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Deontologia e Legislação farmacêutica

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DEONTOLOGIA E 
LEGISLAÇÃO 
Danieli Urach Monteiro
Ética, moral e Direito
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Diferenciar os conceitos de ética e moral.
 Identificar as implicações éticas no âmbito profissional do farmacêutico.
 Reconhecer os dispositivos legislativos que regem as atividades
farmacêuticas.
Introdução
Na busca por uma vida digna e de qualidade, a ética está presente no 
cotidiano de todo cidadão. Quando se busca diferenciar ética e moral, os 
seus conceitos são referidos como um conjunto de normas e condutas. 
Ambas são responsáveis por construir os alicerces que vão guiar a conduta 
do homem, definindo o caráter e as virtudes, bem como a melhor forma 
de agir e se comportar em sociedade. O Direito impõe uma conduta, 
sempre ligada à ética, na qual as leis devem ser cumpridas sob risco de 
penalidade. Na vida em sociedade, é essencial a organização de regras de 
conduta que regularizem a interação entre os seres humanos, buscando 
um bem comum, a paz e a organização social.
Nesse contexto, busca-se inferir o conceito de ética profissional, classi-
ficada como o conjunto de normas éticas que definem a consciência do 
profissional. Ser ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade 
em que se vive, em todas as suas atividades profissionais, seguindo os 
princípios definidos pela sociedade e pelo grupo de trabalho. 
Neste capítulo, você, primeiramente, aprenderá a diferenciar os con-
ceitos de ética e moral. Em seguida, reconhecerá as implicações éticas 
no âmbito profissional do farmacêutico e os dispositivos legislativos que 
regem as atividades da profissão.
Ética versus moral
Os signifi cados dos termos moral e a ética podem causar dúvidas, uma vez que 
ambos se referem a um conjunto de regras e condutas, muitas vezes obrigatórias. 
Segundo La Taille (2007), herdamos do latim (moral) e do grego (ética) duas 
culturas antigas que geravam refl exão sobre os costumes dos homens, a sua 
validade, legitimidade, desejabilidade e exigibilidade. 
Para Cortella (2015), a ética está ligada à ideia de liberdade, ao livre-arbítrio 
e aos critérios utilizados por todas as pessoas para conduzir a sua vida. Nessa 
perspectiva, a ética pode ser vista como um grupamento de ideias que guiam a 
humanidade na busca por uma convivência satisfatória. Alles (2014), por sua 
vez, descreve ética como um conjunto de normas e princípios que norteiam 
os seres humanos na distinção entre o bem e o mal, o certo e o errado, para 
que se tenha uma melhor convivência em sociedade, configurando, assim, 
um conjunto de conhecimentos e teorias, expostos por meio de princípios e 
normas que conduzem à ação da vontade humana.
Ao se falar de ética, lembramos de Kant, um filósofo muito importante do século 
XVIII, famoso por frases como: “Tudo o que não puder contar como fez não faça”. A 
expressão representa o pensamento de que, se o indivíduo não puder falar sobre o 
que fez, então não faça, pois, se algo o envergonha no ato, está ferindo a sua moral. 
Dessa forma, a ética é a união de valores morais e princípios que guiam 
a conduta humana na sociedade. Contudo, a ética, embora não possa ser 
confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social, 
com base em valores históricos e culturais. Assim, a ética é parte da filosofia 
que estuda a moral, refletindo e empreendendo questionamentos sobre as 
regras morais.
Enquanto a ética está relacionada com o comportamento e as atitudes do 
homem, a moral pode ser entendida pelo conjunto de regras aplicadas no 
cotidiano, que são utilizadas como elementos norteadores das avaliações sobre 
o que é certo e errado, moral e imoral, assim como as suas ações. 
Ética, moral e Direito2
Segundo Lopes Filho et al. (2018), a moral é construída mediante os va-
lores antecipadamente estabelecidos pela própria sociedade e pelas condutas 
aceitas e passíveis de serem questionadas pela ética. Nesse contexto, buscamos 
entender que os valores humanos são peças importantíssimas na construção 
cultural das normas que regem a sociedade em que vivemos, vão formar a 
realidade e dar significado a fenômenos, acontecimentos e interações sociais 
(CRISOSTOMO et al., 2018).
No cotidiano da vida humana, deparamo-nos com diversas dúvidas sobre 
qual posição tomar frente a diferentes questionamentos. Isso não manifesta 
apenas nosso senso moral, mas coloca à prova a consciência moral, pois exige 
uma posição de qual caminho seguir que justifique para nós e para a sociedade 
as razões das nossas decisões, a fim de que assumamos todas as consequências 
dessas atitudes, pois somos responsáveis pelas nossas opções.
Chaui (2000), em Convite à filosofia, descreve que o senso e a consciência 
moral estão relacionados com o respeito a:
  valores;
  sentimentos;
  intenções;
  decisões;
  ações sobre bem, mal e desejo de felicidade. 
A autora enfatiza que o senso moral e a consciência moral referem-se a:
  valores (justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade, 
generosidade);
  emoções geradas pelos valores (admiração, vergonha, culpa, remorso, 
contentamento, cólera, amor, dúvida, medo);
  decisões que geram ações com consequências para nós e para os outros.
Chaui (2000) descreve, ainda, vários exemplos de senso moral. Dois exem-
plos citados pela autora exprimem o senso de moral e a consciência moral 
(CHAUI, 2000, p. 429):
1. Muitas vezes, tomamos conhecimento de movimentos nacionais e inter-
nacionais de luta contra a fome. Ficamos sabendo que, em outros países e no 
nosso, milhares de pessoas, sobretudo crianças e velhos, morrem de penúria e 
inanição. Sentimos piedade. Sentimos indignação diante de tamanha injustiça 
(especialmente quando vemos o desperdício dos que não têm fome e vivem 
na abundância). Sentimos responsabilidade. Movidos pela solidariedade, 
3Ética, moral e Direito
participamos de campanhas contra a fome. Nossos sentimentos e nossas ações 
exprimem nosso senso moral.
2. Quantas vezes, levados por algum impulso incontrolável ou por alguma 
emoção forte (medo, orgulho, ambição, vaidade, covardia), fazemos alguma 
coisa de que, depois, sentimos vergonha, remorso, culpa. Gostaríamos de 
voltar atrás no tempo e agir de modo diferente. Esses sentimentos também 
exprimem nosso senso moral.
Vale ressaltar que a moral não é universal. Na vivência de cada sociedade e cultura, 
institui-se uma moral com os seus valores relativos ao bem, ao mal e à conduta correta 
envolvendo comportamentos permitidos ou proibidos para os seus integrantes. Pode 
variar de acordo com a sociedade e a classe social de que faz parte. 
Pedro (2014) expressa perfeitamente a relação entre ética e moral. Ainda que 
cada uma mantenha as suas particularidades, elas se completam e tornam-se 
desejáveis e necessárias.
Outro conceito relacionado com moral e ética é o Direito. Tanto a moral 
quanto o Direito fundamentam-se em regras que visam estabelecer previsibili-
dade para as ações humanas. No entanto, diferenciam-se em diversos aspectos. 
A moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre 
cidadãos que possam não se conhecer, mas empregam o mesmo referencial 
moral comum. O Direito busca estabelecer um regramento de uma sociedade 
em que as leis têm uma base territorial, já que valem apenas para aquela área 
geográfica em que uma determinada população ou seus delegados vivem.
No decorrer da vida, o homem aprende valores que — com o aumento do 
conhecimento, possibilidades e escolhas — vão construindo a sua moral e vi-
vendo conforme as ideias impostas pela sociedade. Caso não concorde com esses 
valores, viverá desrespeitando os padrões éticos estipulados pela comunidade 
em que vive e poderá, assim, viver em conflito constante com as suas ideologias.
Código de Ética da Profissão Farmacêutica 
Código de ética profi ssional é o conjunto de normas éticas que devem ser 
seguidas pelo profi ssional no exercício da sua profi ssão. Cada profi ssão tem oseu próprio código de ética, com as suas particularidades, mas há elementos 
Ética, moral e Direito4
da ética profi ssional universais, aplicáveis a qualquer atividade profi ssional, 
como competência, honestidade, responsabilidade e dignidade.
Um código de ética é elaborado pelos conselhos, que representam e fis-
calizam o exercício da profissão. Na profissão farmacêutica, não é diferente, 
já que o seu código de ética foi criado por meio da Resolução do Conselho 
Federal de Farmácia (CFF) nº. 417, de 29 de setembro de 2004, da Resolução 
CFF nº. 418, de 29 de setembro de 2004, e da Resolução CFF nº. 431, de 17 de 
fevereiro de 2005. O Código de Ética da Profissão Farmacêutica determina: 
O farmacêutico é um profissional da saúde, cumprindo-lhe executar todas as 
atividades inerentes ao âmbito profissional farmacêutico, de modo a contribuir 
para a salvaguarda da saúde e, ainda, todas as ações de educação dirigidas à 
coletividade na promoção da saúde (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 
2014, documento on-line). 
A ética farmacêutica é reconhecida pelo conjunto de normas e valores que envolvem 
as condutas profissionais no exercício das atribuições da profissão nas relações com 
a comunidade. Para saber mais sobre o Código de Ética da Profissão Farmacêutica, 
acesse o link abaixo.
https://goo.gl/XEsgHN 
Para saber mais sobre a relação ética entre o profissional farmacêutico com os 
usuários de medicamentos, leia o artigo de Oliveira (2015): Atenção farmacêutica: 
considerações éticas na relação do profissional de saúde com o usuário de medicamento, 
disponível no link a seguir.
https://goo.gl/8eHZN8 
Alguns princípios fundamentais que devem ser seguidos pelo profissional 
farmacêutico são descritos de maneira clara e concisa no Código de Ética da 
Profissão Farmacêutica. Neste, enfatiza-se a existência de Conselhos Regionais 
de Farmácia (CRFs), aos quais o profissional farmacêutico atuante deve ser 
credenciado e contribuir financeiramente para o seu funcionamento. Qualquer 
transgressão resultará em medida repressiva por parte do CRF, após apuração 
pelas suas comissões de ética, independentemente das penalidades estabe-
lecidas pelas leis do País. O farmacêutico também poderá responder cível e 
5Ética, moral e Direito
criminalmente quando seus atos ou atos de terceiros sob a sua responsabilidade 
proporcionem prejuízos ao usuário do serviço.
Independentemente da área de atuação do profissional farmacêutico, há 
diferentes implicações éticas que devem ser seguidas, uma vez que há neces-
sidade de se ter uma ligação complementar entre deveres e direitos. A prática 
profissional deve ser motivada e promovida, atendendo a atribuições inerentes 
à profissão, à formação e ao desejo de desempenhar as suas atribuições pro-
fissionais, sempre buscando o bem comum. 
A ética no âmbito da farmácia comercial vem ao encontro das necessidades do farma-
cêutico na consecução do diálogo e da convivência com os usuários de medicamentos, 
estabelecendo um vínculo de confiança e buscando a qualidade de vida do paciente. 
Nesse contexto, o profissional farmacêutico é a referência máxima de conhecimento, 
devendo agir de maneira ética e profissional, a fim de auxiliar da melhor forma os 
usuários de medicamentos, colaborando com a orientação, prevenção e recuperação 
da saúde dos cidadãos.
Diferentes leis regem a atividade do profissional farmacêutico. Em 1960, 
criou-se uma das mais importantes (Lei nº. 3.820, de 11 de novembro de 1960), 
que descreve as atribuições do CFF e dos CRFs, cuja principal função é fiscalizar 
o exercício da profissão, impedindo e punindo as infrações à lei. Quando há uma 
relação entre um profissional de saúde e um usuário (farmacêutico versus paciente), 
ocorre um envolvimento que se relaciona a esse profissional, com a constituição 
de deveres a serem praticados e outros relacionados ao usuário, principalmente 
na compreensão de que direitos devam ser respeitados. Nessa relação de deveres 
e direitos, deve prevalecer uma parceria complementar e indissociável.
Para ler na íntegra a Lei nº. 3.820/1960, sobre a criação do CFF e dos CRFs, acesse o 
link a seguir.
https://goo.gl/ihXTWk 
Ética, moral e Direito6
A ética do profissional farmacêutico, nesse sentido, é um conjunto de 
valores que auxiliam o exercício da profissão, como:
  honestidade;
  dignidade;
  competência;
  prudência;
  responsabilidade.
A ética complementa um extenso conjunto de qualidades do indivíduo, 
que deve ser transferido para o campo profissional, resultando em benefícios 
recíprocos. Deve, assim, ser um aprendizado constante ao longo do processo 
de formação do indivíduo.
Um exemplo de ética farmacêutica é a aplicação da atenção farmacêutica feita por 
profissionais que têm um contato direto com o paciente, em que a atuação farmacêutica 
inclui uma somatória de atitudes, comportamentos, responsabilidades e habilidades 
na prestação da farmacoterapia, na busca de resultados terapêuticos eficientes e 
seguros, privilegiando a saúde e a qualidade de vida do indivíduo. 
Dentro desse âmbito profissional, deparamo-nos com a deontologia. Esse 
termo vem acompanhado da designação “de uma determinada profissão”, que 
são as conveniências e regras designadas para cada profissão. Dessa forma, a 
deontologia farmacêutica é um conjunto de regras que definem o comporta-
mento do indivíduo, na função de membro da profissão farmacêutica. Essas 
regras são essenciais para garantir a conveniência e o profissionalismo desse 
grupo social, a fim de que ele possa alcançar, de maneira digna, as finalidades 
propostas à sociedade (ZUBIOLI, 2004).
O CFF, por meio de resoluções específicas, dita o conjunto de regras da 
profissão farmacêutica, que, com a ajuda dos CRFs, fazem cumprir as normas 
preestabelecidas. O Código de Ética da Profissão Farmacêutica estabelece que o 
farmacêutico é considerado um profissional de saúde, tem a obrigação de zelar 
pela saúde pública e deve promover ações que contribuam com a promoção 
da saúde da comunidade (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2014).
7Ética, moral e Direito
O farmacêutico necessita ter consciência de seus atos e suas escolhas, além 
de desenvolver competências e habilidades necessárias para a sua atuação, 
visto que tem a iminente necessidade de evitar prejuízos a terceiros, ainda 
que sem intenção. Mediante as normas e regras a serem seguidas, caso o pro-
fissional farmacêutico cometa infrações sujeitas a penalidades, a fiscalização 
primeiro fica sob responsabilidade do CRF, responsável por instaurar um 
processo ético-disciplinar. Em caso de condenação, o profissional condenado 
em primeira instância pelo CRF pode recorrer ao CFF. O rito processual é 
o seguinte (ADAMI, [2018]):
  recebimento de denúncia;
  instauração ou arquivamento;
  montagem do processo ético;
  instalação dos trabalhos da Comissão de Ética;
  conclusão da Comissão de Ética;
  julgamento em plenário;
  recursos e revisões;
  execução.
Para saber mais sobre o julgamento ético do profissional farmacêutico, acesse o link 
a seguir.
https://goo.gl/69Aocy
A ética farmacêutica é o conjunto de normas de procedimentos, valores e 
condutas profissionais executadas pelo profissional farmacêutico no exercício 
das atribuições profissionais e nas ações exercidas na sociedade. O Código de 
Ética Farmacêutica brasileiro foi desenvolvido visando orientar o profissional 
no dever de suas atribuições, buscando a saúde do paciente e orientando 
todos que necessitam de sua contribuição. Podemos citar algumas dicas para 
a conduta ética no trabalho farmacêutico: 
  ter sempre em mente obrigações, valores e direitos na empresa em que 
trabalha;
Ética, moral e Direito8
  definir atribuições e responsabilidades;
  respeitar a hierarquia dentro da empresa;
  estar comprometido e envolvido com a missão;
  buscar ser pontual e responsável com seus compromissos;
  ser humilde e tratar todos com respeito;
  assumir uma atitude imparcial e impessoal;
  exercer as suas funções com competênciae eficiência;
  conhecer os aspectos legais dos seus direitos e deveres.
Leis que regem a atividade farmacêutica 
Em 8 de setembro de 1931, foi assinado o decreto que aprovaria a regu-
lamentação do exercício da profi ssão farmacêutica no Brasil: Decreto nº. 
20.377, de 8 de setembro de 1931. Nele, o farmacêutico foi reconhecido 
como profi ssional.
De 1931 até hoje, diferentes leis passaram a reger a atividade do profissional 
farmacêutico. A primeira regra a ser seguida é a inscrição desse profissional 
no CRF, a fim de criar um vínculo por meio do qual o farmacêutico receberá 
as informações necessárias para o exercício da profissão. Os CRFs foram 
criados pela Lei nº. 3.820/1960, no Diário Oficial da União (DOU), de 21 de 
novembro de 1960.
Algumas exigências dos CRFs são: 
  fiscalizar o exercício da profissão; 
  exigir a atuação ética do farmacêutico; 
  defender a atuação do farmacêutico; 
  punir eticamente o farmacêutico que recebe abaixo do piso salarial; 
  exigir que o farmacêutico cumpra a legislação sanitária e profissional; 
  exigir que as farmácias e drogarias tenham farmacêutico durante todo 
o horário de funcionamento;
  promover a valorização da profissão farmacêutica.
Diferentes legislações tratam das atribuições da profissão farmacêutica, 
tendo em vista regulamentar as funções e deixar claro as responsabilidades no 
desempenho desse profissional nos diferentes ambientes em que este pode atuar:
  Decreto nº. 85.878, de 7 de abril de 1981 — descreve as atribuições 
privativas dos profissionais farmacêuticos, desempenho de funções, 
9Ética, moral e Direito
assessoramento e responsabilidade técnica, fiscalização profissional, 
área de atuação farmacêutica, entre outras atribuições.
  Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973 — dispõe sobre o controle 
sanitário do comércio de substâncias, medicamentos, insumos farmacêu-
ticos e correlatos e dá outras providências. Nesse contexto, encontram-se 
as diretrizes que regem a farmácia homeopática. 
  Lei nº. 6.360, de 23 de setembro de 1976 — dispõe sobre a vigilância 
sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as substâncias, os 
insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros 
produtos e dá outras providências.
  Portaria nº. 344, de 12 de maio de 1998 — aprova o regulamento 
técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. 
Muito utilizada nas farmácias, drogarias e hospitais, essa portaria 
regulamenta os medicamentos de controle especial, suas peculiaridades 
e modo de aquisição por parte dos usuários de medicamentos. É de 
extrema importância no exercício da profissão farmacêutica, pois o 
domínio dos medicamentos de controle especial é de inteira responsa-
bilidade do farmacêutico em um estabelecimento. Diferentes relatórios 
são gerados buscando o controle total desses medicamentos, a saída 
para os usuários e sua destinação em caso de vencimento. 
  Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº. 246, de 21 de agosto de 
2018 — atualiza a Portaria nº. 344/1998 e dispõe sobre a atualização do 
Anexo I (listas de substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras 
e outras sob controle especial) da Portaria nº. 344/1998.
  RDC nº. 44, de 17 de agosto de 2009 — dispõe sobre as boas prá-
ticas farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da 
dispensação, da comercialização de produtos e da prestação de servi-
ços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. 
Nessa RDC, encontra-se descrita a necessidade de um manual de boas 
práticas farmacêuticas do estabelecimento em que o profissional está 
inserido. Nele, devem constar as atribuições e as responsabilidades do 
farmacêutico e ser acessível e compreensível por todos os funcionários. 
  Resolução nº. 521, de 16 de dezembro de 2009 — dispõe sobre a ins-
crição definitiva e provisória, o registro, o cancelamento de inscrição 
e a averbação nos CRFs e dá outras providências. Nessa resolução, 
encontra-se como proceder em casos de profissional farmacêutico 
estrangeiro.
  Resolução nº. 577, de 25 de julho de 2013 — dispõe sobre a direção 
técnica ou responsabilidade técnica de empresas ou estabelecimentos 
Ética, moral e Direito10
que dispensam, comercializam, fornecem e distribuem produtos far-
macêuticos, cosméticos e produtos para a saúde.
  Resolução nº. 585, de 29 de agosto de 2013 — trata-se de uma ementa 
que regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras 
providências.
  Resolução nº. 586, de 29 de agosto de 2013 — regula a prescrição 
farmacêutica e dá outras providências. Essa resolução trata de um novo 
modelo de prescrição como prática multiprofissional. O farmacêutico 
poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com 
finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica.
  Lei nº. 13.021, de 8 de agosto de 2014 — dispõe sobre o exercício e 
a fiscalização das atividades farmacêuticas, no campo da assistência 
farmacêutica. As farmácias de qualquer natureza requerem, obrigato-
riamente, para seu funcionamento, a responsabilidade e a assistência 
técnica de farmacêutico habilitado na forma da lei, além de confirmar 
as farmácias e drogarias como estabelecimentos de saúde, permitindo 
que, no local, sejam oferecidos serviços pelo farmacêutico.
Para saber mais e ler na íntegra a Lei nº. 13.021/2014, acesse Manual de orientação ao 
farmacêutico, disponível no link a seguir. 
https://goo.gl/qP2FCd
  Resolução nº. 596, de 21 de fevereiro de 2014 — dispõe sobre o Có-
digo de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece 
as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares. Nele, 
constam os deveres, as proibições, os direitos, a relação da publicidade 
e dos trabalhos científicos, das relações profissionais, das relações com 
o CFF e os CRFs, das infrações e sanções disciplinares e dá outras 
providências.
No Código de Ética, o profissional encontra as normas que devem ser 
seguidas pelo farmacêutico e pelos demais inscritos nos CRFs no exercício do 
âmbito profissional, até mesmo nas atividades relativas ao ensino, à pesquisa 
11Ética, moral e Direito
e à administração de serviços de saúde, bem como nas atividades referentes 
à profissão.
Vale ressaltar o capítulo V do Código de Ética da Profissão Farmacêutica, 
que dispõe sobre a publicidade e os trabalhos científicos. Esse capítulo é de 
extrema importância no ambiente acadêmico, pois deixa claro que é vedado 
ao farmacêutico: 
  divulgar assunto ou descoberta de conteúdo inverídico; 
  publicar trabalho com seu nome, caso não tenha participado ou excluir 
participantes de uma publicação; 
  promover propaganda enganosa se utilizando da boa-fé alheia; 
  anunciar produtos farmacêuticos que possam induzir ao uso indevido e 
indiscriminado de medicamentos ou de outros produtos farmacêuticos 
pelos usuários; 
  utilizar-se de dados ou informações, publicadas ou não, de outro autor 
sem referenciá-lo. 
As leis que regem a atividade farmacêutica são muitas, visto que a atuação 
desse profissional é ampla e diversificada. Além dos deveres e das proibições, 
o farmacêutico tem os seus direitos garantidos e assegurados pela lei, podendo, 
assim, atuar de forma ética e responsável.
1. Os conceitos de ética e moral 
geram reflexão sobre costumes dos 
homens, validade, legitimidade, 
desejabilidade e exigibilidade. 
Assinale a alternativa que 
diferencie ética e moral.
a) A ética é a união de valores 
morais e princípios que guiam a 
conduta humana na sociedade. 
A moral é construída mediante 
os valores antecipadamente 
estabelecidos pela própria 
sociedade e pelas condutas 
aceitas e passíveis de serem 
questionadas pela ética.
b) A ética é parte da história 
que estuda o Direito com 
princípios e normas que conduz 
a ação da vontade humana. A 
moral está relacionada a leis 
estabelecidas pela sociedade.
c) A ética pode ditar algumas 
ideias que guiam a humanidade 
em busca do bem individual. 
A moral é o sensoe a 
consciência do coletivo, 
Ética, moral e Direito12
relacionados com o respeito 
a valores morais e éticos.
d) A ética são leis relacionadas 
com o sentimento de justiça 
social. Enquanto a moral segue 
regras preestabelecidas e 
exigidas pela sociedade.
e) A convivência amigável com 
a sociedade é vista como 
antiética pelos cidadãos. 
A imoralidade é o que 
chamamos de senso moral. 
2. O CFF é quem dita o conjunto 
de regras da profissão 
farmacêutica, que, com ajuda 
dos CRFs, fazem cumprir as 
normas preestabelecidas. 
Assinale a alternativa que 
representa uma atividade 
desempenhada pelos CRFs.
a) Estabelecer leis de punição para 
estabelecimentos farmacêuticos.
b) Defender a atuação 
do farmacêutico em 
horários reduzidos no 
ambiente hospitalar.
c) Fiscalizar o exercício da 
profissão farmacêutica, 
independentemente de 
sua área de atuação.
d) Incentivar o farmacêutico 
ao exercício da profissão, 
mesmo que este receba 
abaixo do piso salarial.
e) Exigir do profissional 
farmacêutico relatório 
de medicamentos de 
controle especial.
3. Entre as atribuições do 
profissional farmacêutico, 
destaca-se a presença integral 
no estabelecimento em que se 
tenha a comercialização ou apenas 
dispensação de medicamentos. 
Qual é a resolução que trata da 
responsabilidade técnica do 
profissional farmacêutico? 
a) Resolução nº. 586/2013.
b) Resolução nº. 577/2013.
c) Resolução nº. 585/2013.
d) Resolução nº. 596/2014.
e) RDC nº. 44/2009.
4. No Código de Ética da Profissão 
Farmacêutica, o profissional 
encontra as normas que devem 
ser seguidas pelo farmacêutico e 
pelos demais inscritos nos CRFs no 
exercício do âmbito profissional. 
Sobre o Código de Ética e 
trabalhos científicos publicados, 
assinale a alternativa correta.
a) É vedado ao farmacêutico 
divulgar assunto ou descoberta 
de conteúdo inverídico.
b) É vedada a publicação de 
trabalhos científicos no 
primeiro ano de formação.
c) A exclusão de participantes de 
trabalhos científicos é permitida 
perante autorização prévia.
d) É permitida a publicação 
de conteúdos referentes 
à comercialização de 
medicamentos sem autorização 
prévia do estabelecimento.
e) É vedada a participação de 
mais de duas pessoas em 
publicações científicas.
5. A Lei nº. 13.021/2014 dispõe sobre 
o exercício e a fiscalização das 
atividades farmacêuticas no campo 
da assistência farmacêutica. Dispõe 
também sobre o estabelecimento 
e a comercialização de 
medicamentos, assim como 
farmácias de qualquer natureza. 
13Ética, moral e Direito
ADAMI, A. M. Ética farmacêutica e julgamento ético. Portal Educação, [2018]. Dispo-
nível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/etica-
-farmaceutica-e-julgamento-etico/9851>. Acesso em: 13 nov. 2018.
ALLES, L. Ética a partir dos paradigmas. In: RUEDELL, A. (Org.). Filosofia e ética. Ijuí: 
Unijuí, 2014.
CHAUI, M. Convite a filosofia. 10. ed. São Paulo, Ática, 2000.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº. 596, de 21 de fevereiro de 2014. 
Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece 
as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares. Diário Oficial da União, 
25 mar. 2014. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/C%C3%B3digo%20
de%20Etica%2003fev2014.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2018.
CORTELLA, M. S. Educação, convivência e ética: audácia e esperança. São Paulo: Cortez, 
2015. Disponível em: <http://www.cortezeditora.com.br/newsite/primeiraspaginas/
educa%C3%A7%C3%A3o_convivencia.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2018.
CRISOSTOMO, A. L. et al. Ética. 1. ed. Porto Alegre: SAGAH, 2018.
LA TAILLE, Y. Moral e ética. Porto Alegre, Artmed, 2007.
Para seu pleno funcionamento, 
deve ter a assistência técnica 
de farmacêutico habilitado em 
tempo integral. Qual é a obrigação 
do profissional farmacêutico? 
a) Rastrear todas as vendas 
e a distribuição de 
medicamentos, a fim de obter 
um controle dos fármacos 
que podem eventualmente 
causar intoxicação.
b) Fazer acompanhamento 
domiciliar de todos os usuários 
de medicamentos, visto que 
qualquer processo errado 
pode causar intoxicação 
medicamentosa.
c) Prestar orientação farmacêutica, 
esclarecendo ao usuário de 
medicamento a maneira 
correta de conservação e 
o modo de utilização de 
fármacos, bem como salientar 
as interações medicamentosas 
e a importância do uso correto.
d) Apenas realizar a venda 
indiscriminada de qualquer 
tipo de medicamento, 
independentemente 
da receita médica.
e) Cuidar somente de receitas 
de medicamentos de controle 
especial, suas aquisição, 
conservação e dispensação.
Ética, moral e Direito14
LOPES FILHO, A. R. I. et al. Ética e cidadania, 2. ed. Porto Alegre. SAGAH, 2018.
PEDRO, A. P. Ética, moral, axiologia e valores: confusões e ambiguidades em torno de 
um conceito comum. Kriterion, Belo Horizonte, n. 130, p. 483-498, dez. 2014. Disponível 
em: <http://www.scielo.br/pdf/kr/v55n130/02.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2018.
ZUBIOLI, A. Ética farmacêutica. São Paulo: Sobravime, 2004.
Leituras recomendadas
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Legislação. Brasília, DF, [2018]. Disponível em: 
<http://www.cff.org.br/pagina.php?id=5&menu=5&titulo=Legisla%C3%A7%C3%
A3o>. Acesso em: 13 nov. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Leis. Brasília, DF, [2018]. Disponível em: <http://
www.cff.org.br/pagina.php?id=169>. Acesso em: 13 nov. 2018.
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Normas farma-
cêuticas 2017. 6. ed. Belo Horizonte: CRFMG, 2017. Disponível em: <http://www.crfmg.
org.br/site/uploads/areaTecnica/20170309[092401]livreto-legislacao-2017-20.02_.2017-
-WEB_.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2018.
LEIS, Resoluções e Portarias. Farmacêutico digital, [2018]. Disponível em: <https://farma-
ceuticodigital.com/leis-resolucoes-e-portarias>. Acesso em: 13 nov. 2018.
15Ética, moral e Direito
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