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COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 1 PROPOSTA DE ATUALIZAÇÃO DA NORMA INTERNA SOP – 092 COMISSÃO CM N O 016/2004 – DT N O 005/2004 EngO Sérgio Tavares do Rêgo Barros PRESIDENTE MEMBROS: Engo Edrisio Mendes dos Santos Filho Eng o Natanael Pereira Ramalho Filho Engo Solon da Cunha Medeiros Neto Eng a Ana Virgínia Nogueira da Silva Enga Ângela Sotero Bacelar Quím. Nancy Lins Albuquerque COLABORADORES: Eng o Zildo Teixeira Braga de Morais (Barragem e Proteção Catódica) Eng o José Bezerra Sampaio (Estrutural) Compesa – Dezembro/ 2004 COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 2 ÍNDICE 1 - GENERALIDADES .................................................................................................................... 4 1.1 - OBJETIVO .......................................................................................................................... 4 1.2 - APLICAÇÃO....................................................................................................................... 4 1.3 - GLOSSÁRIO TÉCNICO ......................................................................................................4 1.4 - ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS.....................................................................6 1.5 - ANÁLISE / ACOMPANHAMENTO DE PROJETOS......................................................... 10 2 - ESTUDOS PRELIMINARES ................................................................................................... 12 2.1 - ÁREA DE ABRANGÊNCIA.............................................................................................. 13 2.2 - COLETA DE DADOS........................................................................................................ 13 2.3 - DADOS GERAIS DA LOCALIDADE ............................................................................... 13 2.4 - DIAGNÓSTICO COMPLETO DO SISTEMA EXISTENTE ............................................... 13 2.5 - ESTUDO DE POPULAÇÃO .............................................................................................. 14 2.6 - CONSUMO DE ÁGUA “PER CÁPITA” ............................................................................ 14 2.7 - NÍVEL DE ATENDIMENTO............................................................................................. 15 3 - ESTUDOS DE CONCEPÇÃO .................................................................................................. 15 3.1 - CONCEPÇÃO DAS ALTERNATIVAS ............................................................................. 15 3.2 - ANÁLISE AMBIENTAL DAS ALTERNATIVAS ............................................................. 15 3.3 - ESTIMATIVA DE CUSTOS DAS ALTERNATIVAS ........................................................ 16 3.4 - COMPARAÇÃO E SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS ....................................................... 17 3.5 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA DA ALTERNATIVA SELECIONADA .... 17 3.6 - DEFINIÇÃO DO MANANCIAL........................................................................................ 18 3.7 - DESTINO FINAL DOS ESGOTOS .................................................................................... 21 4 - ESTUDOS COMPLEMENTARES........................................................................................... 22 4.1 - ESTUDOS TOPOGRÁFICOS............................................................................................ 22 4.2 - ESTUDOS GEOTÉCNICOS E GEOLÓGICOS .................................................................. 23 5 - PROJETO BÁSICO .................................................................................................................. 24 5.1 - CONTEÚDO ..................................................................................................................... 24 5.2 - SEGURANÇA ................................................................................................................... 24 5.3 - FORMA DE APRESENTAÇÃO ........................................................................................ 25 6 - ESTUDO AMBIENTAL ........................................................................................................... 41 7 - PROJETO ELÉTRICO ............................................................................................................ 41 COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 3 8 - PROJETO ESTRUTURAL....................................................................................................... 42 8.1 - DOCUMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO ADOTADA ........................................................................... 42 9 - PROJETO DE PROTEÇÃO CATÓDICA ............................................................................... 46 9.1 - OBJETIVO ........................................................................................................................ 46 9.2 - CONSTITUIÇÃO DO PROJETO ....................................................................................... 47 10 - PROJETO DE BARRAGEM ............................................................................................... 49 10.1 - ASPECTOS GERAIS ......................................................................................................... 49 10.2 - CONSTITUIÇÃO DO PROJETO ....................................................................................... 50 10.3 - DIMENSIONAMENTO DA BARRAGEM E DA SUA FUNDAÇÃO ................................. 51 10.4 - DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS DE SEGURANÇA E EXPLORAÇÃO .......... 52 10.5 - BACIA HIDRÁULICA ...................................................................................................... 53 10.6 - OUTROS DISPOSITIVOS ................................................................................................. 53 11 - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ......................................................................................... 54 11.1 - ESPECIFICAÇÕES DE OBRAS CIVIS / SERVIÇOS......................................................... 54 11.2 - ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ............................................... 54 12 - ELEMENTOS GRÁFICOS.................................................................................................. 54 12.1 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................................................. 54 12.2 - SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................................................................. 56 13 - ORÇAMENTO ..................................................................................................................... 58 13.1 - RELAÇÃO DE MATERIAIS /EQUIPAMENTOS .............................................................. 58 13.2 - RELAÇÃO DE OBRAS CIVIS / SERVIÇO........................................................................ 59 14 - ANEXOS ............................................................................................................................... 60 14.1 - MODELO DE TERM O DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO BÁSICO DE SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIOS. ................................................................................................ 60 14.2 - MODELO DE TERM O DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO BÁSICO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA. .................................................................................................60 14.3 - MODELO DE TERM O DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ELÉTRICOS E AUTOMAÇÃO. ..................................................................................................................... 60 COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 4 PROPOSTA DE ATUALIZAÇÃO DA NORMA INTERNA SOP-092 1 - GENERALIDADES 1.1 - OBJETIVO Estabelecer critérios, padrões e procedimentos para elaboração, análise e acompanhamento de estudos e projetos de Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e Esgotamento Sanitário (SES), a serem seguidos por consultores e projetistas externos ou pelo corpo técnico da Compesa. 1.2 - APLICAÇÃO Esta NORMA aplica-se a todos os estudos e projetos elaborados por firmas de consultoria, projetistas externos e corpo técnico da Compesa. 1.3 - GLOSSÁRIO TÉCNICO PROJETO – trabalho elaborado com a finalidade de viabilizar empreendimentos, de acordo com a melhor técnica, com as normas pertinentes e no melhor custo / benefício sem prejuízo da qualidade. TERMO DE REFERÊNCIA (TR) – documento que visa orientar consultores e projetistas externos, bem como o corpo técnico da Compesa na elaboração de estudos, relatórios técnicos, projetos básicos e executivos de SAA e SES. RELATÓRIO TÉCNICO PRELIMINAR (RTP) – retrata as condições da comunidade a ser beneficiada, dando ênfase aos aspectos que interessam ao problema e apresenta as alternativas estudadas, acompanhadas das respectivas análises sociais, dos indicadores de saúde pública, técnico – econômicos e ambientais, justificando a solução a adotar, Deverá conter, ainda, os dados e elementos necessários à elaboração do projeto, os quais serão colhidos e verificados no campo pelo projetista e complementados, se necessário por publicações e registros merecedores de confiança, com a devida citação dos mesmos. O projetista deverá indicar os métodos utilizados no levantamento e na coleta de dados feitos na localidade, mencionando as possíveis deficiências, datas, desenhos, esquemas, tabelas ou croquis necessários ao perfeito conhecimento da matéria. PROJETO BÁSICO (PB) – consolidação dos estudos e concepção recomendada no RTP, incluindo o dimensionamento hidráulico, sanitário, arquitetônico e elétrico das diversas unidades que comporão o sistema. O projeto básico deve conter os seguintes elementos: Desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 5 Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem; Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; Subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso; Orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados. PROJETO EXECUTIVO (PE) – complementação do Projeto Básico, incluindo, além do dimensionamento e detalhamento hidráulico / sanitário / arquitetônico e elétricos, definitivos, todos os projetos complementares necessários a construção das diversas unidades que comporão o sistema, inclusive manuais de uso para operação e manutenção dos equipamentos. O projeto executivo é o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas. RELATÓRIO AMBIENTAL PRELIMINAR (RAP) – Documento técnico, prévio de avaliação preliminar dos possíveis impactos ambientais para projetos de obras de saneamento, tendo como objetivo subsidiar a seleção de alternativas, determinar a intensidade dos diferentes impactos ambientais do empreendimento, identificar a necessidade de realização de EIA / RIMA e solicitação de Licenciamento Ambiental à Entidade Ambiental Estadual. ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) – estudos destinados a identificar e avaliar os impactos ambientais provocados pela implantação de empreendimentos, bem como verificar as medidas mitigadoras a serem tomadas para atenuar esses impactos, visando à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade de vida das populações atingidas, do meio ambiente e do equilíbrio ecológico. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – consolidação dos estudos de impacto ambiental, através de documento que sintetize claramente os impactos ambientais, bem como as medidas corretivas a serem tomadas. COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 6 1.4 - ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS 1.4.1 Exigências Básicas A elaboração de estudos e projetos, sob a responsabilidade da Compesa, ou de qualquer entidade estadual, municipal ou privada deverá obedecer ao que dispõem: 1.4.1.1Os Termos de Referência para elaboração de estudos, relatórios técnicos, projetos básicos e executivos de SAA e SES. 1.4.1.2As instruções normativas definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT; 1.4.1.3As instruções normativas em vigor na COMPESA; 1.4.1.4As Leis, Decretos, resoluções e instruções normativas, a nível Federal, Estadual e Municipal, referentes às políticas ambientais; 1.4.1.5Demais legislações pertinentes que venham a ser publicadas. 1.4.2 Condições Gerais / Procedimentos 1.4.2.1Deverá fazer parte do documento final, uma Ficha de Resumo Técnico contendo obrigatoriamente, como elementos mínimos: a) Identificação e localização do empreendimento; b) População beneficiada; c) Taxa per cápita utilizada e /ou carga orgânica per cápita adotada ; d) Vazão de projeto; e) Esquema geral do sistema; f) Características principais de cada uma das unidades que compõe o sistema; g) Etapas de implantação, descrevendo as unidades a serem implantadas e o ano de implantação; h) Custo de implantação por etapa; i) Resumo da análise ambiental; j) Resumo da situação socioeconômica; k) Resumo da situação de saúde pública. 1.4.2.2Forma da apresentação do projeto COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 7 O documento deverá ser datado e assinado pelo Engenheiro responsável pela coordenação e/ ou elaboração do projeto, devendo ser apresentado para análise em 04(quatro) vias. Após a análise e aprovação, deverá ser feita a apresentação definitiva do trabalho, em 05 (cinco) vias, com as devidas correções e complementações apontadas pela comissão de análise. Além do número de vias previsto, devera ser fornecida uma cópia do projeto, em Compact Disk (CD), contendo os arquivos com todo o texto, inclusive memorial de cálculo, e todas as peças gráficas na extensão DWG. As vias dos relatórios deverão ser apresentadas de acordo com as instruções a seguir: 1.4.2.2.1 Tamanho – A 4 (ISO – Série A) 1.4.2.2.2 Capa – Desta constarão os seguintes dados: a)Governo do Estado de Pernambuco; b) Secretaria a qual a Compesa esteja vinculada; c) Logomarca e nome da Compesa por extenso; d) Título dos trabalhos executados; e) Nome da empresa que realizou o trabalho; f) Tomo n 0 / Título; g) Volume n0 / Título; h) Mês e ano de apresentação dos trabalhos. 1.4.2.2.3 Folha de Rosto – Deverá conter os seguintes dados: a) Diretoria / Unidade responsável pelo Projeto; b) Nome do Diretor; c) Nome do Chefe da Unidade responsável pelo Projeto; d) Nome da Empresa que elaborou o projeto (se for o caso); e) Equipe Técnica que executou o projeto; f) Nome do Gestor do Contrato. 1.4.2.2.4 Folha de Texto – Deverá ser apresentada da seguinte forma: a) Redação do texto no formato Arial 12 – Word 2.000; b) Deverão ser impressas de um só lado e numeradas por capítulo de forma seqüencial, devendo primeiro aparecer o número do capítulo e em seguida o número da página. 1.4.2.2.5 Elementos Gráficos – Serão apresentados da seguinte forma: As plantas de áreas urbanas onde serão traçadas as redes de distribuição de água, redes coletoras, adutoras, emissários, etc., serão apresentadas em meio digital, na extensão DWG (AutoCAD COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 8 2.000), em escalas compatíveis, no formato UNIBASE, com área útil de 1000mm x 500mm, em papel Sulfite branco gramatura 75. Com relação as plantas de arquitetura deverão ser apresentadas em meio digital, na extensão DWG (AutoCAD 2.000), em escalas compatíveis, no formato ABNT, (A 1 ou A 0), em papel Sulfite branco gramatura 75. A legenda e os dados relacionados abaixo deverão constar do canto superior direito, conforme modelo de carimbo a ser fornecido pela Compesa. Nome e Logomarca da Compesa; Sistema; Localidade; Unidade do Sistema; Escala (s); Numeração seqüencial do conjunto de plantas; Data, assinatura e número do CREA do responsável pela elaboração do projeto; Data, assinatura e número do CREA do responsável pela aprovação do projeto. 1.4.2.3No caso dos projetos contratados por terceiros para empreendimentos públicos ou privados, e que serão integrados a sistemas existentes da Compesa, deverão ser observados: 1.4.2.3.1 O interessado deverá proceder consulta a Compesa sobre a viabilidade da integração aos Sistemas de Abastecimento de Água e/ ou Esgotamento Sanitário, e definição do ponto onde será feita a integração, bem como os parâmetros a serem utilizados no projeto. O interessado deverá sempre se reportar oficialmente à Compesa, através de correspondência onde serão indicados todos os elementos de interesse: população a ser beneficiada, planta de situação e caracterização do empreendimento, etapas de implantação, etc. A consulta deverá ser dirigida à Diretoria da COMPESA, a qual caberá o encaminhamento às unidades competentes da Empresa, para as informações e orientações necessárias para a elaboração do projeto. No caso da viabilidade do empreendimento deverá ser disponibilizada a seguinte informação: 1.4.2.3.1.1Sistema de Abastecimento de Água a) Ponto da rede, adutora, subadutora ou outra unidade do sistema onde deverá ser feita a interligação; COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 9 b) Pressão no ponto de interligação, no caso de rede de distribuição adutora ou subadutora, ou cota do nível de água no caso de reservatórios ou outra unidade do sistema; c) Planta cadastral indicando o local da rede, adutora ou subadutora, onde deverá ser feita a interligação, e a relação de peças, conexões e /ou equipamentos que deverão compor a ligação; d) No caso da interligação ser feita em reservatório, estação de tratamento, etc., deverá ser fornecida a planta cadastral da unidade, indicando o local e a forma da captação, bem como a relação de peças, conexões e /ou equipamentos que deverão compor a ligação; e) Taxa Per Cápita a ser utilizado no projeto. 1.4.2.3.1.2Sistema de Esgotamento Sanitário a) Ponto onde poderá ser feito o lançamento: poço de visita, estação elevatória ou diretamente em uma ETE; b) Informações sobre o ponto de lançamento. No caso de rede coletora, profundidade, diâmetro e material da tubulação. No caso de elevatórias e ETE’s, cota de lançamento; c) Taxa Per Cápita a ser utilizada no projeto. d) Contribuição Per Cápita de carga orgânica. 1.4.2.3.2 A Compesa enviará ao interessado, documento comunicando sobre a viabilidade ou inviabilidade do empreendimento, bem como as informações necessárias para o desenvolvimento do projeto, se for o caso. 1.4.2.3.3 No ato do fornecimento das informações, o interessado atestará o recebimento de toda a documentação fornecida pela Compesa e tomará conhecimento de todo o material disponível para consulta em seus arquivos e cadastro técnico. 1.4.2.3.4 Deverá constar no Projeto, cópia do documento em que a Compesa concede autorização para a referida integração, e indica o ponto de interligação do novo sistema ao da Compesa. 1.4.2.3.5 A luz desses elementos, os projetos elaborados por outras entidades devem ser encaminhados, através de ofício solicitando a análise do projeto e emissão de respectivo parecer, à Compesa, através das Gerências Regionais, que se encarregarão de enviá-los à Diretoria competente para designação de Comissão de Análise. 1.4.2.4Para os sistemas independentes, ou seja, não integrados a sistemas da Compesa, porém com perspectiva de serem operados pela mesma, quando da elaboração do projeto, a Compesa deverá ser consultada COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 10 10 quanto aos parâmetros a serem adotados. Concluído o projeto, o interessado deverá submetê-lo à Compesa para análise, seguindo os mesmos procedimentos relacionados anteriormente. 1.4.2.5Projetos sob responsabilidade da Compesa: 1.4.2.5.1 Quando da contratação e definição dos Estudos e Projetos, deverão ser incluídas no Termo de Referência as questões pertinentes ao Meio Ambiente e Recursos Hídricos, dentro das exigências contidas nos documentos publicados pelos órgãos da União / Estado / Município, de modo a que, na fase posterior de concepção do projeto já esteja configurada a necessidade ou não de estudos mais aprofundados que poderão redundar nos Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA e RIMA) cuja exigência e avaliação cabe aos órgãos responsáveis pelas questões ambientais no Estado. 1.4.2.5.2 Para os projetos contratados pela Compesa ou elaborados internamente, os cabeçalhos das plantas serão do tipo padronizado pela Compesa e deverão conter, obrigatoriamente, os seguintes elementos: data, escala(s), autoria do projeto, desenho e topografia, se for o caso, e assinatura do Engenheiro responsável, com o número do CREA; 1.5 - ANÁLISE / ACOMPANHAMENTO DE PROJETOS 1.5.1 A análise de estudos e projetos relativos a Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, bem como Estudos Ambientais, Projeto Elétrico, Projeto Estrutural e Projeto de Proteção Catódica, é de responsabilidade da Compesa, e consiste numa avaliação da qualidade dos mesmos, quanto à observância das técnicas e normas recomendadas para sua elaboração. 1.5.2 A análise de estudos e projetos proceder-se-á conforme as seguintes condições: 1.5.2.1 Estudos e Projetos sob a responsabilidade de outras entidades, conforme itens 1.4.2.3 e 1.4.2.4: serão solicitados à Compesa, através da Diretoria Técnica ou das Gerências Regionais, antes da implantação dos Sistemas. 1.5.2.2 Estudos e Projetos contratados pela Compesa:neste caso as atividades de acompanhamento têm lugar simultaneamente à elaboração dos mesmos, complementando-se a análise e parecer final, após a entrega oficial de toda a documentação. 1.5.2.3 Estudos e Projetos elaborados no âmbito interno da COMPESA: COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 11 11 serão acompanhados e/ou avaliados por outros segmentos da empresa, desde que a complexidade do Sistema assim o exija. 1.5.3 Para os Projetos contratados pela Compesa, após sua aprovação, a firma de consultoria deverá encaminhar 06 (seis) vias do projeto, sendo uma em meio digital. 1.5.4 Para os trabalhos que se enquadram no item 1.5.2.1, serão adotados os procedimentos a seguir relacionados: 1.5.4.1A Diretoria Técnica, através de Comissão designada para tal fim, será responsável pela análise de projetos técnicos e estudos complementar de Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário. 1.5.4.2A Comissão será designada pelo Diretor Técnico e composta por 03 (três) membros, ou mais dependendo do porte do projeto, devendo a Presidência ser confiada, preferencialmente, à engenheiro lotado no setor de projetos. 1.5.4.3 O presidente da Comissão terá poderes para requisitar a participação de técnicos com experiência em áreas específicas, à medida que julgar necessário e oportuno, sem necessidade de prévia autorização da Diretoria. 1.5.4.4 Todas as unidades da Empresa ao serem consultadas prestarão a mais estreita e imediata colaboração, visando agilizar o processo de análise e acompanhamento dos projetos. 1.5.4.5 Os membros que irão compor a Comissão, terão obrigatoriamente, no mínimo, 02 (dois) Engenheiros, de acordo com as atribuições no Plano de Cargos e Salários. 1.5.4.6 Os trabalhos desenvolvidos pela Comissão serão sempre subsidiados com visitas feitas ao campo. 1.5.4.7 Na hipótese de ser necessário efetuar modificações ou retificações, serão elas exigidas ao consultor e/ou projetista, ficando a aprovação do projeto condicionada ao atendimento das referidas exigências. 1.5.4.8 A análise efetuada pela comissão designada para tal, não abrange os quantitativos levantados nem os custos unitários utilizados na elaboração do orçamento, conforme item 1.4.2.3. 1.5.4.9 Deverão ser seguidas as Especificações Gerais da Compesa, e quando necessário, complementadas por especificações particulares. 1.5.4.10 Especificações de Materiais e Equipamentos poderão ser incluídas COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 12 12 na própria relação de materiais, desde que apresentando todas as características necessárias para aquisição, montagem e operação dos mesmos. 1.5.4.11 O Laudo de Análise contendo as exigências do Projeto será encaminhado ao interessado através do setor de projetos, com a devolução de três vias para as devidas alterações / correções, ficando uma via com a comissão, para fins de verificação, quando do recebimento das vias corrigidas. A correção da quarta via será efetuada pela firma / projetista, após o atendimento integral das exigências. 1.5.4.12 Será anexado a cada um dos volumes, o documento final de aprovação, que poderá ter forma padronizada a fim de permitir a divulgação de recomendações rotineiras. Todas as plantas estarão devidamente carimbadas e assinadas pelos membros da Comissão de Análise. Os volumes serão distribuídos da seguinte forma: 1.5.4.12.1 Para a entidade que solicitou à Compesa a análise do projeto, será enviada 02 (duas) vias do projeto aprovado. Pelo menos uma destas vias deverá ser mantida na obra, e a qualquer tempo, facilmente acessível à fiscalização da Compesa. 1.5.4.12.2 Ao setor competente da Compesa, através de sua diretoria, uma cópia do projeto aprovado, para seu conhecimento e arquivo. 1.5.4.12.3 As vias restantes serão mantidas no Arquivo Técnico de projetos para consulta. 1.5.4.13 A Compesa deverá ser notificada quando do início da implantação dos projetos. 1.5.4.14 Todas as alterações efetuadas nos projetos deverão ser submetidas à apreciação da Compesa, através da mesma equipe que analisou e aprovou o projeto. 1.5.4.15 Quando da obra concluída, a operação do sistema por parte da Compesa, fica condicionado a apresentação da Licença de Operação – L.O. concedida pela CPRH. 2 - ESTUDOS PRELIMINARES Tem como finalidade coletar todas as informações a respeito da localidade que será beneficiada, bem como realizar o diagnóstico do sistema existente, de forma que possibilite a realização do estudo de concepção. Os estudos preliminares deverão compreender: COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 13 13 2.1 - ÁREA DE ABRANGÊNCIA Deverá ser delimitada a área de abrangência do projeto identificando as características atuais e tendências, definindo as zonas residenciais, comerciais, industriais e de utilização especial (parques, reservas, sítios históricos, etc.); o padrão de ocupação de cada uma dessas zonas e previsão para expansão da cidade. 2.2 - COLETA DE DADOS A firma projetista deverá pesquisar, proceder levantamentos, processamento e análise de todos os elementos existentes disponíveis, especialmente na COMPESA, Prefeitura Municipal, Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH), Agência CONDEPE / FIDEM, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Empresa de Turismo de Pernambuco (EMPETUR), Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e outros órgãos, bem como programar a complementação de novos dados que possam influir ou ter alguma relação com os estudos a serem elaborados. 2.3 - DADOS GERAIS DA LOCALIDADE As informações relativas aos dados gerais da localidade deverão abranger entre outros, os seguintes aspectos: a) Localização; b) Clima; c) Acesso; d) Hidrologia e Geologia; e) Características Urbanas; f) Condições Sanitárias; g) Perfil Sócio-Econômico; h) Perfil Ambiental; i) Perfil Industrial. 2.4 - DIAGNÓSTICO COMPLETO DO SISTEMA EXISTENTE A avaliação do sistema existente deverá abranger, com vistas ao seu aproveitamento total e/ou parcial no novo sistema, a sua caracterização física, operacional, administrativa e financeira. COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 14 14 2.5 - ESTUDO DE POPULAÇÃO 2.5.1 Para comunidades de pequeno porte, ou seja, com população de até 5.000 habitantes, a população atual deverá ser estimada aplicando-se o índice de habitante/domicílio obtido no último censo do IBGE ao número de: 2.5.1.1 Economias residenciais obtidas através do sistema de informações gerenciais (SIG) - Compesa; 2.5.1.2 Contagem diretas das casas em planta semi-cadastral atualizada da localidade; 2.5.1.3 Economias residenciais ligadas a rede de energia elétrica; 2.5.1.4 Cadastro imobiliário municipal. Deverá ser feita uma análise dos dados obtidos, adotando-se como população atual aquela obtida a partir dos dados mais consistentes. 2.5.2 As projeções populacionais deverão ser feitas com base nos censos demográficos oficiais do IBGE, através da aplicação de equações de regressão linear, parabólica, logarítmica, exponencial e de potência com suas respectivas curvas. 2.5.3 A distribuição de população na área de abrangência do projeto deverá ser feita a partir de observações detalhadas de campo com identificação das características de ocupação atuais e futuras, projetos e/ou planos de novos loteamentos, definição das zonas residenciais, comerciais, industriais e de proteção ambiental.2.5.4 Para as comunidades de médio e grande porte, estes estudos deverão ser elaborados sob a responsabilidade de um demógrafo, a partir dos dados disponíveis no IBGE. 2.6 - CONSUMO DE ÁGUA “PER CÁPITA” 2.6.1 Residencial e Comercial Quando o índice de hidrometração for maior ou igual a 75%, o consumo “per cápita” deverá ser avaliado através de série histórica mensal de, no mínimo doze meses, tomando-se por base os consumos das economias micromedidas, que abranja as diversas categorias de consumidor. Caso o índice de hidrometração seja menor que 75% deve-se realizar uma campanha de COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 15 15 medição, durante trinta dias consecutivos, nas áreas residencial, comercial e pública, coordenada preferencialmente por um estatístico, ou profissional capacitado que comprove sua competência para tal. Para novos sistemas, pela inexistência de dados operacionais, deverão ser utilizados dados ou estudos realizados por localidades de mesmo porte e características semelhante. Os usuários residenciais deverão ter seus consumos “per cápita” estratificados por faixa de consumo. 2.6.2 Industrial Será definido em função das indústrias já instaladas e daquelas com previsão de implantação e respectivas necessidades de água para seus processos. 2.7 - NÍVEL DE ATENDIMENTO O nível de atendimento deverá ser sempre de 100% da população ao longo do período de alcance do projeto. 3 - ESTUDOS DE CONCEPÇÃO Nesta fase deverão proceder-se levantamentos e estudos que possibilitem o desenvolvimento de alternativas, visando a definição do manancial (no caso dos projetos de abastecimento de água), das bacias naturais de drenagem (no caso de projeto de esgotamento sanitário), e da melhor concepção de projeto, com destaque para as alternativas do tratamento da água e do esgoto, buscando-se menor perda, e no caso das ETA’s, reaproveitamento e reuso da água. Deverão basear-se em cartografia disponível, e levantamentos complementares que se façam necessários. Os estudos deverão compreender: 3.1 - CONCEPÇÃO DAS ALTERNATIVAS Deverão ser formuladas alternativas técnicas que objetivem solucionar o problema de maneira completa e integrada, baseando-se em conceitos de comprovada eficiência técnica ou, caso sejam inovadores, que possam ter a sua eficiência demonstrada, envolvendo a concepção das diferentes partes dos sistemas sob os aspectos técnico, sócio-econômico, financeiro e ambiental, de modo a permitir a escolha, com segurança, da melhor alternativa. 3.2 - ANÁLISE AMBIENTAL DAS ALTERNATIVAS 3.2.1 Deverão ser feitas análises dos principais aspectos ambientais de cada alternativa, tais como: COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 16 16 a) Comprometimento dos principais usos da água, atuais e potenciais, a montante e jusante do ponto de captação ou lançamento de efluente; b) Interferências com áreas protegidas por lei (áreas de preservação permanente, parque e reservas, áreas de proteção ambiental, áreas indígenas, de relevante interesse ecológico ou cultural, áreas de fragilidade ambiental e/ou intensamente utilizadas); c) Problemas localizados decorrentes das obras civis, incluindo a necessidade de relocação de famílias e de problemas específicos de produção de odores próximos a áreas urbanas, se for o caso; d) Alteração do quadro sócio-econômico; e) Escolha de locais para jazidas e bota – foras, decorrentes dos serviços de terraplenagem. 3.2.2 Deverão ser levantados e caracterizados os principais impactos, bem como os custos decorrentes das medidas mitigadoras dos impactos negativos e de monitoramento. Estas análises deverão respeitar o enquadramento frente à legislação ambiental vigente, verificando às exigências para licenciamento prévio de implantação e de operação. 3.3 - ESTIMATIVA DE CUSTOS DAS ALTERNATIVAS 3.3.1 Os custos de investimentos de cada alternativa serão feitas a partir do pré-dimensionamento e anteprojeto das unidades constituintes, através do levantamento dos quantitativos e aplicação dos preços unitários praticados pela COMPESA e na ausência destes, preços de materiais e serviços praticados no mercado. Para itens específicos, deverão ser feitas consultas a fornecedores. 3.3.2 A critério da fiscalização, poderá ser utilizada funções de custos para unidades de sistema análogo, desde que tenha comprovada eficiência e determinadas para as condições brasileiras, considerando-se, os efeitos regionais e locais. Citar fonte e forma de obtenção. 3.3.3 As áreas a desapropriar deverão ter seus custos levantados criteriosamente com consulta a órgãos locais e imobiliárias. 3.3.4 Sempre que os custos para monitoramento e mitigação dos impactos ambientais negativos, decorrentes das situações sem e com projeto, envolverem outros custos além daqueles relativos às próprias obras propostas para solução da situação-problema e de sua adequação para atendimento às exigências legais, estes deverão ser estimados e considerados na comparação de alternativas. COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 17 17 3.3.5 Deverá ser pré-dimensionada as necessidades quantitativa e qualitativa de pessoal para operação e manutenção das unidades dos novos sistemas. 3.3.6 Os custos de exploração decorrentes das despesas administrativas, operação e manutenção tais como: despesas com pessoal, energia elétrica, produtos químicos, materiais de reposição e outros necessários deverão ser levantados, utilizando-se informações disponíveis na COMPESA, tarifas de energia elétrica praticada pela concessionária, etc. 3.4 - COMPARAÇÃO E SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS 3.4.1 Os custos de cada alternativa deverão ser apresentados em termos econômicos. Assim os custos de investimentos deverão ser discriminados em mão de obra não qualificada, mão de obra qualificada, materiais, equipamentos e outros. Nos custos de operação, o componente energia elétrica também deverá ser apresentado em termos econômicos. Os valores desses insumos a preço de mercado, deverão ser multiplicados por um fator de conversão, para transformá-lo em valores econômicos. 3.4.2 A comparação das diferentes alternativas, deverá ser feita através do cálculo do fluxo de caixa, a valor presente, dos custos de investimento, operação e manutenção, não considerando-se os custos de depreciação e inflação, à taxa de desconto de 12% a.a. ao longo do período de projeto. 3.4.3 A alternativa de solução selecionada, a principio, deverá corresponder aquela de mínimo custo. 3.5 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA DA ALTERNATIVA SELECIONADA A alternativa selecionada deverá ser submetida a uma análise econômica e financeira segundo modelo critérios e procedimentos da Caixa Econômica Federal, ou do Órgão Financiador do Programa, se for o caso. COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 18 18 3.6 - DEFINIÇÃO DO MANANCIAL 3.6.1 Em locais de difícil obtenção de água, não sendo possível a utilização de mananciais cuja composição físico-química esteja rigorosamente enquadrada nos padrões desejados da Resolução CONAMA 20, será admitida certa flexibilidade dos índices limitantes, desde que a água tratada obtida esteja dentro dos padrões de potabilidade do Ministério da Saúde em vigência. 3.6.2 Recomenda-se também, a pesquisa de mananciais que tenham alcance menor em relação à prática usual (20 anos), desde que sejam plenamente justificados técnica e economicamente, alcances menores, e o manancial inicialmente recomendado se destine a uma primeira etapa de implantação,e seja definida uma solução para complementar a oferta de água necessária. 3.6.3 Sistemas Integrados 3.6.3.1 Quando o abastecimento de água for efetuado através de um sistema da Compesa, deverá ser requerida, previamente, a autorização para tal. 3.6.3.2 Na hipótese de ser feita tal concessão, a Compesa reserva para si o direito de indicar o local da tomada e a maneira como deverá ser feita. Deverá constar do Relatório do Projeto Básico cópia do documento que concedeu essa autorização. 3.6.3.3 Deverá acompanhar o Projeto Básico uma planta de situação do empreendimento a ser abastecido em relação ao contexto da localidade a que pertence ou que lhe fornece suprimento de água. 3.6.3.4 Ainda no que diz respeito ao abastecimento através de sistema existente, exige-se que o levantamento topográfico planialtimétrico da área coberta pelo novo projeto obedeça a um ponto georeferenciado em UTM. 3.6.4 Manancial de Superfície 3.6.4.1 Os estudos hidrológicos para análise e definição do aproveitamento de rios em projetos de abastecimento d’água, deverão abranger os segmentos básicos a seguir discriminados, cuja abordagem, no todo ou em parte, será indicada e ou recomendada pelo Setor de Hidrologia da Compesa em função da disponibilidade de dados existentes, do nível alcançado por estudos já realizados e das características e complexidade das condições hidrológicas COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 19 19 dominantes em relação à demanda a ser atendida: a) Inventário das séries de dados hidrometeorológicos (chuva, vazão, evaporação e dados correlatos); b) Inventário da cartografia disponível para a região em estudo (geologia, solos, vegetação, uso e ocupação do solo, altimetria, hidrografia etc) e definição da escala de trabalho; c) Visita de campo para levantamento de informações referentes ao comportamento hidrológico da região. d) Análise e consistência dos dados hidrometeorológicos; e) Análise das características fisiográficas da região em estudo para caracterização do escoamento na bacia (classificação hidrológica do solo, parâmetros físicos da bacia, climatologia, uso do solo etc), f) Geoprocessamento e modelagem espacial dos dados; g) Seleção do modelo hidrológico a ser aplicado, conforme o tipo e quantidade dos dados disponíveis. Ajuste e aplicação de modelo(s); h) Avaliação das parcelas de escoamento superficial (escoamento superficial direto e subsuperficial) e escoamento de base; i) Análise dos resultados e confronto dos mesmos com os resultados dos estudos hidrogeológicos de modo a se avaliar o impacto das interferências planejadas sobre a disponibilidade hídrica da região em estudo; j) Coleta de amostras de água e realização das análises físico químicas em laboratório especializado. k) Vazões máximas, vazões mínimas e vazões regularizáveis. 3.6.4.2 As pesquisas de mananciais para novos sistemas ou ampliação de sistemas existentes deverão basear-se em documentos elaborados ou em fase de estudos por técnicos da COMPESA, relativos as áreas em questão. 3.6.4.3 Em caso de ampliação de sistemas deverá ser avaliada a potencialidade hídrica do manancial já explorado e sua forma de captação, quando for constatada a impossibilidade de suprir à demanda de alcance do sistema ampliado, deverão ser pesquisados novos mananciais que permitam a complementação necessária à oferta de água. 3.6.4.4 Quando se tratar de manancial de superfície que não apresente vazão comprovadamente conhecida, através de dados existentes, deverá ser empreendida campanha de medições, ou, no mínimo, serem efetuadas medições em épocas de estiagem visando a garantia de sua indicação para exploração a fio d’água. Quando se verificar a impossibilidade de exploração a fio d’água, deverão ser realizados estudos hidrológicos necessários à definição do tipo de COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 20 20 captação adequado. No caso de serem realizadas medições, descrever o processo adotado. 3.6.4.5 Deverão ser identificados as prováveis fontes de poluição a montante do ponto de captação previsto e os usos da água a jusante, do mesmo. 3.6.4.6 Deverão ser empreendidas Análises Físico-Químicas, Hidrobiológicas e Bacteriológicas do manancial, para sua caracterização, visando a confirmação ou não da adequabilidade ao consumo humano. 3.6.4.7 Quando definido o manancial, deverá ser solicitada a sua outorga ao Órgão competente do Estado. 3.6.5 Manancial Subterrâneo 3.6.5.1 Os estudos hidrogeológicos para análise e definição do aproveitamento de mananciais subterrâneos em projetos de abastecimento d’água deverão abranger os aspectos técnicos a seguir discriminados, cuja abordagem, no todo ou em parte, será indicada e/ou recomendada pelo Setor de Hidrogeologia da Compesa em função da disponibilidade de dados existentes, do nível alcançado por estudos já realizados e das características e complexidade das condições hidrogeológicas dominantes em relação à demanda a ser atendida: a) Descritivo da geologia regional e local. Delimitação da área de interesse para o projeto no âmbito regional. Apresentação de mapas geológicos regionais e locais disponíveis. Análise dos aspectos estratigráficos, litológicos, estruturais e geomorfológicos dominantes na área estudada. Análise fotogeológica. b) Caracterização climática e hidrológica. Tipo de clima, pluviometria, temperaturas, umidade relativa, insolação, índice de aridez, balanço hídrico. Características da drenagem e principais aspectos físicos da bacia hidrográfica. Dados fluviométricos dos rios. c) Identificação dos aqüíferos e aquitardos. Tipos de aqüíferos. Aqüíferos granulares, fissurados, carsticos. Aqüíferos livres, confinados e semi-confinados. Identificação das áreas de exposição superficial dos aqüíferos. Delimitação das áreas de confinamento. Identificação de limites impermeáveis e de recarga dos aqüíferos. d) Distribuição dos pontos d’água existentes. Poços tubulares, fontes, ressurgências e cacimbas. Capacidade específica de produção dos poços existentes. e) Avaliação das características hidráulicas de aqüíferos e aquitardos. Transmissividades, condutividades hidráulicas, porosidade eficaz, armazenabilidades. COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 21 21 f) Fluxo da água subterrânea. Superfícies piezométricas e freática . Direções preferenciais de fluxo. Zonas de recarga e descarga da água subterrânea. Infiltrações e tempo de residência. g) Modelo hidrogeológico conceitual. Perfis hidrogeológicos. Modelos numéricos de fluxo e de transporte de contaminantes h) Execução de sondagens de reconhecimento (aluviões) e perfuração de poços experimentais e de pesquisa (áreas sedimentares e cristalinas). Testes de aqüífero e de produção. Determinação de parâmetros hidráulicos de aqüíferos. Funções características de funcionamento dos poços. Estudos analíticos de baterias de poços. Avaliação de interferências entre poços. Efeitos de limites hidráulicos. Determinação das vazões de exploração dos poços. Avaliação das disponibilidades locais de água subterrânea. i) Análises físico-químicas das águas subterrâneas. Elementos maiores e traços, metais pesados, e substâncias tóxicas. Classificação química. Potabilidade química e bacteriológica. j) Identificação e mapeamento dos principais usos do solo na área de influência do projeto.Fontes atuais e potenciais de contaminação. 3.6.5.2 No caso de projetos contratados por terceiros para empreendimentos públicos ou privados a serem interligados a sistemas existentes da Compesa, a entidade responsável deverá seguir os procedimentos técnicos discriminados no item precedente, cuja aplicação, no todo ou em parte, deverá estar ajustada aos condicionantes anteriormente referidos, solicitando a designação de um técnico do Setor de Hidrogeologia da empresa para acompanhamento no campo da perfuração de poços e testes de bombeamento em poços experimentais e de produção. O Relatório Final dos Estudos Hidrogeológicos deverá vir, obrigatoriamente, anexo ao projeto básico do sistema, com o devido visto do Setor de Hidrogeologia da COMPESA. A contratação da firma que executará os serviços de perfuração e testes dos poços deverá se basear no Termo de Referência adotado pelo Compesa para execução de serviços similares. 3.6.5.3 Na execução dos estudos hidogeológicos para avaliação de mananciais subterrâneos, deverão ser atendidos, junto ao órgão Gestor, todos os requerimentos legais relativos à licença para perfuração de poços e outorga de uso da água subterrânea. 3.7 - DESTINO FINAL DOS ESGOTOS 3.7.1 Sistemas Integrados 3.7.1.1 Para aqueles sistemas projetados cujo lançamento de seus efluentes se dará em rede coletora ou em outra unidade do sistema operado COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 22 22 pela Compesa, isto é, que se integrarão aos sistemas existentes em operação, deverá o empreendedor ou órgão solicitante requerer, antecipadamente, ao setor competente da Compesa a oficialização da permissão para tal lançamento; 3.7.1.2 Na hipótese de ser feita tal concessão, a Compesa reserva para si o direito de indicar o local de lançamento, bem como os padrões de execução do mesmo. Deverá constar do Relatório do Projeto Básico cópia do documento que concedeu a permissão; 3.7.1.3 Deverá ser anexada ao Projeto Básico uma planta de situação do empreendimento a ser esgotado, para visualização de sua posição em relação ao contexto da localidade, bem como de sua posição em relação a área esgotada que receberá os efluentes; 3.7.1.4 Ainda no que diz respeito a projetos de esgotamento para lançamento em sistemas existentes, exige-se que o levantamento topográfico planialtimétrico da área coberta pelo novo projeto obedeça uma referência de nível (RN) oficial (IBGE) e a planimetria seja georeferenciada. 3.7.2 Sistemas Individuais 3.7.2.1 Quando não houver sistema implantado, ou quando não for possível a integração a um sistema existente, deverão ser identificados os possíveis destinos finais dos esgotos tratados, conforme o que preconiza a Resolução n o 20 do CONAMA; 3.7.2.2 Quando o lançamento for feito em curso d’água já enquadrado pela CPRH, o grau de tratamento deverá estar compatível com este enquadramento; 3.7.2.3 Quando o lançamento for feito em curso d’água, não enquadrado pela CPRH, deverá ser obedecido o que preconiza o CONAMA, no Art. 20, letra f, onde consta a seguinte citação “enquanto não forem feitos os enquadramentos, as águas doces serão consideradas Classe 2, as salinas Classe 5 e as salobras Classe 7”. 4 - ESTUDOS COMPLEMENTARES 4.1 - ESTUDOS TOPOGRÁFICOS Todos os estudos topográficos necessários ao desenvolvimento dos trabalhos serão efetuados de acordo com as normas da COMPESA, e deverão ser executados dentro de um cronograma que permita a disponibilidade de seus resultados, em tempo hábil, para definição das soluções e detalhamento dos projetos. Só serão realizados com autorização prévia da COMPESA, que COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 23 23 poderá ser parcial e em função das necessidades nas diversas fases dos trabalhos, durante o prazo de execução do projeto. Exige-se que os levantamentos topográficos planialtimétricos de uma área qualquer, obedeça a um ponto georeferenciado em UTM. 4.2 - ESTUDOS GEOTÉCNICOS E GEOLÓGICOS 4.2.1 Estes estudos deverão atender as prescrições contidas nas Normas da ABNT. 4.2.2 Ao longo de faixa para implantação de adutoras, coletores, interceptores e emissários deverão ser feitas sondagens a trado e /ou a céu aberto, a cada 500m, com profundidade compatível com a cota em que será assentada a tubulação. Para os casos de extensões inferiores a 500m, pelo menos um ponto de sondagem deverá ser realizado. 4.2.3 Em áreas especiais tais como: elevatórias, estação de tratamento, travessias, etc., deverão ser feitas sondagens à percussão, com profundidade mínima de 8,0m ou até a camada impenetrável. Se a camada impenetrável estiver próxima a superfície, devendo ser cortada para a execução das obras, pelo menos um furo de sondagem rotativa deverá ser feito, para verificação das condições do solo até onde deverá atingir a fundação e abaixo da mesma. 4.2.4 Nos casos de lagoas, deverá ser feito estudo geotécnico para caracterização do subsolo. Nos casos em que o material escavado da área das lagoas não seja adequado para os aterros deverão ser feitas investigações de jazidas para empréstimo. 4.2.5 Para as áreas de empréstimo, deverão ser feitas sondagens e ensaios de laboratório (caracterização, índices físicos, compactação, adensamento, cisalhamento, etc.) que permitam atestar a adequação da jazida quanto à qualidade e à quantidade do material. 4.2.6 O plano de sondagens (tipo, locação, espaçamento e profundidade) e de ensaios de laboratório (tipo e número) deverão ser submetidos à apreciação da COMPESA. COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 24 24 5 - PROJETO BÁSICO 5.1 - CONTEÚDO 5.1.1 O Projeto Básico deverá se basear nos estudos preliminares e de concepção, e deverá estar compatível com as condições topográficas e geotécnicas do local de implantação, contendo todos os elementos indispensáveis e perfeitamente definidos, acompanhados de memória de cálculo e descritiva, de forma a torná-los auto-explicativos, possibilitando a compreensão do perfeito funcionamento do sistema e permitindo detalhada orçamentação. 5.1.2 Os projetos deverão incluir todos os estudos, resultados, e tudo o que for necessário à elaboração dos mesmos e a sua compreensão. Deverão conter, além das informações, desenhos, gráficos e anexos que forem necessários à análise, sem qualquer referência a textos, mapas, plantas ou desenhos incluídos em relatórios anteriores. 5.1.3 Os projetos deverão satisfazer às exigências da ABNT, da presente Norma, e no que elas forem omissas, será permitida a utilização de métodos consagrados pelo uso, quando devidamente aprovados pela COMPESA. 5.2 - SEGURANÇA 5.2.1 Na elaboração dos projetos deverão ser obedecidas as normas da ABNT e Compesa; 5.2.2 A unidade do sistema que necessite da presença constante de operador para o seu funcionamento, deverá possuir acomodações apropriadas para o mesmo, composta de sanitário completo e sala com escrivaninha e cadeiras; 5.2.3 Todo vão com altura superior a 2,0m, que proporcione risco de acidente, deverá ser protegido com guarda-corpo, com as seguintes características: a) Altura de 1,10m; b) Travessão intermediário com 0,40m do chão; c) Deverá ser confeccionado em tubos de ferro galvanizado de 1”. 5.2.4 Todas as escadas deverão ser dotadas com corrimão, e se possuir vão COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 25 25 livre com mais de 2,0m de altura, deverá ser previsto guarda-corpo; 5.2.5 As escadas tipo marinheiro que serão utilizadasem SAA ou SES, e que estejam expostas a materiais corrosivos, deverão ser especificadas nos projetos, em Aço Inoxidável tipo AISI 301; 5.2.6 As escadas de marinheiro para áreas externas (Ex. subida de reservatórios), deverão ser protegidas com guarda corpo, tipo gaiola, com diâmetro mínimo de 0,80m; 5.2.7 No projeto arquitetônico das unidades do sistema, os itens referentes a iluminação e ventilação natural, deverão ser considerados; 5.2.8 O piso nos locais onde ocorra a presença de água, deverá ser especificado com material antiderrapante. 5.3 - FORMA DE APRESENTAÇÃO 5.3.1 Sistema de Abastecimento de Água 5.3.1.1Projeto Hidráulico Será constituído de memorial descritivo e de cálculo e das plantas e desenhos necessários ao perfeito entendimento. No memorial descritivo deverá constar uma descrição sumária da localidade ou núcleo habitacional a ser beneficiado, das unidades do sistema existente, se for o caso, dos parâmetros de projeto, e de todas as unidades do sistema proposto. O memorial de cálculo deverá abranger hipóteses de cálculos e o dimensionamento hidráulico de todas as partes constituintes do sistema. Os cálculos deverão ser apresentados segundo a ordem em que se apresentam as unidades do sistema, e deverá ser mencionada a autoria de todas as fórmulas e ábacos utilizados no dimensionamento. Deverão ser apresentados, para cada unidade do sistema, os seguintes elementos: 5.3.1.1.1 Planta Geral do Sistema Deverá ser na escala de 1:5.000 / 1:10.000, ou outra que se julgar mais adequada ao caso, e deverá conter a área de abrangência do projeto, indicando, os setores de abastecimento, as zonas de pressão com indicações das densidades demográficas, traçado, diâmetro, extensão e material das adutoras, subadutoras, anéis, localização dos reservatórios (tipo e capacidade), estações elevatórias (n0 de bombas, vazões e respectivas potências) e estações de tratamento (tipo e capacidade). COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 26 26 5.3.1.1.2 Captação O projeto da captação deverá obedecer às normas específicas da ABNT, para captação de água de superfície e subterrânea. 5.3.1.1.3 Elevatórias 5.3.1.1.3.1 Após a apresentação dos cálculos referentes à Elevatória, o projetista deverá citar a marca e o modelo do conjunto de bombeamento que serviu de base para o detalhamento do projeto; isto não significa que este seja, obrigatoriamente, o modelo a ser adotado, pois, no capítulo da Especificação deverão constar apenas os dados essenciais à definição do referido conjunto. 5.3.1.1.3.2 Preferencialmente, deverão ser especificadas bombas de baixa rotação ( 1.750 rpm – motores de 04 pólos), a menos que não existam no mercado bombas com boa eficiência que atendam às condições do projeto. 5.3.1.1.3.3 As Especificações para aquisição dos conjuntos elevatórios deverão estar compatíveis com o modelo que serviu de base para o detalhamento do projeto, devendo a folha de dados conter: a) tipo de bomba; b) número de unidades a adquirir; c) número de bombas atuante em paralelo; d) vazão e altura manométrica; e) rotação ou número de pólos do motor; f ) NPSH disponível; g) posição dos bocais de sucção e de recalque; h) tensão disponível no local da instalação, etc. 5.3.1.1.3.4 No caso de conjuntos atuantes em paralelo, deverá obrigatoriamente ser apresentado um gráfico contendo o conjunto das curvas características do sistema e das bombas, com a indicação dos pontos operacionais para as duas hipóteses: funcionamento isolado e em paralelo das bombas; com base na análise do referido gráfico, deverá ser determinada a demanda de potência do motor para as condições mais desfavoráveis. Deverão ser previstos e indicados pontos de medição de pressão, bem como, dispositivo de medição de nível no poço de sucção. 5.3.1.1.3.5 Definir a área a ser desapropriada para a implantação e acesso a unidade, com sua completa identificação quanto a localização, proprietários, benfeitorias, indicação preliminar do seu valor e COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 27 27 demais informações necessárias para o processo de desapropriação. 5.3.1.1.4 Adutoras e Subadutoras 5.3.1.1.4.1 Em caso de projeto de ampliação deverá ser previsto o aproveitamento total ou parcial das tubulações existentes, desde que tecnicamente viável, sendo determinado em campo, pela Compesa, sua capacidade de transporte. 5.3.1.1.4.2 As adutoras deverão ser providas de macromedidor e estação pitométrica, de acordo com as normas da Compesa. Essas normas técnicas serão fornecidas pela Unidade competente da Compesa. 5.3.1.1.4.3 No dimensionamento dos trechos cujas tubulações poderão ser aproveitadas, deverão ser verificadas e consideradas as vazões correspondentes às ligações existentes ao longo da adutora e cadastradas na COMPESA; para isso, deverá ser consultada a Gerência Regional. 5.3.1.1.4.4 Na definição do caminhamento da adutora, deverá, priorizando-se as condições hidráulicas, levar-se em conta as condições de acesso, seguindo-se sempre que possível estradas ou caminhos já existentes. Caso não seja possível esta observância, deverá ser prevista no orçamento verba para abertura de estrada de acesso, tendo em vista a implantação e manutenção das adutoras. 5.3.1.1.4.5 No caso de travessias, apresentar projetos específicos obedecendo às recomendações dos órgãos competentes (DNER, RFFSA, DER, CHESF, PETROBRÀS, etc). 5.3.1.1.4.6 Definir a área a ser desapropriada para a implantação e acesso, com sua completa identificação quanto a localização, proprietários, benfeitorias, indicação preliminar do seu valor e demais informações necessárias para o processo de desapropriação. 5.3.1.1.5 Tratamento 5.3.1.1.5.1 A solução a ser adotada para o tratamento das águas deverá ser amplamente justificada, tendo em vista a qualidade da água bruta. Dessa maneira deverá ser utilizada uma série histórica, de no mínimo doze meses, da qualidade da água, tanto para definição da concepção de tratamento a ser adotado no projeto da (ETA), quanto para a verificação da necessidade de implantação de unidades de pré-tratamento. Sempre que possível, deverá adotar- se o tratamento através de unidades compactas padrão da COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 28 28 COMPESA. Recomenda-se que a solução adotada para o tratamento seja sempre discutida com a fiscalização da COMPESA, formada por técnicos ligados as áreas de projeto e tratamento, antes do dimensionamento definitivo. 5.3.1.1.5.2 As diversas unidades da Estação de Tratamento (ETA) deverão ser dispostas de modo a facilitar o acesso do operador a todas elas, bem como prever adequação do acesso para viaturas às dependências da estação. 5.3.1.1.5.3 A medição de vazão deverá ser efetuada sempre que possível, por meio de dispositivo hidráulico, de preferência tipo Calha Parshall. Neste caso, deve-se projeta-lo de forma que o índice de submergência caracterize escoamento livre, mantendo-se o ressalto hidráulico. Nos demais casos devem ser utilizados medidores eletromagnéticos, conforme padrão da Compesa. 5.3.1.1.5.4 A concepção da ETA deverá obedecer a um plano de circulação horizontal. No projeto da casa de química, deverá ser evitado, salvo casos especiais, a previsão de mais de um pavimento. 5.3.1.1.5.5 No caso de aproveitamento da ETA existente, com ampliação, deveráser definido no projeto o esquema da condução das obras, com previsão, inclusive, das medidas de caráter transitório que se fizerem necessárias para que não sofra interrupção o funcionamento do sistema. 5.3.1.1.5.6 Em projetos com previsão de implantação em mais de uma etapa, deverá ser indicada a maneira como será feita a interligação das unidades da 1a etapa com as das etapas seguintes, de forma a reduzir perturbações no funcionamento da ETA quando das obras das etapas futuras. 5.3.1.1.5.7 Em todo projeto deverá ser estudada a viabilidade do aproveitamento da água de lavagem dos filtros. 5.3.1.1.5.8 Além das disposições acima, deverão ser obedecidas as diretrizes da Gerência de Controle de Qualidade (GQL) sobre o assunto. 5.3.1.1.5.9 Definir a área a ser desapropriada para a implantação e acesso a unidade, com sua completa identificação quanto a localização, proprietários, benfeitorias, indicação preliminar do seu valor e demais informações necessárias para o processo de desapropriação. 5.3.1.1.5.10 Estações Convencionais 5.3.1.1.5.10.1 Mistura Rápida COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 29 29 5.3.1.1.5.10.1.1 Deve ser promovida por uma das seguintes opções a) Placa de orifício; b) Malha de dispersão; c) Vertedor retangular; d) Calha Parshall. 5.3.1.1.5.10.1.2 Quando não for determinado através de estudos de laboratório o gradiente de velocidade adotado deverá se situar na faixa de 1000 a 1500 s-1; 5.3.1.1.5.10.2 Canal de Água Coagulada Deve ser projetado com largura e profundidade variáveis ao longo da bateria de floculadores, de forma a proporcionar uma diferença de vazão menor que 10% entre a unidade com menor vazão e a com maior vazão. 5.3.1.1.5.10.3 Floculação Os floculadores poderão ter o seu funcionamento por dispositivos mecânicos automatizados ou hidráulicos, ficando a definição a cargo do resultado da avaliação custo / benefícios. Se a opção for por unidades hidráulicas dos tipos Chicanas ou Alabamas, tais unidades devem contemplar uma redução gradual dos gradientes de velocidade ao longo das seções e, preferencialmente, deve- se adotar um quantitativo de três seções de gradientes. 5.3.1.1.5.10.4 Canal de Água Floculada Deve ser projetado com largura e profundidade variáveis ao longo da bateria de decantadores, de forma a proporcionar uma diferença de vazão entre o decantador com menor vazão e o com maior vazão, de no máximo10%. Deve ser projetado de forma tal que não proporcione excessiva deposição de flocos no seu interior. 5.3.1.1.5.10.5 Decantadores Pode-se adotar decantadores convencionais ou laminares (módulos), a depender do estudo de viabilidade do sistema. 5.3.1.1.5.10.5.1 Decantadores Convencionais 5.3.1.1.5.10.5.1.1 O sistema de admissão de água deve ser provido de cortina de distribuição, conforme especificações da ABNT. 5.3.1.1.5.10.5.1.2 O sistema de coleta de água decantada poderá ser feito através de calhas coletoras ou tubos perfurados. Dentre outros, devem ser observados os seguintes pontos: a) Devem ser projetados de forma a descarregarem livremente no canal de água decantada; COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 30 30 b) O comprimento deve estar situado na faixa de 20% do comprimento total da unidade de decantação; c) O diâmetro dos tubos perfurados tem que ser projetado, de forma tal que ao longo de todo seu interior não haja preenchimento total da sua seção pelo fluxo. 5.3.1.1.5.10.5.1.3 Sistema de descarte de lodo Para otimizar o processo de descarte de lodo, o fundo das unidades deverá contemplar um dos sistemas: a) Ter forma cônica ou tronco de pirâmide invertida de forma que a inclinação das paredes seja maior que 50%. Neste caso, as subseções (tronco de pirâmide invertida ou cone) caso sejam reunidas em uma saída única de efluentes, devem ser projetadas de forma a se garantir o arraste de vazão eqüitativas de efluentes por subseções; b) Ter forma plana e ser dotado de sistema de coleta via tubo central associado a tubos secundários perfurados. Neste caso, os orifícios dos tubos secundários devem ser projetados de forma a garantir o arraste eqüitativo do lodo ao longo do tubo. c) Deverá ser apresentado um projeto para destinação do lodo, evitando-se seu lançamento a céu aberto. 5.3.1.1.5.10.5.2 Decantadores Modulares Seguem o mesmo procedimento recomendado para os decantadores convencionais, com as seguintes diferenças: a) O sistema de admissão de água deve ser projetado via tubos perfurados de seção variável ou solução similar, de forma a proporcionar uma distribuição uniforme da água floculada ao longo de toda a extensão do decantador. Deve-se ainda observar que o gradiente de velocidade ao longo de todo o sistema e na saída dos orifícios deve ser inferior ao da última seção do floculador. b) O sistema de coleta de água decantada, seja por tubos perfurados, seja por calhas coletoras, seu comprimento deve se estender ao longo de toda a extensão modulada do decantador. 5.3.1.1.5.10.6 Filtros de Polimento Devem apresentar caixa de reunião com parede vertedora, de forma que se garanta um perfil hidráulico no interior do filtro que impeça a geração de pressão relativa negativa e garanta um tempo de operação até o momento da lavagem em torno de 24h. Para isso o vertedor em questão deve ser dimensionado de forma que, no início da operação, o nível de água no interior do filtro seja superior à cota da superfície da areia em 0,05m e que, no fim da operação, o nível de água no interior do filtro ultrapasse a cota da superfície da areia em mais de 1,60m. COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 31 31 5.3.1.1.5.10.7Casa de Química Além das determinações recomendadas pela ABNT, o projeto deve observar ainda os seguintes elementos: a) Proporcionar um bom trânsito para o operador entre a casa de química e a ETA; b) Viabilizar bom acesso para as viaturas que transportam os produtos químicos; c) Proporcionar fluxo de ar adequado na região de preparo de produtos voláteis. 5.3.1.1.5.11 Estações Compactas 5.3.1.1.5.11.1 O barrilete de água bruta deve ser projetado de forma a garantir, para um mesmo grau de colmatação do leito filtrante, diferenças de vazões menores que 10% entre as diversas unidades da bateria. 5.3.1.1.5.11.2 A mistura rápida deve ser promovida por uma das seguintes opções: a) Placa de orifício; b) Malha de dispersão; c) Vertedor retangular (exclusivamente em casos de unidades despressurizadas); d) Calha Parshall (exclusivamente em casos de unidades despressurizadas); 5.3.1.1.5.11.3 Quando não for determinado através de estudos de laboratório o gradiente de velocidade adotado deverá se situar na faixa de 1000 a 1500 s-1; 5.3.1.1.5.11.4 A bateria deverá conter no mínimo três unidades em paralelo, para evitar grandes sobrecargas às outras unidades no momento das operações de limpeza de uma delas. 5.3.1.1.5.11.5 Filtração de Fluxo Ascendente 5.3.1.1.5.11.5.1 Deverá ser usada para águas de baixa turbidez (picos com valores menores que 100 NTU); 5.3.1.1.5.11.5.2 Sempre que estudos pilotos não apontem para resultados mais adequados, a taxa de aplicação das unidades de filtração de fluxo ascendente deve limitar-se ao valor de 120 m3/m2.dia; COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 32 32 5.3.1.1.5.11.5.3 Deverá contemplar filtros de polimento de fluxo descendente para proporcionar uma maior estabilidade operacional;5.3.1.1.5.11.5.4 O leito filtrante deverá ter espessura de no mínimo 1,6m; 5.3.1.1.5.11.5.5 A camada suporte deverá apresentar subcamadas cujo tamanho dos seixos decresçam no sentido ascensional até o meio da camada e em seguida cresçam até atingirem a interface com o leito filtrante; 5.3.1.1.5.11.5.6 Caso as unidades sejam despressurizadas o sistema deve possuir uma torre de carga que proporcione a verificação dos momentos ideais para descarga e lavagem das unidades. 5.3.1.1.5.11.6 Clarificação via Leito de Pedras - Claripedras 5.3.1.1.5.11.6.1 Deverá ser usada, preferencialmente, para águas brutas de turbidez moderadas (picos com valores menores que 1000 NTU) 5.3.1.1.5.11.6.2 Não devem possuir leito filtrante; 5.3.1.1.5.11.6.3 Sempre que estudos pilotos não apontem para resultados mais adequados, a taxa de aplicação das unidades de claripedra deve limitar-se ao valor de 80m3/m2.dia e a camada de floco-decantação deve apresentar a seguinte característica: a) Ser constituída de seixos rolados; b) Apresentar três subcamadas com a seguinte especificação: Camada Especificação dos seixos (faixa de variação do diâmetro médio) Espessura da camada (m) I (próximo ao fundo da unidade) 11/2” a 1” 0,70 II 1” a 3/4” 0,70 III 3/4” a 1/2” 0,70 5.3.1.1.5.11.6.4 Visando otimizar o processo de descarga de fundo das unidades, deverá existir uma linha de água tratada que alimente a unidade pela parte superior da mesma, com COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 33 33 carga suficiente para manter o equipamento sempre cheio durante este processo. Caso as unidades sejam despressurizadas o sistema ainda deve contar com uma linha de água que proporcione a retrolavagem das unidades; 5.3.1.1.5.11.6.5 Necessariamente devem estar associados em série a uma bateria de filtros de fluxo descendente. 5.3.1.1.5.12 Reservação / Torre Piezométrica 5.3.1.1.5.12.1 Em caso de projeto de ampliação deverá ser previsto o aproveitamento total das unidades existentes; 5.3.1.1.5.12.2 Sempre que possível, na ampliação de sistemas existentes, as novas unidades deverão se situar nas áreas de propriedade da Compesa, ou seja, no mesmo terreno das existentes; 5.3.1.1.5.12.3 Definir a área a ser desapropriada para a implantação e acesso a unidade, com sua completa identificação quanto a localização, proprietários, benfeitorias, indicação preliminar do seu valor e demais informações necessárias para o processo de desapropriação. 5.3.1.1.5.12.4 O volume de uma Torre Piezométrica será igual a 10% do volume total da reservação necessária para o atendimento de uma determinada área ou zona de pressão; 5.3.1.1.5.12.5 O volume mínimo de uma Torre Piezométrica será igual a 10m3. 5.3.1.1.5.13 Rede de Distribuição 5.3.1.1.5.13.1 A determinação das perdas de carga nas canalizações será feita pela fórmula Universal, com o coeficiente de atrito “f” calculado pela fórmula de Colebrook-White ou pela fórmula ajustada de Wood. 5.3.1.1.5.13.2 Os valores da rugosidade equivalente uniforme, (K) a adotar serão: Para redes novas 1mm, e 3mm para rede existente. 5.3.1.1.5.13.3 As perdas de carga deverão ser calculadas em função do diâmetro interno da tubulação o qual constará da planilha; se este valor diferir do nominal, deverá ser feita a devida observação. 5.3.1.1.5.13.4 No caso de rede dimensionada pelo Processo de Seccionamento Fictício, obrigatoriamente deverá ser apresentado o quadro de verificação das pressões. COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 34 34 5.3.1.1.5.13.5 No caso de Rede Distribuidora pelo Método de Hardy Cross, recomenda-se: 5.3.1.1.5.13.5.1 No traçado dos anéis os nós devem ficar localizados, preferencialmente, em pontos de derivações naturais (cruzamento de ruas) ou, ao longo de trechos sem derivação, à distância não superior a 500m. 5.3.1.1.5.13.5.2 O carregamento dos nós será feito em função das áreas abastecidas a partir de cada nó. 5.3.1.1.5.13.5.3 Deverá ser apresentado um quadro relacionando os pontos de carregamento e respectivas vazões de distribuição. 5.3.1.1.5.13.5.4 Deverá ser anexado um esquema dos anéis, com a indicação das áreas de influência de cada nó e das vazões antes e depois do processo de equilíbrio. 5.3.1.1.5.13.6 No projeto da rede distribuidora, além de toda área urbanizada, deverão ser incluídos todos os loteamentos aprovados na Prefeitura e em fase de implantação, bem como os conjuntos habitacionais previstos pelos Governos Estadual e / ou municipal, em fase de implantação. 5.3.1.1.5.13.7 Recomenda-se o aproveitamento, sempre que possível, de todos os reservatórios e tubulações existentes. 5.3.1.1.5.13.8 É na distribuição, geralmente pela sua complexidade física e extensa área de ocupação, que se concentram as maiores dificuldades para as atividades rotineiras de manutenção e controle operacional. Numa tentativa de atenuação destes problemas recomenda-se: 5.3.1.1.5.13.8.1 Zoneamento de Pressões / Setorização 5.3.1.1.5.13.8.1.1 Estabelecer, respeitadas todas as implicações técnicas possíveis, o zoneamento de pressões, a partir de reservatórios, torres, caixas de quebra-pressão, ou outro dispositivo adequado. Os limites para as pressões dinâmicas mínimas e estáticas máximas, deverão sempre que possível, não extrapolar o intervalo de 6 a 30 mca, valores estes referidos aos N.A. mínimo e máximo nos reservatórios, respectivamente. 5.3.1.1.5.13.8.1.2 Para cidades que apresentem grandes irregularidades topográficas deve ser feito um estudo preliminar de alternativas com base em aspectos econômicos e operacionais, buscando-se o mais possível, soluções que limitem a pressão estática máxima em 40 mca. COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - COMPESA 35 35 5.3.1.1.5.13.8.1.3 A adoção de um zoneamento de pressão, conforme acima definido, poderá implicar na necessidade da criação de setores isolados, abastecidos por reservatórios ou outro ponto de alimentação, inclusive derivação de um anel distribuidor, cada um deles devendo dispor de adequado sistema de macromedição. 5.3.1.1.5.13.8.2 Diâmetro Mínimo 5.3.1.1.5.13.8.2.1 Recomenda-se para pequenas vilas, povoados, conjuntos habitacionais, e ainda para áreas carentes inseridas ou periféricas a zona urbana das localidades mais desenvolvidas, a adoção de diâmetro interno mínimo de 32mm. 5.3.1.1.5.13.8.2.2 Os limites máximos de vazão das tubulações serão aqueles que em função do diâmetro do tubo e do material determinem uma perda de carga de 8 m/Km. 5.3.1.1.5.13.8.3 Órgãos Acessórios Na esquematização da rede distribuidora deve-se prever convenientemente registros de parada e de descarga, garantindo-se setores de manobras distintos e a limpeza de toda a rede distribuidora. Sempre que possível, serão assentados nas calçadas, fora das vias públicas. 5.3.1.1.5.13.8.4 Ramal Predial 5.3.1.1.5.13.8.4.2 Deve ser indicado o número e tipo de ramal predial e anexado esquema padrão da COMPESA. 5.3.1.1.5.13.8.4.3 Deverá ser previsto o emprego de hidrômetro em todos os ramais prediais 5.3.1.1.6 Projeto das Instalações Hidráulicas, Sanitárias, Pluviais e de Ventilação. Será constituído de memorial descritivo e de cálculo, planta e cortes, de acordo com as normas da ABNT, inclusive perspectiva isométrica com indicações de diâmetro,