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Resumo - Teoria da Pena

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1
TEORIA DA PENA – Professora 
[2] “A Pena é a sanção aflitiva imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao autor de uma infração (penal), como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico, e cujo fim é evitar novos delitos.” (Damásio de Jesus).
O Direito penal deve ser a última forma de controle social exercido dentro de um Estado. (Princípio da intervenção mínima = Só deve intervir o Estado por intermédio do direito Penal, quando outros ramos do Direito não conseguirem prevenir conduta ilícita).
Todos que estão presos hoje estão cumprindo pena??? Não.
· Movimento constante do direito:
Teoria Tridimensional do Direito: Desenvolvida por Miguel Reale em 1968, essa teoria pressupõe que o direito deve ser compreendido em três dimensões: Fato, Valor e Norma. Ou seja, não se deve compreender o direito apenas como uma ciência normativa, positivista, abstrata e isolada, mas aprofundar o estudo dessa experiência normativa a fim de se compreender os valores que determinam os preceitos jurídicos, e os fatos que os condicionam.
O direito, assim, deve ser compreendido numa dimensão epistemológica (ciência, norma), numa dimensão fática, onde o direito é tido como uma realidade histórica e cultural, e compreendido numa dimensão axiológica, onde o Direito é valorativo. 
[3] Consoante aos princípios constitucionais, sobretudo da Dignidade da pessoa humana, protege-se valores fundamentais: saúde, liberdade, vida, propriedade, etc. BEM JURÍDICO. Ou seja, o Direito penal vem proteger bens jurídicos relevantes.
A pena aplicada a quem infringe a legislação (lesão ou ameaça de lesão a um bem jurídico), é justamente a restrição de um BEM JURÍDICO: total ou parcial. Todavia, deve-se observar que todos os ramos do direito do país estão diretamente vinculados aos preceitos constitucionais. 
O direito é uno, indivisível e indecomponível, estando dividido em segmentos apenas com finalidade didática, pois o Direito Penal está interligado a todos os ramos do Direito, especialmente Direito Constitucional.
Cumpre salientar que os fundamentos do Estado Democrático de Direito estão estipulados no art. 1ª da Constituição Federal:
[4]
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
“Da dignidade da Pessoa Humana derivam Princípios constitucionais do Direito Penal, cuja função é estabelecer limites à liberdade de seleção típica do legislador, buscando, com isso, uma definição material do crime.” (Fernando Capez). Os princípios Constitucionais do Direto Penal limitam o poder do Estado – protegem o cidadão.
O Estado Democrático de Direito é amplo, pois neste não existe somente a proclamação formal de direito entre os homens, mais também metas e deveres quanto à construção de uma sociedade livre, justa e solidária, buscando o bem comum, a cidadania e principalmente o respeito à dignidade humana.
[5]
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Teorias que legitimam a aplicação de sanção penal:
Histórico: sanções físicas, sanção moral. Atualmente a sanção não recai sobre o corpo, tem caráter eminentemente moral – para o Direito Penal punem-se condutas e não pessoas.
FINALIDADE DA PENA
Existem três teorias para definir a finalidade da pena: (teorias que legitimam a sanção penal) 
[6] a) Teoria absoluta (ou da retribuição) – a finalidade da pena é punir o autor de uma infração penal. A pena nada mais consiste que na retribuição do mal injusto, praticado pelo criminoso, pelo mal justo previsto em nosso ordenamento jurídico. Hegel: “A pena é um mal pelo mal”.
* Nos primórdios da civilização a ideia de pena surgiu com o intuito de “vingança” (açoites, castigos, multilações). 
* Em 1779 concilio de Latrão – pena mais severa era inquisição (igreja)
[7] b) Teoria relativa (finalista, utilitária ou preventiva) – a pena possui fim prático de prevenção geral e prevenção especial. Fala-se em prevenção especial, na medida em que é aplicada para promover a readaptação do criminoso à sociedade e evitar que volte a delinquir. Fala-se em prevenção geral, na medida em que intimida o ambiente social (as pessoas não delinquem porque tem medo de receber punição). Ideia Iluminista “Marques de Beccaria” (Sex XVIII) – preocupam-se com a prevenção: 
* Prevenção Geral: voltada a todos. A finalidade da pena é uma coação moral, evitar que indivíduos pratiquem ou voltem a praticar delitos.
* Prevenção Especial: voltada a ao cidadão, procurando corrigi-lo.
(Obs. Essa teoria tem uma falha em relação à não previsão em relação aos delitos culposos – aqui a finalidade não era ilícita).
[8] c) Teoria Unitária / Mista (monista, eclética, intermediária ou conciliatória) – A pena possui dupla função, quais sejam, punir o criminoso (retribuição do mal injusto) e prevenir a prática do crime promovendo sua readaptação seja pela intimidação coletiva.
* d) Teoria do Garantismo Penal: a sanção penal deve intervir para substituir a vingança privada, com os devidos limites: dignidade humana e proporcionalidade (Vedação ao excesso). (Luigi Ferrajoli). (Assistente de Acusação)
[9] CP - Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
LEP – Lei de Execução Penal 7.210/84 Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado
Características da pena:[10]
a) Legalidade: a pena deve estar prevista em lei vigente (CP art. 1º e CF art. 5º XXXIX)
b) Anterioridade: A lei já deve estar em vigor na época em que for praticada a infração penal (CP art. 1º e CF art. 5º XXXIX).
c) [11] Personalidade: a pena não pode passar da pessoa do condenado (CF, art. 5º, XLV) (pena de multa extinta com morte do réu)
d) Individualidade: sua imposição e cumprimento deverão ser individualizados de acordo com a culpabilidade e o mérito do sentenciado (CF, art. 5º, XLVI – Art. 59 CP)
e) Inderrogabilidade: salvo exceções legais, a pena não pode deixar de ser aplicada sob nenhum fundamento. Ex. o juiz não pode extinguir a pena de multa levando em conta seu valor irrisório.
f) Proporcionalidade: a pena deve ser proporcional ao crime praticado (CF, art. 5º XLVI e XLVII)
g) [13] Humanidade: não são admitidas penas de morte, salvo em caso de guerra declarada, perpétuas (CP art, 75), de trabalhos forçados, de banimento e cruéis (CF, art. 5º, XLVII)
CP Limite das penas 
        Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. 
        § 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. 
       § 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.
        Concurso de infrações
        Art. 76 - No concurso de infrações, executar-se-á primeiramente a pena mais grave
[14] 07. CESPE - 2009 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - Com relação à finalidadedas sanções penais, assinale a opção correta.
a) Segundo entendimento doutrinário balizador das normas aplicáveis à espécie, as teorias tidas por absolutas advogam a tese da aplicação das penas para a prevenção de futuros delitos. 
b) As teorias tidas por relativas advogam a tese da retribuição do crime, justificada por seu intrínseco valor axiológico, que possui, em si, seu próprio fundamento.
c) O ordenamento jurídico brasileiro não reconheceu somente a função de retribuição da pena, sendo certo que a denominada teoria mista ou unificadora da pena é a mais adequada ao regime adotado pelo CP.
d) As medidas de segurança têm finalidade essencialmente retributiva. 
AULA 2 – TEORIA DA PENA - PROFESSORA
Garantismo Penal: Princípios – Limitadores da atuação do Estado
Informadores, norteadores e garantidores dos direitos:
Princípio da Intervenção Mínima: A criação de tipos delituosos deve obedecer à imprescindibilidade, só devendo intervir o Estado, por intermédio do Direito Penal, quando outros ramos do Direito não conseguirem prevenir a conduta.
Princípio da Subsidiariedade: 
Princípio da Fragmentariedade: nem todas as lesões a bens jurídicos penais serão por eles sancionados
Princípio da Humanidade das penas (Advém do princípio da Dignidade da Pessoa Humana) Art. 5º CF XLVII (a sanção não vai passar da pessoa do condenado) 
Princípio da proporcionalidade: A sanção deve ser necessária e suficiente (necessidade e adequação) – Valoração entre “desvalor da conduta” do agente e o “desvalor do resultado”.
Furto (Art. 155 CP) reclusão de 1 a 4 anos
X
Roubo (Art. 157 CP) reclusão de 4 a 10 anos
Princípio do “Ne bis in iden”: Ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato. 
a) Aspecto penal material: Ninguém pode sofrer duas penas em face do mesmo crime.
b) Aspecto penal processual: ninguém pode ser processado e julgado duas vezes pelo mesmo fato.
Obs.: Alguns direitos EXPRESOS previstos na Constituição Federal voltados ao Direito Penal:
· Dignidade da Pessoa Humana.
· Direitos Fundamentais - Art. 5º:
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
 LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Penas não previstas no código penal, mas são aplicadas: (penas mais benéficas ao réu)
Advertência -> Lei 11343 pouca quantidade – advertência
Degredo -> Local, residência fixa (imóvel, cidade) – 
Desterro -> proibida de frequentar determinado local
* Lei de Introdução ao Código Penal: art. São Crimes as infrações punidas com reclusão e detenção, e contravenções as punidas com prisão simples ou multa.
Espécies de Pena:
TÍTULO V
DAS PENAS
CAPÍTULO I
DAS ESPÉCIES DE PENA
        Art. 32 - As penas são:  
        I - privativas de liberdade;
        II - restritivas de direitos;
        III - de multa.
A) A Privativa de liberdade: 
SEÇÃO I
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
        Reclusão e detenção
        Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado
        § 1º - Considera-se:      
   a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
        b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
        c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
Regime fechado: estabelecimento de segurança máxima ou média: Art. 34 CP e art. 87 e ss da LEP - penitenciária, com vigilância ostensiva, só trabalha lá dentro da penitenciaria, e volta para dormir em cela individual 6 m² com acento sanitário único = Lei execução Penal) ou média; 
Semiaberto: Art. 45 do CP, Art. 91 e ss da LEP: O sujeito trabalha dentro do estabelecimento, mas sem vigilância tão ostensiva. Cela pode ser coletiva (não que estejam um em cima do outro). Pode trabalhar fora do estabelecimento, mas como não tem – pode trabalhar e retornar à colônia agrícola à noite.
Aberto: Sujeito trabalha – tem que trabalhar – durante o dia em liberdade, e de noite se recolhe numa “casa de albergado”. Pela lei essa casa ele tem acesso a cursos, palestras, orientações educacionais, saúde... 
*** Regime aberto domiciliar: previsto na LEP para condenados em regime aberto desde que preenchidas determinadas circunstancia, art 117
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.
Se não tem vaga na casa de albergado – problema em todo país – Tribunais superiores – permitem condenados em regime aberto, menos fora das condições do 117, fazem prisão albergue domiciliar.
Se no semi aberto não tem colônia agrícolas e industrial – Tribunais superiores – pacificaram: se faltou vaga no semi aberto, ele não pode ficar no regime fechado – então se faltou vaga, ele vai para regime ABERTOaguardar vaga para semiaberto.
Se faltar vaga no regime fechado: fica no fechado, violando condições legais.
Dinâmica Progressiva: sujeito vai passando do mais gravoso ao mais ameno.
Não pode do fechado ao aberto – no mundo jurídico.
Condição para progressão 112 Lep: 
· Objetiva: cumprimento de parcela da pena (crimes comuns 1/6 da pena / crimes hediondos e equiparados, depende: primário: 2/5 da pena – reincidente 3/5 da pena)
· Subjetivo: mérito – bom comportamento (relatório do diretor da penitenciária, ou que o juiz julgar necessários.
Mau comportamento: pode regredir para regime anterior – pode ser por salto (aberto para fechado).
* Pena de cadeia pública, Casas provisórias de detenção: é ILEGAL.
Não se pode cumprir pena em cadeia pública – esses locais foram feitas para aguardar processo – prisão processual (prisão temporária, prisão preventiva, prisão em flagrante) – espera decurso do processo. Mas cumprimento de pena é naqueles locais que a Lei determina.
Cadeia pública não é construída para reinserção como a penitenciária – lá ele não tem direito a trabalho, estudo, não faz as atividades de inserção adequadas. 
Quando sujeito tem duas condenações: Regime aberto e regime semi aberto.
LEP: Somar as penas: Unificação de penas
Só pode ficar até 30 anos – art. 75 do CP; Sujeito pode permanecer mais de 30 anos no cárcere, se cometer novo CRIME. §2º.
Se for condenado a 100 ou a 30 anos, dá na mesma? Não: os benefícios da execução penal serão contados da PENA.
· Princípios que envolvem A PENA – e suas características
1. Princípio da Legalidade na execução penal: consiste em evitar excessos ou desvios na execução (art. 3º LEP):
2. Princípio da Isonomia: Proíbe qualquer espécie de distinção entre os condenados (art. 3º Parágrafo único – LEP)
3. Princípio da personalização da pena: os condenados devem ser classificados visando individualizar o tratamento reeducativo, baseando nos antecedentes e personalidade, evitando a massificação da execução (art. 5º e 6º da LEP)
4. Princípio da Jurisdicionalidade: Garante que a jurisdição não se esgota com o trânsito em julgado da condenação, mas persiste em todos s momentos da execução – os incidentes serão decididos pelo Poder Judiciário. A autoridade administrativa irá decidir somente pontos secundários da execução, como por exemplo: horários de sol, cela do preso, alimentação.
5. Princípio reeducativo: toda execução penal volta-se para a tentativa de ressocialização do sentenciado, trazendo-o de volta ao convívio social.
6. Princípio do devido processo legal
7. Princípios do contraditório e da ampla defesa.
 
OBS: Presídios:
Cerca de 1200 presídios no Brasil. Presos provisórios e presos cumprindo pena.
Problemas: Superlotação.
Aumentar presídios melhora situação? *Varas de execução penal, fortalecer defensoria pública, penas alternativas. A pena está ressocializando o indivíduo?
Classificação quando preso tem situação definida – na prática, há uma mistura dos presidiários.
RDDs – exceção.
Presos provisórios – ainda não foram julgados – em regra devem ficar em separado. 
Medidas Cautelares do CPP (monitoração eletrônica) antes era semiaberto ou saída temporária.
O ideal é que os presos não fiquem nas delegacias – a polícia civil acaba deixando de exercer sua função de investigação.
Tipos de prisão
Diferenças entre prisão temporária, preventiva, em flagrante, civil e para efeitos de extradição – modalidades permitidas pela justiça brasileira.
Prisão Temporária: A prisão temporária é uma modalidade de prisão utilizada durante uma investigação. Geralmente é decretada para assegurar o sucesso de uma determinada diligência “imprescindível para as investigações”. 
Conforme a Lei 7.960/89, que regulamenta a prisão temporária, ela será cabível:
 I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes de homicídio, sequestro, roubo, estupro, tráfico de drogas, crimes contra o sistema financeiro, entre outros.
O prazo de duração da prisão temporária, em regra, é de 5 dias. Entretanto, existem procedimentos específicos que estipulam prazos maiores para que o investigado possa permanecer preso temporariamente.
Prisão Preventiva: A prisão preventiva atualmente é a modalidade de prisão mais conhecida e debatida do ordenamento jurídico. Ela pode ser decretada tanto durante as investigações, quanto no decorrer da ação penal, devendo, em ambos os casos, estarem preenchidos os requisitos legais para sua decretação. 
O artigo 312 do Código de Processo Penal aponta os requisitos que podem fundamentar a prisão preventiva, sendo eles: 
a) garantia da ordem pública e da ordem econômica (impedir que o réu continue praticando crimes); 
b) conveniência da instrução criminal (evitar que o réu atrapalhe o andamento do processo, ameaçando testemunhas ou destruindo provas); 
c) assegurar a aplicação da lei penal (impossibilitar a fuga do réu, garantindo que a pena imposta pela sentença seja cumprida).
O STF rotineiramente vem anulando decretos de prisão preventiva que não apresentam os devidos fundamentos e não apontam, de forma específica, a conduta praticada pelo réu a justificar a prisão antes da condenação. A Constituição Federal determina que uma pessoa somente poderá ser considerada culpada de um crime após o fim do processo, ou seja, o julgamento de todos os recursos cabíveis.
Prisão em Flagrante: A prisão em flagrante possui uma peculiaridade pouco conhecida pelos cidadãos, que é a possibilidade de poder ser decretada por “qualquer do povo” que presenciar o cometimento de um ato criminoso. As autoridades policiais têm o dever de prender quem esteja em “flagrante delito”.
Prisão para execução da pena: A prisão que objetiva o início da aplicação de uma pena foi objeto de discussão de um recente debate pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal. Os ministros entenderam que ela somente pode ser iniciada quando forem julgados todos os recursos cabíveis a serem interpostos, inclusive àqueles encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ – Recurso Especial) e Supremo Tribunal Federal (STF – Recurso Extraordinário). 
Entretanto, isso se aplica aos condenados que responderam o processo em liberdade, pois contra estes não existiam fundamentos para decretação da prisão preventiva. Caso surjam novos fatos que justifiquem a prisão a preventiva, os condenados poderão ser recolhidos antes do julgamento dos recursos.
Esta modalidade de prisão é regulamentada pela Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/1984), que possibilita, inclusive, o sistema de progressão do regime de cumprimento das penas, trata dos direitos e deveres dos presos e determina as sanções às faltas disciplinares, entre outros temas.
Prisão preventiva para fins de extradição: Medida que garante a prisão preventiva do réu em processo de Extradição como garantia de assegurar a efetividade do processo extradicional. É condição para se iniciar o processo de Extradição. 
A Extradição será requerida depois da Prisão Preventiva para Extradição, por via diplomática ou, na falta de agente diplomático do Estado que a requerer, diretamente de governo a governo. O Ministério das Relações Exteriores remeterá o pedido ao Ministério da Justiça, que o encaminhará ao STF, cabendo ao Ministro Relator ordenar a prisão do extraditando, para que seja colocado à disposição do Supremo Tribunal Federal.
A importância da prisão preventiva para extradição se dá pelo fato de que seria impossível para o país, que pretende julgar um criminoso, apresentar pedido de extradição para um determinado estado onde o procurado foi localizado, mas logo após este fugir para outro país.
Também de nada adiantaria conceder um pedido de extradição, mas na hora de entregar o estrangeiro ao Estado requerente, não estar com ele em mãos. Entretanto, em casos excepcionais, o STFtem autorizado que estrangeiros com pedido de extradição em curso possam aguardá-lo em liberdade.
Prisão civil do não pagador de pensão alimentícia: Esta é a única modalidade de prisão civil admitida na Justiça brasileira. Recentemente o Supremo reconheceu a ilegalidade de outra espécie de prisão civil, a do depositário infiel.
A prisão civil do não pagador de pensão alimentícia tem por objetivo fazer com que o pai ou mãe, ou outro responsável, cumpra sua obrigação de prestar alimentos ao seu filho. Existem debates sobre a possibilidade do filho também possuir o dever de prestar alimentos aos pais, quando estiverem passando necessidades.
CRIME:
	Fato TÍPICO
	ANTIJURÍDICO
	CULPÁVEL
	Conduta (dolo, culpa)
Nexo Causal
Tipicidade
Resultado
	Fato que não incide o Art. 23
· Legítima defesa
· Est. Necessidade
· Estrito cumprimento do dever legal
· Exercício Regular de Direito
	Imputabilidade
Potencial consciência da Ilicitude
Exigibilidade de Conduta Diversa
	
É
	
CRIME
	SANÇÃO
PENA = CULPABILIDADE

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