Buscar

trabalhos de fisioterapia UAM


Prévia do material em texto

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS FISIOTERAPIA – UAM 
Ana Beatriz Nabuco. 
 
17/04/20 
 
 
Grupo 1: DISPLASIA DE COTOVELO 
 
INTRODUÇÃO: 
 
 É uma deformidade que acomete a articulação úmero – radio ulnar que 
ocorre muito em filhotes de 4 a 8 meses que é a fase de crescimento 
ósseo do animal. Assim como sintomas é a claudicação exacerbada 
após exercício uni ou bilateral, rigidez após repouso, caminhar 
característico com rotação externa do cotovelo. 
 No exame físico: Crepitação articular, atrofia muscular, dor, diminuição 
da amplitude de movimento (flexão e extensão) e efusão articular devido 
ao aumento da produção do liquido sinovial. 
 
FISIOPATOLOGIA: 
 
A displasia de cotovelo pode ser resultante de 4 anormalidades principais: 
1- Osteocondrite dissecante (OCD) 
2- Não união do processo ancôneo (NUPA) 
3- Fragmentação do processo coronóide medial da ulna (FPCM) 
4- Incongruência articular (IA) 
 
As raças mais acometidas: Labrador, Bernese, Rottweiler, Golden Retriver e 
Pastor Alemão 
 Machos são mais acometidos. 
 
DIAGNOSTICO: 
 
 Geralmente é tardio diagnosticada quando já existe uma claudicação 
persistente e doença articular degenerativa. 
 
 Ideal para diagnóstico precoce: 
 
 Exames ortopédicos em raças especificas 
 
 Exame radiográfico bilateral do cotovelo 
 
 Repetir exame entre 6 a 7 meses de idade 
 
 Exame físico 
 
 Exame radiográfico 
 
 Ultrassom 
 
 Tomografia computadorizada 
 
 Astroscopia, 
 
 Ressonância magnética. 
 
ARTIGO 1: 
 
Prevalência da displasia o a 1 
O,1 não tem prevalência de ser displásico 
0,9 tem prevalência de ser displásico 
SRD: 0,019 muito baixa 
Chow chow tem grande prevalência de displasia 
Rottwailer: não tem prevalência 
 
 LABRADOR É RAÇA MAIS COMUM. 
 Correlação genética ajuda a pensar melhor no diagnóstico. 
 
 Macho e femêa normal: chance muito pequena 
 
 Macho e femea bilateral: a chance é muito grande 
 
 
TRATAMENTO CONSERVATIVO: 
 
1- Analgesico 
2- Anti inflamatório 
3- Condroproteadores 
4- Omega 3, colágeno tipo II e glicosamina podem fazer o controle da 
osteoartrose 
5- Repouso 
6- Hidroterapia 
7- Acupuntura: controle de dor 
 
TRATAMENTO CÍRURGICO: 
 
1- Incongruência articular: de acordo com o tipo. O mais comum com 
osteotomia cubital 
2- Fragmentação do processo coronoide intermediário: extração mediante 
artroscopia 
3- Osteocrondite de côndilo umeral: reparação com artroscopia 
4- Processo ancóneo sem união: osteotomia cubital proximal dinâmica e 
fixação com parafuso. 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo 2: DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRADO (DDIV) 
 
INTRODUÇÃO E FISOPLATOLOGIA: 
 
 É uma disfunção neurológica e compressão medular e paralisia em cães 
e gatos, aproximadamente das discopatias em cães acometem a região 
cervical, que ocorre devido deslocamento do disco ou partes deste para 
o canal vertebral. Acomete mais raças condrodistróficas e pode estar 
associada com doença da cauda equina, presença de hermivertebras. 
 Pode ocorrer por protrusão ou extrusão do disco de forma aguda ou 
crônica. Levando a degeneração mais comuns que é a fibroide ou 
condroide 
 
Fibroide: tem invasão no núcleo do disco por um tecido fibrocartilaginoso 
Metaplasia condroide: Desidratação discal com redução de água e 
proteoglicanos, ocorre devido a invasão do núcleo pulposo por 
cartilagem hialina reduzindo a capacidade de absorção de choques. 
 
As hérnias são classificadas em dois tipos mais importante: 
1- Hansen tipo 1: o limite dorsal do anel fibroso rompe e o núcleo 
polposo protrude no pavimento do canal raquidiano. 
2- Hansen tipo 2: o disco intervertebral deforma-se dorsalmente, mas o 
anel fibroso não rompe. 
Pode ocorrer trauma medular decorrente das hérnias pode ser: 
1- Lesão Aguda: Injuria mecânica seguida por processo inflamatório 
2- Lesão crônica 
 
SINAIS CLINICOS: 
 
 Lesão no segmento C1 a C5 (Síndrome cervical): Dor intensa no 
pescoço, hiperestesia cervical, relutância em movimentar o pescoço, 
dificuldade de se alimentar, um dos membros torácicos flexionado ao 
andar e muita dor a manipulação, geralmente essa dor não cessa com 
medicação (animal vocaliza). Não há sinais neurológicos. 
 Lesão no segmento C6 a T2 (Síndrome cérvico – torácica): 
Fraqueza, paresia ou plegia em MT e MP, apenas de um lado ou apenas 
em MT, reflexo de panículo ausente, dor cervical, propriocepção 
comprometida, ataxia, sinais nervosos mais severos em membros 
 
torácico, membros pélvicos reflexos espinhais e tônus muscular normais, 
podendo atrofia por desuso, dor profunda pode ou não estar presente. 
 Lesão no segmento T3 a L3(Síndrome Toracolombar): nos membros 
pélvicos espásticos ou paralisia, ataxia, paresia ou plegia membros 
pélvicos, cifose, reflexo do panículo diminuído ou ausente, reflexos dos 4 
membros presentes e propriocepção normal membros torácicos, 
compressão mais intensa com perda de dor profunda em membros 
pélvicos, posição de Schiff-Sherrington em extrusão tipo III, bexiga 
flácida em casos de paraplegia ou paraparesia não ambulatória. 
 Lesão segmento L4 a S3 (Síndrome Lombossacral): Acomete 
Membro Pélvico, bexiga, cauda e membro torácico normais. paresia ou 
paralisia membro pélvico, disfunção bexiga, paralisia ou paresia 
esfíncter anal (incontinência fecal). 
 Síndrome Multifocal: Mielomalácia, flacidez e perda de reflexo membro 
torácica, podendo evoluir para uma paralisia respiratória e morte, a 
perda progressiva do reflexo do panículo característico da síndrome, 
dividida na forma focal e difusa. 
 
DIAGNOSTICO: 
Histórico, raça e idade podem ajudar no direcionamento clínico, exame físico: 
palpação de coluna, exame ortopédico e neurológico para determinar locais de 
dor, reflexo flexor e retirada de membros pélvicos e torácicos, reflexo patelar, 
reflexo perineal, panículo, propriocepção consciente, saltitamento, carrinho de 
mão, Hemiestação/ hemiambulação e propulsão extensora. 
EXAMES COMPLEMENTAR: 
 
1) Raio x simples: observa a diminuição do espaço intervertebral e do 
forame intervertebral em L1-L2, calcificação do disco de L3-L4, o 
espaço do disco intervertebral e forame intervertebral de T12-13 
estão diminuídos,calcificação do disco intervertebral de C3-C4. 
2) Mielografia cervical 
3) Mietomografia cervical 
4) Tomografia computadorizada: Dachshund com herniação aguda de 
disco intervertebral – material hiperatenuante dorsal à T12, disco 
mineralizado é observado entre T11-12 e entre T12-13, contraste 
iodado geralmente é usado, pois a medula não é bem visibilizada. 
5) Ressonância Magnética: SSFSE (efeito mielográfico de T2); imagem 
sagital ponderada em T2 em cão com hérnia de disco em C3-C4, 
material hipointenso dorsal à L4, caracterizando extrusão discal – 
imagem ponderada em T2, protrusão discal (Hansen tipo II) – 
material discal hipointenso é visualizado causando uma compressão 
ventral esquerda da medula, explosão de disco entre C2-3. O disco 
apresenta discreta perda de volume e há hiperintensidade 
intramedular pouco definida adjacente ao disco afetado – caso de um 
cão que colidiu com uma árvore. 
 
 
 
 
 
 
 
ARTIGO 1: 
 
• Maior ocorrência em região toracolombar nas vértebras: T10-T11/ T11 – 
T12/ T12-13. 
• Discopatia lombar: 37,5%, dos casos 
• Discopatia cervical: 38,7% dos casos 
• Compressão cervical: 31,25% dos casos 
• Raças predisposta: Basset Hound, pastor alemão, SRD 
• Peso: 5 a 10Kg - 37,5% - 10 a 15 kg, de forma semelhante aos de 30 a 
35 kg:18,75% 
• Idade: 2 a 5 anos: 25% 7 a 9 anos: 43,75% 11 a 13 anos: 31,25% 
• Sexo: mais comum em fêmea do que macho 
 
TRATAMENTO: 
 
 Conservativo/ clínico: Cuidados auxiliares e restrição da atividade 
física, anti-inflamatórios e Miorrelaxantes.,fisioterapia: massagens, 
exercícios distintos e hidroterapia. (Só quando o animal tem dor), 
 Cirúrgico: Técnica de fenestração, descompressão ventral, 
laminectomia e hemilaminectomia.(quandonão controla a dor e quando 
ele para de andar – SEMPRE) 
 
 Pós cirúrgico: fisioterapia para ajudar acelerar o processo de 
recuperação. 
 
24/04/20 
 
 
Grupo 3: SINDORME DA CAUDA EQUINA 
 
INTRODUÇÃO: 
 
 É um conjunto de sinais neurológicos decorrentes da compressão das 
raízes nervosas situadas no canal espinhal lombossacral. 
 Essa síndrome é provocada por diversas afecções tanto congênitas 
como adquiridas. Podendo acometer cães e gatos (raro) de qualquer 
raça. Predominantemente os cães de porte grande são os mais 
acometidos, porém raças de pequeno e médio porte também podem 
apresentar essa doença. 
 Geralmente se apresenta de forma conjunta com outra afecção 
musculoesquelética o que pode dificultar o diagnóstico 
 A cauda equina é um feixe de nervos contidos no interior do canal 
espinhal da coluna vertebral lombar inferior e sacral. Essa estrutura 
localizada entre L6- S3 apresenta um grande número de raízes nervosas 
e, por isso, uma lesão na região pode envolver vários nervos 
 As raízes dos nervos L6 e L7 e S1 formam o nervo isquiático. 
 Os nervos S2 e S3 contribuem para a formação do nervo podendo, que 
inerva o períneo e o esfíncter anal externo, além do nervo pélvico, que 
controla a continência urinária e fecal 
 
FISIOPATOLGIA: 
 
 A síndrome da cauda equina pode ser congênita ou adquirida. 
 
1- Congênita: rara acomete animai com acondroplasia (é um tipo mais 
comum de nanismo, caracterizado por membros curtos. Embora às 
vezes seja hereditário, a maioria dos casos de nanismo é causada por 
uma mutação genética. É por isso que a maioria das pessoas com 
acondroplasia são filhas de pais de estatura mediana). Em geral, 
pessoas com acondroplasia possuem braços e pernas curtos, cabeça 
grande e um tronco de tamanho médio. É possível tomar hormônios 
para aumentar a altura. Em casos raros, uma cirurgia pode ajudar a 
corrigir a curvatura anormal da coluna vertebral). 
 
2- Adquirida: Extrusão de disco, estenose do canal medular devido 
espondilose crônica, secundária a fratura ou luxações que determinam a 
compressão da região,secundária tumores, osteocondrose vertebral ou 
sacral, malformação óssea congênita ou proliferação progressiva de 
tecidos da região lombossacra. 
 
Doença do disco intervertebral L6-L7: 
 
 A doença do disco intervertebral (DDIV) é um enrijecimento prematuro 
do centro do disco associado a uma debilidade da parte externa ou 
ânulo. A degeneração do disco intervertebral ocorre com a idade e pode 
preceder a herniação discal. As lesões discais podem ser definidas 
classicamente como degeneração Condróide e Fibróide 
 
1- Metaplasia condróide (tipo 1): Ocorre geralmente em raças 
condrodistróficas, nos primeiros dois anos de vida. 
2- Metaplasia Fibróide (Tipo II): Ocorre normalmente em raças não 
condrodistróficas após a meia idade, como animais de grande porte. 
 
Traumas: 
 
 O trauma pode resultar em fratura ou luxação de L7, L7-S1, sacro ou 
junção sacrococcígea. 
 
 Discoespondilite: é uma forma de infecção por bactéria ou fungo que ocorre 
nos discos intervertebrais da coluna, atingindo também os ossos da região. 
 
 
Espondilose: 
 
 Ela ocorre devido à formação de pontes ou esporões ósseos laterais ou 
ventrais ao corpo vertebral, levando à compressão medular. 
 
Estenose Degenerativa Lombosacral: 
 
 É a forma mais comum de patologia lombosacra e acomete 
principalmente cães adultos de grande porte. 
 Resulta em protrusão discal do tipo II com protuberância dorsal do anel 
fibroso, hipertrofia/hiperplasia do ligamento arqueado, formação 
osteofítica, espessamento dos arcos. intervertebrais ou facetas 
articulares, e raramente subluxação/instabilidade da junção lombosacra. 
 
Estenose Lombosacra Idiopática: 
 
 Doença definida de cães de pequeno e médio porte. que apresentam 
diversas alterações estruturais Acredita-se que estas alterações 
resultam de uma falha no desenvolvimento do arco neural 
 
Neoplasias: 
 
 Independente do tecido de origem, neoplasias da coluna vertebral 
resultam em invasão do tecido nervoso no canal vertebral, sendo que as 
massas extradurais representam aproximadamente 50% dos tumores 
espinhais. 
 
SINAIS CLINICOS: 
 
 As intensidades dos sinais vão variar conforme a complexidade da lesão 
e região que foi acometida, levando em consideração quais nervos que 
foram lesados. 
 Pode haver envolvimento dos membros pélvicos, vesícula urinária, 
esfíncter anal e cauda, tendo os sinais variados de flacidez até paralisia 
dos membros posteriores. 
 Os sinais mais comuns observados são: 
1- Dor crônica na região dorsal 
2- Claudicação dos membros pélvicos com/sem fraqueza, uni/bilateral; 
3- Flacidez com paresia ou não de membro pélvico e/ou cauda; 
4- Dificuldade em saltar, subir escadas e dificuldade em se levantar 
com o apoio dos membros posteriores 
 Outros sintomas que podem ser manifestados: 
1- Incontinência urinária; 
2- Incontinência em defecar; 
3- Mordedura excessiva na própria cauda. 
 
 
 
 
 
 
EXAMES FÍSICOS: 
 
DOR: Palpação profunda da região dorsal do sacro. 
 Dorsoflexão da cauda. 
 Hiperextensão da região lombosacra. 
REFLEXOS: Se a lesão acomete a intumescência lombar (segmentos 
medulares de L4 e S2), ela provoca paralisia de neurônio motor inferior, tônus 
diminuído, perda de reflexos nos membros pélvicos, e os membros anteriores 
geralmente estão com os reflexos normais. 
DÉFICIT PROPRIOCEPTIVO 
 
DIAGNOSTICO: 
 
 Exame físico e ortopédico 
 Radiografia convencional -Rápida, simples e de extensa avaliação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Radiografia convencional: Baixa capacidade de diferenciação de tecidos 
moles; falsos negativos e positivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mielografia: Contraste no espaço subaracnoide; pouco valor diagnóstico. 
 Epidurografia: Contraste no espaço epidural; estenose lombossacra 
 Discografia: Contraste no núcleo pulposo do DI, protrusão discal lateral 
 Tomografia computadorizada: visualiza compressões extra-durais, 
melhor resolução de tecidos moles 
 Ressonância magnética: Melhor método diagnóstico para compressões 
medulares por lesões de tecidos moles; visualização direta da medula; 
alto custo. 
 
TRATAMENTO: 
 
 O tratamento mais adequado depende do estado neurológico do animal, 
do histórico médico e da evolução dos sinais clínicos, por isso cada caso 
deve ser avaliado individualmente. 
 
TRATAMENTO CONSERVATIVO: 
 
 AINES (atuam na dor nociceptiva) 
 Antidepressivos 
 Anticonvulsivantes 
 Opióides 
 Analgésicos 
 Condroprotetores 
 Tratar causa base (quimioterapia, antibiótico) 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
 
 Deve recorrer-se ao tratamento cirúrgico sobretudo em casos graves ou 
que não respondam ao tratamento conservador: 
1) Fenestração 
2) Laminectomia (é a mais indicada) 
3) Técnica de Fixação-Fusão L7-S1 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTOS ALTERNATIVOS: 
 
1) Acupuntura e eletroestimulação 
2) Termoterapia/crioterapia 
3) Quiropraxia 
 
 
ARTIGO CIENTIFICO 1: 
 
 O artigo é baseado em um relato de caso atendido em uma clínica 
veterinária localizada em GoiâniaGoiás, de um cão, macho, seis anos de 
idade, sem raça definida, com aproximadamente 20 kg de peso vivo, 
vacinado e com calendário profilático parasitário atualizado. 
 Ao exame clínico o animal apresentava paresia dos membros pélvicos, 
leve quadro de disquezia, reflexo de panículo ausente a partir de L5, 
sensibilidade superficial ausente e sensibilidade profunda diminuída dos 
membros pélvicos. Os parâmetros vitais se encontravam normais 
 Foram realizados diversos exames complementares como hemograma 
completo, bioquímica sanguínea, radiografia simples e tomografia 
computadorizada. 
 Após o diagnóstico definitivo optou-se pela intervenção cirúrgica 
utilizando a técnica de hemilaminectomia para corrigir o processo de 
compressão da medula espinhal 
 A técnica utilizada neste relato foi a hemilaminectomia,não sendo a 
indicada por Selmi & Pereira (1998), onde estes indicam para este tipo 
de caso a laminectomia dorsal. Porém, o uso desta técnica permitiu total 
26 Multi-Science Journal, v. 1, n. 9 (2017) 27 recuperações do animal 
após a cirurgia, pois o paciente voltou a se locomover normalmente após 
sete dias. 
 As alterações nos discos intervertebrais em raça não condrodistrófica 
não são comumente descritas na literatura. Assim, a identificação 
precoce destas alterações pela tomografia computadorizada associada a 
intervenção cirúrgica, promove ao paciente a recuperação de suas 
funções neuromotoras e consequentemente permitem a manutenção da 
qualidade de vida. 
 
ARTIGO CIENTIFICO 2: 
 
 Um estudo retrospectivo avaliou o uso de injeções epidurais de 
corticosteroides guiadas por fluoroscopia em 38 cães e constatou um 
resultado melhor em 79% deles. 
 No relato de caso, foi instituído uso de corticoide de depósito por via 
epidural, sendo utilizado metilprednisona 1 mg/kg, em três aplicações 
com intervalo de 21 dias. 
 Animal foi diagnosticado com SCE com instabilidade lombossacra, 
ocasionando processos degenerativos secundários e precoces. 
 Como tratamento, foi escolhido o tratamento conservativo, baseado em 
uso de analgésicos, opióides, AINES e anticonvulsivantes. 
 Foram prescritos: Tramadol e Dipirona por 7 dias em 8 em 8 horas, 
Carprofeno por 10 dias em 12 em 12 horas. Com a piora do quadro foi 
instituído Gabapentina por 30 dias em 12 em 12 horas, mais a restrição 
de movimentos e repouso. 
 Animal teve uma melhora, porém devido a persistência da dor, foi 
indicado fazer o uso de corticoide de depósito por via epidural, sendo 
utilizado metilprednisona 1 mg/kg, em três aplicações com intervalo de 
21 dias, mais sessões de fisioterapia. 
 Após a segunda aplicação da terapia instituída, o paciente retornou com 
melhora clínica e física significativa, não apresentando nenhum sinal de 
dor à palpação e extensão lombossacra, proporcionando grande 
melhora na qualidade de vida do paciente 
 
OBS: Sinais clínicos que o tutor mais queixa: dor, continência urinaria e fecal. 
OBS: Paresia  Compressão dos nervos pélvicos 
 
Grupo 4: OBESIDADE E SUAS COMPLICAÇOES 
 
INTRODUÇÃO: 
 
 Excesso de tecido adiposo branco - 20% acima do ideal 
 Afecção nutricional e metabólica MAIS COMUM 
 Provoca/Acelera o aparecimento de diversas doenças 
 Diminui a expectativa de vida 
 Doença nutricional multifatorial 
 25 a 40% da população canina e felina encontra-se nesta condição 
 Excesso de tecido adiposo branco (órgão hormonalmente ativo) 
 Maior o risco de outras complicações 
 Forma primária: desequilíbrio em ingestão calórica x gasto calórico 
 Forma secundária: endocrinopatias, medicação e castração 
 Predisposição: raça, sexo, idade, castração, fatores genéticos, atividade 
física e densidade energética da dieta 
 
FISIOPATOLOGIA: 
 
 
 
 O aumento de gordura corporal prejudicial a saúde do animal sua 
etiologia que pode ser multifatorial e suas complicações que são as 
doenças que a obesidade predispõe os animais. 
 Existem tipos de obesidade quanto a celularidade: hipertrófica, com 
adipócitos aumentados de tamanho, em animais na fase 
adulta.hiperplásica causada por número excessivo de adipócitos, 
observada em animais em crescimento e ocasionada pela 
superalimentação energética nesta fase, é rara. O organismo pode 
aumentar o número de adipócitos, que ficam sobrecarregados ocorrendo 
acúmulo de triglicerol em tecidos não adiposos que é outra classificação 
da obesidade. Visceral tem deposição de gordura na cavidade abdominal 
e tecido adiposo ectópico nos músculos, fígado e coração e sobrepeso é 
muito elevado e na obesidade subcutânea a deposição de gordura no 
tecido subcutâneo, sem tecido adiposo ectópico e menor sobrepeso. 
 Obesidade quanto a origem Forma primária- ingestão calórica elevada e 
baixo gasto calórico, animal com balanço energético positivo sem gasto 
de energia adequado, pouco exercício físico resultando em ganho de 
peso. Forma secundária - devido a comorbidade de caráter hormonal ou 
farmacológico, por exemplo endócrinopatias: hipopituitarismo, 
hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e hiperinsulinemia, estes 
distúrbios endócrinos correspondem a 5% da população obesa em cães 
e gatos. 
 Essas doenças causam desequilíbrio energético, e consequente 
deposição de gordura e sobrepeso. 
 Medicação: uso glicocorticóides, anticonvulsivantes que causam polifagia 
e progestágenos. 
 O que interfere os fatores de risco/ predisposição são: 
a) Raças: Golden Retriever, Labrador Retriever, Cocker Spaniel, 
Beagles e Collie e de gatos são: Manx e os de pêlo curto em geral 
b) Castração: devido redução na taxa metabólica após a castração em 
machos e fêmeas e ausência do efeito de hormônios gonadotróficos 
maior consumo de alimento. Porque estrógeno exerce efeito inibitório 
no apetite. 
c) Sexo: animais castrados, principalmente fêmeas. 
d) Idade: por causa da diminuição do gasto energético, devido a 
reduzidas atividades e alterações no metabolismo corporal em cães 
idade avançada de 5 a 10 anos, gatos 5 a 11 anos. 
e) Pouco exercício físico 
f) Densidade energética da dieta alta influenciam diretamente. 
 
 O excesso de peso pode causar problemas do sistema locomotor, 
exemplo traumas ou degeneração, tem risco de ter ruptura do ligamento 
cruzado cranial, luxação de patela, doença degenerativa articular e 
doença do disco intervertebral. 
 Quanto a função cardiovascular: efeito no ritmo cardíaco função cardíaca 
e pulmonar. 
 Existe Associação com colapso traqueal, síndrome do braquicefálico, 
paralisia laríngea, dispnéia e também parece estar associada à 
hipertensão sistêmica, miocardiopatia hipertensiva, trombose portal 
venosa e hipóxia do miocárdio. 
 Existe a relação da obesidade e Diabetes Mellitus não 
Insulinodependente. 
 A frequência de tumores de bexiga, pele e mama está aumentada em 
animais obesos. 
 Ocorre hiperlipidemia que são comuns principalmente nos cães por 
defeito primário no metabolismo de lipoproteínas ou uma doença 
sistêmica adjacente. 
 Dentre problemas reprodutivos diminui a concentração de testosterona e 
a viabilidade e qualidade dos espermatozoides. Causa infertilidade nas 
fêmeas e aumenta o risco de ninhadas pequenas e da mortalidade 
neonatal, risco de distorcias. 
 Ingerir alimento excessivo pode induzir gastrite, refluxo do ácido 
gástrico, causando esofagite e halitose. Obesos tendem a sofrer de 
enterites, constipação e flatulência. 
 Para tentar resumir o obeso vai estar mais susceptível enfermidades 
infecciosas, além de aumentar os riscos de complicações cirúrgicas e 
anestésicas. 
 
 
SINAIS CLINICOS: 
 
 Intolerância ao exercício 
 Problemas locomotores (lesões articulares) 
 Sedentarismo 
 Falta de ar 
 Roncos 
 Problemas de pele (aparecimento de manchas escuras) 
 
DIAGNOSTICO: 
 
 Avaliação clínica e exames complementares 
 Escore de condição corporal 
 Medidas morfométricas 
 Densitometria de duplo feixe de raios X (DEXA) 
 Ressonância Magnética (RM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Muito magro: costelas e ossos são proeminentes, não existe dobra 
abdominal e a perda de massa muscular é aparente 
2) Magro: Costelas, extremidades osseas e áreas lombar são bem visíveis, 
a cintura é muito fina e a curva abdominal é aparente. 
3) Ideal: Costelas tem uma camada fina de gordura, os cães e gatos 
apresentam cintura e curva abdominal moderada 
4) Acima do peso: Camada de gordura densa e dificuldade para apalpar as 
costelas. Dobras de gordura nas costas e base do rabo 
5) Obeso mórbido: São pets com grande depósito de gordura no tórax e a 
espinha dorsal fica curvada devido ao peso do abdômen. 
 
PREVENÇÃO: 
 
 Controle periódico do peso do animal 
 Exercícios regulares 
 Oferecer a quantidade de ração recomendada (alimentar cerca de 3x/dia 
(cães). 
 Não oferecer petiscos em excesso Estabelecer horários de alimentação 
 Castrados exigem dieta especial 
 Ração ‘’sênior’’ acima de 7 anos 
 
TRATAMENTO: 
 
 Explicar as necessidades nutricionais ao tutor; 
 Dieta comercial X Dieta caseira; 
 Quantidade diária de comida fracionada; 
 Exercício Físico Gradual; 
 Acompanhamento (quinzenal); 
 L-carnitina como adjuvante; 
 Tratamento cirúrgico quando há complicações, por exemplo: 
ortopédicas 
 
 
08/05/20 
 
Grupo 5: SINDROME DO CÃO NADADOR 
 
 
INTRODUÇÃO 
A síndrome do filhote nadador é uma anormalidade de desenvolvimento de 
filhotes, caracterizada por dificuldade ambulatória. 
Pode ocorrer em cães e gatos e costuma aparecer entre a 2ª e a 3ª semana de 
vida, justamente quando o cachorro começa se movimentar mais e é percebida 
pelos tutores ou criadores. 
É mais frequentemente em raças condrodistróficas de patas curtas como 
buldogue inglês e francês, basset hound mas na literatura já foi relatada outras 
raças que devem ser observadas como labrador, Golden Retriever, Rottweiler, 
Husky siberiano, Lhasa Apso, pinsher entre outros. 
Pode acometer membros torácicos, membros pélvicos ou até os quatro membros 
simultaneamente e tem como característica a hiperextensão das articulações 
tíbio-femoropatelar e tíbio-társica e hiperflexão bilateral da articulação 
coxofemoral, além do esterno achatado e possivelmente presença de sopro 
cardíaco leve. 
Sua etiologia é desconhecida, e é descrita como uma anormalidade músculo-
esquelética do crescimento, porém tem sido atribuída a fatores genéticos, 
ambientais como solos lisos ou a alteração metabólica derivada da alimentação 
da mãe com uma dieta excessivamente rica em proteínas 
 
ETIOLOGIA 
A Hipoplasia mio fibrilar e rara em felinos, tem algumas ocorrências em suínos e 
ovinos. 
Ocorre principalmente em cães de raças condrodistroficas, buldogue inglês, 
buldogue francês, scottish terrier e basset hound. Porém na rotina clinica é 
relatado em outras raças também, sendo elas srd, labrador, Golden, husky, 
schnauzer, rottweiler, fox paulistinha, lhasa, pinscher, yorkshire e outros. 
 
FISIOPATOLOGIA 
O desenvolvimento da musculatura esquelética em filhotes saudáveis ocorre até 
o decimo dia de vida, em um animal com a Síndrome do filhote nadador terá um 
atraso na transformação da fibra tipo II em fibra tipo I, juntamente com retardo 
no desenvolvimento da força ligamentar onde a mesma não cresce 
proporcionalmente o tamanho e o peso corporal desse animal, gerando uma 
musculatura incompleta no quesito desenvolvimento. 
A doença compressa a região dorsoventral do tórax, abdômen e pelve, que 
acontece em consequência à ausência do suporte do esqueleto apendicular. 
 
A doença possui uma etiologia desconhecida, porém o fato de filhotes da mesma 
ninhada e filhotes de pais consanguíneos apresentarem a mesma síndrome 
acredita-se que fatores genéticos estejam envolvidos na etiologia da doença. 
Suspeita-se de algumas causas associadas á deficiência nutricionais, devido a 
composição do leite materno com alterações nas concentrações de metionina, 
vitamina E e B, selênio, deficiência de taurina, zinco, magnésio e fosforo ou a 
mãe aumentar a quantidade de ingestão de proteína durante a gestação. Esses 
fatores podem estar associados á alterações na função da sinapse 
neuromuscular e mielinização inadequada dos neurônios periféricos. 
 
SINAIS CLÍNICOS 
Os filhotes da ninhada que possuem crescimento acelerado são mais suscetíveis 
ao desenvolvimento da hipoplasia miofribilar conhecida como a síndrome do cão 
nadador. 
Os sinais clínicos iniciam entre 16 e 21 dias de vida, quando começam a se 
movimentar mais e adotam uma posição de total abdução dos membros, 
principalmente dos membros pélvicos, mas que pode também afetar os membros 
torácicos e até mesmo os quatros membros, fazendo com que o animal não 
consiga se levantar para caminhar normalmente. 
Na tentativa de se locomover adota um movimento que se assemelha a nadar 
(remada) com incapacidade de ficar em estação e caminhar, permanecendo em 
decúbito esternal. 
Como consequência ao mau posicionamento dos membros o paciente 
desenvolve complicações nas angulações articulares dos joelhos conhecida 
como gene recuvartum, além das luxações de patela e hiperflexação 
coxofemoral. 
Nos membros pélvicos é possível observar também a hiperflacidez de 
articulações, rotação externa nas extremidades posteriores e hiperextensão das 
articulações de joelho e tarso. 
O filhote desenvolve uma deformação torácica com achatamento dorsoventral 
das costelas conhecida como pectus excavatum, podendo provocar dispneia, 
sopro cardíaco e cianose, assim como vômitos e regurgitações. Só que estudos 
confirmaram que a síndrome do cão nadador e o pectus excavatum são duas 
condições completamente diferentes e podem ocorrer concomitantes ou 
independentes. 
DIAGNOSTICO 
O diagnóstico é realizado baseando na história clínica do paciente por meio da 
anamnese, exame físico, onde o local pode ser palpado. Já o exame 
complementar de escolha é a radiografia torácica na qual se observa a 
depressão na região do esterno (MOURA & DIPP, 2018). A maioria dos animais 
que apresenta Pectus excavatum são assintomáticos, o diagnóstico é muitas 
vezes um achado (DÍAZ & AGUIRRE, 2012). 
O diagnóstico de Pectus excavatum pode ser obtido por meio do exame 
radiográfico, sendo ela realizada na posição lateral, na qual pode ser observada 
uma anormalidade no osso esterno e na posição ventrodorsal na qual podem ser 
observadas anormalidades cardíacas decorrentes do problema (CUPERTINO et 
al; 2017). Foi realizado exame radiográfico no caso relatado utilizando as duas 
projeções, sendo que a alteração foi observada apenas na projeção lateral. O 
tratamento pode ser tanto conservativo quanto cirúrgico dependendo da idade 
do animal e da gravidade da doença (FOSSUM, 2014; MOURA & DIPP, 2018). 
O uso de cirurgia para a correção de Pectus excavatum é utilizado na medicina 
humana como forma de tratamento em pacientes adultos (SHAALAN et al. 2017). 
O animal deste relato apresenta o problema há quinze anos sem apresentação 
dos sinais clínicos caracteristicos da doença como dispnéia, taquipnéia, cianose 
e intolerância ao exercício, portanto a aplicação das técnicas descritas na 
literatura é inviável nesse caso. 
 
TRATAMENTO 
Para o genu recurvatum, onde há abdução e hiperextensão dos membros 
pélvicos o tratamento não é nada invasivo, trata-se de uma bandagem feita de 
esparadrapos em forma de 8 ou algema para conter os membros mantendo-os 
em posição anatômica dando maior estabilidade para se movimentar. (DENNY, 
H.R.; BUTTERWORTH, S.J.; 2006) 
Contenção e adução dos membros de um gato com SCN, juntamente com 
correção do genu recurvatum. (Fonte: VERHOEVEN, 2006). 
É importante um programa de reabilitação funcional, com manipulação das 
extremidades afetadas, ou seja, fisioterapia, 4 a 5 vezes ao dia, durante 10 
minutos. O ambiente em que o animal vive deve ter piso antiderrapante a partir 
de 2 a 3 semanas de idade, de preferência macio para evitar que o esterno seja 
achatado ainda mais. Pode-se também controlar a alimentação do filhote afetado 
a fim de evitar o ganho de peso, o que pode fragilizar os membros traseiros. 
Administrar vitamina E e selênio (o déficit no leite é pouco provável porém pode-
se desconfiar de deficiência na absorção). Bandagens e fisioterapia, assim como 
a dedicação dos proprietários são importantes ao sucesso do tratamento 
(VERHOEVEN, et al, 2006). 
Em relação ao tratamento da enfermidade genu recurvatum, faz-se secção do 
tendão do quadríceps do joelho e do tarso em flexão máxima possível, usando 
um fixador externo por 3 semanas, seguida de fisioterapia. Após a remoção do 
fixador, propicia as melhores chances de melhorar o arco de flexão do joelho 
(DENNY, H.R.; BUTTERWORTH,S.J.;2006). 
Para a enfermidade pectus excavatum existe o tratamentoclínico e cirúrgico. O 
tratamento clínico consiste em estimular os proprietários a realizar regularmente 
uma compressão medial a lateral do peito nesses filhotes. Caso o animal esteja 
gravemente dispnéico deve-se realizar a oxigenioterapia. 
Como tratamento cirúrgico existe a aplicação de uma tala externa na face ventral 
do tórax. Este tratamento é possível devido a pouca idade destes pacientes. 
Nesses jovens animais as cartilagens costais do esterno são maleáveis e o tórax 
pode ser reformado pela aplicação de tração no esterno usando suturas ao seu 
redor e colocação de uma tala rígida (FOSSUM, et al, 2002). 
 
Bulldog inglês com bandagem para deformidade pectus excavatum e correção 
manual da hiperextensão de membros posteriores por abdução e rotação interna 
dos membros. (Fonte: Journal of Small Animal Practice, 2006). 
 
Demonstração da tala externa na face ventral do tórax de um animal acometido 
por pectus excavaum. (Fonte: FOSSUM, 2002). 
A hidroterapia é recomendada para animais com a SCN, devido à estimulação 
dos músculos afetados durante o exercício e pelo alívio do peso que a água 
propicia. Porém essa modalidade deve ser utilizada com cuidado, pois alguns 
animais não toleram a água, e a idade e o tamanho com que os animais são 
introduzidos no tratamento faz com que eles sejam suscetíveis a pneumonias e 
outras doenças respiratórias devido a inalação da água (CARDILLI, 2012). 
Conforme Verhoeven (apud MILLIS; LEVINE, 1997) a termoterapia também é 
indicada devido a sua ação estimulante hiperemia arterial que faz com que o 
oxigênio vá para a musculatura com maior facilidade, trazendo assim uma 
melhoria das atividades metabólicas dessa. 
 
 
 
 
 
 
PROGNOSTICO 
THIEL, C.A., et al; 2008 refere que em 90% dos casos observa-se cura sem 
seqüelas (estudo de 60 casos), incluindo casos com ausência de tratamento 
(10%). O tamanho do animal funciona como fator prognóstico, sabendo-se que 
quanto maior o animal mais reservado é o prognóstico. A enfermidade pode se 
complicar com uma broncopneumonia aspirativa. 
A literatura destaca que as alterações freqüentemente regridem quando se atua 
de forma precoce. O prognostico é mais incerto quando são afetadas as quatro 
extremidades. 
Quando em presença da enfermidade genu recurvatum, o prognóstico é ruim e 
a resposta à fisioterapia, liberação cirúrgica de aderências ou secção do 
quadríceps é geralmente frustrante (DENNY, H. R.; BUTTERWORTH, S. J.; 
2006). 
Em relação ao pectus excavatum, o prognóstico é excelente para os animais 
sem doenças adjacentes com tratamento clínico ou cirúrgico realizado quando 
ainda jovens (FOSSUM, T. W.; 2002). 
 
PROFILAXIA 
Como profilaxia deve-se retirar da reprodução as fêmeas que já possuem filhotes 
que apresentaram a síndrome do cão nadador. Controlar a alimentação da 
cadela gestante, administrando uma dieta balanceada. Prevenir o achatamento 
dos cães enfermos mediante uma vigilância estreita, deixar o animal em um 
ambiente com chão antiderrapante e macio (FOSSUM, et al, 2002). 
Faz parte da profilaxia e do trabalho de veterinários da área informar os criadores 
das raças mais acometidas como o bulldog inglês sobre a síndrome e sugerir a 
utilização de um colchão de palha coberto por um lençol nas caixas onde ficam 
os neonatos, para que possam se movimentar. Este colchão de palha dá suporte 
ao animal e diminui a força mecânica que o corpo tende a fazer diminuindo assim 
a compressão dorso-ventral do animal (VERHOEVEN, et al, 2006). 
 
OBS: na hidroterapia tomar muito cuidado com as bronco aspiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo 6: DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA (DDA) 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 Osteoartrose – processo de degeneração de cartilagens que 
envolvem os ossos e as articulações. 
 Principal causa de claudicação nos cães. 
 A falta de informação leva o animal a eutanásia. 
 Doença substimada nos gatos. 
 não apresentam claudicação. 
 
 
OBS: Ossos se choquem um contra o outro durante o movimento, claudicação 
em idosos causando muita dor. 
OBS: Doença submetida nos gatos, pois eles não apresentam sintomas, pode 
ocorre por causa de obesidade 
 
FISIOPATOLOGIA: 
 
ÉClassificadas em: 
 
 Primárias: em decorrência ao uso – idade. 
 Secundárias: patologias que afetam as estruturas articulares, DCF, 
RLCC, NUPA, obesidade, lesões traumáticas. 
 Acomete mais cães idosos, porém também há casos em animais 
jovens. 
 
OBS: Cartilagem acometida é a hialina, causando osteoartrose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
 
 Claudicação 
 Dificuldade em realizar atividades 
 Mudança de comportamento 
 Lambedura ou mordedura da articulação 
 Dor 
 Disfunção articular 
 
DIAGNOSTICO: 
 Exame clínico: 
 Limitação ao movimento 
 Crepitação 
 Exame radiográfico: 
 Efusão articular 
 Inchaço de tecido mole periarticular 
 Esclerose do osso subcondral 
 Remodelamento ósseo 
 Ressonância Magnética – ideal para avaliar alterações estruturais 
ósseas e do líquido sinovial. 
 
TRATAMENTO: 
 
 AINES/ analgésicos ( controle da dor) 
 Diminuição de peso corporal 
 Adaptação do exercício físico 
 Suplementação alimentar 
 Dieta rica em EPA e DHA e suplementada com extrato de mexilhão 
de lábios verdes e sulfato de glicosamina. 
 Uso do plasma rico em plaquetas 
 Fisioterapia: Laserterapia, ultrassom terapêutico, hidroterapia, 
massoterapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OBS: No tratamento clinico é primordial que o proprietário tem que estar ciente 
do sobrepeso do animal, pois animal a cima do peso atrapalha no tratamento 
se tornando mais difícil e lento e piora a osteoartrose. 
 
 
CONCLUSÃO: 
 
 Dificuldade de diagnosticar por não saber se o animal está com dor 
ou a intensidade dessa dor 
 Garantia de qualidade de vida melhor mesmo com a doença 
 
 
 
15/05/20 
 Grupo 7: DISPLASIA COXOFEMORAL 
 
INTRODUÇÃO: 
 A displasia coxofemoral ou displasia de quadril é uma doença de má 
formação genética, com degeneração da articulação do quadril e que 
envolve principalmente estruturas como a cabeça do fêmur, a 
cápsula articular e o acetábulo (local onde se encaixa a cabeça 
femoral). 
 O animal pode começar a desenvolver essa complicação ainda 
quando jovem. 
 Normalmente surge entre quatro meses a um ano de idade. 
 Apresenta causas multifatoriais: fatores ambientais (piso), 
nutricionais (excesso de alimento e/ou suplemento de cálcio com 
ganho rápido de massa muscular), base genética, entre outros. 
 Pode ser unilateral ou bilateral 
 A incidência em fêmeas e machos é semelhante. 
 
FISIOPATOLOGIA: 
 A displasia coxofemoral consiste no desenvolvimento anormal da 
articulação do quadril e desenvolve-se pela incongruência da cabeça 
ao se articular com o acetábulo, provocando frouxidão de tecidos 
moles e instabilidade local, assim como doença articular 
degenerativa. 
 
 Durante o primeiro ano de vida, o esqueleto cresce mais rapidamente 
do que a musculatura. Como resultado, os tecidos moles não têm 
resistência suficiente para manter a congruência entre as superfícies 
articulares da cabeça do fêmur e do acetábulo. Assim, a cabeça do 
fêmur e o acetábulo ficam frouxos, desencadeando série de eventos 
que terminam em displasia coxofemoral e osteoartrite. 
 
 A displasia coxofemoral pode acontecer em qualquer raça e espécie, 
mas é predominante em cães de porte médio e grande de rápido 
crescimento 
 
 Rottwailer, pastor alemão, Golden Retriver 
 
SINAIS CLINICOS: 
 Fraqueza nas pernas 
 Claudicação 
 Falta de coordenação nos quadris (andam rebolando) 
 Relutância para correr, pular 
 Dificuldade para levantar-se ou abaixar-se; 
 Passos anormais recorrentes. 
 
DIAGNOSTICO: 
 Anamnese 
 Histórico do animal 
 Sinais clínicos 
 Exames ortopédico : Teste de Ortolani e Amplitude de movimento 
 Exame radiográfico 
 
TESTEDE ORTOLANI: 
 Decúbito dorsal/lateral 
 Membros esticados 
 Pressão dorsal para deslocar/subluxar 
 Abdução do fêmur 
 Positivo: Articulação estala 
 Negativo: Realizar exame radiográfico 
TESTE DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO: 
 Flexão 
 Extensão 
 Adução e Abdução 
OBS: Observar crepitações e sinais de dor 
DIAGNOSTICO: 
 Exame radiográfico: Para identificar a frouxidão articular de forma 
confiável, o exame deve ser realizado em projeção ventro-dorsal sob 
estresse (Método PennHIP), que incluem 3 radiografias separadas 
sob anestesia geral. 
 
 Convencional: 
 Ângulo de Norberg - O ângulo mede a gravidade da 
subluxação e a profundidade do acetábulo. - Igual ou superior 
a 105º corresponde à quadril normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO CONSERVADOR X CIRURIGICO: 
 Depende do histórico do paciente, idade, gravidade dos sinais 
clínicos, dor nas articulações e luxação do quadril durante a 
palpação, achados físicos e radiográficos, presença ou ausência de 
outras doenças e limitações financeiras do proprietário 
 Em animais jovens, sem evidência de alterações degenerativas do 
quadril, apresentando sintomas leves, as opções de tratamento 
incluem o método conservador 
 Os animais displásicos com osteoartrose avançada, jovens quando 
se deseja desempenho atlético ou o dono deseja reduzir a 
velocidade da progressão da doença articular degenerativa devem 
ser sujeitos a procedimentos cirúrgicos 
CONSERVADOR: 
 Os objetivos da terapia conservadora ou clínica são aliviar os sinais 
clínicos de dor, melhorar a função, restaurar a qualidade de vida e, 
se possível, retardar a progressão da doença sem causar efeitos 
colaterais significativos. 
 Esse tratamento inclui: Medicamentos analgésicos, condroprotetores, 
fisioterapia e nutrição com controle do peso corpóreo. 
 
CIRURGIAS PREVENTIVAS: 
 Osteotomia pélvica tripla (OPT) 
 Sinfisiodese púbica juvenil 
 Osteotomia dupla da pelve 
 Acetabuloplastia 
CIRURGIAS DE ALIVO DE DOR: 
 Denervação capsular 
 Pectineomiectomia 
 Prótese total do quadril 
 Amputação do colo e cabeça femoral 
 
ARTIGO 1: 
https://www.redalyc.org/pdf/2890/289039764015.pdf 
ARTIGO 2: 
file:///C:/Users/Negro/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8weky
b3d8bbwe/TempState /Downloads/ocorrecircncia-da-displasia-coxofemora.pdf 
 
 
Grupo 8: FRATURAS DE RADIO E ULNA 
https://www.redalyc.org/pdf/2890/289039764015.pdf
file:///C:/Users/Negro/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8bbwe/TempState%20/Downloads/ocorrecircncia-da-displasia-coxofemora.pdf
file:///C:/Users/Negro/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8bbwe/TempState%20/Downloads/ocorrecircncia-da-displasia-coxofemora.pdf
INTRODUÇÃO: 
As fraturas em geral são muito comuns em pequenos animais, principalmente 
nos que habitam em áreas urbanas 
As fraturas de rádio e ulna constituem de 8,5-10,7% de todas as fraturas que 
acometem os cães e gatos, sendo considerada a terceira forma de fratura mais 
comum nos cães 
Em geral, ambos os ossos são fraturados, mas as vezes, são encontradas 
fraturas isoladas do rádio ou da ulna. 
As fraturas podem ser classificadas em: 
1) Fratura completa ou incompleta 
2) Fraturas simples ou fraturas múltiplas 
E a maioria dos casos as fraturas ocorrem no terço médio ou distal do rádio 
e ulna. 
No terço distal dos ossos rádio e ulna é local de maior incidência dos 
processos traumáticos devido a presença de grandes quantidades de tecidos 
esponjoso nessa região 
FISIOPATOLOGIA 
As fraturas de rádio e ulna pode ser encontrada ao longo da porção proximal até 
a distal. Essas fraturas podem ser classificadas em simples, transversa, obliquia, 
espiral, cominutiva, segmentar, por avulsão, por de deformidade como varus e 
valgo, por impacto e pode ocorrer fratura classificada como galho verde. 
As causas mais comuns destacam-se em: 
1) Acidentes de veículos motorizados (ATROPELAMENTO) 
2) Pequenos traumas como saltos ou queda do animal 
3) Osteodistrofia Hipertrofica 
4) Obesidade 
5) Osteosarcoma 
6) Osteocondrose 
7) Osteoporose 
As Predisposições são: 
 Animais jovens e adultos. SENDO MAIS COMUM EM ANIMAIS 
JOVENS 
 
 Não há diferença entre sexo, pode ocorrer tanto em machos como em 
fêmeas 
 
 O fator racial tem influência nas fraturas, podendo ocorrer em raças toys 
e raças grandes ou gigantes SENDO MAIS COMM EM RAÇAS TOYS 
 
 Raças predispostas: Poodles, Yorkshires, Pinschers, Lhasa Apso, 
Maltes, Pug, Bulldog inglês e francês, Rottweiler, Golden Retriever 
SINAIS CLINICOS: 
O paciente pode chegar apresentando sinais clínicos comumente achados 
como: Manifestação de dor, claudicação e dificuldade de movimentação, 
impotência funcional do membro, demonstrada pela posição em flexão do 
cotovelo e do carpo, membro edemaciado que vai haver variação de acordo com 
gravidade e tempo decorrido do trauma, podem ser encontrados nódulos em 
casos de neoplasia, e também pode apresentar sangramento em casos mais 
graves como de fraturas expostas, que pode levar a síncope e choque. 
DIAGNOSTICO: 
O diagnóstico das fraturas de rádio e ulna baseia-se no achado de um ou mais 
sinais clínicos já citados, junto da anamnese, onde será avaliado o histórico do 
animal, em relação a traumas, neoplasias e outras doenças e fatores genéticos 
que podem estar relacionados a fratura. 
Além disso, é imprescindível a realização do exame físico, onde será 
determinado o local lesionado, podendo haver instabilidade dos ossos, 
deformidades e crepitação da região ao examinar. Também deve-se avaliar o 
quadro geral do animal, e ser feita a estabilização do mesmo se necessária, 
como em casos de fraturas externalizadas, que podem ocorrer hemorragia, 
podendo levar o animal a choque e até um possível óbito. 
A conduta a ser tomada nesses casos de fraturas é aplicar uma bandagem 
temporária até a realização do exame radiológico, evitando maior deslocamento 
da área fraturada, lesões em estruturas vitais pelos fragmentos pontiagudos, e 
diminui o edema pós-traumático dos tecidos moles. Assim que possível, devem 
ser realizadas radiografias com incidências médio lateral e craniocaudal do local 
da fratura, para que se defina corretamente o tipo de fratura, e 
consequentemente, seleção do tratamento mais adequado. 
TRATAMENTO CONSERVATIVO: 
 Tratamento farmacológico: Devido ao trauma provocado pela fratura 
associado ao produzido pela manobra de redução, a literatura indica 
utilização de antiinflamatórios não esteroidais, para reduzir a formação 
de edema e ajudar no controle da dor. 
 Redução: A redução da fratura é facilitada pelo tratamento precoce 
(dentro de 24 à 48 horas pós-fratura) e relaxamento muscular 
completo com anestesia geral. As fraturas podem ser reduzidas pelo 
método fechado, com tração e manipulação dos fragmentos, ou pelo 
método aberto, com reconstrução visual direta dos fragmentos. O 
método fechado deve ser realizado assim que as condições do 
paciente permitam anestesia para não sofrer influência de espasmos 
musculares e contraturas tardias. Já o método aberto é utilizado em 
casos instáveis e mais complicados, casos com mais tempo decorrido 
e casos com indicação para fixação interna. A fixação da fratura é 
realizada para evitar movimentação durante o processo de reparação. 
Esta pode ser realizada com placas e parafusos, fixadores externos, 
pinos intramedulares, placas compressivas. 
 Crioterapia: A aplicação de gelo na lesão é uma modalidade de 
tratamento que pode facilmente ser utilizada em qualquer clínica. A 
aplicação do gelo sobre a fratura fechada por 10 a 20 minutos antes 
da estabilização temporária, que pode ser repetida a cada 2 a 4 horas 
se for conveniente, reduz o fluxo sanguíneo, o edema, a hemorragia e 
a inflamação de tecidos moles, tem efeito analgésico e reduz 
espasmos musculares. A associação da aplicaçãode gelo na lesão e 
da bandagem de suporte reduz dramaticamente o dano aos tecidos 
moles e o aumento de volume, facilita o reparo cirúrgico e reduz a 
fibrose muscular pós-operatória. 
 Fraturas abertas: Fraturas abertas devem receber cuidados 
imediatos como limpeza, desbridamento e coleta de material para 
cultura aeróbica e anaeróbica. A antibioticoterapia de amplo espectro 
deve ser iniciada até o resultado da cultura e testes de sensibilidade 
estar disponíveis. 
VANTAGENS: o tratamento conservativo ajuda a evitar agressão ao organismo, 
promove consolidação óssea estável, não necessitando de uma segunda 
intervenção cirúrgica para remoção de implantes utilizados e é menos oneroso. 
DESVANTAGENS: dificuldade de manutenção dos fragmentos ósseos 
alinhados, devido ao pequeno diâmetro da diáfise, pobre suporte de tecidos 
moles e ao deslocamento do fragmento distal devido aos músculos flexores do 
carpo que provocam uma força caudolateral a qual atua sobre o fragmento ósseo 
distal deslocando-o. 
 
 Coaptação externa: O tratamento conservativo, com 
imobilização/coaptação externa como agente de suporte, é 
recomendado: 
 Animais jovens de médio porte e gatos: fraturas incompletas ou 
transversas no terço médio diafisário de cães jovens de médio porte. 
 Houver pelo menos 50 % de contato entre as superfícies ósseas e não 
houver desvios angulares significativos. Ou seja, deve haver a 
manutenção do eixo ósseo. 
 E contraindicado em: 
 Animais de raça miniatura/toys 
 Animais pesados, pois há tendência estatística de feito negativo do peso 
sobre o apoio. 
 Cães ativos de grande porte. 
 
 
 Bandagens: 
 É indicada quando a fratura não puder ser reparada imediatamente, 
aconselha-se a fazer a estabilização temporária como, por exemplo, 
bandagem de Robert Jones ou Robert Jones modificada para dar suporte 
ao membro, prevenir danos aos tecidos moles, limitar o edema pré-
operatório e melhorar o conforto, especialmente para o transporte do 
paciente a um centro de referência. 
 
 A bandagem deve ser observada diariamente pelo proprietário e 
reavaliada semanalmente. 
 
 Talas: 
 Este tratamento é limitado a fraturas fechadas e simples (como as 
incompletas em galho verde ou transversas) localizadas no terço médio 
diafisário de cães jovens de médio porte e gatos. Porque é impossível 
imobilizar corretamente o cotovelo! Muitas talas possuem a tendência de 
tornarem-se frouxas e necessitam de constantes revisões para assegurar-
se que elas estão atingindo seu objetivo 
 A articulação proximal e a distal devem ser imobilizadas. Em fraturas de 
rádio e ulna isso pode ser complicado, pois a estabilização do cotovelo é 
difícil, especialmente em cães condrosdisplásicos, e é indicado que os 
dígitos fiquem fora da imobilização para verificar presença de aumento de 
volume e para encorajar deambulação. 
 
 As limitações da técnica devem ser reconhecidas e esclarecidas ao 
proprietário. Um dos desafios da imobilização externa é manter a 
estabilidade, especialmente porque um dos princípios é o de que a 
articulação proximal e a distal devem ser imobilizadas. Em fraturas de 
rádio e ulna isso pode ser complicado, pois a estabilização do cotovelo é 
difícil, especialmente em cães condrosdisplásicos, e é indicado que os 
dígitos fiquem fora da imobilização para verificar presença de aumento de 
volume e para encorajar deambulação 
 
 Deve-se ter o cuidado se só aplicar as talas após redução do edema para 
evitar que a imobilização fica solta ou frouxa. 
 Quando do uso de talas deve-se evitar um acolchoamento excessivo, pois 
isto pode facilitar movimentos torcionais gerando união retardada ou não 
união. 
 
 
 
TRATAMENTO CIRURGICO: 
 O tratamento cirúrgico para fraturas de rádio e ulna é 
preferencialmente indicado pois oferece menos riscos de obtermos 
resultados desfavoráveis 
 Sendo assim a escolha do tipo da cirurgia ortopédica vai depender de 
diversos fatores, mas sobretudo o tipo de fratura sofrida é região 
acometida 
 Em fratura em diafíse de rádio e ulna podemos utilizar desde fixadores 
externos até placas com parafusos, (neste tipo de fratura temos um 
prognóstico um pouco melhor que em fraturas próximas às 
articulações e em pacientes jovens o remodelamento tende a ser mais 
rápido). 
 Já em fraturas próximas às articulações e o prognóstico já se mostra 
ruim na maioria das situações. Neste caso podemos optar por 
artrodese com fixação de parafusos associado a fio de ccerclagem. 
 Para as fraturas de rádio é ulna é contraindicado a utilização de pinos 
intramedulares pois foi observado resultados negativos em grande 
parte dos casos por promover a não união óssea 
 Lembrando que os cuidados no pós-operatório são essenciais para 
que possamos obter bons resultados no tratamento. Desde uma boa 
imobilização com bandagens conservativas observação atenta do 
paciente e repouso absoluto. 
 Porém devemos sempre lembrar que o primeiro conceito e cirurgia 
ortopédica é que nada é exato o que deu certo em um indivíduo pode 
não obter os mesmos resultados em outros, também levando em conta 
que a cirurgia ortopédica é particular de cada cirurgião, nem sempre 
os cirurgiões tem a mesma conduta em um determinado 
procedimento. 
COMPLICAÇÕES 
 
 A consolidação das fraturas de rádio e ulna depende em parte do porte 
do paciente: 
 
 Em cães jovens de médio à grande porte, geralmente evoluem 
para a cicatrização independente do método de estabilização. 
 
 Nas raças de pequeno porte, o tratamento de fraturas em rádio e ulna 
é descrito como difícil, pois a prevalência para o desenvolvimento de 
UNIÃO RETARDA e de NÃO UNIÃO é altíssima chegando a 60%. 
 
 A UNIÃO RETARDA e NÃO UNIÃO pode ser explicada por 
características próprias ao Rádio e a Ulna como: 
 Pouco recobrimento muscular 
 Canal medular pequeno 
 Pouca vascularização regional 
 Por estes motivos, as fraturas em diáfise têm prognóstico melhor, já 
que a região distal tem o canal medular mais reduzido e a 
vascularização é precária 
 
 Além disso, o excesso de movimento do membro fraturado e a índole 
do animal. 
 
 Tensão do músculo flexor do carpo e do músculo flexor digital que 
promovem uma força caudolateral a qual atua sobre os fragmentos 
ósseos, deslocando-os 
 
 Outros fatores como atraso no tratamento ou tratamento inadequado 
e Osteomielite. 
 
 Estas complicações podem causar desvios e incongruências ósseas, 
com efeitos maléficos à deambulação do animal. 
 
ARTIGO 1 
FRATURAS DE RÁDIO E ULNA EM CÃES NO PERÍODO DE JANEIRO DE 
2001 A DEZEMBRO DE 2011 
Nesse trabalho, foram estudados cães atendidos no Hospital Veterinário da 
FCAV/UNESP, Jaboticabal, entre o período de Janeiro de 2001 a Dezembro de 
2011 onde foram avaliadas um total de 310 fraturas de rádio e ulna e 
demonstrados seus respectivos tratamentos. 
Segundo relatado, as fraturas mais comuns foram completas, transversas, 
fechadas e localizadas em diáfise distal de rádio e ulna. Cães de raças 
pequenas, pesando até 5 kg, e das raças pinscher, poodle e terrier brasileiro 
foram os mais acometidos. A faixa etária mais frequente foi a de cães adultos, 
acima de 12 meses. Quedas ou pulos e atropelamentos foram as principais 
causas das fraturas. 
População estudada: 
 
 
Membros afetados: Dezoito (5,8%) cães sofreram fratura de rádio e ulna em 
ambos os membros torácicos simultaneamente (Figura 2) e em 274 (88,4%) 
estas foram unilateral, totalizando os 310 casos de fraturas analisadas. 
Ossos afetados: Das 310 fraturas, 267 (86,13%) ocorreram concomitantemente 
em rádio e ulna, 23 (7,42%) ocorreram somente no rádio e 20 (6,45%) somente 
na ulna 
 
Tipos de fratura: O tipo de fratura mais comum foi a fratura completa, que 
ocorreu em 260 casos. As fraturas menos comuns foram dupla segmentar, 
incompleta e por avulsão que ocorreram em 3, 4 e 5 casos respectivamente. 
 
Localização da fratura:As fraturas de diáfise distal (Figura 10) foram as que 
ocorreram em maior número em rádio e ulna 
simultaneamente (63,67%. As localizações seguintes mais 
frequentes em rádio e ulna foram diáfise média, epífise 
distal e diáfise proximal. 
 
Intervenção realizada: De todas as fraturas radiografadas 
no HV, 249 (80,3%) passaram por algum tipo de intervenção, as quais foram 
divididas em: 95 (38,15%) tratadas com imobilização externa (talas, bandagens), 
69 (27,71%) com placa, 51 (20,48%) com fixador externo, 28 (11,24%) com pino 
intramedular e 6 (2,41%) com amputação de membro como intervenção primária. 
Dos 249 casos, 121 (48,59%) foram acompanhados radiograficamente até 
alguma resolução. 
Acredita-se que o número reduzido de acompanhamentos após início do 
tratamento se deve ao fato de que muitos proprietários não residem próximo ao 
HV e continuam o tratamento com veterinários das cidades de origem. Além 
disso, muitos proprietários consideram o problema resolvido após a intervenção 
e somente retornam quando há dificuldade de deambulação ou sinais de 
infecção. Nos animais em que o tratamento foi acompanhado, radiografias 
periódicas foram realizadas e o acompanhamento variou de 15 dias até 1 ano. 
Resultados obtidos: Dos 121 casos em que foi possível avaliar o resultado final, 
6 foram submetidos a amputação como tratamento inicial, resultando na análise 
de 115 casos. Esses 115 casos foram avaliados por grupo de idade e resultado 
obtido em cada tipo de tratamento: consolidação, união retardada, mal-união ou 
não união. Das técnicas utilizadas, o uso de fixador externo resultou no maior 
número de casos de união retardada. Foi observado também que não houve 
diferença significativa para os casos de mal união e não união ossea entre os 
diferentes tratamentos realizados. 
 
Complicações durante o tratamento: A complicação mais comum foi osteólise 
nos pacientes tratados com placa e fixador externo e osteopenia e degeneração 
iatrogênica do carpo nos tratados com pino intramedular. 
 
 
 
 
ARTIGO 2: 
Estudo crítico do tratamento de 196 casos de fratura diafisária 
de rádio e ulna em cães 
 O estudo retrospectivo buscou analisar e comparar o tempo de 
retorno a deambulação normal e qualidade dos resultados dos 3 
tipos de osteossíntese realizadas para tratamento das fraturas 
diafisárias de rádio e ulna, sendo elas: placa e parafusos, fixadores 
externos e imobilização externa 
TECNICAS ULTILIZADAS: 
 
MATERIAL E METODOS: 
 Foram catalogados 231 casos de fraturas diafisarias de radio e ulna 
no período de 3 anos no Departamento de cirurgia da Faculdade de 
medicina veterinária e zootecnia da USP, e foram selecionados 193 
casos cujos pacientes foram acompanhados por todo o período de 
recuperação pós operatória. 
RESULTADOS: 
 
 
 
 Considerando apenas a técnica utilizada, independentemente do tipo 
ou posicionamento da fratura, os tratamentos com placas ou 
fixadores externos mostraram melhor resultado do que as 
imobilizações, considerando como bom resultado a deambulação 
normal do paciente e consolidação sem sinais de desvios angulares. 
 
 
CONCLUSÃO: 
 Coaptação externa é o método menos efetivo quando comparado às 
osteossíntese com placa + parafuso ou fixação externa, 
independente da região fraturada; mas pode ser usadas com mais 
segurança em animais de médio/grande porte devido à 
vascularização e melhor cicatrização e mais rápida consolidação 
óssea; 
 Animais pesados/maiores tem melhores resultados com utilização de 
fixadores externos, enquanto os toys/miniaturas tem melhor resultado 
com placa e parafuso.