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APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS FISIOTERAPIA – UAM Ana Beatriz Nabuco. 17/04/20 Grupo 1: DISPLASIA DE COTOVELO INTRODUÇÃO: É uma deformidade que acomete a articulação úmero – radio ulnar que ocorre muito em filhotes de 4 a 8 meses que é a fase de crescimento ósseo do animal. Assim como sintomas é a claudicação exacerbada após exercício uni ou bilateral, rigidez após repouso, caminhar característico com rotação externa do cotovelo. No exame físico: Crepitação articular, atrofia muscular, dor, diminuição da amplitude de movimento (flexão e extensão) e efusão articular devido ao aumento da produção do liquido sinovial. FISIOPATOLOGIA: A displasia de cotovelo pode ser resultante de 4 anormalidades principais: 1- Osteocondrite dissecante (OCD) 2- Não união do processo ancôneo (NUPA) 3- Fragmentação do processo coronóide medial da ulna (FPCM) 4- Incongruência articular (IA) As raças mais acometidas: Labrador, Bernese, Rottweiler, Golden Retriver e Pastor Alemão Machos são mais acometidos. DIAGNOSTICO: Geralmente é tardio diagnosticada quando já existe uma claudicação persistente e doença articular degenerativa. Ideal para diagnóstico precoce: Exames ortopédicos em raças especificas Exame radiográfico bilateral do cotovelo Repetir exame entre 6 a 7 meses de idade Exame físico Exame radiográfico Ultrassom Tomografia computadorizada Astroscopia, Ressonância magnética. ARTIGO 1: Prevalência da displasia o a 1 O,1 não tem prevalência de ser displásico 0,9 tem prevalência de ser displásico SRD: 0,019 muito baixa Chow chow tem grande prevalência de displasia Rottwailer: não tem prevalência LABRADOR É RAÇA MAIS COMUM. Correlação genética ajuda a pensar melhor no diagnóstico. Macho e femêa normal: chance muito pequena Macho e femea bilateral: a chance é muito grande TRATAMENTO CONSERVATIVO: 1- Analgesico 2- Anti inflamatório 3- Condroproteadores 4- Omega 3, colágeno tipo II e glicosamina podem fazer o controle da osteoartrose 5- Repouso 6- Hidroterapia 7- Acupuntura: controle de dor TRATAMENTO CÍRURGICO: 1- Incongruência articular: de acordo com o tipo. O mais comum com osteotomia cubital 2- Fragmentação do processo coronoide intermediário: extração mediante artroscopia 3- Osteocrondite de côndilo umeral: reparação com artroscopia 4- Processo ancóneo sem união: osteotomia cubital proximal dinâmica e fixação com parafuso. Grupo 2: DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRADO (DDIV) INTRODUÇÃO E FISOPLATOLOGIA: É uma disfunção neurológica e compressão medular e paralisia em cães e gatos, aproximadamente das discopatias em cães acometem a região cervical, que ocorre devido deslocamento do disco ou partes deste para o canal vertebral. Acomete mais raças condrodistróficas e pode estar associada com doença da cauda equina, presença de hermivertebras. Pode ocorrer por protrusão ou extrusão do disco de forma aguda ou crônica. Levando a degeneração mais comuns que é a fibroide ou condroide Fibroide: tem invasão no núcleo do disco por um tecido fibrocartilaginoso Metaplasia condroide: Desidratação discal com redução de água e proteoglicanos, ocorre devido a invasão do núcleo pulposo por cartilagem hialina reduzindo a capacidade de absorção de choques. As hérnias são classificadas em dois tipos mais importante: 1- Hansen tipo 1: o limite dorsal do anel fibroso rompe e o núcleo polposo protrude no pavimento do canal raquidiano. 2- Hansen tipo 2: o disco intervertebral deforma-se dorsalmente, mas o anel fibroso não rompe. Pode ocorrer trauma medular decorrente das hérnias pode ser: 1- Lesão Aguda: Injuria mecânica seguida por processo inflamatório 2- Lesão crônica SINAIS CLINICOS: Lesão no segmento C1 a C5 (Síndrome cervical): Dor intensa no pescoço, hiperestesia cervical, relutância em movimentar o pescoço, dificuldade de se alimentar, um dos membros torácicos flexionado ao andar e muita dor a manipulação, geralmente essa dor não cessa com medicação (animal vocaliza). Não há sinais neurológicos. Lesão no segmento C6 a T2 (Síndrome cérvico – torácica): Fraqueza, paresia ou plegia em MT e MP, apenas de um lado ou apenas em MT, reflexo de panículo ausente, dor cervical, propriocepção comprometida, ataxia, sinais nervosos mais severos em membros torácico, membros pélvicos reflexos espinhais e tônus muscular normais, podendo atrofia por desuso, dor profunda pode ou não estar presente. Lesão no segmento T3 a L3(Síndrome Toracolombar): nos membros pélvicos espásticos ou paralisia, ataxia, paresia ou plegia membros pélvicos, cifose, reflexo do panículo diminuído ou ausente, reflexos dos 4 membros presentes e propriocepção normal membros torácicos, compressão mais intensa com perda de dor profunda em membros pélvicos, posição de Schiff-Sherrington em extrusão tipo III, bexiga flácida em casos de paraplegia ou paraparesia não ambulatória. Lesão segmento L4 a S3 (Síndrome Lombossacral): Acomete Membro Pélvico, bexiga, cauda e membro torácico normais. paresia ou paralisia membro pélvico, disfunção bexiga, paralisia ou paresia esfíncter anal (incontinência fecal). Síndrome Multifocal: Mielomalácia, flacidez e perda de reflexo membro torácica, podendo evoluir para uma paralisia respiratória e morte, a perda progressiva do reflexo do panículo característico da síndrome, dividida na forma focal e difusa. DIAGNOSTICO: Histórico, raça e idade podem ajudar no direcionamento clínico, exame físico: palpação de coluna, exame ortopédico e neurológico para determinar locais de dor, reflexo flexor e retirada de membros pélvicos e torácicos, reflexo patelar, reflexo perineal, panículo, propriocepção consciente, saltitamento, carrinho de mão, Hemiestação/ hemiambulação e propulsão extensora. EXAMES COMPLEMENTAR: 1) Raio x simples: observa a diminuição do espaço intervertebral e do forame intervertebral em L1-L2, calcificação do disco de L3-L4, o espaço do disco intervertebral e forame intervertebral de T12-13 estão diminuídos,calcificação do disco intervertebral de C3-C4. 2) Mielografia cervical 3) Mietomografia cervical 4) Tomografia computadorizada: Dachshund com herniação aguda de disco intervertebral – material hiperatenuante dorsal à T12, disco mineralizado é observado entre T11-12 e entre T12-13, contraste iodado geralmente é usado, pois a medula não é bem visibilizada. 5) Ressonância Magnética: SSFSE (efeito mielográfico de T2); imagem sagital ponderada em T2 em cão com hérnia de disco em C3-C4, material hipointenso dorsal à L4, caracterizando extrusão discal – imagem ponderada em T2, protrusão discal (Hansen tipo II) – material discal hipointenso é visualizado causando uma compressão ventral esquerda da medula, explosão de disco entre C2-3. O disco apresenta discreta perda de volume e há hiperintensidade intramedular pouco definida adjacente ao disco afetado – caso de um cão que colidiu com uma árvore. ARTIGO 1: • Maior ocorrência em região toracolombar nas vértebras: T10-T11/ T11 – T12/ T12-13. • Discopatia lombar: 37,5%, dos casos • Discopatia cervical: 38,7% dos casos • Compressão cervical: 31,25% dos casos • Raças predisposta: Basset Hound, pastor alemão, SRD • Peso: 5 a 10Kg - 37,5% - 10 a 15 kg, de forma semelhante aos de 30 a 35 kg:18,75% • Idade: 2 a 5 anos: 25% 7 a 9 anos: 43,75% 11 a 13 anos: 31,25% • Sexo: mais comum em fêmea do que macho TRATAMENTO: Conservativo/ clínico: Cuidados auxiliares e restrição da atividade física, anti-inflamatórios e Miorrelaxantes.,fisioterapia: massagens, exercícios distintos e hidroterapia. (Só quando o animal tem dor), Cirúrgico: Técnica de fenestração, descompressão ventral, laminectomia e hemilaminectomia.(quandonão controla a dor e quando ele para de andar – SEMPRE) Pós cirúrgico: fisioterapia para ajudar acelerar o processo de recuperação. 24/04/20 Grupo 3: SINDORME DA CAUDA EQUINA INTRODUÇÃO: É um conjunto de sinais neurológicos decorrentes da compressão das raízes nervosas situadas no canal espinhal lombossacral. Essa síndrome é provocada por diversas afecções tanto congênitas como adquiridas. Podendo acometer cães e gatos (raro) de qualquer raça. Predominantemente os cães de porte grande são os mais acometidos, porém raças de pequeno e médio porte também podem apresentar essa doença. Geralmente se apresenta de forma conjunta com outra afecção musculoesquelética o que pode dificultar o diagnóstico A cauda equina é um feixe de nervos contidos no interior do canal espinhal da coluna vertebral lombar inferior e sacral. Essa estrutura localizada entre L6- S3 apresenta um grande número de raízes nervosas e, por isso, uma lesão na região pode envolver vários nervos As raízes dos nervos L6 e L7 e S1 formam o nervo isquiático. Os nervos S2 e S3 contribuem para a formação do nervo podendo, que inerva o períneo e o esfíncter anal externo, além do nervo pélvico, que controla a continência urinária e fecal FISIOPATOLGIA: A síndrome da cauda equina pode ser congênita ou adquirida. 1- Congênita: rara acomete animai com acondroplasia (é um tipo mais comum de nanismo, caracterizado por membros curtos. Embora às vezes seja hereditário, a maioria dos casos de nanismo é causada por uma mutação genética. É por isso que a maioria das pessoas com acondroplasia são filhas de pais de estatura mediana). Em geral, pessoas com acondroplasia possuem braços e pernas curtos, cabeça grande e um tronco de tamanho médio. É possível tomar hormônios para aumentar a altura. Em casos raros, uma cirurgia pode ajudar a corrigir a curvatura anormal da coluna vertebral). 2- Adquirida: Extrusão de disco, estenose do canal medular devido espondilose crônica, secundária a fratura ou luxações que determinam a compressão da região,secundária tumores, osteocondrose vertebral ou sacral, malformação óssea congênita ou proliferação progressiva de tecidos da região lombossacra. Doença do disco intervertebral L6-L7: A doença do disco intervertebral (DDIV) é um enrijecimento prematuro do centro do disco associado a uma debilidade da parte externa ou ânulo. A degeneração do disco intervertebral ocorre com a idade e pode preceder a herniação discal. As lesões discais podem ser definidas classicamente como degeneração Condróide e Fibróide 1- Metaplasia condróide (tipo 1): Ocorre geralmente em raças condrodistróficas, nos primeiros dois anos de vida. 2- Metaplasia Fibróide (Tipo II): Ocorre normalmente em raças não condrodistróficas após a meia idade, como animais de grande porte. Traumas: O trauma pode resultar em fratura ou luxação de L7, L7-S1, sacro ou junção sacrococcígea. Discoespondilite: é uma forma de infecção por bactéria ou fungo que ocorre nos discos intervertebrais da coluna, atingindo também os ossos da região. Espondilose: Ela ocorre devido à formação de pontes ou esporões ósseos laterais ou ventrais ao corpo vertebral, levando à compressão medular. Estenose Degenerativa Lombosacral: É a forma mais comum de patologia lombosacra e acomete principalmente cães adultos de grande porte. Resulta em protrusão discal do tipo II com protuberância dorsal do anel fibroso, hipertrofia/hiperplasia do ligamento arqueado, formação osteofítica, espessamento dos arcos. intervertebrais ou facetas articulares, e raramente subluxação/instabilidade da junção lombosacra. Estenose Lombosacra Idiopática: Doença definida de cães de pequeno e médio porte. que apresentam diversas alterações estruturais Acredita-se que estas alterações resultam de uma falha no desenvolvimento do arco neural Neoplasias: Independente do tecido de origem, neoplasias da coluna vertebral resultam em invasão do tecido nervoso no canal vertebral, sendo que as massas extradurais representam aproximadamente 50% dos tumores espinhais. SINAIS CLINICOS: As intensidades dos sinais vão variar conforme a complexidade da lesão e região que foi acometida, levando em consideração quais nervos que foram lesados. Pode haver envolvimento dos membros pélvicos, vesícula urinária, esfíncter anal e cauda, tendo os sinais variados de flacidez até paralisia dos membros posteriores. Os sinais mais comuns observados são: 1- Dor crônica na região dorsal 2- Claudicação dos membros pélvicos com/sem fraqueza, uni/bilateral; 3- Flacidez com paresia ou não de membro pélvico e/ou cauda; 4- Dificuldade em saltar, subir escadas e dificuldade em se levantar com o apoio dos membros posteriores Outros sintomas que podem ser manifestados: 1- Incontinência urinária; 2- Incontinência em defecar; 3- Mordedura excessiva na própria cauda. EXAMES FÍSICOS: DOR: Palpação profunda da região dorsal do sacro. Dorsoflexão da cauda. Hiperextensão da região lombosacra. REFLEXOS: Se a lesão acomete a intumescência lombar (segmentos medulares de L4 e S2), ela provoca paralisia de neurônio motor inferior, tônus diminuído, perda de reflexos nos membros pélvicos, e os membros anteriores geralmente estão com os reflexos normais. DÉFICIT PROPRIOCEPTIVO DIAGNOSTICO: Exame físico e ortopédico Radiografia convencional -Rápida, simples e de extensa avaliação Radiografia convencional: Baixa capacidade de diferenciação de tecidos moles; falsos negativos e positivos. Mielografia: Contraste no espaço subaracnoide; pouco valor diagnóstico. Epidurografia: Contraste no espaço epidural; estenose lombossacra Discografia: Contraste no núcleo pulposo do DI, protrusão discal lateral Tomografia computadorizada: visualiza compressões extra-durais, melhor resolução de tecidos moles Ressonância magnética: Melhor método diagnóstico para compressões medulares por lesões de tecidos moles; visualização direta da medula; alto custo. TRATAMENTO: O tratamento mais adequado depende do estado neurológico do animal, do histórico médico e da evolução dos sinais clínicos, por isso cada caso deve ser avaliado individualmente. TRATAMENTO CONSERVATIVO: AINES (atuam na dor nociceptiva) Antidepressivos Anticonvulsivantes Opióides Analgésicos Condroprotetores Tratar causa base (quimioterapia, antibiótico) TRATAMENTO CIRÚRGICO: Deve recorrer-se ao tratamento cirúrgico sobretudo em casos graves ou que não respondam ao tratamento conservador: 1) Fenestração 2) Laminectomia (é a mais indicada) 3) Técnica de Fixação-Fusão L7-S1 TRATAMENTOS ALTERNATIVOS: 1) Acupuntura e eletroestimulação 2) Termoterapia/crioterapia 3) Quiropraxia ARTIGO CIENTIFICO 1: O artigo é baseado em um relato de caso atendido em uma clínica veterinária localizada em GoiâniaGoiás, de um cão, macho, seis anos de idade, sem raça definida, com aproximadamente 20 kg de peso vivo, vacinado e com calendário profilático parasitário atualizado. Ao exame clínico o animal apresentava paresia dos membros pélvicos, leve quadro de disquezia, reflexo de panículo ausente a partir de L5, sensibilidade superficial ausente e sensibilidade profunda diminuída dos membros pélvicos. Os parâmetros vitais se encontravam normais Foram realizados diversos exames complementares como hemograma completo, bioquímica sanguínea, radiografia simples e tomografia computadorizada. Após o diagnóstico definitivo optou-se pela intervenção cirúrgica utilizando a técnica de hemilaminectomia para corrigir o processo de compressão da medula espinhal A técnica utilizada neste relato foi a hemilaminectomia,não sendo a indicada por Selmi & Pereira (1998), onde estes indicam para este tipo de caso a laminectomia dorsal. Porém, o uso desta técnica permitiu total 26 Multi-Science Journal, v. 1, n. 9 (2017) 27 recuperações do animal após a cirurgia, pois o paciente voltou a se locomover normalmente após sete dias. As alterações nos discos intervertebrais em raça não condrodistrófica não são comumente descritas na literatura. Assim, a identificação precoce destas alterações pela tomografia computadorizada associada a intervenção cirúrgica, promove ao paciente a recuperação de suas funções neuromotoras e consequentemente permitem a manutenção da qualidade de vida. ARTIGO CIENTIFICO 2: Um estudo retrospectivo avaliou o uso de injeções epidurais de corticosteroides guiadas por fluoroscopia em 38 cães e constatou um resultado melhor em 79% deles. No relato de caso, foi instituído uso de corticoide de depósito por via epidural, sendo utilizado metilprednisona 1 mg/kg, em três aplicações com intervalo de 21 dias. Animal foi diagnosticado com SCE com instabilidade lombossacra, ocasionando processos degenerativos secundários e precoces. Como tratamento, foi escolhido o tratamento conservativo, baseado em uso de analgésicos, opióides, AINES e anticonvulsivantes. Foram prescritos: Tramadol e Dipirona por 7 dias em 8 em 8 horas, Carprofeno por 10 dias em 12 em 12 horas. Com a piora do quadro foi instituído Gabapentina por 30 dias em 12 em 12 horas, mais a restrição de movimentos e repouso. Animal teve uma melhora, porém devido a persistência da dor, foi indicado fazer o uso de corticoide de depósito por via epidural, sendo utilizado metilprednisona 1 mg/kg, em três aplicações com intervalo de 21 dias, mais sessões de fisioterapia. Após a segunda aplicação da terapia instituída, o paciente retornou com melhora clínica e física significativa, não apresentando nenhum sinal de dor à palpação e extensão lombossacra, proporcionando grande melhora na qualidade de vida do paciente OBS: Sinais clínicos que o tutor mais queixa: dor, continência urinaria e fecal. OBS: Paresia Compressão dos nervos pélvicos Grupo 4: OBESIDADE E SUAS COMPLICAÇOES INTRODUÇÃO: Excesso de tecido adiposo branco - 20% acima do ideal Afecção nutricional e metabólica MAIS COMUM Provoca/Acelera o aparecimento de diversas doenças Diminui a expectativa de vida Doença nutricional multifatorial 25 a 40% da população canina e felina encontra-se nesta condição Excesso de tecido adiposo branco (órgão hormonalmente ativo) Maior o risco de outras complicações Forma primária: desequilíbrio em ingestão calórica x gasto calórico Forma secundária: endocrinopatias, medicação e castração Predisposição: raça, sexo, idade, castração, fatores genéticos, atividade física e densidade energética da dieta FISIOPATOLOGIA: O aumento de gordura corporal prejudicial a saúde do animal sua etiologia que pode ser multifatorial e suas complicações que são as doenças que a obesidade predispõe os animais. Existem tipos de obesidade quanto a celularidade: hipertrófica, com adipócitos aumentados de tamanho, em animais na fase adulta.hiperplásica causada por número excessivo de adipócitos, observada em animais em crescimento e ocasionada pela superalimentação energética nesta fase, é rara. O organismo pode aumentar o número de adipócitos, que ficam sobrecarregados ocorrendo acúmulo de triglicerol em tecidos não adiposos que é outra classificação da obesidade. Visceral tem deposição de gordura na cavidade abdominal e tecido adiposo ectópico nos músculos, fígado e coração e sobrepeso é muito elevado e na obesidade subcutânea a deposição de gordura no tecido subcutâneo, sem tecido adiposo ectópico e menor sobrepeso. Obesidade quanto a origem Forma primária- ingestão calórica elevada e baixo gasto calórico, animal com balanço energético positivo sem gasto de energia adequado, pouco exercício físico resultando em ganho de peso. Forma secundária - devido a comorbidade de caráter hormonal ou farmacológico, por exemplo endócrinopatias: hipopituitarismo, hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e hiperinsulinemia, estes distúrbios endócrinos correspondem a 5% da população obesa em cães e gatos. Essas doenças causam desequilíbrio energético, e consequente deposição de gordura e sobrepeso. Medicação: uso glicocorticóides, anticonvulsivantes que causam polifagia e progestágenos. O que interfere os fatores de risco/ predisposição são: a) Raças: Golden Retriever, Labrador Retriever, Cocker Spaniel, Beagles e Collie e de gatos são: Manx e os de pêlo curto em geral b) Castração: devido redução na taxa metabólica após a castração em machos e fêmeas e ausência do efeito de hormônios gonadotróficos maior consumo de alimento. Porque estrógeno exerce efeito inibitório no apetite. c) Sexo: animais castrados, principalmente fêmeas. d) Idade: por causa da diminuição do gasto energético, devido a reduzidas atividades e alterações no metabolismo corporal em cães idade avançada de 5 a 10 anos, gatos 5 a 11 anos. e) Pouco exercício físico f) Densidade energética da dieta alta influenciam diretamente. O excesso de peso pode causar problemas do sistema locomotor, exemplo traumas ou degeneração, tem risco de ter ruptura do ligamento cruzado cranial, luxação de patela, doença degenerativa articular e doença do disco intervertebral. Quanto a função cardiovascular: efeito no ritmo cardíaco função cardíaca e pulmonar. Existe Associação com colapso traqueal, síndrome do braquicefálico, paralisia laríngea, dispnéia e também parece estar associada à hipertensão sistêmica, miocardiopatia hipertensiva, trombose portal venosa e hipóxia do miocárdio. Existe a relação da obesidade e Diabetes Mellitus não Insulinodependente. A frequência de tumores de bexiga, pele e mama está aumentada em animais obesos. Ocorre hiperlipidemia que são comuns principalmente nos cães por defeito primário no metabolismo de lipoproteínas ou uma doença sistêmica adjacente. Dentre problemas reprodutivos diminui a concentração de testosterona e a viabilidade e qualidade dos espermatozoides. Causa infertilidade nas fêmeas e aumenta o risco de ninhadas pequenas e da mortalidade neonatal, risco de distorcias. Ingerir alimento excessivo pode induzir gastrite, refluxo do ácido gástrico, causando esofagite e halitose. Obesos tendem a sofrer de enterites, constipação e flatulência. Para tentar resumir o obeso vai estar mais susceptível enfermidades infecciosas, além de aumentar os riscos de complicações cirúrgicas e anestésicas. SINAIS CLINICOS: Intolerância ao exercício Problemas locomotores (lesões articulares) Sedentarismo Falta de ar Roncos Problemas de pele (aparecimento de manchas escuras) DIAGNOSTICO: Avaliação clínica e exames complementares Escore de condição corporal Medidas morfométricas Densitometria de duplo feixe de raios X (DEXA) Ressonância Magnética (RM) 1) Muito magro: costelas e ossos são proeminentes, não existe dobra abdominal e a perda de massa muscular é aparente 2) Magro: Costelas, extremidades osseas e áreas lombar são bem visíveis, a cintura é muito fina e a curva abdominal é aparente. 3) Ideal: Costelas tem uma camada fina de gordura, os cães e gatos apresentam cintura e curva abdominal moderada 4) Acima do peso: Camada de gordura densa e dificuldade para apalpar as costelas. Dobras de gordura nas costas e base do rabo 5) Obeso mórbido: São pets com grande depósito de gordura no tórax e a espinha dorsal fica curvada devido ao peso do abdômen. PREVENÇÃO: Controle periódico do peso do animal Exercícios regulares Oferecer a quantidade de ração recomendada (alimentar cerca de 3x/dia (cães). Não oferecer petiscos em excesso Estabelecer horários de alimentação Castrados exigem dieta especial Ração ‘’sênior’’ acima de 7 anos TRATAMENTO: Explicar as necessidades nutricionais ao tutor; Dieta comercial X Dieta caseira; Quantidade diária de comida fracionada; Exercício Físico Gradual; Acompanhamento (quinzenal); L-carnitina como adjuvante; Tratamento cirúrgico quando há complicações, por exemplo: ortopédicas 08/05/20 Grupo 5: SINDROME DO CÃO NADADOR INTRODUÇÃO A síndrome do filhote nadador é uma anormalidade de desenvolvimento de filhotes, caracterizada por dificuldade ambulatória. Pode ocorrer em cães e gatos e costuma aparecer entre a 2ª e a 3ª semana de vida, justamente quando o cachorro começa se movimentar mais e é percebida pelos tutores ou criadores. É mais frequentemente em raças condrodistróficas de patas curtas como buldogue inglês e francês, basset hound mas na literatura já foi relatada outras raças que devem ser observadas como labrador, Golden Retriever, Rottweiler, Husky siberiano, Lhasa Apso, pinsher entre outros. Pode acometer membros torácicos, membros pélvicos ou até os quatro membros simultaneamente e tem como característica a hiperextensão das articulações tíbio-femoropatelar e tíbio-társica e hiperflexão bilateral da articulação coxofemoral, além do esterno achatado e possivelmente presença de sopro cardíaco leve. Sua etiologia é desconhecida, e é descrita como uma anormalidade músculo- esquelética do crescimento, porém tem sido atribuída a fatores genéticos, ambientais como solos lisos ou a alteração metabólica derivada da alimentação da mãe com uma dieta excessivamente rica em proteínas ETIOLOGIA A Hipoplasia mio fibrilar e rara em felinos, tem algumas ocorrências em suínos e ovinos. Ocorre principalmente em cães de raças condrodistroficas, buldogue inglês, buldogue francês, scottish terrier e basset hound. Porém na rotina clinica é relatado em outras raças também, sendo elas srd, labrador, Golden, husky, schnauzer, rottweiler, fox paulistinha, lhasa, pinscher, yorkshire e outros. FISIOPATOLOGIA O desenvolvimento da musculatura esquelética em filhotes saudáveis ocorre até o decimo dia de vida, em um animal com a Síndrome do filhote nadador terá um atraso na transformação da fibra tipo II em fibra tipo I, juntamente com retardo no desenvolvimento da força ligamentar onde a mesma não cresce proporcionalmente o tamanho e o peso corporal desse animal, gerando uma musculatura incompleta no quesito desenvolvimento. A doença compressa a região dorsoventral do tórax, abdômen e pelve, que acontece em consequência à ausência do suporte do esqueleto apendicular. A doença possui uma etiologia desconhecida, porém o fato de filhotes da mesma ninhada e filhotes de pais consanguíneos apresentarem a mesma síndrome acredita-se que fatores genéticos estejam envolvidos na etiologia da doença. Suspeita-se de algumas causas associadas á deficiência nutricionais, devido a composição do leite materno com alterações nas concentrações de metionina, vitamina E e B, selênio, deficiência de taurina, zinco, magnésio e fosforo ou a mãe aumentar a quantidade de ingestão de proteína durante a gestação. Esses fatores podem estar associados á alterações na função da sinapse neuromuscular e mielinização inadequada dos neurônios periféricos. SINAIS CLÍNICOS Os filhotes da ninhada que possuem crescimento acelerado são mais suscetíveis ao desenvolvimento da hipoplasia miofribilar conhecida como a síndrome do cão nadador. Os sinais clínicos iniciam entre 16 e 21 dias de vida, quando começam a se movimentar mais e adotam uma posição de total abdução dos membros, principalmente dos membros pélvicos, mas que pode também afetar os membros torácicos e até mesmo os quatros membros, fazendo com que o animal não consiga se levantar para caminhar normalmente. Na tentativa de se locomover adota um movimento que se assemelha a nadar (remada) com incapacidade de ficar em estação e caminhar, permanecendo em decúbito esternal. Como consequência ao mau posicionamento dos membros o paciente desenvolve complicações nas angulações articulares dos joelhos conhecida como gene recuvartum, além das luxações de patela e hiperflexação coxofemoral. Nos membros pélvicos é possível observar também a hiperflacidez de articulações, rotação externa nas extremidades posteriores e hiperextensão das articulações de joelho e tarso. O filhote desenvolve uma deformação torácica com achatamento dorsoventral das costelas conhecida como pectus excavatum, podendo provocar dispneia, sopro cardíaco e cianose, assim como vômitos e regurgitações. Só que estudos confirmaram que a síndrome do cão nadador e o pectus excavatum são duas condições completamente diferentes e podem ocorrer concomitantes ou independentes. DIAGNOSTICO O diagnóstico é realizado baseando na história clínica do paciente por meio da anamnese, exame físico, onde o local pode ser palpado. Já o exame complementar de escolha é a radiografia torácica na qual se observa a depressão na região do esterno (MOURA & DIPP, 2018). A maioria dos animais que apresenta Pectus excavatum são assintomáticos, o diagnóstico é muitas vezes um achado (DÍAZ & AGUIRRE, 2012). O diagnóstico de Pectus excavatum pode ser obtido por meio do exame radiográfico, sendo ela realizada na posição lateral, na qual pode ser observada uma anormalidade no osso esterno e na posição ventrodorsal na qual podem ser observadas anormalidades cardíacas decorrentes do problema (CUPERTINO et al; 2017). Foi realizado exame radiográfico no caso relatado utilizando as duas projeções, sendo que a alteração foi observada apenas na projeção lateral. O tratamento pode ser tanto conservativo quanto cirúrgico dependendo da idade do animal e da gravidade da doença (FOSSUM, 2014; MOURA & DIPP, 2018). O uso de cirurgia para a correção de Pectus excavatum é utilizado na medicina humana como forma de tratamento em pacientes adultos (SHAALAN et al. 2017). O animal deste relato apresenta o problema há quinze anos sem apresentação dos sinais clínicos caracteristicos da doença como dispnéia, taquipnéia, cianose e intolerância ao exercício, portanto a aplicação das técnicas descritas na literatura é inviável nesse caso. TRATAMENTO Para o genu recurvatum, onde há abdução e hiperextensão dos membros pélvicos o tratamento não é nada invasivo, trata-se de uma bandagem feita de esparadrapos em forma de 8 ou algema para conter os membros mantendo-os em posição anatômica dando maior estabilidade para se movimentar. (DENNY, H.R.; BUTTERWORTH, S.J.; 2006) Contenção e adução dos membros de um gato com SCN, juntamente com correção do genu recurvatum. (Fonte: VERHOEVEN, 2006). É importante um programa de reabilitação funcional, com manipulação das extremidades afetadas, ou seja, fisioterapia, 4 a 5 vezes ao dia, durante 10 minutos. O ambiente em que o animal vive deve ter piso antiderrapante a partir de 2 a 3 semanas de idade, de preferência macio para evitar que o esterno seja achatado ainda mais. Pode-se também controlar a alimentação do filhote afetado a fim de evitar o ganho de peso, o que pode fragilizar os membros traseiros. Administrar vitamina E e selênio (o déficit no leite é pouco provável porém pode- se desconfiar de deficiência na absorção). Bandagens e fisioterapia, assim como a dedicação dos proprietários são importantes ao sucesso do tratamento (VERHOEVEN, et al, 2006). Em relação ao tratamento da enfermidade genu recurvatum, faz-se secção do tendão do quadríceps do joelho e do tarso em flexão máxima possível, usando um fixador externo por 3 semanas, seguida de fisioterapia. Após a remoção do fixador, propicia as melhores chances de melhorar o arco de flexão do joelho (DENNY, H.R.; BUTTERWORTH,S.J.;2006). Para a enfermidade pectus excavatum existe o tratamentoclínico e cirúrgico. O tratamento clínico consiste em estimular os proprietários a realizar regularmente uma compressão medial a lateral do peito nesses filhotes. Caso o animal esteja gravemente dispnéico deve-se realizar a oxigenioterapia. Como tratamento cirúrgico existe a aplicação de uma tala externa na face ventral do tórax. Este tratamento é possível devido a pouca idade destes pacientes. Nesses jovens animais as cartilagens costais do esterno são maleáveis e o tórax pode ser reformado pela aplicação de tração no esterno usando suturas ao seu redor e colocação de uma tala rígida (FOSSUM, et al, 2002). Bulldog inglês com bandagem para deformidade pectus excavatum e correção manual da hiperextensão de membros posteriores por abdução e rotação interna dos membros. (Fonte: Journal of Small Animal Practice, 2006). Demonstração da tala externa na face ventral do tórax de um animal acometido por pectus excavaum. (Fonte: FOSSUM, 2002). A hidroterapia é recomendada para animais com a SCN, devido à estimulação dos músculos afetados durante o exercício e pelo alívio do peso que a água propicia. Porém essa modalidade deve ser utilizada com cuidado, pois alguns animais não toleram a água, e a idade e o tamanho com que os animais são introduzidos no tratamento faz com que eles sejam suscetíveis a pneumonias e outras doenças respiratórias devido a inalação da água (CARDILLI, 2012). Conforme Verhoeven (apud MILLIS; LEVINE, 1997) a termoterapia também é indicada devido a sua ação estimulante hiperemia arterial que faz com que o oxigênio vá para a musculatura com maior facilidade, trazendo assim uma melhoria das atividades metabólicas dessa. PROGNOSTICO THIEL, C.A., et al; 2008 refere que em 90% dos casos observa-se cura sem seqüelas (estudo de 60 casos), incluindo casos com ausência de tratamento (10%). O tamanho do animal funciona como fator prognóstico, sabendo-se que quanto maior o animal mais reservado é o prognóstico. A enfermidade pode se complicar com uma broncopneumonia aspirativa. A literatura destaca que as alterações freqüentemente regridem quando se atua de forma precoce. O prognostico é mais incerto quando são afetadas as quatro extremidades. Quando em presença da enfermidade genu recurvatum, o prognóstico é ruim e a resposta à fisioterapia, liberação cirúrgica de aderências ou secção do quadríceps é geralmente frustrante (DENNY, H. R.; BUTTERWORTH, S. J.; 2006). Em relação ao pectus excavatum, o prognóstico é excelente para os animais sem doenças adjacentes com tratamento clínico ou cirúrgico realizado quando ainda jovens (FOSSUM, T. W.; 2002). PROFILAXIA Como profilaxia deve-se retirar da reprodução as fêmeas que já possuem filhotes que apresentaram a síndrome do cão nadador. Controlar a alimentação da cadela gestante, administrando uma dieta balanceada. Prevenir o achatamento dos cães enfermos mediante uma vigilância estreita, deixar o animal em um ambiente com chão antiderrapante e macio (FOSSUM, et al, 2002). Faz parte da profilaxia e do trabalho de veterinários da área informar os criadores das raças mais acometidas como o bulldog inglês sobre a síndrome e sugerir a utilização de um colchão de palha coberto por um lençol nas caixas onde ficam os neonatos, para que possam se movimentar. Este colchão de palha dá suporte ao animal e diminui a força mecânica que o corpo tende a fazer diminuindo assim a compressão dorso-ventral do animal (VERHOEVEN, et al, 2006). OBS: na hidroterapia tomar muito cuidado com as bronco aspiração. Grupo 6: DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA (DDA) INTRODUÇÃO: Osteoartrose – processo de degeneração de cartilagens que envolvem os ossos e as articulações. Principal causa de claudicação nos cães. A falta de informação leva o animal a eutanásia. Doença substimada nos gatos. não apresentam claudicação. OBS: Ossos se choquem um contra o outro durante o movimento, claudicação em idosos causando muita dor. OBS: Doença submetida nos gatos, pois eles não apresentam sintomas, pode ocorre por causa de obesidade FISIOPATOLOGIA: ÉClassificadas em: Primárias: em decorrência ao uso – idade. Secundárias: patologias que afetam as estruturas articulares, DCF, RLCC, NUPA, obesidade, lesões traumáticas. Acomete mais cães idosos, porém também há casos em animais jovens. OBS: Cartilagem acometida é a hialina, causando osteoartrose SINAIS E SINTOMAS: Claudicação Dificuldade em realizar atividades Mudança de comportamento Lambedura ou mordedura da articulação Dor Disfunção articular DIAGNOSTICO: Exame clínico: Limitação ao movimento Crepitação Exame radiográfico: Efusão articular Inchaço de tecido mole periarticular Esclerose do osso subcondral Remodelamento ósseo Ressonância Magnética – ideal para avaliar alterações estruturais ósseas e do líquido sinovial. TRATAMENTO: AINES/ analgésicos ( controle da dor) Diminuição de peso corporal Adaptação do exercício físico Suplementação alimentar Dieta rica em EPA e DHA e suplementada com extrato de mexilhão de lábios verdes e sulfato de glicosamina. Uso do plasma rico em plaquetas Fisioterapia: Laserterapia, ultrassom terapêutico, hidroterapia, massoterapia OBS: No tratamento clinico é primordial que o proprietário tem que estar ciente do sobrepeso do animal, pois animal a cima do peso atrapalha no tratamento se tornando mais difícil e lento e piora a osteoartrose. CONCLUSÃO: Dificuldade de diagnosticar por não saber se o animal está com dor ou a intensidade dessa dor Garantia de qualidade de vida melhor mesmo com a doença 15/05/20 Grupo 7: DISPLASIA COXOFEMORAL INTRODUÇÃO: A displasia coxofemoral ou displasia de quadril é uma doença de má formação genética, com degeneração da articulação do quadril e que envolve principalmente estruturas como a cabeça do fêmur, a cápsula articular e o acetábulo (local onde se encaixa a cabeça femoral). O animal pode começar a desenvolver essa complicação ainda quando jovem. Normalmente surge entre quatro meses a um ano de idade. Apresenta causas multifatoriais: fatores ambientais (piso), nutricionais (excesso de alimento e/ou suplemento de cálcio com ganho rápido de massa muscular), base genética, entre outros. Pode ser unilateral ou bilateral A incidência em fêmeas e machos é semelhante. FISIOPATOLOGIA: A displasia coxofemoral consiste no desenvolvimento anormal da articulação do quadril e desenvolve-se pela incongruência da cabeça ao se articular com o acetábulo, provocando frouxidão de tecidos moles e instabilidade local, assim como doença articular degenerativa. Durante o primeiro ano de vida, o esqueleto cresce mais rapidamente do que a musculatura. Como resultado, os tecidos moles não têm resistência suficiente para manter a congruência entre as superfícies articulares da cabeça do fêmur e do acetábulo. Assim, a cabeça do fêmur e o acetábulo ficam frouxos, desencadeando série de eventos que terminam em displasia coxofemoral e osteoartrite. A displasia coxofemoral pode acontecer em qualquer raça e espécie, mas é predominante em cães de porte médio e grande de rápido crescimento Rottwailer, pastor alemão, Golden Retriver SINAIS CLINICOS: Fraqueza nas pernas Claudicação Falta de coordenação nos quadris (andam rebolando) Relutância para correr, pular Dificuldade para levantar-se ou abaixar-se; Passos anormais recorrentes. DIAGNOSTICO: Anamnese Histórico do animal Sinais clínicos Exames ortopédico : Teste de Ortolani e Amplitude de movimento Exame radiográfico TESTEDE ORTOLANI: Decúbito dorsal/lateral Membros esticados Pressão dorsal para deslocar/subluxar Abdução do fêmur Positivo: Articulação estala Negativo: Realizar exame radiográfico TESTE DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO: Flexão Extensão Adução e Abdução OBS: Observar crepitações e sinais de dor DIAGNOSTICO: Exame radiográfico: Para identificar a frouxidão articular de forma confiável, o exame deve ser realizado em projeção ventro-dorsal sob estresse (Método PennHIP), que incluem 3 radiografias separadas sob anestesia geral. Convencional: Ângulo de Norberg - O ângulo mede a gravidade da subluxação e a profundidade do acetábulo. - Igual ou superior a 105º corresponde à quadril normal. TRATAMENTO CONSERVADOR X CIRURIGICO: Depende do histórico do paciente, idade, gravidade dos sinais clínicos, dor nas articulações e luxação do quadril durante a palpação, achados físicos e radiográficos, presença ou ausência de outras doenças e limitações financeiras do proprietário Em animais jovens, sem evidência de alterações degenerativas do quadril, apresentando sintomas leves, as opções de tratamento incluem o método conservador Os animais displásicos com osteoartrose avançada, jovens quando se deseja desempenho atlético ou o dono deseja reduzir a velocidade da progressão da doença articular degenerativa devem ser sujeitos a procedimentos cirúrgicos CONSERVADOR: Os objetivos da terapia conservadora ou clínica são aliviar os sinais clínicos de dor, melhorar a função, restaurar a qualidade de vida e, se possível, retardar a progressão da doença sem causar efeitos colaterais significativos. Esse tratamento inclui: Medicamentos analgésicos, condroprotetores, fisioterapia e nutrição com controle do peso corpóreo. CIRURGIAS PREVENTIVAS: Osteotomia pélvica tripla (OPT) Sinfisiodese púbica juvenil Osteotomia dupla da pelve Acetabuloplastia CIRURGIAS DE ALIVO DE DOR: Denervação capsular Pectineomiectomia Prótese total do quadril Amputação do colo e cabeça femoral ARTIGO 1: https://www.redalyc.org/pdf/2890/289039764015.pdf ARTIGO 2: file:///C:/Users/Negro/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8weky b3d8bbwe/TempState /Downloads/ocorrecircncia-da-displasia-coxofemora.pdf Grupo 8: FRATURAS DE RADIO E ULNA https://www.redalyc.org/pdf/2890/289039764015.pdf file:///C:/Users/Negro/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8bbwe/TempState%20/Downloads/ocorrecircncia-da-displasia-coxofemora.pdf file:///C:/Users/Negro/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8bbwe/TempState%20/Downloads/ocorrecircncia-da-displasia-coxofemora.pdf INTRODUÇÃO: As fraturas em geral são muito comuns em pequenos animais, principalmente nos que habitam em áreas urbanas As fraturas de rádio e ulna constituem de 8,5-10,7% de todas as fraturas que acometem os cães e gatos, sendo considerada a terceira forma de fratura mais comum nos cães Em geral, ambos os ossos são fraturados, mas as vezes, são encontradas fraturas isoladas do rádio ou da ulna. As fraturas podem ser classificadas em: 1) Fratura completa ou incompleta 2) Fraturas simples ou fraturas múltiplas E a maioria dos casos as fraturas ocorrem no terço médio ou distal do rádio e ulna. No terço distal dos ossos rádio e ulna é local de maior incidência dos processos traumáticos devido a presença de grandes quantidades de tecidos esponjoso nessa região FISIOPATOLOGIA As fraturas de rádio e ulna pode ser encontrada ao longo da porção proximal até a distal. Essas fraturas podem ser classificadas em simples, transversa, obliquia, espiral, cominutiva, segmentar, por avulsão, por de deformidade como varus e valgo, por impacto e pode ocorrer fratura classificada como galho verde. As causas mais comuns destacam-se em: 1) Acidentes de veículos motorizados (ATROPELAMENTO) 2) Pequenos traumas como saltos ou queda do animal 3) Osteodistrofia Hipertrofica 4) Obesidade 5) Osteosarcoma 6) Osteocondrose 7) Osteoporose As Predisposições são: Animais jovens e adultos. SENDO MAIS COMUM EM ANIMAIS JOVENS Não há diferença entre sexo, pode ocorrer tanto em machos como em fêmeas O fator racial tem influência nas fraturas, podendo ocorrer em raças toys e raças grandes ou gigantes SENDO MAIS COMM EM RAÇAS TOYS Raças predispostas: Poodles, Yorkshires, Pinschers, Lhasa Apso, Maltes, Pug, Bulldog inglês e francês, Rottweiler, Golden Retriever SINAIS CLINICOS: O paciente pode chegar apresentando sinais clínicos comumente achados como: Manifestação de dor, claudicação e dificuldade de movimentação, impotência funcional do membro, demonstrada pela posição em flexão do cotovelo e do carpo, membro edemaciado que vai haver variação de acordo com gravidade e tempo decorrido do trauma, podem ser encontrados nódulos em casos de neoplasia, e também pode apresentar sangramento em casos mais graves como de fraturas expostas, que pode levar a síncope e choque. DIAGNOSTICO: O diagnóstico das fraturas de rádio e ulna baseia-se no achado de um ou mais sinais clínicos já citados, junto da anamnese, onde será avaliado o histórico do animal, em relação a traumas, neoplasias e outras doenças e fatores genéticos que podem estar relacionados a fratura. Além disso, é imprescindível a realização do exame físico, onde será determinado o local lesionado, podendo haver instabilidade dos ossos, deformidades e crepitação da região ao examinar. Também deve-se avaliar o quadro geral do animal, e ser feita a estabilização do mesmo se necessária, como em casos de fraturas externalizadas, que podem ocorrer hemorragia, podendo levar o animal a choque e até um possível óbito. A conduta a ser tomada nesses casos de fraturas é aplicar uma bandagem temporária até a realização do exame radiológico, evitando maior deslocamento da área fraturada, lesões em estruturas vitais pelos fragmentos pontiagudos, e diminui o edema pós-traumático dos tecidos moles. Assim que possível, devem ser realizadas radiografias com incidências médio lateral e craniocaudal do local da fratura, para que se defina corretamente o tipo de fratura, e consequentemente, seleção do tratamento mais adequado. TRATAMENTO CONSERVATIVO: Tratamento farmacológico: Devido ao trauma provocado pela fratura associado ao produzido pela manobra de redução, a literatura indica utilização de antiinflamatórios não esteroidais, para reduzir a formação de edema e ajudar no controle da dor. Redução: A redução da fratura é facilitada pelo tratamento precoce (dentro de 24 à 48 horas pós-fratura) e relaxamento muscular completo com anestesia geral. As fraturas podem ser reduzidas pelo método fechado, com tração e manipulação dos fragmentos, ou pelo método aberto, com reconstrução visual direta dos fragmentos. O método fechado deve ser realizado assim que as condições do paciente permitam anestesia para não sofrer influência de espasmos musculares e contraturas tardias. Já o método aberto é utilizado em casos instáveis e mais complicados, casos com mais tempo decorrido e casos com indicação para fixação interna. A fixação da fratura é realizada para evitar movimentação durante o processo de reparação. Esta pode ser realizada com placas e parafusos, fixadores externos, pinos intramedulares, placas compressivas. Crioterapia: A aplicação de gelo na lesão é uma modalidade de tratamento que pode facilmente ser utilizada em qualquer clínica. A aplicação do gelo sobre a fratura fechada por 10 a 20 minutos antes da estabilização temporária, que pode ser repetida a cada 2 a 4 horas se for conveniente, reduz o fluxo sanguíneo, o edema, a hemorragia e a inflamação de tecidos moles, tem efeito analgésico e reduz espasmos musculares. A associação da aplicaçãode gelo na lesão e da bandagem de suporte reduz dramaticamente o dano aos tecidos moles e o aumento de volume, facilita o reparo cirúrgico e reduz a fibrose muscular pós-operatória. Fraturas abertas: Fraturas abertas devem receber cuidados imediatos como limpeza, desbridamento e coleta de material para cultura aeróbica e anaeróbica. A antibioticoterapia de amplo espectro deve ser iniciada até o resultado da cultura e testes de sensibilidade estar disponíveis. VANTAGENS: o tratamento conservativo ajuda a evitar agressão ao organismo, promove consolidação óssea estável, não necessitando de uma segunda intervenção cirúrgica para remoção de implantes utilizados e é menos oneroso. DESVANTAGENS: dificuldade de manutenção dos fragmentos ósseos alinhados, devido ao pequeno diâmetro da diáfise, pobre suporte de tecidos moles e ao deslocamento do fragmento distal devido aos músculos flexores do carpo que provocam uma força caudolateral a qual atua sobre o fragmento ósseo distal deslocando-o. Coaptação externa: O tratamento conservativo, com imobilização/coaptação externa como agente de suporte, é recomendado: Animais jovens de médio porte e gatos: fraturas incompletas ou transversas no terço médio diafisário de cães jovens de médio porte. Houver pelo menos 50 % de contato entre as superfícies ósseas e não houver desvios angulares significativos. Ou seja, deve haver a manutenção do eixo ósseo. E contraindicado em: Animais de raça miniatura/toys Animais pesados, pois há tendência estatística de feito negativo do peso sobre o apoio. Cães ativos de grande porte. Bandagens: É indicada quando a fratura não puder ser reparada imediatamente, aconselha-se a fazer a estabilização temporária como, por exemplo, bandagem de Robert Jones ou Robert Jones modificada para dar suporte ao membro, prevenir danos aos tecidos moles, limitar o edema pré- operatório e melhorar o conforto, especialmente para o transporte do paciente a um centro de referência. A bandagem deve ser observada diariamente pelo proprietário e reavaliada semanalmente. Talas: Este tratamento é limitado a fraturas fechadas e simples (como as incompletas em galho verde ou transversas) localizadas no terço médio diafisário de cães jovens de médio porte e gatos. Porque é impossível imobilizar corretamente o cotovelo! Muitas talas possuem a tendência de tornarem-se frouxas e necessitam de constantes revisões para assegurar- se que elas estão atingindo seu objetivo A articulação proximal e a distal devem ser imobilizadas. Em fraturas de rádio e ulna isso pode ser complicado, pois a estabilização do cotovelo é difícil, especialmente em cães condrosdisplásicos, e é indicado que os dígitos fiquem fora da imobilização para verificar presença de aumento de volume e para encorajar deambulação. As limitações da técnica devem ser reconhecidas e esclarecidas ao proprietário. Um dos desafios da imobilização externa é manter a estabilidade, especialmente porque um dos princípios é o de que a articulação proximal e a distal devem ser imobilizadas. Em fraturas de rádio e ulna isso pode ser complicado, pois a estabilização do cotovelo é difícil, especialmente em cães condrosdisplásicos, e é indicado que os dígitos fiquem fora da imobilização para verificar presença de aumento de volume e para encorajar deambulação Deve-se ter o cuidado se só aplicar as talas após redução do edema para evitar que a imobilização fica solta ou frouxa. Quando do uso de talas deve-se evitar um acolchoamento excessivo, pois isto pode facilitar movimentos torcionais gerando união retardada ou não união. TRATAMENTO CIRURGICO: O tratamento cirúrgico para fraturas de rádio e ulna é preferencialmente indicado pois oferece menos riscos de obtermos resultados desfavoráveis Sendo assim a escolha do tipo da cirurgia ortopédica vai depender de diversos fatores, mas sobretudo o tipo de fratura sofrida é região acometida Em fratura em diafíse de rádio e ulna podemos utilizar desde fixadores externos até placas com parafusos, (neste tipo de fratura temos um prognóstico um pouco melhor que em fraturas próximas às articulações e em pacientes jovens o remodelamento tende a ser mais rápido). Já em fraturas próximas às articulações e o prognóstico já se mostra ruim na maioria das situações. Neste caso podemos optar por artrodese com fixação de parafusos associado a fio de ccerclagem. Para as fraturas de rádio é ulna é contraindicado a utilização de pinos intramedulares pois foi observado resultados negativos em grande parte dos casos por promover a não união óssea Lembrando que os cuidados no pós-operatório são essenciais para que possamos obter bons resultados no tratamento. Desde uma boa imobilização com bandagens conservativas observação atenta do paciente e repouso absoluto. Porém devemos sempre lembrar que o primeiro conceito e cirurgia ortopédica é que nada é exato o que deu certo em um indivíduo pode não obter os mesmos resultados em outros, também levando em conta que a cirurgia ortopédica é particular de cada cirurgião, nem sempre os cirurgiões tem a mesma conduta em um determinado procedimento. COMPLICAÇÕES A consolidação das fraturas de rádio e ulna depende em parte do porte do paciente: Em cães jovens de médio à grande porte, geralmente evoluem para a cicatrização independente do método de estabilização. Nas raças de pequeno porte, o tratamento de fraturas em rádio e ulna é descrito como difícil, pois a prevalência para o desenvolvimento de UNIÃO RETARDA e de NÃO UNIÃO é altíssima chegando a 60%. A UNIÃO RETARDA e NÃO UNIÃO pode ser explicada por características próprias ao Rádio e a Ulna como: Pouco recobrimento muscular Canal medular pequeno Pouca vascularização regional Por estes motivos, as fraturas em diáfise têm prognóstico melhor, já que a região distal tem o canal medular mais reduzido e a vascularização é precária Além disso, o excesso de movimento do membro fraturado e a índole do animal. Tensão do músculo flexor do carpo e do músculo flexor digital que promovem uma força caudolateral a qual atua sobre os fragmentos ósseos, deslocando-os Outros fatores como atraso no tratamento ou tratamento inadequado e Osteomielite. Estas complicações podem causar desvios e incongruências ósseas, com efeitos maléficos à deambulação do animal. ARTIGO 1 FRATURAS DE RÁDIO E ULNA EM CÃES NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2001 A DEZEMBRO DE 2011 Nesse trabalho, foram estudados cães atendidos no Hospital Veterinário da FCAV/UNESP, Jaboticabal, entre o período de Janeiro de 2001 a Dezembro de 2011 onde foram avaliadas um total de 310 fraturas de rádio e ulna e demonstrados seus respectivos tratamentos. Segundo relatado, as fraturas mais comuns foram completas, transversas, fechadas e localizadas em diáfise distal de rádio e ulna. Cães de raças pequenas, pesando até 5 kg, e das raças pinscher, poodle e terrier brasileiro foram os mais acometidos. A faixa etária mais frequente foi a de cães adultos, acima de 12 meses. Quedas ou pulos e atropelamentos foram as principais causas das fraturas. População estudada: Membros afetados: Dezoito (5,8%) cães sofreram fratura de rádio e ulna em ambos os membros torácicos simultaneamente (Figura 2) e em 274 (88,4%) estas foram unilateral, totalizando os 310 casos de fraturas analisadas. Ossos afetados: Das 310 fraturas, 267 (86,13%) ocorreram concomitantemente em rádio e ulna, 23 (7,42%) ocorreram somente no rádio e 20 (6,45%) somente na ulna Tipos de fratura: O tipo de fratura mais comum foi a fratura completa, que ocorreu em 260 casos. As fraturas menos comuns foram dupla segmentar, incompleta e por avulsão que ocorreram em 3, 4 e 5 casos respectivamente. Localização da fratura:As fraturas de diáfise distal (Figura 10) foram as que ocorreram em maior número em rádio e ulna simultaneamente (63,67%. As localizações seguintes mais frequentes em rádio e ulna foram diáfise média, epífise distal e diáfise proximal. Intervenção realizada: De todas as fraturas radiografadas no HV, 249 (80,3%) passaram por algum tipo de intervenção, as quais foram divididas em: 95 (38,15%) tratadas com imobilização externa (talas, bandagens), 69 (27,71%) com placa, 51 (20,48%) com fixador externo, 28 (11,24%) com pino intramedular e 6 (2,41%) com amputação de membro como intervenção primária. Dos 249 casos, 121 (48,59%) foram acompanhados radiograficamente até alguma resolução. Acredita-se que o número reduzido de acompanhamentos após início do tratamento se deve ao fato de que muitos proprietários não residem próximo ao HV e continuam o tratamento com veterinários das cidades de origem. Além disso, muitos proprietários consideram o problema resolvido após a intervenção e somente retornam quando há dificuldade de deambulação ou sinais de infecção. Nos animais em que o tratamento foi acompanhado, radiografias periódicas foram realizadas e o acompanhamento variou de 15 dias até 1 ano. Resultados obtidos: Dos 121 casos em que foi possível avaliar o resultado final, 6 foram submetidos a amputação como tratamento inicial, resultando na análise de 115 casos. Esses 115 casos foram avaliados por grupo de idade e resultado obtido em cada tipo de tratamento: consolidação, união retardada, mal-união ou não união. Das técnicas utilizadas, o uso de fixador externo resultou no maior número de casos de união retardada. Foi observado também que não houve diferença significativa para os casos de mal união e não união ossea entre os diferentes tratamentos realizados. Complicações durante o tratamento: A complicação mais comum foi osteólise nos pacientes tratados com placa e fixador externo e osteopenia e degeneração iatrogênica do carpo nos tratados com pino intramedular. ARTIGO 2: Estudo crítico do tratamento de 196 casos de fratura diafisária de rádio e ulna em cães O estudo retrospectivo buscou analisar e comparar o tempo de retorno a deambulação normal e qualidade dos resultados dos 3 tipos de osteossíntese realizadas para tratamento das fraturas diafisárias de rádio e ulna, sendo elas: placa e parafusos, fixadores externos e imobilização externa TECNICAS ULTILIZADAS: MATERIAL E METODOS: Foram catalogados 231 casos de fraturas diafisarias de radio e ulna no período de 3 anos no Departamento de cirurgia da Faculdade de medicina veterinária e zootecnia da USP, e foram selecionados 193 casos cujos pacientes foram acompanhados por todo o período de recuperação pós operatória. RESULTADOS: Considerando apenas a técnica utilizada, independentemente do tipo ou posicionamento da fratura, os tratamentos com placas ou fixadores externos mostraram melhor resultado do que as imobilizações, considerando como bom resultado a deambulação normal do paciente e consolidação sem sinais de desvios angulares. CONCLUSÃO: Coaptação externa é o método menos efetivo quando comparado às osteossíntese com placa + parafuso ou fixação externa, independente da região fraturada; mas pode ser usadas com mais segurança em animais de médio/grande porte devido à vascularização e melhor cicatrização e mais rápida consolidação óssea; Animais pesados/maiores tem melhores resultados com utilização de fixadores externos, enquanto os toys/miniaturas tem melhor resultado com placa e parafuso.