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PAPA CONCURSOS | DIREITO CONSTITUCIONAL: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE | 
PROF. MARCELO SOBRAL 
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Disciplina: Direito Constitucional 
Professor: Marcelo Sobral 
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PAPA CONCURSOS | DIREITO CONSTITUCIONAL: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE | 
PROF. MARCELO SOBRAL 
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Controle de Constitucionalidade 
 
1 – Conceito e pressupostos do controle. 
2 – Conceito de controle de constitucionalidade. 
3 – Inconstitucionalidade formal (orgânica, subjetiva e objetiva) e material. 
4 – Controle preventivo e repressivo. 
5 – Controle difuso e concentrado. 
6 – Controle incidental e abstrato. 
7 – Controle de constitucionalidade no Brasil. 
7.1 – controle preventivo. 
 7.1.1 – Legislativo: CCJ. 
 7.1.2 – Executivo: veto jurídico. 
 7.2 – controle repressivo. 
 7.2.1 – Regra: Judiciário. 
 - difuso / via de exceção / via de defesa. 
 - concentrado. ADI, ADC, ADO, ADI interventiva, ADPF e RI. 
 7.2.2 – Exceção: Legislativo. 
 - medidas provisórias. 
 - Congresso Nacional. 
8 – Controle difuso. 
 8.1 – Conceito. 
 8.2 – Nascimento: CF/1891. 
 8.3 – Cláusula de reserva de plenário. 
 8.3.1 – conceito. 
 8.3.2 – súmula vinculante 10 STF. 
 8.3.3 – Informativo 848 STF – hipóteses de não incidência da C.R.P. e da SV 10 STF. 
 8.3.4 – Quando não se aplica a C.R.P.? 
 - pronúncia prévia de inconstitucionalidade pelo próprio Tribunal ou pelo Pleno do 
STF. 
 - pronúncia de constitucionalidade. 
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 - juiz singular. 
 - turma recursal de juizado especial. 
 - normas pré-1988 (não-recepção). 
 - julgamento por meio da técnica de interpretação conforme. 
 - C.R.P. se aplica a turma do STF? 
"O STF exerce, por excelência, o controle difuso de constitucionalidade quando do 
julgamento do recurso extraordinário, tendo os seus colegiados fracionários 
competência regimental para fazê-lo sem ofensa ao art. 97 da CF/88. (RE n. 361.829 
ED, julgado em 02.03.2010)”. 
“A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a vedação do artigo 97 da CF 
não tem aplicação ao Supremo Tribunal Federal, cuja missão precípua é a guarda da 
Constituição. O STF exerce, por excelência, o controle difuso de constitucionalidade 
quando do julgamento do recurso extraordinário, via apropriada à discussão de 
violação constitucional, ordinariamente realizado por suas turmas. (ARE 1.008.426 
AgR, julgado em 26.05.2017)”. 
 8.3.5 – Súmula 347 do STF – controle de constitucionalidade pelo TCU? 
Súmula 347 STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público. 
Não se trata de exercício de controle de constitucionalidade, mas sim de afastamento de 
aplicação da norma a determinado concreto em virtude de violação ao texto constitucional. 
E o CNJ? 
“CNJ pode determinar que Tribunal de Justiça exonere servidores nomeados sem concurso 
público para cargos em comissão que não se amoldam às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento, contrariando o art. 37, V, da CF/88. Esta decisão do CNJ não configura 
controle de constitucionalidade, sendo exercício de controle da validade dos atos 
administrativos do Poder Judiciário. 
STF. Plenário. Pet 4656/PB, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 19/12/2016 (Info 851)” 
8.3.6 – Necessidade de observar a C.R.P – órgãos administrativos autônomos – CNJ, CNMP e 
TCU. 
Vejamos o STF: 
“a exigência de observância do postulado da reserva de plenário pelos órgãos colegiados de 
controle administrativo também decorre da necessidade de se conferir maior segurança 
jurídica à conclusão sobre o vício, pois somente com a manifestação da maioria absoluta dos 
seus membros ter-se-á entendimento inequívoco do colegiado sobre a inadequação 
constitucional da lei discutida como fundamento do ato administrativo controlado” (fls. 23 do 
acórdão, Pet 4.656, Plenário, j. 19.12.2017, DJE de 04.12.2017)”. 
8.3.7 – efeitos da declaração de inconstitucionalidade no controle difuso. Ex tunc e inter 
partes. 
É possível que o efeito passe a ser erga omnes? Sim, e ex nunc. Vejamos a CF/88: 
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Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão 
definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
Nesse caso o Senado Federal edita uma resolução para que a decisão do STF passe a ter 
efeitos erga omnes e ex nunc. 
 8.3.8 – controle difuso em sede de ação civil pública: nas palavras de Alexandre de Moraes: 
“O Ministério Público ajuíza uma ação civil pública, em defesa do patrimônio público, para 
anulação de uma licitação baseada em lei municipal incompatível com o art. 37 da 
Constituição Federal. O juiz ou Tribunal – CF, art. 97 – poderão declarar, no caso concreto, a 
inconstitucionalidade da citada lei municipal, e anular a licitação objeto da ação civil pública, 
sempre com efeitos somente para as partes e naquele caso concreto”. 
Lei 7.347/85 
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial 
do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, 
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, 
valendo-se de nova prova. 
9 – Controle concentrado. 
9.1 – Ação Direta de Inconstitucionalidade. 
 9.1.1 – Objeto. 
- Leis e atos normativos federais, estaduais e distritais (este no exercício de 
competência estadual). Logo, a declaração de inconstitucionalidade é o objeto da 
ação, diferente do que ocorre no controle difuso, no qual a questão da 
inconstitucionalidade é apenas o fundamento para se decidir o pedido formulado. 
- Leis e atos normativos editados após 1988 e que estejam em vigor. Logo, não cabe 
ADI contra norma já revogada ou norma que perdeu o vigor (ex: medida provisória 
não convertida em lei). E se o ato normativo vier a ser revogado do curso da ação 
ocorrerá a sua extinção por perda do objeto. 
- Alcance da expressão “atos normativos”: por exemplo, decretos autônomos e 
decretos que tenham extravasado o poder regulamentar do chefe do Executivo e 
invadiram matéria reservada à lei. Entram também as emendas constitucionais. 
- Atos que estão fora do alcance da ADI: convenções coletivas de trabalho, respostas 
do TSE às consultas que lhe foram feitas e súmulas. 
- Normas constitucionais originárias: impossibilidade de controle. Ou seja, não se 
adota, no Brasil, a teoria alemã das normas constitucionais inconstitucionais. 
- Normas municipais e estaduais em face das constituições estaduais: por meio da 
representação por inconstitucionalidade (ADI estadual – art. 125, parágrafo 2º, CF) – 
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competência do TJ do estado-membro – vedada apenas a legitimação de agir a 
apenas um órgão. 
- Controle concentrado de norma municipal em face da CF/88: regra, não cabe. 
Entretanto, é possível o controle em sede de controle difuso ou no âmbito do 
controle concentrado em ADPF, desde que observado o princípio da subsidiariedade. 
- Controle concentrado de norma distrital em face da CF/88: só se for norma editada 
no exercício de competência estadual. 
- Controle concentrado de norma anterior à CF/88: nãocabe, pois se exige uma 
relação de contemporaneidade. Normas pré-88 sofrem o fenômeno da recepção, e 
não da inconstitucionalidade. 
- Controle concentrado e legalidade: não cabe, pois aqui é uma análise de 
compatibilidade de um ato normativo infralegal com a lei. 
- Controle de constitucionalidade de tratados internacionais: status legal, supralegal 
e constitucional. 
9.1.2 – Legitimados. Pertinência temática: legitimados universais (I, II, III, VI, VII, VIII) e 
especiais (IV, V, IX). 
- Partido político com representação no CN: basta um deputado federal ou um 
senador da república. Se o partido perder a representação no CN no curso da ação 
não haverá extinção por perda do objeto, pois a legitimidade deve ser aferida apenas 
no momento da propositura. 
- Necessidade de advogado: apenas para o partido político com representação no 
CN e para confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
9.1.3 – Proposta a ação, admite-se desistência? Não! E também não pode desistir do pedido 
de medida cautelar. 
9.1.4 – Concessão de medida cautelar: maior discricionariedade por parte do STF – 
conveniência politica da suspensão da eficácia. Efeitos ex nunc e repristinatórios. Vejamos a 
Lei 9.868/99: 
Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por 
decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após 
a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, 
que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. 
§ 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-
Geral da República, no prazo de três dias. 
§ 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos 
representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela 
expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. 
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§ 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a 
audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo 
impugnado. 
Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção 
especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da 
decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver 
emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste 
Capítulo. 
§ 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, 
salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. 
§ 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, 
salvo expressa manifestação em sentido contrário. 
 9.1.5 – Prazo decadencial? Não há. 
 9.1.6 – Atuação do AGU. Vejamos a CF/88: 
Art. 103. 
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma 
legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o 
ato ou texto impugnado. 
 E quando o AGU poderá se manifestar contrariamente à norma? 
 - quando houver precedente do STF pela inconstitucionalidade da norma. 
 - quando houver colisão com os interesses da União 
 9.1.7 – Efeitos da decisão: erga omnes + ex tunc + vinculantes + repristinatórios. 
 Erga omnes: efeitos para todos. 
 Ex tunc: efeitos retroativos. 
 Vinculantes: alcança o Poder Judiciário e a Administração Pública. Alcança o próprio STF: 
Não. E não alcança o Poder Legislativo. Vejamos o parágrafo único do art. 28 da Lei 9.868/99: 
Art. 28. 
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a 
interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem 
redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do 
Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal. 
A decisão vinculante do STF desconstitui, automaticamente, decisões judiciais contrárias 
transitadas em julgado? Não! 
 Respristinatórios: não confundir com repristinação. 
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Repristinação: lei 01 foi revogada pela lei 02 no dia 10.01.2019. Lei 03, publicada no dia 
10.02.2020, revoga a lei 02 e repristina a lei 01. A partir de quanto a lei 01 volta a produzir 
efeitos? 10.02.2020. 
Efeitos repristinatórios: lei 01 revogada lei 02 no dia 10.01.2019. Lei 02 declarada 
inconstitucional pelo STF com decisão publicada no dia 10.02.2020 – a lei 01 volta a produzir 
efeitos desde 10.01.2019 – ou seja, como se nunca tivesse sido revogada. 
 9.1.8 – Não cabe intervenção de terceiros, mas apenas de amicus curiae. 
 9.1.9 – Decisão final: quórum de instalação da sessão – 8 ministros. Quorum de decisão: 6 
ministros. 
9.1.10 – Cabe recurso da decisão que declara a constitucionalidade ou a 
inconstitucionalidade em ADI ou ADC? Não, salvo embargos de declaração. Cabe ação 
rescisória? Não. 
9.1.11 – Natureza dúplice ou ambivalente: a decisão de procedência gera 
inconstitucionalidade da norma e a decisão de improcedência gera constitucionalidade da 
norma, com efeitos vinculantes e erga omnes. Logo, ADI e ADC são “ações de sinais 
trocados”. 
 9.1.12 – Modulação dos efeitos: vejamos o art. 27 da Lei 9.868/99: 
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões 
de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, 
por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou 
decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento 
que venha a ser fixado. 
- Restringir os efeitos daquela declaração: por exemplo, afastar a incidência de algumas 
situações já consolidadas (segurança jurídica). 
- Decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento 
que venha a ser fixado: pode estabelecer que a inconstitucionalidade produza efeitos a partir 
do trânsito em julgado da decisão ou então a partir de qualquer momento escolhido pelo 
STF. 
 9.1.13 – Inconstitucionalidade por arrastamento: conforme ensina Alexandre de Moraes: 
“A vinculação do STF ao pedido feito pelo autor não afasta a possibilidade de 
inconstitucionalidade por arrastamento, quando houver relação de dependência entre o 
dispositivo normativo declarado inconstitucional e outros não impugnados. A hipótese de 
inconstitucionalidade por arrastamento é possível tanto em relação a dispositivos existentes 
na mesma lei ou ato normativo impugnado, quanto em relação a texto normativo diverso, 
porém elaborado sob o seu fundamento. Na primeira hipótese, onde todos os dispositivos 
estarão na mesma lei ou ato normativo, serão declarados inconstitucionais artigos, 
parágrafos, incisos ou alíneas não impugnados originalmente, mas com absoluta relação de 
dependência com o dispositivo normativo impugnado e declarado inconstitucional. Na 
segunda hipótese, teremos leis ou atos normativos diversos, porém o substrato para a 
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elaboração do dispositivo legal não impugnado tendo sido a lei ou ato normativo declarado 
inconstitucional deverá, igualmente, ter sua nulidade declarada”. 
 9.1.14 – interpretação conforme X declaração de inconstitucionalidade. 
A técnica da interpretaçãoconforme só é utilizável quando a norma impugnada admite, 
dentre várias interpretações, uma que a compatibilize com a CF/88 – ou seja, precisa ser uma 
norma plurissignificativa. 
 9.1.15 – Cabimento de reclamação. 
 CPC 
 Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: 
(...) 
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo 
Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; 
 9.2 – Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão. 
 Lei 9.868/99 
 Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
Art. 12-A. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por omissão os legitimados 
à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de 
constitucionalidade. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Art. 12-B. A petição indicará: (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional 
de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa; (Incluído pela 
Lei nº 12.063, de 2009). 
II - o pedido, com suas especificações. 
 9.2.1 – Obrigatoriedade de oitiva do AGU? 
 Lei 9.868/99 
 Art. 12-E. 
§ 2o O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser 
encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
9.2.2 – Cabe medida cautelar? 
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Art. 12-F. 
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§ 1o A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo 
questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou 
de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. 
 9.2.3 – Efeitos da decisão de mérito. 
 CF/88 
 Art. 103. 
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma 
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências 
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
 Lei 9.868/99 
Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no 
art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias. 
§ 1o Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser 
adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado 
excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o 
interesse público envolvido. 
 
 9.3 – Ação Declaratória de Constitucionalidade. 
 9.3.1 – Legitimidade: igual ADC. 
 9.3.2 – Objeto: apenas normas federais. 
9.3.3 – Requisito especial: comprovação de controvérsia judicial relevante – aquela que 
ponha em risco a presunção de constitucionalidade da lei ou do ato normativo federal. Basta 
controvérsia doutrinária? Não. 
Lei 9.868/99 
Art. 14. A petição inicial indicará: 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; 
II - o pedido, com suas especificações; 
III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da 
ação declaratória. 
Lei 8,666/93 
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e 
comerciais resultantes da execução do contrato. 
 9.3.4 – Medida Cautelar. 
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Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, 
poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, 
consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos 
processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu 
julgamento definitivo. 
 9.4 – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. 
 9.4.1 – Legitimação: igual ADI e ADC. 
 Lei 9.882/99 
 Art. 2o Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental: 
I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade; 
II - (VETADO) 
§ 1o Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a 
propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral 
da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento 
do seu ingresso em juízo. 
 9.4.2 – Hipóteses de cabimento: 
 - para evitar lesão a preceito fundamental resultante de ato do poder público. 
 - para reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do poder público. 
- quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato 
normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. 
9.4.3 – ADPF autônoma e ADPF incidental. 
Lei 9.882/99 
Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante 
o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, 
resultante de ato do Poder Público. 
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: 
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato 
normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; 
(...) 
Art. 6o Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades 
responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias. 
§ 1o Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a 
argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que 
emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, 
de pessoas com experiência e autoridade na matéria. 
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9.4.4 – Princípio da subsidiariedade. 
Lei 9.882/99 
Art. 4o 
§ 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver 
qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. 
Jurisprudência do STF: 
Feita essa breve e necessária anotação, passo a analisar os pressupostos de cabimento da 
presente argüição. Ao fazê-lo, deparo-me com um óbice instransponível ao seu 
conhecimento, porquanto não tenho por atendido o requisito da subsidiariedade (§ 1º do art. 
4º da Lei n. 9.882/99). A esse respeito, precisa é a manifestação do Procurador-Geral da 
República: '(...) O entrave processual resulta da inobservância do princípio da 
subsidiariedade. A arguente insurge-se contra decisão proferida em ação direta de 
inconstitucionalidade de âmbito estadual, passível de ser questionada em recurso 
extraordinário, cujos efeitos, no caso, assumiriam forma ampla, geral e imediata. ADPF 111, 
rel. Min. Carlos Britto, DJ de 04.10.2007. 
9.4.5 – Liminar em ADPF: 
Lei 9.882/99 
Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, 
poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito 
fundamental. 
§ 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, 
poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. 
§ 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem 
como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geralda República, no prazo comum de 
cinco dias. 
§ 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o 
andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que 
apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito 
fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. 
- Cabe intervenção de terceiros em ADPF? 
Jurisprudência do STF: 
“(...) a Lei no 9.882, de 03 de dezembro de 1999, que dispõe sobre o processo e julgamento 
da argüição de descumprimento de preceito fundamental, não traz dispositivo explicito acerca 
da figura do amicus curiae. No entanto, vem entendendo este Supremo Tribunal Federal 
cabível a aplicação analógica do art. 7o da Lei no 9.868, de 10 de novembro de 1999 (ADPF 
33, rel. min. Gilmar Mendes; ADPF 46, rel. min. Marco Aurélio e ADPF 73, rel. min. Eros Grau). 
E o fato e que esse dispositivo legal, após vedar a intervenção de terceiros no processo de 
ação direta de inconstitucionalidade, diz, em seu § 2o, que 'o relator, considerando a 
relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho 
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irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros 
órgãos ou entidades”. ADPF 183, rel. Min. Carlos Britto, DJ de 07.12.2009 
- Cabe modulação de efeitos em ADPF? 
Lei 9.882/99 
Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição 
de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica 
ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois 
terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha 
eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
- Cabe aplicação de prerrogativas processuais da Fazenda Pública em ADPF? 
Jurisprudência do STF: 
As prerrogativas processuais dos entes públicos, tal como prazo recursal em dobro e 
intimação pessoal, não se aplicam aos processos em sede de controle abstrato” (STF. Pleno. 
AgR no AgR em MC na ADI 5.814/RO, rel. Min. Roberto Barroso, j. 06.02.2019). 
- Cabe ADPF contra norma que perdeu a vigência? Sim. 
- Cabe ADPF contra decisão judicial transitada em julgado? Não. 
- Fungibilidade entre as ações de controle concentrado. 
Jurisprudência do STF: 
"Aplicação do princípio da fungibilidade. (...) É lícito conhecer de ação direta de 
inconstitucionalidade como argüição de descumprimento de preceito fundamental, quando 
coexistentes todos os requisitos de admissibilidade desta, em caso de inadmissibilidade 
daquela." (ADI 4.180-REF-MC, rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 10-3-2010, Plenário, DJE 
de 27-8-2010.)” 
 
10 – Súmulas vinculantes. 
 
Lei 11.417/2006 
 
Art. 1º Esta Lei disciplina a edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula vinculante pelo 
Supremo Tribunal Federal e dá outras providências. 
 
Art. 2º O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre 
matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá 
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e 
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indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na 
forma prevista nesta Lei. 
§ 1º O enunciado da súmula terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, 
acerca das quais haja, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública, controvérsia atual 
que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre idêntica questão. 
§ 2º O Procurador-Geral da República, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á 
previamente à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante. 
§ 3º A edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula com efeito vinculante dependerão de 
decisão tomada por 2/3 (dois terços) dos membros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária. 
§ 4º No prazo de 10 (dez) dias após a sessão em que editar, rever ou cancelar enunciado de súmula com efeito 
vinculante, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial 
da União, o enunciado respectivo. 
 
Art. 3º São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante: 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III – a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV – o Procurador-Geral da República; 
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VI - o Defensor Público-Geral da União; 
VII – partido político com representação no Congresso Nacional; 
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; 
IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais 
Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais 
Militares. 
§ 1º O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão 
ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo. 
§ 2º No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o relator 
poderá admitir, por decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento 
Interno do Supremo Tribunal Federal. 
 
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Art. 4º A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Supremo Tribunal Federal, por decisão 
de 2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia 
a partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público. 
 
Art. 5º Revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição de enunciado de súmula vinculante, o 
Supremo Tribunal Federal, de ofício ou por provocação, procederá à sua revisão ou cancelamento, conforme 
o caso. 
 
Art. 6º A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante não autoriza a 
suspensão dos processos em que se discuta a mesma questão. 
 
Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-
lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos 
recursos ou outros meios admissíveis de impugnação. 
§ 1º Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após 
esgotamento das vias administrativas. 
§ 2º Ao julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal Federal anulará o ato administrativo ou cassará 
a decisão judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, 
conforme o caso. 
 
11 – Tópicos complementares. 
 11.1 – Estado de coisas inconstitucional. 
ADPF 347: Presente quadro de violação massiva e persistente de direitos fundamentais, decorrente 
de falhas estruturais e falência de políticas públicas e cuja modificação depende de medidas 
abrangentes de naturezanormativa, administrativa e orçamentária, deve o sistema penitenciário 
nacional ser caracterizado como “estado de coisas inconstitucional”, o que legitima a intervenção do 
Poder Judiciário. 
 11.2 – Reversão jurisprudencial. 
No caso de reversão jurisprudencial (reação legislativa) proposta por meio de emenda constitucional, 
a invalidação somente ocorrerá nas restritas hipóteses de violação aos limites previstos no art. 60 da 
Constituição Federal. no caso de reversão jurisprudencial proposta por lei ordinária, caberá ao 
legislador o ônus de demonstrar, argumentativamente, que a correção do precedente se afigura 
legítima – ADI 5.105/STF. 
 11.3 – Jurisprudência do STF. 
Caso o STF, ao julgar uma ADI, ADC ou ADPF, declare a lei ou ato normativo inconstitucional, ele 
poderá, 
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de ofício, fazer a modulação dos efeitos dessa decisão. 
STF. Plenário. ADI 5617 ED/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 2/10/2018 (Info 918). 
 11.4 – Possibilidade de controle concentrado em face de leis orçamentárias. 
 Ementa: CONSTITUCIONAL E FINANCEIRO. ART. 50, DA LEI 1.005/15, DO ESTADO DE RORAIMA. 
FIXAÇÃO DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS LOCAIS PARA O EXERCÍCIO DE 2016. MODIFICAÇÃO DOS 
LIMITES DE GASTOS COM PESSOAL DOS PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVO. SUPERAÇÃO DO TETO 
PREVISTO NA LEGISLAÇÃO FEDERAL, NESTE ÚLTIMO CASO. PLAUSÍVEL USURPAÇÃO DA 
COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO (ART. 169, DA CF). RISCO DE PREJUÍZO AO ERÁRIO LOCAL COM 
A VIGÊNCIA DA NORMA. CAUTELAR PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. Leis orçamentárias que 
materializem atos de aplicação primária da Constituição Federal podem ser submetidas a controle de 
constitucionalidade em processos objetivos. Precedentes. 
(ADI 5449 MC-Ref, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 10/03/2016, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-077 DIVULG 20-04-2016 PUBLIC 22-04-2016). 
 11.5 – Reinterpretação de decisão proferida em ADI em sede de reclamação. 
 Informativo 813 STF. 
“Julgamento plenário no qual esta Suprema Corte procedeu, expressamente, à reinterpretação dos 
comandos emergentes de decisão anteriormente proferida na análise da ADI 1.232/DF. A questão da 
parametricidade das decisões emanadas desta Suprema Corte no âmbito de ações reclamatórias, 
quando o Tribunal, em virtude de evolução hermenêutica, vem a redefinir, nelas, o conteúdo e o 
alcance de julgamentos revestidos de eficácia “erga omnes” e de efeito vinculante anteriormente 
proferidos em sede de fiscalização normativa abstrata. Idoneidade processual da reclamação “como 
instrumento de (re)interpretação da decisão proferida em controle de constitucionalidade abstrato” 
(Rcl 4.374/PE, Rel. Min. GILMAR MENDES, Pleno)”. Rcl 18.636/PB, publicada em 16.11.2015. 
 11.6 – Lei ainda constitucional / inconstitucionalidade progressiva / norma em trânsito para a 
inconstitucionalidade. Conforme Pedro Lenza: 
“Nos termos dos arts. 44, I, 89, I, e 128, I, da LC n. 80/94, é prerrogativa dos membros da Defensoria 
Pública receber intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição, contando-se-lhes em 
dobro todos os prazos. 
(...) 
No tocante ao processo penal, contudo, na medida em que o MP não goza dessa prerrogativa de 
prazo em dobro, questionou-se se, de fato, a regra poderia ser estabelecida para a Defensoria Pública 
quando atua como defensora em acusação formulada pelo MP, especialmente em relação ao 
princípio da isonomia e ao do devido processo legal. 
O STF, ao analisar o tema do prazo em dobro para o processo penal, entendeu que referida regra é 
constitucional até que a Defensoria Pública efetivamente se instale”. 
 
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11.7 – Transcendência dos motivos determinantes: seria atribuir efeitos vinculantes não apenas ao 
dispositivo do acórdão, mas também aos fundamentos determinantes da decisão. Entretanto, o STF 
não vem aceitando a aplicação dessa teoria para fins de cabimento de reclamação. Veja: 
 
 “Rcl 31361 AgR / PB - PARAÍBA 
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 
Relator(a): Min. ROSA WEBER 
Julgamento: 14/02/2020 Órgão Julgador: Primeira Turma 
DJe-049 DIVULG 06-03-2020 PUBLIC 09-03-2020 
EMENTA AGRAVO INTERNO. RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. ESGOTAMENTO DAS VIAS 
ORDINÁRIAS. NÃO OCORRÊNCIA. IDENTIDADE MATERIAL ENTRE O ATO RECLAMADO E OS 
PARADIGMAS INVOCADOS. AUSÊNCIA. TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. 
INAPLICABILIDADE. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O art. 988, § 5º, inciso II, do Código de 
Processo Civil condiciona a admissibilidade da reclamação, nos casos em que se busca assegurar a 
observância de entendimento firmado em sede de repercussão geral, ao esgotamento das instâncias 
ordinárias. 2. À míngua de identidade material entre os paradigmas de controle concentrado 
invocados e o acórdão reclamado, não há como divisar a alegada afronta à autoridade de decisão 
deste Supremo Tribunal Federal, mormente porque a exegese jurisprudencial conferida ao art. 102, 
I, “l”, da Magna Carta rechaça o cabimento de reclamação fundada na tese da transcendência dos 
motivos determinantes. Precedentes. 3. Agravo interno conhecido e não provido, com aplicação da 
penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de 1% (um por cento) sobre 
o valor atualizado da causa, se unânime a votação”. 
 
“Rcl 28745 AgR / SP - SÃO PAULO 
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 
Relator(a): Min. GILMAR MENDES 
Julgamento: 18/10/2019 Órgão Julgador: Segunda Turma 
DJe-262 DIVULG 29-11-2019 PUBLIC 02-12-2019 
 
Agravo regimental em reclamação. 2. Direito Processual Civil. 3. Reclamação com base em 
descumprimento de orientação firmada em processo subjetivo do qual a parte reclamante figurou no 
polo. Não ocorrência. 4. Suposta afronta à decisão proferida na ADI 1.194. Inexistência. 
Impossibilidade de utilização da reclamação fundada na teoria da transcendência dos motivos 
determinantes. 5. Inadmissível a utilização da reclamação como sucedâneo recursal. 6. Ausência de 
argumentos ou provas que possam influenciar a convicção do julgador. 7. Agravo regimental não 
provido”. 
 
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 11.8 – ADI no STF e RI no TJ. 
- ADI no STF e RI no TJ em face da mesma lei estadual a qual é impugnada em face de princípios 
constitucionais estaduais que são de reprodução obrigatória da CF/88: suspensão da RI até o 
julgamento final pelo STF. 
- Coexistindo duas ações diretas de inconstitucionalidade, uma ajuizada perante o tribunal de justiça 
local e outra perante o Supremo Tribunal Federal, o julgamento da RI no TJ prejudica o julgamento 
da ADI no STF? Regra: não. Exceção – dois requisitos: 
1) Se a decisão do Tribunal de Justiça for pela procedência da ação. 
2) Se a inconstitucionalidade for por incompatibilidade com preceito da Constituição do Estado sem 
correspondência na Constituição Federal. Caso o parâmetro do controle de constitucionalidade 
tenha correspondência na Constituição Federal, subsiste a jurisdição do STF para o controle abstrato 
de constitucionalidade. 
 
11.9 – inconstitucionalidade superveniente. 
Clássica: nova CF. Não se admite no Brasil – ou recepciona, ou não recepciona. Princípio da 
contemporaneidade. 
Moderna: em virtude de mudanças no contexto fático, jurídico econômico ou social a lei se torna 
inconstitucional. O processo de inconstitucionalização pode se dar de duas formas: a) em virtude da 
mudança no parâmetro de controle (mudança na CF), o que pode acontecerde dois modos: a.1) 
pela alteração formal do texto constitucional (houve uma emenda constitucional e a lei antiga 
tornou-se incompatível com a nova redação); a.2) pela alteração no sentido da norma 
constitucional, ou seja, mudança na forma como a CF é interpretada. Neste caso, tem-se aquilo que 
se chama de “mutação constitucional” ou poder constituinte difuso; b) por força de alterações nas 
relações fáticas subjacentes à norma jurídica. Trata-se da chamada inconstitucionalidade 
superveniente material, admitida pelo STF na ADI 3937. No exemplo citado, a lei federal nº 9055/95 
admitia o uso de uma espécie de amianto com restrições, porém com base no avanço da ciência e da 
criação pela indústria de substitutos ao amianto crisotila menos agressivos à saúde e ao meio 
ambiente, de forma incidental, no curso da ADI 3937 que questionava a inconstitucionalidade de 
uma lei estadual que exorbitou a competência concorrente para legislar, contrariando lei geral 
federal, ao vedar por completo o uso do amianto, o STF reconheceu que o art. 2º da referida lei 
passou por um processo de inconstitucionalização, sob o viés da inconstitucionalidade superveniente 
material. 
 
11.10 – constitucionalidade superveniente? 
em 1998, determinado Estado aprovou uma lei prevendo que os servidores aposentados deveriam 
pagar contribuição previdenciária; foi ajuizada uma ADI contra esta lei alegando que ela violou o art. 40 da 
CF/88; em 2003, antes que a ação fosse julgada, foi editada a EC 41 que alterou o art. 40 e passou a prever 
expressamente que os servidores inativos poderiam pagar contribuição previdenciária. Em outras palavras, 
o parâmetro invocado foi modificado. Diante disso, o julgamento da ADI ficará prejudicado? NÃO. 
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11.11 – abstrativização do controle difuso? 
 Conforme Pedro Lenza: 
 “6.6.5.5. ADIs 3.406 e 3.470, j. 29.11.2017 — mutação constitucional do art. 52, X (7 x 2) 
Diante do exposto, podemos afirmar que o STF admitiu a mutação constitucional do art. 52, X, 
prescrevendo, então, que o papel do Senado Federal é apenas para dar publicidade à decisão. O efeito 
erga omnes e vinculante decorreria da própria decisão judicial. 
Esse entendimento foi fixado em controle concentrado de lei estadual, como questão prejudicial. 
Contudo, apesar das particularidades, entendemos que o STF evoluiu a questão e não terá mais volta” 
Vejamos agora o Alexandre de Moraes: 
“Trata-se da denominada transcendência dos efeitos do controle difuso que o próprio Supremo 
Tribunal Federal não permitiu a si mesmo, se autolimitando no julgamento da Reclamação 4.335/AC, 
julgada em 16 de maio de 2013, por entender que a Corte Suprema não poderia invadir competência 
constitucional do Senado Federal, prevista no artigo 52, X, do texto atual, pois a Constituição Federal 
previu um mecanismo específico de ampliação dos efeitos da declaração incidental de 
inconstitucionalidade pelo STF, autorizando que a Câmara Alta do Congresso Nacional edite resolução 
para suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional incidentalmente 
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal”. 
 
(Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Serrana - SP Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de 
Serrana - SP - Procurador Jurídico) O Supremo Tribunal Federal conferiu nova interpretação ao 
controle difuso de constitucionalidade. 
Diante disso, é correto afirmar que 
A) o controle difuso de constitucionalidade será realizado pelo STF quando lei ou ato normativo violar 
a Constituição Federal, de forma abstrata. 
B) no controle difuso, a declaração de inconstitucionalidade incidental, pelo STF, produz efeitos erga 
omnes não vinculantes. 
C) no controle difuso, a declaração de inconstitucionalidade incidental, pelo STF, produz efeitos ex 
tunc, inter partes e vinculantes, em regra. 
D) o STF passou a acolher a teoria da abstrativização do controle difuso. 
E) o STF passou a acolher a teoria da relativização do controle difuso. 
GABARITO: D 
 
(Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Campo Limpo Paulista - SP Prova: VUNESP - 2018 - 
Câmara de Campo Limpo Paulista - SP - Procurador Jurídico) Suponha que a Lei Estadual no 
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4.527/97, que impõe a instalação de bloqueadores de sinal de telefone em presídios, é objeto de 
ação direta de inconstitucionalidade e tem a sua invalidade declarada em sede de controle 
concentrado, por decisão dotada de eficácia erga omnes. Durante os debates surge a discussão sobre 
a validade de norma constante da Lei Federal no 9.234/95, que não compunha o objeto da ação 
originária mas tem a sua inconstitucionalidade também declarada pelo STF. O Tribunal deixa claro 
que a invalidade da norma federal foi realizada em sede de controle incidental e difuso. 
Considerando a situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
A) O STF não pode, em ação direta de inconstitucionalidade, avaliar a validade de norma diversa da 
indicada na petição inicial. 
B) A declaração incidental de inconstitucionalidade realizada pelo STF sempre possui efeitos inter 
partes, salvo se os efeitos forem estendidos a todos por decisão do Senado Federal, nos termos do 
art. 52, X, da CF. 
C) Ao reconhecer a inconstitucionalidade de norma estadual sobre determinado tema, o STF vem 
estendendo a vinculação dos motivos determinantes da decisão para normas similares de outros 
entes federativos, que devem ser consideradas inconstitucionais mesmo sem declaração expressa da 
Corte. 
D) O STF não adota a teoria da abstrativização do controle difuso. 
E) De acordo com recente entendimento do STF, a declaração de inconstitucionalidade de norma 
realizada em controle difuso pela Corte pode possuir eficácia erga omnes, devendo o Senado Federal 
ser apenas comunicado da decisão, nos termos do art. 52, X, da CF. 
GABARITO: E 
 
https://www.conjur.com.br/dl/artigo-eliseu-silva-integra.pdf 
 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
Legitimados 
01 - (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-BA Provas: FCC - 2019 - SEFAZ-BA - Auditor Fiscal - Administração, 
Finanças e Controle Interno - Prova I) Proposta de emenda à Constituição, de iniciativa de Assembleias 
Legislativas de 14 Estados da Federação, tendo se manifestado cada qual pela maioria absoluta de seus 
membros, tem por objeto a alteração das regras de repartição de receitas tributárias no que respeita aos 
percentuais do produto da arrecadação de impostos da União pertencentes aos Estados, sem prejudicar o 
montante da receita cabível à União ou afetar os percentuais pertencentes aos Municípios. A proposta é 
discutida e aprovada em dois turnos, em cada Casa do Congresso Nacional, pelo voto, a cada vez, de dois 
terços dos seus membros. 
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Promulgada e publicada a emenda à Constituição Federal, o Governador de determinado Estado cuja 
Assembleia Legislativa não subscreveu a proposta à época em que apresentada, pretende questionar sua 
constitucionalidade enquanto ainda vigente e eficaz. Nessa hipótese, à luz da Constituição Federal, 
considerados apenas os aspectos referentes a objeto, legitimidade e competência para o controle, a emenda 
à Constituição, em tese, 
A) poderá ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, embora 
não possua o Governador do Estado legitimidade para sua propositura. 
B) poderá ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade,proposta pelo Governador do Estado, perante 
o Supremo Tribunal Federal. 
C) poderá ser objeto de arguição de descumprimento de preceito fundamental, proposta pelo Governador 
do Estado, perante o Supremo Tribunal Federal. 
D) poderá ser objeto de arguição de descumprimento de preceito fundamental, perante o Supremo Tribunal 
Federal, embora não possua o Governador do Estado legitimidade para sua propositura. 
E) não poderá ser objeto de controle de constitucionalidade concentrado. 
02 - (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: FCC - 2019 - TJ-MA - Oficial de Justiça) No que concerne ao 
Controle de Constitucionalidade no direito brasileiro, 
A) no sistema concentrado de controle se permite a todo e qualquer juiz ou tribunal o reconhecimento da 
inconstitucionalidade de uma norma e, consequentemente, a sua não aplicação ao caso concreto levado a 
seu conhecimento. 
B) declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será 
dada ciência ao Poder competente e à Administração Pública para fazê-lo em cento e oitenta dias. 
C) quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato 
normativo, citará, previamente, o Procurador-Geral da República, que defenderá o ato ou texto impugnado. 
D) o Defensor Público da União deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em 
todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. 
E) poderá propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade, dentre 
outros, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. 
03 - (FCC_SEFAZ-PI_2015_Analista do Tesouro Nacional) Quando do ajuizamento de ação direta de 
inconstitucionalidade, devem demonstrar pertinência temática o 
A) Presidente da República e Governador de Estado. 
B) Presidente da República e partido político com representação no Congresso Nacional. 
C) Governador de Estado ou do Distrito Federal e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. 
D) Governador de Estado ou do Distrito Federal e partido político com representação no Congresso Nacional. 
E) Governador de Estado ou do Distrito Federal e confederação sindical. 
04 - (FCC_TRE-RR_2015_AJAJ) Nos termos da Constituição Federal, dentre os legitimados ativos à 
propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, NÃO se 
encontra: 
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A) o Procurador-Geral de Justiça 
B) confederação sindical. 
C) o Governador de Estado. 
D) a Mesa da Assembleia Legislativa. 
E) entidade de classe de âmbito nacional. 
05 - (FCC_AL-PB_2013_Assesssor) Segundo a Constituição Federal brasileira, a Mesa da Assembleia 
Legislativa 
A) só poderá propor ação declaratória de constitucionalidade se aprovada a propositura por, no mínimo, um 
quinto de seus membros mediante voto aberto. 
B) pode propor somente ação direta de inconstitucionalidade. 
C) pode propor somente ação declaratória de constitucionalidade. 
D) não pode propor a ação direta de inconstitucionalidade e nem a ação declaratória de constitucionalidade. 
E) pode propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade. 
06 - (CESPE_PC-BA_2013_Delegado) Prefeito municipal é parte legítima para ingressar com arguição de 
descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo Tribunal Federal (STF). 
 
Controle Repressivo 
01 - (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2019 - TCE-RO - Procurador do Ministério 
Público de Contas) Assinale a opção que apresenta modalidade de controle repressivo de 
constitucionalidade. 
A) controle exercido pelas comissões de constituição e justiça da Câmara dos Deputados e do Senado Federal 
B) controle exercido pelo presidente da República mediante veto jurídico 
C) rejeição, por uma das casas do Poder Legislativo federal, de proposta de emenda à Constituição já 
aprovada pela outra casa 
D) decreto legislativo com a finalidade de sustar atos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar 
E) devolução aos autores, pelas Mesas das casas legislativas, de projetos de lei com vícios manifestos de 
inconstitucionalidade 
02 - (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-MT Prova: VUNESP - 2018 - TJ-MT - Juiz Substituto) Assinale a 
alternativa que aponta um tipo de ato ou espécie normativa que, como regra, é passível de controle abstrato 
de constitucionalidade. 
A) Regimentos Internos dos Tribunais. 
B) Decreto regulamentar não autônomo do Chefe do Executivo. 
C) Súmula vinculante. 
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D) Normas constitucionais originárias. 
E) Resolução que autoriza processo contra o Presidente da República. 
03 - (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2019 - TCE-RO - Procurador do Ministério 
Público de Contas) Caso determinada lei municipal esteja em desconformidade com a Constituição Federal 
de 1988 (CF), a via adequada para exercer o controle de constitucionalidade da referida norma no STF é o(a) 
A) ADPF. 
B) ação direta de inconstitucionalidade genérica. 
C) ação declaratória de constitucionalidade. 
D) mandado de segurança. 
E) ação direta de inconstitucionalidade interventiva. 
04 - (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: CESPE - 2019 - TJ-AM - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador) Com relação ao Poder Legislativo, julgue o item seguinte. 
No âmbito do controle político repressivo de constitucionalidade, o Congresso Nacional tem competência 
para sustar decreto do presidente da República que exorbite do poder regulamentar. 
05 - (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário 
- Área Judiciária) Em consonância com o sistema de controle de constitucionalidade albergado pelo 
ordenamento brasileiro, caberá 
A) arguição de descumprimento de preceito fundamental, perante o Supremo Tribunal Federal, em face de 
lei estadual promulgada com teor idêntico ao de outra anteriormente declarada inconstitucional em sede de 
controle concentrado. 
B) reclamação, perante o Supremo Tribunal Federal, em face de lei federal promulgada com teor contrário 
ao de súmula vinculante vigente. 
C) concessão de medida cautelar, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, com produção, salvo 
entendimento contrário do Tribunal, de eficácia retroativa e aplicação da legislação anterior acaso existente. 
D) decisão de órgão fracionário de Tribunal que, sem prévia submissão ao respectivo Plenário ou Órgão 
Especial, afaste a incidência de lei com fundamento em jurisprudência consolidada em súmula do Supremo 
Tribunal Federal. 
E) recurso extraordinário, presumida a existência de repercussão geral, em face de acórdão que tenha 
reconhecido a constitucionalidade de tratado ou lei federal. 
06 - (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário 
- Oficial de Justiça Avaliador Federal) De acordo com a disciplina da Constituição Federal, em matéria de 
controle de constitucionalidade de atos normativos. 
A) o juiz de direito da Justiça Estadual não tem competência para afastar a aplicação, no caso concreto, de 
lei estadual que contrarie a Constituição Federal, mas apenas de lei estadual que contrarie a Constituição do 
Estado. 
B) o juiz federal não tem competência para afastar a aplicação, no caso concreto, de lei federal que contrarie 
a Constituição Federal, uma vez que essa atribuição é reservada ao plenário ou órgão especial dos tribunais, 
pelo voto da maioria absoluta de seus membros. 
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C) o Tribunal Regional Federal não tem competência para julgar reclamação constitucional proposta em face 
de decisão judicial de primeiro grau que contrariar súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. 
D) cabe o ajuizamento de reclamação constitucional, perante o Supremo Tribunal Federal, contra lei federal 
que contrariar o enunciado de súmula vinculante editada pelo Tribunal. 
E) cabe o ajuizamento de ação declaratória de constitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, 
contra ato normativo estadual que contrariar a Constituição Federal, podendo ser proposta por quaisquer 
dos legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade. 
07 - (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara 
Legislativa do Distrito Federal - Inspetor de Polícia Legislativa) À luz do sistema constitucional vigente, o 
Poder Judiciário exercerá o controle repressivo da constitucionalidade da lei federal, em face da Constituição 
Federal, 
A) exclusivamente pela via da ação direta de inconstitucionalidade proposta pelas pessoas autorizadas pela 
Constituição Federal, como o Procurador-Geral da República. 
B) exclusivamente pela via da ação declaratória de constitucionalidade proposta pelas pessoas autorizadas 
pela Constituição Federal, como o Presidente da República. 
C) em caráter difuso, pelos juízes e tribunais, evidentemente nos processos submetidos à sua apreciação, ou 
em caráter concentrado, exclusivamente pelo Supremo Tribunal Federal. 
D) exclusivamente em caráter concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de recurso 
extraordinário, quando a decisão recorrida houver declarado a inconstitucionalidade da lei. 
E) pela via das ações diretas de inconstitucionalidade e ações declaratórias de constitucionalidade, sendo 
que as decisões de mérito, proferidas apenas nas primeiras, produzirão eficácia contra todos e efeito 
vinculante circunscrito aos demais órgãos do Poder Judiciário. 
 
Controle Difuso 
01 - (Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: MPE-CE Prova: CESPE - 2020 - MPE-CE - Promotor de Justiça de 
Entrância Inicial) Conforme a jurisprudência do STF, a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora 
não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei, afaste sua incidência, no todo ou em parte, viola, 
especificamente, 
A) o princípio da segurança jurídica. 
B) a cláusula de reserva de plenário. 
C) a presunção de constitucionalidade da lei. 
D) a sistemática do controle difuso de constitucionalidade. 
E) o princípio da motivação adequada das decisões judiciais. 
02 - (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: CESPE - 2019 - TJ-AM - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador) Julgue o item que se seguem, relativos ao Poder Judiciário. 
Órgão fracionário de tribunal de justiça que, por razões de segurança jurídica, deixar de aplicar lei estadual, 
sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade, terá violado a cláusula de reserva de plenário. 
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03 - (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: MPC-PA Prova: CESPE - 2019 - MPC-PA - Analista Ministerial – Direito) 
Conforme entendimento do STF, as normas infraconstitucionais anteriores à Constituição Federal de 1988 
(CF) e com esta incompatíveis 
A) devem ser declaradas inconstitucionais pelo STF para deixarem de surtir efeitos. 
B) podem ser objeto de controle de constitucionalidade mediante ação direta de inconstitucionalidade. 
C) devem ser consideradas revogadas. 
D) podem ser convalidadas por alteração constitucional superveniente. 
E) podem ser objeto de controle de constitucionalidade mediante ação declaratória de constitucionalidade. 
04 - (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário 
- Área Judiciária) Determinada empresa ajuizou ação visando à anulação de penalidade que lhe havia sido 
imposta por órgão da Administração federal, sob a alegação de que a lei em que prevista resultara de projeto 
que, após aprovado com alterações substanciais pela Casa legislativa revisora, teria seguido diretamente à 
sanção presidencial, sem antes retornar à Casa inicial, razão pela qual seria formalmente inconstitucional. A 
ação foi julgada procedente em primeira instância, com fundamento na inconstitucionalidade da lei em que 
prevista a penalidade. Tendo sido interposto recurso, o processo aguarda julgamento por órgão fracionário 
do Tribunal Regional Federal (TRF) respectivo. Nessa hipótese, diante da Constituição Federal de 1988 e da 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), 
A) embora tenha havido irregularidade no trâmite do projeto legislativo, não compete aos órgãos judiciais 
declarar em caráter incidental a inconstitucionalidade formal da lei, o que somente se admite em sede de 
controle concentrado, exercido por meio de ação direta de competência originária do STF. 
B) houve, de fato, irregularidade no trâmite do projeto de lei, possuindo os órgãos judiciais competência para 
reconhecer incidentalmente a inconstitucionalidade da lei, embora no âmbito do TRF a declaração respectiva 
dependa de decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou de seu órgão especial. 
C) embora tenha havido irregularidade no trâmite do projeto legislativo, a sanção presidencial teria o condão 
de convalidá-la, não havendo que se falar por esse motivo em inconstitucionalidade da lei, possuindo o TRF 
competência para reconhecer sua constitucionalidade por meio de órgão fracionário. 
D) embora tenha havido irregularidade no trâmite do projeto legislativo, a sanção presidencial teria o condão 
de convalidá-la, não havendo que se falar por esse motivo em inconstitucionalidade da lei, possuindo o TRF 
competência para reconhecer sua constitucionalidade, desde que observada a cláusula de reserva de 
plenário. 
E) houve, de fato, irregularidade no trâmite do projeto de lei, possuindo os órgãos judiciais competência para 
afastar a aplicação da lei ao caso concreto, inclusive órgão fracionário do TRF, desde que não declare sua 
inconstitucionalidade. 
05 - (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário 
- Área Judiciária) Considere que, em sede de primeira instância, tenha sido proferida sentença por juiz federal 
julgando procedente ação em que o autor, pessoa jurídica de direito privado, pretendia eximir-se do 
cumprimento de determinada obrigação legal, sob o fundamento de inconstitucionalidade da lei federal que 
a impunha. Enquanto pendente de julgamento recurso perante o Tribunal Regional Federal (TRF) 
competente, foi publicada súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a matéria, afirmando 
ser constitucional a exigência constante da referida lei, sem ressalvas quanto à produção de efeitos ou à 
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eficácia do enunciado respectivo. Nessa hipótese, à luz da disciplina normativa pertinente e da jurisprudência 
do STF, ao julgar o recurso, o TRF 
A) deverá decidir em conformidade com o teor da súmula vinculante, aplicando-a ao caso, sendo dado ao 
autor da ação ajuizar reclamação perante o STF, para cassação da decisão de segunda instância, caso 
pretenda restabelecer a sentença. 
B) não estará obrigado a decidir em conformidade com o teor da súmula vinculante, uma vez que a sentença 
foi proferida em primeira instância antes de a súmula ter sido editada e publicada. 
C) estará legitimado a propor a revisão dasúmula vinculante ao STF, o que autoriza a suspensão do processo 
pendente de julgamento em segunda instância, até decisão final do STF sobre a revisão do enunciado. 
D) deverá decidir em conformidade com o teor da súmula vinculante, aplicando-a ao caso, não sendo cabível 
ao autor da ação, diante da aplicação devida da súmula, interpor recurso extraordinário, reclamação ou 
proposta de revisão do enunciado perante o STF. 
E) deverá decidir em conformidade com o teor da súmula vinculante, aplicando-a ao caso, sendo dado ao 
autor da ação interpor recurso extraordinário, para reforma da decisão de segunda instância, caso pretenda 
restabelecer a sentença, presumida a repercussão geral. 
06 - (Ano: 2010 Banca: TRT 15R Órgão: TRT - 15ª Região (SP) Prova: TRT 15R - 2010 - TRT - 15ª Região - Juiz 
do Trabalho - Prova 1) O Ministério Público ajuiza ação civil pública para anular licitação baseada em Lei 
Municipal que alega ser inconstitucional por afrontar o artigo 37 da Constituição Federal. 
Assinale a alternativa correta: 
A) não cabe questionamento incidental de inconstitucionalidade em sede de ação civil pública; 
B) o questionamento incidental de inconstitucionalidade numa ação civil pública só é cabivel em relação a lei 
federal; 
C) a declaração incidental de inconstitucionalidade de uma lei nos autos de uma ação civil pública gera efeito 
erga omnes; 
D) é cabivel o questionamento incidental de inconstitucionalidade nos autos de uma ação civil pública, mas 
seus efeitos ficam restritos apenas as partes e somente naquele caso concreto; 
E) nenhuma das anteriores. 
07 - (Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário 
- Área Judiciária) Em ação civil pública, para anulação de contrato administrativo, na qual preliminar invoque 
a inconstitucionalidade de lei municipal, será possível, quanto ao controle de constitucionalidade, em decisão 
proferida pelo juiz de primeiro grau de jurisdição, 
A) o exercício do controle concentrado e com extensão dos efeitos da decisão à retirada de vigência da lei 
assim declarada inconstitucional. 
B) apenas o exercício da modalidade de controle difuso, com efeitos limitados às partes no caso concreto. 
C) o exercício da modalidade de controle concentrado, embora limitados os efeitos às partes no caso 
concreto. 
D) o exercício da modalidade de controle difuso e com extensão dos efeitos da decisão à retirada de vigência 
da lei assim declarada inconstitucional. 
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E) o exercício de controle concentrado, mas sem possibilidade de se retirar a vigência da lei, salvo se a decisão 
for confirmada pelo Tribunal de Justiça. 
08 - (Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2015 - DPU - Defensor Público Federal) Quanto ao 
controle de constitucionalidade, julgue o item a seguir. 
A DP possui legitimidade para ingressar com ação civil pública cujo pedido principal seja a declaração de 
inconstitucionalidade de lei que condicione o acesso ao SUS à comprovação de rendimento inferior a dois 
salários mínimos. 
09 - (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-MT Prova: VUNESP - 2018 - TJ-MT - Juiz Substituto) Na hipótese 
de o Ministério Público ajuizar uma ação civil pública em âmbito da justiça estadual, objetivando, em defesa 
do patrimônio público, a anulação de uma licitação baseada em lei municipal incompatível com dispositivo 
da Constituição Federal, é correto afirmar que o Poder Judiciário Estadual 
A) poderá conhecer da ação, mas o pedido deverá ser julgado improcedente, pois a lei municipal não pode 
ser objeto de controle de constitucionalidade perante a Constituição Federal. 
B) não poderá conhecer da ação, uma vez que o controle de constitucionalidade de leis e atos normativos 
em face da Constituição Federal é de competência da Justiça Federal. 
C) poderá conhecer da ação, e o controle de constitucionalidade poderá ser decidido de modo incidental 
restringindo-se seus efeitos inter partes. 
D) poderá conhecer da ação e se o pedido for procedente, baseado na inconstitucionalidade da lei municipal, 
a decisão transitada em julgado terá efeitos vinculantes e erga omnes. 
E) não poderá sequer conhecer da ação, uma vez que a ação civil pública não pode ser utilizada como 
sucedâneo de ação direta de inconstitucionalidade. 
10 - (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: FCC - 2019 - DPE-SP - Defensor Público) A Defensoria 
Pública de São Paulo ingressou com ação civil pública alegando, em síntese, que a Resolução 18/2015, da 
Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo − que exige, em todos os concursos públicos na 
esfera estadual, que as candidatas mulheres apresentem exames médicos de mamografia (mulheres acima 
de 40 anos) e colpocitologia oncótica (Papanicolau) na avaliação de aptidão das candidatas para posse em 
cargos públicos − violaria a dignidade humana, a intimidade, a privacidade e integridade física e psicológica 
das mulheres, além de ferir os princípios da igualdade de gênero e da isonomia, uma vez que não há exigência 
de previsão equivalente aos candidatos homens. Após decisão parcialmente favorável na primeira instância, 
houve recurso e a Câmara do Tribunal de Justiça determinou a remessa dos autos ao Órgão Especial. 
A respeito do caso é correto afirmar: 
A) No âmbito estadual, o controle difuso de constitucionalidade é exercido pelos juízes de primeira instância 
e vedado à segunda instância, que exerce o controle concentrado de constitucionalidade. 
B) Se o órgão fracionário declara expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder 
Público ou mesmo afasta sua incidência, no todo ou em parte, viola a Súmula Vinculante nº 10 do STF, bem 
como o art. 97 da CF/88. 
C) No Brasil, adota-se o controle concentrado e difuso de constitucionalidade, o que permitiria à Câmara a 
declaração de inconstitucionalidade pretendida pela aplicação do controle difuso, sem remessa ao Órgão 
Especial. 
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D) Não se trata de controle concentrado ou difuso de constitucionalidade, pois não ocorre a discriminação 
de gênero apontada, ou mesmo violação da igualdade ou isonomia entre mulheres e homens, uma vez que 
as diferenças biológicas justificariam o tratamento desigual. 
E) No controle difuso de constitucionalidade, caso haja pronunciamento do Órgão Especial do Tribunal, por 
solicitação discricionária do órgão fracionário, a decisão será indicativa. 
11 - (Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: DPE-PR Prova: FCC - 2017 - DPE-PR - Defensor Público) Sobre a aplicação 
da cláusula de reserva de plenário, é correto afirmar: 
A) Caso um órgão fracionário se depare com alegação de inconstitucionalidade de lei pertinente ao caso 
discutido nos autos, deve sempre remeter a questão ao plenário do respectivo tribunal ou órgão que lhe faça 
as vezes para decidir sobre a questão, mesmo que entenda que a lei questionada pela parte é constitucional. 
B) Conforme o Supremo Tribunal Federal, a análise da recepção de ato normativo anterior à Constituição ou 
emenda constitucional se submete à cláusula de reserva de plenário. 
C) Viola a cláusula de reserva de plenário decisão de órgão fracionário de Tribunal que declare 
inconstitucional decreto legislativo, ainda que se refira a uma situação individual e concreta. 
D) Há precedente do Supremo Tribunal Federal afirmando que, mesmo sendo órgãos fracionários, as Turmas 
do Supremo Tribunal Federal não se submetem à cláusula de reserva de plenário. 
E) Viola cláusula de reserva de plenário a decisão do órgão fracionário do Tribunal que deixe de aplicar a 
norma infraconstitucionalpor entender não haver subsunção aos fatos ou, ainda, que a incidência normativa 
seja resolvida mediante a sua mesma interpretação, sem potencial ofensa direta à Constituição. 
 
ADI 
01 - (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: MPC-PA Prova: CESPE - 2019 - MPC-PA - Procurador de Contas) 
Determinado município editou lei que violava disposição da respectiva Constituição estadual, de reprodução 
obrigatória e redação idêntica a norma da CF. 
Nessa situação hipotética, a ação cabível e o órgão judicial competente para julgá-la são, respectivamente, 
A) a ação direta de inconstitucionalidade e o tribunal de justiça local. 
B) a ação civil pública e o tribunal regional federal que tenha jurisdição sobre o município. 
C) a arguição de preceito fundamental e o juízo da primeira instância. 
D) o mandado de segurança e o STF. 
E) a ação direta de inconstitucionalidade e o juízo da fazenda pública da capital do estado do município. 
02 - (Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: FCC - 2020 - AL-AP - Analista Legislativo - Assessor Jurídico 
Legislativo) Em sede de ação direta de inconstitucionalidade ajuizada originariamente perante o Tribunal de 
Justiça estadual, o Procurador-Geral de Justiça requereu que fosse declarada a inconstitucionalidade de 
determinada lei municipal por ofensa a dispositivo da Constituição estadual que reproduz dispositivo da 
Constituição Federal de observância obrigatória pelos Estados. Nessa hipótese, à luz da jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal (STF) na matéria, referida ação direta é 
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A) admissível, não sendo cabível recurso extraordinário ou reclamação em face do acórdão estadual para o 
STF, por ser de competência originária dos Tribunais de Justiça estaduais o controle concentrado de 
constitucionalidade de leis municipais. 
B) inadmissível, sendo cabível recurso extraordinário em face do acórdão estadual para o STF, por 
contrariedade ao dispositivo da Constituição Federal que estabelece a competência originária do STF para a 
ação direta de inconstitucionalidade. 
C) admissível, sendo cabível recurso extraordinário em face do acórdão estadual para o STF, na hipótese de 
a interpretação da norma constitucional estadual contrariar o sentido da norma constitucional federal de 
observância obrigatória. 
D) inadmissível, sendo cabível reclamação em face do acórdão estadual para o STF, por usurpação de sua 
competência para julgar ação direta de inconstitucionalidade que tenha por parâmetro norma da 
Constituição Federal. 
E) inadmissível, por ser cabível apenas em caráter incidental, e não principal, o controle de 
constitucionalidade de leis municipais que, direta ou indiretamente, tenha por parâmetro normas da 
Constituição Federal. 
03 - (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: CGE - CE Provas: CESPE - 2019 - CGE - CE - Conhecimentos Básicos) De 
acordo com a jurisprudência do STF, pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade no âmbito desse 
tribunal 
A) lei orçamentária estadual anterior à Constituição Federal de 1988, desde que o parâmetro seja uma norma 
constitucional federal. 
B) decreto estadual editado após a promulgação da Constituição Federal de 1988, desde que o parâmetro 
seja uma constituição estadual. 
C) emenda constitucional promulgada antes da Constituição Federal de 1988, desde que o parâmetro seja a 
Constituição Federal anterior. 
D) portaria ministerial editada após a promulgação da Constituição Federal de 1988, desde que o parâmetro 
seja uma constituição estadual. 
E) lei orçamentária federal editada após a promulgação da Constituição Federal de 1988, desde que o 
parâmetro seja uma norma constitucional federal. 
04 - (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto) 
De acordo com disposições normativas pertinentes e o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) 
acerca do controle de constitucionalidade no direito brasileiro, 
A) o Estado-membro possui legitimidade para recorrer contra decisão proferida em sede de controle 
concentrado de constitucionalidade, ainda que a ação respectiva tenha sido ajuizada por seu governador. 
B) a ação direta de inconstitucionalidade de competência originária do STF é o meio processual adequado 
para o controle de decreto regulamentar de lei estadual. 
C) a alteração do parâmetro constitucional, quando o processo ainda está em curso, prejudica o 
conhecimento da ação direta de inconstitucionalidade. 
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D) Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando 
como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória 
pelos estados. 
E) não poderá ser conhecida e julgada ação direta de inconstitucionalidade que tenha por objeto medida 
provisória que, antes do julgamento da ação, seja convertida em lei, sem alterações. 
05 - (FCC_SEFAZ-PI_2015_Auditor Fiscal) Não poderá ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade 
perante o Supremo Tribunal Federal, ainda quando confrontada com a Constituição da República, a lei 
A) do Distrito Federal editada no exercício de sua competência legislativa municipal. 
B) do Distrito Federal editada no exercício de sua competência legislativa estadual. 
C) estadual que invada competência legislativa do Município. 
D) federal que, promulgada após a entrada em vigor da Constituição vigente, tenha sido revogada por lei 
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. 
E) estadual que disponha sobre normas gerais de matéria de competência legislativa concorrente, quando 
preexistente lei federal a esse respeito. 
06 - (FMP-RS_MPE-AC_2013_Analista) Quanto ao controle de constitucionalidade exercido pelo Supremo 
Tribunal Federal, assinale a alternativa correta. 
A) A modulação dos efeitos da decisão que declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo é 
permitida na ação direta de inconstitucionalidade, mas não na arguição de descumprimento de preceito 
fundamental. 
B) No caso de omissão parcial, poderá ser concedida medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade 
por omissão, suspendendo-se a aplicação da lei ou do ato normativo questionado. 
C) Não possuem legitimação para propor arguição de descumprimento de preceito fundamental o 
Governador de Estado, o Governador do Distrito Federal, a Mesa de Assembleia Legislativa, a Mesa da 
Câmara Legislativa do Distrito Federal e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
D) Caberá ao ministro(a) relator(a) a decisão sobre o deferimento de intervenção de terceiros no processo 
de ação direta de inconstitucionalidade. 
E) Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, é vedada, em qualquer hipótese, a manifestação do 
Advogado- Geral da União, porque nesse caso, não há lei ou ato normativo impugnado a ser defendido. 
07 - (FCC_MPE-SE_2013_Analista) Confederação sindical dos servidores públicos ajuizou, perante o Supremo 
Tribunal Federal, Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADIN contra emenda constitucional que fixou limite 
remuneratório para servidores públicos ativos. Após ajuizada a ação o dispositivo legal objeto da ADIN foi 
revogado, deixando de haver disciplina legal sobre o tema. Nesse caso, a ADIN foi proposta por parte 
A) ilegítima, uma vez que a confederação não equivale a sindicato de âmbito nacional, este sim dotado de 
legitimidade para o ajuizamento da ADIN, que deverá ser julgada extinta sem julgamento do mérito por este 
motivo. 
B) legítima, uma vez que toda confederação sindical é parte legítima para propor ADIN, desde que

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