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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ GRADUAÇÃO – LICENCIATURA EM HISTÓRIA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO – CEL 0468 PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR – 2019 CONVERSA COM UM PROFESSOR DE QUALQUER ETAPA DA EDUCAÇÃO: EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO MÉDIO OU ENSINO SUPERIOR. VITURIANO SOARES SILVA (201907332383) PÓLO – CRATEÚS/CE 2019 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ VITURIANO SOARES SILVA CONVERSA COM UM PROFESSOR DE QUALQUER ETAPA DA EDUCAÇÃO: EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO MÉDIO OU ENSINO SUPERIOR. Relatório e Pesquisa de campo do Trabalho de Proposta de Prática Como Componente Curricular, do Curso de Licenciatura em História, da Universidade Estácio de Sá – UNESA; Correspondente a disciplina de Filosofia da Educação. Orientadora: Viviane da Costa Lopes PÓLO – CRATEÚS/CE 2019 OBJETIVOS Objetivo Geral: Entender as diferentes interações que acontecem em sala de aula, e buscar compreender as práticas de ensino e o papel da educação na sociedade, e refletir sobre as formas de aprendizado estudadas nas aulas de Filosofia da Educação. Objetivos Específicos: Refletir sobre as relações de aprendizado existentes na sala de aula, utilizando os conhecimentos aprendidos nas aulas de Filosofia da Educação; Através de uma conversa com um professor buscar entender como é a educação na prática; Analisar através de uma entrevista como o professor, como ele organiza a aula e como ele trabalha as relações interpessoais em sala de aula. INTRODUÇÃO TEÓRICA O termo Filosofia tem como significado, o “Amor pela Sabedoria”, e quando ouvimos falar sobre Filosofia, é impossível não nos voltarmos à alguns séculos atrás. Apartir do século VI a. C., surgiram alguns sábios que propuseram outra forma de explicar o mundo. E passaram a utilizar argumentos racionais para teorizar a realidade através de elementos presentes no próprio mundo natural sem apelar ao mundo sobrenatural. Sob este contexto nasce a Filosofia. E nesse mesmo momento surge a Pólis (Cidade), por volta do século VIII a. C., e provocou muitas transformações na Grécia Antiga. O que era sagrado tornou-se objeto de discussão. Os cidadãos da Pólis passaram a ir até a praça pública chamada de Ágora, para debaterem problemas de interesses comuns e para decidirem os rumos da cidade. Essa mentalidade ajudou a libertar os homens das ideias de pré-determinação e dos desígnios divinos que lhes impunham o destino do qual não poderiam escapar. A política, por sua vez, permitiu que os cidadãos pudessem debater e traçar os seus próprios destinos em praça pública. O nascimento da Filosofia ocorreu no século VI a. C., nas colônias gregas da Magna Grécia (Sul da Itália) e Jônia (Atual Turquia). Por volta do ano 469 ou 470 a. C., nasce Sócrates (470-399 a. C.), e ele dá uma nova direção a filosofia, enquanto os interesses dos filósofos pré-socráticos eram sobre os estudos da physis (Natureza), Sócrates se interessou pelas questões humanas como, a ética, a política, o conhecimento, a educação, entre outros problemas que afetam o homem. As fontes mais importantes de informação sobre Sócrates são as escritas por Platão, Xenofonte e Aristóteles. Sócrates teve grande influência sobre a educação da época, contudo não deixou nada escrito de sua própria autoria, porém, Platão, foi o seu melhor discípulo e escreveu bastante a respeito do mesmo. Sócrates deixou um método que possui o nome de Método Socrático, é uma técnica de investigação filosófica feita em diálogo, que consiste em o professor conduzir o aluno a um processo de reflexão e descoberta dos próprios valores. Para isso o professor faz uso de perguntas simples e quase ingênuas que têm por objetivo, em primeiro lugar, revelar as contradições presentes na atual forma de pensar do aluno, normalmente baseadas em valores e preconceitos da sociedade, e auxiliá-lo assim a redefinir tais valores, aprendendo a pensar por si mesmo. Sócrates desempenhou um papel muito importante no estado Ateniense, fazendo parte do governo da cidade. Porém, em 403 a. C., foi acusado e declarado culpado de corromper a juventude e ensinar doutrinas que feriam os princípios e tradições religiosas da cidade de Atenas, tendo sido condenado à morte por ingestão de Cicuta. Embora pudesse se exilar, Sócrates preferiu beber tranquilamente o veneno e submeter-se a um fim doloroso. Em seguida surge Platão (428 – 347 a. C.), descendente de uma família aristocrata de Atenas. Foi escritor e filósofo e se destacou entre os pensadores mais influentes da civilização ocidental. Platão desde cedo, tinha ambições políticas mas se decepcionou com a liderança política de Atenas. Após a morte de Sócrates, Platão abandonou a cidade. As suas viagens o levaram ao Egito, Sirene e Sicília. Quando voltou a Atenas, co-fundou uma escola que ficou conhecida por Academia de Platão, situada no jardim academos, onde se ensinava os mais diversos assuntos, desde Matemática a Biologia, da Filosofia a Astronomia. Platão foi muito influente na educação Ateniense, e ficou muito conhecido pela sua criação chamada a Alegoria da Caverna: https://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito “De acordo com a história formulada por Platão, existia um grupo de pessoas que viviam numa grande caverna, com seus braços, pernas e pescoços presos por correntes, forçando-os a fixarem-se unicamente para a parede que ficava no fundo da caverna. Atrás dessas pessoas existia uma fogueira e outros indivíduos que transportavam ao redor da luz do fogo imagens de objetos e seres, que tinham as suas sombras projetadas na parede da caverna, onde os prisioneiros ficavam observando. Como estavam presos, os prisioneiros podiam enxergar apenas as sombras das imagens, julgando serem aquelas projeções a realidade. Certa vez, uma das pessoas presas nesta caverna conseguiu se libertar das correntes e saiu para o mundo exterior. A princípio, a luz do sol e a diversidade de cores e formas assustou o ex-prisioneiro, fazendo-o querer voltar para a caverna. No entanto, com o tempo, ele acabou por se admirar com as inúmeras novidades e descobertas que fez. Assim, quis voltar para a caverna e compartilhar com os outros prisioneiros todas as informações e experiências que existiam no mundo exterior. As pessoas que estavam na caverna, porém, não acreditaram naquilo que o ex-prisioneiro contava e chamaram-no de louco. Para evitar que suas ideias atraíssem outras pessoas para os “perigos da insanidade”, os prisioneiros mataram o fugitivo”. – Livros VII e VIII (531d-534e). Surge então Aristóteles (384-322 a. C.), ele é considerado um dos mais fecundos pensadores de todos os tempos. As investigações filosóficas de Aristóteles consideravam várias áreas do conhecimento. Podemos citar a Biologia, a Zoologia, a Física, a História Natural, a Poética, a Psicologia, sem falar em disciplinas propriamente filosóficas como, Ética, a Teoria Política, a Estética e a Metafisica. Aristóteles foi um grande educador de seu tempo, trabalhou por mais de duas décadas na Academia de Platão. Após a morte de Platão, ele fundou a sua própria escola chamada de Escola Peripatética, no qual o nome Peripatético deu-se por seu habito de explicar os assuntos abordados em suas aulas caminhando junto de seus alunos pelo jardim que havia na escola. Aristóteles foi um dos mais influentes da sua época. Na qual até hoje conseguimos ver marcas da sua forma de educar, assim como de Sócrates e Platão. Filosofia Medieval A filosofia medieval inicia um pouco antes do período medievo. Iniciando assim por intermédio da Patrística, que foi fundada pelos patriarcasdo cristianismo, com o intuito de estabelecer relações entre Razão e Fé. A idade média foi um período profundamente teocêntrico, seus filósofos foram homens religiosos. Assim o objetivo central de sua reflexão foi via de regra a análise das diferenças e da relação entre dogmas aceitos pela fé e as verdades descobertas pela razão. A fase final da Filosofia medieval (Século X e XV) equivale ao desenvolvimento da Escolástica e a criação das Universidade. A filosofia de São Tomás de Aquino, que se aproximou dos textos de Aristóteles, resultou nua nova contribuição para o desenvolvimento da escolástica. Houve posições controvertidas que foram assumidas na teologia da filosofia, e na política. O levantamento de questões que aproximaram a teologia da filosofia, investigando racionalmente os fundamentos da fé cristã. Santo Agostinho foi um grande pensador, destacou-se, sobretudo como o mais importante filósofo e teólogo no limiar entre a Antiguidade e a Idade Média. É o principal representante da educação patrística, a qual perdurou até o século IV depois de Cristo. Esse modelo de educação que teve sua origem no chamado período decadente do Império Romano, mas que influenciou um longo período da Idade Média, na qual Santo Agostinho é um dos principais representantes, se caracteriza pela intenção apologética, isto é, pela defesa da fé e conversão dos não-cristãos. A exposição da doutrina religiosa em Agostinho visa a fé e a razão, a fim de compreender a natureza de Deus e da alma e os valores da vida moral. Após a sua conversão ao cristianismo Agostinho dedicou-se à elaboração de sua filosofia cristã. Seu trabalho específico sobre a educação é um pequeno livro intitulado “De Magistro” (Do Mestre). O livro “De Magistro” apresenta uma forma platônica de diálogo entre Agostinho e seu filho Adeodato que na época contava com 16 anos de idade. Na educação, Agostinho contribui para o reconhecimento de que, paralelamente à exposição dos conteúdos, o aluno (discípulo) necessita ser orientado a fim de poder relacionar esse conhecimento a uma realidade maior, a qual se torna indispensável à formação de valores que defendem a verdade. Na temática educacional as questões filosóficas que formam a base para a construção da chamada filosofia agostiniana está a teoria do conhecimento, a sabedoria e a amizade. Em sua teoria educacional Agostinho afirma que a educação é um caminho difícil e de muita perseverança. A educação torna o ser humano um ser mais responsável e compromissado consigo mesmo e com os outros. Não basta só interpretar o mundo, pois é preciso transformá-lo, no entanto, não é o bastante conhecer, não basta falar, é preciso aprender a fazer, praticar; é preciso agir. Nascimento da Filosofia Cristã é no final da idade média, onde ocorre a transição do Helenismo para o Cristianismo. A religião cristã originaria do judaísmo surge e se desenvolve no contexto do helenismo. A cultura ocidental da qual somos herdeiros até hoje é a síntese entre Judaísmo, o Cristianismo e a cultura Grega. O Helenismo permitiu a aproximação entre cultura Judaica e a Filosofia Grega, que tornou possível, mais tarde, o surgimento de uma Filosofia Cristã. Em Alexandria, essas culturas conviveram e se integraram, de forma que se falava várias línguas na região. Nessa época, foi possível encontrar uma aproximação entre a cosmologia platônica e a narrativa da criação do mundo. Filosofia Moderna A filosofia moderna é toda a filosofia desenvolvida na chamada Era Moderna, entre o século XV (englobando os períodos finais da Renascença) e o século XIX. Tendo em vista o surgimento de novas ciências na época, a filosofia moderna tem como característica marcante o retorno da epistemologia (ramo filosófico que estuda a relação entre o ser humano e o conhecimento) como um dos aspectos centrais do período. Lembrando que não existe consenso sobre o período exato em que a Renascença termina e a filosofia moderna se inicia. Por esse motivo, é comum que determinadas ideias ou filósofos sejam, por vezes, classificados como renascentistas e por outras, como modernos. No entanto, grande parte dos estudiosos atribui o início da filosofia moderna aos pensamentos de René Descartes, no século XVI. O Racionalismo acreditava que o conhecimento humano não depende de experiências para ser formado, uma vez que existem ideias que ultrapassam as informações absorvidas com as vivências. Exemplos de filósofos racionalistas modernos: René Descartes, Baruch Spinoza e Immanuel Kant. O Empirismo defendiam que o conhecimento só é criado, exclusivamente, a partir das experiências sensoriais. Por esse motivo, o empirismo é conhecido como a “filosofia da ciência”, pois prioriza o valor das evidências e exige a aplicação do método científico, ou seja, que todas as hipóteses e teorias sejam testadas e observadas antes de serem consideradas conhecimento. Exemplos de filósofos empiristas modernos: John Locke, George Berkeley, David Hume e Francis Bacon. A Filosofia política moderna analisa tópicos relacionados à liberdade, justiça, direitos e leis. Dentro desses temas, os filósofos políticos estudam a razão de ser e a legitimidade dos governos, quais direitos e garantias devem ser protegidos, além de avaliar quais deveres os cidadãos possuem em relação ao Estado. Exemplos de filósofos políticos modernos: Thomas Hobbes, John Locke, Montesquieu, Jean-Jacques Rousseau, Voltaire e Karl Marx. O Idealismo é a escola filosófica que entende que a realidade como a conhecemos é fruto da mente humana. Em termos epistemológicos, o idealismo defende que é impossível conhecer qualquer coisa que esteja além das capacidades da mente, e por isso a percepção da realidade sempre será limitada. Exemplos de filósofos idealistas modernos: Arthur Schopenhauer, Hegel e Immanuel Kant. O Existencialismo é a vertente que adota o indivíduo como ponto de partida para todas as reflexões filosóficas. Assim, os existencialistas nunca deixam de considerar os sentimentos e as experiências humanas para tentar explicar a realidade. Exemplos de filósofos existencialistas modernos: Soren Kierkegaard, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Friedrich Nietzsche e Martin Heidegger. O Pragmatismo é o estudo responsável por relacionar teoria com prática. Os filósofos pragmáticos acreditam que diversos métodos e conceitos da ciência moderna devem ser utilizados na filosofia para otimizar a utilização do conhecimento. Exemplos de filósofos pragmáticos modernos: William James, Richard Rorty e Charles Sanders Peirce. FILOSOFIA DE DESCARTES René Descartes nasceu em (1596-1650) foi um filósofo e matemático francês. Criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Ele é autor da obra “O Discurso sobre o Método”, um tratado filosófico e matemático publicado na França em 1637. É responsável pelo desenvolvimento do racionalismo cartesiano, segundo o qual o homem não pode alcançar a verdade pura através de seus sentidos: as verdades residem nas abstrações e em nossa consciência, na qual habitam as ideias inatas. Uma das mais famosas frases do seu Discurso é “Penso, logo existo”. O Empirismo O empirismo e o racionalismo (pensamento cartesiano) constituíram conjuntamente algumas das principais correntes do pensamento moderno na sua fase inicial. O grito de guerra do empirismo é a frase de inspiração aristotélica: “Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”. Ou seja, todo conhecimento resulta de uma base empírica, de percepções ou impressões sensíveis sobre o real, elaborando-se e desenvolvendo-sea partir desses dados da realidade sensorial. Os empiristas, portanto, rejeitam a noção de ideias inatas ou de um conhecimento anterior à experiência ou independente desta. A Teoria das Ideias de Locke e a Crítica ao Inatismo John Locke vê a filosofia como uma tarefa crítica e preparatória para a construção da ciência. Ele desenvolve um modelo empirista, antiespeculativo e antimetafísico de conhecimento. Locke afirma que todas as nossas representações do real são derivadas de percepções sensíveis, não havendo outra fonte para o conhecimento. Portanto, não existem ideias inatas. Isto é, o conhecimento não é inato, mas resulta da maneira como elaboramos os dados que nos vêm da sensibilidade por meio da experiência. Para Locke, a mente é como uma folha em branco, a “tábula rasa”, na qual a experiência deixa as suas marcas. Desta forma, para processarmos o conhecimento em nossa mente, precisamos da reflexão, assim como distinguir entre as qualidades primárias e as secundárias das substâncias. Locke é considerado como um dos primeiros filósofos do período moderno a desenvolver uma filosofia da linguagem, mais especificamente uma teoria do significado. O ceticismo de David Hume O ceticismo de Hume pode ser interpretado a partir do questionamento que dirige a dois princípios ou pressupostos fundamentais da tradição filosófica: a causalidade e a identidade pessoal. Por outro lado, Hume também afirma que a maneira pela qual conhecemos e pela qual agimos no real depende apenas de nossa natureza, de nossos costumes e de nossos hábitos. Por esta razão ainda não se chegou a definir se ele é mais cético ou mais naturalista. A contribuição valiosa de Jean-Jacques Rousseau Rousseau (1712-78) nasceu em Genebra e foi um dos mais importantes pensadores franceses do século XVIII no campo da política, da moral e da educação, influenciando os ideais do Iluminismo e da Revolução Francesa (1789). O ponto de partida da filosofia de Rousseau é uma concepção de natureza humana representada pela famosa ideia: “O homem nasce bom, a sociedade o corrompe” (Contrato Social, livro I, cap. 1), à qual se acrescenta a ideia de que “o homem nasce livre e por toda parte se encontra acorrentado”. Para Rousseau, é possível, portanto, formular um ideal de sociedade em que os homens sejam livres e iguais, ideal este que servirá de inspiração à Revolução Francesa. A grande questão para Rousseau consiste em: Saber como preservar a liberdade natural do homem. E ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar que a vida em sociedade pode lhe oferecer. Iluminismo O iluminismo foi um movimento de grande importância a partir da segunda metade do século XVIII. Abrangendo não só o pensamento filosófico, mas também as artes, as ciências, as teorias políticas, as teorias pedagógicas e a doutrina jurídica. O pensamento pedagógico Iluminista é fortemente voltado para o laico e o secular. Reflete a necessidade de tornar transparente a razão. O pressuposto básico do iluminismo afirma, que todos os homens são dotados de racionalidade que é uma espécie de luz natural. Volta-se contra toda autoridade que não esteja submetida a razão e a experiência. O homem poderá atingir o que Kant chama de maioridade, quer dizer pensar por si mesmo. Por isso o iluminismo tem caráter emancipador. O pano de fundo do iluminismo é a filosofia crítica, que tem como caraterísticas três pressupostos básicos: a Liberdade, o Individualismo e a Igualdade Jurídica. Nesse sentido a Revolução Francesa (1789) pode ser considerada como uma tentativa de concretização dessas ideias: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. A bandeira da França foi adotada em 15 de fevereiro de 1794, cinco anos após a revolução francesa (1789), com os seguintes significados Azul: Poder Legislativo na França. Branca: Poder Executivo. Vermelha: Povo Frances. Como as três faixas possuem o mesmo tamanho, ela representa a Divisão do Poder de Forma Igualitária. Entre os neo-humanistas, Immanuel Kant (1724-1804) foi o principal que proclamou a saída do homem do estado de incapacidade, em que jazia sob o peso da tradição da autoridade. Ele desafiou o homem a se atrever a servir da razão. Crítica da Razão Pura – Na qual desenvolve o conhecimento e a crítica do mesmo. Crítica da Razão Prática – Em que analisa a Moralidade. A educação na concepção de Kant A importância atribuída por Kant à educação encontra-se fundamentada nas obras mais clássicas, como a Crítica da Razão Pura e Crítica da Razão Prática. Crítica da Razão Pura, visa investigar as condições de possibilidade do conhecimento, ou seja, o modo pelo qual, na experiência de conhecimento, sujeito e objeto se relacionam e em que condições. Esta relação pode ser considerada legítima, sujeito e objeto são termos relacionais que só podem ser considerados como partes da relação de conhecimento. Augusto Comte (1798 – 1857) Para Comte, a humanidade (e o próprio indivíduo na sua trajetória pessoal), passa por diversos estágios até alcançar o estado “positivo”, que se caracteriza pela maturidade do espírito humano. O positivismo de Comte exprime a exaltação provocada no século XIX pelo avanço da ciência moderna, capaz de revolucionar o mundo com uma tecnologia cada vez mais eficaz: “Saber é poder”. Esse entusiasmo desembocou em várias correntes de pensamento, dentre elas destacamos o cientificismo. Johann F. Herbart (1776 – 1841) Johann F. Herbart trouxe grande contribuição para a pedagogia como ciência, buscando o maior rigor de método. Ele também é considerado o precursor de uma psicologia experimental aplicada à pedagogia. Mesmo que essa psicologia conservasse alguns sinais de metafísica e ainda utilizasse uma avaliação matemática de valor discutível, ela se tornou um avanço em relação às teorias anteriores. Herbart, insatisfeito com a precária assimilação do que se ensinava nas escolas, afirmava que sua ineficiência se devia aos métodos mal aplicados, que em nada se relacionavam com os conhecimentos adquiridos na prática dos alunos, e que só geravam uma memorização superficial que logo era esquecida. Para evitar o fracasso metodológico, ele propõe os cinco passos formais, que favoreceriam o desenvolvimento do aluno. São ele: A preparação; A apresentação; A assimilação; A generalização; A aplicação. Friedrich Froebel (1782 – 1852) O alemão Friedrich Froebel também trouxe valiosa contribuição para a educação. A principal contribuição pedagógica de Froebel resulta da atenção para com as crianças na fase anterior ao ensino elementar, ou seja, a educação da primeira infância. Foi pioneiro na fundação do “jardim de infância”, em alusão ao jardineiro cuidando da planta desde pequenina para que cresça bem, pressupondo que os primeiros anos são básicos para a formação humana. Johann Heinrich Pestalozzi (1746 – 1827) A contribuição do suíço-alemão Johann Heinrich Pestalozzi para a educação. Escola popular Estudioso de Rousseau, Pestalozzi sempre se interessou pela educação elementar, especialmente das crianças pobres, e fez algumas tentativas educacionais inéditas e audaciosas ao trabalhar com crianças em situação social bem precária. Por isso, ele é considerado um dos defensores da escola popular extensiva a todos. No século XX, a filosofia contemporânea é em grande parte o resultado da crise do pensamento moderno do século XIX. Este pensamento entra em crise a partir das críticas de Hegel e de Marx. Essa ruptura já vinha se manifestando tanto com relação ao racionalismo quanto ao empirismo, no que se referia ao conhecimento e à ciência como modelos privilegiados de relação do homem com a realidade. O Processo Educativo ContemporâneoConsiste em: 1. O processo educativo contemporâneo é influenciado pela crise e a instabilidade às quais o mundo está sujeito desde o início do século XX, tanto no campo social, político e econômico, como também no campo da educação; 2. O importante é compreender a fundamentação da complexidade da época contemporânea e analisar as ideias básicas dos educadores que marcaram o século XX e o início desse novo século; 3. Não resta dúvida de que o século XX foi bastante rico em experiências educacionais e no pluralismo de teorias pedagógicas; 4. Constatamos notáveis transformações tanto no campo, quanto na cidade e na mentalidade, de tal forma que podemos identificar a crise que a humanidade passa na transição do milênio; 5. Há a constatação do envelhecimento de alguma coisa que não serve mais, e ao mesmo tempo o esforço no sentido de encontrar novos caminhos de saídas; 6. A crise estando generalizada, é claro que a educação também será profundamente afetada; 7. Na busca de novos caminhos a educação passando a ter um caráter político, devido à importância que exerce na sociedade, sendo instrumento de transmissão da cultura e formação da cidadania; 8. A sociedade contemporânea marcada profundamente pela mentalidade utilitarista e pragmática em que tudo gira em torno do que dá retorno imediato, status e poder, precisa com urgência encontrar soluções. John Dewey (1859 – 1952) John Dewey, defensor do pragmatismo, trouxe para a educação uma contribuição nova onde houve avanços em termos de preocupação com a realidade do aluno, mas que ficou limitado ao conhecimento da dimensão psicológica deste, não conseguindo envolvê-lo num projeto maior que garantisse a transformação da mesma. Para Dewey o processo educativo depende essencialmente da ligação da escola ao lar e à comunidade que o educando faz parte. Processo educativo O processo educativo deve integrar-se na experiência concreta, nos interesses e necessidades do educando, deve também se tornar processo individualizado. Nesse processo, as atividades manuais, práticas, assumem a mesma importância que desempenham na vida real. Em outras palavras, a escola deve ser a réplica em miniatura da própria comunidade! Anísio Teixeira (1900-1971) O Pragmatismo de Dewey e a Escola Nova serão trazidos para o Brasil, através do educador Anísio Teixeira que foi aluno e seu admirador nos Estados Unidos. O universo educacional de Anísio Teixeira aponta para uma íntima relação entre escola e sociedade, o que traz como consequência a concepção de uma escola ativa, baseada na ciência, na democracia e no trabalho. Se a sociedade passava por mudanças era preciso que a escola preparasse o novo homem, o homem moderno, para integrar-se à nova sociedade que deveria ser essencialmente democrática. É o fazer, através do método experimental, que deve definir a escola ativa e democrática. Os nossos sistemas de educação abrigam eternos vícios do intelectualismo, do dogmatismo e de uma burocracia que impede enveredar por caminhos mais eficazes, portanto teóricos educadores tentaram buscar soluções para essa situação. Paulo Freire (1921-1997) Um outro educador que trouxe perspectivas diferentes para a educação foi Paulo Freire. Ele introduziu uma nova visão e apresentou uma proposta muito mais profunda do que Dewey, pois via na educação a possibilidade da transformação da sociedade. Acreditava que isto seria possível por meio da conscientização que o educando tinha de si próprio e dos problemas que afetam a sociedade. A proposta de educação de Paulo Freire está voltada para a transformação da realidade não só educacional, como a social em um sentido amplo. Para Freire, o sucesso do processo educativo depende essencialmente da liberdade do educando. É tendo liberdade que este será motivado para uma participação crítica no processo educativo e, consequentemente, social. A visão de Freire o leva a substituir a escola tradicional, monoliticamente estruturada, por outro veículo educativo mais maleável, mais participativo e baseado no diálogo: o círculo de cultura. No círculo de cultura, o próprio educando se coloca em primeiro plano, desde a primeira etapa da programação do processo. Desde o início, ele é orientado pelo educador, que procura esclarecer e despertar sua consciência para perceber e compreender a realidade em que vive. “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. – Paulo Freire. https://www.pensador.com/autor/paulo_freire/ PROCEDIMENTOS MÉTODOLOGICOS Para a realização do trabalho de pesquisa, busquei entender desde o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga, e fui atrás de entender todos os processos históricos que a filosofia sofre até chegar a nós. Visitei as aulas, e analisei todos os momentos em que ocorreram fatos importantes, como a revolução francesa, e toda a influência que o iluminismo teve sobre ela. Estudei novamente a transformação da filosofia na Grécia dos anti-sócraticos que buscavam entender a physis, e depois Sócrates vem, e começa a estudar não mais a natureza em si, mas, o homem. Busquei conversar com uma professora de Educação Básica, e observar as influências que a Filosofia abrange até hoje na maneira de ensinar. Através desta conversa, também fiz algumas perguntas importantes referente a educação na prática. Quais são os modelos pedagógicos que ela utiliza, e quais as vantagens e desvantagens desses métodos de ensino. Quais os desafios enfrentados todos os dias, e de quais maneiras ela trabalha as relações interpessoais com os seus alunos, e de que forma podemos utilizar a Filosofia, para enriquecermos o método educativo, e que se torne atraente para os educandos. ENTREVISTA COM PROFESSORA DE ENSINO BÁSICO/FUNDAMENTAL I Entrevistar a professora da turma sobre os seguintes itens: a) O que é ensinar? R: No contexto atual do sentido de Ensino/Aprendizagem, é um caminho de idas e voltas, onde os professores e alunos se envolvem, o conhecimento acaba sendo elaborado Apartir da própria existência, cabe ao professor criar a consciência no estudante, bem como estimular a vontade de adquirir mais conhecimento, e estabelecendo limites referentes ao comportamento do aluno em sala de aula, para que a sala além de ser um local agradável, também seja um local de ordem, que trabalhará para a construção de um bom aprendizado a todos os educandos. b) Como você escolhe seus procedimentos de ensino? R: De forma contextualizada, ampliando de pouco a pouco o universo alcançado pelos alunos. Problematizando, estabelecendo novos significados no conjunto de formações que foram desenvolvidos. Salientando a cultura a qual os alunos fazem parte, e estão familiarizados. E em meio a esta evolução tecnológica, busco utilizar da mesma para trabalhar em prol do aprendizado, pois é mais que uma alternativa, uma necessidade a qual influenciará diretamente no processo educativo do aluno. c) Você se baseia em algum teórico? Qual? Como? R: GADOTT (2002, pag. 34) Explica que: “O novo professor é m profissional do sentido”. Devido seu novo espaço de formação (Espaços públicos, e privado, internet, Ongs e etc.), Com base em teóricos, o papel do professor é transformar informação em conhecimento, e conhecimento em saber. E de certa forma amplia- se no âmbito educacional, permitindo assim a criação de novos métodos de ensino, viabilizando atender diversos estilos docentes, auxiliando na interação o professor com o aluno e possibilitando um aprendizado alternativo. d) Como acontecem as relações interpessoais em sua sala da aula? Como você trabalhaos conflitos? R: Em meio a realidade educacional, as relações interpessoais acontecem, de formas que á o incentivo a aprendizagem individual e coletiva. Ressaltando que o professor pode utilizar suporte no preparo das aulas para torna-las mais atrativas. E mediante aos conflitos existentes, o professor deve ter em vista a realidade dos alunos para que se busque uma solução que venha sanar os problemas decorrentes em sala de aula. ATIVIDADE – RELATÓRIO A seguinte professora, leciona em uma escola de Ensino Público Municipal, na escola de Palestina, Distrito da Cidade de Novo Oriente, no Estado do Ceará. A aula começa ás 13:00 horas da tarde, a sala de aula é composta por boa parte de crianças da faixa etária de 7 anos, Primeiro ano do Ensino Fundamental I, sala de aula com cerca de 25 à 30 alunos. Ao observar a aula, pude perceber alguns pontos positivos, referentes a didática em que se é realizado o ensino, como na maneira de estabelecer as atividades e no incentivo das crianças a estarem realizando a mesma. É usado músicas para o trabalho de certas atividades, principalmente na área da Linguagem e da inserção da cultura. Onde músicas são apresentadas e servem de incentivo para que as crianças aprendam de forma prática e audível a língua e desenvolvam habilidades da fala e escrita. Muitas intervenções são realizadas para que seja facilitado a geração de informação e recepção do aprendizado de cada educando de maneira individual, respeitando as limitações de cada um e buscando trabalhar as qualidades e facilidades de cada aluno. Para que todos aprendam, é feito um acompanhamento pedagógico com aqueles que encontram dificuldades para assimilar as atividades que são estabelecidas, e dessa forma, todos possam estar se desenvolvendo no período previsto. RESULTADOS E CONCLUSÃO Concluímos que, a Filosofia educacional sempre foi, é, e sempre será importante para o desenvolvimento e aplicação do entendimento e conteúdo educacional de cada sociedade e cultura. Vimos através da história que, aconteceu muitas coisas, as sociedades evoluíram, as pessoas começaram a buscar novos métodos de entender as coisas, novas formas de entender o ser humano e assim desenvolver formas de aplicar o conhecimento e desenvolver as faculdades intelectuais do ser humano. Porém a filosofia teve algumas mudanças mas sempre esteve e estará nas relações de educação, mestre/aluno, pois o seu sentido etimológico da palavra, significa “Amor á Sabedoria”, sendo assim a filosofia nunca será algo esquecido. Nós como educadores devemos buscar de métodos educacionais e filosóficos para a aplicação do conhecimento, pois nunca haverá outra forma de estabelecermos métodos e conceitos educacionais que não estejam ligados a filosofia. Ao vermos que a filosofia nos trouxe de herança desde os tempos de Grécia Antiga, devemos mostrar aos educandos a importância que ela tem sobre toda a história humana, e assim buscarmos desenvolver nos alunos a Filosofia, ou o “Amor à Sabedoria”. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://www.satovi.org/past-educativa/teoria-educacional-santo- agostinho https://www.significados.com.br/filosofia-moderna/ http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/filosofia.html https://brasilescola.uol.com.br/historiag/filosofia-medieval.htm O Empirismo defendiam que o conhecimento só é criado, exclusivamente, a partir das experiências sensoriais. Por esse motivo, o empirismo é conhecido como a “filosofia da ciência”, pois prioriza o valor das evidências e exige a aplicação do método científico, ou seja, que todas as hipóteses e teorias sejam testadas e observadas antes de serem consideradas conhecimento. Exemplos de filósofos empiristas modernos: John Locke, George Berkeley, David Hume e Francis Bacon. A Filosofia política moderna analisa tópicos relacionados à liberdade, justiça, direitos e leis. Dentro desses temas, os filósofos políticos estudam a razão de ser e a legitimidade dos governos, quais direitos e garantias devem ser protegidos, além de avaliar quais deveres os cidadãos possuem em relação ao Estado. Exemplos de filósofos políticos modernos: Thomas Hobbes, John Locke, Montesquieu, Jean-Jacques Rousseau, Voltaire e Karl Marx. O Idealismo é a escola filosófica que entende que a realidade como a conhecemos é fruto da mente humana. Em termos epistemológicos, o idealismo defende que é impossível conhecer qualquer coisa que esteja além das capacidades da mente, e por isso a percepção da realidade sempre será limitada. Exemplos de filósofos idealistas modernos: Arthur Schopenhauer, Hegel e Immanuel Kant. A Teoria das Ideias de Locke e a Crítica ao Inatismo O ceticismo de David Hume A contribuição valiosa de Jean-Jacques Rousseau Augusto Comte (1798 – 1857) Johann F. Herbart (1776 – 1841) O Processo Educativo Contemporâneo Consiste em: John Dewey (1859 – 1952) John Dewey, defensor do pragmatismo, trouxe para a educação uma contribuição nova onde houve avanços em termos de preocupação com a realidade do aluno, mas que ficou limitado ao conhecimento da dimensão psicológica deste, não conseguindo envolvê-lo num projeto maior que garantisse a transformação da mesma. Para Dewey o processo educativo depende essencialmente da ligação da escola ao lar e à comunidade que o educando faz parte. Processo educativo