Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ROSELAINE PESSINA
A RESSOCIALIZAÇÃO E A LEI DE EXECUÇÃO PENAL FRENTE À PRECARIEDADE DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO.
UNIVERSIDADE BRASIL – CAMPUS MOOCA
São Paulo 
2020
ROSELAINE PESSINA
A RESSOCIALIZAÇÃO E A LEI DE EXECUÇÃO PENAL FRENTE À PRECARIEDADE DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito da Universidade Brasil – Campus Mooca como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Direito. 
Orientador: Professora 
São Paulo 
2020
FOLHA DE APROVAÇÃO
Roselaine Pessina
A RESSOCIALIZAÇÃO E A LEI DE EXECUÇÃO PENAL FRENTE À PRECARIEDADE DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO.
Aprovada em 12 de abril de 2020
Banca Examinadora:
Professor Doutor ou Mestre João de tal 
______________________________
Professor Doutor ou Mestre João de tal 
______________________________
Orientador: Professor Doutor ou Mestre João de tal
______________________________
São Paulo, SP
2020
DEDICATÓRIA
 (Exemplo) Aos meus pais.
AGRADECIMENTOS
Nenhuma batalha é vencida sozinha. No decorrer desta luta algumas pessoas estiveram ao meu lado e percorreram este caminho como verdadeiros soldados, estimulando que eu buscasse a minha vitória e conquistasse meu sonho. 
Agradeço a Deus em primeiro lugar. A minha família, em especial aos meus pais Otavio Pessina e Ivanil Maranha Pessina, por todo apoio e dedicação a mim oferecida.
As minhas irmãs Rosana e Rosimeire, e em especial a Silvana por ter me ajudado nesta jornada que não foi nada fácil.
Agradeço ao meu querido filho Victor Otavio por compreender os momentos que precisei me ausentar para me dedicar a esse sonho.
Aos professores, pela paciência e compreensão nos momentos de dificuldade e ter ajudado para que eu chegasse até o fim, mesmo que por muitas vezes ter pensado em desistir.
A   todos   os amigos   e funcionários   da Faculdade   Universidade   Brasil.   Aos componentes da Banca.
FRASE LAPIDAR
“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito”. (Rudolf Von Ihering) 
Sumário
RESUMO__________________________________________________________________________  8
INTRODUÇÃO	9
METODOLOGIA	10
1.EVOLUÇAÕ DA HISTÓRIA DAS PENAS______________________________________________11
1.1 Lei 7209184 – LEP	11
    1.2 RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO___________________________________________12
    1.3 TIPOS DE PENAS_________________________________________________________13
2. BENEFICIOS PARA EMPRESAS_________________________________________________13
     2.1 BENEFICIOS PARA SOCIEDADE_____--_______________________________________13
3.PESQUISA REALIZADA COM APENADA__________________________________________14
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS_____________________________________________________14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	16
      
 RESUMO
    Este trabalho se presta ao estudo da crise do sistema prisional, analisando os diversos fatores que contribuem para sua exasperação, com enfoque na análise do aparato prisional brasileiro, promovendo reflexão sobre a crise enfrentada pela sistema carcerário nacional, especialmente no que tange aos fenômenos da superlotação carcerária e à supressão dos direitos fundamentais dos internos do sistema, ambos causados pela deficiência da Justiça Criminal em conciliar a execução de penas com a garantia dos direitos humanos, bem como sua dificuldade para ressocializálos.
 Para essa pesquisa, foi feito uma análise sobre a falta de dignidade, trabalho, educação e a violência cometida dentro das penitenciárias e a falta da aplicação correta da LEP, por tal motivo é analisada a Lei de execução penal, buscando os objetivos e suas finalidades. Será tratado em especial a ressocialização do apenado (reeducando), o egresso e o mercado de trabalho, observando se apenados, após cumprirem suas penas, voltam a cometer crimes e o porquê da reincidência. Serão enumeradas algumas soluções para o problema tal como a ressocialização. Para demonstrar que o trabalho é de extrema relevância para sociedade e para a ressocialização do preso, tento demonstra que ao dar ao egresso a oportunidade de ter uma ocupação digna, lhe dará a chance de aprender algum ofício que pode ser de grande utilidade para sua carreira profissional quando estiver fora do sistema penitenciário. Depois dessas análises, finalizo que o melhor caminho para a ressocialização da população carcerária no Brasil é proporcionar atividades úteis, ocupando o tempo dessas pessoas que estão isoladas da sociedade, mas que continuam ligadas ao mundo externo de forma nociva. 
   A falta de estrutura nas instituições que deveriam penalizar com a perda da liberdade e restrição dos direitos individuais do cidadão que cometeu delito dificulta o processo de ressocialização, inviabilizando o retorno ao convívio social e fomentando a violência e o retorno ao crime, infelizmente está e nossa realidade hoje, são diversas penitenciaras com sua população com números acima do permitido, gerando pessoas ociosas, e que recebem sua liberdade sem perspectiva profissional nenhuma.
. Em verdade, o presente trabalho tem como foco evidenciar a importância de se construir um sistema penal com base na proteção dos direitos humanos, criando mecanismos alternativos a privação da liberdade, como penas alternativas, ressaltando a importância de mudar a lógica encarceradora e vingativa da sociedade, para um discurso de tolerância e compreensão da condição humana do delinquente, dandolhe a oportunidade de se defender dignamente, buscando a aproximação com a real justiça e a pacificação social. 
Palavras-chave: Trabalho; Ressocialização; Apenado; Lei de execução penal; Reeducando; Egresso; Dignidade humana; Sistema prisional; Crise penitenciária; Justiça criminal ;
.
                 
INTRODUÇÃO
Constata-se uma realidade assustadora, uma face do sistema criminal até então rejeitada, o fato de o Brasil acomodar a quarta maior população carcerária do planeta, perdendo somente para países mais populosos, como a Rússia (3º), os EUA (2º) e China (1º), países estes que inclusive instituíram a pena de morte, na tentativa, frustrada, de conter a violência e reduzir o numero de criminosos.
De acordo com pesquisa realizada pela Comissão Permanente de Direitos Humanos da OAB – Conselho Federal aponta que no Brasil há mais de 560 mil pessoas atrás das grades.
A atual crise de segurança e violência que enfrenta a sociedade faz surgir, cada vez mais, o anseio de ver processados e punidos aqueles que cometem crimes. Porém, esta punição só gera contentamento se realizada através de uma pena privativa de liberdade, o que se acredita, na maioria das vezes, ser capaz de combater o mal causado com a prática do crime e evitar a reincidência.
Os estudos apontam que quase metade dos detentos do Brasil ainda aguarda julgamento, sem nenhuma expectativa de ter acesso ao direito/princípio da presunção da inocência, tendo privada precocemente sua liberdade, sem nem ter passado pelo devido processo legal.
Estes dados revelam uma realidade muito mais cruel do que imaginada pela maioria da sociedade, vivida e enfrentada sem o mínimo de dignidade pelos apenados, que sofrem um efeito colateral muito mais nefasto, o processo de bestialização do individuo que cumpre a pena.
Existe um abismo entre o que determina a Lei de Execução Penal e a realidade, aparentemente impossível de ser ultrapassado, ainda mais com a atual configuração do sistema carcerário, o que revela a dificuldade da Justiça criminal em conciliar a execução das penas com a garantia dos direitos humanos.
METODOLOGIA
           Para este estudo de pesquisa, analisei artigos publicados, site jurídico foiconsultado livros, documentos eletrônicos, pesquisa bibliográfica e a LEP, foi utilizado um método de pesquisa hermenêutica, onde as pesquisas bibliográficas foram essenciais desde a fase inicial do TCC.
           Durante esta pesquisa, analisei muito a LEP (Lei de Execuções Penal), pois ela que visa com mais rigor a ressocialização, e notei que há uma grande dificuldade que mesma seja realmente colocada em prática pelos presídios com mais rigor.
 
1.EVOLUÇÃO HISTORICA DAS PENAS
 1.1 Lei 7209184 – LEP
A (LEP) Lei de Execução Penal Brasileira,, prevê que esta Ressocialização é de direito do apenado e deve ser respeitada, independente do regime que esteja sendo cumprido, são necessário que seja oferecido condições proporcionais para a ressocialização, visando o mercado de trabalho, pois assim sem tem um índice menor de reincidência de crime, e é importante frisar que os operadores do direito tem o dever de fazer valer esses direitos.
Podemos dizer com convicção que a maior porcentagem da atual população carcerária são pessoas que de certa forma são excluídas da sociedade, que tem pouca ou nenhuma instrução, sem escolaridade necessária, que fazem parte da população que passam pela desigualdade social, desta forma não tem uma condição de vida digna. Sabemos que isso não justifica essas pessoas a cometer um crime, mas tudo isso contribui para tal ato, pois são mais vulneráveis.
A maioria por ignorância não conhece seus direitos e nem mesmo seus deveres quando são apreendidos. A base da LEP (Lei de execução penal) é o princípio da dignidade humana, que diz que o apenado ou o egresso tem o direito assegurado de saúde, respeito, trabalho, educação, assistência jurídica e remição etc.
Na maioria das vezes não possuem nenhuma base econômica, e o direito ao trabalho que está na LEP é escasso, as famílias não entendem a LEP, e os noticiários mostram para a sociedade somente a violência e a reincidência
Na ideia de Ingo Wolfgang Sarlet,
A dignidade humana constitui-se em "qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais   que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de   cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de  propiciar e  promover sua   participação ativa e corresponsável nos destinos da própria  existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos.                                               (SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p. 62)
A dignidade da pessoa humana ela nos passa o entendimento que não pode existir qualquer tipo de discriminação, desigualdade ou exclusão social. Respeitar a dignidade da pessoa humana principalmente no memento da ressocialização é uma forma de trazer de volta os princípios afetivos e tornar digna a pessoa que pratica tal responsabilidade.
1.2. A HUMANIZAÇÃO DA PENA E SEU CARATER SOCIAL
Assis (2008: 2-3), ressalva que a Lei de Execução Penal brasileira em seu artigo 40 menciona que deverá se respeitar à integridade moral dos detentos, esclarecendo que a pena tem por objetivo proporcionar condições para a harmonia e integração novamente à sociedade.
Injustiças ocorrem, e constantemente esses casos são desconsiderados em tantas prisões, pois se colocam em uma mesma cela indivíduos já julgados e condenados com os que ainda não foram e que ainda poderão ser considerados inocentes aos olhos da justiça. Isso sem falar nos casos de prisões ilegais e irregulares,afirma Assis (2008: 2-3).
A prisão deixa no preso uma marca perpétua que persegue aonde quer que se encontre e sempre possuirá consigo o medo e o fantasma do sistema carcerário.
De acordo com Assis (2008: 3-4), os motivos pelo qual a prisão se mantém ainda em funcionamento são porque a maior parte dos condenados são pobres, sem instrução e incapazes de se manifestar contras às injustiças. O erro ocorre que muitos ainda evocam no direito da vítima que foram atingidas por tais fatos criminosos, fazendo uma confusão de conceitos que não leva a lugar nenhum, as vítimas já foram indenizadas e justificadas no momento em que a sociedade condena por meio judicial e impõe uma sanção a este indivíduo que praticou o mal. Mas não podemos esquecer que recusar a dignidade a estas pessoas é incorrer numa conduta tão errada quanto da conduta do ato delitivo.
Leis não faltam para que os direitos humanos dos detentos sejam respeitados, o que ainda falta é fazer a sociedade perceber isso, vez que ainda existe pessoas que pensam que preso não é gente e deve ser tratado como um animal, sem direitos, tais que a mesma lei de proteção aos animais não permite estes tipos de abuso.
Há quem sustente que a pena deve ter função retributiva pelo dano causado, que visa reprimir futuros atos ilícitos e outros ainda afirmam que a pena deve ter caráter reeducativo. Parece ser essa última opção mais condizente com a nossa realidade (ALVIM, 2006: 3).
É preciso que o infrator tenha uma marca na alma, no intelecto, da pena a ele aplicada, e não em seu corpo físico, como freqüentemente ocorre.
A pena reeducativa é capaz de cumprir essa tarefa e desviar o preso do processo que, segundo Alessandro Baratta (1999: 104), ele sempre acaba sendo vítima.
Tal processo pode ser dividido em duas fases: a desculturalização do indivíduo para conviver junto aos seus semelhantes, em sociedade, uma vez que, dentro da prisão ele tem sua auto-estima, sua vontade e o senso de responsabilidade reduzida, ele se vê longe dos valores da sociedade.
A segunda fase desse processo citado por Baratta (1999: 105) compreende-se numa aculturação, onde o preso é obrigado a aprender as regras de convivência dentro da instituição, seguindo o caminho ditado pelos que dominam o meio carcerário, tornando-se assim um criminoso sem recuperação, ou lutar contra tudo isso e assumir o papel de “bom preso”, tendo um bom comportamento e se conformando com sua realidade.
Em seu artigo “A ressocialização do preso brasileiro”, Alvim (2006: 1-10) relata que é triste saber que os presos brasileiros são forçados a se amontoarem em espaços minúsculos, tendo sua auto-estima diminuída e suas chances de recuperação também, uma vez que não são só eles que sofrem com isso, mas suas famílias também. Portanto, um caso torna-se vários e o sofrimento e a revolta se multiplicam.
Mais uma vez deve-se afirmar a necessidade de uma instituição penitenciária humana, que recupere de fato o preso, para que dessa forma a sociedade não sofra as conseqüências da revolta gerada pela degradação humana do preso como há muito vem ocorrendo. O preso sai da prisão revoltado (mais até do que quando entrou) e, não raro, volta à criminalidade (em 85 por cento dos casos), pondo em prática o que aprendeu na penitenciária.
Dessa forma, segundo Alvim (2006: 5), torna-se também necessário que se separem os presos de acordo com o delito cometido, para que não se corra o risco de criminosos de alta periculosidade tornem-se professores dos de menor periculosidade na escola do crime.
Em consentimento ao pensamento de Alvim (2006: 6), não se deve ver no condenado apenas a figura do marginal que violou normas do nosso ordenamento jurídico que, privilegiando o patrimônio em detrimento do ser humano, é em muitos pontos injusto.
Aqueles condenados que estão encarcerados têm usado de um único instrumento para fazerem-se ouvir: a rebelião que, como é sabido de todos, produz efeitos nada agradáveis.
Os condenados socialmente também se rebelam em nosso meio e sentimos os efeitos de tais atos nos crescentes índices de criminalidade violenta. A revolta gera mais revolta e fica-se a um passo do caos.
Segundo Alvim (2006: 6), todo esse quadro da realidade brasileira justifica a luta para tornar o sistema punitivo menos perversoe mais humano. Essa luta para que os excluídos socialmente não sejam novamente segregados mais uma vez passa pela valoração humana do condenado. A suspensão é considerada por muitos de direitos políticos como outra pena, mesmo dando-lhe a feição de mera decorrência da condenação.
Da mesma forma que também afirmam serem impostas muitas outras penas além daquela que diz respeito ao delito cometido, tais como: condições que degradam a pessoa humana dentro da penitenciária e a rejeição do ex-condenado quando volta à sociedade que o vê com preconceito, e muitas vezes fingem ser alheia a ele, nega-lhe o direito de trabalhar, de ser honesto e, às vezes, acaba contribuindo para a sua volta à criminalidade.
1.3. RESSSOCIALIZAÇÃO DO APENADO
Na teoria ressocializar vem da palavra sociedade, que significa o retorno do apenado ao convívio social, devolver ele a sociedade capacitado para não reincidir no crime, por isso que que a pena tem o propósito de reeducar o apenado, e por isso é necessário que seja respeitado e tenha seus direitos constitucionais assegurados e os processuais também. 
A Carta Magna dá a todos os meios de segurança pública e o bem-estar social.
As penas restritivas de direito têm como objetivo ressocializar apenados, precisamos analisar o quanto as penas alternativas podem colaborar com essa ressocialização, pois quando o delito é de uma significância mínima, pode se reeducar o indivíduo. É uma forma dele com a prestação de serviços à comunidade, oferecer à sociedade a compensação do seu crime, sem que se isole o indivíduo da convivência com a sociedade e ao mesmo tempo uma real forma de pagar pelo delito. Assim essas penas alternativas podem ser reconhecidas como uma maneira de não misturar essas pessoas que são primários com crimes mais graves e penalizados dentro do sistema carcerário brasileiro, não expondo ao convívio de criminosos de toda espécies.
O preso primário quando se dentro do sistema carcerário entra em um estado de choque, pois ele se depara com a realidade que tudo que tem relação com o mundo foi cortado e que perdeu sua liberdade, tendo que agora ser trabalhado pelo sistema para uma ressocialização. Já aquele reincidente, temos a certeza que algo falhou nesta ressocialização, podendo ser na própria reeducação carcerária ou as portas fechadas da sociedade, e isso dificulta o objetivo da LEP, pois o indivíduo se torna cada vez mais antissocial e agi negativamente com qualquer tentativa positiva do sistema.
Foucault disse que prisões fabricam delinquentes, pois se parar para analisar ele está com razão, pois primários são misturados com reincidentes ou mais perigosos, e isso pode induzir ao mundo do crime, pois com essa mistura se tem os melhores professores, e assim aprendem várias formas de praticar delitos, dos mais simples até os mais graves, se tornando assim cada vez mais audaciosos. Por tal motivo o correto era ser separado de acordo com seus delitos, não se pode misturar pequenas infrações com assaltantes profissionais, homicidas, estupradores, pois assim é apoiar a escola do crime, pois se a pessoa já tem este desvio, a personalidade já não é boa, não será privar do convívio social que vai corrigir, tal prejuízo devido a essa mistura de delitos pode acompanhar o indivíduo pelo resto da vida.
                                                                          Zaffaroni, (2004, p. 76), afirma que:
 “É muito difícil afirma-se qual a função que o sistema penal cumpre na realidade social. A Criminologia e a Sociologia do direito penal contemporâneo assinalam diferentes funções. Para uns, por exemplo, o sistema penal cumpre a função de selecionar, de maneira mais ou menos arbitrária, pessoas dos setores sociais mais humildes, criminalizando-as, para indicar aos demais os limites do espaço social.” ·.
1.4 TIPOS DE PENAS
Nossa legislação penal em seu art. 32 e incisos prevê 3 tipos de pena que são: pena de multa, restritivas de direito e pena privativa de liberdade. 
A pena de multa também conhecida como pena pecuniária não tem caráter tributário. Ela substitui a pena restritiva de liberdade, quando o agente é condenado por crimes de pequeno potencial ofensivo. Obriga a pessoa condenada ao pagamento de determinada quantia que dirigida ao fundo penitenciário 
As penas restritivas de direito é outra forma de pena alternativa que restringe ou diminui o exercício de um ou mais direitos a depender do delito cometido e do dano causado, como está previsto no código penal Brasileiro em seus: 
Art. 45 § 3o Perda de bens e valores Art. 46 Prestações de serviços à comunidade Art. 47 Interdição temporária de direitos Art. 48 Limitação de fins de semana Art. 51§ 1o Prestação pecuniária 
O intuito do legislador na criação de penas alternativas foi diminuir a população carcerária no Brasil que cresce considerável mente, além de da proporcionalidade de pena cometida. 
Caso a aplicação das penas alternativas não seja possível, o condenado cumprirá sua sentença em regime. 
Regime aberto: O condenado cumprira sua pena em presidio de segurança mínima, como por exemplo, os albergados ou estabelecimentos adequados. Nesse caso o detento permanece no local indicado para o cumprimento de pena apenas para dormir e aos finais de semana. É exigido que o preso trabalhe ou prove condições de se reinserir junto ao mercado de trabalho após a progressão de sua pena. 
Regime semiaberto: O cumprimento da sentença deverá ser cumprido em colônia agrícola, industrial ou similar. O apenado será posto em locais com outros presos e sua pena estará ligada ao seu labor. A cada 3 dias trabalhados um será remido de sua pena conforme o art. 126 da L.E.P. 
Regime fechado: Neste tipo de cumprimento de pena, o condenado deverá cumprir inicialmente sua pena em estabelecimentos prisionais de segurança máxima ou média. 
A sela deverá conter no mínimo 6m². Na hipótese do infrator ser mulher e a mesma já seja mãe ou encontre-se em período de gestação deverá ser reservada uma área especial para a mesma	Comment by Victor: 
Cada um desses regimes de pena tem suas características fixadas na Lei de Execuções Fiscais e no Código Penal. Onde o preso será reinserido ao convívio em sociedade de modo gradual, buscando assim sua recuperação. Evitando a sua reinserção no mundo do crime. 
2. BENEFICIOS PARA AS EMPRESAS 
Os apenados não têm os mesmos direitos que um empregado do regime CLT de CLT. E com isso as empresas não são obrigadas a recolher os encargos trabalhistas, desta forma gerando uma economia de 60% para empresas referente a mão de obra, pois não há necessidade e obrigação de pagar benefícios do empregado, como ferias, 13° salário e o fundo de garantia.
A empresa que contrata a mão de obra carcerária também tem a vantagem de não ter que gastar com a instalação, pois normalmente os presídios já tem a infraestrutura, como as oficinas, galpões e também utilizam agua e energia.
O apenado por querer a remição que a cada 3 dias trabalhados diminui 1 de sua pena, e tem direito de um salário falta muito menos ao trabalho do que um empregado de regime CLT, e a empresa ainda estará contribuindo com a sociedade, pois está incentivando a ressocialização do indivíduo e isso tem um grande aumento com seus clientes, pois é visto com bons olhos e tem reconhecimento publico
Ressocialização por parte da empresa De acordo com Baratta (1999) apud Carvalho Filho (2010), ressocializar significa:
“tornar o ser humano capaz de viver em sociedade novamente, reintegrar à sociedade, como um cidadão comum. A palavra ressocializar poderia a princípio referir – se apenas ao comportamento do preso, aos elementos externos que nós podemos resumir da seguinte forma: ressocializar é modificar o comportamento do preso, para que seja harmônica com o comportamento socialmente aceito e não nocivo à sociedade. Entretanto, como sabemos, antes do comportamento existem os valores; nós agimos, atuamos em função desses valores, esses valores são perdidos quando a pessoa comete um crime, e se ressocializando ela tenta reconquistar o que havia perdido.“
2.1 BENEFÍCIOS PARA A SOCIEDADE 
É comprovado por diversas pesquisas que o trabalho pode sim diminuir e até mesmo evitar rebeliões dentro dos presídios, pois essa atividade aumenta as chances de ressocialização, e pode evitar uma possível reincidência.
Eles prendem cumprir horários e bater as metas de produção exigidas pelas empresas.
Como já foi citado neste trabalho, sabemos que apenados na maioria das vezes vem de uma situação econômica de vulnerabilidade, isso significa que na sociedade normal já existe a dificuldade de ser inserido no mercado de trabalho, pois na maioria não há experiência alguma e baixa escolaridade, e isso é algo que dificulta na ressocialização, pois eles muitas vezes não tem noção do que vão fazer quando saírem do mercado de trabalho.
Segundo Tozi (2001), apud Ferrazolli, Calobrizi (2010), assim é que ressocializar não significa apenas dar um emprego ao preso na prisão ou quando ele for libertado, ou não ter preconceitos contra os ex – presidiários. Estas são atitudes positivas é evidente, todavia, o processo da ressocialização é muito mais complexo e se inicia por uma reversão dos valores nocivos do condenado, para valores benéficos para a sociedade. Como conseguir essa transformação é que é o pulo do gato! Mesmo porque a ressocialização tem como principal objetivo a reinserção do detento a sociedade, dessa forma é necessário mudar a forma de pensar do mesmo, e caráter é difícil de mudar mesmo como pensamento também, a palavra certa é educação, reeducar o preso para que ele saia com outra visão, trabalhar fora do presídio, colocar em pratica o que aprendeu dentro do presídio também fora dele é muito importante, o ponto a ser discutido é que sem uma educação o preso vai colocar as coisas boas que aprendeu ou os macetes para se dar bem que também aprendeu com presos mais experientes.
 
CAPITULO  3.Pesquisa realizada com a apenada ....
Nessa etapa do capítulo serão apresentadas as questões aplicadas ao ex-detento da Oficina de Costura e Artesanato“DASPRE“ que faz parte do projeto de ressocialização da Secretaria da Administração Penitenciaria FUNAP Fundação “Professor “Dr. Manoel Pedro Pimentel “.
1-Você trabalhou dentro do presídio enquanto cumpria sua pena, e o que fazia? 
Resposta. Sim, eu ajudava na montagem de prendedores de plástico e 
2-Porque você decidiu trabalhar, enquanto estava preso? 
3-Por que você acha quem tem muito preso que ainda não trabalha, mesmo com os benefícios que são de direitos seus?
 4-Você se arrepende dos atos que o fizeram parar em uma cela dentro do presídio? 
5-Hoje você encontra muito preconceito quando vai procurar trabalho por já ter sido preso? 
6-Você está trabalhando em alguma empresa registrado ou está desempregado? 
7-Você trabalhou só dentro do presídio? 
8-O sistema penitenciário brasileiro oferece alguma possibilidade de ressocialização para o preso? 
9-Você acha que todos os presos deveriam ser obrigados a trabalhar? 
10-O trabalhador que está preso está ligado ao regime da consolidação das leis do trabalho? 
11-O preso que trabalha tem direito de sair para visitar a família, e a maioria volta depois da visita para o presídio? 
 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Fica bem claro que há uma extrema necessidade de se reavaliar ou reformular nosso sistema carcerário, porém é uma tarefa árdua e de certa forma para alguns especialistas é impossível. Nossos presidis deveriam ressocializar e reeducar os apenados, mas nossa realidade é que na verdade transforma aqueles que entraram no sistema sem saber praticamente nada em Doutores do crime, e os reincidentes têm tempo suficiente ocioso para planejarem futuros crimes e delitos para quando receberem sua liberdade.
A culpa não é somente do sistema carcerário, a sociedade também tem sua enorme parcela de culpa, pois não oferece oportunidade para ex- presos, a discriminação é ainda muito grande e dessa forma não conseguem ser reincididos no mercado de trabalho, e assim cometendo novamente crimes.
O Estado deveria criar projetos em união com empresas para que esses ex- presidiários fossem contratados e assim lutar contra a discriminação.
Se dentro de toda unidade prisional houvesse estudo e trabalho, e que fosse obrigatório cumprir esses requisitos, seria com certeza um lugar melhor, pois o tempo ocioso estaria ocupado com atividades produtivas.
FICA ESTE SENTIMENTO QUE O Sistema está falhando, e por isso que seja a hora de mudarmos nossas leis e atualizar nosso código.
Essa pesquisa, as informações colhidas demonstram como é nosso atual sistema carcerário, como funciona e como deveria ser realmente a ressocialização.
E precisamos acreditar e dar a oportunidade para essas pessoas que se encontram presas hoje tenham uma reeducação devida e uma oportunidade na sociedade para realmente ser ressocializando da forma correta, dar trabalho é uma dessas formas corretas de ajudar...
BECCARIA, Cesare, Dos Delitos e das Penas.
BITTENCOURT, Cezar Roberto, Falência da Pena de Prisão – Causas e Alternativas – 4ª Edição.
CAPEZ, Fernando, Execução Penal III.
Danilo Almeida Cardoso, Jorge de Medeiros Pinheiro: Medidas de segurança. o.
DEPEN – Departamento Penitenciário Nacional. População Carcerária. Disponível em:
FOUCAULT, Michel, Vigiar e Punir.
Maria Tavares: Estudos e sugestões sobre o reajustamento de delinquentes. Maria Tavares
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Execução Penal. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MONTESQUIEU, O Espírito das Leis – 9º Ed. 2008.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSIS, Rafael Damaceno de. A Ressocialização e as Penas Alternativas junto ao Sistema Carcerário Brasileiro. Doutrinadores Hall. Disponível em: < ftp://www.jurisway.org.br > Acesso em: 06 de abril de 2009.
ALVIM, Wesley Botelho. A ressocialização do preso brasileiro. Artigo disponível em: < http://www.direitonet.com.br/artigos/x/29/65/2965 > Acesso em: 29 de abril de 2009.
BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do Direito Penal. Rio de Janeiro: Revan, 1999.
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p. 62
TEIXEIRA, Renan Pinto. ROSA, Lúcia Cristina dos Santos. A ressocialização do preso na realidade brasileira: perspectivas para as políticas públicas. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 65, 01/06/2009 [Internet].
Disponível em http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6301. Acesso em 21/10/2019.