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Exercícios de Revisão 1 Disposição geral e Organização Administrativa

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Direito administrativo i- prof. priscila
Nome: Luana Fernanda de Sousa Fontinele Matos Turma: Direito Adm. I Noturno 
TEMA: DISPOSIÇÕES GERAIS E ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
· É permitido consulta em livros e material impresso; Entrega na data de hoje.
· Individual
1- São características da descentralização como organização administrativa:
a) existência de competências divididas entre órgãos sem personalidade jurídica própria.
b) formação de um conjunto de entidades denominado comumente de “Administração Pública Indireta”.
c) responsabilidade direta dos órgãos despersonalizados na hipótese de causação de danos.
d) conjugação de órgãos e entidades formadores da denominada “Administração Pública Direta”.
e) superioridade hierárquica do Estado sobre entes criados para divisão das atribuições administrativas.
2- A competência para editar leis sobre Direito Administrativo é:
a) Concorrente, em todas as matérias.
b) Em regra, concorrente.
c) Privativa da União.
d) Privativa dos Estados.
e) Exclusiva da União.
3- Pela expressão “regime jurídico administrativo”, designa-se:
a) O conjunto de direitos e deveres do servidor público previstos, em parte, na Constituição da República e completado por leis ordinárias dos entes da Federação.
b) O conjunto de normas gerais sobre Administração Pública fixadas, em plano nacional, pelo Código Administrativo.
c) O complexo de formalidades legalmente estabelecidas para serem observadas na prática de atos administrativos.
d) O sistema lógico-jurídico que tipifica o Direito Administrativo, fundado nas prerrogativas e restrições aplicáveis à Administração Pública.
e) Nenhuma das anteriores.
4- Em matéria de competência administrativa, diz-se que não é competente quem quer, mas quem o é. Esta dicção:
a) Refere-se à proibição de edição de decreto regulamentador de competências legais.
b) Decorre do fato de que competência administrativa não pode ser delegada.
c) Deriva do fato de que competência administrativa decorre sempre de lei.
d) Subordina-se à competência de servidores aprovados em concurso público.
e) Derivado do fato de incompetência gerencial.
5- A expressão “não se abatem pardais disparando canhões” pode ser aplicada para sustentar que a atuação do administrador público deve observância ao princípio da:
a) Proporcionalidade ou da razoabilidade, ambos critérios de ponderação para permitir a competência discricionária ilimitada do Estado.
b) Razoabilidade, visto que o mérito dos atos discricionários do Poder Executivo nunca são controlados pelo Poder Judiciário.
c) Proporcionalidade, como uma das medidas de legitimidade do exercício do poder de polícia.
d) Proporcionalidade, que, no devido processo legal, enseja relação de inadequação entre a sanção aplicada e o fim público visado.
e) Eficiência, em virtude da atuação do administrador dever ser antes, de tudo, correta, proba e legal.
6- Quando o Estado, por seus procuradores, insiste em apresentar recursos judiciais meramente procrastinatórios, diz-se que tal proceder:
a) Reflete o atendimento ao interesse público primário, eis que o Estado não pode abrir mão do seu direito de ação.
b) Pode atender interesse público secundário, mas não ao primário.
c) É fruto do princípio da indisponibilidade do interesse público primário.
d) Afronta interesse público secundário.
e) Nenhuma das anteriores.
7- Examine as seguintes proposições:
I- Nos serviços públicos, o princípio da moralidade impõe à Administração Pública que verifique o poder aquisitivo do usuário desses serviços, de modo a não alijá-lo do universo de beneficiários por dificuldades financeiras.
II- Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
III- A responsabilidade objetiva do Estado não incide quando o agente estatal atua fora dos limites de suas funções, mas a pretexto de exercê-las, porquanto o fato ocorrido não pode ser tido como fato administrativo.
a) As proposições I, II e III estão erradas.
b) Apenas as proposições I e II estão corretas.
c) As proposições II e III estão corretas.
d) As proposições I e III estão corretas.
e) As proposições I, II e III estão corretas.
8- Qual princípio precisamente enfatiza que os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem a seus agentes, mas à coletividade, que é a verdadeira titular dos direitos e interesses públicos?
a) Princípio da Legalidade.
b) Princípio da Indisponibilidade.
c) Princípio da Moralidade.
d) Princípio da Impessoalidade.
e) Princípio da Publicidade.
9- No âmbito da organização administrativa brasileira, é criada diretamente por lei a:
a) Autarquia.
b) Empresa Pública.
c) Fundação.
d) Sociedade de Economia Mista.
e) Todas as anteriores.
10- Segundo o STF, a OAB:
a) É uma autarquia e está sujeita ao princípio do concurso público.
b) Exerce função pública, mas não é pessoa pertencente à Administração Pública.
c) É entidade privada e por isso não exerce poder de polícia.
d) É uma empresa pública.
e) É uma autarquia e está sujeita à supervisão ministerial.
11- A empresa pública distingue-se da sociedade de economia mista quanto:
a) Ao capital da empresa pública que, diferentemente do que ocorre na sociedade de economia mista, deve ficar nas mãos apenas de entes da Administração Pública Direta e de suas entidades da Administração indireta.
b) À subordinação da empresa pública ao respectivo Ministério, enquanto a sociedade de economia mista não se vincula a nenhum órgão do Executivo.
c) À autorização legislativa para criar subsidiária e participar de empresa privada, necessária apenas para a empresa pública.
d) À necessidade da empresa pública de realização de concurso público para contratação de seus servidores, a despeito de sua forma privada.
e) Nenhuma das anteriores.
12- Autarquia é:
a) Pessoa jurídica de direito privado.
b) Pessoa jurídica de direito público.
c) Ente da Federação.
d) Sem personalidade jurídica.
e) Ente público da Administração Pública Direta.
13- No que tange à Administração Pública, responda:
I- Órgão- é a unidade de atuação integrante da estrutura administrativa direta e da estrutura da administração indireta.
II- Entidade- é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.
III- Autoridade- é dada a todo servidor ou agente público.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas a II está correta.
c) Todas estão corretas.
d) Apenas a III está correta.
e) Todas estão incorretas.
14- Sobre a administração indireta, é correto afirmar que:
a) É a descentralização administrativa constituída de órgãos denominados ministérios, secretarias, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
b) É o conjunto de pessoas jurídicas de direito público integrado pelas autarquias, fundações e empresas públicas.
c) É o conjunto de pessoas jurídicas e órgãos públicos criados por lei para a realização de serviço público.
d) É o conjunto de pessoas jurídicas de direito público e privado, integrado por autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.
15- As agências reguladoras são:
a) Entes da administração pública direta.
b) Fundações públicas.
c) Fundações privadas.
d) Autarquias especiais.
e) Empresas públicas.
16- No que diz respeito ao regramento constitucional sobre a sociedade de economia mista, assinale a alternativa correta, depois justifique a correta.
a) Se for parte num processo, a competência será da Justiça Federal.
a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, cuja criação é autorizada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.
b) Não pode explorar atividade econômica.
c) Não está obrigada a fazer licitação.
d) Não há necessidade de lei autorizando a sua criação.
e) Não tem personalidade jurídica própria.
17- Marque a alternativa correta em seguida, justifique as erradas.a) Na desconcentração, o Estado delega atividade a outra entidade, quer da administração direta, quer da administração indireta.
b) Na descentralização, há uma distribuição interna da competência na administração direta.
c) Na descentralização, o Estado delega a atividade a outra entidade.
A descentralização pode ser realizada por delegação, situação em que a Administração transfere o exercício de determinada atividade, por tempo determinado, a um outro sujeito por meio de um contrato.
d) Na descentralização, o Estado delega a atividade tão somente a outra entidade da administração direta.
18- Indique a entidade dotada de personalidade jurídica de direito público:
a) Empresa pública.
b) Sociedade de economia mista.
c) Autarquia.
d) Empresa concessionária.
e) Fundações privadas.
19- Assinale a questão que está formulada corretamente, após, justifique.
a) São características das autarquias: criação por lei, personalidade jurídica pública, capacidade de autoadministração; especialização dos fins ou atividades; sujeições a controle ou tutela.
b) As autarquias não são instituídas por lei específica, tampouco possuem personalidade jurídica de direito público interno.
c) A instituição das autarquias se dá por lei específica, porém, a organização se opera por decreto, através do qual é aprovado o regulamento ou estatuto da entidade.
d) Os bens e rendas das autarquias não se enquadram como patrimônio público e seus contratos não estão sujeitos à licitação.
20- Cite e explique os princípios explícitos e no mínimo 6 (cinco) implícitos da Administração Pública.
Primeiramente falaremos dos princípios explícitos, no caput do artigo 37 da Magna Carta, quais sejam, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Ø Legalidade: sabemos que a legalidade é um dos mais importantes princípios, posto que sua origem se confunde com o nascimento dos chamados Estados Democráticos de Direito, tais Estados fundam-se na ordem legalmente estabelecida, daí a o mandamento de que a Administração Pública deve fazer o que a lei determina, diferentemente dos cidadãos(administrados) que podem fazer tudo o que a lei não proíbe. A lei oferece a Administração Pública uma linha a ser obedecida e estritamente seguida, assim o administrador público não pode se esquivar da lei, assim todas as atividades tem sua eficácia condicionada ao estabelecido no direito. Veja o que leciona Hely Lopes Meirelles “Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular significa “pode fazer assim”; para o administrador público “deve fazer assim”.(grifo nosso)” (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2004, página 88)
Ø Moralidade: a atuação da Administração Pública deve ter por escopo os padrões éticos, a probidade, a lealdade, a boa-fé, honestidade, etc. Observamos que tal posicionamento deve ser efetivado entre Administração e administrados, ou seja o aspecto externo do princípio em análise e entre Administração e agentes públicos, aspecto interno de observância da moralidade administrativa. Assim o que vale não é a noção de moral para o senso comum diferenciando bem e mal, justo e injusto, etc. A noção aqui é maior e deve ser entendida como o trato da coisa pública em busca do melhor interesse coletivo.
Ø Publicidade: os atos da Administração Pública via de regra devem ser publicados, para que todos deles tomem conhecimento, assim devem ser amplamente divulgados, salvo quanto as hipóteses de legais em que o sigilo de alguns atos faz-se necessário. A partir da publicação os atos tornam-se de conhecimento de todos e passam a produzir efeitos jurídicos que deles se espera, tal publicidade vigora tanto em relação aos atos como em relação a ciência por parte dos cidadãos da conduta dos agentes administrativos, garantindo que o povo fiscalize a Administração dando eficácia aos preceitos da democracia participativa. Estas publicações ocorrem no órgão oficial, notadamente o Diário Oficial, sem prejuízo da divulgação via televisão, rádio, internet, dentre outros. Temos assim quatro funções da publicidade dos atos, dar ciência aos administrados, fazer com que os atos gerem efeitos jurídicos externos, controle(fiscalização) da Administração pelos administrados e contagem de prazo de determinados atos.
Ø Impessoalidade: alguns conceituam este princípio com o nome de finalidade, posto que o administrador deve praticar o ato somente em consonância com a finalidade esperada pela lei, que nada mais é do que o interesse público, todavia acreditamos que a finalidade é um princípio e impessoalidade outro. Observe este princípio com a ressalva que o mesmo possui dois aspectos, um quanto a própria Administração Pública e outro em relação aos administrados. Assim no que tange a primeira ressalva todos os atos praticados pela Administração tem seu nome ligado a está, ou seja é vedada ligação do nome do administrador que praticou este ou aquele ato ao mérito do mesmo, visto que o mérito é do órgão e não do funcionário público, vedada fica a promoção pessoal do agente público, portanto. Na segunda ressalva entramos do campo da chamada isonomia formal, visto que a Administração não pode privilegiar e/ou prejudicar os administrados uns em face dos outros, assim deve pautar seu atos em função do interesse público, nunca em função de interesses privados ou de terceiros. Com isto observamos que a validade dos atos fica condicionada a observação estrita destes dois aspectos da impessoalidade.
Ø Eficiência: este princípio estava implícito no artigo 74 da Magna Carta de 1988, porém foi introduzido no caput, do artigo 37 do mesmo diploma, pela emenda constitucional número 19 de 4 de junho de 1998. É a busca pelo chamado bom e barato, assim como a presteza na atuação e gerenciamento por parte da Administração. “O princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”(DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2001, página 83) . É um princípio extremamente contemporâneo, posto que o administrado deve ter suas demandas atendidas com presteza e o serviço público tem de ser prestado como todo e qualquer serviço da atualidade e dar ao público o atendimento qualitativo e satisfatório.
Cabe agora indagar quais o princípios implícitos, que como dito estão disciplinados no artigo 2ª da lei dos Processos Administrativos Federais, vejamos: “ A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.” Os princípios da legalidade, moralidade e da eficiência já foram acima explicados. Iremos explanar os demais princípios.
1. Finalidade: o princípio da finalidade é corolário simples de que a Administração deve sempre buscar alcançar o fim público colimado pela lei. “ E a finalidade terá sempre um objetivo certo e inafastável de qualquer ato administrativo: o interesse público. Todo ato que se apartar desse objetivo sujeitar-se-á a invalidação por desvio de finalidade, que a nossa lei da ação popular conceituou como “fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência” do agente(Lei 4717/68, art.2º, parágrafo único, “e”)”(MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2004, página 91)
2. Motivação: a Administração deverá sempre, portanto é obrigatória a motivação dos atos, entendendo motivação como a fundamentação fática e jurídica. Tanto para osatos ditos vinculados, quanto para os discricionários, onde vige o binômio da oportunidade e conveniência do administrador, que após escolher um dos caminhos apontados pela lei torna o ato daquele momento em diante vinculado. Tal princípio preocupa-se mais em resguardar os direitos individuais dos administrados, do que com a Administração em si, sendo uma forma de proteger os cidadãos dos arbítrios estatais, como ocorria na era absolutista e não mais deve prosperar na ótica do Estado Democrático de Direito, em que a legalidade deve sempre ser seguida.
3. Razoabilidade e Proporcionalidade: a administração deve pautar-se sob o que é razoável, ou seja, agindo da melhor forma possível para atingir o fim público pretendido, sendo uma forma de limitar a discricionariedade administrativa, averiguada na velha forma dos valores atribuídos ao entendimento (valore) do homem médio, como informa Lúcia Valle Figueiredo. A doutrina explica a razoabilidade em consonância com a proporcionalidade que seria a adequação dos meio e fim de dado ato, devendo ato ser racionalizado buscando a medida mais compatível com a finalidade pública a ser perquirida. “ Sem dúvida, pode ser chamado de princípio da proibição de excessos, que, em última análise, objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com lesão aos direitos fundamentais. Como se percebe, parece-nos que a razoabilidade envolve a proporcionalidade, e vice-versa. Registre-se ainda que a razoabilidade não pode ser lançada como instrumento de substituição da vontade da lei pela vontade do julgador ou do intérprete, mesmo porque “cada norma tem uma razão de ser”(grifo nosso)(MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2004, página 92)
4. Ampla defesa e Contraditório: é a proteção constitucionalmente consagrada no artigo 5º, LV, da Constituição Federal “ aos litigantes em processo judicial ou administrativo será assegurado o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Assim nas situações de litígio administrativo aos litigantes será dado todos os meios e recursos de defesa, tanto pessoal quanto técnica(através defensor) bem como o direito ao contraditório que garante as partes a possibilidade do exercício do direito de resistir a uma dada pretensão, ou seja alegado algo contra/desfavorável a minha pessoa posso contraditar e alegar o contrário e vice-versa.
5. Segurança jurídica: pode ser entendido como princípio da não retroatividade, ou seja, dado assunto de Direito Administrativo cujo entendimento passe a ser divergente do atual, não volta no tempo para anular os atos já praticados sob o crivo da antiga lei. Isto ocorre em todos os ramos do direito, visto que entendimento diverso causaria insegurança jurídica, rompendo com os vínculos e preceitos da boa-fé, assim é possível a mutabilidade das leis, sem que tal mudança venha a afetar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada, bem como o direito adquirido.
6. Interesse Público: mais conhecido entra nós como princípio da supremacia do interesse público, como o próprio nome nos fala o interesse público vigora sob o privado. “A primazia do interesse público sobre o privado é inerente à atuação estatal e domina-a, na medida em que a existência do Estado justifica-se pela busca do interesse geral”(MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2004, página 101). A administração não pode renunciar a este direito, até porque tal direito pertence ao Estado, fato é que tal princípio se consubstancia na chamada isonomia material tratando os desiguais na medida de sua desigualdade, assim os administrados estão em situação jurídica inferior a da Administração pública.
Exitem ainda princípios implícitos não compreendidos no texto do artigo 2º, da lei 9784/99, como o da continuidade, presunção de legitimidade ou veracidade, hierarquia, autotutela, controle jurisdicional(explicado no item do princípio autotutela) dentre outros, conforme a doutrina adotada pelo acadêmico de direito.
1. Continuidade: a atuação estatal de prestação de serviços públicos deve ser continua, visto que o mesmo desempenha funções ditas essenciais e necessárias ao bem comum, como por exemplo, abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, segurança pública, atendimento saúde, dentre outros. Assim os fornecimentos destes serviços não podem parar, mesmo em caso de não cumprimento contratual em contratos de execução de serviços públicos.
2. Presunção legitimidade ou de veracidade: os atos administrativos tem presunção de legalidade, visto que todos os atos devem estrito cumprimento em conformidade com a lei e de veracidade, por serem dotados da chamada fé pública. “ Trata-se de presunção relativa(juris tantum) que, como tal, admite prova em contrário. O efeito de tal presunção é o de inverter o ônus da prova”(DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2001, página 72)
3. Hierarquia: a administração deve seguir com rigor a chamada repartição de competências, assim existe entre os diversos órgãos da Administração relações de subordinação, visto que cada qual possui um função típica dada pela lei. Assim deve-se seguir a escala vertical e/ou horizontal de competência para a resolução de conflitos conforme a demanda do caso concreto.
4. Autotutela: a Administração deve exercer o controle de mérito de seus próprios atos.“...pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário”(DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2001, página 73) Assim não cabe ao Judiciário interferir no mérito dos atos discricionários, somente fiscalizar os aspectos concernentes a sua legalidade, bem como a legalidade dos atos vinculados. Segundo a nobre Di Pietro, tal prerrogativa existe também quanto a tutela dos bens que integram o patrimônio público, através do poder de polícia administrativa, o que nada mais é do que o princípio do controle jurisdicional.
21- Conceitue direito administrativo e explique sua origem.
O Direito Administrativo teve origem na França do Século XVIII, com a Revolução Francesa de 1789. Com o surgimento do Estado de Direito (aquele que se subordina às próprias leis que edita), essa disciplina ganhou contornos científicos e autonomia em relação aos demais ramos do Direito.
Seu embrião poderia ser dito com a tripartição de funções, na clássica e pioneira teoria de Montesquieu, mas somente após a Revolução Francesa é que esse ramo se firma como autônomo.
Como todo conceito, longe de pacificação e aceitação doutrinária, a conceituação de Helly Lopes, é ainda assim, a melhor definição encontrada, aa título de menor problematização. Sendo assim, cita expõe o autor: “Direito Administrativo é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. (2010, p.41).
É importante frisar, que não se fala em direito administrativo apenas no âmbito do Poder Executivo, haja vista essa ser a função típica desse poder, há de se entender que pode exercer também funções atípicas, como as do Poder Legislativo e Judiciário em menor grau. Da mesma forma, esses poderes, quando estão na gerência da coisa pública e de suas organizações institucionais, acabam por atuar e aplicar todas as regras do Direito Administrativo.
22- Explique os conceitos de desconcentração e descentralização.
A descentralização consiste na Administração Direta deslocar, distribuir ou transferir a prestação do serviço para a Administração a Indireta ou para o particular. Note-se que, a nova Pessoa Jurídica não ficará subordinada à Administração Direta, pois não há relação de hierarquia, mas esta manterá o controle e fiscalização sobre o serviço descentralizado.
Por outro lado,a desconcentração é a distribuição do serviço dentro da mesma Pessoa Jurídica, no mesmo núcleo, razão pela qual será uma transferência com hierarquia.
23- Conceitue Terceiro Setor.
O terceiro setor surgiu com a deficiência do Estado em atender questões sociais nos mais diversos segmentos, quer sejam filantrópicos, culturais, recreativos, científicos, de preservação do meio ambiente e outros. Em regra, o terceiro setor é constituído por organizações sem finalidades lucrativas, não governamentais, gerando serviços de caráter público. O primeiro setor é o governo e o segundo setor são as empresas privadas.
O terceiro setor é composto por entidades da sociedade civil de fins públicos, em outras palavras, por pessoas jurídicas de direito privado, criadas pela iniciativa privada, que prestam serviços de utilidade pública, realizam atividade de interesse público, sem fins lucrativos. Em razão do interesse público da atividade que realizam, recebem proteção, auxílio, incentivo por parte do Estado, atividade administrativa que se chama fomento.
Denomina-se de terceiro setor, porque o primeiro setor é o Estado e o segundo setor é o mercado, e essas entidades nem integram a Administração, nem o mercado, porque, na medida que não possuem fins lucrativos, não se enquadram totalmente como entidades privadas.
24- Cite e explique todas as entidades paraestatais.
 Constituem órgãos paraestatais que cooperam com o poder publico. Têm administração e patrimônio próprios. Revestem-se da forma de instituições particulares convencionais (fundações, associações, sociedades civis, etc). São entidades paraestatais as empresas públicas, as sociedades de economia mista e os serviços sociais autônomos, a exemplo o SESI, o SESC, o SENAI e o SENAC.
 Esses serviços sociais são oficializados pelo Estado, mas não integram a administração direta e nem a indireta. Trabalham paralelamente ao Estado, dando cooperação nas atividades e serviços que lhe são atribuídos, por constituírem assuntos de interesse específico de beneficiários determinados.
 São por isto oficializados pelo Poder Público e utilizam para sua manutenção das contribuições sociais.
 Esses serviços sociais atuam como órgãos de cooperação e subsistem ao lado do Estado com seu apoio, porém, sem nenhuma subordinação hierárquica às autoridades públicas, por isso são denominados entes de cooperação com o Estado. Ficam vinculadas ao órgão estatal, apenas, para fins de controle das finalidades e prestação de contas de dinheiros públicos recebidos.
 Seus empregados sujeitam-se às normas do Direito do Trabalho, sendo, porém, equiparados a servidores públicos para fins de delitos funcionais.
 
25- Diferencie Organizações sociais e Organizações sociais civis de interesse público.
1) Ambas são pessoas privadas não integrantes da administração pública. 2) Atuam em áreas de interesse social, especificadas na lei respectiva; não são delegatárias de serviços públicos. 3) Não possuem finalidade lucrativa. 4) Não podem ser qualificadas como OS e OSCIP ao mesmo tempo. 5) Deverá haver licitação formal quando contratantes em contrato de obras, compras, serviços e alienações, com recursos da União – sendo aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o pregão.
Diferenças existentes entre Organizações Sociais e Organizações Sociais da Sociedade Civil de Interesse Público, respectivamente:
1) Foram idealizadas para substituir órgãos e entidades da administração pública, que seriam extintos e teriam suas atividades “absorvidas” pela OS; OSCIP – não foram idealizadas para substituir órgãos ou entidades da administração. 2) OS – fomenta suas atividades mediante formalização de contrato de gestão com o poder público; enquanto a OSCIP utiliza-se de termo de parceria. 3) A OS qualifica-se por ato discricionário, que depende de aprovação pelo Ministro de Estado ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao objeto social; ao passo que a OSCIP por ato vinculado do Ministério da Justiça. 4)  A lei exige que a OS possua um conselho de administração, com representantes do poder público, e a OSCIP que tenha um conselho fiscal. 5) OS – contratação por licitação dispensável para a prestação de serviços contemplados no contrato de gestão, não há hipótese de dispensa para a OSCIP. 6) Ambas poderão perder sua qualificação, assegurado o contraditório e a ampla defesa, no caso da OS - quando constatado o descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão; enquanto a OSCIP – quando descumprir normas estabelecidas na lei, mediante processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público.
26- Explique os tipos de autarquias existentes.
Para renomados administrativistas, existem dois tipos de autarquias, segundo a estrutura que apresentam:
1.  Autarquias corporativas (base corporativa);
2.  Autarquias fundacionais (base patrimonial) – Essas seriam, nada mais nada menos que as fundações públicas ou governamentais com personalidade jurídica de direito público. Nesse sentido, a doutrina predominante, com o apoio da jurisprudência do STF e STJ, reiteradamente admitindo como ente de natureza autárquica as fundações com personalidade de direito público.
As entidades ultimamente criadas e denominadas agências reguladoras têm a natureza de autarquia de regime especial. Sendo autarquias, sujeitam-se ao regime jurídico das autarquias. As suas leis instituidoras asseguram-lhes, entretanto, maior autonomia em relação à Administração Direta, traduzida, fundamentalmente, na estabilidade dos seus dirigentes, que têm mandato fixo, não sendo exoneráveis ad nutum pelo Chefe do Executivo, bem como, para alguns autores, pela definitividade de suas manifestações na esfera administrativa. Observa-se que a definitividade referida se adstringe à órbita administrativa, vez que qualquer ato da Administração Pública pode, respeitados os limites normativos, ser objeto de consideração do Poder Judiciário (art. 5º, XXXV, da CF).
Na atualidade, as agências reguladoras brasileiras podem ostentar dois perfis distintos, considerando-se as suas funções:
a) as que exercem, com base em lei, típica atividade de polícia administrativa, com a imposição de limitações administrativas, previstas em lei, fiscalização, repressão;
b) as que regulam e controlam as atividades que constituem objeto de concessão, permissão ou autorização de serviço público (telecomunicações, energia elétrica, transportes etc) ou de concessão para exploração de bem público (petróleo, rodovias etc). A nosso ver, essas, além do policiamento  administrativo que também realizam, atuam no controle das delegações para cujo acompanhamento são legalmente competentes.
A chamada agência executiva não é uma espécie nova de entidade.  “É a qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, para melhoria da eficiência e redução de custos”, segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Direito Administrativo, 14ª ed., p. 400). Considerando o tema, esclarece Celso Antônio Bandeira de Mello (Curso de Direito Administrativo, 16ª ed., pp. 166-167): “Este nomen iuris “agência executiva” ganhou status legal com o advento da Lei 9.649, de 27.05.98 (que dispôs sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios), a qual tratou da matéria nos arts. 51 e 52. Limitam-se a especificar que a qualificação de “agência executiva” será feita por ato do Presidente da República para as autarquias ou fundações que (I) tenham “um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em andamento” e (II) hajam “celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor”, caso em que o Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para elas visando a lhes assegurar autonomia de gestão e disponibilidade de recursos para cumprimento das metas constantes do contrato de gestão, o qual era prazo mínimo de um ano”.
Os Decretos (federais) nºs 2.487 e 2.488/98 e a Lei 9.649/98 também tratam dasagências executivas. Vale salientar que tanto esses diplomas quanto a lei acima referida, evidentemente, dispõem para a esfera federal, cabendo aos Estados e Municípios legislarem, respeitados os limites constitucionais e atentos ao art. 37, § 8º da CF, elaborarem suas próprias legislações.
Saliente-se que a Lei 9.648, de 27.05.98, acrescentou um parágrafo ao art. 24 da Lei 8.666/93, beneficiando, claramente,  as agências executivas. Eis o seu teor:
“Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II deste artigo, serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por sociedade de economia mista e empresa pública, bem assim por autarquia e fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas”.
Dúvida não há de que a qualificação como agência executiva é uma medida preordenada à maior eficiência de autarquias e fundações. Por outro lado, o resultado da qualificação como agência executiva é obtenção maior autonomia orçamentária, gerencial e financeira.

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