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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL AUGUSTO RIBAS LEANDRO FERREIRA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PECUÁRIA PONTA GROSSA 2016 2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL AUGUSTO RIBAS LEANDRO FERREIRA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PECUÁRIA PONTA GROSSA 2016 Relatório de Estágio Supervisionado entregue a banca de professores do Colégio Agrícola Estadual Augusto Ribas para obtenção de nota parcial. 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 07 1.0 DADOS GERAIS ................................................................................................. 08 1.1 RAÇAS EXPLORADAS ................................................................................... 08 1.1.2 HOLANDESA ............................................................................................. 08 1.2 SISTEMA INTEGRADO OU COOPERATIVAS ................................................ 08 1.3 DESTINO DO LEITE PRODUZIDO ................................................................. 09 1.4 COMPOSIÇÃO DO REBANHO ....................................................................... 09 1.5 TIPO DE CRIAÇÃO ......................................................................................... 09 1.5.1 SISTEMA INTENSIVO DE CRIAÇÃO ........................................................ 09 2.0 INSTALAÇÕES ................................................................................................... 10 2.1 PIQUETE PARA VACAS SECAS .................................................................... 10 2.2 CONFINAMENTO PARA VACAS LACTANTES .............................................. 10 2.3 SALA DE ESPERA DA ORDENHA .................................................................. 10 2.4 SALA DE ORDENHA ....................................................................................... 10 2.5 SALA PARA REFRIGERAÇÃO DO LEITE ...................................................... 11 2.6 BEZERRIL ....................................................................................................... 11 2.7 FENIL ............................................................................................................... 11 2.8 CERCAS .......................................................................................................... 11 2.9 NÚMERO DE PIQUETES ................................................................................ 12 3.0 EQUIPAMENTOS ............................................................................................... 12 3.1 ORDENHADEIRA ............................................................................................ 12 3.2 TANQUE PARA RESFRIAMENTO DO LEITE ................................................. 13 3.3 COCHOS PARA ALIMENTAÇÃO .................................................................... 13 3.4 BEBEDOUROS ................................................................................................ 13 4 3.5 ORIGEM DA ÁGUA ......................................................................................... 13 4.0 ORDENHA .......................................................................................................... 13 4.1 LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO ÚBERE ........................................................ 14 4.2 TESTES PARA O DIAGNÓSTICO DE MASTITE ............................................ 14 5.0 CONTROLE SANITÁRIO .................................................................................... 15 5.1 DESINFETANTES ........................................................................................... 15 5.2 DESINFECÇÃO ............................................................................................... 16 5.3 PEDILUVIO E RODOLUVIO ............................................................................ 16 5.4 VACINAÇÃO .................................................................................................... 16 5.5 CONTROLE DE BERNES, CARRAPATOS, BICHEIRAS E MOSCAS DOS CHIFRES ............................................................................................................... 17 5.6 DIAGNÓSTICOS DE BRUCELOSE E TUBERCULINIZAÇÃO ........................ 18 6.0 PASTAGENS ...................................................................................................... 19 6.1 ÁREA TOTAL ................................................................................................... 19 6.2 AZEVÉM .......................................................................................................... 20 6.3 COMBATE A ERVAS DANINHAS ................................................................... 20 7.0 ALIMENTAÇÃO .................................................................................................. 20 7.1 RAÇÃO ............................................................................................................ 20 7.2 QUANTIDADES DIÁRIAS ................................................................................ 21 7.2.1 BEZERRAS ............................................................................................... 21 7.2.3 NOVILHAS ................................................................................................. 21 7.2.3 VACAS LACTANTES ................................................................................. 21 8.0 SILAGEM ............................................................................................................ 21 8.1 TIPO DE SILO.................................................................................................. 22 9.0 REPRODUÇÃO .................................................................................................. 22 9.1 IDADE E PESO ................................................................................................ 22 9.2 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL ............................................................................ 22 5 9.3 CIO ................................................................................................................... 23 9.4 GESTAÇÃO ..................................................................................................... 23 9.4.1 VACAS SECAS.......................................................................................... 23 9.4.1.2 SECAGEM DAS VACAS ........................................................................ 24 9.5 PARTO ............................................................................................................. 24 9.6 CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO .......................................................... 24 9.7 INTERVALO DE PARTOS ............................................................................... 25 9.8 PORCENTAGEM DE PRENHEZ ..................................................................... 25 9.9 PORCENTAGEM DE NASCIMENTOS ............................................................ 25 9.10 DIAS PARA NOVA INSEMINAÇÃO ............................................................... 25 10. PRODUÇÃO ....................................................................................................... 26 10.1 VACAS EM LACTAÇÃO ................................................................................ 26 10.2 PRODUÇÃO MÉDIA ...................................................................................... 26 10.3 PORCENTAGEM DE GORDURA .................................................................. 26 10.4 CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS ..................................................... 26 10.5 CONTAGEM MICROBIOLÓGICA ..................................................................27 11. CUIDADOS COM AS BEZERRAS ..................................................................... 27 12. DEJETOS ............................................................................................................ 28 13. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS ....................................................................... 28 13.1 BRINCOS ....................................................................................................... 29 14. MOCHAÇÃO ....................................................................................................... 29 15. DESCARTE ......................................................................................................... 30 16. CASQUEAMENTO ............................................................................................. 30 17. PRINCIPAIS MEDICAMENTOS UTILIZADOS ................................................... 30 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 32 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33 ANEXOS ................................................................................................................... 39 6 Anexo 01 ................................................................................................................ 40 Anexo 02 ................................................................................................................ 40 Anexo 03 ................................................................................................................ 41 Anexo 04 ................................................................................................................ 41 Anexo 05 ................................................................................................................ 42 Anexo 06 ................................................................................................................ 42 Anexo 07 ................................................................................................................ 43 Anexo 08 ................................................................................................................ 43 Anexo 09 ................................................................................................................ 44 Anexo 10 ................................................................................................................ 44 Anexo 11 ................................................................................................................ 45 Anexo 12 ................................................................................................................ 45 7 INTRODUÇÃO O estágio foi realizado na Fazenda Frísia Agropecuária no período de 18 a 29 de julho de 2016 na área de pecuária e subárea de bovinocultura de leite. A propriedade se localiza no município de Carambeí - Paraná, o proprietário é o senhor Bauke Dijkstra e o gerente é o senhor Jacob Zijlstra. Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), atualmente o Brasil está entre os maiores produtores de leite bovino do mundo, aumentando sua produção a cada ano. O objetivo da exploração leiteira é ter uma alta produção com menores custos possíveis, onde a nutrição animal é o principal responsável pelo nível de produção e representa quase 70% de todos os custos, portanto quanto melhor for a nutrição melhor vai ser a produção do rebanho. As raças como Girolanda, Pardo Suiça, Ayrshire, Jersey e Holandesa merecem destaque no quesito produção de leite. Na propriedade onde o estágio foi realizado era feita exploração somente de animais da raça Holandesa, considerada excelente com produção média de leite alta e com taxa de gordura próxima a 3,5%. O rebanho total da propriedade era composto por 711 animais, sendo 343 vacas em lactação com produção média diária de 8,7 mil litros de leite, toda a produção era destinada apenas à Frísia Cooperativa Agroindustrial. O sistema de criação era intensivo do tipo “free-stall”, existia um galpão, coberto, com cama de areia para cada animal. A vaca se alimentava neste galpão e passava o restante o dia deitada ruminando, saindo apenas na hora da ordenha e durante o inverno para o pasto. Ao decorrer deste relatório serão apresentadas as atividades realizadas durante o estágio, abordando assuntos como as instalações necessárias na bovinocultura leiteira, os equipamentos utilizados na ordenha, a importância da desinfecção dos locais e dos animais, cuidados com os animais, como também, a dieta das diferentes categorias e as principais doenças do rebanho. 8 1.0 DADOS GERAIS 1.1 RAÇAS EXPLORADAS Para a exploração de raças para a produção leiteira algumas características devem ser consideradas: atingir o tamanho médio da raça; cabeça bem constituída, proporcional ao corpo; descornada; de boa genética; úbere bem formado; quatro tetos funcionais; boa conversão alimentar; resistência a doenças; alta produtividade. 1.1.2 HOLANDESA Com relação da origem, existem afirmações que a domesticação desta raça de gado data de 2000 anos a.C. nas terras da Holanda setentrional e da Alemanha. No Brasil não foi estabelecida uma data de introdução da raça. Os animais desta raça apresentam estatura média de 1,42 a 1,52 metros; peso dos touros varia em torno de 900 kg a 1000 kg e as vacas têm um peso médio de 550 kg a 600 kg; pelagem fina e macia, geralmente de coloração preta e branca ou vermelha e branca, com ventre e vassoura da cauda branca. É considerada uma excelente raça, explorada no mundo todo; produz bezerros pesados; em cruzamentos transmite seus atributos aos mestiços; alta produção; obtenção de grande volume de gordura e proteína, sendo a raça que mais produz esses componentes por litro de leite, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 1.2 SISTEMA INTEGRADO OU COOPERATIVAS 11 A Fazenda Frísia Agropecuária possuía sistema integrado, sistema que integra todos os dados e processos da organização empresarial em um único sistema, desde a contabilidade, produção, finanças, vendas, entre outros. 9 1.3 DESTINO DO LEITE PRODUZIDO Toda a produção obtida diariamente de 8,7 mil litros era destinada somente à Frísia Cooperativa Agroindustrial. 1.4 COMPOSIÇÃO DO REBANHO O rebanho era constituído por 711 fêmeas, divididas em: - 40 bezerras; - 278 novilhas; - 50 vacas secas; - 343 vacas em lactação. 1.5 TIPO DE CRIAÇÃO Há vários modos para se realizar uma criação de gado para a produção leiteira. A escolha dum destes sistemas depende das condições locais, principalmente das condições climáticas, da infraestrutura, da disponibilidade de terras, entre outros fatores. Na propriedade em questão, era utilizado o sistema intensivo de criação. 1.5.1 SISTEMA INTENSIVO DE CRIAÇÃO Neste sistema, as vacas são mantidas no confinamento durante o dia todo em camas individuais lado a lado, com alimentação controlada com base em uma dieta e água à vontade. Na propriedade, eram retiradas do confinamento apenas nas horas de ordenha e, durante o inverno para o pasto, sendo cada lote uma vez ao dia. 10 2.0 INSTALAÇÕES 2.1 PIQUETE PARA VACAS SECAS As vacas secas se encontravam em um piquete separado das outras, onde passavam o dia e a noite. Não havia cobertura neste piquete, elas saiam duas vezes ao dia para se alimentarem e tinham água a vontade. 2.2 CONFINAMENTO PARA VACAS LACTANTES As vacas lactantes ficavam grande parte do dia no confinamento (ANEXO 01). Na propriedade o sistema utilizado era o “free-stall”, os animais permanecemlado a lado, em baias individuais. A separação das baias era feita em tubos galvanizados. O acesso às baias se dá na parte posterior, permitindo aos animais entrarem e saírem livremente. Entretanto, uma barra limitadora deve ser instalada na parte superior das divisórias, obrigando o animal a se afastar toda vez que se levanta, projetando sua parte traseira para fora da baia, também evitando que defeque ou urine no material de cama. A cama era feita de areia com uma espessura de 10 cm. O corredor de serviço tinha o piso concretado e frisado no sentido longitudinal, com declividade de 1 a 1,5%. 2.3 SALA DE ESPERA DA ORDENHA A sala de espera ficava em frente à sala de ordenha e ali ficavam as vacas que saiam do confinamento esperando a vez de serem ordenhadas. Esta sala era aberta, possuía cobertura e o piso era de concreto. 2.4 SALA DE ORDENHA A sala de ordenha era semiaberta e do tipo espinha de peixe, que tem a vantagem de ocupar menos espaço. Neste tipo de instalação o leite é recolhido em 11 jarros de vidro de 25 litros para o controle da produção individual, seguindo dali para o depósito de leite. O piso era de borracha preta para melhor visualização do teste de mastite e com declividade de 1 a 1,5%. A capacidade da sala de ordenha era de 10 vacas por vez, ordenhando aproximadamente 45 vacas por hora. 2.5 SALA PARA REFRIGERAÇÃO DO LEITE Esta sala fica ao lado esquerdo da sala de ordenha, e possuía 3 tanques de resfriamento de leite com capacidade para 15.000 litros/cada (ANEXO 02). A temperatura do tanque adequada deve ser de 2 a 4°C. 2.6 BEZERRIL As bezerras ficavam em casinhas de madeira cobertas, com piso bruto forrado com feno dia sim, dia não. Junto a cada casinha ficava o cocho para alimentação (ANEXO 03). Este local era separado do restante do rebanho, onde as bezerras ficavam até completarem aproximadamente 7 meses de idade, para posteriormente entrarem no lote das novilhas. 2.7 FENIL O feno utilizado para forragem do bezerril ficava armazenado em um galpão próximo, bem ventilado, protegido do sol direto e da chuva (ANEXO 04). 2.8 CERCAS Todas as cercas da propriedade eram feitas de arame farpado com objetivo de separar os piquetes de pastagem. Ao redor das cercas de arame farpado, também havia cercas elétricas. 12 2.9 NÚMERO DE PIQUETES A propriedade tinha ao todo 230 hectares, era separada em alguns piquetes para pastagem e para vacas: - 9 piquetes (12 hectares) destinado à pastagem (azevém); - 1 piquete para as vacas secas; - 1 piquete para as novilhas. 3.0 EQUIPAMENTOS 3.1 ORDENHADEIRA A ordenhadeira é composta de várias partes, que devem funcionar sempre em perfeita harmonia, para que seja garantida a qualidade do leite retirado e que as vacas não sejam machucadas ou tenham a sua produtividade comprometida. Existem alguns "modelos" diferentes de ordenhadeiras, mas todos apresentam um funcionamento básico em comum. As partes principais desses sistemas são: - Bomba de vácuo: a sua função é extrair o ar do sistema de ordenha comprimindo-o e eliminando para a atmosfera pelo escapamento. - Reservatório de vácuo: tem como função evitar que cheguem líquidos (detergentes, água ou leite) à bomba de vácuo. - Válvulas reguladoras de vácuo: cumprem a função de manter estável o nível de vácuo de toda a instalação. - Frasco sanitário: suas funções são de impedir a passagem de leite desde a unidade final até o sistema de vácuo, e, por sua vez, evitar a contaminação do leite na unidade final. - Vacuômetro: indica o nível de vácuo com que está trabalhando. - Pulsador: sua função é fazer com que as teteiras realizem movimentos de sucção; - Teteiras: estão no interior dos copos de teteiras, retiram o leite; - Coletor: é uma espécie de central que recebe o leite dos 4 tetos; http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term205 13 3.2 TANQUE PARA RESFRIAMENTO DO LEITE O resfriamento do leite na fazenda, imediatamente após a ordenha, é sem dúvida uma das medidas de maior impacto sobre a qualidade do leite, uma vez que o resfriamento do leite inibe o crescimento de microrganismos presentes no leite. Na propriedade, a capacidade do tanque era de 15 mil litros e a temperatura de resfriamento era mantida a 4ºC. 3.3 COCHOS PARA ALIMENTAÇÃO Os cochos para alimentação dos bezerros, individuais, eram feitos de plástico, com profundidade de aproximadamente 25 cm (ANEXO 05). Para as vacas secas, lactantes e novilhas a silagem era distribuída pelo piso azulejado em frente às cangas (ANEXO 06). 3.4 BEBEDOUROS O fornecimento de água aos bezerros era de forma manual, utilizando o mesmo cocho de alimentação. Os bebedouros dos piquetes e do confinamento eram automáticos, feitos de cimento (exceto dois que eram de plástico) com profundidade de aproximadamente 60 cm (ANEXO 07). 3.5 ORIGEM DA ÁGUA A água fornecida aos animais era obtida através de um poço artesiano encontrado na propriedade. 4.0 ORDENHA A ordenha na propriedade, como na maioria das fazendas, era mecânica, do tipo linha média alta (ANEXO 08). Eram realizadas duas ordenhas por dia, sendo uma iniciando às 4 horas da manhã e outra iniciando às 15h30min. 14 4.1 LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO ÚBERE Após a entrada das vacas na sala de ordenha, organizadas 5 de cada lado, é realizado o pré-dipping (antissepsia dos tetos) com o objetivo de reduzir o número de bactérias presentes e prevenir casos de mastite clínica. Este processo consiste na imersão dos tetos em solução desinfetante, podendo ser utilizada solução de iodo, solução de clorexidine ou ainda de cloro. Depois de realizar o pré-dipping, os tetos devem ser secos para a retirada dos três primeiros jatos para verificação de mastite e, em seguida, colocar as teteiras e iniciar da retirada do leite. Terminada a ordenha, deve-se aplicar o pós-dipping, que consiste também na imersão dos tetos em solução desinfetante glicerinada, sendo geralmente utilizada solução de iodo, clorexidine ou de cloro. Esse procedimento tem como finalidade a proteção dos tetos contra micro-organismos causadores de mastite. 4.2 TESTES PARA O DIAGNÓSTICO DE MASTITE A mastite é um processo inflamatório da glândula mamária causada pelos mais diversos agentes, os mais comuns são as bactérias dos gêneros estreptococos e estafilococos. Existem dois tipos de mastite: mastite clínica, quando há sinais clínicos evidentes; mastite subclínica, quando há ausência de alterações visíveis. Como relatado anteriormente, são realizados dois testes para diagnóstico de mastite clínica no momento da ordenha: pré-dipping e pós-dipping. Para o diagnóstico de mastite subclínica é realizado principalmente o teste California Mastitis Test (CMT) e a contagem de células somáticas (CCS). O CMT é o teste mais comum e de fácil realização, sendo necessário utilizar uma raquete própria e a solução CMT. Para realizar o teste CMT coleta-se o leite de cada teto em cada um dos compartimentos da raquete; em seguida inclina-se a raquete até que o leite atinja a marca inferior (indicada no compartimento da raquete e que corresponde a 2 ml de leite); depois adiciona-se a solução CMT até atingir a marca superior (aproximadamente 2 ml de solução). Feito isto deve-se realizar http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term185 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term128 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term185 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term185 15 movimentos circulares com a raquete para promover a mistura do leite com a solução CMT para, em seguida, fazer a leitura do teste. A leitura do CMT leva em conta a reação do leite com a solução CMT e o diagnósticodeve ser sempre realizado por pessoa capacitada, sob orientação de um veterinário. A CCS é outro exame realizado em laboratório, que é usado para o diagnóstico da mastite subclínica. Quando um agente patogênico invade a glândula mamária, o organismo animal tenta reverter o processo infeccioso enviando leucócitos para a região afetada. Os leucócitos somados às células de descamação do tecido do epitélio secretor dos alvéolos são as chamadas células somáticas do leite. Dessa forma quando há uma infecção da glândula mamária a CCS aumenta, diagnosticando a mastite subclínica. A literatura determina um limite de 200.000 a 300.000 células/mL como resultado da CCS. O leite contaminado com mastite era descartado logo após ser retirado. 5.0 CONTROLE SANITÁRIO O controle sanitário em rebanhos bovinos de leite nas fazendas é de extrema importância, pois os seres humanos estão diretamente ligados a eles, principalmente por alimentarem-se do leite e seus derivados, importante fonte de proteína, e que, se contaminado, transmite doenças ao homem, as chamadas zoonoses. 5.1 DESINFETANTES Para a desinfecção da ordenhadeira e do tanque do leite eram utilizados dois produtos: detergente alcalino e detergente ácido. Na limpeza do tanque, o detergente alcalino era utilizado 1 vez ao dia com dosagem de 0,5%, e o detergente ácido 3 vezes na semana com dosagem de 0,5%. O tanque era lavado com água quente logo após a retirada do leite pelo caminhão. Na limpeza da ordenhadeira, o detergente alcalino era utilizado 2 vezes ao dia com dosagem de 0,5% e o detergente ácido, 1 vez ao dia com dosagem de 0,5%. Também eram higienizados com água quente os demais objetos. http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term68 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term185 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term68 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term185 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term68 16 5.2 DESINFECÇÃO A limpeza da sala de ordenha era feita diariamente logo após o término de cada ordenha, retirando todo o esterco eliminado, e esfregando o chão com água para limpeza. A sala de espera e o corredor de saída da sala de ordenha também eram limpos da mesma forma. 5.3 PEDILUVIO E RODOLUVIO O pedilúvio é um sistema para desinfecção dos cascos com objetivo de evitar que os animais levem para dentro das instalações os germes que provocam infecções nos cascos. O rodolúvio também é um sistema de desinfecção, porém utilizado em veículos. Na propriedade onde o estágio foi realizado não havia pedilúvio e rodolúvio. 5.4 VACINAÇÃO Algumas vacinas são de uso obrigatório, como por exemplo, a vacinação contra brucelose bovina e aftosa. A vacinação contra a brucelose é obrigatória somente para as fêmeas na idade entre três e oito meses. Fêmeas com idade acima de oito meses não podem ser vacinadas, pois a titulação do exame pode ser positivo para o resto da vida e o destino deste animal certamente é o abate. Assim como a vacinação contra brucelose a vacina contra aftosa também é obrigatória e deve ser aplicada conforme indicado pelos órgãos de defesa sanitária do estado. A vacinação contra o carbúnculo sintomático deve ser realizada em todos os animais acima de três meses de idade e ser repetida a cada seis meses até o animal completar dois anos de idade. http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term4 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term11 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term4 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term4 http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term11 17 A vacinação contra a raiva também é importante e deve ser realizada anualmente, sendo que a primeira vacinação deve ser realizada a partir dos três meses de idade. 5.5 CONTROLE DE BERNES, CARRAPATOS, BICHEIRAS E MOSCAS DOS CHIFRES O berne é um dos principais parasitas que prejudicam o rebanho bovino, ele fica na pele dos animais causando perda de peso, incômodo, perfurações no couro e consequentemente prejuízos ao produtor. De acordo com a EMBRAPA, as vacas leiteiras infestadas com 50 bernes podem reduzir a produção em até 25%, isto porque o animal vai sentir muita coceira, dor e desconforto, deixando de se alimentar, não tendo o desenvolvimento esperado. A mosca do berne no momento da oviposição, ela utiliza um vetor (outra mosca) que transporta os ovos até os bovinos. Quando os ovos são depositados no animal as larvas são liberadas, e essas perfuram a pele e penetram no animal. Para o controle deve-se aplicar repelente Lepecid para que a larva saia da pele, realizar tratamento das feridas e aplicar Ivermectina 1%, que controla os parasitas internos e externos. O carrapato dos bovinos, Boophilus microplus, ocasiona grandes prejuízos, principalmente a mortalidade dos animais e transmissão dos agentes causadores da Tristeza Parasitária Bovina, diminuição do ganho de peso e produção de leite, danos ocasionado no couro e irritação na pele, pois se alimenta do sangue do hospedeiro durante horas. No controle de carrapatos deve-se realizar pulverização com carrapaticidas nos animais desde a cauda até a ponta do focinho. As Miíases, popularmente conhecidas como "bicheiras", são causadas por larvas de moscas que parasitam o animal alimentando-se dele, e assim, causando- lhe feridas. A larva da mosca Cochliomyia hominivorax, conhecida como mosca varejeira é o principal agente causador da Miíase. A fêmea deposita seus ovos no ferimento do animal, e depois de aproximadamente 16 horas, há a eclosão das http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/glossary/3#term238 18 primeiras larvas, que irão imediatamente iniciar a penetração na pele do animal para se alimentarem. Para a prevenção é fundamental evitar ferimentos no animal impedindo que as moscas depositem seus ovos. Para o tratamento faz-se o uso de medicações injetáveis ou orais que matarão as larvas. São inúmeros os prejuízos que as bicheiras causam, sendo assim, é muito importante que o criador fique atento aos cuidados com seus animais para que animal e produtividade não sofram danos. Na maioria dos estados brasileiros, as altas infestações de moscas dos chifres ocorrem no início e final do período chuvoso. Atualmente, um dos métodos mais eficazes para o tratamento e controle da mosca dos chifres é a utilização de brincos mosquicidas que protegem os animais por até 150 dias ou através do uso de produtos químicos utilizados na forma de pulverização, 5.6 DIAGNÓSTICOS DE BRUCELOSE E TUBERCULINIZAÇÃO Os exames para diagnóstico de brucelose e tuberculose eram realizados 1 vez por ano pela propriedade, fazendo a coleta de sangue dos animais. O diagnóstico da Brucelose é feito principalmente por testes sorológicos através da pesquisa de anticorpos contra Brucella abortus. As brucelas encontram- se principalmente nos fetos abortados, placentas, gânglios linfáticos, leite e amostras de sêmen. Para identificar a presença da Brucelose no rebanho, dois exames podem ser feitos: o Antígeno Acidificado tamponado (AAT) e o teste do anel em leite (TAL). Ambos identificam a presença de anticorpos contra a doença, porém o último é feito em uma mistura do leite de vários animais. O AAT é individual, feito a partir do sangue coletado de cada bovino. As etapas do procedimento são: - Coleta de sangue da artéria coccígea, localizada no sulco central da parte ventral da cauda. - As amostras devem ser acondicionadas em tubos. - Centrifugação do sangue por 3 minutos para promover a separação do soro. No caso de não possuir este aparelho, é possível a obtenção do soro deixando os tubos à temperatura ambiente por tempo suficiente para que o sangue se coagule.19 - Em uma placa de vidro, são adicionados 0,03 ml deste soro e a mesma quantidade do antígeno acidificado tamponado, misturando-os com o auxílio de uma espátula. - Mistura entre o soro sanguíneo e o AAT. Em exames positivos, formam-se coágulos de fácil percepção nesta mistura. AAT é um exame de alta sensibilidade, ou seja, existem poucas chances de ser falso negativo. Porém, falsos positivos podem ocorrer pela reação cruzada com determinadas bactérias. A tuberculinização consiste na inoculação intradérmica de uma tuberculoproteína, a tuberculina. Existem três modalidades para este teste: a inoculação do Micobacterium Bovis na região cervical, do M. bovis e do M. avium na mesma região ou tendo a prega caudal como local de inoculação do M. bovis. Este último só é permitido em rebanhos de corte. As variações do teste cervical servem para descartar a possibilidade de um caso positivo na prova simples ser devido ao contato com a espécie aviária da tuberculose. O procedimento de tuberculinização é realizado da seguinte maneira: - São realizadas duas raspagens na região escapular do animal. No local da primeira raspagem, faz-se o teste da tuberculose aviária, com a inoculação da tuberculina aviária e, no segundo, da tuberculose bovina, inoculando-se a tuberculina bovina. - Antes das aplicações, a dobra de pele dos locais deve ser medida com o auxílio de um cutímetro e os valores obtidos devem ser anotados. - Nova medição com o cutímetro deve ser feita 72 horas após a inoculação dos reagentes. - Com o cálculo da diferença de espessura das dobras de pele é obtido o resultado. 6.0 PASTAGENS 6.1 ÁREA TOTAL A área total destinada ao cultivo de pastagem era de 12 hectares. Durante o inverno era cultivado azevém, que servia como pasto para os animais e durante o verão era cultivado soja, milho ou outra cultura de interesse econômico. 20 6.2 AZEVÉM Segundo a literatura, o azevém é uma planta amplamente utilizada pelos produtores, é uma forrageira de alta palatabilidade pelos animais, com elevados teores de proteína e digestibilidade, bem como equilibrada composição mineral. Possui uma boa produção de forragem, bom rebrote, resistência ao pastejo e ao excesso de umidade, além de suportar altas lotações e possuir alta ressemeadura natural. É uma gramínea considerada rústica, competitiva, com boa capacidade de perfilhamento e que se desenvolve bem em qualquer tipo de solo, mas prefere os argilosos, férteis e úmidos. Porém, em condições onde o solo apresente alta deficiência de drenagem, o azevém tem seu desenvolvimento prejudicado. Embora tolere bem a acidez, é mais exigente em fertilidade e umidade do que a aveia-preta. 6.3 COMBATE A ERVAS DANINHAS O combate contra ervas daninhas era feito uma vez a cada plantio realizando uma pulverização com herbicida. 7.0 ALIMENTAÇÃO 7.1 RAÇÃO A alimentação é a parte mais importante no processo de criação de gado. Há uma grande variedade de métodos, alimentos, tipos de ração e alternativas de alimentação. Além disso, há alimentações formuladas para diferentes tipos de gado em função do sexo, idade, forma como são criados, o clima em que vivem etc. 21 7.2 QUANTIDADES DIÁRIAS 7.2.1 BEZERRAS Na propriedade diariamente os bezerros recebiam 1 kg de ração própria para bezerros (B-1-B 19). Recebiam leite duas vezes ao dia, uma pela manhã e outra pela noite, sendo 4 litros diários. A água era fornecida uma vez ao dia no período da tarde, deixando o cocho cheio. 7.2.3 NOVILHAS As novilhas recebiam 2,5 kg de ração (B18) diariamente, 7 kg de silagem de milho, 2 kg de pré-secado de azevém e 7 kg de silagem de aveia branca. A água era fornecida a vontade nos bebedouros automáticos. 7.2.3 VACAS LACTANTES As vacas lactantes recebiam 1,5 kg de caroço de algodão, 13 kg de ração, 20 kg de silagem de milho, 7 kg de pré-secado de azevém. A água também era fornecida a vontade. A cada semana era fornecido 50 kg de bicarbonato de sódio em cada lote. 8.0 SILAGEM De acordo com Novaes, silagem é o produto oriundo da conservação de forragens úmidas ou de grãos de cereais com alta umidade através da fermentação em meio anaeróbico, ambiente isento de oxigênio, em locais denominados silos. Na alimentação de ruminantes, a silagem de grãos úmidos, é uma alternativa de alimento com concentrado energético, complementando a silagem de planta inteira, que é volumosa, resultando em uma dieta eficiente e de menor custo. As forrageiras ensiladas na propriedade eram de milho e aveia branca. 22 8.1 TIPO DE SILO O silo utilizado na propriedade era do tipo trincheira, caracterizado por uma vala feita no chão, na qual se deposita a silagem, compactada com um trator e posteriormente fechada a sua frente com tábuas e com lona plástica recoberta por pneus. 9.0 REPRODUÇÃO Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), reprodução é a multiplicação da espécie pelo acasalamento ou pela inseminação artificial. Uma boa eficiência reprodutiva permite maior vida útil dos animais e mais nascimentos de bezerros. 9.1 IDADE E PESO As novilhas da raça Holandesa estão aptas para a reprodução ao atingirem peso médio de 330 a 340 kg e idade de 15-18 meses. 9.2 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Na fazenda Frísia o processo de reprodução utilizado era a inseminação artificial, o sêmen utilizado era comprado, pois não havia touros na propriedade. A inseminação artificial (IA) é, segundo a EMBRAPA, um processo de reprodução em que o sêmen é colocado no útero da vaca em cio pelo homem, usando equipamentos especiais, visando a sua fecundação. As vacas para serem inseminadas devem estar bem nutridas, saudáveis e sem problemas de reprodução. O sucesso da inseminação artificial depende também do máximo cuidado de higiene. A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) aponta as principais vantagens da IA: 23 - Melhoramento genético; - Controle de doenças; - Cruzamento entre raças; - Controle zootécnico do rebanho; - Padronização do rebanho. 9.3 CIO O cio é o período em que a vaca aceita a monta e que normalmente ocorre em novilhas depois da puberdade e em vacas, desde que estas não estejam prenhas. Este período é cíclico, com duração de 6 a 18 horas e ocorre a cada 21 dias, podendo variar. Alguns sinais são exibidos durante o cio: aceitação de monta de um touro ou de outra vaca do rebanho; animais mais agitados; cauda erguida; perda de apetite; micção frequente; vulva inchada, entre outros. 9.4 GESTAÇÃO A duração média da gestação da vaca é de 280 a 290 dias (9 meses), com variações entre raças. Quando a vaca completar 7 meses de gestação ela deve ser secada. 9.4.1 VACAS SECAS As vacas secas são aquelas vacas prenhas que ao atingirem 7 meses de gestação são secadas, ou seja, a produção de leite é interrompida. Esta ação é necessária para a regeneração dos tecidos secretores do leite, produção de um colostro de qualidade, essencial para a sobrevivência da cria recém-nascida e melhor desenvolvimento do feto, pois nos últimos 60 dias que precedem o parto o desenvolvimento é acentuado. 24 9.4.1.2 SECAGEM DAS VACAS O processo de secagem é simples, as vacas a serem secas são separadas do rebanho e devem ser examinadas para ver se há mastite ou algum outro problema, em seguida deve-se realizar a última retirada de leite. São aplicados 2 medicamentos no úbere da vaca: Orbenin e Mastblock, usados na propriedade. Orbenin é um produto formulado para a prevenção de mastite e, após sua aplicação os tetos devem ser massageados e em seguida aplica-se Mastblock, que funciona como selante para o canal do teto. Após a secagem da vaca, esta é levada para o piquetedas vacas secas, onde ficará até o parto. 9.5 PARTO Quando a vaca esta perto de parir ela se levanta e deita repetidas vezes, apresentando contrações abdominais e gemidos. Normalmente as vacas parem sem qualquer auxílio, mas o criador deve ter o cuidado de obsevar se há complicações e auxiliar se preciso. Muitas vezes, a dificuldade é devida à posição anormal do feto dentro do útero, ou porque o bezerro é muito grande. 9.6 CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO Logo após o nascimento, inspeciona-se o bezerro e, se necessário, removem- se as membranas fetais e os mucos do nariz e da boca. A vaca costuma lamber o bezerro, ajudando a secar o pelo e estimulando a circulação e a respiração. Deve-se induzir o bezerro a mamar o colostro o mais rápido possível após o nascimento (ANEXO 09), deve-se desinfetar o umbigo mergulhando o cordão umbilical em uma solução de iodo. A identificação do bezerro, com brincos era feita no segundo dia do nascimento. Outros cuidados como a descorna, devem ser providenciados durante o primeiro mês de vida dos animais. 25 9.7 INTERVALO DE PARTOS O intervalo de partos é o período entre dois partos consecutivos e pode medir a eficiência reprodutiva individual e a do rebanho. Para alcançar a máxima produção de leite por dia de vida da vaca, ela deve parir em intervalos regulares de 12 a 14 meses. Intervalos de partos mais longos causam comprometimento econômico, já que a próxima parição será retardada, e atrasará a geração de um novo bezerro e de uma nova lactação. 9.8 PORCENTAGEM DE PRENHEZ A taxa de prenhez representa o número de vacas que ficaram prenhes em relação ao número de vacas aptas a ficarem prenhes. É calculada, dividindo-se o número de fêmeas prenhez pelo número total de fêmeas adultas. Dá a porcentagem de fêmeas prenhez ao final de um ano. Estes dados são levantados nas fichas de controle reprodutivo, contando os animais com gestação diagnosticada. 75% de prenhez é o mínimo aceitável tecnicamente, e 85% a 90%, um índice economicamente satisfatório. 9.9 PORCENTAGEM DE NASCIMENTOS Indica o número de bezerros nascidos, em relação ao número de vacas do rebanho. 82% é um índice tido como aceitável. Comparando a taxa de natalidade e a taxa de prenhez, temos o porcentual de perda de bezerros durante a gestação. Vacas que perdem bezerros durante a gestação continuarão recebendo cuidados sanitários, alimentos, e ocuparão espaço na pastagem até a próxima estação de monta, sem produzir resultado econômico. 9.10 DIAS PARA NOVA INSEMINAÇÃO O trato reprodutivo leva aproximadamente 30 dias para voltar ao estado pré- gestacional após o parto; esse processo é chamado de involução uterina. Portanto, na maioria das vacas a inseminação pode ser iniciada de 40 a 60 dias pós-parto. 26 10. PRODUÇÃO 10.1 VACAS EM LACTAÇÃO Vacas em lactação são aquelas fêmeas que estão ativas na produção de leite. Na propriedade dos 711 animais do rebanho, 343 vacas estavam em lactação. 10.2 PRODUÇÃO MÉDIA A produção média diária por vaca na propriedade era de 28 litros, totalizando aproximadamente 8,7 mil litros diários. 10.3 PORCENTAGEM DE GORDURA O leite da holandesa pura apresenta baixo teor de gordura, na propriedade este teor era de 3,5 %. 10.4 CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS As células somáticas encontradas no leite são constituídas principalmente pelos leucócitos, cuja função é a defesa do organismo. Este teste é feito principalmente para diagnóstico de mastite, pois a mastite proporciona aumento no número de células. A maioria dos leucócitos é atraída do sangue para a glândula mamária, em resposta a uma agressão física, química ou infecciosa sofrida pela glândula mamária. O processo inflamatório resultante dessa agressão atrai os leucócitos e quando a agressão é muito intensa, os mecanismos de defesa do animal precisam agir com maior intensidade, o que resulta no aumento de células que são também transferidas do sangue para o interior da glândula mamária e, por extensão, para o leite. 27 Segundo dados da EMBRAPA, o leite da glândula mamária sadia da vaca tem entre 20.000 e 50.000 células/mL. Considera-se que vacas com CCS menor que 200.000/mL têm maior probabilidade de não estarem infectadas com os chamados patógenos principais da mastite, enquanto vacas com CCS acima de 300.000 têm maior probabilidade de estarem infectadas. 10.5 CONTAGEM MICROBIOLÓGICA No Brasil, com o objetivo de melhorar a qualidade do leite, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou a instrução normativa 51 (IN51) que regulamenta normas para qualidade do leite e de seus derivados, produção, identidade e qualidade de leites, pasteurizado e cru refrigerado. A análise laboratorial mais utilizada para monitorar a qualidade microbiológica do leite cru é a contagem padrão em placas (CPP) ou contagem bacteriana total (CBT). A CBT quantifica o número total de bactérias presentes no leite cru, mas não identifica grupos específicos de bactérias que se proliferam quando há falhas nos processos de produção, ordenha e armazenamento. A qualidade microbiológica do leite cru está envolvida com diversos fatores como a saúde e higiene da vaca, higiene durante o processo de ordenha e dos equipamentos de ordenha, além do tempo e da temperatura adequados de armazenamento. 11. CUIDADOS COM AS BEZERRAS Após o nascimento, as bezerras são separadas da mãe e levadas até o bezerril, onde são colocadas em pequenas casinhas que devem estar desinfetadas com cal queimado. O primeiro cuidado a ser realizado é a desinfecção do umbigo, feito com o produto Cidental Liquido. O segundo cuidado é o fornecimento do colostro, primeiro leite produzido após o parto. A finalidade do colostro é o de fornecer ao bezerro anticorpos e nutrientes que irão ajudar na fortificação do sistema imunológico. 28 Nos primeiros dias de vida os bezerros só tomam leite, e após 1 semana eles começam a comer a ração própria para bezerros. A água é fornecida 1 vez ao dia, deixando o cocho cheio. 12. DEJETOS O esterco de vacas leiteiras é frequentemente utilizado como fertilizante para solos de cultivo, pois enriquece o solo com sua propriedade de adubação. As vantagens do esterco de bovinos como fertilizantes segundo Kiehl, Malavolta, Moreira & Siqueira são: – melhora da estrutura do solo; – diminuição dos processos de compactação do solo; – melhora da aeração e da drenagem do solo; – aumento da capacidade de armazenagem de água no solo; – diminuição dos efeitos da erosão; – fonte de macros e micronutrientes; – melhora da condição de crescimento de raízes; – contribuição para o aumento de pH em solos ácidos; – aumento do número de micro-organismos úteis no solo, essenciais no combate de pragas; – evita as perdas de minerais por lixiviação. Na propriedade todo o esterco produzido era depositado em uma esterqueira para futuramente ser aplicado na lavoura. Segundo o dono, o esterco não passava por nenhum tipo de tratamento. 13. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS Segundo o colunista Marcio do jornal NotiSul, para que uma criação seja eficiente, é necessário o acompanhamento dos índices de produção de cada animal individualmente. Estes índices podem ser peso ao nascimento, quantidade de leite produzida por dia, prolificidade, peso ao desmame, entre outros. Para que esta simples metodologia seja feita, é preciso que os animais sejam identificados de 29 alguma forma. A marcação pode ser efetuada através de tatuagem, brincos, piques na orelha e marcação a fogo. 13.1 BRINCOS O método de identificação adotado na propriedade era o brinco, bastante comum e de fácil aplicação (ANEXO 10). Para proceder à aplicação de brincos em bovinos, não é necessárionenhum tipo de instalação especial. Quanto mais jovem for o animal, mais fácil será sua contenção. Na propriedade, os brincos eram colocados nos bezerros no segundo dia de vida. No brinco era identificado o mês de nascimento (primeiro número) registro do animal (número central), nome do pai (nome no lado inferior) e registro da mãe (número da direita). 14. MOCHAÇÃO Segundo a revista ProCampo, é de suma importância que os animais sejam mochados, pois a ausência de chifres facilita o manejo na propriedade. São várias as vantagens proporcionadas pela criação de animais mochos: o convívio dos mesmos é mais calmo, evitando ferimentos no corpo e estragos no couro, causados por brigas; necessita de menos espaço em cochos para ração, sal ou água e também para transporte. A mochação é feita em animais novos, consiste na queima do botão, que origina o chifre. A idade ideal para descorna dos bezerros é em torno de 30 dias após o nascimento, pois nesta idade apresentará somente o “botão” do chifre. Desta forma, a queima não é muito profunda, sendo a cicatrização mais rápida, evitando o estresse do animal. Na propriedade, a mochação era realizada nos bezerros com 7 dias de vida com um produto em forma de pasta chamado Boviscorn, em sua composição havia soda cáustica. Este produto deve ser aplicado com luvas para evitar o contato com a pele. 30 15. DESCARTE Após o parto verificava-se o sexo do recém-nascido, as fêmeas eram levadas para o bezerril enquanto os machos eram logo descartados para o açougue. As vacas eram descartadas quando estavam com falhas na reprodução ou infectadas com doenças, principalmente mastite e problemas de casco. 16. CASQUEAMENTO O casqueamento tem como principal objetivo prevenir ou reduzir a ocorrência das doenças dos cascos nos bovinos tanto de corte quanto leiteiros. A partir do casqueamento correto é possível corrigir imperfeições nos aprumos, restabelecer o apoio correto e evitar patologias graves que causam manqueiras. Quando um animal tem problemas de cascos, apresenta como principal sintoma a claudicação, ou seja, arrasta uma perna, não tem firmeza em um dos pés e anda com dificuldade. O casco que cresce em excesso atrapalha o animal tanto quando está andando, como quando está parado. Esse crescimento em excesso pode levá-lo a ter algum tipo de doença nos cascos, que, além da claudicação ainda mais intensa, pode gerar defeitos incorrigíveis, perda do casco e outras doenças. Na propriedade esta atividade era realizada pelo próprio gerente, feito em média 2 dias por semana nas vacas selecionadas (ANEXO 11). 17. PRINCIPAIS MEDICAMENTOS UTILIZADOS Os medicamentos que tivemos contato na realização do estágio são (ANEXO 12): - Orbenin Extra: utilizado para prevenção de mastite e aplicado antes de secar a vaca; - Mastblock: utilizado para secar os tetos da vaca; - Poli-Star: aplicado após a secagem das vacas para prevenir o botulismo. - Mastite Clínica VL: utilizado para o tratamento da mastite clínica de vacas em lactação. 31 - Cidental Líquido: indicado para todos os tipos de ferimentos, na propriedade era utilizado para desinfecção do umbigo dos bezerros recém-nascidos. - Boviscorn: utilizado para queima dos chifres nos bezerros. - Lutalyse: usado para controlar a sincronização do cio de vacas. 32 CONCLUSÃO Com a realização deste estágio na área de pecuária, subárea bovinocultura de leite conhecemos os diversos cuidados que devemos ter no manejo com animais, as realidades encontradas pelos produtores no setor econômico, o diagnóstico e tratamento correto de doenças presentes no rebanho e, principalmente a alimentação desses animais, pois tudo está relacionado a uma melhor produção. As instalações devem ser adequadas a cada categoria de animais, proporcionando conforto aos mesmos. Devem também junto com os equipamentos utilizados serem higienizadas, para que o animal não fique propício a pegar uma doença por estar em contato com o ambiente. Os primeiros cuidados com os recém-nascidos são indispensáveis, pois estes estão mais vulneráveis às diversas condições. O corte e a desinfecção do umbigo devem ser realizados logo após o nascimento e dentro das primeiras horas deve ser fornecido o colostro ao bezerro, pois este fornecerá os anticorpos necessários ao sistema imunológico. As vacinas devem sempre estar em dia, os exames exigidos por lei devem ser realizados para ter controle de doenças sobre os animais. A identificação de cada animal é importante para acompanhar seu desempenho, reprodução e produção individual. Nos casos de doenças, procurar sempre orientação veterinária para melhor tratamento. Tudo na propriedade esta interligado, por essa razão tudo deve ser planejado e monitorado para melhor desempenho das atividades realizadas, sobretudo com práticas adequadas de manejo, higienização e estruturação. 33 REFERÊNCIAS KIEHL, E. J. Fertilizantes Orgânicos. Editora Agronômica Ceres, 1985. MALAVOLTA, E. ABC da Adubação. Editora Ceres – 5a. Edição, 1989. MOREIRA, F. M. S. & Siqueira, J. O. Microbiologia e Bioquímica do Solo. Editora UFLA, 2002. NOVAES, L.P.; Lopes, F. C.F.; Carneiro, J. C. Silagem: Oportunidades e pontos críticos. Juiz de Fora/MG, Embrapa, Comunicado Técnico 43, 2004. BATTISTON, Walter Cazellato. Gado leiteiro: manejo, alimentação e tratamento. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1980. SÁ, Fernando Vieira e Manuel Vianna. As Vacas Leiteiras. Coleção Técnica Agrária. Lisboa, 1980. http://iepec.com/enciclopedia-de-racas-holandesa/. Acesso em 06 de agosto às 10h11min. http://www.agrocursos.org.br/pdf/bovinos_leite_apostila2006.pdf. 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Acesso em 28 de agosto às 19h28min. 39 ANEXOS 40 Anexo 01 Anexo 02 41 Anexo 03 Anexo 04 42 Anexo 05 Anexo 06 43 Anexo 07 Anexo 08 44 Anexo 09 Anexo 10 45 Anexo 11 Anexo 12 46