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Virais - Ruminantes I: Febre Aftosa, Estomatite Vesicular e Vaccinia Bovina

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Prévia do material em texto

Luíza de Souza Silva 
FEBRE AFTOSA 
 
Introdução 
A febre aftosa é uma doença altamente 
contagiosa, aguda e de curso rápido 
que acomete animais biungulados, 
caracterizada pela febre e vesículas 
sobre a superfície epitelial. 
É uma doença de notificação 
obrigatória devido a sua rápida 
disseminação, resultando em grandes 
perdas econômicas – rebanho todo é 
sacrificado. 
A forma de se combater essa doença é 
através da prevenção e controle a nível 
populacional. 
 Existem sete sorotipos e vários 
subtipos da doença 
 A febre aftosa não é letal 
 Animal pode ter cura clínica e se 
infectar novamente 
 
Etiologia 
 Família: Picornaviridae 
 Gênero: Aphtovirus 
 Um dos menores vírus existentes 
 Vírus RNA fita simples 
 Não envelopado 
 pH ótimo 7,2-7,6 
 Sorotipos: O,A,C,SAT1,SAT2,SAT3, 
ASIA1 
 Proteínas estruturais: usadas na 
vacina 
 Proteínas não estruturais: usadas 
para diagnóstico 
Por ser um vírus RNA de fita simples a 
variabilidade genética é maior (alta taxa 
de mutações não corrigidas que 
ocorrem durante a replicação viral). A 
ausência do envelope faz com que ele 
seja altamente resistente ao meio 
ambiente. 
Esses fatores aliados à quantidade de 
sorotipos e subtipos fazem com que 
essa doença seja de tão fácil 
disseminação e difícil controle. 
O genoma do vírus codifica duas 
proteínas muito importantes, as 
proteínas estruturais e as não 
estruturais. 
As proteínas estruturais fazem parte do 
capsídeo e são elas as utilizadas na 
vacina contra aftosa, já as proteínas não 
estruturais (expressas no momento de 
replicação dentro da célula) são usadas 
para diagnóstico de infecção, portanto, 
os animais vacinados apresentam 
anticorpos somente contra as proteínas 
estruturais, enquanto animais 
infectados apresentam anticorpos 
contra ambas proteínas, as estruturais e 
as não estruturais (devido a resposta 
imune). 
 
Luíza de Souza Silva 
Sobrevivência 
 Sobrevive por longos períodos 
 pH ótimo e presença de matéria 
orgânica são benéficos para o vírus 
 Sensível a variação de pH 
 Inativado por ácidos ou bases 
 Resistente a maioria dos 
desinfetantes 
 Permanece na carcaça 
 Humanos são fômites 
 Cocção destrói o vírus 
 
O aftovírus é extremamente resistente 
no ambiente, principalmente na 
presença de matéria orgânica, como 
sangue, leite e fezes por exemplo. Sua 
resistência também depende da 
temperatura e pH, sendo inativado na 
maioria das vezes a 50°C e em pH’s 
menores que 6 e maiores que 9. 
O vírus é inativado por ácidos ou bases, 
sendo resistente a maioria dos 
desinfetantes comuns. 
Também é inativado no músculo 
esquelético (dentro da fibra) após o 
rigor mortis devido a queda do pH pelo 
acúmulo de ácido lático, mas de 
qualquer forma o vírus continua na 
carcaça, existindo nas cartilagens, 
medula óssea, linfonodos e vísceras, 
desse modo o comércio de produtos de 
origem animal é regulado. 
Em pH ótimo o vírus pode sobreviver de 
30 minutos a 1 ano, persistindo em 
roupas, cabelos, trato respiratório, pelo, 
fezes e solo. 
 
Transmissão 
 Contato direto (animal-animal) e/ou 
indireto 
 Suínos são amplificadores do vírus 
 O vírus pode ser disseminado pelo 
vento 
 Disseminado por excreções e líquido 
das vesículas 
 Produtos derivados do animal: 
carne, ossos, leite 
 Eliminação do vírus: saliva, 
aerossóis, leite, sêmen, lesões, 
embriões 
 Vias de transmissão: aerógena, 
fômites, vetores mecânicos, IA, 
carcaças 
As fontes de infecção da doença são os 
animais doentes e os animais 
portadores (aqueles que já tiveram a 
recuperação clínica da doença, mas que 
ainda possuem o vírus na região 
faringeana, podendo persistir até 3 
anos em bovinos) 
Todas excreções podem conter o vírus, 
tanto antes quanto depois do 
desaparecimento dos sinais clínicos, 
sendo o período máximo de 
infectividade quando as vesículas da 
boca ou pés se rompem, eliminando 
liquido com vírus em altos títulos. 
Animais selvagens podem ser 
reservatório da doença. 
Produtos derivados da carne também 
são fontes de infecção. 
A transmissão pode ocorrer entre 
rebanhos – movimento de animais 
infectados, de pessoas contaminadas e 
pelo vento – ou por utensílios 
Luíza de Souza Silva 
contaminados, veículos e produtos de 
origem animal (carne e leite). 
Suínos liberam grandes quantidades de 
vírus por aerossol, mas são menos 
susceptíveis à infecção por esta via, já 
os bovinos eliminam pouco vírus por 
via aérea, mas são muito susceptíveis a 
infecção por esta via. 
 
Patogenia 
Período de incubação:tempo decorrido 
entre a exposição de um animal a um 
organismo patogénico e a manifestação 
dos primeiros sintomas da doença. 
 Período de incubação de 2 a 14 dias 
 Dose, amostra, espécie, manejo 
 Animais que se recuperam da 
doença ficam imunes ao mesmo 
sorotipo por até dois anos 
 A imunidade após vacinação é mais 
curta do que a infecção natural 
O período de incubação da doença é de 
2 a 14 dias, mas geralmente acontece 
de 2 a 3 dias, dependendo de vários 
fatores, como dose de infecção, quanto 
maior a dose menor o período de 
incubação, da amostra, da espécie e do 
manejo desses animais (animais 
confinados, densidade animal, 
ventilação das instalações). 
 
 
Em 12 a 15 dias já se tem o animal 
recuperado da doença clínica. 
 
Sinais clínicos 
 Febre 
 Salivação 
 Aparecimento de vesículas na 
cavidade oral, patas, úbere e rúmen 
RESPOSTA IMUNE
SINAIS CLÍNICOS
MULTIPLICAÇÃO SECUNDÁRIA
Epitélio escamoso cornificado 
estratificado especialmente da pele e o 
epitélio da língua e boca -> 
amplificação do vírus
MULTIPLICAÇÃO PRIMÁRIA
Células 
epiteliais da 
parte dorsal 
do palato 
mole, do 
teto, da 
faringe e 
tonsila
Distribuição 
para os 
linfonodos 
regionais
Disseminação 
através de 
sistema 
linfático e 
sangue 
(viremia)
INFECÇÃO
Luíza de Souza Silva 
 Descarga nasal 
 Claudicação 
 Emagrecimento 
 Aborto e infertilidade 
 Alta mortalidade em animais jovens 
 Identificação da idade das vesículas 
pode ser útil em investigação 
epidemiológica 
A doença acontece de forma rápida, em 
72 horas o bovino infectado apresenta 
febre, inapetência e queda na produção 
de leite. Salivação profusa acompanha 
a formação de vesículas orais, que se 
rompem formando dolorosas úlceras. 
As vesículas rompidas na fenda 
interdigital e na banda coronária 
causam claudicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luíza de Souza Silva 
 Sinais Clínicos Suínos: anorexia; 
depressão; relutância em andar; 
laminite; lesões de casco mais 
severas que em bovinos; vesículas 
na banda coronária, calcanhar, 
espaço interdigital; lesões no 
focinho são mais comuns que na 
cavidade oral; perda da unha do 
casco; alta mortalidade em leitões 
(miocardite) 
 
 Sinais Clínicos Ovinos e Caprinos: 
pequenas vesículas na gengiva; 
laminite. 
 
 
Diagnóstico 
A Febre Aftosa assemelha-se 
clinicamente com outras doenças 
vesiculares, logo requer confirmação 
laboratorial. 
Onde coletar amostra para diagnóstico 
direto? 
No período das lesões, pois há 
identificação do agente 
Onde coletar amostra para diagnóstico 
indireto? 
Na fase de recuperação, onde tem 
resposta imune 
 
O material a ser recolhido para 
diagnóstico são os fluidos das vesículas 
(obtidos assepticamente), o epitélio de 
lesões jovens ou recém rompidas, 
sangue e soro (10ml colhidos de 
diferentes animais) 
 
Para detecção de anticorpos para 
estudo de atividade viral (soro) são 
usados os seguintes testes: 
 ELISA 3ABC: 
Usado para detecção de atividade viral, 
independente do sorotipo ou de animal 
estar ou não vacinado. 
É um teste mais rápido, demorando 
cerca de 2 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A bolinha azul representa o antígeno, 
no caso as proteínas não estruturais 
codificadas pelo genoma do Aphtovirus, 
que é inserido na placa. Logo depoisé 
adicionado o soro do animal. Se no soro 
tiver a presença de anticorpos contra 
proteínas não estruturais (anticorpo 
laranja) eles irão se ligar ao antígeno, e, 
logo em seguida, os anticorpos anti- IgG 
(anticorpo azul) se ligam a eles. Esse 
anticorpo anti-IgG tem uma enzima 
ligada a ele (bolinha verde), chamada de 
enzima peroxidase. Essa enzima 
transforma um agente chamado OPD 
em um produto amarelado/alaranjado, 
o que nos dá a identificação do 
resultado positivo. Quanto mais 
anticorpo o animal tiver, mais intensa 
será a reação e coloração. 
Se o soro do animal não apresentar 
anticorpos anti-proteínas não 
Luíza de Souza Silva 
estruturais a reação não acontece, 
portanto não há coloração. 
Os animais que são positivos nessa 
prova são encaminhados para fazer o 
Ensaio Imunoenzimático de 
Eletrotransferência (EITB). 
 EITB: 
O EITB é utilizado como prova 
confirmatória para atividade viral. 
O teste funciona de maneira similar ao 
ELISA sorológico, mas este acontece por 
eletroforese em gel, onde as proteínas 
não estruturais migram de acordo com o 
peso molecular, se separando uma das 
outras. Essa eletroforese é passada para 
uma membrana e o soro animal é 
adicionado, logo se ele apresenta 
anticorpos contra essas proteínas eles 
irão se ligar a essas “bandas”. Do 
mesmo modo que ocorre no ELISA, os 
anticorpos anti-IgG com a enzima 
peroxidase irão se ligar aos anticorpos 
do soro. A enzima peroxidase reage com 
o DAB, gerando a coloração 
amarronzada, identificando o resultado 
como positivo. 
Os animais positivos nessa prova são 
encaminhados para fazer o teste de 
PROBANG. 
 IDGA VIAA: 
Para detecção de atividade viral, 
independente do sorotipo ou de animal 
estar ou não vacinado com menor 
sensibilidade. 
Diagnóstico Diferencial 
Toda doença vesicular, com sinais e em 
mais de um animal é de notificação 
obrigatória. 
Febre aftosa: propriedade interditada 
Outras doenças vesiculares: 
propriedade interditada, cura clínica 
dos animais e liberação da propriedade 
após um tempo. 
 
Doença vesicular de suínos é 
indistinguível de febre aftosa em 
suínos. 
Vacinação 
A vacina utilizada é uma vacina 
inativada (proteínas VP1, VP2 e VP3), 
garantindo imunidade que geralmente 
dura de 4 a 6 meses. 
A vacina é apresentada de forma líquida 
ou com adjuvantes (oleosos, hidróxido 
de alumínio, saponina – causa 
granuloma, alguns proprietários não 
fazem a vacinação para evitar isso). 
A administração é feita por via 
subcutânea na região cervical, devendo 
ser feita duas vezes ao ano, sendo 
realizada em Minas Gerais nos meses de 
maio (todos os animais) e dezembro 
(animais ate 24 meses). 
O Brasil é considerado uma zona livre 
com vacinação, tendo alguns estados 
considerados livres sem vacinação 
(Santa Catarina). 
Suínos não são vacinados contra febre 
aftosa, por isso a carne crua exportada 
atualmente sai somente do estado de 
Santa Catarina. Nos outros estados a 
carne precisa passar por cocção 
primeiro para então ser exportada
Luíza de Souza Silva 
Estomatite Vesicular 
Introdução 
A estomatite vesicular é uma doença de 
equinos, ruminantes, suínos, mamíferos 
silvestres e o homem, é de notificação 
obrigatória e diferentemente da febre aftosa 
os animais não são abatidos – a propriedade 
fica interditada por até 30 dias depois da 
última cura clínica do último animal doente. 
A doença é uma zoonose e tem sinais clínicos 
indistinguíveis da febre aftosa em suínos e 
bovinos. 
Etiologia 
 Família Rhabdoviridae 
 GêneroVesiculovirus 
 Espécie Vírus da Estomatite Vesicular (dois 
tipos) 
 Espécie New Jersey 
 Espécie Indiana 
 Vírus encapsulado 
 Transmitido por vetor biológico 
 Caráter sazonal 
 
Epidemiologia 
A espécie New Jersey é a mais virulenta e 
mais comum nos EUA e América Central, não 
foi isolada no Brasil. Ela tem uma morbidade 
de 5 a 10%, chegando a 80% em rebanhos 
leiteiros devido ao confinamento. Sua 
mortalidade praticamente não ocorre em 
bovinos de leite, corte e equinos, sendo alta 
nos suínos. 
A espécie Indiana tem três genótipos: Indiana 
I, Indiana II e Indiana III, sendo esta última a 
mais epidêmica no Brasil. 
Por ser transmitida por um mosquitoa 
doença tem caráter sazonal, aparecendo 
mais no verão em climas temperados e 
imediatamente após as chuvas em climas 
tropicais. 
As situações endêmicas (sazonal) ocorrem 
através de ovinos, caprinos e asininos como 
reservatórios, bem como pela cobertura 
vegetal, com reservatórios em animais 
silvestres e insetos. 
As situações epidêmicas ocorrem pela 
transmissão por contágio entre animais 
doentes e susceptíveis. 
Hospedeiros: 
 Equinos 
 Bovinos e suínos 
 Humanos (sinais semelhantes a influenza) 
 Ovinos e caprinos são mais resistentes e 
raramente apresentam sinais clínicos 
Transmissão 
 Lutzomyiashannoni(mosquito pólvora) 
 Simuliumsp(borrachudo) 
 Culicoidesp 
Além da transmissão por vetor, o vírus 
também pode ser transmitido por contato 
direto, através de saliva, exudatos, epitélios 
das vesículas de animais contaminados e 
através de fômites. 
Luíza de Souza Silva 
Ainda não se sabe ao certo como os humanos 
são infectados, se é através do leite, carne ou 
água contaminados. 
Patogenia 
 P1: 2-8 dias 
O período de incubação ocorre de 2 a 8 dias, 
ocorrendo a recuperação clínica do animal de 
12 a 15 dias. 
Ocorre viremia com localização subsequente 
na mucosa da boca e pele ao redor da coroa 
do casco. 
O vírus provavelmente entre no organismo 
por abrasões na pele ou nas membranas 
mucosas, ou após uma picada de inseto. As 
vesículas que se desenvolvem no local de 
infecção podem coalescer. A disseminação 
pode ocorrer localmente pela extensão das 
lesões primárias. Embora lesões secundárias 
possam desenvolver-se em locais distantes, 
não está clara a forma como ocorre a 
transferência do vírus nem se essas lesões 
resultam da viremia ou de contaminação 
ambiental. 
Sinais clínicos 
 Febre moderada 
 Vesículas no dorso da língua, coxim 
dentário, lábios e mucosa bucal (formam 
úlceras superficiais) 
 Lesões no úbere e casco (banda coronária) 
 Claudicação 
 Edema de língua 
 Perda de apetite e peso 
 Queda na produção de leite 
 Recuperação clínica rápida 
As vesículas rompem-se rapidamente e a 
irritação causa salivaçãoprofusa viscosa e 
anorexia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais clínicos em humanos: nos humanos 
o período de incubação da doença é de 1 a 6 
dias, causando sintomas semelhantes a 
influenza - dor de cabeça, febre, dor 
retrobulbar, náusea, dor nas costas, vesículas 
(raro). É uma doença autolimitante nos 
humanos, utilizando-se de tratamento de 
suporte. A recuperação da doença pode ser 
prolongada, e raramente ela leva o paciente 
à morte. 
Diagnostico 
Devido às semelhanças entre estomatite 
vesicular, febre aftosa e doença vesicular dos 
suínos, é necessária a rápida confirmação 
laboratorial caso os equinos se apresentem 
com lesões vesiculares, a infecção pelo vírus 
da estomatite vesicular deve ser considerada. 
O diagnóstico é feito com o materialfluído 
vesicular ou epitélio, e pode ser realizado 
através do ELISA ou pelo teste de fixação do 
complemento (TFC). 
 
 
 
Luíza de Souza Silva 
Diagnóstico Diferecial: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle 
Para o uso de desinfetantes (carbonato de 
sódio 2%, iodophor 2%, hipoclorito de sódio 
1%, desinfetantes a base de iodo ou a base 
de dióxido de cloro) a área deve ser livre de 
matéria orgânica e o produto deve ter 
contato por pelo menos 10 minutos. 
Medidas como separar os animais infectados 
dos saudáveis, controle de insetos e controle 
do deslocamento dos animais de um local 
infectado ajudam no controlo da 
disseminação da doença. 
Há o uso de vacinas, mas além de não terem 
eficácia comprovada, também não estão 
disponíveis comercialmente. 
A doença é importante 
socioeconomicamente, pois duranteaté 30 
dias após a última cura clínica a propriedade 
não poderá exportar nenhum produto de 
origem animal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luíza de Souza Silva 
Vaccinia bovina 
Introdução 
É uma zoonose de notificação obrigatória, 
causa lesões no teto semelhantes às 
causadas por febre aftosa e lesões nas mãos 
do ordenhador. 
Também conhecida comumente como varíola 
bovina, porém no Brasil o gênero vaccínia é 
mais prevalente. 
Durante a vacinação sistêmica contra varíola 
humana a vacina com cepa viva utilizada 
(denominada vaccínia vírus) de algum modo 
foi transmitida para os animais domésticos e 
evoluiu, voltando como uma zoonose, mas 
com menos intensidade do que a varíola 
humana, daí a doença começou a ser 
chamada de vaccínia. 
 
Etiologia 
 Família Poxviridae 
 Subfamília Chordopoxviridae 
 Gênero Orthopoxvirus: Vaccínia, Varíola 
bovina (cowpox), Varíola humana, 
Buffalopox 
 Gênero Parapoxvirus: Orf (ectima 
contagioso), Pseudovaríola 
 Envelopados, mas conseguem se manter 
por bom tempo no ambiente 
Os poxvírus são altamente resistentes ao 
calor e sua infectividade em restos celulares 
é mantida por longo tempo. O congelamento 
preserva bem o vírus. 
Possui uma grande variedade de 
hospedeiros. 
Transmissão 
A transmissão do agente pode acontecer 
entre rebanhos – pela introdução de animais 
doentes, pelo ordenhador infectado ou por 
insetos (vetor mecânico) – ou/e dentro dos 
rebanhos – através de insetos, copo da 
ordenhadeira, mão do ordenhador e da vaca 
para o bezerro. 
Não se sabe ao certo se a ingestão de leite e 
partículas contaminadas transmitem a 
doença. 
Os bovinos são reservatórios da 
pseudovaríola. 
Sinais clínicos 
 PI de 3 a 5 dias 
 Dor, edema, eritrema 
 Pequenas pápulas na teta 
 Raramente úlceras 
 Lesão de anel característica 
 Lesões ao redor do focinho, lábios, 
gengiva e língua em bezerros (através do 
teto) 
 Recuperação em aproximadamente 5 
semanas 
Na vaca adulta as lesões são nos tetos, nunca 
na boca, isso é considerado um diagnóstico 
diferencial de febre aftosa. 
A pápula se desenvolve formando uma 
vesícula, essa depois de se romper forma 
Luíza de Souza Silva 
úlcera que depois de cicatrizada se 
transforma em uma crosta. 
Sinais clínicos no homem: “nódulo de 
ordenhador”. O período de incubação é de 5 
a 7 dias, a pessoa passa a apresentar lesões 
esféricas nas mãos e nos braços. Essas 
pápulas podem chegar ate 2cm, provocando 
dor e prurido intenso. A cura acontece entre 
4 a 6 semanas. 
Outros sinais clínicos são o edema local, 
febre, náuseas e linfadenopatia. 
Diagnostico 
O diagnóstico é dividido em clínico e 
laboratorial. O diagnóstico laboratorial é 
dividido em propriedades biológicas – 
morfologia, inoculação em animais, lesão em 
membrana cório-alantóide, tipo de 
corpúsculo de inclusão –, análise molecular e 
soroneutralização. 
Importância sócio-econômica: 
O ordenhador infectado é afastado, logo 
outro ordenhador ocupa seu lugar, e a 
doença pode se disseminar mais facilmente 
entre rebanhos. Outros problemas são a 
dificuldade de ordenhar (devido às lesões nos 
tetos), queda na produção de leite, 
transmissão para o bezerro e mastite devido 
à oportunidade quea doença dá para outras 
infecções secundárias. 
 
Controle 
As medidas para controle são a separação 
dos animais doentes, linha de ordenha e 
higiene da ordenha, uso de luvas no manejo 
da ordenha e utilização de iodo glicerinado 
nas lesões. Além disso, não se deve utilizar 
pomadas a base de corticoides e deve-se 
orientar o ordenhador a procurar o posto de 
saúde. 
 
Soroneutralizacao 
Detecta Anticorpos neutralizantes (Ac que o 
sistema imune produz que são capazes de 
identificar e impedir que o vírus entre e lise a 
célula) 
Soro neutralização – é um método de 
diagnostico virológico indireto, que detecta 
anticorpos específicos para o vírus (Resposta 
do hospedeiro à infecção); Mede 
diretamente a capacidade dos anticorpos de 
bloquearem a atividade biológica do vírus; 
Técnica sorológica amplamente utilizada na 
Virologia; 
Significado: variável de acordo com a biologia 
de cada vírus. Vírus que estabelecem 
infecções persistentes e latentes: 
positividade indica condição do portador 
(Mostra que o animal teve contato com o 
vírus, não que foi infectado) 
Técnicas de detecção de anticorpos: testes 
sorológicos: Aplicação – estudos 
epidemiológicos (determinação da 
prevalência e distribuição de infecções víricas 
em populações) e diagnósticos. 
Pode ser utilizada com amostras de qualquer 
fluido corporal que contenha Ac. 
Como é a técnica? Incuba-se um soro 
suspeito com um vírus. Se esse soro tiver Ac 
contra o vírus, os Ac vão se ligar no vírus e 
impedir que esse vírus infecte uma cultura 
celular. Havendo infecção, a amostra não 
apresenta Ac. Não havendo infecção, significa 
Luíza de Souza Silva 
que a amostra tem Ac e o soro inibiu a 
infecção viral. 
Resultados podem ser qualitativos ou 
quantitativos. Qualitativos – Apenas uma 
diluição do soro é testada, obtém-se 
resultado + ou -. Quantitativo – Várias 
diluições do soro são testadas. Obtém-se o 
título de anticorpos. A titulação é como se 
fosse uma concentração de anticorpos feita 
em diluições. 
É o exame do soro suspeito frente a um 
vórus-padrão, ou seja, previamente 
conhecido e quantificado. 
Como o vírus é padronizado? 
Método de Reed e Muench: Expressa a maior 
diluição que causa efeito citopático em 50% 
dos cultivos celulares – TCID50 
*TissueCultureInfection Dose 50. Título viral 
de trabalho: 100TCID50 (é uma unidade de 
medida) 
O que pode se ligar ao vírus e causa um falso-
positivo? Proteínas do complemento, que se 
não foram inativadas impedem o vírus de 
entrar nas células da cultura se comportando 
como Ac. 
Procedimento (slide) 
Se o soro for tóxico, destrói a fileira controle. 
Se não for, continuamos a analisar. 
Prova: Se a amostra é negativa, as células 
serão infectadas. Se for positivo, as células 
ficarão intactas. 
Se a destruição celular começa na titulação 
1/8, significa que o animal teve ao menos 
algum contato com aquele microorganismo. 
Então sorologicamente ele é positivo. Não 
quer dizer que esteja infectado, mas é 
positivo. O título sorológico dele então é 4 
(porque é o inverso) já que as células 
começam a ser infectadas a partir do 1/8; 
Se todas as células foram integras, até a 
última fileira (1/128) o título é maior ou igual 
a 128.