoridade. 
 
§ 2º Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida pública, o valor será 
determinado pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de 
que se acham livres de ônus. 
 
10. Competência 
 
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será competente para conceder a 
fiança à autoridade que presidir ao respectivo auto, e, em caso de prisão por 
mandado, o juiz que o houver expedido, ou a autoridade judiciária ou policial a 
quem tiver sido requisitada a prisão. 
 
11. Recurso 
 
 
51 
 
Das decisões do juiz sobre a fiança cabe recurso em sentido estrito com fundamento 
no artigo 581, V e VII. 
 
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida independentemente 
de audiência do Ministério Público, este terá vista do processo a fim de requerer 
o que julgar conveniente. 
 
12. Oportunidade para sua concessão 
 
A fiança, se cabível, será concedida imediatamente após a lavratura do flagrante, mas 
também poderá ser concedida a qualquer tempo do processo, enquanto não transitar 
em julgado da sentença condenatória, é o que dispõe o art. 334, do CPP, a seguir 
transcrito: 
 
Art. 334. A fiança poderá ser prestada em qualquer termo do processo, 
enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória. 
 
 
13. Recusa ou demora na concessão 
 
No caso de recusa ou demora da concessão da fiança pela autoridade policial, o 
preso, ou alguém ou ele, poderá prestá-la, mediante petição, diretamente ao juiz, que 
decidirá depois de ouvir aquela autoridade, é o que dispõe o art. 335, do CPP, a seguir 
transcrito: 
 
52 
 
 
Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial à concessão da fiança, 
o preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante simples petição, perante 
o juiz competente, que decidirá, em 48 (quarenta e oito horas) horas. 
 
14. Restituição da fiança 
 
 
http://www.globalframe.com.br/gf_base/empresas/MIGA/imagens/43FEDB7D91F5525B29DFB04942
A888E45878_depositario%20infiel.jpg 
 
A fiança prestada será motivo de restituição, respeitadas as condições previstas nos 
artigos 336 e 337 do CPP, a seguir transcritos: 
 
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das 
custas, da indenização do dano e da multa, se o réu for condenado. 
 
53 
 
 
§ Único - Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da prescrição depois da 
sentença condenatória (Código Penal, art.110). 
 
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado a sentença que 
houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir, 
atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo único do artigo 
336. 
 
 
 
15. Cassação 
 
Haverá cassação da fiança prestada se concedida fora das hipóteses legais ou se 
houver alteração da classificação da infração para outra inafiançável, conforme 
disposto nos arts. 338 e 339, do CPP, a seguir transcritos: 
 
Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será cassada em 
qualquer fase do processo. 
 
Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência do 
delito inafiançável, no caso de inovação na classificação do delito. 
 
16. Reforço de fiança 
 
54 
 
 
Será exigido um reforço quando a fiança for tomada, por engano, em valor insuficiente, 
quando inovada a classificação do delito ou quando houver depreciação do valor dos 
bens hipotecados ou caucionados, é o que dispõe o art. 340, do CPP, a seguir 
transcrito: 
 
Art. 340. Será exigido o reforço da fiança: 
 I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente; 
 II - quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados 
ou caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas; 
 III - quando for inovada a classificação do delito. 
 Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão, 
quando, na conformidade deste artigo, não for reforçada. 
 
 
17. Quebramento de fiança 
 
Haverá quebramento se o acusado descumprir as obrigações de comparecer, não 
mudar de residência e não se ausentar sem comunicar à autoridade (art. 341, abaixo 
transcrito), com perda da metade do valor e expedição de ordem de prisão (art. 343, 
abaixo transcrito). No entanto, o quebramento pode ser relevado se o acusado 
demonstrar justo motivo para o descumprimento do ônus. 
 
 
55 
 
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado: (Redação dada pela Lei 
nº 12.403, de 2011).I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem 
motivo justo; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do 
processo; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a 
fiança; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - resistir injustificadamente a ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
V - praticar nova infração penal dolosa. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se declarou quebrada a 
fiança, esta subsistirá em todos os seus efeitos 
 
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do 
seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares 
ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
 
 
18. Perda total da fiança 
 
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Haverá perda total se o acusado, condenado, não se apresentar à prisão, é o que 
dispõe o art. 344, do CPP, a seguir transcrito: 
 
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, 
o acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitiva 
imposta. 
 
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e mais 
encargos a que o acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo penitenciário, na 
forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as deduções previstas no art. 345 
deste Código, o valor restante será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da 
lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será entregue a quem houver 
prestado a fiança, depois de deduzidos os encargos a que o réu estiver obrigado. 
 Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por meio de hipoteca, a 
execução será promovida no juízo cível pelo órgão do Ministério Público. 
 Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou metais preciosos, o juiz 
determinará a venda por leiloeiro ou corretor. 
 Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica 
do preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações 
constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o 
caso. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
 
57 
 
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, qualquer das 
obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o disposto no § 4o do art. 282 deste 
Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
 
58 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal, São Paulo: Saraiva, 1997. 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, Dec.Lei nº 3.689 de 03-10-1941. São Paulo: 
Saraiva, 2010. 
 
DELMANTO, Roberto. Código penal. Rio de Janeiro: Renovar, 2009. 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. São Paulo: Saraiva, 1998. 
 
FRANCO, Alberto Silva e outros. Leis Penais Especiais. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 1995. 
 
GRECO Fº, Vicente. Manual de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 2010 
 
MARQUES, José Frederico. Elementos de Direito Processual Penal. v.4, São Paulo: 
Bookseller, 1997 
 
NORONHA, E. Magalhães. Curso de Direito Processual Penal. São Paulo: Saraiva, 
1997. 
 
TOURINHO Fº, Fernando da Costa. Prática de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 
2009. 
 
59 
 
 
XAVIER DE AQUINO, José Carlos & Nalini, José Renato. Manual de Processo Penal. 
São Paulo: Saraiva, 2008.

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