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Caderno_GestaodeCustos(1)

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Gestão
de Custos
SUMÁRIO
Conceitos Básicos e Terminologia em 
Gestão de Custos ....................................5
Classificação dos Gastos Operacionais ..... 13
Metodologias de Custeio: Características .. 31
Departamentalização dos Custos de 
Produção - Metodologia de Custeio por 
Absorção ............................................. 45
Metodologia de Custeio Variável .............. 63
Comparação das Metodologias de 
Custeio por Absorção e Custeio Variável ... 77
Relações de Custo - Volume - Lucro ......... 91
Ponto de Equilíbrio e Grau de 
Alavancagem Operacional ..................... 107
Alavancagem Operacional – Grau de 
Alavancagem Operacional ......................117
Sistema de Custeio Baseado em 
Atividades: Custeio ABC 
(Activity-Based Costing) ....................... 131
Formação do Preço de Venda ................ 141
Contextualização dos Temas 
Discutidos nos Módulos de 1 a 11 ......... 153
Gestão
de Custos
REITORIA
Reitor
Prof. Fernando de Melo Nogueira
Vice-Reitor e Pró-Reitor de Graduação
Prof. Guilherme Guazzi Rodrigues
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Prof. Márcio Dario da Silva
Pró-Reitora de Pós-Graduação, 
Pesquisa e Extensão
Profª. Drª. Maria Lectícia Firpe Penna
FACULDADE DE CIÊNCIAS 
EMPRESARIAIS (FACE)
Diretor-Geral
Prof. Marco Túlio de Freitas
Diretora de Ensino
Profª. Renata de Sousa da Silva Tolentino
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, 
SOCIAIS E DA SAÚDE (FCH)
Diretor-Geral
Prof. Antônio Marcos Nohmi
Diretor de Ensino
Prof. João Batista de Mendonça Filho
FACULDADE DE ENGENHARIA 
E ARQUITETURA (FEA)
Diretor-Geral
Prof. Eduardo Georges Mesquita
Diretora de Ensino
Profª. Maria Silvia Santos Fiuza
BELO HORIZONTE 
2019
CONCEITOS BÁSICOS 
E TERMINOLOGIA EM 
GESTÃO DE CUSTOS
Gestão 
de Custos
BELO HORIZONTE - 2019
FI
CH
A
 T
ÉC
N
IC
A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Gestão Pedagógica
Coordenação
Gabrielle Nunes Paixão
Transposição Pedagógica
Riane Gervásio
Produção de 
Design Multimídia
Coordenação
Rodrigo Tito M. Valadares
Design Multimídia
Therus Santana
Infra-Estrututura e Suporte
Coordenação
Anderson Peixoto da Silva
AUTORIA 
Prof. Miriam Aparecida 
da Silva Pereira
APRESENTAÇÃO
Estamos iniciando uma jornada que possibilitará conhecer o universo de informações quanto aos gastos de uma empresa. No contexto atual, de competição acirrada, 
verifica-se que para administrar uma empresa, independentemente do tipo – comercial, 
industrial ou prestadora de serviços – e do porte – pequeno, médio ou grande, é condição 
fundamental conhecer seus custos. A preocupação das empresas, hoje, não está 
focada apenas nos custos de produção. Também são relevantes os custos de pesquisa 
e de desenvolvimento, os custos de engenharia com projetos e desenhos e os custos 
relacionados ao marketing, à logística e ao atendimento ao cliente.
A proposta deste módulo é abordar o tema “custos” sob um ponto de vista gerencial, 
isto é, como sistema de informações de apoio à decisão do seu usuário. Entende-se 
por usuário aquele gestor que, a partir das informações geradas pela contabilidade de 
custos, irá tomar decisões. Por isso, a principal linha sera a utilidade da informação de 
custos para o gerenciamento.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Compreender a mudança no comportamento das organizações.
• Identificar os objetivos da contabilidade de custos.
• Distinguir os princípios da gestão de custos.
• Conhecer as possíveis classificações dos gastos.
• Entender os conceitos de custos, despesas e investimentos.
Despesas - Custos
- Investimentos
Gestão
de
Custos
Contabilidadede Custos
Classificação
de Gastos
CONCEITOS BÁSICOS 
E TERMINOLOGIA EM 
GESTÃO DE CUSTOS
Vamos juntos contextualizar o tema a ser 
desenvolvido ao longo do módulo!!!
A eficaz administração dos custos reveste-se de uma importância fundamental, fazendo 
com que haja sempre a procura de novas metodologias para apuração, análise e gestão 
dessa área. 
Vocês deverão, ao final desse primeiro módulo, identificar com clareza a relação entre a 
“Contabilidade de Custos”, a classificação de “Gastos” e consequentemente, os concei-
tos de “custo, despesa e investimento”.
Despesas - Custos
- Investimentos
Gestão
de
Custos
Contabilidadede Custos
Classificação
de Gastos
Conceitos Básicos e Terminologia em Gestão de Custos 7
“Portanto mãos a obra”. Tenham bastante atenção 
nos conceitos que veremos a seguir....
Para que vocês possam compreender e responder às demandas informacionais dos gesto-
res no ambiente das organizações, vamos começar entendendo a evolução dos SISTEMAS 
DE ELABORAÇÃO DOS CUSTOS.
Com a eliminação das fronteiras econômicas e financeiras, o mercado exige, cada vez 
mais, organizações administradas de forma dinâmica, abrangente e competitiva. Portanto, 
podendo atuar em novos mercados, as grandes corporações sentiram rapidamente a 
necessidade de rever seus conceitos operacionais e produtivos, visando principalmente à 
redução de gastos. Dessa forma, torna-se possível sua sobrevivência e crescimento em 
um novo mercado, caracterizado pela maior exigência dos consumidores. Concluindo, 
pode-se afirmar, portanto, que uma das grandes mudanças no objeto de preocupação da 
maioria das organizações é a necessidade de excelente gerenciamento de seus custos de 
produção de bens ou serviços.
O PAPEL DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
A contabilidade de custos é uma área de conhecimento que tem historicamente atraído 
profissionais de várias formações. Tal característica é consequência do reconhecimento 
de que o tema “custos” perpassa todas as áreas das organizações.
A contabilidade consiste no processo sistemático e ordenado de registrar as alterações 
ocorridas no patrimônio de uma entidade. Todavia, a depender do usuário e do tipo de 
informação requerida, a contabilidade pode assumir diferentes formas, apresentadas como:
• Contabilidade Financeira: condicionada às imposições legais e requisitos fiscais;
• Contabilidade Gerencial: voltada à administração de empresas, tem o objetivo de 
gerar informações para a tomada de decisões;
• Contabilidade de Custos: voltada à análise dos gastos realizados pela empresa no 
decorrer de suas operações. Pode ser definida como o processo ordenado de usar os 
princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio. 
Dessa forma, com informações coletadas das operações e das vendas, a adminis-
tração pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os custos 
de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os produtos 
fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras diversas funções do 
negócio, objetivando alcançar uma operação racional, eficiente e lucrativa.
As funções básicas da contabilidade de custos devem buscar atender a três razões 
primárias:
• Determinação do Lucro.
• Controle das Operações.
• Tomada de Decisões.
Conceitos Básicos e Terminologia em Gestão de Custos 8
SAIBA MAIS 
Para poder discutir o processo de formação dos custos e preços, alguns termos técnicos são 
empregados. Muitos desses termos mais comuns são empregados na contabilidade geral e 
desta última são trazidos para a contabilidade de custos.
Vamos agora falar sobre GESTÃO DE CUSTOS
A contabilidade de custos integra a “Contabilidade Gerencial”, ou seja, um sistema cujo 
objetivo é gerar informações úteis à administração das empresas, em todos os níveis. Os 
usuários mais importantes de um eficiente sistema de custos são, em primeiro lugar, os 
próprios donos das empresas. Em seguida, os diretores e demais executivos responsáveis 
pelas tomadas de decisões, os quais necessitam de informações confiáveis, rápidas e de 
fácil entendimento.
As atividades de controle e o gerenciamento dos custos tornaram-se primordiais para a 
manutenção e o crescimento da empresa. Na maioria dos segmentos de mercado, não é 
possível aumentar o preço dos produtos vendidos, emvirtude da crescente concorrência 
e retração dos mercados consumidores.
Portanto, como não é possível um aumento significativo nas receitas, a solução é diminuir 
os gastos, para o consequente aumento nos lucros ou diminuição dos prejuízos.
SAIBA MAIS 
Os Administradores de empresas precisam conhecer com profundidade os conceitos e as 
metodologias para a adequada apuração dos custos de produção dos bens e serviços 
Pronto!! Agora vamos falar sobre “GASTOS”. É fundamental que você conheça o signifi-
cado dos termos que estaremos empregando daqui por diante!
Conceitos Básicos e Terminologia em Gestão de Custos 9
Para poder discutir o processo de formação 
dos custos e preços, alguns termos técni-
cos são empregados. Muitos desses termos 
mais comuns são empregados na contabilida-
de geral e desta última são trazidos para a 
contabilidade de custos e dessa forma, para a 
Gestão de Custos.
Alguns dos principais termos são:
• Gatos ou dispêndios;
• Investimentos;
• Custos;
• Despesas;
• Desembolsos;
• Perdas.
GASTOS OU DISPÊNDIOS
Consistem no sacrifício financeiro que a orga-
nização arca para a obtenção de um produto 
ou serviço qualquer. Segundo a contabilidade, 
serão em última instância classificados como 
custos ou despesas, a depender de sua impor-
tância na elaboração do produto ou investimen-
tos e, à medida que forem consumidos, rece-
berão a classificação de custos ou despesas.
INVESTIMENTOS
Representam gastos ativados em função de 
sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futu-
ros períodos. Ficam temporariamente “conge-
lados” no ativo da organização e, posterior-
mente e de forma gradual, são “descongela-
dos” e incorporados aos custos e despesas.
CUSTOS
Representam gastos relativos a bens ou servi-
ços utilizados na produção de outros bens ou 
serviços. Portanto, estão associados aos produ-
tos ou serviços produzidos pela organização. 
Como exemplos de custos podem 
ser citados os gastos com matérias-
-primas, embalagens, mão-de-obra 
favril, aluguéis e seguros de instala-
ções fabris etc.
DESPESAS
Correspondem a bem ou serviço consu-
mido direta ou indiretamente para a 
obtenção de receitas. Não estão asso-
ciadas à produção de um produto ou 
serviço. Como exemplos de despesas 
podem ser citados gastos com salários 
de vendedorfes, gastos com funcioná-
rios administrativos, etc.
DESEMBOLSOS
Consistem no pagamento do bem ou 
serviço, independentemente de quando 
o produto ou serviço foi ou será consu-
mido. É importante ressaltar que a 
contabilidade registra os fatos de acor-
do com o princípio da competência.
PERDAS
Representam bens ou serviços consu-
midos de forma anormal. Consiste em 
um (1) gasto não intencional decor-
rente de fatores externos extraordiná-
rios ou (2) atividade produtiva normal 
da empresa.
Vamos entrar de cabeça nessa área 
de GESTÃO DE CUSTOS, através de 
seus conceitos mais importantes. Para 
tal, comece observando que GASTOS 
é a categoria mais geral, e que ela 
se subdivide em custos, despesas e 
investimentos, como demonstrado na 
figura abaixo:
Gastos
DespesasCustos Investimentos
Conceitos Básicos e Terminologia em Gestão de Custos 10
Acompanhe comigo.
Vamos ver um exemplo para ficar mais claro.
Nós dois somos sócios de uma indústria de roupas infantis, certo? Vamos comprar 
TECIDO e, como você sabe, ele é matéria-prima desse produto. A compra em si (à vista 
ou a prazo) do tecido é um GASTO. Ao abastecer o estoque de matéria-prima, temos um 
INVESTIMENTO, ou seja, o montante gasto com a aquisição será registrado na respectiva 
conta do ativo circulante até que o material seja requisitado para consumo, isto é, aplica-
do na fabricação da roupa. Quando requisitamos esse material do estoque e o aplicamos 
na produção, temos o CUSTO. Ao concluir a roupa e estoca-la para venda, temos nova-
mente um INVESTIMENTO. Quando retiramos a roupa do estoque de produtos acabados 
para venda, temos o CUSTO DO PRODUTO VENDIDO. Finalmente, tudo que gastarmos 
para realizar a venda danossa roupa, ou seja, do produto, e para administrar a empresa 
será considerado DESPESAS.
A aquisição de uma máquina de costura para a nossa fábrica será considerada um 
INVESTIMENTO e contabilizada na conta especifica do ativo imobilizado.
Conceitos Básicos e Terminologia em Gestão de Custos 11
Síntese
Nesse módulo, trabalhamos com várias definições, objetivos e o aspecto contextualizado 
da Gestão de Custos.
Você conheceu a importância da Contabilidade de Custos os impactos na administração 
das empresas em função do ambiente de mercado livre, com a eliminação das fronteiras 
econômicas e financeiras. Pode verificar que o mercado exige, cada vez mais, organiza-
ções administradas de forma dinâmica e abrangente.
Você também já sabe, o conceito de Gastos e agora entende que trata-se de uma catego-
ria mais geral, que se subdivide em custos, despesas e investimentos.
Referências
Contabilidade de Custos / Evandir Megliorini. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2012.
Custos: análise e gestão. Evandir Megliorini. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2012.
Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo / Paulo Eduardo V. Viceconti, 
Silvério das Neves. São Paulo: Frase Editora, 2010.
Gestão de Custos e Formação de Preços. Adriano Leal Bruni, Rubens Famá. São Paulo: 
Atlas Editora, 2010.
12
CLASSIFICAÇÃO DOS 
GASTOS OPERACIONAIS
Gestão 
de Custos
BELO HORIZONTE - 2019
FI
CH
A
 T
ÉC
N
IC
A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Gestão Pedagógica
Coordenação
Gabrielle Nunes Paixão
Transposição Pedagógica
Viviane Vieira
Produção de 
Design Multimídia
Coordenação
Rodrigo Tito M. Valadares
Design Multimídia
Therus Santana
Infra-Estrututura e Suporte
Coordenação
Anderson Peixoto da Silva
AUTORIA 
Prof. Miriam Aparecida 
da Silva Pereira
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), iremos discutir e entender melhor as bases conceituais para a classificação dos gastos e sua aplicabilidade nos ambientes fabril, comercial e de 
serviços. Vamos também aprimorar os nossos conhecimentos quanto à classificação dos 
custos em semifixos e semivariáveis.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Compreender a classificação dos gastos no ambiente fabril, em uma empresa comer-
cial e em empresas prestadoras de serviços;
• Classificar os custos por produto e volume;
• Classificar os custos em semifixos e semivariáveis;
• Compreender as classificações dos custos em produção, primário e transformação;
CLASSIFICAÇÃO DOS 
GASTOS OPERACIONAIS
Desenvolvimento do Conteúdo
Vamos iniciar falando sobre Custos e Despesas na empresa: INDUSTRIAL, COMERCIAL 
OU PRESTADORA DE SERVIÇOS
Tenho certeza que já está familiarizado com os termos “Custos e Despesas”. No entanto, 
vamos a um breve resumo e depois seguimos em frente!!
Os termos custos e despesas são encontrados nas demonstrações de resultados das 
empresas, tanto nas industriais como nas comerciais e nas prestadoras de serviços. Os 
custos podem se referir a produtos, mercadorias ou serviços prestados aos clientes, 
gerando as respectivas receitas.
Na Demonstração de Resultados, os CUSTOS 
estão associados às respectivas receitas.
Mas e as DESPESAS?
As despesas são consideradas esforços realizados para gerar a receita e administrar a 
empresa.
Gastos na Empresa Industrial
Uma empresa industrial tem muitos gastos para realizar suas atividades administrativas, 
fabris e comerciais. Podemos lembrar, como exemplo a compra de matéria-prima para a 
fabricação dos produtos, a aquisição de material de escritório, o pagamento de taxas e 
impostos, a manutenção dos bens patrimoniais, etc.
Alguns desses gastos podem ser tratados como custos, despesas e outros como 
investimentos:
1. Os custos, nas empresas industriais, correspondem aos gastos relativos à fabrica-
ção dos produtos;
2. As despesas se referem aos gastos relacionados à administração da empresa e à 
geração de receita.
3. Os investimentos se referem aos bens patrimoniais, etc.
Logo, como vocêpode ver, os custos são os que acontecem na divisão da fábrica e 
as despesas correspondem aos gastos que aconteram nas divisões de administração e 
vendas durante o exercício. Os investimentos podem estar presentes na divisão da fábrica 
e nas divisões da administração.
Classificação dos Gastos Operacionais 15
Gastos na Empresa Comercial
Também a empresa comercial, assim como a empresa industrial, precisa realizar gastos 
para seu funcionamento. Esses gastos incluem a compra de mercadorias para revenda, a 
aquisição de material de escritório, o pagamento de taxas, a manutenção de bens patri-
moniais, e outros.
Desta forma, também são registrados os custos e as despesas nas demonstrações de 
resultados da empresa comercial, assim como os investimentos:
1. Os custos correspondem aos gastos relativos à aquisição das mercadorias. Na 
demonstração de resultados, eles correspondem à quantidade vendida;
2. As despesas, por sua vez referem-se aos gastos relacionados à administração da 
empresa e à geração de receitas.
3. Os investimentos correspondem aos bens patrimoniais, etc.
SAIBA MAIS 
A diferença entre uma empresa Industrial e Comercial é que a Industrial 
fabrica seus próprios produtos, enquanto a Comercial apenas revende 
as mercadorias sem alterá-las, no mesmo estado em que as recebe dos 
fornecedores. 
Empresa Prestadora de Serviços
Da mesma forma que as empresas industriais ou comerciais, as empresas prestadoras de 
serviços também têm gastos para funcionar, como a compra de materiais a serem apli-
cados, na execução dos serviços, na aquisição de material de escritório, no pagamento 
de taxas, etc.
Na Demonstração de resultados também são lançados separadamente, os custos das 
despesas e os investimentos:
1. Os custos correspondem aos gastos relativos à execução dos serviços;
2. As despesas correspondem aos gastos relacionados à administração da empresa e 
à geração de receitas que ocorreu durante no exercício;
3. Os investimentos correspondem aos bens patrimoniais, etc.
Pronto!! Finalmente você já é um conhecedor dos 
conceitos de CUSTOS, DESPESAS e INVESTIMENTOS 
no ambiente Fabril, Comercial e Prestador de Serviços.
Vamos então, para organizar os conceitos nos referi-
dos ambientes, apresentar um breve resumo dos tipos 
de gastos.!!!
Classificação dos Gastos Operacionais16
Contextualização dos Gastos nos Ambientes 
Fabril, Comercial e Prestador de Serviços
CUSTOS
Acompanhe comigo a síntese abaixo para fixar o conceito de CUSTOS, e sua classificação 
nos ambientes fabris, comercial e serviços:
Custos: Parcela dos gastos consumida:
Para a fabricação dos produtos 
na empresa industrial.
Para aquisição de mercadorias para 
revenda na empresa comercial.
Na realização de serviços
No ambiente
fabril
Nas empresas
prestadotras
de serviços
Na empresa
comercial
DESPESAS
Agora você também vai se concentrar no conceito de DESPESAS e sua classificação nos 
ambientes fabris, comercial e serviços:
Despesas: Parcela dos gastos consumida:
Para administrar a empresa 
e realizar as vendas.
Para gerar receita.
São representadas pelas
“despesas administrativas” 
e pelas “despesas de vendas”
No ambiente
fabril
Nas empresas
prestadotras
de serviços
Na empresa
comercial
Classificação dos Gastos Operacionais 17
INVESTIMENTOS
Finalmente você finaliza os gastos nos três ambientes com o conceito de INVESTIMENTOS:
Investimentos: Parcela dos gastos registrada
em contas do Ativo da Empresa:
•De Matéria-prima.
•De Mercadorias para revenda.
•De Materiais diversos.
•De Máquinas
•De Veículos
•De Equipamentos
•De Aquisições de Ações de
 outras tempresas.
Estoque
Investimento
Imobilizado
PRONTO!! Você agora, já é conhecedor 
dos conceitos de CUSTOS – DESPESAS E 
INVESTIMENTOS, pode seguir para entender as 
classificações dos Gastos.
Classificação dos Gastos
Com base na segregação dos gastos entre investimentos, imobilizado, despesas, custos, 
perdas etc., torna-se importante, em seguida, a perfeita identificação desses gastos em 
relação a dois principais fatores: (1) o custo de cada produto fabricado e (2) seu compor-
tamento em diferentes volumes de produção nos quais a empresa possa operar.
• Quanto aos produtos fabricados: para que se apropriem os custos aos produtos, eles 
são classificados em custos DIRETOS e custos INDIRETOS;
• Quanto ao comportamento em diferentes volumes de produção: para que os custos 
de diferentes volumes de produção sejam determinados, eles são classificados em 
custos FIXOS e custos VARIÁVEIS.
Os custos precisam ser classificados para atender às diversas finalidades para as quais 
são apurados. Para facilitar essa classificação, vamos considerar uma empresa industrial 
e, como objetos de custeio, os produtos por ela fabricados.
Todos os gastos ocorridos na divisão de fábrica são classificados como custos. Assim, a 
matéria-prima, a mão-de-obra, a energia elétrica, a depreciação e até mesmo o cafezinho 
e os materiais de higiene e limpeza consumidos pela divisão de fábrica constituem custos.
Classificação dos Gastos Operacionais18
E, como os custos são apropriados aos produtos, há 
de se estabelecer critérios sobre isso. A separação 
desses custos em diretos e indiretos vai ao encontro 
dessa necessidade.
Exs: Matéria-Prima e Mão de obra direta
CUSTOS DIRETOS
São aqueles que podem ser facilmente atribuídos a um produto ou objeto de custo. 
São diretamente incluídos no cálculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos 
usados na fabricação do produto e mão-de-obra-direta. Apresentam a propriedade de 
serem perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva.
A matéria-prima classificada como custo direto corresponde aos materiais cujo consumo 
pode ser quantificado no produto. Se não for possível identificar a quantidade aplicada no 
produto, o material passa a ser apropriado como um custo indireto. 
CUSTOS INDIRETOS
São os custos apropriados aos produtos de acordo com uma base de rateio ou outro 
critério de apropriação. Necessitam de aproximações, isto é, algum critério de rateio, para 
serem atribuídos aos produtos. Essa base de rateio deve guardar uma relação próxima 
entre o custo indireto e o produto. 
SAIBA MAIS 
Um bom exemplo de custo indireto é o custo da energia elétrica, que pode ser rateado em 
proporção às horas de utilização das máquinas pelos produtos, considerando que o consumo 
de energia dedsses produtos tenha uma relação de caisa e efeito muito próxima dessas horas.
Classificação dos Gastos Operacionais 19
Agora você vai treinar um pouco sobre 
custos diretos e custos indiretos. 
Vamos lá!
Considere uma determinada indústria fabricante dos produtos Alfa e Beta. As informa-
ções da área de produção são que durante o mês de dezembro foram fabricadas 180 
unidades do produto Alfa e 240 unidades do produto Beta, com os seguintes custos:
• Matéria-prima: R$12.000,00 para Alfa e R$15.000,00 para Beta.
• Mão de obra direta: 300 horas em Alfa e 350 horas em Beta. O custo da mão de 
obra foi calculado pela contabilidade de custos em R$25,00 por hora.
• Custos indiretos (energia elétrica, depreciação, aluguel, etc.) R$19.500,00 no mês. O 
total de custos indiretos é rateado aos produtos conforme as horas de mão de obra.
Qual o total dos custos diretos e indiretos dos produtos ALFA + BETA?
Produtos
Qtdade. 
Fabricada
MOD 
(Horas)
CUSTOS TOTAL
MP MOD CIF
ALFA 180 300 12.000,00 7.500,00 8.970,00 28.470,00
BETA 240 350 15.000,00 8.750,00 10.530,00 34.280,00
27.000,00 16.250,00 19.500,00 62.750,00
Lê-se: MP: matéria-prima - MOD: mão-de-obra direta – CIF: custos indiretos fabricação.
Para você entender melhor a solução da questão proposta:
• a mão de obra direta para o produto Alfa é: 300 horas x R$25,00 = R$7.500,00;
• a mão de obra direta para o produto Beta é: 350 horas x R$25,00 = R$8.750,00;
• os custos indiretos de fabricação para o produto Alfa foram rateados pelas horas de 
mão de obra:
Produtos MOD - Horas % rateio CIF
Alfa 300 46% 8.970,00
Beta 350 54% 10.530,00
TOTAL 650 100% 19.500,00
•custos indiretos do produto Alfa: R$8.970,00
• custos indiretos do produto Beta: R$10.530,00
• Total dos custos diretos e indiretos do produto Alfa: R$28.470,00
• Total dos custos diretos e indiretos do produto Beta: R$34.280,00
• Total dos custos diretos e indiretos dos produtos Alfa+ Beta: R$62.750,00.
Para que seja possível estudar o compartamento dos custos, classificaremos como custos 
fixos e custos variáveis, as contas antes classificadas como custos diretos e custos 
Classificação dos Gastos Operacionais20
indiretos. Essa classificação se dá pelo comportamento dos elementos de custo em rela-
ção às possíveis mudanças no volume de produção. 
Entendendo melhor!!! Vamos lá!!!
Para certo volume de produção incorre-se em 
determinado montante de custos. Se esse volume 
aumentar ou diminuir, o consumo de alguns elementos 
de custos acompanhará a oscilação para mais ou para 
menos, outros não.
CUSTOS FIXOS
Logo, em relação aos níveis de produção teremos os CUSTOS FIXOS que são aqueles 
cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume de produção da empresa. Vamos 
pensar por exemplo, no aluguel da fábrica. Este aluguel será cobrado pelo mesmo valor 
qualquer que seja a produção no mês. Podemos também identificá-los como aqueles que 
decorrem da manutenção da estrutura produtiva da empresa, independendo da quantida-
de que venha a ser fabricada dentro do limite da capacidade instalada. (Exs.: Depreciação 
e Aluguel.)
Os custos fixos tem as seguintes principais características:
• O valor total permanece constante dentro de determinado intervalo de volume de 
produção, considerado normal, chamado de intervalo de significância;
• O valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação no volume de 
produção, por se tratar de um valor fixo total diluído por uma quantidade maior ou 
menor de produção;
• Sua alocação para os departamentos ou centros de custos necessita, na maioria das 
vezes, de critérios de rateios determinados pela administração.
Abaixo estão apresentados graficamente os custos fixos e os custos fixos unitários:
Custos
500
0 100 T
Quantidade
Custo fixo
Grafico 1: Representação do custo fixo
O gráfico 1 representa o comportamento do custo fixo, ou seja, em qualquer volume de 
produção entre zero e 100 toneladas, esse custo não se altera.
Classificação dos Gastos Operacionais 21
Custos
500
0 100 T
Quantidade
Custo fixo unitário
Gráfico 2: Representação do custo fixo unitário
O gráfico número 2 permite identificar o custo fixo unitário. Espera-se que, quanto mais 
próximo do volume máximo de produção, menor seja o custo por unidade fabricada, em 
razão da economia de escala proporcionada:
Você pode observar que a reta do custo fixo unitário não começa na quantidade zero, mas 
na primeira unidade, pois, nesse volume de produção, é ela que absorve todo o custo.
Vamos então a um exemplo de custos fixos totais e unitários em determinado mês:
Custos fixos totais Valores de produção Custos fixos por unidade
R$120.000,00 12.000 unidades R$10,00
R$120.000,00 15.000 unidades R$8,00
R$120.000,00 20.000 unidades R$6,00
Na tabela acima pode-se verificar um decréscimo no custo fixo unitário, com o aumento 
do volume de produção, isso é conhecido como “economia de escala”, um conceito muito 
importante para a administração das empresas.
Desta forma, explica-se uma das grandes vantagens competitivas das empresas que 
produzem para diversos mercados. Produzindo em grande escala, pode-se aproveitar ao 
máximo a capacidade instalada da fábrica e reduzir os custos de procução.
CUSTOS VARIÁVEIS
Agora, considerando que você já entende muito bem o conceito dos custos fixos, vamos 
trabalhar com os CUSTOS VARIÁVEIS. Entende-se que são aqueles cujos valores se alte-
ram em função do volume de produção da empresa. Se não houver quantidade produzida, 
o custo variável será nulo. Logo, os custos variáveis aumentam à medida que a produção 
aumenta o que nos leva a concluir que eles mantêm uma relação direta com o volume de 
produção ou serviço e, consequentemente, podem ser identificados com os produtos. Na 
maioria das vezes, esse crescimento no total evolui na mesma proporção do acréscimo 
no volume produzido.
Os custos variáveis têm as seguintes características (Exs: Matéria-prima e Mão de obra 
direta):
• Seu valor total varia na proporção direta do volume de produção;
• O valor é constante por unidade, independentemente da quantidade produzida;
• A alocação aos produtos ou centros de custos é normalmente feita de forma direta, 
sem necessidade de utilização de critérios de rateios.
Classificação dos Gastos Operacionais22
Abaixo estão apresentados graficamente os custos fixos e os custos fixos unitários:
Custos
500
0 100 T
Quantidade
Custo variável
Grafico 3: Representação do custo variável
O gráfico 3 representa o comportamento do custo variável, ou seja, aumentam ou dimi-
nuem conforme o volume de produção.
Custos
500
0 100 T
Quantidade
Custo variável unitário
Grafico 4: Representação do custo variável unitário
Em razão do comportamento dos custos variáveis, espera-se que cada unidade fabricada 
tenha o mesmo custo. O gráfico 4 representa o custo variável unitário. Observe que a reta 
do custo variável unitário não inicia na quantidade zero, mas na primeira unidade, pois, na 
quantidade zero, não ocorrem custos variáveis.
CUSTOS FIXOS, CUSTOS VARIÁVEIS, 
CUSTO TOTAL E CUSTO UNITÁRIO
Em termos gerais é possível perceber que os custos variáveis, em termos de sua relação 
com a unidade do objeto de custo (produto etc.) se mantêm constantes, independentemen-
te da produção; já em relação ao custo total ele cresce à medida que a quantidade produ-
zida aumenta. Isso ocorre porque o preço pago pelo respectivo item se mantém constante.
Para os custos fixos, essa situação é inversa. Eles se mantêm constantes em relação ao 
total, mas diminuem em relação à unidade, à medida que a quantidade produzida aumen-
ta. Isso ocorre porque o valor pago pelo respectivo item é o mesmo independentemente 
da quantidade produzida. Só que, neste caso, conforme a produção aumenta, o custo fixo 
é diluído pelas unidades totais produzidas.
Classificação dos Gastos Operacionais 23
Vamos a um exemplo! Você vai pensar em uma indús-
tria com capacidade de produzir 60 unidades mensais 
de seu produto Alfa. No mês de dezembro, fabricou 
50 unidades desse produto com os seguintes custos:
• Matéria-prima = R$12.000,00 (Custo variável);
• Mão de obra direta = R$10.800,00 (Custo variável);
• Energia elétrica = R$5.000,00 (Custo variável); 
• Aluguel do prédio da fábrica = R$10.000,00 (Custo fixo);
• Seguro da fábrica= R$3.500,00 (Custo fixo);
• Depreciação das máquinas da fábrica = R$5.000,00 (Custo fixo).
Logo........
• Custo Variável Total = R$27.800,00;
• Custo Variável Unitário = R$556,00;
• Custo Fixo Total = R$18.500,00;
• Custo Fixo Unitário = R$370,00;
• Custo Total (CV+CF) = R$46.300,00;
• Custo Total Unitário = R$926,00.
IMPORTANTE
Caso a produção fosse, digamos, de 55 unidades, o custo variável de cada unidade seria os 
mesmos R$556,00, o que totalizaria R$30.580,00, e o custo fixo agora seria R$336,36 por 
unidade. O custo de cada unidade seria de R$892,36.
Classificação dos Gastos Operacionais24
Vamos a um resumo da classificação dos gastos!
Ao classificar os gastos de uma empresa, inicialmente foram separados de acordo com 
as divisões (de fábrica, de administração e de vendas) em que são gerados. Em seguida 
foram separados os custos em diretos e indiretos para que sejam apropriados aos produ-
tos e em fixos e variáveis para análise quanto ao comportamento em relação ao volume 
fabricado. A figura abaixo foi adaptada do livro “Custos – Análise de Gestão” do autor 
Evandir Megliorini:
GASTOS
Custos
Despesas
Quanto aos 
produtos
Diretos Matéria-prima, mão de obra direta
Energia elétrica, seguros, 
depreciação, mão de obra indireta, 
materiais auxiliares, aluguel, 
combustíveis, etc.
Seguro, depreciação, mão de obra 
indireta,aluguel, etc.
Matéria-prima, mão de obra 
direta, energia elétrica, materiais 
auxiliares, etc.
Indiretos
Quanto 
ao volume 
produção
Administrativas
Fixos
Variáveis
Vendas
Financeiras
Investimentos
Além da classificação dos custos em fixos e variáveis, 
há mais duas classificações, ou seja, os CUSTOS 
SEMIVARIÁVEIS e os CUSTOS SEMIFIXOS. Vamos 
então entender seus conceitos!!!
Custos Semivariáveis
São os elementos de custos que possuem, em seu valor, uma parcela fixa e outra variável, 
isto é, têm um comportamento de custo fixo até certo momento e depois se comportam 
como custo variável.
Um bom exemplo seria a energia elétrica. Quando não há utilização desse recurso ou o 
consumo fica abaixo de um valor mínimo estipulado pela companhia de fornecimento de 
Classificação dos Gastos Operacionais 25
energia, paga-se uma taxa fixa (custo fixo). À medida que a utilização desse recurso cres-
ce com o aumento da produção, o valor da conta se eleva (custo variável).
Custos
0 10 t
Quantidade
Custo Semivariável
Custos Semifixos
São os elementos de custos classificados como fixos, mas se alteram em decorrência 
de mudanças na capacidade de produção instalada. Em qualquer volume de produção 
entre zero e dez toneladas, os custos fixos se mantêm iguais em períodos de produção e 
de não produção. Se a demanda aumentar e a empresa decidir expandir sua capacidade 
de produção, passando a fabricar 20 toneladas de produto, talvez tenha de alugar outro 
galpão, adquirir novas máquinas, contratar mais funcionários, etc. Os custos fixos para 
essa capacidade serão maiores e permanecerão constantes nesse novo patamar. Se ocor-
rer outro aumento da capacidade, o processo se repetirá. Assim, os custos fixos crescem 
em patamares. O oposto também ocorre, quando a capacidade de produção é reduzida, o 
mesmo ocorre com os custos, cuja redução se dá em patamares.
Custos R$
0
120.000
100.000
15 t10 t
Quantidade
Custo Semifixo
Além das classificações dos custos em fixos, variá-
veis, diretos, indiretos, semifixos e semivariá-
veis, vamos agora entender outras classificações: 
TRANSFORMAÇÃO, PRODUÇÃO E PRIMÁRIO. 
Vamos então entender seus conceitos!!!
Classificação dos Gastos Operacionais26
Relação Entre os Custos Primários 
- Produção - Transformação
MD + MOD + CIF
CP + CTr
MP + MOD
MOD + CIF
Custos de
Produção
Custos de
Transformação
ou de Conversão
Custos
Primários
Conforme ilustrado no resumo acima, os custos de produção correspondem a somatória 
dos custos primários e de transformação. Os custos primários são a matéria-prima e a 
mão de obra direta. Os custos de transformação são a mão de obra direta e os custos 
indiretos de fabricação.
Agora....... Vamos a um resumo dessa nova classi-
ficação. Desta forma, você pode treinar e entender 
na prática como classificar os custos em produção, 
transformação e primário!!!
Você vai pensar em uma indústria com capacidade de produzir 100 unidades mensais de 
seu produto Beta. No mês de dezembro, fabricou 100 unidades desse produto com os 
seguintes custos:
Custos de 
Produção
São aqueles que compre-
endem os custos com 
matéria-prima, mão de obra 
direta e os custos indiretos 
de produção.
Custos de 
Transformação
São também conhecidos 
como custos de conversão, 
correspondem aos custos 
incorridos para transformar 
a matéria-prima em produto. 
Compreendem os custos com 
mão de obra direta e os custos 
indiretos de fabricação.
Custos 
Primários
Compreendem os custos 
com matéria-prima e mão 
de obra direta.
Classificação dos Gastos Operacionais 27
• Matéria-prima = R$12.000,00;
• Mão de obra direta = R$10.800,00;
• Energia elétrica = R$5.000,00; 
• Aluguel do prédio da fábrica = R$10.000,00;
• Seguro da fábrica= R$3.500,00;
• Depreciação das máquinas da fábrica = R$5.000,00.
Legenda........ 
 Custos indiretos
 Custo direto com mão de obra
 Custo direto com matéria-prima
Portanto..... Segue abaixo a classificação!!!!
Matéria-prima 
Mão de obra direta 
Energia elétrica 
Aluguel do prédio da fábrica 
Seguro da fábrica 
Depreciação das máquinas da fábrica 
A resposta do exercício, a partir da classificação acima, será:
• Produção: R$46.300,00
• Transformação: R$34.200,00
• Primário: R$22.800,00
Classificação dos Gastos Operacionais28
29
Síntese
Trabalhamos com com as classificações dos Custos. Portanto, você já conhece seus 
conceitos e características. Já identifica a classificação dos custos pelo produto e pelo 
volume de produção.
Dando sequência você também já sabe o conceito de classificação dos custos em semi-
fixos e semivariáveis. E, para encerrar você também já conhece outras classificações de 
custos como Transformação, Primário e Produção.
Referências
Contabilidade de Custos / Evandir Megliorini. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2012.
Custos: análise e gestão. Evandir Megliorini. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2012.
Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo / Paulo Eduardo V. Viceconti, 
Silvério das Neves. São Paulo: Frase Editora, 2010.
Gestão de Custos e Formação de Preços. Adriano Leal Bruni, Rubens Famá. São Paulo: 
Atlas Editora, 2010.
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: 
CARACTERÍSTICAS
Gestão 
de Custos
BELO HORIZONTE - 2019
FI
CH
A
 T
ÉC
N
IC
A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Gestão Pedagógica
Coordenação
Gabrielle Nunes Paixão
Transposição Pedagógica
Viviane Vieira
Produção de 
Design Multimídia
Coordenação
Rodrigo Tito M. Valadares
Design Multimídia
Therus Santana
Infra-Estrututura e Suporte
Coordenação
Anderson Peixoto da Silva
AUTORIA 
Prof. Miriam Aparecida 
da Silva Pereira
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), iremos tratar das metodologias de custeio. Vamos entender os conceitos da metodologia de custeio de absorção, variável e ABC. Iremos aprofundar 
no desenvolvimento da metodologia de custeio por absorção.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Compreender o conceito das três metodologias de custeio, ou seja, absorção, vari-
ável e ABC;
• Entender o conceito do custo do produto vendido (CPV) na metodologia de custeio 
por absorção;
• Desenvolver a apuração do custeio por absorção;
• Identificar o Lucro do período, a partir da metodologia do custeio por absorção.
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: 
CARACTERÍSTICAS
Sistema de Custos
A informação de custos para utilização na tomada de decisão, precisa ser processada por 
um sistema de custos que podemos considerar sendo um conjunto estruturado de princí-
pios, métodos com o fim de informar o custo de um determinado objeto.
No momento da estruturação de um sistema de custos, algumas decisões devem ser 
tomadas, dentre outras:
• Objetivo do sistema e de instrumentos: controle e avaliação, melhoria de processos, 
demonstrações financeiras;
• Forma dos custos: corrente, padrão, etc;
• Período de análise e geração da informação: mensal, anual, etc;
• Método de custeio: absorção, variável, ABC, etc.
A primeira e mais importante decisão diz respeito ao objetivo do sistema de custos, uma 
vez que os métodos de custeio a serem usados devem ser coerentes com os objetivos 
do sistema e com a estrutura dos custos da organização. Finalmente, a periodicidade da 
geração e análise da informação tem a ver com as necessidades da organização e com o 
grau de atualização exigido, principalmente em decorrência da velocidade das alterações 
nos elementos do sistema de custos.
Atribuições do Sistema de Custos
Uma das principais atribuições dos sistemas de custos é o custeio de objetos, isto é, a 
determinação do custo de objeto. 
De forma geral, pode-se dizer que os custos de recursos podem ser alocados de duas 
formas: uma alocação direta, usando a relação direta entre custos e objetos ou critérios 
de rateio simples (custos indiretos) usando taxas de alocação, etc.
Para os custos diretos, a locação direta é o caminho natural, uma vez que, por definição, 
existe clara relação entre o item de custo e o objeto de custo. Essencialmente, a grandequestão a ser respondida na alocação dos custos é relativa aos custos indiretos, que guar-
dam relações de difícil interpretação com o objeto ou mesmo não as têm. Assim, se pode 
afirmar que o custeio de objetos deve efetivamente responder como alocar os custos dos 
recursos indiretos aos respectivos objetos.
Logo, pode-se perceber então que o procedimento genérico 
para o custeio de objetos passa por três etapas:
1. Levantamento dos custos de cada recurso;
2. Agrupamento dos custos dos recursos, conforme seu uso;
3. Atribuição dos custos aos objetos de custo.
Vamos treinar juntos!!!
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características 33
Considere a indústria XYZ que produz três tipos de produtos, Alfa, Beta, Gama. Sua 
estrutura de custos está resumida abaixo. Calcule o custo unitário de cada um dos três 
produtos.
GASTOS ALFA BETA GAMA TOTAL
Custo da Matéria-Prima 60.000 30.000 12.000 102.000
Quantidade produzida 5.000 3.000 2.000 10.000
Custo da Mão de obra direta 7.500 4.500 3.000 15.000
Custo da Mão de obra indireta 80.000
Depreciação das Máquina Fábrica 50.000
Outros custos indiretos 54.000
Solução.....
1. Para o cálculo dos custos diretos, basta se obter o valor unitário de cada um e apli-
car aos produtos:
CUSTOS DIRETOS UNITÁRIOS ALFA BETA GAMA
Custo unitário da Matéria-Prima 12,00 10,00 6,00
Custo da Mão de obra direta 1,50 1,50 1,50
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características34
2. Para o cálculo dos custos indiretos, são obtidas as taxas de alocação por recurso 
usando como base o volume de produção total.
 Volume de produção total = 5.000 + 3.000 + 2.000 = 10.000.
TOTAL DOS GASTOS ALFA BETA GAMA TOTAL
Quantidade produzida 5.000 3.000 2.000 10.000
% 50% 30% 20% 100%
Custo da Mão de obra indireta 40.000 24.000 16.000 80.000
Depreciação das Máquina Fábrica 25.000 15.000 10.000 50.000
Outros custos indiretos 27.000 16.200 10.800 54.000
3. Para o cálculo dos custos indiretos unitários, basta se obter o valor unitário dividin-
do os custos indiretos totais pela quantidade produzida.
CUSTOS INDIRETOS UNITÁRIOS ALFA BETA GAMA
Custo da Mão de obra indireta 8,00 8,00 8,00
Depreciação das máquinas fábrica 5,00 5,00 5,00
Outros custos indiretos 5,40 5,40 5,40
4. Custos unitários diretos e indiretos:
CUSTOS UNITÁRIOS (D/I) ALFA BETA GAMA
Custo da Matéria-Prima 12,00 10,00 6,00
Custo da Mão de obra direta 1,50 1,50 1,50
Custo da Mão de obra indireta 8,00 8,00 8,00
Depreciação das máquinas fábrica 5,00 5,00 5,00
Outros custos indiretos 5,40 5,40 5,40
CONCLUINDO
Como é possível perceber no exemplo, o procedimento de cálculo fica bastante simplificado. 
Naturalmente, o uso de diferentes critérios pode levar a diferentes valores de custos.
Logo, em vista dos diferentes objetivos que um sistema de custos pode ter em uma orga-
nização, ela pode ter mais de um método de custeio. O gestor, ao optar pelas alternativas 
possíveis de responder a cada um dos objetivos, deve considerar o uso da informação, os 
seus usuários, as características da organização e do ambiente em que ela está inserida 
e de sua estratégia.
Vamos então agora, falar um pouco sobre as 
metodologias de custeio. Que tal começar pelo 
Custeio de Absorção!!
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características 35
Custeio por Absorção
O método de custeio por absorção ou Custeio Pleno caracteriza-se por apropriar custos fixos 
e variáveis aos produtos. Desse modo, os produtos fabricados “absorvem” todos os custos 
incorridos no período. A distinção principal no custeio por absorção é entre custos e despe-
sas. A separação é importante porque as despesas são contabilizadas imediatamente contra 
o resultado do período, enquanto somente os custos relativos aos produtos vendidos terão 
idêntico tratamento contábil. Os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos 
acabados que não tenham sido vendidos estarão ativados nos estoques desses produtos. 
Vamos a um exemplo para facilitar o entendimento, 
depois continuamos com os passos necessários 
para a apropriação dos custos na referida 
metodologia....
Suponha uma empresa que tenha fabricado 1.000 unidades de um determinado produto, 
incorrendo em custos de R$9.000,00 e despesas operacionais de R$3.000,00. Foram vendi-
das 800 unidades a R$20,00, num total de vendas de R$16.000,00. Qual o lucro do período?
Solução.......
O custo unitário de cada produto fabricado será: R$9.000/1.000 = R$9,00
A demonstração de resultado da empresa será:
Receita com Vendas (R$20,00 x 800) ........................... R$16.000,00
(–) CPV (800 x 9,00 ..................................................... R$7.200,00
(–) Despesas .............................................................. R$3.000,00
(=) Lucro .................................................................... R$5.800,00
PASSOS PARA A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS
• O primeiro passo para a apropriação dos custos é separar os gastos do período em 
despesas, custos e investimentos. As despesas não são apropriadas aos produtos e, sim 
contabilizadas no resultado do exercício, por estarem relacionadas à geração de receia e 
à administração da empresa; os custos são apropriados aos produtos e os investimen-
tos, são ativados.
• O segundo passo para a apuração dos custos consiste em separar os custos em indire-
tos e diretos. Os custos diretos são apropriados aos produtos conforme as medições de 
consumo neles efetuadas, já os custos indiretos são apropriados por meio de rateios.
Vamos entender melhor o que 
acabamos de dizer......
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características36
APURAÇÃO DOS CUSTOS
Na apuração dos custos, vamos considerar uma indústria de móveis de escritório e iden-
tificar os três elementos de custos envolvidos em sua fabricação:
• Matéria-prima ou materiais diretos: são os recursos que integram fisicamente os 
móveis, representam a parte “visível” do custo.
• Mão de obra direta: necessária para transformar a matéria-prima em produto final. 
Nesse caso estamos considerando apenas a mão de obra direta, isto é, que age 
sobre a matéria-prima de modo a modifica-la.
• Demais custos: além da matéria-prima e da mão de obra direta, cujo consumo pode 
ser quantificado nos produtos, há outros custos envolvidos na fabricação de um 
item como energia elétrica, manutenção de equipamentos, depreciação das máqui-
nas, mão de obra indireta, etc. Esses consumos não podem ser quantificados no 
produto e, por isso, integram os custos indiretos de fabricação.
MATÉRIA-PRIMA
Com relação à matéria-prima, quando a empresa conta com um sistema de controle de 
estoques, toda vez que um material é requisitado, identifica-se onde ele será aplicado. 
Assim, quando se requisitam, por exemplo, madeira para a montagem de um móvel, reco-
nhece-se o custo correspondente e apropria-se esse custo ao produto de modo “direto”.
Uma empresa industrial utiliza materiais de diversos tipos: matérias-primas, materiais 
auxiliares de produção, para embalagem, de limpeza, etc.
Desses, somente as matérias-primas que integram os produtos finais, são chamados 
materiais diretos. No caso de um móvel produzido, por exemplo uma mesa, materiais 
como tinta, verniz, solda, além de lixas, estopas, etc, são chamados de materiais indiretos 
de produção.
Logo, a matéria-prima é considerada um custo direto, uma vez que seu consumo é quanti-
ficado e também integra o produto. Por exemplo, quando se considera um produto em que 
se utiliza cola ou tinta, embora esses componentes sejam matérias-primas, seu consumo 
por produto nem sempre pode ser medido. Por isso, esses elementos são agrupados aos 
custos indiretos para rateio.
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características 37
De modo geral, a gestão de materiais diretos por determinada empresa costuma envolver 
problemas relacionados a três campos:
• Avaliação: qual o montante a atribuir quando várias unidades são compradas por 
preços diferentes, como contabilizar sucatas, etc;
• Controle: como distribuir as funções de compra, pedido, recepção e uso, como 
organizar o controle, como inspecionarpara verificar o efetivo consumo;
• Programação: quanto comprar, como comprar, fixação de lotes econômicos de aqui-
sição, definição de estoques mínimos de segurança etc.
A avaliação de materiais diretos se dá principalmente por meio de dois sistemas de 
controle:
• Sistema de inventário periódico: quando a empresa não mantém um contro-
le contínuo dos estoques. O consumo só pode ser verificado após os inventá-
rios (contagem física dos estoques), em geral quando do fechamento do Balanço 
Patrimonial, e posterior avaliação de acordo com critérios legais. O consumo pode 
ser calculado em uma empresa industrial mediante o emprego da seguinte condição: 
Consumo de material direto = Estoque inicial + Compras – Estoque Final.
• Sistema de inventário permanente: existe o controle continuo da movimentação 
do estoque. Solicitações de produção e vendas são controladas individualmente. 
Estoque e CPV podem ser calculados em qualquer momento pela contabilidade. 
Periodicamente, a contagem física pode ser feita para fins de auditoria e controle 
interno. Encontrando eventuais sobras ou faltas, novos ajustes devem ser feitos nos 
registros contábeis.
MÃO DE OBRA DIRETA
A mão de obra direta, ou simplesmente 
MOD corresponde aos esforços produti-
vos das equipes relacionadas à produção 
dos bens comercializados ou dos serviços 
prestados. Refere-se apenas ao pessoal 
que trabalha diretamente sobre o produto 
em elaboração, desde que seja possível 
a mensuração do tempo despendido e a 
identificação de quem executou o trabalho, 
sem necessidade de qualquer apropriação 
indireta ou rateio. No entanto, o custo que 
esses funcionários representam não pode 
ser tratado como custo direto sem que 
antes se analise seu trabalho e se exerça 
um controle sobre as horas trabalhadas.
A mão de obra direta pode trabalhar na 
fabricação do produto ou, temporariamen-
te, executar outras atividades. Ela pode 
até mesmo ficar improdutiva por falta de 
energia elétrica e/ou de matéria-prima, por 
causa de uma máquina com defeito,etc. 
No entanto, somente o tempo trabalhado e 
apontado no produto é considerado custo 
direto. O tempo em que os funcionários 
não trabalharam no produto constitui um 
custo que, para ser absorvido pela produ-
ção, deve ser agrupado nos custos indire-
tos de fabricação.
A princípio, poderíamos pensar que o 
custo da mão de obra direta correspon-
de à valorização das horas apontadas nos 
produtos, tendo como base o salário-hora 
dos funcionários. Assim, se um carpinteiro 
cujo salário é de R$5,00 por hora apon-
tasse 4 horas de atividade no produto 
“B”, o custo da mão de obra direta seria: 
4hxR$5,00/h = R$20,00. No entanto, 
falta ainda considerar os encargos sociais 
e trabalhistas gerados pela mão de obra. 
Portanto, o custo da mão de obra corres-
ponde aos salários dos funcionários acres-
cidos dos encargos sociais e trabalhistas.
Além dos salários e dos encargos, as 
empresas em geral têm outros gastos com 
funcionários, como alimentação, transpor-
te, seguro de vida, assistência médica, 
etc, que representam gastos fixos mensais 
e não proporcionais aos salários. Esses 
gastos costumam ser agrupados aos 
custos indiretos para rateio à produção.
CUSTOS INDIRETOS 
DE FABRICAÇÃO
Os custos indiretos de fabricação ou, 
simplesmente, CIFs são os gastos iden-
tificados com a função de produção ou 
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características38
elaboração do serviço a ser comercializado e 
que não podem ser associados diretamente a um 
produto ou serviço específico. Exemplo: gastos 
com depreciação, salários de supervisores de 
diferentes linhas de produção, etc.
Logo, compreendem um grupo de elementos 
cujo consumo não é quantificado nos produtos, 
por isso, eles são apropriados aos produtos por 
meio de rateios. Atualmente, pode-se observar 
uma redução gradativa dos custos da mão de 
obra direta e um aumento na participação dos 
custos indiretos no custo total de uma empresa. 
Um dos maiores problemas da contabilidade 
consiste na forma de transferir os custos indire-
tos de fabricação aos produtos, no processo de 
rateio. Comumente, os critérios de rateio podem 
envolver horas-m
ALOCAÇÃO DE CUSTOS 
INDIRETOS POR MEIO 
DE RATEIOS
Já vimos que os custos indiretos são os que não 
podem ser alocados diretamente aos produtos. 
Sob sua classificação, agrupam-se inúmeros 
gastos de diversas naturezas produ-
tivas, como depreciação, gastos 
com mão de obra indireta, mate-
riais consumidos de forma indireta 
e outros.
Quando uma empresa produz e 
comercializa um único produto, a 
alocação dos custos indiretos é razo-
avelmente simples. Todavia, quando 
múltiplos produtos são elaborados 
e comercializados, a aplicação de 
rateio de custos (divisões e aloca-
ções aos diferentes produtos ou 
serviços) torna-se necessária.
Vamos a um exemplo para 
facilitar o entendimento, 
depois vamos desenvolver a 
metodologia de absorção....
Determinada fábrica de produtos 
infantis, produz e vende três produ-
tos principais: “Alfa”, “Beta” e 
“Gama”. As informações da empre-
sa estão apresentadas abaixo:
GASTOS ALFA BETA GAMA TOTAL
Matéria-Prima 38.000 42.000 48.000 128.000
Mão de obra direta 3.200 3.600 5.200 12.000
Custo direto 41.200 45.600 53.200 140.000
Horas - máquinas 500 1.500 3.000 5.000
Unidades produzidas 1.000 3.000 16.000 20.000
Os custos indiretos são:
CUSTOS INDIRETOS R$
Mão de obra indireta 8.000
Material indireto 56.000
Seguro fábrica 4.000
Depreciação fabril 32.000
100.000
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características 39
Logo, os custos indiretos da empresa serão obtidos por meio do rateio da Mão de obra 
Direta. Abaixo estão demonstrados os custos diretos e indiretos assim como os custos 
unitários de cada produto fabricado:
TOTAL DOS GASTOS ALFA BETA GAMA TOTAL
Matéria-Prima 38.000 42.000 48.000 128.000
Mão de obra direta 3.200 3.600 5.200 12.000
Custo Direto 41.200 45.600 53.200 140.000
% rateio custos indiretos 27% 30% 43% 100%
Custos Indiretos 26.667 30.000 43.333 100.000
Custo Total 67.867 75.600 96.533 240.000
Unidades produzidas 1.000 3.000 16.000
Custo Unitário 67,87 25,20 6,03
CUSTEIO DE ABSORÇÃO: DESENVOLVIMENTO 
DA METODOLOGIA
Como já vimos anteriormente o custeio por Absorção é um processo de apuração de 
custos, cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em cada fase 
da produção. Logo, um custo é absorvido quando for atribuído a um produto ou unida-
de de produção, assim cada unidade ou produto receberá sua parcela no custo até que 
o valor aplicado seja totalmente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos ou pelos 
Estoques Finais.
Sua apuração sé dá a partir do esquema abaixo:
• Separação de custos e despesas
• Apropriação dos custos diretos e indiretos à produção realizada no período
• Apuração do custo da produção acabada
• Apuração do custo dos produtos vendidos
• Apuração do resultado.
Vamos então a um exemplo para que você 
pratique a teoria até aqui explicitada!!
Considere uma indústria que produz móveis de madeira com o nome de MAD Ltda. Ao 
final do exercício a empresa fabricou 800 unidades de produtos e vendeu 700 unidades 
ao preço unitário de R$500,00. A partir das informações abaixo calcule o Custo dos 
produtos vendidos e o lucro da empresa utilizando a metodologia de custeio por absorção.
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características40
Abaixo estão relacionados os gastos dessa empresa, em R$:
Salários e encargos do pessoal de vendas 10.000,00
Salários e encargos do pessoal da administração 15.000,00
Mão de obra direta 20.585,00
Mão de obra indireta(Porteiro da fábrica e supervisor) 7.000,00
Consumo de materiais de escritório na administração 1.000,00
Consumo de materiais de escritório em vendas 800,00
Consumo de materiais de escritório em compras 620,00
Matéria-Prima 30.260,00
Consumo de materiais diversos na fábrica(Verniz/Tinta) 13.000,00
Energia elétrica da administração 2.000,00
Energia elétria da área de vendas 1.000,00
Energia elétrica da fábrica 8.000,00
Depreciação dos equipamentosda administração 500,00
Depreciação dos equipamentos das vendas 400,00
Depreciação dos equipamentos da fábrica 3.000,00
Despesas diversas na administração 4.000,00
Despesas diversas na divisão de vendas 6.000,00
Seguro da fábrica 20.000,00
Resolvendo a questão......
Vamos começar identificando as despesas e os custos dos gastos informados. Depois 
vamos separar os custos em fixos e variáveis e também diretos e indiretos:
Salários e encargos do pessoal de vendas 10.000,00 D - Despesas
Salários e encargos do pessoal da administração 15.000,00 D - Despesas
Mão de obra direta 20.585,00 MOD - direto variável
Mão de obra indireta (Porteiro fábrica e supervisor) 7.000,00 CIF - Indireto fixo
Consumo de materiais de escritório na administração 1.000,00 D - Despesas
Consumo de materiais de escritório em vendas 800,00 D - Despesas
Consumo de materiais de escritório em compras 620,00 D - Despesas
Matéria-Prima 30.260,00 MP - direto variável
Consumo de materiais diversos na fábrica(verniz-tinta) 13.000,00 CIF - Indireto variável
Energia elétrica da administração 2.000,00 D - Despesas
Energia elétrica da área de vendas 1.000,00 D - Despesas
Energia elétrica da fábrica 8.000,00 CIF - indireto variável
Depreciação dos equipamentos da administração 500,00 D - Despesas
Depreciação dos equipamentos das vendas 400,00 D - Despesas
Depreciação dos equipamentos da fábrica 3.000,00 CIF- indireto fixo
Despesas diversas na administração 4.000,00 D - Despesas
Despesas diversas na divisão de vendas 6.000,00 D - Despesas
Seguro da divisão da fábrica 20.000,00 CIF - indireto fixo
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características 41
Logo, resumindo:
• Custos fixos totais = R$30.000,00
• Custos variáveis totais = R$58.845,00
• Despesas = R$41.320,00
• Custos indiretos totais = R$51.000,00
• Mão de obra total = R$20.585,00
• Matéria-Prima total = R$30.260,00
• Quantidade produzida = 800 unidades
• Quantidade vendida = 700 unidades
• Preço unitário de venda = R$500,00
1. Apuração do Custo de Produção ou Custo Real
Custo de produção = MOD + MP + CIF
 20.585,00 + 30.260,00 +51.000,00
 R$101.845,00
2. Apuração do Custo de Produção Unitário
Custo de produção unitário = R$101.845,00 / 800 unidades
 R$127,31
3. Apuração do Custo do Produto Vendido (CPV)
Vendas = 700 unidades
Custo unitário = R$127,31
CPV = 127,31 x 700
CPV = R$89.117,00
4. Apuração do Estoque Final
Estoque: 100 unidades
Custo unitário: R$127,31
Estoque final dos produtos acabados = R$ R$127,31 x 100
= R$127.310,00
5. Apuração do Lucro Líquido (DRE)
Receita com vendas = 700 unidades x 500,00 = R$350.000,00
(-) CPV = R$89.117,00
(=) Lucro Bruto = R$260.883,00
(-) Despesas = R$41.320,00
(=) Lucro Líquido = R$219.563,00
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características42
Conforme descrito acima, foi apurado um lucro líquido (operacional) no valor de 
R$219.563,00. Você deve ter percebido que a metodologia de custeio a absorção concen-
tra esforços para apropriar todos os custos diretos e indiretos, tanto fixos como variáveis, 
aos produtos fabricados em determinado período.
Vamos lembrar também que a aplicação do custeio por absorção visa basicamente, aten-
der aos requisitos legais e societários, estando de acordo com os princípios fundamentais 
de contabilidade. É nesse ponto que está sua principal vantagem. No entanto, ele apresen-
ta algumas desvantagens, que estão associadas ao seu uso para fins gerenciais, principal-
mente em razão da apropriação dos custos fixos aos produtos. Os principais problemas 
desse método de custeio estão relacionados:
1. Aos Rateios desses custos, cujos critérios podem ser considerados subjetivos.
2. Aos custos dos produtos que variam na contramão do volume de produção, poden-
do em consequência:
a. Induzir aos gestores a aumentar o volume de produção com o objetivo de reduzir 
os custos unitários dos produtos
b. Levar a formação de estoques
c. Avaliar que o nível de lucratividade dos produtos depende do volume de produção.
3. Ao fato de o custo de um produto com volume de produção contante ser afetado 
por decisões de modificar o volume de produção de outros produtos.
METODOLOGIAS DE CUSTEIO: Características 43
Síntese
Você conheceu o conceito das metodologias de custeio por absorção, variável e ABC. 
Aprendeu a apurar o lucro líquido (operacional) da empresa através da metodologia do 
custeio de absorção. Conhecemos a formatação da matéria-prima e da mão de obra direta 
na apuração dos custeios. Logo vamos conhecer os demais custeios e compará-los ao 
custeio de absorção. Portanto, você já conhece as principais características do custeio de 
absorção e está pronto para conhecer o custeio variável e o custeio ABC.
Referências
Contabilidade de Custos / Evandir Megliorini. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2012.
Custos: análise e gestão. Evandir Megliorini. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2012.
Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo / Paulo Eduardo V. Viceconti, 
Silvério das Neves. São Paulo: Frase Editora, 2010.
Gestão de Custos e Formação de Preços. Adriano Leal Bruni, Rubens Famá. São Paulo: 
Atlas Editora, 2010.
44
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DOS CUSTOS 
DE PRODUÇÃO - METODOLOGIA 
DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Gestão 
de Custos
BELO HORIZONTE - 2019
FI
CH
A
 T
ÉC
N
IC
A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Gestão Pedagógica
Coordenação
Gabrielle Nunes Paixão
Transposição Pedagógica
Viviane Vieira
Produção de 
Design Multimídia
Coordenação
Rodrigo Tito M. Valadares
Design Multimídia
Therus Santana
Infra-Estrututura e Suporte
Coordenação
Anderson Peixoto da Silva
AUTORIA 
Prof. Miriam Aparecida 
da Silva Pereira
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), agora vamos entender melhor sobre a departamentalização dos custos de produção, o rateio através da departamentalização, a avaliação de estoques 
e, também, iremos reforçar a metodologia de custeio por absorção. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Compreender o conceito e a aplicabilidade da departamentalização dos custos de 
produção;
• Compreender o rateio através da departamentalização;
• Entender a decomposição dos custos da produção no custeio por absorção;
• Entender os métodos de avaliação de estoques;
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DOS 
CUSTOS DE PRODUÇÃO - 
METODOLOGIA DE CUSTEIO 
POR ABSORÇÃO
Desenvolvimento do Conteúdo
Como já vimos, existem dois principais métodos de custeio da produção de bens e serviços. 
Tais métodos ou critérios, para apropriação dos diversos custos aos bens e serviços são:
• Custeio por absorção; e
• Custeio variável.
Filosofias de Custeio
A separação dos custos em fixos e variáveis auxilia o gestor a entender o impacto que 
o uso de recursos tem sobre a estrutura organizacional. Ao identificar qual o nível ideal 
de utilização da estrutura e seu impacto nos custos fixos, o gestor pode, por exemplo, 
identificar as ociosidades e com isso trabalhar para reduzi-las.
Logo, a definição do nível de utilização da capacidade produtiva a ser considerado nas 
análises é importante, pois a partir dele são determinados custos fixos unitários, prepara-
dos orçamentos e estabelecidos os preços. 
Um sistema de custeio deve responder a duas questões:
Quais custos serão considerados e como esses custos serão considerados.
Como
Quais
Na primeira questão, a resposta está intimamente ligada ao objetivo da mensuração, isto 
é, do uso da informação, que é tratada pelas filosofias de custeio. Essas tratam a relação 
dos custos com o nível de atividades, isto é, os custos fixos e os custos variáveis. A 
segunda questão está relacionada aos procedimentos para sua obtenção e é tratada pelos 
métodos de custeio. Os métodos tratam a relação dos custos com o produto final, isto é, 
os custos diretos e os custos indiretos.
O maior problema enfrentado pela gestão de custos refere-se a como distribuir custos 
indiretos aos produtos ou serviços elaborados. Como formas de diluição desses proble-
mas,diversas tentativas são feitas, como o controle de custos por departamentos ou 
centros de custos.
Departamentalização dos Custos de Produção - Metodologia de Custeio por Absorção 47
Se uma empresa apresenta níveis significativos de gastos indiretos, porém produção 
homogênea, com um único produto, a alocação de todos os gastos, fixos ou variáveis, 
diretos ou indiretos, é extremamente simples. Basta colocar todos os gastos em um gran-
de funil, associando-se gradualmente aos produtos ou serviços.
De forma mais recente, com a evolução dos ambientes produtivos, existiu a necessidade 
de ampliação das linhas de produção e a diversificação dos produtos ou serviços. Cada 
vez mais, reduz-se a importância dos custos variáveis e diretos e aumenta-se o papel 
desempenhado pelos custos fixos ou indiretos. 
Departamentalização dos Custos de Produção
A departamentalização consiste em dividir a fábrica em segmentos, chamados departa-
mentos, aos quais são debitados todos os custos de produção neles incorridos. O depar-
tamento é a unidade mínima administrativa constituída, na maioria dos casos, por traba-
lhadores e máquinas desenvolvendo atividades homogêneas. 
São dois os objetivos da departamentalização dos custos:
• Melhor qualidade dos custos;
• Determinação mais precisa do custo dos produtos.
A determinação mais precisa do custo dos produtos ocorre porque a departamentalização 
diminui a arbitrariedade dos critérios de rateio. 
Os departamentos podem ser divididos em dois grupos: Departamentos de Produção e 
Departamentos de Serviços.
1. DEPARTAMENTOS DE PRODUÇÃO
Os departamentos de produção são aqueles que atuam sobre os produtos e tem seus 
custos apropriados diretamente a estes. Exemplos: corte, montagem, pintura, acabamen-
to, etc.
2. DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS
Os departamentos de serviços não atuam diretamente na produção e sua finalidade é 
de prestar serviços aos Departamentos de Produção. Seus custos não são apropriados 
diretamente aos produtos, pois estes não transitam por eles, e sim transferidos para os 
departamentos de produção que se beneficiam dos serviços deles. Exemplos: manuten-
ção, expedição, controle da qualidade, etc.
ESQUEMA DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO DOS CUSTOS:
Abaixo você pode identificar o esquema mais lógico para apropriação dos custos aos 
objetos de custeio, nesse caso os produtos. A relevância do uso da departamentalização 
no processo de custeamento está diretamente relacionada ao fato de que é por meio dela 
que é feita a apropriação dos custos indiretos de fabricação. Como já sabemos, centra-se 
nesse tipo de custos talvez a maior dificuldade dos sistemas de custos, ou seja, atribuí-los 
aos objetos de custeio de forma a reduzir o máximo possível as implícitas subjetividades 
e arbitrariedades que caracterizam os rateios.
Departamentalização dos Custos de Produção - Metodologia de Custeio por Absorção48
Departamento
de Apoio 1
Departamento
Produtivo 2
Departamento
Produtivo 1
CUSTOS INDIRETOS
Produto B
Produto A
CUSTOS DIRETOS
Processos
de Rateio
Figura: Apropriação dos custos aos produtos.
Para que possa ficar bem claro para 
você, os procedimentos de custeio com a 
departamentalização do processo produtivo, 
vamos a um exemplo!!!
Uma determinada Indústria “X”, produz e comercializa dois produtos de limpeza domésti-
ca, denominados “Gama” e “Beta”.
O processo de produção envolve duas etapas. Uma comum a ambos os produtos, com 
o processamento da matéria-prima única e a outra fase, além da embalagem, envolve a 
inclusão de um aditivo especial no produto “Beta”.O processo fabril está estrutura com 
seis centros produtivos, conforme quadro abaixo:
1. Estrutura Departamental:
Departamentos Produtivos A Departamentos Produtivos B
Gerência Fábrica Mistura química
Manutenção Aditivos
Armazenagem Embalagem
Os custos diretos de cada produto, envolvendo matéria-prima única e mão de obra direta, 
somam R$20.000,00 (Gama) e R$30.000,00 (Beta).
Os custos indiretos de fabricação totalizam R$45.000,00 com a seguinte composição:
2. Custos Indiretos de Fabricação:
Custos Indiretos Valor (R$) Base de Rateio
Energia Elétrica 15.000,00 Consumo de KWh
Depreciação 9.500,00 Controle Específico
Seguros da fábrica 6.500,00 Área útil
Mão de obra indireta 10.000,00 Apontamento %
Outros custos indiretos 4.000,00 Área útil
TOTAL 45.000,00
Departamentalização dos Custos de Produção - Metodologia de Custeio por Absorção 49
PRONTO!!! Vamos agora juntos montar 
os parâmetros de atividade departamental, 
para apropriação dos custos indiretos!
3. Parâmetros de atividade departamental:
Atividades KWh Área m2
Horas-
máquina
Apontamentos 
%
Depreciação 
%
Gerência 
Fábrica
1.000 300 15% 5%
Manutenção 3.000 500 15% 10%
Armazenagem 1.500 1.200 10% 10%
Mistura 
química
15.000 2.400 25.000 35% 25%
Aditivos 8.000 1.500 13.000 15% 35%
Embalagem 5.000 1.000 9.000 10% 15%
TOTAL 33.500 6.900 47.000 100% 100%
4. Horas aplicadas à produção por produto:
Departamentos Produto Gama Produto Beta Total
Mistura química 14.300 10.700 25.000
Aditivos - 13.000 13.000
Embalagens 4.000 5.000 9.000
5. Percentual a ser aplicado nos produtos: refere-se ao departamento de produção 1
Departamentos Produto Gama Produto Beta Total
Mistura química 25% 15% 40%
Aditivos 5% 10% 15%
Embalagens 25% 20% 45%
6. Sabe-se também que a produção de cada produto foi a seguinte, em litros: produto 
Gama: 11.000 litros e produto Beta: 12.000 litros.
Já montamos os parâmetros de atividade por 
departamento, agora vamos apropriar a cada 
item sua relação específica. VAMOS LÁ!!
Departamentalização dos Custos de Produção - Metodologia de Custeio por Absorção50
ETAPA 1
Identificação dos rateios conforme determinado nas tabelas acima!
1. Energia Elétrica
Atividades KWh Energia Elétrica % rateio
Gerência Fábrica 1.000 447,76 3,0%
Manutenção 3.000 1.343,28 9,0%
Armazenagem 1.500 671,64 4,5%
Mistura química 15.000 6.716,42 44,8%
Aditivos 8.000 3.582,09 23,9%
Embalagem 5.000 2.238,81 14,9%
TOTAL 33.500 15.000,00 100%
2. Depreciação
Atividades
Depreciação (Controle 
Específico)
Depreciação
Gerência Fábrica 5% 475,00
Manutenção 10% 950,00
Armazenagem 10% 950,00
Mistura química 25% 2.375,00
Aditivos 35% 3.325,00
Embalagem 15% 1.425,00
TOTAL 100% 9.500,00
3. Seguros da fábrica
Atividades Área Útil Seguros % rateio
Gerência Fábrica 300 282,61 4,35%
Manutenção 500 471,01 7,25%
Armazenagem 1.200 1.130,43 17,39%
Mistura química 2.400 2.260,87 34,78%
Aditivos 1.500 1.413,04 21,74%
Embalagem 1.000 942,03 14,49%
TOTAL 6.900 6.500,00 100%
4. Mão de obra indireta
Atividades Apontamento MOI
Gerência Fábrica 15% 1.500
Manutenção 15% 1.500
Armazenagem 10% 1.000
Mistura química 35% 3.500
Aditivos 15% 1.500
Embalagem 10% 1.000
TOTAL 100% 10.000
Departamentalização dos Custos de Produção - Metodologia de Custeio por Absorção 51
5. Outros Custos Indiretos
Atividades Área Útil Outros CI % rateio
Gerência Fábrica 300 173,91 4,35%
Manutenção 500 289,86 7,25%
Armazenagem 1.200 695,65 17,39%
Mistura química 2.400 1.391,30 34,78%
Aditivos 1.500 869,57 21,74%
Embalagem 1.000 579,71 14,49%
TOTAL 6.900 4.000 100%
6. Horas aplicadas à produção por produtos:
Departamentos Produto Gama Produto Beta Total
Mistura química 57% 43% 100%
Aditivos - 100% 100%
Embalagens 44% 56% 100%
Finalmente!! Levantamos todos os custos e já 
Efetuamos o rateio equivalente. 
Precisamos agora conhecer os custos indiretos 
por grupos de departamentos “PRODUÇÃO 1 e 
PRODUÇÃO 2
ETAPA 2
Montagem de mapa dos CIF dos dois departamentos de produção
7. Mapa dos Custos Indiretos de Produção 
Departamentos de Produção 1 e 2:
Descrição
Gerência 
fábrica
Manutenção Armazenagem
Mistura 
Química
Aditivos Embalagem Total
Energia 
Elétrica
448 1.343 672 6.716 3.582 2.239 15.000
Depreciação 475 950 950 2.375 3.325 1.425 9.500
Seguros 283 471 1.130 2.261 1.413 942 6.500
Mão de 
obra indireta
1.500 1.500 1.000 3.500 1.500 1.000 10.000
Outros CIF 174 290 696 1.391 870 580 4.000TOTAL 2.879 4.554 4.448 16.719 10.215 6.186 45.000
11.881
Você agora pode 
montar uma planilha 
RESUMO dos CIF
Departamentalização dos Custos de Produção - Metodologia de Custeio por Absorção52
ETAPA 3
Apropriação dos custos do departamento de produção 1 aos produtos
8. Alocação dos CIF aos produtos
Departamentos Produto Gama Produto Beta Total
Mistura química 25% 15% 40%
Aditivos 5% 10% 15%
Embalagens 25% 20% 45%
Na tabela acima estão os percentuais de CIF alocados aos respectivos produtos. Portanto, 
os R$11.881,00 de custos indiretos de fabricação referentes ao departamento de produ-
ção 1: gerência da fábrica, manutenção e armazenagem, deverão ser alocados a partir 
do percentual acima, no departamento de produção 2: mistura química, aditivos e 
embalagens.
9. Alocação dos CIF aos produtos (departamento de produção 1):
Departamentos Produto Gama Produto Beta Total
Mistura química 2.970 1.782 4.752
Aditivos 594 1.188 1.782
Embalagens 2.970 2.377 5.347
VAMOS CONTINUAR JUNTOS!!!
• Etapa 1: Identificamos todos os rateios, conforme tabelas;
• Etapa 2: Montamos um mapa dos custos indiretos nos dois departamentos de 
produção 1 e 2;
• Etapa 3: Apropriamos aos produtos os custos do departamento de produção 1;
• Etapa 4: Vamos apropriar aos produtos os custos do departamento de produção 2 a 
partir das horas aplicadas aos produtos;
• Etapa 5: Montar um mapa dos custos indiretos por produto;
• Etapa 6: Montar um mapa do total de custos diretos e indiretos por produto.
ETAPA 4
Apropriação dos custos do departamento de produção 2, aos produtos, a partir das horas 
aplicadas aos produtos
10. Alocação do custos indiretos aos produtos em função das horas aplicadas
Departamentos Produto Gama Produto Beta Total
Mistura química 9.563 7.156 16.719
Aditivos - 10.215 10.215
Embalagens 2.749 3.437 6.186
Na tabela acima estão os percentuais de CIF alocados aos respectivos produtos. Portanto, 
o total de R$16.719,00 (mistura química) foi rateado 57% Gama e 43% Beta. O total de 
R$10.215,00 (aditivos) foi alocado 100% no Beta. O total de R$6.186,00 (embalagens) 
foi alocado 44% Gama e 56% Beta.
Departamentalização dos Custos de Produção - Metodologia de Custeio por Absorção 53
ETAPA 5
Montar um mapa dos custos indiretos por produtos
11. Mapa dos custos indiretos por produto
Departamentos Produto Gama Produto Beta Total
Mistura química 12.533 8.938 21.471
Aditivos 593 11.403 11.996
Embalagens 5.719 5.814 11.533
Na tabela acima estão os percentuais de CIF alocados aos respectivos produtos. Os 
dois departamentos de produção receberam a parcela dos custos indiretos que totalizam 
R$45.000,00.
ETAPA 6
Mapa do total dos custos diretos e indiretos por produtos.
PRODUTOS
CUSTOS POR PRODUTO
DIRETOS INDIRETOS TOTAL UNITÁRIO
GAMA 20.000 18.845 38.845 3,53
BETA 30.000 26.155 56.155 4,68
TOTAL 50.000 45.000 95.000 8,21
Na tabela acima estão os custos diretos e indiretos apropriados aos produtos. O cálculo 
do custo unitário foi possível a partir da informação já dada no exercício de que a produ-
ção de cada produto foi a seguinte, em litros: produto Gama: 11.000 litros e produto Beta: 
12.000 litros.
CONCLUSÃO:
O total de custos diretos dos produtos é de R$50.000, de custos indiretos R$45.000,00, 
somando R$95.000,00 de custos totais. O custo unitário do produto Gama é R$3,53 e 
o custo unitário do produto Beta é R$4,68.
Metodologia de Custeio por Absorção
Vamos falar um pouco mais sobre um tema já explicitado anteriormente, ou seja, a meto-
dologia de custeio por absorção. 
Que tal começarmos com o conceito da metodologia!!!
Conceito: O sistema de custeio por absorção não é um princípio contábil em si, mas uma 
metodologia decorrente da aplicação desses princípios. Dessa forma, o método é válido 
para a apresentação de demonstrações contábeis e para o pagamento de imposto de renda.
O método caracteriza-se por apropriar custos fixos e variáveis aos produtos. Desse modo, 
os produtos fabricados “absorvem” todos os custos incorridos de um período.
O primeiro passo para a apuração dos custos é separar os gastos do período em despe-
sas, custos e investimentos. As despesas não são apropriadas aos produtos, e sim lança-
das na demostração de resultados do exercício, por estarem relacionadas à geração de 
receita e à administração da empresa; os custos são apropriados aos produtos, e os 
investimentos ativados, e,
Departamentalização dos Custos de Produção - Metodologia de Custeio por Absorção54
O segundo passo consiste em separar os custos em diretos e indiretos. Os custos diretos 
são apropriados aos produtos conforme as medições de consumo neles efetuadas; já os 
custos indiretos são apropriados por meio de rateios.
TOME NOTA
No custeio por absorção, todos os custos de produção são alocados aos bens ou serviços 
produzidos, o que compreende todos os custos variáveis, fixos, diretos ou indiretos. Os 
custos diretos, por meio da apropriação direta, enquanto os custos indiretos, por meio de sua 
atribuição com base em critérios de rateio.
Objetivo: o principal objetivo na formação do custeio por absorção é analisar os elemen-
tos que fazem parte do Custo de Produção do Período, ou seja, o Material Direto, a 
Mão de Obra Direta e os Custos Indiretos de Fabricação e sua forma de apropriação aos 
Estoques existentes e ao Custo dos Produtos Vendidos.
Portanto, são três, os principais elementos de custos envolvidos na fabricação de um 
produto:
1. Materiais diretos: também chamados de matérias-primas, são os recursos que inte-
gram “fisicamente” as carteiras, representando a parte “visível” do custo.
2. Mão de obra: é necessária para transformar as matérias-primas no produto.Aqui 
estamos considerando somente a mão de obra direta, isto é, que age sobre a maté-
ria-prima de modo a modifica-la, dando origem ao produto.
3. Demais custos: além da matéria-prima e da mão de obra direta, cujo consumo pode 
ser quatificado nos produtos, há outros custos envolvidos na fabricação de um 
item, como energia elétrica, manutenção, depreciação, mão de obra indireta, etc, 
Esses consumos não podem ser quantificados no produto e, por isso, integram os 
custos indiretos de fabricação.
Departamentalização dos Custos de Produção - Metodologia de Custeio por Absorção 55
Com relação à matéria-prima, quando a empresa conta com um sistema de controle de 
estoques, toda vez que um material é requisitado, identifica-se onde ele será aplicado. 
Assim, quando se requisitam, por exemplo, parafusos para montar uma carteira, reco-
nhece-se o custo correspondente e apropria-se esse custo ao produto de modo “direto”.
Quanto à mão de obra, podemos discriminar dois grupos: no primeiro há empregados 
que atuam diretamente na transformação da matéria-prima, e são chamados mão de obra 
direta. O segundo grupo inclui aqueles que são chamados mão de obra indireta.
Quanto aos demais custos, essa relação “direta” também não é observada, pois não é 
possível quantificar o consumo de seus elementos em cada unidade de produto fabricado. 
Quanto aos Materiais Diretos, há dois problemas principais na Contabilidade de Custos:
1. Como deve ser contabilizado seu custo de aquisição;
2. Como devem ser avaliadas as saídas de material para a produção.
Custo de Aquisição: Esse custo compreende todos os gastos efetivamente incorridos para 
colocação dos materiais em condição de uso, ou seja:
a. O valor de aquisição dos materiais. Neste valor devem estar incluídos todos os 
impostos incidentes sobre a compra e excluídos os recuperáveis;
b. As despesas com fretes e seguros, se cobradas em separado do valor dos mate-
riais e arcadas pelo comprador.
Devem ser deduzidos do custo de aquisição:
 » Os descontos incondicionais obtidos e 
abatimentos sobre compras concedidos 
pelo fornecedor;
 » As devoluções de compras (líquidas dos impostos 
recuperáveis) critérios de rateio.
Concluindo......
O custo de aquisição dos materiais pode ser resumido pela seguinte fórmula:
COMPRAS BRUTAS
(+) Fretes e Seguros sobre compras

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