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Livro Fundação de Linha de Transmissão - Dimensionamento e Execução

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Fundações para Linhas de Transmissão 
- Dimensionamento e Execução -
Fundações para Linhas de Transmissão 
- Dimensionamento e Execução -
Crysthian Purcino Bernardes Azevedo
Belo Horizonte • 2011
Ficha Catalográfica
Bibliotecária: Denise Cristina de Castro CRB 1941-6
Diagramação, fotografia e arte da capa: Josemar Lucas
Azevedo, Crysthian Purcino Bernardes
 Fundações para linhas de transmissão: dimensionamento e execução / 
Crysthian Purcino Bernardes Azevedo. – Belo Horizonte: Fundac-BH, 2009.
 411 p.: il.; 21 cm.
 ISBN 978-85-85477-27-1
1. Engenharia – história. 2. Engenharia – currículo. 3. Engenharia – estudo 
e ensino. I. Título.
CDU 62(091)
A994
www.fundac.org.br
Ao Deus da minha vida por ter mandado seu filho Jesus Cristo para 
morrer pelos meus pecados e pela nova vida que me deu. Pela força dada 
diante das lutas que me trouxeram aqui neste ponto. Pelo Espírito Santo que 
me consola e me permite sorrir sempre, mesmo diante de desafios aparen-
temente intransponíveis. 
À minha querida e amada esposa Keila. Te amo! Que mulher surpre-
endente. Meu amor por você cresce a cada dia! Soube sempre superar as difi-
culdades e individualidades entendendo que o sonho é nosso e não somente 
meu. Obrigado pelo seu amor e dedicação. Este livro é nosso!
Aos Engº João Batista (Joãozinho) e Engº Roberto Perona que me 
deram a oportunidade como estagiário de engenharia de fundações. Ao 
Rogério Guimarães que confiou no profissional e permitiu que eu tivesse 
hoje uma profissão: engenheiro de fundações. Ao Engº Mágico Gonzaga e 
Engº Mauro Célio pelos conhecimentos práticos de execução de obras. A 
todos os clientes que comentam os projetos acrescentando conhecimentos 
de detalhes específicos. Ao Engº Hudson Wagner pela nova oportunidade 
na área. A Engª Maria Guilhermina pelo apoio e confiança neste projeto. 
Ao Engº Evanildo Ribas pela aprovação e apoio deste projeto. A LEME 
Engenharia pelo patrocínio e confiança técnica nesta publicação. Aos meus 
amados irmãos em Cristo pelas orações. Eis mais uma obra para honra e 
glória de Deus.
Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: Na cadeira de Moisés se 
assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, 
porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados [e 
difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens, entretanto, eles mesmos nem 
com o dedo querem movê-los. Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem 
vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas. Amam o 
primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas pra-
ças e o serem chamados mestres pelos homens. Vós, porém, não sereis chamados mestres, 
porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. (Mt. 23:1-8)
Agradecimentos
Filho de Dona Solange e do Seu Rafael, irmão do Dí e do Kennedy. 
Foi gerado em Bom Despacho e nasceu em Pará de Minas. Cresceu no cen-
tro de Belo Horizonte, próximo e dentro do Parque Municipal. Cursou o 
1º grau na Escola Estadual Afonso Pena e o 2º grau no Estadual Central e 
Colégio Pitágoras, ambos na capital mineira.
Engenheiro Civil pela UFMG em 2000 passou 3 anos em construções 
de Linhas de Transmissão (Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão e Argentina). 
Retonrou a Belo Horizonte em 2003 quando cursou Especialização em Ge-
otecnia Ambiental pela UFMG. No ano seguinte concluiu a Especialização 
em Engenharia de Estruturas, pela UFMG. Em 2006, tournou-se mestre em 
Engenharia Civil, também pela UFMG.
Hoje, com Doutorado, é professor substituto do Departamento de 
Estruturas da UFMG. Profissionalmente compõe a equipe de engenheiros 
do Núvleo Civil da Linha de Produtos e Sistemas Elétricos da Leme Enge-
nharia.
Planeja iniciar um MBA em Gestão de Projetos e Pessoas para aper-
feiçoar seu crescimento profissional.
Dados biográficos
Este livro Fundações para Linhas de Transmissão - Dimensionamen-
to e Execução, vem preencher uma importante lacuna na bibliografia técnica 
disponível sobre fundações, particularmente sobre fundações para linhas de 
transmissão. Talvez esta lacuna até então existente, possa ser explicada, em 
parte, pela especificidade destas fundações. Com efeito, muito embora todas 
as fundações tenham as mesmas funções básicas, quais sejam, as de supor-
tar os carregamentos oriundos da super-estrutura transmitindo-os de forma 
compatível à capacidade de resistência dos solos, as fundações para linhas de 
transmissão possuem algumas características que as distinguem das demais. 
Em primeiro lugar, pode-se destacar o elevado número de fundações que 
compõem cada projeto, alcançado facilmente a casa de milhares de unida-
des. Por outro lado, há que se recordar que, pelas suas extensões, as linhas 
de transmissão freqüentemente costumam atravessar variados tipos de solo 
em um só projeto. Outro aspecto ainda bastante relevante a ser observado 
no projeto destas fundações, é a composição dos carregamentos a que estão 
submetidas. Sempre existem elevadas cargas de arrancamento, quase iguais 
às cargas de compressão, associadas com cargas horizontais significativas.
Por esta razão, uma bibliografia que abordasse tema tão complexo e 
extenso como as fundações para linhas de transmissão, precisaria ser escrita 
por alguém que tivesse profundo conhecimento das incertezas que envolvem 
as questões relacionadas à mecânica dos solos, bem como uma razoável ex-
periência prática de execuções de fundações no campo. É exatamente o que 
ocorre com o autor deste livro. Tendo o mesmo a oportunidade de trabalhar 
no universo da indústria onde pôde aprender as questões práticas do “como 
fazer”, teve o autor a chance de voltar à universidade aprofundando seus estu-
dos através de programas de mestrado e doutorado sobre a matéria.
Este livro é, pois, uma conjunção balanceada de conhecimentos de na-
tureza teórico-práticos, importantes e necessários para quem se habilite a tra-
balhar em projetos que, por demandarem somas incalculáveis de recursos fi-
nanceiros, tornam imperativa a conjugação do binômio segurança-economia.
Engº João Batista Guimarães Ferreira Silva
Prefácio
Neste livro os métodos de cálculo de fundações de Linhas de Trans-
missão consagrados serão avaliados no intuito de se apresentar a evolução 
e estado da arte. Até hoje não havia sido publicado em uma única fonte in-
formações que possam ajudar na formação de um engenheiro de fundações 
em Linhas de Transmissão. As informações geralmente estão dispersas em 
artigos e livros diversos. A intenção aqui é apresentar uma base sólida de 
conhecimentos para a formação de engenheiros de fundações com visão 
técnica e prática dos projetos. Serão apresentados exemplos de cálculos dos 
diversos tipos de fundações aplicados em LT’s, detalhes de projeto, detalhes 
construtivos, especificações de serviços, ensaios de compressão e tração (ar-
rancamento) etc.
Fundações bem projetadas apresentam resultados em ensaios de pro-
tótipos acima do esperado nos cálculos, o que leva a uma tranqüilidade em 
relação à segurança, mas também um alerta na direção de crescimento dos 
custos. Atualmente, a grande competitividade entre empresas nacionais e in-
ternacionais em leilões não permitem a extrapolação em quantitativos, e uma 
economia em fundações leva a vitórias em leilões e ampliação da margem de 
lucros. Desta forma, neste livro será apresentado uma nova Metodologia de 
Cálculo Baseada em Confiabilidade para Projeto Otimizado de Fundações 
de Linhas de Transmissão usando Ensaios de Protótipos. O objetivo pri-
mordial desta nova metodologia é reduzir as dimensões das fundações com 
manutenção sem abrir mão da segurança.
O objetivo é fornecer ao meio técnico informações fundamentais que 
permitam ao engenheiro projetar e executar fundações de Linhas de Trans-
missão dentro de conceitos técnicos consagrados pela experiência prática e 
acadêmica.
Apresentação
À minha amada, idônea, maravilhosa e dedicada esposaauxiliadora Keila.
Ao fruto lindo de nosso amor: João Crysthian.
Ao próximo lindo fruto hoje em formação no útero da Keila.
Ao TODO PODEROSO DEUS soberano!
Dedicatória
Sumário
Lista de Símbolos ............................................................................................
Lista de Abreviaturas ......................................................................................
1 Introdução 
 1.1 Apresentação do Problema ............................................................
 1.2 Importância do trabalho ................................................................
 1.3 Objetivos ..........................................................................................
 1.4 Apresentação do trabalho ..............................................................
2 Estudos Preliminares
 2.1 Levantamento Plano-altimétrico de Linhas de Transmissão ....
 2.2 Investigações Geológico-Geotécnicas .........................................
3 Fundações de Linhas de Transmissão
 3.1 Introdução ........................................................................................
 3.2 Etapas do Projeto de Fundação de uma LT ...............................
 3.2.1 Etapa 1: Levantamento de quantitativos para concorrência .............. 
 3.2.2 Etapa 2: Projeto básico ....................................................................
 3.2.3 Etapa 3: Projeto executivo ...............................................................
 3.2.4 Etapa 4: Projeto “Como construído” ...............................................
 3.3 Metodologias Clássicas de Cálculo de Fundações de LT .........
 3.3.1 Generalidades ..................................................................................
 3.3.2 Compressão .....................................................................................
 3.3.3 Arrancamento (Tração) ...................................................................
 3.3.4 Tombamento ....................................................................................
 3.3.5 Método da Universidade de Grenoble ...............................................
 a) Introdução ..................................................................................
 b) Expressões gerais da capacidade de carga à tração ..............
 c) Expressões dos coeficientes de resistência ao arrancamento
 d) Expressões da Capacidade de Carga à Tração – Estacas ....
 e) Expressões da Capacidade de Carga à Tração – Placas .......
 f) Expressões da Capacidade de Carga à Tração – Sapatas .....
 g) Expressões da Capacidade de Carga à Tração – Tubulões 
 com Base Alargada ...................................................................
 h) Exemplos de Cálculo da Capacidade de Carga à Tração ....
 3.3.6 Método de Meyerhof e Adams .........................................................
 a) Introdução ..................................................................................
 b) Teorias anteriores ......................................................................
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85
104
104
105
 c) Fundações pouco profundas ....................................................
 d) Fundações com grande profundidade ....................................
 e) Fundações circulares e retangulares .........................................
 3.4 Dimensionamento Geotécnico de Fundações para LT .............
 3.4.1 Introdução .......................................................................................
 3.4.2 Capacidade de Carga dos Solos ........................................................
 3.4.3 Recalques .........................................................................................
 3.4.4 Recalque Admissível ........................................................................
 3.4.5 Tensão Admissível ...........................................................................
 3.5 O Estado da Arte de Projetos de Fundações para LT ...............
 3.5.1 Generalidades ..................................................................................
 3.5.2 Principais Estudos ...........................................................................
 3.5.3 Por que projetos de fundações de Linhas de Transmissão são 
 especiais ...........................................................................................
 3.5.4 Confiabilidade .................................................................................
 a) Método determinístico ...............................................................
 b) Método probabilístico ...............................................................
 3.5.5 Projeto Geotécnico .............................................................................
4 As Incertezas Envolvendo o Projeto e a Execução de Funda-
ções de Linhas de Transmissão
 4.1 Introdução ......................................................................................... 
 4.2 Incertezas ..........................................................................................
 4.2.1 Generalidades ...................................................................................
 4.2.2 Tipos de Incertezas ............................................................................
 4.2.3 Incertezas Físicas ..............................................................................
 4.2.4 Incertezas Estatísticas .......................................................................
 4.2.5 Incertezas de Modelagem ...................................................................
 4.2.6 Incertezas Relacionadas a Fatores Humanos .....................................
 4.2.7 Incertezas de Avaliação .....................................................................
 4.2.8 Incertezas Fenomenológicas ................................................................
 4.2.9 Incertezas de Medição .......................................................................
 4.2.10 Conclusões ......................................................................................
5 Ensaios de Fundações de Linhas de Transmissão 
 5.1 Detalhamento do Ensaio de Campo .............................................
 5.1.1 Preparação do Terreno ......................................................................
 5.1.2 Montagem do Tripé de Ensaio ..........................................................
 5.1.3 Levantamento do Estai Provisório ....................................................
 5.1.4 Retirada do Grampo U do Estai Ensaiado e Alívio dos Outros 
 Estais ...............................................................................................
108
110
111
114
114
114
115
115
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135
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138
139
139
140
140
143
 5.1.5 Nivelamento do Tripé de Ensaio ....................................................... 
 5.1.6 Prova de Carga .................................................................................
 5.2 Procedimento de Ensaio ...................................................................
6 Metodologia de Cálculo Baseada em Confiabilidade para 
Projeto Otimizado de Fundações de Linhas de Transmissão 
 6.1 Introdução .........................................................................................
 6.2 Objetivo .............................................................................................
 6.3 Metodologia ......................................................................................
 6.3.1 Confiabilidade baseada na equação de projeto (IEC 60826, 2003) ... 
 6.3.2 Avaliação da capacidade geotécnica de projeto da fundação ..................
 6.3.3 Avaliação da capacidade do teste da fundação .....................................
 6.3.4 Análisee calibração de dados baseadas no Modelo de Regressão linear 
 a) Geral ..............................................................................................
 b) modelo m - nenhuma correlação (dados de teste repetidos 
 em um local de teste específico) ...............................................
 c) modelo m - com correlação (dados de teste plotados ao 
 longo de uma linha reta) .............................................................
 d) Fator de resistência da fundação, ØF sob o modelo da 
 regressão linear ............................................................................
 6.3.5 CASO A – O Intercepto é não-nulo e a variação dos erros residuais 
 é constante .........................................................................................
 6.3.6 CASO B – O Intercepto é não-nulo e a variação dos erros residuais 
 não é constante ..................................................................................
 6.3.7 CASO C – Apenas inclinação sem intercepto e variação constante 
 dos residuais ......................................................................................
 6.3.8 CASO D – Apenas inclinação sem intercepto e variação não cons-
 tante dos residuais .............................................................................
 6.4 Exemplo ...............................................................................................
 6.4.1 m - modelo ........................................................................................
 6.4.2 Modelo da regressão linear ................................................................
 6.5 Sumário e conclusões .........................................................................
7 Especificações Técnicas 
 7.1 Objetivo ................................................................................................
 7.2 Generalidades ......................................................................................
 7.3 Documentos de referência ................................................................
 7.4 Serviços preliminares .........................................................................
 7.4.1 Levantamentos Topográficos ..............................................................
 7.4.2 Caminhos de Serviço e Acesso ...........................................................
 7.4.3 Investigações Geotécnicas ...................................................................
144
146
150
155
155
156
156
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160
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170
173
173
174
175
175
176
177
 7.4.4 Ensaios de Laboratório .....................................................................
 7.4.5 Desmatamento, Destocamento e Limpeza ..........................................
 7.4.6 Demolições e Desmontagens ...............................................................
 7.5 Terraplenagem .....................................................................................
 7.5.1 Generalidades ...................................................................................
 7.5.2 Normas e Códigos Aplicáveis ...........................................................
 7.5.3 Materiais ..........................................................................................
 7.5.4 Serviços Preliminares ........................................................................
 7.5.5 Cortes ...............................................................................................
 7.5.6 Aterros .............................................................................................
 a) Aterro junto às estruturas de concreto .....................................
 b) Controle Tecnológico .................................................................
 c) Controle Geométrico ..................................................................
 7.5.7 Material de Empréstimo ...................................................................
 7.5.8 Área de Disposição de Material Excedente (ADME) ......................
 7.5.9 Enrocamentos (Aterros com material de 3ª Categoria) .......................
 a) Controle Tecnológico ..................................................................
 b) Enrocamento em substituição a solos .....................................
 c) Enrocamento de proteção ..........................................................
 7.5.10 Remoção de Solos Moles ..................................................................
 7.5.11 Reaterro de Escavações em Solos Moles ...........................................
 7.5.12 Momento Extraordinário de Transporte ..........................................
 7.5.13 Escavação, Carga e Transporte de Material Estocado .....................
 7.6 Escavações ...........................................................................................
 7.6.1 Generalidades ...................................................................................
 a) Objetivo .........................................................................................
 b) Normas .........................................................................................
 c) Considerações gerais ...................................................................
 d) Plano de escavação ......................................................................
 e) Classificação dos materiais .........................................................
 7.6.2 Escavação .........................................................................................
 a) Locação .........................................................................................
 b) Execução ......................................................................................
 7.6.3 Escavação de Fundações ....................................................................
 7.6.4 Escoramento .....................................................................................
 a) Execução .......................................................................................
 b) Retirada do escoramento ............................................................
 7.6.5 Esgotamento .....................................................................................
 7.6.6 Apiloamento .....................................................................................
 7.7 Reaterro ................................................................................................
 7.7.1 Objetivo ............................................................................................
177
178
179
180
180
180
180
181
181
184
188
188
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190
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193
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198
198
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201
201
202
203
203
204
204
205
205
205
 7.7.2 Precauções .........................................................................................
 7.7.3 Execução ..........................................................................................
 7.7.4 Execução de Reaterro Com Solo-Cimento .........................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Teor de Cimento – Traço Solo-Cimento .................................
 c) Ensaios de Validação ...................................................................
 7.8 Drenagem superficial .........................................................................
 7.8.1 Sarjetas ............................................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................d) Controle ........................................................................................
 7.8.2 Valetas de Pé de Aterro ...................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................
 d) Controle ........................................................................................
 7.8.3 Valetas de Crista de Corte ................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................
 d) Controle ........................................................................................
 7.8.4 Revestimento das Valetas ..................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 7.8.4.b.1 Revestimento de concreto simples com agregados convencionais .......
 7.8.4.b.2 Revestimento com Pedra Argamassada ........................................
 7.8.4.b.3 Revestimento com Grama ............................................................
 c) Controle ........................................................................................
 7.8.5 Saídas e Descidas d’água ..................................................................
 a) Generalidade .................................................................................
 b) Material .........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................
 d) Controle ........................................................................................
 e) Aceitação .......................................................................................
 7.8.6 Soleiras de Dispersão ........................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................
 d) Controle ........................................................................................
 7.8.7 Caixas Coletores e de Passagem ........................................................
205
206
207
207
209
210
212
212
212
212
212
213
213
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214
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216
216
217
217
218
218
218
218
218
219
219
219
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................
 d) Controle ........................................................................................
 7.8.8 Bueiros .............................................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................
 d) Controle ........................................................................................
 7.8.9 Berços ...............................................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................
 d) Controle ........................................................................................
 7.8.10 Alas e Bocas para Bueiros ..............................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................
 d) Controle ........................................................................................
 7.8.11 Canaletas .......................................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................
 d) Controle ........................................................................................
 e) Aceitação .......................................................................................
 7.8.12 Caixa Separadora de Água e Óleo - CSAO ..................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais ........................................................................................
 c) Execução .......................................................................................
 d) Controle ........................................................................................
 7.9 Drenagem subsuperficial – trincheiras drenantes ..........................
 7.9.1 Objetivo ...........................................................................................
 7.9.2 Condições Gerais ..............................................................................
 7.9.3 Material ...........................................................................................
 a) Tubos de drenagem .....................................................................
 b) Material drenante .........................................................................
 c) Material filtrante ...........................................................................
 7.9.3.c.1 Agregados ...................................................................................
 7.9.3.c.2 Geossintéticos ..............................................................................
 7.9.4 Execução ..........................................................................................
 7.9.5 Manejo Ambiental ...........................................................................
219
219
219
220
220
220
220
220
221
222
222
222
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226
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228
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230
230
230
231
231
231
232
233
 7.9.6 Controle de Qualidade ......................................................................
 a) Material ..........................................................................................
 b) Geométrico ..................................................................................
 c) Acabamento ..................................................................................
 d) Verificação dos trabalhos ...........................................................7.9.7 Poços de Visita .................................................................................
 7.10 Drenagem profunda – dreno subhorizontal ................................
 7.10.1 Objetivo ..........................................................................................
 7.10.2 Normas Complementares ................................................................
 7.10.3 Condições Gerais ............................................................................
 7.10.4 Material .........................................................................................
 a) Tubo ...............................................................................................
 b) Argamassa .....................................................................................
 c) Filtro de geossintético .................................................................
 7.10.5 Execução ...........................................................................................
 7.10.6 Manejo Ambiental .............................................................................
 7.10.7 Controle de Qualidade .......................................................................
 a) Material ..........................................................................................
 b) Geométrico ..................................................................................
 c) Condições hidráulicas .................................................................
 d) Verificação dos trabalhos ...........................................................
 7.11 Estruturas em gabiões .....................................................................
 7.11.1 Objetivo ..........................................................................................
 7.11.2 Normas Complementares ................................................................
 7.11.3 Condições Gerais ............................................................................
 a) Gabiões – caixa com revestimento em PVC ...........................
 b) Gabiões – colchão com revestimento em PVC ......................
 c) Gabiões – saco com revestimento em PVC ............................
 7.11.4 Execução da Obra .........................................................................
 a) Enchimento dos gabiões ............................................................
 b) Montagem de gabiões - caixa ....................................................
 c) Montagem de colchões ...............................................................
 d) Montagem de gabiões-saco .......................................................
 7.12 Estruturas reforçadas com geossintéticos ....................................
 7.12.1 Generalidades .................................................................................
 7.12.2 Normas Complementares ................................................................
 7.12.3 Processos Construtivos .....................................................................
 7.12.4 Sistemas Dreno-Filtrantes ..............................................................
 7.12.5 Manuseio e Acondicionamento do Geossintético ...............................
 7.12.6 Cuidados na Instalação do Geossintético .........................................
 7.13 Solos grampeados .............................................................................
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 7.13.1 Objetivo ..........................................................................................
 7.13.2 Normas Complementares ................................................................
 7.13.3 Seqüência Construtiva ....................................................................
 7.13.4 Grampos ........................................................................................
 7.13.5 Geometria .......................................................................................
 7.14 Muros em terra armada ...................................................................
 7.14.1 Generalidades .................................................................................
 7.14.2 Componentes ...................................................................................
 a) Soleira de concreto ......................................................................
 b) Escamas de concreto ..................................................................
 c) Juntas .............................................................................................
 d) Armaduras ....................................................................................
 e) Material do aterro ........................................................................
 7.14.3 Cuidados Especiais .........................................................................
 a) Armazenamento ...........................................................................
 b) Equipamentos e materiais ..........................................................
 7.14.4 Seqüência Executiva de Montagem .................................................
 a) Soleira ............................................................................................
 b) Assentamento da primeira linha de escamas ...........................
 c) Colocação das juntas ...................................................................
 d) Execução de aterro compactado ...............................................
 e) Colocação das armaduras ...........................................................
 f) Montagem das linhas subsequentes ...........................................
 7.15 Concreto ............................................................................................
 7.15.1 Generalidades .................................................................................
 7.15.2 Normas Complementares ................................................................
 7.15.3 Materiais ........................................................................................
 a) Composição do concreto ...........................................................
 b) Agregado graúdo .........................................................................
 c) Água ...............................................................................................
 d) Aditivos .........................................................................................
 7.15.4 Argamassas ....................................................................................
 a) Objetivo .........................................................................................
 b) Normas complementares ...........................................................
 c) Materiais ........................................................................................
 7.15.4.c.1 Cimento ....................................................................................
 7.15.4.c.2 Água ........................................................................................
 7.15.4.c.3 Cal ...........................................................................................
 7.15.4.c.4 Areia ........................................................................................
 7.15.4.c.5 Argamassas pré-misturadas .......................................................
 d) Preparo ..........................................................................................
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 7.15.5 Preparo do Concreto .......................................................................
 a) Dosagem .......................................................................................b) Amassamento ...............................................................................
 c) Concretagem .................................................................................
 d) Lançamento do concreto ...........................................................
 e) Adensamento do concreto .........................................................
 f) Juntas de concretagem .................................................................
 g) Juntas de dilatação .......................................................................
 7.15.5.g.1 Considerações gerais ......................................................................
 7.15.5.g.2 Aplicação .....................................................................................
 h) Acabamentos superficiais ...........................................................
 i) Cura e proteção do concreto ......................................................
 7.15.6 Formas ..............................................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Materiais utilizados ......................................................................
 c) Aberturas para concretagem ......................................................
 d) Tirantes das formas .....................................................................
 e) Escoramentos ...............................................................................
 f) Projetos de formas e escoramentos ..........................................
 g) Precauções anteriores ao lançamento do concreto ................
 h) Retirada das formas .....................................................................
 i) Aberturas, furos e peças embutidas ...........................................
 7.15.7 Armaduras ........................................................................................
 7.15.8 Tolerâncias .........................................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Tolerâncias em trabalhos de concreto ......................................
 7.15.9 Controle Tecnológico do Concreto ........................................................
 7.15.10 Aparelhos de Apoio .........................................................................
 a) Generalidades ...............................................................................
 b) Material .........................................................................................
 7.15.10.b.1 Aparelho de apoio de elastômero fretado .....................................
 c) Execução .......................................................................................
 7.15.10.c.1 Montagem do aparelho de apoio de elastômero fretado ..................
 7.15.11 Controle ...........................................................................................
 a) Aparelho de apoio de elastômero fretado ................................
 7.15.12 Demolição de Estruturas de Concreto ...............................................
 7.16 Revestimento vegetal .......................................................................
 7.16.1 Objetivo .............................................................................................
 7.16.2 Condições Gerais ................................................................................
 7.16.3 Materiais ...........................................................................................
 a) Grama ............................................................................................
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 b) Árvores e arbustos ......................................................................
 c) Tela vegetal ...................................................................................
 d) Geossintéticos ..............................................................................
 e) Matéria orgânica ...........................................................................
 f) Material protetor ..........................................................................
 g) Fertilizantes e corretivos .............................................................
 h) Análise do solo ............................................................................
 7.16.4 Execução ........................................................................................
 7.16.5 Manejo Ambiental .........................................................................
 7.16.6 Controle de Qualidade ....................................................................
 a) Material ..........................................................................................
 b) Geométrico ..................................................................................
 c) Acabamentos ................................................................................
 d) Aceitação e rejeição .....................................................................
 7.17 Bioengenharia ...................................................................................
 7.17.1 Objetivo ..........................................................................................
 7.17.2 Materiais e Serviços de Bioengenharia .............................................
 a) Introdução ....................................................................................
 b) Paliçadas ........................................................................................
 c) Preenchimento de concavidades com cilindros vegetativos .
 d) Correção do solo (aplicação de calcário) .................................
 e) Controle das formigas cortadeiras ............................................
 f) Coveamento / espaçamento para herbáceas ............................
 g) Adubação inicial ...........................................................................
 h) Semeio manual .............................................................................
 i) Aplicação de biomanta de fibras vegetais .................................
 j) Adubação de cobertura ................................................................
 k) Ressemeio .....................................................................................
 l) Manutenção anual .........................................................................
 7.18 Cuidados com a segurança e proteção ambiental .......................
8 Planilhas de Locação das Fundações
8.1 Cálculo da Profundidade e Afloramento para Fundação em Tubulão 
 8.1.1 Fundação em tubulão com comprimento constante “L” ............................
 8.1.2 Fundação em tubulão com comprimento “L” variável e profundidade 
 “h” constante .....................................................................................
 8.2 Dimensões do Tubulão ......................................................................
 8.3 Cálculo da Profundidade e Afloramento para Fundação em 
 Sapata ....................................................................................................
 8.3.1 Fundação em sapata com comprimento constante “L” e fuste inclinado
 8.3.2 Fundação em sapata com comprimento “L” variável e profundidade 
 “h” constante ..............................................................................................
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9 Execução das Fundações 
 9.1 Introdução ...........................................................................................
 9.2 Relatório fotográfico ..........................................................................Referências 
Anexo I - Planilha Resumo de Quantitativos ..............................................
Anexo II - Carregamento das Fundações ....................................................
Anexo III - Investigações Geológico-Geotécnicas ....................................
Anexo IV - Fundações Especiais ..................................................................
Anexo V - Relatório de Definição de Fundações .......................................
Anexo VI - Tabela de Locação de Estruturas e Pontos Críticos ..............
Anexo VII - Lista de Construção ..................................................................
Anexo VIII - Planilha de Marcação de Cavas .............................................
Anexo IX - Reforços de Fundações .............................................................
Anexo X - Tabelas com Coeficientes de Capacidade de Carga – Meto-
dologia da Universidade de Grenoble ..........................................................
Anexo XI - Avaliação Probabilística de Deslocamentos de Fundações 
de Linhas de Transmissão ..............................................................................
 XI.1 Introdução .........................................................................................
 XI.2 Sistema Norte-Nordeste .................................................................
 XI.3 As Fundações ...................................................................................
 XI.4 Ensaios de Arrancamento em Fundações de Torres Estaiadas ...
 XI.5 Tratamento Estatístico ....................................................................
 XI.5.1 Parâmetros e Distribuições de Probabilidades ................
 XI.5.2 Covariância e Correlação entre os Modos de Falha ....... 
 XI.6 Probabilidade de Falha das Fundações .........................................
 XI.6.1 Falha no Subsistema Estai ..................................................
 XI.6.2 Falha em uma Fundação de Torre Estaiada .....................
 XI.6.3 Falha Nas Fundações dos Estais de Uma Torre Estaiada 
XII - Estudo Probabilístico da Resistência à Compressão de Concretos 
Utilizados em Fundações de Linhas de Transmissão ................................
 XII.1 Introdução .......................................................................................
 XII.2 Características do concreto empregado no empreendimento ....
 XII.3 Orientações normativas para a resistência do concreto ...........
 XII.3.1 NBR 12655 ..........................................................................
 XII.3.2 ACI 318 ................................................................................
 XII.3.3 Eurocode 2 ..........................................................................
 XII.4 Avaliação Estatísitica da resistência do concreto .......................
 XII.5 Valores estimados para fck ...........................................................
 XII.6 Conclusão para os valores estimados para fck ...........................
 
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Lista de Símbolos • 25
Lista de Símbolos
Símbolo Descrição
B Largura de uma base retangular
2B Largura de uma base retangular
2Bf Largura de um fuste retangular
c Intercepto de coesão
C Coesão ao longo do plano vertical de corte da fundação
Cf Força de coesão
D Profundidade enterrada
Dc Profundidade crítica
DL Efeito dos carregamentos de peso próprio
e Espessura da base
E Número de erros
F Força de atrito
Fa Carga de tração (arrancamento)
H Altura da fundação
kp Coeficiente de empuxo passivo do solo
kpv Componente vertical do coeficiente de empuxo passivo do solo
ku Componente de levantamento nominal de pressão do solo
2L Comprimento de uma base retangular
2Lf Comprimento de um fuste retangular
m Coeficiente de redução devido à espessura da base
M Resposta prevista usando o Modelo. 
Me Momento Estabilizante
Mt Momento de Tombamento
Mc Coeficiente de capacidade de carga à tração relacionado à coesão
Mφ Coeficiente de capacidade de carga à tração relacionado ao ângulo de atrito
Mγ Coeficiente de capacidade de carga à tração relacionado ao peso específico
Mq Coeficiente de capacidade de carga à tração relacionado à sobrecarga
O Oportunidade de erros
p Perímetro
pb Perímetro da base
pf Perímetro do fuste
po Sobrecarga para o método de Meyerhof
P Peso próprio
 Peso da fundação
Fundações para Linhas de Transmissão - Dimensionamento e Execução • 26
pp Empuxo passivo total inclinado de um ângulo δ com a horizontal
Ps Peso do solo
 Peso do volume de solo do tronco de cone
Ptub Peso próprio do tubulão
qo Sobrecarga uniforme, infinitamente extensa, atuante na superfície do terreno
Q50 Efeito de carga resultante de um evento com período de retorno T = 50 anos
Qft Capacidade de carga à tração
Qfc Termo de coesão da capacidade de carga à tração
Qfφ Termo de atrito da capacidade de carga à tração
Qfγ Termo de gravidade da capacidade de carga à tração
Qfq Termo de sobrecarga da capacidade de carga à tração
QT Efeito da carga correspondente a um dado período de retorno T.
Qu Carga última à tração
R Raio
 Raio da base
 Resposta Real 
RC Resistência característica ou nominal do componente
Re Raio equivalente de uma estaca prismática com perímetro “p”
 Raio equivalente de uma base não-circular de perímetro “pb”
Rf Raio do fuste
Rfe Raio equivalente de um fuste não-circular de perímetro “pf”
RN Resistência Nominal do Componente
s Fator de forma que governa a pressão passiva do solo na parede cilíndri 
 ca convexa
Sb Área da base
Sf Área do fuste
Sl Área lateral
T Período de retorno
Xm Fator de resistência.
W Peso do solo e da fundação
α Ângulo da superfície de ruptura do solo com a vertical
 Inclinação do vetor Força de coesão “Cf” com a vertical
 Ângulo do Cone de Arrancamento
β Inclinação do vetor Força de atrito “F” com a vertical
δ Ângulo da inclinação do empuxo passivo total com a horizontal
φ Ângulo de atrito interno
φbase Diâmetro da base da fundação
φfuste Diâmetro do fuste da fundação
Lista de Abreviaturas • 27
ΦR Fator de resistência 
ΦC Fator relacionado à relação entre o limite de exclusão rela e o valor 
 igual a 10%.
ΦN Fator relacionado ao número de componentes submetidos ao máximo 
 efeito de carga.
ΦR Fator de resistência 
ΦS Fator relacionado com a coordenação de resistência entre diferentes 
 componentes.
ΦQ Fator relacionado ao nível de qualidade.
σ Tensão normal na superfície de ruptura
γ Peso específico natural do solo
 Fator de ponderação aplicado ao efeito da carga Q50
γU Fator de uso e depende da utilização das estruturas de suportes em 
 relação ao máximo vão de projeto
τ Tensão de resistência ao cisalhamento unitária
Lista de Abreviaturas
Abreviatura Descrição
CIGRÈ Conferénce Internationale dês Grands Reseaux Électriques a 
 haute tension
CPT “Cone Penetration Test”
DMT “Dilatometer Test”
EPRI Electric Power Research Institut 
IEC INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL 
 COMMISSION 
LT Linha de Transmissão
Me Momento Estabilizante
MFAD Moment Foundation Analysis and Design
Mt Momento de Tombamento
N.A. Nível de água
NSPT Número de Golpes no ensaio SPT
PEH Probabilidade de erro humano
PMT “Pressuremeter Test”
SPT “Standard Penetration Test”
WG07 “Work Group” 07
1. Introdução • 29
1. Introdução
1.1 Apresentação do Problema
O avanço da economia de um país é dependente da oferta de energia 
a custos competitivos e com suprimento garantido. Destacada a importância 
da utilização de recursos renováveis com as devidas precauções na preser-
vação do meio ambiente o foco sempre será o desenvolvimento sustentável. 
O Brasil possui alto potencial hidráulico; entretanto, o aumento da distância 
dos pontos de geração aos centros consumidores é verificado, acarretando 
grande importância à transmissão da energia (AZEVEDO, 2007).
A energia elétrica pode ser produzida através de usinas hidroelétricas,termoelétricas, nucleoelétricas ou através de sistemas eólicos e solares. O sis-
tema elétrico pode resumidamente ser subdividido em três etapas: produção, 
transmissão e distribuição de energia (AZEVEDO, 2007). 
A etapa de transmissão de energia é efetuada através das LT (Linhas 
de Transmissão). O projeto de linhas de transmissão começa com estudo 
de viabilidade técnica e econômica visando uma minimização do custo de 
transporte associada a um alto padrão de qualidade dos serviços. Para maio-
res extensões de LT, as tensões são elevadas no intuito de reduzir as per-
das de energia elétrica. Porém, esta prática implica na elevação dos carrega-
mentos mecânicos, estruturas pesadas e maiores volumes para as fundações 
(AZEVEDO, 2007). 
A viabilidade do projeto é avaliada a partir de vários fatores, dentre 
os quais podem ser destacados: o custo da desapropriação das terras ao 
longo do traçado da LT, a topografia, o custo e a capacidade de transmissão 
de energia, o capital disponível e as características geotécnicas. Os estudos 
de viabilidade técnica e econômica são na verdade anteprojetos onde são 
definidos: a classe de tensão da LT, os modelos das estruturas das torres, os 
materiais e os diâmetros dos cabos condutores e pára-raios, as cadeias de 
isoladores, etc. Após estes estudos, inicia-se o projeto mecânico onde são 
determinados todos os esforços atuantes sobre os membros constituintes. O 
Fundações para Linhas de Transmissão - Dimensionamento e Execução • 30
projeto mecânico pode ser subdividido em três fases básicas: (1) Projeto dos 
cabos e da distribuição das torres sobre os perfis dos terrenos; (2) Projeto 
estrutural das torres; e (3) Projeto das fundações.
O custo total de um empreendimento é calculado pela soma do custo 
inicial de implantação, custo de manutenção, custo de inspeção e os custos 
associados aos distintos modos de falha. Entretanto, o que pode ser obser-
vado no mercado é uma excessiva preocupação com o custo inicial sem levar 
em conta os demais custos envolvidos. Os custos iniciais de uma LT podem 
ser reduzidos ao otimizarmos os projetos de fundações. Portanto, necessita-
se um maior comprometimento em pesquisas que objetivam o aperfeiçoa-
mento de ferramentas que levem em conta o desempenho real dos materiais 
e carregamentos envolvidos. Os conceitos de confiabilidade estrutural cons-
tituem poderosa ferramenta para a tomada de decisão racional de projetos 
de LT (AZEVEDO, 2007). 
Conforme mostrado na Fig. 1.1 a seguir, o sistema linha de transmis-
são é composto de vários componentes (subsistemas): componentes elétri-
cos e componentes mecânicos (cabos, estruturas das torres autoportantes 
e estaiadas, isoladores, ferragens (componentes utilizados em sua maioria 
para fixação de cabos nas torres), fundações de torres autoportantes, funda-
ções de mastros e estais de torres estaiadas, etc.). A característica essencial 
deste sistema é que a falha em qualquer componente implicará a falha do 
sistema como um todo, que por definição é o conceito de um sistema dito 
em série. Atualmente, muitos estudos de confiabilidade, por exemplo, ME-
NEZES (1988), MENEZES e SILVA, (2000) e MENEZES e SILVA (2003) 
são conduzidos em âmbito nacional porém, no mais das vezes, tais estudos 
destacam o desempenho elétrico e as estruturas de suporte metálico. Inter-
nacionalmente, conceitos probabilísticos vêm sendo aplicados a estruturas 
de fundações de LT´s por fóruns de discussão tais como o Working Group 
22/07 Foundations of Transmission Lines da CIGRÈ – Conferénce Internationale dês 
Grands Reseaux Électriques a haute tension, com publicações de seus membros, 
CIGRÈ (2002, 2008), KULHAWY et al (2004), HERMAN et al (1999), 
HALDAR et al (1999), DEMBICKI et al (1993). Além disso, os conceitos 
do IEC 60826 já vêm de forma consagrada sendo utilizados. Porém nacio-
nalmente, em fundações de LT’s o Brasil carece de estudos nesta área. Este 
trabalho procura dar o tom que a partir de conceitos probabilísticos seja 
viabilizado o projeto de fundações dentro do território nacional.
1. Introdução • 31
Hoje devida à alta competitividade no mercado há uma evidente ne-
cessidade de otimizar os projetos de fundações com redução de volumes vi-
sando menores custos iniciais e em manutenções futuras. Ao mesmo tempo, 
o conhecimento completo do problema é utópico devido às incertezas que 
fazem parte de todo o processo (que também até certo ponto serão levadas 
em conta neste trabalho). Fica evidente que para projetar de forma a garantir 
a segurança e ao mesmo tempo custos reduzidos exigem uma metodologia 
mais cuidadosa com o mínimo possível de “gorduras” a favor da seguran-
ça. O meio técnico está diante de uma encruzilhada, pois, tem evoluído de 
métodos determinísticos (Tensões admissíveis) para semi-probabilísticos 
(Estados limites), porém é necessário subir mais um degrau e para isso é 
imprescindível a adoção de conceitos de confiabilidade caminhando para 
projetos puramente probabilísticos. A idéia é projetar e decidir sob condi-
ções de incerteza a partir de conceitos probabilísticos, pois já são percebidas 
as aleatoriedades das variáveis envolvidas num sistema de interação solo-
estrutura. E como reduzir dimensões garantindo segurança diante de incer-
tezas de todas as naturezas? 
FIGURA 1.1 - Sistema Linha de Transmissão e seus Subsistemas (Componentes)
Fundações para Linhas de Transmissão - Dimensionamento e Execução • 32
1.2 Importância do trabalho
A Engenharia de Estruturas passa por uma necessária adaptação nas 
concepções de projeto. Conceitos de Confiabilidade Estrutural vêm sendo 
introduzidos com a finalidade de avaliar probabilisticamente os dados de 
entrada e também de saída dos processos em estudo. Em projetos eletro-
mecânicos e de estruturas de torres de LTs muitos conceitos do IEC 60826 
vêm sendo aplicados com sucesso e já consagrados no meio técnico. 
Em engenharia civil de fundações, postulados e axiomas da mecânica 
dos solos clássica têm permanecido como regra. Na verdade, com auxílio de 
coeficientes, estas formulações têm fornecido respostas que vêm garantindo 
segurança. A evolução dos modelos tem acontecido, porém, a presença de 
incertezas é evidente. Todos estes modelos aceitos e utilizados em projetos 
de LTs giram em torno de ângulos de arrancamento, variando apenas nos 
valores destes ângulos. Internacionalmente, grupos de estudos já adotam 
conceitos probabilísticos em suas concepções de fundações, CIGRÈ (2008), 
por exemplo.
Em nível nacional os projetos de fundações ainda estão distantes de 
adotarem tais conceitos. Resta a responsabilidade ao meio acadêmico em 
parceria com o meio técnico operacional de empresas projetistas e estatais 
adaptarem e conceberem normas técnicas baseadas em confiabilidade.
Neste trabalho, a partir dos resultados de ensaios em protótipos de 
fundações de LTs será concebida uma nova Metodologia de Cálculo Base-
ada em Confiabilidade para Projeto Otimizado de Fundações de Linhas de 
Transmissão. Este procedimento fornecerá ao meio técnico subsídios para 
otimização de volumes com redução de custos finais de implementação de 
empreendimentos. Um estudo mais aprofundado das incertezas envolvidas 
nestes tipos de projetos e a partir da avaliação de resultados de ensaios de 
protótipos será possível a determinação do comportamento das fundações 
com maior segurança.
1. Introdução • 33
1.3 Objetivos
O objetivo principal deste trabalho é a elaboração de uma nova Me-
todologia de Cálculo Baseada em Confiabilidade para Projeto Otimizado de 
Fundações de Linhas de Transmissão usando Ensaios de Protótipos. O es-
tudo da evolução das metodologias de cálculo destas fundações, bem como 
a avaliação das incertezas que estão envolvidas nos projetos de fundações 
de linhas de transmissão servirá como base sustentadora para a defesa desta 
metodologia como a forma mais coerente de projetar fundações de LTs na 
atualidade.
O objetivo primordial desta nova metodologia é reduzir as dimensões 
das fundações comredução nos custos de implantação e manutenção com 
garantia dos níveis de segurança das estruturas. 
Um software de Fundações de Linhas de Transmissão vem sendo 
desenvolvido pelo autor deste livro (Purcino Foundations TL). Este pro-
grama será executado em ambiente visual do windows que abrangerá di-
mensionamento de todas as fundações aplicáveis em Linhas de Transmissão 
utilizando todos os métodos abordados na revisão bibliográfica bem como 
a nova metodologia proposta, levantamento de quantitativos e um banco 
de dados com quantitativos e custos para orçamentos e propostas. Neste 
também conterá o módulo de otimização que avaliará as melhores soluções 
inseridas nas regiões de aplicação dos projetos com base em projetos já 
executados. Reduzir tempo de trabalho (aumento da produção), aumentar a 
confiabilidade do processo e centralizar em um único local todas as infor-
mações relativas aos projetos destas fundações, que vêm sendo executadas 
com planilhas Excel para cada tipo de solução. Este programa poderá e 
deverá ser retroalimentado continuamente visando seu aperfeiçoamento e 
aumento de confiabilidade e sucesso.
Fundações para Linhas de Transmissão - Dimensionamento e Execução • 34
1.4 Apresentação do trabalho
Diante do problema apresentado, destacada a importância deste es-
tudo e em destaque os objetivos aqui traçados, foram seguidas as seguintes 
etapas e metodologia de trabalho conforme mostra a Fig. 1.2.
Inicialmente, no capítulo 2 – Estudos Preliminares, as informações a 
respeito dos dados de entrada serão apresentadas. Estas são necessárias a um 
projeto de fundações tais como: levantamentos topográficos, investigações 
geológico-geotécnicas, parâmetros geotécnicos e tipificação dos solos.
No capítulo 3 – Fundações de Linhas de Transmissão, as metodo-
logias de projeto de fundações de LTs serão apresentadas em âmbito geral. 
Neste ponto serão avaliados conceitos técnicos dos termos mais utilizados 
no presente trabalho. Além do mais, esta revisão bibliográfica vai passar pela 
evolução de conceitos e métodos até os dias atuais.
No capítulo 4 – As Incertezas Envolvendo o Projeto e a Execução de 
Fundações de Linhas de Transmissão será fornecida ao meio técnico uma 
discussão a respeito destas incertezas que envolvem um projeto de funda-
ções tais como: incertezas físicas, estatísticas, de modelagem, de métodos de 
cálculo, relacionadas ao fator ser humano, de interpretação de resultados, de 
procedimentos de ensaios de campo, da natureza, etc. A partir do fluxogra-
ma de informações de um projeto de fundações serão caracterizadas várias 
incertezas envolvidas. 
No capítulo 5 – Ensaios em Fundações de Linhas de Transmissão se-
rão apresentados o procedimento de execução dos ensaios (carregamentos, 
deslocamentos, equipamentos, etc.) e quantitativos indicando a localização 
dos testes. Aqui serão apresentados vários tipos de fundações ensaiadas com 
seus resultados esperados e observados.
No capítulo 6 – Metodologia de Cálculo Baseada em Confiabilidade 
para Projeto Otimizado de Fundações de Linhas de Transmissão usando En-
saios de Protótipos será apresentada a metodologia proposta com vários exem-
plos a partir dos resultados de ensaios apresentados no capítulo anterior.
No capítulo 7 – Especificações Técnicas serão apresentadas diversas 
especificações contendo os métodos construtivos adotados para que se al-
cance com qualidade os parâmetros exigidos nos projetos.
1. Introdução • 35
No capítulo 8 – Planilhas de Locação das Fundações serão apresenta-
das diversas planilhas utilizadas pela equipe de execução para escavação das 
fundações e locação de pontos de fundamento, grampos “U” e nivelamento 
de cantoneiras de ancoragem (“stubs”).
No capítulo 9 – Execução de Fundações serão apresentadas fotos 
ilustrativas das diversas etapas de execução de variados tipos de fundações 
de Linhas de Transmissão.
Nos anexos são apresentadas informações relevantes ao entendimen-
to e visualização dos projetos de fundações de linhas de transmissão. 
FIGURA 1.2 - Fluxograma de Desenvolvimento dos Trabalhos
2. Estudos preliminares • 37
2. Estudos preliminares
2.1 levantamento plano-altimétrico de linhas de transmissão
Neste ponto o objetivo é apresentar diretrizes e critérios básicos que 
deverão ser seguidos pelas equipes de topografia para a execução dos servi-
ços de levantamento plano-altimétrico do eixo e da faixa da LT, bem como, 
dos serviços de levantamento cadastral das propriedades e levantamentos 
de matas.
O escopo dos trabalhos de levantamento é o seguinte:
Perfil do eixo da LT – coordenadas topográficas X, Y e Z do perfil • 
do terreno no caminhamento do eixo da LT;
Levantamento dos perfis laterais – coordenadas X, Y e Z de pontos • 
afastados lateralmente ao eixo da LT a uma distância de 10 metros 
(por exemplo);
Levantamento de características superficiais do terreno – coordena-• 
das dos limites de banhado (pântano), de terreno úmido, de terreno 
inundável, de terreno com pedregulhos, com rocha aflorando ou 
com matacões, assim como, de início e fim da erosão;
Levantamento de travessias – coordenadas, descrição e croquis de • 
travessias como: rodovias, estradas, ruas, avenidas, ferrovias, linhas 
de transmissão, vias navegáveis, tubulações metálicas de porte (ole-
odutos, gasodutos ou adutoras), etc;
Levantamento de divisas de propriedades – coordenadas, descrição • 
e croquis de diversas propriedades, com indicação do nome do pro-
prietário, sejam elas privadas ou públicas;
Levantamento de obstáculos na faixa – coordenadas, descrição e • 
croquis de obstáculos tais como: cercas, muros, valas divisórias, tai-
Fundações para Linhas de Transmissão - Dimensionamento e Execução • 38
pas, diques, banhados ou pântanos, lagoas, açudes, represas, canais, 
córregos, arroios, rios não navegáveis, pedreiras, saibreiras, pontos 
de quebra de topografia (buracos profundos, paredões, encostas), 
redes elétricas de tensão inferior a 34,5kV, linhas telegráficas, tele-
fônicas, teleféricos, etc;
Levantamento de divisas municipais e estaduais – coordenadas, des-• 
crição e croquis das divisas entre municípios e estados;
Levantamento de obstáculos fora da faixa – coordenadas, descrição • 
e croquis de pistas (cabeceiras) de aeroportos, aeródromos, helipor-
tos, estações transmissoras ou receptoras de rádio, retransmissoras 
de televisão, torres de telecomunicações;
Levantamento de paralelismo fora da faixa com distância inferior a • 
100 metros – coordenadas, descrição e croquis de obstáculos even-
tualmente existentes fora da faixa, porém, paralela ao eixo da faixa, 
tais como: linhas de transmissão, linhas de telecomunicações, tubu-
lações metálicas e ferrovias;
Levantamento de benfeitorias – coordenadas e croquis de benfei-• 
torias eventualmente existentes na faixa tais como: casas, ranchos, 
galpões, pavilhões, silos, telheiros, garagens, reservatórios de água, 
mangueiras, banheiras para animais, etc;
Levantamento de áreas cultivadas – coordenadas dos limites (início • 
e fim) das áreas cultivadas, incluindo pomares, e indicação dos limi-
tes das áreas em croquis correspondente;
Levantamento de áreas com vegetação – coordenadas dos limites • 
da vegetação, registrando o tipo de cobertura vegetal, se campo, ca-
poeira, mato alto ou baixo, mato nativo, ciliar ou reflorestado, com 
indicação dos limites em croquis;
Determinação do norte magnético e verdadeiro – no início e fim • 
da LT;
Amarração com marcos geodésicos – transferência de cotas de ní-• 
veis de marcos geodésicos próximos ao eixo da LT e transfer~encia 
de coordenadas que permitam uma amarração em coordenadas ge-
ográficas e/ou UTM;
Colocação de marcos e piquetes – marcos nos vértices e em pon-• 
2. Estudos preliminares • 39
tos intermediários dos alinhamentos e piquetes nos trechos entre 
marcos;
Abertura de picadas – abertura de trilhas na vegetação ou matas • 
para realização dos trabalhos de topografia;
Colocação de placas de acesso à LT – placas de indicação de vérti-•ces ou marcos da LT nas principais vias de acesso e cruzamentos;
Elaboração de croquis de acesso à propriedade – croquis com regis-• 
tro de nome do proprietário indicando o caminho para se chegar a 
sede da propriedade quando a mesma não tiver fácil localização.
Os dados topográficos são enviados para escritório e são elaborados 
os desenhos de Perfil e Planta – contendo todas as informações corres-
pondentes ao levantamento realizado de interesse para o projeto da locação 
da LT. As travessias são detalhadas em projetos específicos. Um memorial 
descritivo da faixa é elaborado com a descrição técnica do desenvolvimento 
da LT.
Também é realizado um levantamento completo de dados do pro-
prietário, dados de identificação do proprietário entre outras informações 
suficientes e necessárias para preparação do processo de liberação da faixa, 
que inclui o levantamento descritivo das benfeitorias e do uso da terra, com 
descrição geral das características das construções e dos cultivos praticados 
na faixa da LT de cada propriedade.
Tendo em vista que o levantamento topográfico geralmente é rea-
lizado por mais de uma equipe, cada um deverá partir com um sistema de 
coordenadas definidas pelo GPS, onde o eixo N ficará em concordância 
com o azimute de cada alinhamento. Ao final do levantamento de todos os 
trechos, todos os dados deverão ser transplantados para uma origem única 
de coordenadas.
Para o levantamento dos dados todos os pontos do terreno deverão 
estar sobre o alinhamento. O espaçamento dos pontos do perfil do terreno 
deve ser tal que permita a perfeita identificação do relevo do terreno, não 
ultrapassando desníveis entre si maiores que 50cm. Entretanto, os pontos 
não deverão estar afastados entre si mais que 30 metros. Necessariamente, 
todos os pontos de zonas baixas (depressões do terreno), assim como de 
Fundações para Linhas de Transmissão - Dimensionamento e Execução • 40
elevações, devem ser levantados. As cotas de níveis devem estar identificadas 
nos marcos de início e fim da LT, em todos os marcos dos vértices e em 
marcos intermediários a cada 3,00 km, pelo menos. 
Especial atenção deve ser dada quanto ás informações de cheias má-
ximas em zonas de inundação periódica. O dado deverá estar referenciado 
à origem do sistema em uso no levantamento. Caso haja referência a cotas 
geográficas, estas devem também ser registradas, porém, de forma a não 
causar confusão.
No caso de registro de mata não preservada ou mata ciliar que não 
poderá ser cortada, toda a extensão da mata deverá ser levantada com o 
mesmo código específico (mata preservada), informando sempre a altura da 
copa das árvores mais altas existentes nas proximidades do eixo (15 metros 
para cada lado). Nestes casos, o projeto deverá buscar uma solução para 
passar os cabos acima das árvores. O topógrafo, durante a execução do le-
vantamento, se encontrar qualquer tipo de problema ou obstáculo que possa 
dificultar a construção da LT, tem o dever de fazer o registro especial e in-
formar à empresa responsável pelo projeto antes de concluir os trabalhos.
No caso em que a LT caminhar paralela a um circuito existente o 
levantamento topográfico deve registrar a localização das torres existentes 
amarrando-as ao perfil topográfico (amarradas em off-set com indicação da 
sua altura).
Em cada estação ou ponto de prisma é obrigatório o levantamento de 
perfil lateral direito e esquerdo a uma distância de 10 metros do eixo. No le-
vantamento deve ser observado se existem mudanças bruscas de inclinação 
do terreno no sentido transversal que possam, por exemplo, causar proble-
mas para o balanço de cabos. Em tais situações, um registro especial deve ser 
feito de forma a que isto possa ser considerado no projeto. Na ocorrência 
de inclinação lateral maior que 50%, por um longo trecho, de comprimento 
superior a 500 metros, além de fazer os devidos levantamentos de perfis 
laterais, deverá ser feita uma comunicação imediata à empresa responsável 
pelo projeto para avaliação do local antes de concluir o levantamento. Essa 
exigência não se aplica quando se trata de vale profundo onde a ocorrência 
de inclinação acentuada não afeta o projeto de locação.
No caso de obstáculos paralelos ou aproximadamente paralelos, do 
tipo ferrovias, gasodutos e adutoras, devem ser levantadas as suas coorde-
2. Estudos preliminares • 41
nadas sempre que a distância for igual ou superior a 100 metros do eixo da 
LT. Identificar a ferrovia levantando a extensão do paralelismo com a futura 
LT, assim como, as distâncias correspondentes. Informas todos os dados 
relacionados ao paralelismo de forma similar ao realizado para cruzamen-
tos. Necessariamente deve ser levantada a extensão da LT que permanece 
paralela ou próxima desta condição de paralelismo, assim como, das res-
pectivas distâncias. No caso de paralelismos com tubulações tipo oleodu-
tos, gasodutos, adutoras, ou outros, todos os dados deverão ser levantados 
para avaliação das interferências. Neste caso também interessa a medição do 
comprimento do trecho paralelo assim como a respectiva distância.
O documento de Perfil e Planta é fundamental para o engenheiro de 
fundações de LT’s. No primeiro momento os prováveis locais de solos espe-
ciais são levantados a partir das informações deste documento. O programa 
de sondagens além de critérios consagrados de definição a serem registrados 
no próximo item também leva em consideração as informações de Perfil e 
Planta para definição de pontos que deverão ser sondados à percussão. A 
presença de nível de água em algumas torres constados em algumas son-
dagens pode ser extrapolada para outras estruturas a partir de um estudo 
minucioso de fluxo de água.
2.2 Investigações Geológico-Geotécnicas
Para a elaboração de projetos de fundações é imprescindível um 
adequado conhecimento do subsolo no local da obra. Desta forma, a iden-
tificação e classificação das diversas camadas componentes, bem como, 
uma avaliação de suas propriedades de engenharia, constituem elementos 
sem os quais nenhum projeto poderá ser elaborado de uma forma segura 
e confiável. 
Em LT’s devido ao grande número de fundações não é economica-
mente viável a execução de sondagens em todos os pontos de implantação 
das fundações. Em todas as torres deverão existir uma sondagem. O que 
geralmente é feito é uma mescla entre sondagens à percussão (nas torres de 
ângulo e nos pontos que o Perfil e Planta apresenta indicativo fundação es-
pecial – brejos, pântanos, etc.) e nas demais sondagens a trado. Em presença 
de rocha a sondagem mista pode ser usada, mas nem sempre o é. Nos dias 
Fundações para Linhas de Transmissão - Dimensionamento e Execução • 42
atuais já se utilizam sondagens tipo DPL para definição de fundações em 
algumas LT’s no Brasil.
As investigações geológica-geotécnicas devem ser executadas por 
profissional capacitado e supervisionado por geólogo ou engenheiro com 
experiência na função, bem como ser aplicado processo executivo e equipa-
mentos que garantam uniformidade e qualidade constante ao longo de toda 
a extensão do trabalho. Considerando as características dos solos da região 
normalmente são executadas sondagens tipo trado (com caracterização di-
reta do solo no campo) e/ou percussão (simples reconhecimento com regis-
tro do número de golpes SPT). Atualmente também está sendo utilizada a 
sondagem tipo DPL.
As sondagens a trado devem seguir, no geral, as disposições da NBR 
9603. Devem ser identificadas as camadas de solo encontradas e preenchidas 
as Planilhas de Sondagem a Trado, de acordo com as instruções correspon-
dentes. Devem ser empregados trados manuais com diâmetro máximo de 
4 polegadas, até a profundidade mínima de 4,0 metros (com variações che-
gando a 6,0 metros dependendo dos critérios de projeto). Considerando os 
tipos de fundações e torres previstas para a LT, bem como as características 
predominantes da região, a profundidade mínima padrão das sondagens a 
trado é definida. A identificação das camadas

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