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RESUMO TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

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· CONCEITO
Negocico jurídico bilateral, ou plurilateral.
- Os contratos que tem causa contraria a leis de ordem publica e aos bons costumes são nulos. Declarando-os inválidos, o ordenamento jurídico estatui, por esse modo, limitações de ordem geral à liberdade de contratar. 
Em consequência, firma-se o principio de que toda declaração de vontade produz o efeito desejado, se licita por sua causa.
· ELEMENTO, REQUISITOS E PRESSUPOSTOS CONTRATUAIS
1. Capacidade das partes:
O contrato celebrado pelo incapaz é nulo e pelo relativamente incapaz é anulável. Mas, eles podem adquirir direitos e celebrar contratos, desde que devidamente representados.
2. Objeto de contrato:
O objeto corresponde a uma prestação licita, possível, determinada ou determinável e de valoração econômica.
3. Forma:
A forma do contrato é livre; existem exceções como a de compra e venda de imóveis que exige a forma escrita.
Os contratos podem ser celebrados por qualquer forma, inclusive relevante face à autonomia da vontade que prevalece no Direito Civil.
4. Legitimidade:
A legitimidade é o interesse ou autorização para agir em certos contratos previstos em lei. A pessoa pode ser capaz, mas pode não ter legitimidade para agir naquele caso especifico.
Ex: cônjuge não pode vender casa sem autorização do outro.
5. Causa:
Não há relevância jurídica a causa do contrato.
6. Prestação:
O objetivo do contrato é uma prestação, essa prestação pode ser de dar, fazer ou não fazer.
· PRINCIPIOS CONTRATUAIS
1. P. da autonomia da vontade: 
Segundo este principio, as partes tem autonomia para contratar. A liberdade de contratar conferida as partes é de dois aspectos: o da liberdade de contratar propriamente dita, em que se pode escolher o conteúdo do contrato, etc; e do aspecto da escolha da modalidade do contrato (contratos típicos ou atípicos).
No entanto, essa autonomia é limitada, já que devem ser observados os princípios de ordem publica e os bons costumes.
2. P. da obrigatoriedade:
O contrato faz lei entre as partes e é feito para ser cumprido. Como o acordo de vontades se deu nos limites da autonomia privada das partes, as regras estabelecidas em contrato impõe-se coercitivamente a elas. Não podem as partes alterar unilateralmente o conteúdo do contrato.
-> Teoria da imprevisão: art 478. Permite a resolução do contrato caso a obrigação tenha se tornado excessivamente onerosa para uma das partes em decorrência da alteração da realidade socioeconômica, em comparação à época da celebração contratual.
3. P. da relatividade dos contratos:
É aquele que vincula exclusivamente as partes que nele intervierem, ou seja, produz eficácia somente entre as partes, não aproveitando ou prejudicando terceiros.
Há algumas exceções.
4. P. da boa fé:
A boa fé que o código prevê é a objetiva (independe de analise de culpa e consciência). De acordo com esse principio, as partes devem agir de forma correta antes, durante e depois do contrato. Pela boa fé objetiva do agente, analisa-se sua responsabilidade contratual.
5. P. da função social dos contratos:
Na interpretação dos contratos atem-se mais a intenção do que ao sentido literal das disposições escritas.
6. P. da justiça contratual:
As interpretações nos contratos de consumo, normalmente firmados por meio de contrato de adesão, devem ser mais favoráveis ao consumidor, que se encontra em posição inferior perante o fornecedor, com o objetivo de garantir o equilíbrio contratual das partes e consagrar a justiça contratual, por meio da concretização da igualdade jurídica material nas relações contratuais de consumo.
· CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
- TÍPICOS:
Contratos típicos ou nominados são as espécies contratuais que tem “nomen iuris” e servem de base à fixação dos esquemas, modelos ou tipos de regulamentação especifica da lei.
Ex: compra, venda, fiança.
- ATÍPICOS:
Atipicos ou inominados são os que afastam-se dos modelos legais, pois não são disciplinados ou regulados expressamente pelo CC ou por lei extravagante, porém são permitidos juridicamente, desde que não contrariem a lei e os bons costumes.
- CONSENSUAIS
São aqueles formados unicamente pelo acordo de vontades, isto é, independem da entrega da coisa ou da observância de determinada forma.
- REAIS
Os contratos reais necessitam para seu aperfeiçoamento alem do consentimento, a entrega da coisa que lhe serve de objeto. Tais não se formam sem a tradição da coisa.
- FORMAIS/SOLENES
Para a sua validade é exigida determinada forma preestabelecida em lei, normalmente a escrita, podendo ser instrumento publico (em cartório) ou por instrumento particular.
- NÃO FORMAIS/NÃO SOLENES
São os contratos que tem forma livre. São validos e eficazes quando celebrados, qualquer que seja sua forma.
- UNILATERAIS:
Os contratos são unilaterais se um só dos contratantes assumir obrigações em face do outro, de tal sorte que os efeitos são ativos de um lado e passivos de outro, pois uma das partes não se obrigara, não havendo, portanto, qualquer contraprestação.
- BILATERAIS
Cada um dos contratantes é simultânea e reciprocamente credor e devedor do outro, pois produz direito e obrigações para ambos.
- ONEROSOS
São aqueles que trazem vantagem para ambos os contratantes, pois estes sofrem um sacrifício patrimonial, correspondente a um proveito almejado.
- GRATUITOS
Oneram somente uma das partes, proporcionando à outra uma vantagem, sem qualquer contraprestação.
- COMUTATIVOS
É o contrato bilateral e oneroso, no qual a estimativa da prestação a ser recebida por qualquer das partes pode ser efetuada no ato mesmo em que o contrato se aperfeiçoa.
Ex: locação de coisa.
- ALEATORIOS
Contrato bilateral e oneroso em que pelo menos uma das partes não pode antecipar o montante da prestação que receberá, em troca da que fornece. Compra-se um risco.
Ex: seguro
- INDIVIDUAIS
As vontades são individualmente consideradas. Cria direitos e obrigações para as pessoas que dele participam.
- COLETIVOS
Perfazem-se pelo acordo de vontades entre duas pessoas jurídicas de direito privado, representativa de categorias profissionais, sendo denominadas de convenções coletivas. Geram deliberações normativas, que podem se estender a todas as pessoas pertencentes a determinada categoria profissional (por isso não tem verdadeira natureza contratual).
- INSTANTANEOS
Cumpre pela prestação efetuada por ambas as partes num só momento, como ocorre com a compra e venda a vista e com a permuta. Somente nos contratos instantâneos podem as partes exigir o cumprimento simultâneo das prestações.
- CONTINUADOS
São aqueles em que uma das partes (ou ambas) devem cumprir sua obrigação em tempo futuro.
No sistemas que admitem a revisão dos contratos pelo juiz, por acolherem a teoria da imprevisão, esta só incide sobre os contratos de execução diferida no futuro, e não sobre os de execução instantânea.
- POR TEMPO DETERMINADO
É aquele que tem data de inicio e termino antecipadamente combinadas entre as partes. A data de inicio ou de termino de um contrato limita a duração dos efeitos deste, gerando o seu principio e sua extinção.
- POR TEMPO INDETERMINADO
Por vontade dos contratantes, não é estipulada a sua duração, podendo findar a qualquer tempo, por iniciativa de uma das partes. Geralmente dependem de motivação para que possam ser extintos.
- PRIVADO
Se caracterizam pela disponibilidade de vontades, as partes tem total liberdade de contratar.
- ADMISTRATIVOS/PUBLICOS
Existe nos contratos administrativos a supremacia do interesse publico sobre o privado; poderá modificar o contrato unilateralmente; é sempre escrito.
- PESSOAIS
São aqueles em que a pessoa e um dos contratantes é determinante para a execução do contrato pelo outro contraente.
Devido à sua característica “pessoal” os contratos pessoais são intransmissíveis, não podendo ser executados por outrem, nem cedidos. Desta forma, falecendo o devedor, extingue-se a obrigação. Por igual motivo, são anuláveis por erro essencial sobre a pessoa do contratante.
- INPESSOAIS
São aqueles em que a pessoa de um dos contraentes éjuridicamente irrelevante para a execução do contrato pelo outro contraente.
- PARITARIOS
Admite-se uma fase em que se procede o debate das clausulas das avenças e na qual as partes, colocadas em pé de igualdade, discutem os termos dos negócios. 
- ADESÃO
É aquele em que todas as clausulas são previamente estipuladas por uma das partes, de modo que a outra, no geral mais fraca e na necessidade de contratar, não tem poderes para debater as condições, nem introduzir modificações no esquema proposto. Este ultimo contraente aceita tudo em bloco ou recusa tudo por inteiro. No contrato de adesão a fase inicial de debater e transigência fica eliminada, pois uma das partes impõe à outra, como um todo, o instrumento inteiro do negocio, que esta, em geral, não pode recusar.
O negocio deve ser daqueles que envolvem a necessidade de contratar por parte de todos, ou de um considerável numero de pessoas.
O contrato deve ser interpretado contra quem o reduziu;
Deve-se distinguir entre as clausulas principais e acessório
As clausulas manuscritas devem ter preferência, pois revelam ló propósito de revogar as impressas.
· CLAUSULA ABUSIVAS
São aquelas que colocam o consumidor em desvantagem nos contratos de consumo. O consumidor que se deparar com uma clausula abusiva poderá recorrer à Justiça para pleitear sai nulidade, e, consequentemente, livrar-se da obrigação nela prevista. São abusivas aquelas que estabelece obrigações iníquas, que coloque o consumidor em desvantagem exagerada, ou seja, incompatível com a boa fé ou a equidade.
· FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
- MANIFESTAÇÃO DA VONTADE:
O contrato só se aperfeiçoa pela manifestação concordante da vontade dos contratantes. Tal manifestação pode ser expressa ou tacita.
A manifestação é expressa quando se revela através do propósito deliberado, de uma das partes, de externar o seu pensamento em determinado sentido. Pode-se revelar através da palavra, escrita ou oral, como ainda por meio de gestos.
O consentimento é tacito quando provem de atos do agente, incompatíveis com a decisão contraria.
-> O silencio como manifestação da vontade: não se deve confundir consentimento tácito com efeito vinculante do silencio, pois este, não sendo nem afirmação nem negação, não pode ser considerado como manifestação tacita do querer.
Excepcionalmente tem-se admitido a função vinculativa do silencio, quando em virtude de circunstancias especiais, a inércia de uma das partes dever ser compreendida como aceitação. Diz-se então ocorrer silencio circunstanciado, ou qualificado. Isso se dá sempre que a lei, a vontade das partes ou o comportamento passado dos contratantes houver estabelecido para qualquer destes o dever de recusar expressamente oferta, sob pena de se imaginar que a aceitou.
- NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES:
O ajuste entre as partes é conseguido através da fase pré contratual, em que os interessados vão chegando a um acordo final.
As negociações preliminares não obrigam as partes, nenhuma responsabilidade pode daí advir. Todavia, o abandono das negociações preliminares não pode ser atribuído e injustificado.
- PROPOSTA:
Constitui ato jurídico unilateral, por intermédio do qual o policitante convida o oblato a contratar, apresentando desde logo os termos a que se dispõe a faze-lo. A lei impõe ao policitante o dever de manter sua proposta, sujeitando-o às perdas e danos em caso de inadimplemento.
Deixa de ser obrigatória a proposta dirigida a pessoa presente quando, feita sem prazo, não for imediatamente aceita. Se prazo foi concedido para a resposta, o policitante só se desvincula de sua oferta após o transcurso desse prazo, sem aceitação.
- ACEITAÇÃO:
Os contratos se aperfeiçoam no momento da aceitação. Consiste na formulação da vontade concordante do objeto, feita dentro do prazo e envolvendo adesão integral à proposta recebida. Caso o oblato não concorde integralmente e proponha ajuste, não se trata de aceitação, mas de nova proposta.
Se o policitante propõe um ajuste para ser aceito dentro de certo prazo, enquanto o mesmo não transcorrer estará o ofertante preso à proposta. A aceitação, em regra, expressa, pode operar tacitamente.
· Aceitação nos contratos por correspondência epistolar:
Segundo o sistema da agniçao, o contrato só se aperfeiçoa no momento em que o policitante toma conhecimento da aceitação.
· Lugar em que se reputa celebrado o contrato:
O lugar em que foi proposto.
· CONTRATO SOBRE HERANÇA DE PESSOA VIVA
A lei proíbe contratos que tenha por objeto herança de pessoa viva.
· CONTRATOS ELETRONICOS
A boa fé objetiva também norteia o direito contratual eletrônico. O momento do contrato se da quando o oblato emite a sua aceitação aos termos propostos, a chamada “teoria da expedição”. Aplica-se também o CDC.
· INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS
A interpretação dos contratos exerce função objetiva e subjetiva. Nos contratos escritos, a analise do texto (interpretação objetiva) conduz à descoberta da intenção das partes (interpretação subjetiva), alvo principal da operação. O CC deu prevalência à teoria da vontade, sem aniquilar a da declaração. A real intenção das partes, a ser considerada nas declarações de vontade, é a “nelas consubstanciadas”, não se pesquisando o pensamento intimo dos declarantes.
· PRINCIPIOS BASICOS
- BOA FÉ:
Deve o interprete presumir que os contratantes procedem com lealdade, pois a boa fé se presume, a má fé deve ser provada.
- CONSERVAÇÃO DO CONTRATO:
Se uma clausula contratual permitir duas interpretações diferentes, prevalecera a que pode produzir algum efeito.
· Quando houver no contrato de adesão clausulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-a adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
· A transação interpreta-se restritivamente
· A fiança não admite interpretação extensiva
· Prevalecera a interpretação da clausula testamentaria que melhor assegure a observância da vontade do testador.
· ESTIPULAÇAO EM FAVOR DE TERCEIRO
O contrato com estipulação em favor de terceiro é composto por:
- ESTIPULANTE: é aquele que estipula que alguém realize uma obrigação em favor de terceiro.
- PROMITENTE: é aquele que realiza o contrato com o estipulante se obrigando a realizar algo em favor de um terceiro.
- BENEFICIÁRIO: é o terceiro; não integra os polos da relação jurídica contratual, entretanto, é o beneficiário do objeto contratual firmado entre estipulante e promitente. 
O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Ao terceiro, em favor de quem se estipula a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito ás condições e normas do contrato, se a ele anuir.
Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.
O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e a do outro contratante.
Aquele que tiver prometido fato de terceiro, respondera por perdas e danos, quando este não executar. Tal responsabilidade não existira se o terceiro for cônjuge do promitente, dependendo de sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime de casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de ter se obrigado, faltar à prestação.
· CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
É negocio jurídico por meio do qual um dos contratantes se compromete a indicar, no prazo assinado, com qual pessoa a outra parte se relacionara, exigindo-se a partir daí o cumprimento dos direitos e obrigações decorrentes. Assim, um terceiro ingressara na relação contratual.
· CESSÃO DE CRÉDITO
É o negocio jurídico onde o credor de uma obrigação, chamado cedente, transfere a um terceiro, chamado cessionário, sua posição ativa na relação obrigacional, independente da autorização do devedor, que se chama cedido. Tal transferência pode ser onerosa (comprar) ou gratuita (doação). 
· CESSÃO DE CONTRATO
Contrato onde um terceiro assume a posiçao do devedor, responsabilizando-se peladivida e pela obrigação que permance integra, com autorização expressa do credor.
· ARRAS
As arras ou sinal, constituem a importância em dinheiro ou da coisa dada por um contratante ao outro, por ocasião da conclusão do contrato, com escopo de firmar a presunção de acordo final e tornar obrigatório o ajuste, ou ainda, excepcional, com o propósito de assegurar, para cada um dos contratantes, o direito de arrependimento.
As arras constituem um pacto acessório ao contrato principal e de caráter real.
ACESSORIO, porque sua existência e eficácia dependem da existência e eficácia do contrato principal.
É REAL porque o contrato se aperfeiçoa pela entrega da coisa, por uma das partes à outra: A mera promessa de entrega de um sinal não gera os efeitos atribuídos pela lei ao ajuste arral, porque este depende, para sua eficácia, da entrega da res, acima referida.
Esta, afinal, é uma das diferenças entre as arras e a clausula penal. Embora estes institutos tenham por vezes funções semelhantes (criar um reforço para o contrato, sujeitando o inadimplente à perda da importância da pena, ou do sinal a qual correspondem às perdas e danos pré-calculados), os dois institutos se diversificam, entre outros, circunstancias, pelo fato das arras envolverem a entrega, desde logo, da coisa ou cifra decorrente.
· ART. 1094. O sinal, ou arras, dado por um dos contratantes, firma a presunção de acordo final, e torna obrigatório o contrato.
· As arras tem função meramente confirmatória. Assim, nenhuma das partes pode, legitimamente, se arrepender do negocio e o inadimplemento, por qualquer delas, sujeita-a à indenização das perdas e danos.
· É evidente que se o contrato se cumprir, a importância já entregue por um dos contratantes ao outro, a titulo de arras, passa a ser considerado como adiantamento do preço.
· ART. 1095. Podem, porem, as partes estipular o direito de se arrepender, não obstante as arras dadas. Em caso tal, se o arrependimento for o que as deu, perde-las-a em proveito do outro, se o que a recebeu, restitui-las-a em dobro.
· A faculdade de arrependimento, mediante sacrifício do sinal, só é permitido se houver clausula expressa. 
· Não pode o inadimplente, que perdeu as arras penitenciais ou teve que devolve-las em dobro, ser condenado a reparar as perdas e danos.
· RESPONSABILIDADE PRÉ CONTRATUAL
A doutrina brasileira recepciona a “culpa in contrahendo” através da aplicação dos princípios da liberdade contratual e da boa fé decorrentes de negociações preliminares realizadas pelas partes. Fala-se em responsabilidade pré contratual quando há um rompimento injustificado das tratativas.
· RECUSA DE CONTRATAR:
Quem se recusa a contratar ou injustificadamente desiste de contratar após iniciar eficientes tratativas, pode ser obrigado a indenizar, sendo, neste caso, aplicado os princípios do art 186. “aquele que por ação ou omissão voluntaria, negligencia ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
· ROMPIMENTO DAS NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES
Nesse caso, o comportamento lesivo da parte é determinado em um momento precedente ao contrato. Os atos preparatórios ao contrato poderão gerar, em caso de quebra injustificada de expectativa de contratar, responsabilidade civil do infrator, por força da violação da boa fé objetiva pré-contratual.
Se João cria para Maria a expectativa de contratar, obrigando-a, inclusive, a fazer despesas para possibilitar a realização do contrato, depois, sem qualquer motivo rompe as negociações, Maria terá direito de se ressarcida dos danos que sofreu.
· RESPONSABILIDADE PÓS-CONTRATUAL
Caracteriza-se pelo dever de responsabilização pelos danos advindos após a extinção do contrato, independentemente do adimplemento da obrigação. Pode-se dizer que a responsabilidade pós-contratual é uma projeção de responsabilidade pré-contratual, guardando-se as devidas particularidades. A ocorrência da responsabilidade pos-contratual se da quando há um descumprimento dos deveres acessórios, anexos dos deveres principais da relação contratual. Os deveres acessórios são aqueles decorrentes da boa fé objetiva dos contratantes, ou seja, são os deveres de lealdade, proteção e informação, previstos ou não em lei.
· VICIOS REDIBITORIOS
A coisa recebida em virtude do contrato comutativo pode ser enjeitado por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuem o valor.
≠ inadimplemento contratual: no vicio redibitório o contrato é cumprido de maneira imperfeita; no inadimplemento é descumprido.
≠ erro substancial: na hipótese de erro substancial sobre o objeto da declaração ou qualidade a ela essencial, a coisa ou objeto da declaração é outra, diferente da que o declarante tenha m mente.
Em conclusão, o vicio redibitório consiste em defeito oculto da coisa, não comum às congêneres e que torna imprópria ao seu destino ou lhe diminuem sensivelmente o valor; se houver sido adquirida por força de contrato comutativo, a lei defere ao adquirente ação para redibir o contrato ou para obter abatimento do preço.
· Se o alienante conhecia o vicio e silencia sobre sua existência, sua má fé se manifesta e, portanto, alem de assistir ao desfazimento do negocio deve indenizar o prejuízo experimentado pelo adquirente.
· REQUISITOS CARACTERIZADORES DO VICIO REDIBITORIO:
* O defeito deve prejudicar o uso da coisa ou diminuir-lhe sensivelmente o valor.
* O defeito deve ser oculto
* O defeito deve existir no momento do contrato
· EVICÇÃO
Da-se a evicção quando o adquirente de uma coisa se vê no total ou parcialmente privado da mesma, em virtude de sentença judicial que a atribui a terceiro, seu verdadeiro dono. Portanto, a evicção resulta sempre de uma decisão judicial.
A lei determina que nos contratos onerosos pelo quais se transfere o domínio, posse ou uso, será obrigado o alienante a resguardar o adquirente dos riscos das evicção, toda vez que não se tenha excluído expressamente essa responsabilidade.
Para que a responsabilidade pela evicção se configure, é mister que o contrato seja oneroso, e ainda que a evicção derive de sentença judicial proferida em processo em que o alienante tenha ampla participação, por haver sido chamada a autoria.
· TEORIA DA IMPREVISÃO
Consiste no reconhecimento de que eventos novos, imprevistos e imprevisíveis pelas partes e a elas não imputáveis, refletindo sobre a economia e a execução do contrato, assim autorizando sua revisão, para ajusta-lo às circunstancias supervenientes.
Pode ser nos casos:
* Caso fortuito (evento da natureza)
* Força maior (evento humano)
* Determinaçao estatal
* Fato de administraçao publica
Como consequência da inexecução tem-se a recisão do contrato e pode acarretar para o inadimplente, consequência de ordem civil e adminstrativa, como a responsabilidade civil que é a obrigação de reparar o dano patrimonial.

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