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Portfólio de Anatomia Humana

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José Franquiel de Santana Júnior
Portfólio de Anatomia Humana 
(Introdução a Anatomia; Sistema Esquelético e Sistema Articular)
Arapiraca-AL
05 de outubro, 2020.
· Introdução a Anatomia Humana
 A Anatomia Humana é a ciência que estuda as estruturas corporais, como elas se formam e como funcionam em conjunto no corpo (sistemas). A anatomia analisa como as estruturas do corpo podem ser afetadas pela genética (alterações cromossômicas que passam aos descendentes), pelo ambiente (doenças) e pelo tempo (modificações da infância à velhice).
 Como em outras áreas biológicas, na anatomia o estudo é feito por partes, que pode ser ao nível macroscópico (estudo da morfológico a olho nu) microscópico (estudo da estrutura com o auxílio de um microscópio). Há especialistas para cada área, por exemplo: miologista (músculos), osteologista (ossos), entre outros. Por isso que os médicos se tornam especialistas em uma área do corpo que ele estudou melhor, como o pneumologista, que trata dos pulmões.
· Organização Corpórea
O corpo humano é formado por estruturas simples como as células, até as mais complexas como os órgãos. O nível de organização do corpo humano é a seguinte: células, tecidos, órgãos, sistemas e organismo. Cada uma dessas estruturas consiste em um nível hierárquico até a formação de todo o organismo.Figura1: Níveis do organização do corpo humano
Célula: São estruturas formadas por três partes básicas a membrana plasmática, citoplasma e núcleo.
Tecido: Os grupos celulares formam tecidos e esses tecidos do corpo humano podem ser classificados em quatro grupos: Tecido Epitelial; Tecido Conjuntivo; Tecido Muscular e Tecido Nervoso.
Órgão: O conjunto de tecidos que desempenham determinada função recebe o nome de órgão. Em geral, um órgão é formado por diferentes tipos de tecido. Ex: coração, pulmão, cérebro, estômago, intestino, fígado, pâncreas, rins, ossos, baço, olhos, etc.
Sistema: Um conjunto de órgãos que atuam de modo integrado constitui um sistema. Os sistemas do corpo humano desempenham funções específicas, porém, atuam de modo integrado.
Organismo: Por fim, o conjunto de todos os sistemas em funcionamento constitui o organismo que em conjunto mantém a sobrevivência do indivíduo.
· Termos Anatômicos
Normalidade: do de vista médico significa SADIO, NÃO DOENTE.
Variações: pequenos “desvios” do aspecto anatômico normal de uma estrutura sem prejuízo da função.
Anomalia: alteração morfológica que acarreta transtorno funcional.
Monstruosidade: alteração morfológica incompatível com a vida.
· Posição Anatômica 
A posição anatômica é adotada cientificamente para o estudo do corpo humano. Nessa posição a pessoa encontra-se de pé, com o rosto virado para a frente e olhar direcionado para o horizonte. Os braços estendidos ao longo do corpo, com as palmas das mãos viradas para frente. As pernas ficam juntas e os pés voltados para frente.Figura2: Posição de descrição anatômica.
· Regiões do Corpo
O corpo humano pode ser estudado em três partes distintas, são elas: cabeça, tronco e membros. Cada parte do corpo humano é formada por diversas estruturas e sistemas, onde cada um tem sua função específica: sistema ósseo, muscular, circulatório ou cardiovascular, digestório, nervoso, endócrino, imunitário ou imunológico, respiratório, urinário e reprodutor.Figura3: Partes do Corpo Humano.
Figura4: A cabeça é formada pelo crânio e pela face.
 Figura5: formado pelo pescoço, a nuca, o tórax, o dorso, a região glútea, o abdômen e o quadril.
Membros: Os membros do corpo humano são responsáveis por toda a mobilidade que temos. Eles dividem-se em superiores e inferiores.
 Figura7: Os membros inferiores são formados pela pelves, coxas, joelhos, pernas, tornozelos e pés.
Figura6: Os membros superiores são formados pelo ombros, braços, cotovelo, ante braços, pulso e mãos.
· Eixos e Movimentos Anatômicos
Os eixos são linhas imaginárias que “perfuram” os planos perpendicularmente. Os movimentos anatômicos são relacionados aos eixos, ou seja, as articulações se movimentam pelo ponto de ligação representado pelos eixos. 
Figura8: Eixos Anatômicos
Eixo Ântero-posterior ou Sagital: passa pelo plano frontal indo da frente para trás;
 Abdução: movimento no eixo ântero-posterior, como as articulações dos ombros e quadris, afastando do plano mediano do corpo. Exemplos: levantar o braço, se curvar à frente;
 Adução: movimento que aproxima do plano mediano do corpo. Exemplos: abaixar o braço, voltar o tronco à posição ereta;
Eixo Látero-lateral ou Horizontal: passa pelo plano sagital indo de um lado a outro;
 Extensão: movimento no eixo horizontal, que provoca o aumento do ângulo entre duas estruturas ósseas, afastando-as. Exemplo: esticar o braço à frente;
 Flexão: Produz a diminuição do ângulo entre duas estrutura ósseas, aproximando-as. Exemplo: dobrar o braço, trazendo a mão para perto do ombro;
Eixo Longitudinal: passa pelo plano transversal indo de cima para baixo, ou vice-versa;
 Rotação Medial ou Interna: movimento no eixo longitudinal que gira o membro de fora para dentro ( direção do plano mediano).
 Rotação Lateral ou Externa: movimento que gira o membro de dentro para fora (direção do plano lateral).
· Sistema Esquelético
Assim como todos os tecidos conjuntivos, os tecidos ósseos e cartilaginosos se originam do mesênquima. As células do mesênquima se multiplicam, diferenciam-se e migram para as regiões apropriadas para a formação do esqueleto. Nesse sitio a formação dos ossos se faz a partir da ossificação das cartilagens.
· Estrutura dos Ossos 
O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar quando sofre uma fratura. A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo, adiposo, cartilaginoso e sanguíneo), além do tecido nervoso.Figura9: Estrutura do osso.
E os ossos são formados por diversas camadas:
	Camada do osso
	Descrição
	Periósteo
	
É a mais externa, sendo uma membrana fina e fibrosa (tecido conjuntivo denso) que envolve o osso, exceto nas regiões de articulação (epífises). É no periósteo que se inserem os músculos e tendões.
	Osso compacto
	O tecido ósseo compacto é composto de cálcio, fósforo e fibras de colágeno que lhe dão resistência. É a parte mais rígida do osso, formada por pequenos canais que circulam nervos e vasos. Entre estes canais estão espaços onde se encontram os osteócitos
	Osso esponjoso
	O tecido ósseo esponjoso é uma camada menos densa. Em alguns ossos apenas essa estrutura está presente e pode conter medula óssea.
	Canal medular
	É a cavidade onde se encontra a medula óssea, geralmente presente nos ossos longos.
	Medula óssea
	A medula vermelha (tecido sanguíneo) produz células sanguíneas, mas em alguns ossos deixa de existir e há somente medula amarela (tecido adiposo) que armazena gordura.
· Divisão do Esqueleto
O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos e formas. Eles podem ser longos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou irregulares.Figura10: Partes importantes do esqueleto humano
 Cada um deles apresenta suas funções próprias e para isso, o esqueleto é dividido em axial e apendicular.
· Esqueleto Axial 
Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo da linha média, que é o eixo vertical do corpo.
Os ossos que compõem essa parte do esqueleto são:
· a cabeça (crânio e ossos da face)
· a coluna vertebral e as vértebras
· o tórax (costelas e esterno)
· o osso hioide
· Crânio e Ossos da Face
A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana); e há ainda 6 ossos que compõem o ouvido interno.
O crânio é extremamente resistente, seus ossos são intimamente ligados e sem movimentos. Ele é responsável por proteger o cérebro, além de possuir os órgãos do sentido.Figura11: Os osso do Crânio tem a função de proteção do cérebro.
· Coluna Vertebral
A coluna é formada por vértebras que são ligadas entre si por articulações, o que torna a coluna bem flexível. Possui curvaturas
que ajudam a equilibrar o corpo e amortecem os choques durante os movimentos.
Ela é constituída por 24 vértebras independentes e 9 que estão fundidas. 
Cervicais: São 7 as vértebras do pescoço, sendo que a primeira (atlas) e a segunda (áxis) favorecem os movimentos do crânio.
Torácicas ou dorsais:	São 12 e articulam-se com as costelas.
Lombares: Essas 5 vértebras são as maiores e as que suportam mais peso.
Sacro: Essas 5 vértebras são chamadas sacrais, são separadas no nascimento e fundem-se mais tarde formando um só osso. É um importante ponto de apoio para a cintura pélvica.
Cóccix: São 4 pequenas vértebras coccígeas que, como as sacrais, se tornam unidas em um osso único no início da idade adulta.
· Tórax
O tórax é constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras pelos músculos intercostais. São ossos chatos e encurvados que se movimentam durante a respiração. As costelas são ligadas às vértebras torácicas na sua parte posterior. Figura12: O tórax tem a flexibilidade que ajuda no processo de respiração
Anteriormente, os sete primeiros pares de costelas (chamadas verdadeiras) ligam-se ao esterno, os três seguintes (falsas) ligam-se entre si, e os dois últimos pares (flutuantes) não se ligam a nenhum osso. O esterno é um osso plano que se liga às costelas por meio de cartilagem.
· Membros Superiores
Os membros superiores corresponde aos braços, onde tem-se o úmero, que é o osso mais longo do braço. Ele se articula com o rádio, que é o mais curto e lateral, e também com a ulna, osso chato e bem fino.
Os ossos da mão são 27, divididos em carpos (8), metacarpos (5) e falanges (14).Figura13: O úmero é o osso mais longo do braço.
· Cintura Pélvica
A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo ílio, ísquio e púbis fundidos) e são firmemente ligados ao sacro.
· Membros Inferiores
Figura14: Os ossos dos membros inferiores atuam na locomoção.
Os ossos dos membros inferiores são responsáveis pela sustentação do corpo e movimentação. Para isso, eles têm de suportar o peso e manter o equilíbrio.
Veja no quadro abaixo as características dos ossos dos membros inferiores:
	Ossos do membro inferior
	Características
	Fêmur
	É o osso mais longo do corpo. Tem a cabeça arrendondada para encaixar na pelve.
	Patela
	É um osso sesamoide, articulado com o fêmur.
	Tíbia
	Suporta quase todo o peso na parte inferior do corpo.
	Fíbula
	É um osso mais fraco, ligado com a tíbia ajuda a mover o pé.
	Ossos do pé
	Os pés têm 26 ossos divididos em: tarsos (7), metatarsos (5) e falanges (14)
· Sistema Articular
Artrologia, também chamado de Sindesmologia, é a parte da anatomia que estuda como as partes rígidas do organismo, os ossos, se unem para formar o esqueleto. O local onde dois ossos se unem é chamado de Juntura ou Articulação e se classificam por sua constituição, função, união e movimentação.
De acordo com o meio de união das superfícies articulares, as junturas são classificadas em três tipos: Fibrosa, Cartilaginosa e Sinovial.
· Junturas Fibrosas 
É o tipo de articulação e que o meio de união entre os ossos é constituído por Tecido Conjuntivo Fibroso. O seu grau de mobilidade é sempre pequeno e depende do comprimento das fibras interpostas. Existem três tipos de junturas fibrosas: Suturas, Sindesmose e Gonfose.
Suturas: São as articulações que são encontradas nos ossos do crânio. A maneira pela qual as bordas dos ossos articulares entram em contato é variável, classificando-se em:
a. Suturas planas: possui bordas articulares retilíneas. 
b. Ex: articulação internasal.
c. Suturas Escamosas: possui bordas articulares com certo desnível. Ex: entre os ossos temporais e parietais.
d. Suturas Serreadas: possui bordas articulares unindo-se em linha denteada. 
Ex: entre os ossos lacrimais e zigomático.
No feto ocorre uma quantidade elevada do Tecido Conjuntivo Fibroso entre as bordas articulares, o que dá aos ossos do crânio uma certa mobilidade. Porém, após o nascimento e com o decorrer da idade ocorre a calcificação das suturas.
Sindesmoses: São as articulações que ocorrem entre os ossos que contém o Tecido Conjuntivo Fibroso como meio de união e que não sejam os ossos do crânio. Como por exemplo: as uniões fibrosas entre os ossos metacárpicos e metatársicos e entre o radio e a ulna do equino, mas com a idade essas junturas também se ossificam.
Gonfoses: É a juntura fibrosa entre a raiz do dente e o seu alvéolo. Alguns autores não consideram uma verdadeira juntura, já que os dentes não fazem parte do esqueleto.
· Junturas Cartilosas
O meio de união das superfícies articulares é constituído por tecido cartilaginoso. São classificadas em dois tipos:
Sincondrose: A união dos ossos é constituída por cartilagem hialina. Este tipo de cartilagem é um tipo temporário, pois se converte em ossos antes da idade adulta. Exemplo: Sincondrose mandibular nos bovinos.
Sínfise: Juntura cartilagínea em que os ossos são unidos por fibrocartilagens. Exemplo: a união dos corpos das vértebras.
· Junturas Sinoviais
A união dos ossos é feita por um líquido especial denominado Líquido Sinovial, que fica interposto entre as superfícies articulares. Constituem as articulações propriamente ditas, e além da função de união dos elementos ósseos, possibilita o movimento dos seguimentos corporais. São caracterizadas pela presença de uma cápsula articular, que é uma estrutura membranácea que envolve as extremidades dos ossos que se articulam. Dessa forma, a cápsula articular delimita a cavidade articular, onde está contido o líquido sinovial.
A cápsula articular é constituída por duas camadas: 
a. Membrana Fibrosa: 
É a camada externa. É formada por tecido conjuntivo denso. É resistente e ela pode ser reforçada por faixas fibrosas mais espessas que são os ligamentos capsulares.
b. Membrana Sinovial: 
É a camada interna, lisa, brilhante e reveste inteiramente toda a cápsula articular. Formam expansões como as pregas e velos sinoviais que se projetam no interior da cápsula articular. É muito inervada e vascularizada. Ocorre a produção do líquido sinovial, que é um líquido claro, transparente e viscoso devido a presença de mucinas. Contém também albumina, sais, gotículas lipídicas e resíduos celulares. A sua principal função é lubrificar as superfícies articulares para reduzir o atrito e o desgaste. Pode também servir de transporte de nutrientes para as cartilagens articulares e também para a remoção de seus catabólicos.
As cartilagens articulares revestem toda a superfície de contato de um osso com outro. São de natureza hialina e não possuem vascularização e nem inervação.A função de união da cápsula articular na maioria das articulações, é reforçada pelos ligamentos que são faixas resistentes de tecido conjuntivo fibroso. Além dos ligamentos capsulares, existem os ligamentos extra-capsulares, localizados na parte externa da cápsula e ligamentos intra-articulares, localizados no interior da articular. Em algumas articulações é possível se encontrar os discos e os meniscos, por exemplo, na articulação do joelho é encontrado o menisco, enquanto o disco é encontrado na articulação temporomandibular. Estes são estruturas fibrocartilagíneas que tem a função de:
a. Amortecer as pressões sobre a articulação
b. Facilitar o deslizamento, possibilitando uma melhor adaptação entre as superfícies.
No interior da cavidade articular também podem ser encontrados vestígios de tecido adiposo que são revestidos por membrana sinovial que formam conxins, como por exemplo, o coxim adiposo infrapatelar da articulação do joelho.
· Principais movimentos nas junturas sinoviais
O movimento se faz em torno de um eixo que é sempre perpendicular do plano nos quais os ossos envolvidos se movimentam. Os principais movimentos executados nas articulações são:
Movimentos angulares: Ocorre diminuição do aumento do ângulo entre o segmento que se desloca e aquele que se mantém fixo. Primeiramente ocorre flexão e posteriormente extensão. Quando o segmento móvel se aproxima do plano mediano ocorre
adução e quando se afasta do plano ocorre abdução.
Rotação: O segmento gira em torno do seu próprio eixo longitudinal. Diferencia-se uma rotação em sentido do plano mediano ou pronação e uma rotação em sentido oposto ou supinação. Estes movimentos são bastante limitados em animais domésticos, mas ocorre por exemplo na articulação entre atlas e áxis.
Circundação: É um movimento resultante da combinação de vários movimentos, como o de adução, extensão, abdução, flexão e rotação.
De acordo com a quantidade de eixos e torno dos quais se realizam os movimentos, as articulações se classificam em:
Mono-axiais: São movimentos simples que se realizam em torno de um único eixo e um único plano. Permitindo apenas flexão e extensão, que ocorre na maioria das articulações.
 Bi-axiais: Se realizam em torno de dois eixos e em dois planos, permitindo assim flexão e extensão, abdução e adução. Por exemplo: articulação temporomandibular.
Tri-axiais: Os movimentos são realizados em torno de três eixos, permitindo flexão, extensão, adução, rotação e circundação. Por exemplo: articulação do quadril.
Classificação morfológica das junturas sinoviais
Planas: As superfícies articulares são planas ou com poucas curvas, realizando o deslizamento de uma sobre a outra em qualquer direção. Por exemplo: articulação entre os ossos do carpo.
Gínglimo: Realiza apenas movimentos angulares de flexão e extensão, contendo dobradiças.
 Por exemplo: articulação do cotovelo.
 Cilindróide: Permitem movimentos de rotação pois as superfícies articulares são segmentos de cilindro. Por exemplo: articulação entre o atlas e o dente do áxis.
Condilar: Uma superfície articular ovóide se aloja em uma cavidade elíptica. É do tipo Bi-axial e permite movimentos de flexão, extensão, adução, abdução. Por exemplo: articulação temporomandibular.
Esferóide: Um dos segmentos articulares é um segmento de esfera e a oposta é uma concavidade na qual se encaixam. É do tipo Tri-axial, realizando movimentos de flexão, extensão, adução, abdução, rotação e circundação. Por exemplo: articulações entre a cavidade glenóide da escápula e cabeça do úmero.
· Alterações do Tecido Muscular
Anomalias do Desenvolvimento
Displasia coxofemoral: é um problema articular, comum nas raças grandes e gigantes de cães, gera fraqueza e instabilidade na articulação do quadril, que é a articulação entre a cabeça do fêmur e acetábulo da pelve (articulação coxofemoral). Excessos de peso e de exercício podem contribuir para o aparecimento da lesão, entretanto a doença pode ter um caráter genético, embora mesmo nos casos hereditários ao nascer o animal não apresenta a lesão, esta se torna visível ao longo de sua vida, e com os fatores predisponentes acima mencionados. Na macroscopia da displasia coxofemoral são encontrados, achatamento da cabeça do fêmur, acetábulo raso, osteófitos e ruptura do ligamento redondo, articulações instáveis e frouxas. 
Artogripose (Arthron = articulação e Grypos = entortamento): rigidez articular congênita (flexura ou contratura persistente de uma junta) e atrofia muscular, relacionada com ações virais que afetam o sistema nervoso central e motor. Ocorre alterações nas articulações e tendões que usualmente são bilaterais e assimétricas. Embora a não ocorrência do desenvolvimento do espaço articular resulte na fixação persistente da junta, habitualmente ocorrerá artrogripose como resultado de um não desenvolvimento apropriado (ou atrofia) dos músculos, causado por distúrbios neurológicos fetais. Ao nascimento os membros dos animais estão arqueados e a articulação não possui movimentos e a musculatura se encontra rígida. Em bovinos pode ter duas principais causas, uma nutricional, devido a carência de magnésio vou vitamina A, e a outra é por infecção intra uterina com os microorganismos causadores da Diarréia Viral Bovina ou Língua Azul. Na microscopia é observado diminuição ou desmielinização de neurônios motores dos cornos ventrais da medula. 
 Alterações degenerativas
Artrose: alteração degenerativa de caráter evolutivo, que ocorre devido a um desgaste da cartilagem articular. Pode ter uma causa primaria, onde ocorre uma degeneração das células da cápsula articular que podem ter origem traumática ou por diminuição do liquido sinovial, levando ao aparecimento de erosões e ulcerações em decorrência do atrito entre os dois ossos, as ulceras se aprofundam ate o tecido ósseo levando a uma remodelação do osso, que tem a sua porção óssea aumentada devido à inflamação que se estala no local, gerando dor intensa que pode levar a um impedimento da locomoção. Entretanto pode ocorre secundariamente a artrites, osteocondrose, ortocondrites não tratadas.
Osteocondrose: acomete varias espécies de animais, mas principalmente suínos de granja em desenvolvimento por possuírem um crescimento e ganho de peso rápido, associado com um piso inadequado. Ocorre uma alteração da placa epifisária de ossos longos, o animal não consegue se manter em pé e sente dor intensa, é observado um aumento do volume articular e o animal se mantém ajoelhado. Quando há um crescimento ósseo e a mineralização esta comprometida, pode levar a um aumento das fraturas. Os principais sinais observados nos animais afetados são, aumento do volume articular, claudicação, animal se ajoelha, e pode evoluir a para artroses. Na microscopia é encontrado retenção de cartilagem em crescimento, devido a falhas de mineralização.
 Alterações inflamatórias
Artrite: lesões presentes na cartilagem articular, além de inflamação da, membrana sinovial e presença de células inflamatórias. A artrite infecciosa pode ocorrer secundariamente a qualquer lesão previa inflamatória, como pneumonias, infecções no umbigo e outras, que levem a um quadro de septicemia, causando infecção nas articulações. Esse tipo é mais evidente em articulações de ossos longos, caracterizado por uma inflamação exsudativa, e os agentes causadores podem ser vírus, bactérias ou fungos. A artrite infecciosa pode ser do tipo poliarticular, quando acomete varias articulações. A forma não infecciosa tem a inflamação como evento iniciante da artrite, pode ser de causa traumática, imunológica, idiopática, podendo ser erosiva ou não. Uma coleta de liquido sinovial de forma errada pode levar a uma inflamação (artrite) do local. 
· Aspectos Macro e Microscópico do Sistema Articular
O aspecto normal do Liquido Sinovial é viscoso, de coloração transparente a amarelo. No entanto o aspecto macroscópico do Liquido e membrana Sinovial, e da cartilagem articular podem ser modificados pela congestão e autólise locais, a hemólise do sangue pode fazer com que fiquem corados em vermelho. 
Macroscopicamente, a cor normal da cartilagem articular é branca, leitosa, e poça nas áreas mais densas, nas áreas delgadas que se superpõem à medula óssea a cartilagem tem uma coloração que varia de translúcida à levemente azulada. A espessura da cartilagem articular é variável, não apenas de uma articulação em comparação com outra no mesmo animal, mas também de uma para outra em determinadas junta. Há uma gama de espessuras da cartilagem articular entre as espécies animais. As fossas sinoviais são estruturas anatômicas normais caracterizadas como depressões não articulares na superfície articular. A cor e transparência dos meniscos e discos articulares, também variam da região e refletem a espessura e composição da estrutura. As partes mais delgadas dos meniscos e discos articulares tem coloração transparente. Conforme vai ocorrendo aumento da espessura a opacidade aumenta e a cor muda gradualmente do azul acinzentado para o branco. 
Microscopicamente, ocorre principalmente predominância da cor branca entre os ligamentos e uma textura fibrosa, entretanto há ligamentos que contêm uma quantidade significativa de tecido elástico e tem cor amarelada, um exemplo é o ligamento nucal. O revestimento sinovial da cápsula articular é rosado, brilhoso e habitualmente liso, e as vilosidades sinoviais, são maiores e mais uniformemente espaçadas nos animais, do que nos seres humanos.
Nome: José Franquiel de Santana Júnior
N° de Matrícula: 01365195
Universidade: UNINASSAU
Turno: Noturno

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