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[pic][pic]
CURSO SUPERIORCURSO SUPERIOR
DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIADE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA
TERAPIA CAPILARTERAPIA CAPILAR
(ESTUDO E REVISÃO)(ESTUDO E REVISÃO)
Edição revista e atualizadaEdição revista e atualizada
Profª Rosiléa M. Lopes MachadoProfª Rosiléa M. Lopes Machado
Mestre em Ensino de Ciências da Saúde Mestre em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambientee do Ambiente  – – Especialista eEspecialista em m Massagem Massagem CientíficaCientífica
e Naturopatia Clínicae Naturopatia Clínica – – Especialista em Docência do Ensino Superior - Bacharel em ServiçoEspecialista em Docência do Ensino Superior - Bacharel em Serviço
SocialSocial – – Pós-graduanda em Estética e Saúde - PPós-graduanda em Estética e Saúde - Profª Estética Integralrofª Estética Integral
RIO DE JANEIRORIO DE JANEIRO
20122012
SUMÁRIOSUMÁRIO
INTRODUÇÃO: A PSICOSSOCIOLOGIA CAPILAR 4INTRODUÇÃO: A PSICOSSOCIOLOGIA CAPILAR 4
TRICOLOGIA 5TRICOLOGIA 5
ASPECTOS ASPECTOS ANATOMO-FISIOLÓGICOS ANATOMO-FISIOLÓGICOS 66
A Pele e os Anexos CuA Pele e os Anexos Cutâneos tâneos 66
Fisiologia Fisiologia dos dos pêlos pêlos 77
Estruturas Estruturas formadoras formadoras do do complexo complexo piloso piloso 88
HISTOLOGIA CAPILARHISTOLOGIA CAPILAR – – ESTRUTURA ESTRUTURA ANATÔMICA ANATÔMICA CAPILAR CAPILAR 99
Potencial Potencial Hidrogeniônico Hidrogeniônico ( ( pH) pH) 99
Ciclo Ciclo biológico biológico capilar capilar 1010
Fatores Fatores determinantes determinantes no no ciclo ciclo capilar capilar 1111
Composição Composição química química capilar capilar 1212
Fatores Fatores nutricionais nutricionais do do pigmento pigmento melânico: melânico: 1414
Grisalhamento dos cabelos senisGrisalhamento dos cabelos senis – – Canície 14Canície 14
TIPOS TIPOS DE DE CABELO CABELO 1616
Tipos Tipos (étnicos (étnicos ) ) raciais raciais de de cabelos: cabelos: 1616
Características Características dos dos cabelos cabelos 1616
DISTÚRBIOS DISTÚRBIOS DO DO COURO COURO CABELUDO CABELUDO E E DOS DOS CABELOS CABELOS 1717
TRICOSES TRICOSES OU OU AFECÇÕES AFECÇÕES DOS DOS PÊLOS PÊLOS 1818
TIPOS DE TIPOS DE ALOPECIAS: ALOPECIAS: 1919
DIAGNÓSTICO 20DIAGNÓSTICO 20
ANÁLISE ANÁLISE CAPILAR CAPILAR 2121
ELETROTERAPIA ELETROTERAPIA APLICADA APLICADA À À ANÁLISE ANÁLISE CAPILAR CAPILAR 2525
VIAS VIAS DE DE PENETRAÇÃO PENETRAÇÃO COSMÉTICA COSMÉTICA X PERMEABILIDADE X PERMEABILIDADE CUTÂNEA CUTÂNEA 2626
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO À À COSMETOLOGIA COSMETOLOGIA CAPILAR CAPILAR 2727
NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO x x HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO CAPILAR CAPILAR 2929
COSMETOLOGIA COSMETOLOGIA APLICADA APLICADA À À QUÍMICA QUÍMICA CAPILAR CAPILAR 3232
Coloração Coloração X X Descoloração Descoloração 3232
Degradação Degradação da da dinâmica dinâmica capilar capilar 3232
Componentes Componentes e tipos de e tipos de colorações: colorações: 3333
DECAPAGEM DECAPAGEM x x DESCOLORAÇÃO DESCOLORAÇÃO 3434
Mecanismo Mecanismo de de ação:contra-indicações ação:contra-indicações 3535
COSMETOLOGIA COSMETOLOGIA APLICADA APLICADA Á Á QUÍMICA QUÍMICA CAPILAR CAPILAR 3636
Estruturas Estruturas formadoras formadoras do do complexo complexo piloso piloso 88
HISTOLOGIA CAPILARHISTOLOGIA CAPILAR – – ESTRUTURA ESTRUTURA ANATÔMICA ANATÔMICA CAPILAR CAPILAR 99
Potencial Potencial Hidrogeniônico Hidrogeniônico ( ( pH) pH) 99
Ciclo Ciclo biológico biológico capilar capilar 1010
Fatores Fatores determinantes determinantes no no ciclo ciclo capilar capilar 1111
Composição Composição química química capilar capilar 1212
Fatores Fatores nutricionais nutricionais do do pigmento pigmento melânico: melânico: 1414
Grisalhamento dos cabelos senisGrisalhamento dos cabelos senis – – Canície 14Canície 14
TIPOS TIPOS DE DE CABELO CABELO 1616
Tipos Tipos (étnicos (étnicos ) ) raciais raciais de de cabelos: cabelos: 1616
Características Características dos dos cabelos cabelos 1616
DISTÚRBIOS DISTÚRBIOS DO DO COURO COURO CABELUDO CABELUDO E E DOS DOS CABELOS CABELOS 1717
TRICOSES TRICOSES OU OU AFECÇÕES AFECÇÕES DOS DOS PÊLOS PÊLOS 1818
TIPOS DE TIPOS DE ALOPECIAS: ALOPECIAS: 1919
DIAGNÓSTICO 20DIAGNÓSTICO 20
ANÁLISE ANÁLISE CAPILAR CAPILAR 2121
ELETROTERAPIA ELETROTERAPIA APLICADA APLICADA À À ANÁLISE ANÁLISE CAPILAR CAPILAR 2525
VIAS VIAS DE DE PENETRAÇÃO PENETRAÇÃO COSMÉTICA COSMÉTICA X PERMEABILIDADE X PERMEABILIDADE CUTÂNEA CUTÂNEA 2626
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO À À COSMETOLOGIA COSMETOLOGIA CAPILAR CAPILAR 2727
NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO x x HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO CAPILAR CAPILAR 2929
COSMETOLOGIA COSMETOLOGIA APLICADA APLICADA À À QUÍMICA QUÍMICA CAPILAR CAPILAR 3232
Coloração Coloração X X Descoloração Descoloração 3232
Degradação Degradação da da dinâmica dinâmica capilar capilar 3232
Componentes Componentes e tipos de e tipos de colorações: colorações: 3333
DECAPAGEM DECAPAGEM x x DESCOLORAÇÃO DESCOLORAÇÃO 3434
Mecanismo Mecanismo de de ação:contra-indicações ação:contra-indicações 3535
COSMETOLOGIA COSMETOLOGIA APLICADA APLICADA Á Á QUÍMICA QUÍMICA CAPILAR CAPILAR 3636
Ativos Ativos utilizados utilizados para para deformação deformação da da haste haste capilar capilar 3737
PROCEDIMENTOS PROCEDIMENTOS COSMÉTICOS COSMÉTICOS CAPILARES CAPILARES 3838
ESTUDO DIRIGIDO.......................................................................................................51ESTUDO DIRIGIDO.......................................................................................................51
513REFERÊNCIAS 513REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIBLIOGRÁFICAS 5454
MASSOFILAXIA CAPILAR.........................................................................................554MASSOFILAXIA CAPILAR.........................................................................................554
INTRODUÇÃO: A PSICOSSOCIOLOGIA CAPILARINTRODUÇÃO: A PSICOSSOCIOLOGIA CAPILAR
Associada aos conceitos de força, poder e sensualidade, a importância dos cabelos há muitoAssociada aos conceitos de força, poder e sensualidade, a importância dos cabelos há muito
tempo tem o seu merecido reconhecimento na tempo tem o seu merecido reconhecimento na literatura antropológica e psiquiátrica.literatura antropológica e psiquiátrica.
Os parâmetros de beleza atuais exigem Os parâmetros de beleza atuais exigem uma preocupação constante fazendo com que auma preocupação constante fazendo com que a
valorização do externo seja um reflexo interior. E os cabelos, por se encontrarem na área devalorização do externo seja um reflexo interior. E os cabelos, por se encontrarem na área de
maior destaque no corpo humano, são maior destaque no corpo humano, são elementos fundamentais na composição da Imagemelementos fundamentais na composição da Imagem
Corporal. E esta estilização é psicológica Corporal. E esta estilização é psicológica e extremamente relee extremamente relevante pois é fator detervante pois é fator determinanteminante
como moldura do rosto nos estereótipos em voga da Imagem pessoal e os principaiscomo moldura do rosto nos estereótipos em voga da Imagem pessoal e os principais
elementos sujeitos às transformações visuais sejam elas relacionadas á mudanças na elementos sujeitos às transformações visuais sejam elas relacionadas á mudanças na coloraçãocoloração
natural como na modificação estrutural.natural como na modificação estrutural.
A constante evolução da A constante evolução da ciência reflete-se em todas as áreas do ciência reflete-se em todas as áreas do conhecimento humano, nãoconhecimento humano, não
só no sentido de misó no sentido de minorar cada vez mais os efeitos adversos do norar cada vez mais os efeitos adversos do tempo, os transtornostempo, os transtornos
inestéticos, como também atuar de modo relevante nas inestéticos, como também atuar de modo relevante nas interferências psicossomáticas einterferências psicossomáticas e
sociais. Esta evolução também permitiu o sociais. Esta evolução também permitiu o aparecimento de diversas especialidades voltadasaparecimento de diversas especialidades voltadas
para a abordagem estética multidisciplinar aonde a relação com a ciência vaisepara a abordagem estética multidisciplinar aonde a relação com a ciência vai se
complexificando, legitimando a preocupação com a estética que sai da marginalidade históricacomplexificando, legitimando a preocupação com a estética que sai da marginalidade histórica
tornando-se um importante aliado na saúde integral do ser humano. Pois segundo atornando-se um importante aliado na saúde integral do ser humano. Pois segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS) a definição de saúde é o bem estar biopsíquico e socialOrganização Mundial da Saúde (OMS) a definição de saúde é o bem estar biopsíquico e social
do indivíduo. Promover saúde é portanto do indivíduo. Promover saúde é portanto possibilitar às pessoas que vivam, amem, trabalhem,possibilitar às pessoas que vivam, amem, trabalhem,
se relacionem etc...desenvolvendo ao máximo o seu potencial.se relacionem etc...desenvolvendo ao máximo o seu potencial.
Desde uma das literaturas mais antigasDesde uma das literaturas mais antigas – –um best seller-a Bíblia Sagrada, no um best seller-a Bíblia Sagrada, no Livro de Juízes,Livro de Juízes,
Sansão consagra à Deus os seus cabelos, onde residia sua força física; e em todos os tempos daSansão consagra à Deus os seus cabelos, onde residia sua força física; e em todos os tempos da
história humana teve grande significado história humana teve grande significado seja no aspecto comportamental, sendo a suaseja no aspecto comportamental, sendo a sua
aparência ou ausência, causa de aparência ou ausência, causa de complexos e tristezas.complexos e tristezas.
Na Tricologia, área que estuda os cabelos, para que existam alterações psicológicas não éNa Tricologia, área que estuda os cabelos, para que existam alterações psicológicas não é
necessária a instalação de uma necessária a instalação de uma doença, e em muitas pessoas que têem ou doença, e em muitas pessoas que têem ou tiveram problemastiveram problemas
com os seus cabelos, isto de alguma forma deve tê-las afetado, pois apesar de não possuir
função vital eles tem uma forte influência psicossocial (MACHADO, 2004).
TRICOLOGIA
Tricologia (do grego trichos- cabelos e logos – estudo) , é o campo da Medicina que trata
exatamente do estudo do cabelo – seus distúrbios e patologias, incluindo conhecimentos de
Clínica Médica, Dermatologia, Endocrinologia e Psiquiatria.
É de suma importância para a efetivação dos tratamentos capilares e para os processos
químicos.
Terapeuta Capilar ou Tricoterapeuta – Habilidades e competências:
Como parte integrante da equipe multidisciplinar tem como atribuições e responsabilidades
específicas da área de Estética, trabalhando em sinergia visando o esforço conjugado dos
profissionais da área, na obtenção de excelência
dos resultados devendo orientar os clientes sobre :
• O estado geral de seus cabelos e do seu couro cabeludo;
• As necessidades de hidratação para recuperação de fios e pontas ressecadas;
• Os procedimentos estéticos profiláticos para controle: da oleosidade excessiva do couro
cabeludo, caspa, seborréia e alopecias.
Nestas alterações fisiológicas quando não existirem nenhum tipo de lesão cutânea, nem
exigirem o uso de princípios ativos medicamentosos que exijam uma formação de Clínica
Dermatológica, o profissional da área de Estética pode atuar nesses casos onde for suficiente a
profilaxia secundária, sabendo desta forma discernir os seus limites de atuação, trabalhando
de forma multidisciplinar, evitando a intervenção nos quadros clínicos inflamatórios como:
calor, dor, edema
e rubor.
Nos casos das alterações patológicas, devem ser tratadas por médicos dermatologista ou
neurologistas, pois podem ter sua origem em vários fatores como: desequilíbrio hormonal,
menopausa, bactérias, fungos, disfunção metabólica, desequilíbrio nervoso etc.
ASPECTOS ANATOMO-FISIOLÓGICOS
A fim de compreendermos a Tricologia, será de suma importância que analisemos a
anatomia e fisiologia do folículo pilossebáceo, que é uma estrutura complexa e de onde se
originam os pêlos.
Com exceção das palmas das mãos, planta dos pés, glande, debaixo das unhas e nos
pequenos lábios vaginais, possuímos cerca de 5 milhões de folículos pilossebáceos espalhados
pelo nosso corpo.
Embriológicamente, o processo de surgimento do folículo piloso acontece pela
invaginação das células que vêm da epiderme e entram na derme. Os cabelos crescem dos
folículos, que são invaginados do epitélio superficial e cada um deles tem na sua base uma
pequena área de derme conhecida como papila dérmica.
Os pêlos se desenvolvem nos folículos pilosos e já são determinados durante os primeiros
meses da vida intra-uterina e será esta a quantidade que terá durante toda a sua vida, pois a
partir do quinto ou sexto mês não há mais formação de novos folículos.
Pêlos
Os pêlos são estruturas filiformes, constituídas por células queratinizadas produzidas pelos
folículos pilosos. Os pêlos são estruturas muito resistentes, suportando tensões da ordem de
40 a 160g. São ainda flexíveis e elásticos, alongando-se 20 a 30% quando secos e até 100%
quando embebidos em água.
A Pele e os Anexos Cutâneos
É o maior órgão do corpo, responsável pela sua proteção, sensibilidade táctil e auxiliar no
controle térmico.
Possui uma camada externa – a epiderme – formada por queratina, uma proteína fibrosa,
insolúvel e o principal componente orgânico natural dos pêlos e unhas – e também pela
melanina que é responsável pela pigmentação cutânea.
E uma camada interna – a derme que contém:
• Os terminais nervosos;
• Os vasos sanguíneos;
• As glândulas sudoríparas que controlam a temperatura da pele;
• As glândulas sebáceas;
• Os músculos eretores do pêlo que pressionam as glândulas sebáceas à secretarem mais
substâncias para proteção da pele, entre outros.
FISIOLOGIA CAPILAR
O cabelo além de sua importância estética e de ter uma participação na sensibilidade táctil
e um papel primordial na atração sexual, tem papel funcional protegendo áreas orificiais,
narinas, conduto auditivo e nos, olhos e no couro cabeludo, protege das variações térmicas,
radiações solares e traumatismos e fazem parte do aparelho sensorial cutâneo.
Possuímos três regiões fisiológicas importantes para a área da estética capilar:
• Zona do cabelo permanente: nesta região não há um processo fisiológico natural, pois
compreende uma área dita morta, mas é aonde o profissional cabeleireiro irá desenvolver o
seu trabalho. É também a área que ao ser analisada revelará hábitos alimentares, de vida
cotidiana, higiênicos, além de patologias capilares (tricoptilose, triconodose, pediculose etc.),
psicológicas (tricotilomania, tricotilofagia) e existência de processos químicos.
• Zona de queratinização: é a área responsável pelo crescimento do cabelo próximo ao
bulbo onde as células ao atingirem esta área perdem água formando assim a queratina e
quando este processo se completa forma-se a haste capilar que é composta por células
mortas.
• Zona de diferenciação celular: é a área responsável pela renovação da haste, pela saúde e
vitalidade capilar, e que se for atingida por alguma patologia que possa prejudicar o
fornecimento de elementos nutritivos pela circulação sanguínea para a papila dérmica leva-se
à sua atrofia e impede-se a formação de uma nova haste capilar.
Tipos de Pêlos
Os tipos de pêlos são:
• Pêlo fetal ou lanugo: cobre todo o corpo do feto, pilosidade fina e clara;
• Pêlo velos: pequenos, finos, macios e recobrem todo o corpo com exceção das palmas das
mãos, planta dos pés, debaixo das unhas, glande e pequenos lábios vaginais;
• Pêlo cerdoso: mais ou menos ásperos, localizados nas sobrancelhas, cílios, condutos
auditivos e narinas;
• Pêlo terminal:pêlo espesso e pigmentado, com capacidade de crescimento, compreende
os cabelos, barba, pilosidade pubiana e axilar.
ESTRUTURAS FORMADORAS DO COMPLEXO PILOSO
Os pêlos compõem-se de uma parte livre, haste, e uma porção intradérmica, a raiz.
Anexam-se ao folículo piloso: a glândula sebácea, superiormente;o músculo eretor do pêlo,
inferiormente; e, em certas regiões corpóreas, o ducto excretor de uma glândula apócrina que
desemboca no folículo, acima da glândula sebácea.
O folículo piloso compreende as seguintes porções:
1. infundíbulo: situado entre o óstio e o ponto de inserção da glândula sebácea;
2. acrotríquio: porção intra-epidérmica do folículo;
3. istmo: entre a abertura da glândula sebácea no folículo e o ponto de inserção do músculo
eretor do pêlo; e
4. segmento inferior: porção restante, situada abaixo do músculo eretor.
Nesta porção mais inferior do folículo piloso, encontra-se uma expansão, o bulbo piloso que
contém a matriz do pêlo, onde se introduz a papila, uma pequena estrutura conjuntiva,
ricamente vascularizada e inervada.
De permeio às células matrizes, encontram-se melanócitos ativos. A maior parte da atividade
epiderme resultam em uma única linhagem de células, as células da matriz do pêlo são
capazes de produzir seis diferentes linhagens, as três camadas componentes da bainha
radicular interna e as três camadas do pêlo propriamente ditas. São elas:
• Bainha radicular interna;
• Camada de Henle: é a porção mais externa, a primeira a queratinizar-se e a proteção das
partes mais centrais;
• Camada de Huxley: formada por duas camadas de células que apresentam grânulos de
queratoialina; e
• Cutícula da bainha radicular interna: formada por uma única camada de células achatadas,
ligadas à cutícula do pêlo indo até o nível do ducto sebáceo. A partir daí o pêlo emerge para a
superfície. Estas camadas, após sua queratinização completa desintegram-se ao alcançar o
istmo e, neste mesmo nível, a bainha radicular externa inicia sua queratinização.
[pic]
HISTOLOGIA CAPILAR – ESTRUTURA ANATÔMICA CAPILAR
A haste capilar é constituída, histologicamente, por:
• Córtex: é composto de queratinócitos fortemente compactados,é uma camada
intermediária, responsável pela elasticidade, resistência e fixação dos pigmentos que dão cor
aos cabelos e onde o profissional irá introduzir uma pigmentação artificial;
• Medula: Situa-se na parte central da haste capilar por onde sobem os pigmentos naturais
e os lipídeos secretados pelas glândulas sebáceas, visível pela microscopia eletrônica.É a matriz
produtora do pigmento; e
• Cutícula: situa-se na periferia do córtex piloso, composta de células justapostas, fazendo
uma barreira protetora para a penetração de agentes químicos e responsável pela proteção,
brilho e porosidade capilar. Une-se fortemente com a cutícula da bainha radicular interna,
resultando firme adesão do pêlo.Ausência de melanina.
A haste capilar é um anexo cutâneo como as unhas e as glândulas sebáceas e sudoríparas.
Os seus principais componentes são as proteínas (65 à95%), a queratina, os pigmentos
melânicos, lipídeos, água e os elementos químicos (Enxofre, Carbono, Nitrogênio, Oxigênio,
Hidrogênio, Cobre).
Observe-se que para a aplicação de qualquer processo químico, não se pode esquecer dos
elementos constituintes da haste, como também deve-se respeitar o pH da haste.
[pic][pic]
POTENCIAL HIDROGENIÔNICO( pH)
O pH: é um padrão de medida que nos indica se o meio é Ácido, Neutro ou Básico
(Alcalino). É a relação que eu tenho entre o hidrogênio e determina a concentração de íons de
hidrogênio numa solução.
Onde:
• pH ácido: contém maior íons de Hidrogênio;
• pH Básico ou alcalino: contém menor quantidade de íons de Hidrogênio.
Para se conhecer o pH utilizamos uma escala que varia de Ø à 14.
Ø--------------------------------------------------7-------------------------------------- --------------14
ACIDO NEUTRO BÁSICO
A metade desta tabela equivale ao 7(sete), tido como pH Neutro, e isto não quer dizer que
seja melhor ou pior, pois cada parte do corpo tem seu pH ideal.
O pH capilar e do couro cabeludo gira em torno de 4,5 à 5. Tanto para a Cosmetologia
como para a Dermatologia, é primordial ter em conta as variações o pH cutâneo, pois pode ser
fundamental para a boa tolerância dos produtos cosmetológicos.
O pH natural para a queratina do cabelo, o que faz com que as cutículas fiquem planas e
alinhadas é em torno de 4 (condicionadores).
Quando utilizamos produtos de pH muito ácido(1,2) assim como produtos com pH muito
alcalino(acima de 10) ocorre um inchamento do cabelo, pois as cutículas se abrem. O córtex
fica mais exposto( menos protegido pelas cutículas) e dessa forma são efetuados os
alisamentos, permanentes e colorações.Quando ocorre este processo dizemos que aumentou
a porosidade do cabelo.
E quanto à porosidade capilar podemos encontrar:
• Cabelos porosos: cutículas abertas – absorção maior;
• Cabelos normais: cutículas semi-abertas – absorção seletiva; e
• Cabelos impermeáveis: cutículas fechadas – absorção dificultada.
CICLO BIOLÓGICO CAPILAR
Compreende as fases de crescimento da haste capilar, onde há três fases distintas que
podemos observar:
1. Anágena: caracterizada por intensa atividade mitótica, onde ocorre o crescimento que é
de cerca de 1 cm por mês .Esta fase dura de 3 a 6 anos e 85 à 90% dos cabelos estão nesta
fase,sendo mais longa no sexo feminino (hormonal);
2. Catágena: é uma fase de transição, nesta fase o cabelo pára de crescer, pois a papila
dérmica diminui sua atividade. O folículo sofre involução e a haste interna começa a deslocar
no sentido da epiderme.Esta fase dura cerca de 3 à 4 semanas,e cerca de 1 à 5% dos cabelos
estão nesta fase; e
3. Telógena: Nesta fase há uma desvinculação completa entre a papila dérmica e o pêlo em
eliminação não oferece resistência. Dura 3 a 4 meses e 10% estão nesta fase.
[pic]
Fases de crescimento
As fases ocorrem simultaneamente. Os pêlos das sobrancelhas crescem durante um ou dois
meses e, a seguir, seus folículos repousam no período de 3 a 4 meses. Os pêlos terminais do
corpo crescem 1 cm ou mais de comprimento e são trocados duas vezes por ano. A vida média
de um cabelo varia conforme sua localização:
• Axilas, 4 meses;
• Couro cabeludo; em média 4 anos. Cresce rapidamente dos 16 aos 45anos. Durante a
gravidez cresce normalmente. Após o parto, evolui com queda temporária, pois muitos fios
entram na fase telógena. Passado o puerpério, os cabelos voltam ao número normal uma vez
restabelecidas as funções hormonais.
Tricograma normal do couro cabeludo
Distribuídos nas várias fases, são encontrados:
• 85% na fase anágena;
• 14% na fase telógena;
• 1% na fase catágena.
Levando-se em conta que o couro cabeludo possui aproximadamente de 100 a 150 mil
folículos no couro cabeludo. Destes, de 10% à 20% encontram-se na fase telógena, ou seja,
queda fisiológica normal.Se a fase de repouso dura 4 meses ao dividirmos os 10 mil folículos
por mês, teremos 2.500 fios que divididos por dia darão uma queda de 80 à 100 fios diários, o
que corresponderia à uma queda fisiológica normal.
Fatores determinantes no ciclo capilar
Para que o ciclo capilar se desenvolva dentro da sua normalidade é importante a
dependência de alguns fatores internos como:
• Irrigação sanguínea do folículo piloso;
• Presença de doenças sistêmicas ou locais (alopecias,dermatite seborréica etc.);
• Uso de medicamentos;
• Fatores emocionais e psíquicos;
• Fatores externos como calor excessivo local, traumas mecânicos, exposição solar, água do
mar, frio, vento, poluição, agentes químicos e escovação entre outros;
• Equilíbrio hormonal (pode ser controlado pelos hormônios produzidos pela glândula
hipófise: hormônios tireotróficos: condicionam a atividade de glândulas endócrinas;
hormônios adrenocorticotróficos: que controlam as glândulas supra-renais). Os hormônios são
lançados no sangue e vão estimular o metabolismo orgânico. São responsáveis pelas
modificações, inclusive de tipo e textura do cabelo e pela transição de fases da vida como:
infância, puberdade e adolescência;
• Proteínas, tudo em nosso corpo depende de proteínas. Uma nutrição desequilibrada
compromete todo o sistema pilífero, já que os cabelos necessitam de muita proteína;
• Vitaminas,carência de vitamina do complexo B, levam à queda do cabelo; de vitamina C,
leva à fragilidade e escassez dos fios e de vitamina D, leva à falta de proteção do bulbo piloso;
e
• Minerais, a ausência de alguns minerais pode causar alterações no desenvolvimento
capilar. A deficiência de Cobre provoca alterações na coloração do cabelo, assim como a
deficiência de Ferro; deficiência de Zinco provoca fragilidade capilar e queda.
Composição química capilar
Proteínas: Estão envolvidas em aproximadamente todas as funções do corpo. Todas estas
funções requerem algum tipo de proteína específica que é feita de unidades chamadas
aminoácidos.
Aminoácidos: são unidades que formam as proteínas e atuam reparando as estruturas
danificadas dos cabelos e servem como nutrientes para a formação do fio. Os mais
importantes são:
• Cistina (forma estável de um aminoácido que contém enxof re);
• Cisteína (nutriente que combate o envelhecimento precoce cutâneo proporcionando
resistência e solidez ao cabelo);
• Metionina (dá condicionamento ao fio); e
• Arginina, Citronina e Filagrina (ligam as fibras de queratina).
1) Queratina:
É uma proteína fibrosa, insolúvel, e que faz parte de uma classe de proteínas estruturais
chamadas de filamentos intermediários que formam os componentes estruturais das células
de muitos tecidos, incluindo a epiderme, ductos sudoríparos, folículos pilosos etc., sendo o
principal componente orgânico natural do cabelo.
É composta por uma cadeia de 18 aminoácidos, interligados por Pontes de Hidrogênio,
Salinas e Dissulfeto.
A vitalidade e aparência dos cabelos dependem da integridade, teor de umidade e
distribuição de cargas elétricas alocadas ao longo das fibras queratinizadas.
A utilização de produtos que contém queratina auxiliam na restauração das regiões onde
houve rompimento da cadeia (causada por agentes agressores como tensoativos, poluentes,
alisantes, colorantes).
Há duas formas diferentes de queratina nos folículos pilosos:
• Queratina mole (beta): que cobre a pele como um todo e a medula dos pêlos.
• Queratina dura (alfa): contém mais cistina e ponte dissulfeto (enxofre).Somente existe no
córtex e cutícula dos pêlos e nas placas ungueais das unhas dos dedos das mãos e dos pés. A
queratina dura é sólida e não descama.
Desmembramento químico da queratina
- Enxofre (S) – 5% - Nitrogênio (N) – 20%
- Carbono (C) – 50% - Hidrogênio (H) + Oxigênio (O) = Água – 25%
O enxofre desempenha funções importantes:
• É fator de crescimento e amadurecimento, estabelecendo a resistência;
• Tem ação antiinfecciosa contra fungos e bactérias, anti-séptica e desintoxicante.
Cadeias queratínicas
São ligações dos elementos químicos da queratina chamadas ligações endotríquicas, existentes
no interior do cabelo, e que formam unidades chamadas pontes.
• pontes salinas: são ligações secundárias compostas de hidrogênio e sais. São
eletrostáticas, reagem com a umidade e podem ser abertas com água.
• pontes cistínicas: são ligações primárias compostas de blocos de proteína capilar que é a
cistina do aminoácido. Em cada ponte existem 2 átomos de enxofre que dão ao cabelo
estrutura e solidez e resistência aos processos químicos. Essas pontes são fortes e só podem
ser abertas por meios químicos. São elas que determinam a forma do cabelo (liso, ondulado
etc.)
Alguns processos químicos têm por objetivo romper as pontes cistínicas originais, mudando
assim a estrutura molecular do cabelo, fazendo uma outra estilização. Os processos de
relaxamento, alisamento e ondulação permanente são processos físico-químicos, cuja técnica
baseia-se na alcalinização prévia da queratina, transformando a molécula de queratina alfa em
queratina beta, mudando o estilo do cabelo.
Também na decorrência desses processos é que as pontes de dissulfeto (enxofre) sofrem a
transformação de cistina para cisteína, como aminoácido que se forma no cabelo, pela ação do
líquido redutor (líquido de permanente).
2) Pigmento melânico:
Tem por base um corpo fisiológico, que se chama melanina, produzida pelas células
melanogênicas e sintetizada pelos melanócitos, situada no bulbo piloso. A melanina é
incorporada ao córtex, produzindo a cor.
Pigmentação da haste capilar
A coloração da haste capilar é determinada geneticamente, levando-se em consideração a
homozigose e heterozigoze, esta característica é chamada de genótipo e não pode ser mudada
por nenhum tipo de tratamento estético ou médico.A aparência da haste é chamada de
Fenótipo, nem sempre o Genótipo é expresso em fenótipo.Quer dizer que às vezes temos a
capacidade de transmitir um tipo de informação para nossos filhos que não necessariamente
temos expressa.
A Melanina provém da oxidação da tirosina. É uma proteína composta de carbono (C) –
57%, nitrogênio (N) – 9%, hidrogênio (H) –4% e oxigênio (O) – 30%.
É um pigmento fotoprotetor que participa ativamente do mecanismo de absorção e reflexão
da luz solar. Atua como filtro, absorvendo a radiação solar transformando-a em calor. Ela
determina a cor da pele, dos olhos e dos cabelos.
Fatores nutricionais do pigmento melânico:
O processo de melanogênese sofre influência do estado nutricional. Com isso podemos
observar que:
• Metais o cobre (Cu) é fundamental para a atividade das enzimas que participam da
formação da melanina, e a sua deficiência provoca a perda da coloração;
• O ferro (Fe) provoca o clareamento do cabelo preto para castanho;
• Aminoácidos são necessários para a formação da tirosina e da tirosinase;
• Vitaminas componentes do complexo B (ácido pantotênico, paraminobenzóico e biotina)
quando deficientes levam à calvície. O ácido pantotênico é o principal vitamínico
antiacromotríquico. As deficiências das vitaminas A e C, levam a um aumento de pigmentação;
e
• fatores endócrinos influenciam na formação da melanina: - glândula hipófise: o MSH
(hormônio melanóforo) age diretamente sobre o melanócito; - glândula tireóide: a tiroxina
aumenta a oxidação da tirosina; -glândula supra-renais: entre os mais de 50 hormônios
produzidos, encontramos alguns que são importantes no processo de melanogênese; -
gônadas: produzem aumento de pigmentos.
Grisalhamento dos cabelos senis – Canície
O pigmento melânico determina as diversas tonalidades dos cabelos. A diferença da cor é
produzida por três tipos de pigmentos:
• Eumelanina: dá os tons do preto ao marrom, são pigmentos granulosos;
• Feomelanina: dá os tons do amarelo, e são pigmentos difusos.
• Oximelanina ou Tricosiderina: dá os tons vermelhos.
Embora os cabelos tenham muitas cores diferentes, somente três cores distintas podem ser
vistas ao microscópio: preto – castanho – amarelo e são controlados geneticamente como já
vimos anteriormente.
Na medida em que as pessoas envelhecem, a ausência de pigmentos, geram um
grisalhamento nos cabelos, e algumas teorias tentam explicar este fenômeno da CANÍCIE,
como se segue:
• Os cabelos brancos derivam da perturbação metabólica no nível da raiz, isto é, no bulbo
piloso, ocasionando uma falha dos melanócitos na matriz germinativa, de continuar formando
grânulos de pigmento, ou seja, é um processo de redução progressiva na função dos
melanócitos ,onde há a APOPTOSE = morte dos melanócitos;
• Os cabelos brancos surgem da formação de pequenas bolhas de ar no córtex e na medula
da haste pilosa;
• Associa-se com uma paralisação da atividade da tirosinase no bulbo piloso, uma vez que a
melanina que dá cor ao cabelo provém da oxidação da tirosina. Portanto, não havendo
oxidação da tirosina, não poderá haver pigmentação no cabelo;
• Os cabelos brancos surgem a partir da ação dos radicais livres, que são moléculas instáveis
de oxigênio produzidas pelo próprio organismo, e que são capazes de provocar danos
celulares, uma vez que os radicais livres formam na pele e cabelos o melano-dialdeído,
substância altamente tóxica que degrada as células, provocando o envelhecimento cutâneo e
o grisalhamento dos cabelos;
• O organismo possui defesas biológicas naturaiscapazes de combater a degradação
promovida pelos radicais livres, entretanto, elas se tornam menos eficazes com a idade, o
stress, a exposição solar e a poluição;
• Existem fatores que aceleram o processo de envelhecimento, como por exemplo, a
poluição ambiental, o desequilíbrio emocional, a predisposição genética, uma dieta
desequilibrada, a vida sedentária. Esses fatores contribuem para o aumento da produção de
radicais livres pelo organismo;
• A adrenalina é altamente oxidante e igualmente provoca o grisalhamento dos cabelos ou
canície.
3) Lipídeos: contém lipídeos internos e externos. Os externos são formados pela secreção
sebácea e os internos fazem parte da estrutura capilar.
4) Água: é um componente fundamental do cabelo e seu conteúdo aumenta de acordo com a
umidade relativa do ar.O cabelo molhado torna-se menos resistente e rompe-se com mais
facilidade. Todo processo químico pressupõe uma lavagem prévia, pois a água adicionada à
haste rompe as ligações de Hidrogênio e Salinas momentaneamente.
5) Minerais: são oligoelementos cuja quantidade é muito baixa, mas são de suma importância,
pois sua carência pode causar alterações de coloração (cobre, ferro) e provocar fragilidade e
queda capilar (Zinco) entre outros como Enxofre, Carbono, Hidrogênio e Oxigênio.
Características dos cabelos
Segundo o teor lipídico, os cabelos podem ser:
• Normais: tem aparência saudável, são cabelos brilhantes com viço, equilíbrio e volume
ideal. Não apresentam disfunções dos cabelos oleosos ou secos; encontramos em crianças (2%
da população);
• Oleosos: tem aparência pesada, com pouco volume, e brilhante decorrente do excesso de
oleosidade que geralmente é acompanhada por queda (10%);
• Secos: tem aparência volumosa, com haste ressecada, de toque áspero e desagradável,
podendo ser seco natural ou por excesso químico. (8%); e
• Mistos: é atualmente o tipo mais comum, devido as mudanças no visual, ativid ades diárias,
intempéries, excesso de químicas, em geral os fios são secos e a raiz oleosa pelo uso de
produtos inadequados. (80%).
TIPOS DE CABELO
Tipos (étnicos) raciais de cabelos:
A haste capilar pode possuir várias formas segundo o código genético de cada
indivíduo.Importante destacar que a curvatura, a textura e a cor dos cabelos são
características genéticas, e não mudam aleatoriamente, a não ser através de técnicas e
processos químicos.
Quanto à forma temos três tipos principais de curvatura:
• Mongólico – liso (lisótrico)= orientais, asiáticos, esquimós, índios americanos. Têm
estrutura grossa e são resistentes, porém rebeldes aos trabalhos de coloração e descoloração.
Ao corte transversal, são cilíndricos.
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• Caucasóide – ondulado (sinótrico)= vários grupos étnicos, principalmente na raça
européia. São resistentes e bons para trabalhos capilares. O corte transversal é oval.
[pic][pic]
• Negróide – crespo (ulótrico/afro)= é o cabelo característico de quase todas as raças negras.
São mais sensíveis, mais frágeis, pouco resistentes e rompem com facilidade. Exigem cuidados
especiais e produtos específicos de tratamento. Geralmente são ressecados e não suportam
química muito forte. É preciso atenção redobrada para lidar com eles. É neste grupo que estão
os cabelos dos brasileiros, já que o Brasil é uma nação miscigenada. Há uma predominância de
65% da população, onde 48% de raça negra. Seu corte transversal é elíptico ou helicoidal.
[pic][pic]
Obs.: É importante lembrar, que estas designações : mongólicos, caucasóides e negróides,
não significam necessariamente que o indivíduo deva ser oriental, branco ou negro, pois no
Brasil devido à miscigenação destas raças, podemos encontrar pessoas claras com hastes de
curvatura acentuada ou pessoas de pele negra e hastes capilares não necessariamente
negróides.
DISTÚRBIOS DO COURO CABELUDO E DOS CABELOS
Doenças papulo-escamosas que afetam o couro cabeludo e os pêlos:
1) Psoríase: Ocorre devido à maior velocidade do ciclo evolutivo dos ceratinócitos. São placas
e pápulas vermelhas com escamas brancoprateadas, margens nítidas podendo ser localizada
ou generalizada. Pode afetar unhas, couro cabeludo, mãos e pés, às vezes apresenta prurido;
36% têm a predisposição genética. Doença autoimune, também relacionada ao emocional;
2) Dermatite Seborreica: São escamas gordurosas e eritematosas do couro cabeludo, orelhas e
face. Há prurido e pode apresentar sangramento na remoção das crostas;
3) Dermatofitoses: Na pele, geralmente são anulares, com escamas eritematosas; as unhas
apresentam-se distróficas e espessadas, virilhas também são afetadas. Áreas arredondadas de
alopécia podem acontecer no couro cabeludo principalmente em crianças.
Tipos de tinhas do couro cabeludo:
1) T. Tricofítica: pequenas áreas de pêlos tonsurados. O cabelo volta ao normal com o
tratamento;
2) T. Favosa: promove alopécia definitiva;
3) T. Tonsuram: lesões de foliculite com túneis intercomunicando abcessos. Também pode ter
o Estafilococos como agentes; e
4) Quérion: dermatofitose inflamatória aguda, com intensa supuração e cura espontânea. Às
vezes faz alopécia cicatricial.
Distúrbios da pigmentação:
1) Albinismo: a pele e os cabelos são hipo ou despigmentados. Também afeta os olhos. É uma
alteração congênita; e
2) Vitiligo: áreas redondas ou ovais, despigmentadas que podem afetar qualquer área do
corpo.
Lesões pruriginosas:
1) Pediculose da cabeça: Causada pelo Pediculus Humanus (piolho) que parasita o cabelo e o
couro cabeludo. Devido à coceira, provoca escoriações levando à infecção estafilocócica.
Existem pápulas e escoriações no couro cabeludo. As lêndeas são encontradas principalmente
nas áreas retroauriculares e occipitais. Ainda podemos encontrar a pediculose corporal e a
pubiana. As lêndeas devem ser diferenciadas da Piedra branca, que é uma dermatofitose que
acomete somente os fios.
2) Ptiriase capitis simplex: É a “caspa seca”, com prurido e pequenas escamas brancas
dispersas pelo couro cabeludo. Pode resultar de uma circulação deficiente, falta de estímulo
nervoso, dieta inadequada, distúrbios emocionais e glandulares e falta de asseio. É a fase
inicial da dermatite seborréica.
3) Ptiríase capitis esteatóide:Formam-se escamas que se unem ao sebo ficando grudadas no
couro cabeludo, provocando prurido. E por estarem aderidas, sangram ao se soltar, podendo
ainda originar mais sebo. Caracteriza a dermatite seborréica onde há a hiperproliferação
epidérmica com eventual participação do Pytirosporum ovale.
TRICOSES OU AFECÇÕES DOS PÊLOS
Distúrbios do crescimento dos cabelos:
As alterações que atingem os anexos cutâneos são numerosas e, às vezes, de diagnóstico e
terapêutica complexos. Podem ser divididas em:
1) Primárias – quando se originam no próprio cabelo ou pêlo; e
2) Secundárias – quando a afecção inicial é de outra estrutura da pele, como vasos ou
glândulas sebáceas ou de órgãos internos.
Tricoses com aumento do número de pêlos ou hipertricose:
É o aumento do número de cabelos, que pode ser:
1) congênito: alteração que pode atingir o tegumento de forma difusa,com pelos tipo
lanugem , o chamado “homem lobo”; e
2) Hirsutismo ou hipertricose adquirida: É o crescimento excessivo de pêlos terminais que
tornam-se ásperos e pretos nas áreas andrógeno  –dependentes. Pode indicar neoplasias,
endocrinopatias, reações medicamentosas ou variações funcionais subjacentes.
1.
Tricoses com diminuição do número de cabelos ou alopecias:
As alopecias mostram redução ou ausência de cabelos e podem ser:
1) congênitas: não são muito freqüentes e já visualizadas ao nascimento, podendo ser
parciais ou raramente difusas.
2) adquiridas: ocorrem em porcentagem bastante superior e são comumente divididas em
alopecias cicatriciais e não cicatriciais.
TIPOS DE ALOPECIAS:
1 Alopecia androgênica :
Sinonímia = alopecia androgênica na mulher, calvície comum, alopecia padrão masculino,
alopecia androgênica padrão feminino, alopecia difusa crômica, alopecia difusa feminina,
calvície clássica,alopecia androgênica e alopecia seborréica.
Padrões básicos:
a) androgênica clássica ou hipocrática: inicia-se pelas regiões fronto-laterais e vértex do couro
cabeludo, eventualmente com apenas uma retração em toda a região frontal ou apenas no
vértex. Na maioria dos casos evolui ora lentamente, ou de forma acelerada levando á uma
perda importante decabelos no alto do couro cabeludo. Nesta forma existe uma telogeinização
interna, os cabelos são pequenos, finos e em flâmula na área central de início do processo,
vértex ou regiões fronto-laterais, o nº de telógenos pode chegar à 100%. No início do quadro
as alterações são qualitativas, e em casos avançados observamos alterações quantitativas.
Acomete principalmente os homens.
b) alopecia androgenética difusa: se manifesta difusamente no alto do couro cabeludo. Os
cabelos estão normais ou discretamente afinados. Não existe diminuição no tamanho final dos
cabelos, ou seja, a fase anágena continua normal, sem haver telogeinização, e sim o
aparecimento de cabelos distróficos. Existe uma perda quantitativa dos cabelos. Acometem os
homens em 38,1% e mulheres em 96,5% dos casos estudados.
c) alopécia androgenética mista: ocorre pequeno número de telogeinização, discreta distrofia,
o que determina de imediato alterações quantitativas e qualitativas. Acomete mais os homens
e em menor proporção nas mulheres.
2 Alopecia areata:
São áreas circulares de alopecia não inflamatória e não cicatricial. Encontramos cabelos em
ponto de exclamação na margem de expansão. Pode afetar qualquer superfície pilosa. Muitas
vezes se associa á auto-imunes,inclusive da tireóide.A evolução pode seguir diferentes rumos:
regressão após longa evolução, podendo recidivas;
• alopecia total: perda total dos cabelos no couro cabeludo; e
• alopecia universal: perda total dos pêlos corporais.
3 Tricotilomania:
Apresenta placas irregulares de alopecia de formas bizarras, onde os fios apresentam
comprimentos diferentes, geralmente são não cicatriciais.Geralmente reflete uma reação à
estresse intenso e/ou distúrbio psicológico subjacente.
4. Eflúvio telógeno:
É uma queda difusa e não cicatricial. Os cabelos se desprendem e apresentam bulbos não
pigmentados. Essa perda é temporária, e geralmente ocorre cerca de 3 meses após um trauma
constitucional, podendo curar espontaneamente.
5. Alopecias associadas à outras doenças:
a) no hipertireoidismo notamos rarefação difusa dos cabelos, e no hipotireoidismo os cabelos
estão secos, ásperos e quebradiços com alopecias em placa ou difusa. Ambos são não
cicatriciais;
b) secundárias ás doenças metastásicas: São áreas em placas, com alopecias cicatriciais que
podem se tornar esclerosadas;
c) o lúpus eritematoso crônico desenvolve placas cicatriciais de alopecia, com margens
hiperpigmentadas, eritematosas e com cicatriz hipopigmentada central na posterior resolução.
Na forma sistêmica desenvolve áreas difusas com placas não cicatriciais de alopecia ou de
rarefação, com um leve eritema;
d) pseudopelada :é uma alopecia cicatricial em placas redondas ou ovais, com perda das
estruturas foliculares normais e ausência de inflamação.Há eritema e inflamação na região ao
redor do folículo (perifolicular).Apresenta evolução recalcitrante, e antes de curar, após anos,
pode deixar alopecia cicatricial; e
e) alopecia traumática: é cicatricial e geralmente provocada por trauma físico, podendo ser
eles:
• tração: acometendo principalmente a parte frontal e margens temporais do couro
cabeludo;
• pelo uso do pente quente: principalmente na área da coroa.
ALOPECIA: é um conjunto de desordens que envolvem o estado de falta de cabelos ou pelos
Androgenética
[pic]
[pic]
Difusa
[pic]
Areata
[pic][pic]
Cicatricial
[pic]
Traumática - Tração
[pic]
Totalis
[pic] [pic]
Universal
[pic]
Tricotilomania
[pic] [pic]
DIAGNÓSTICO
É fundamental uma história detalhada sobre como começou a doença, forma de evolução,
estresse físico ou emocional, saúde do paciente, uso de drogas, casos familiares etc. O exame
físico deve incluir a pele, couro cabeludo e cabelos.
EXAMES COMPLEMENTARES
1) Tricograma: analisa o ciclo biológico dos cabelos, determinando em que fase eles estão
num determinado momento, e se existe alguma alteração na morfologia. Podemos analisar os
cabelos que caem espontaneamente ou extraídos sob tração.
2) Para medir a quantidade de cabelos por área usamos um marcador quadrado tipo “punch”
com 0,5 cm de lado, que demarca no couro cabeludo uma área em que os cabelos são
contados com um dermatoscópio;
3) Com um pequeno cartão de papel como fundo, podemos avaliar pequenos cabelos que
estão nascendo ou já estão em seus limites de crescimento, porém, muito curtos como
acontece na alopecia androgênica.
4) Na 1ª consulta cortar um pequeno chumaço de cabelos junto à região da interseção do
plano sagital com a linha que une as duas orelhas. Prender esse chumaço na ficha do paciente
e em consultas futuras, colher cabelos do mesmo local e fazer comparações.
5) Do mesmo modo os cabelos podem ser tracionados e avaliados com o (microvisor ótico)
viewmaster desde o bulbo até as pontas.
6) A avaliação médica é recomendada em todos os casos, onde o profissional estará
solicitando exames laboratoriais para avaliar o perfil hormonal, existência de anemias, doenças
autoimunes e muito mais, podendo ainda recorrer à biópsia com análise histopatológica.
ANÁLISE CAPILAR
O cabelo deixa de ter o seu estado e forma normal por razões diversas e muitas vezes ele surge
no exterior com irregularidades, e que poucas vezes são causadas por fatores internos.Na
maioria das vezes são causados por agentes externos químicos ou mecânicos. Numa análise
capilar o profissional deve levar em conta:
• Comprimento: cabelos compridos possuem ressecamento maior que os curtos; processos
químicos presentes, porosidade capilar, espessura do fio, características e curvaturas étnicas,
brilho da haste capilar, volume,elasticidade e resistência etc.
Em uma análise capilar estaremos considerando os seguintes aspectos:
1) Alterações do crescimento:
a) Eflúvio: é a queda do pêlo, e o forte eflúvio caracteriza a alopecia. Na alopecia notamos que
falta uma mecha, que com o crescimento do pêlo dá lugar a um pêlo vellus;
b) Hipertricose: não há nova formação de folículos, e sim uma transformação do pêlo vellus
delicado em pêlo terminal, ou formação de lanugem ou vellus em grande número (hipertricose
lanuginosa)
2) Alterações quanto ao número de folículos:
a) atriquia: não existem folículos;
b) hipotriquia: número reduzido de folículos
3) Alterações da cor:
a) ausência de pigmento: albinismo
4) Alterações na forma e aspecto:
a) Do Bulbo:
• Bulbo sadio: forma regular, com contornos nítidos. Se relaciona corretamente com o fio
sadio. Quantidade normal de sebo;
• Bulbo seborréico: couro cabeludo oleoso com hipersecreção de sebo que se solidifica na
raiz e sufoca o bulbo. Há falta de oxigenação e queda;
• Bulbo oleoso: as glândulas sudoríparas produzem suor em excesso, misturando-se ao sebo,
causando asfixia e oleosidade no cabelo;
• Bulbo mal nutrido: (recurvo). A raiz não recebe nutrição correta e tende a ser anêmica.
Falta de hidratação;
• Bulbo atrófico: uma raiz de transparência disforme e fina é indício de uma anomalia
(alopécia areata). Cabelos geralmente secos;
• Bulbo residual: acúmulo de produtos na base da raiz provoca tampões que impedem o
crescimento do cabelo e geram queda;
• Bulbo com explosão química: provocado pelo uso inadequado de químicas incompatíveis,
tinturas e alisantes. O cabelo fragilizado se parte na base da raiz; e
• Bulbo mal nutrido (anêmico): a papila pilosa não é estimulada e a circulação sangüínea é
insuficiente.
b) Fios: Análise geral:
• Sadios: diâmetro regular e coloração uniforme, aspecto brilhante e saudável;
• Desvitalizados: geralmente desidratado, pontas duplas, excesso de químicas etc.;
• Desidratado: anêmico, devido ao excesso de exposição ao sol ou à secagemmuito
prolongada e sucessiva;
• Fendido: ou com várias pontas, causado pelo excesso de ressecamento. O objetivo do
tratamento é fazer o cabelo voltar ao normal com um creme nutritivo;
• Arrebentado: o uso de um permanente muito forte torna o fio achatado, com o canal
medular fechado e o cabelo fragmenta-se, também por excesso de tração;
• Descolorido e colorido: o cabelo que sofre excesso de descolorações ou, é colorido com
freqüência fica fragilizado, desbotado e partindo-se;
• Medula irregular: aparência pontilhada tornando o fio enfraquecido pela falta de
transporte de nutrientes;
• Acúmulo de resíduos: fios impregnados com gel, cremes, condicionadores e outros,
tornam os cabelos pesados e sem movimento;
• Fios desfibrados: desprovidos de hidratação, nutrição e proteção solar; e
• Cabelo crespo e poroso: escamas com cutículas abertas. O cabelo retém umidade e fica
pesado com volume excessivo.
c) Pontas:
• Duplas: apresenta bifurcações (tricoptilose);
• Desfibradas: cabelos fragmentados, com espessura irregular;
• Cabelo traumatizado: secagem excessiva (secador) que leva à desidratação e eletriza o
cabelo, provocando a perda da elasticidade dos fios (tricorrexe); e
• Trincadas: o bulbo mal nutrido não transporta as vitaminas até as pontas, que se partem
(Tricoclasie traumática).
d) Couro cabeludo:
• Oleoso: aspecto brilhante, com crostas amiantáceas, queda etc.; e
• Seco: aspecto desidratado, descamações secas etc.
5) Alterações por doenças infecciosas:
• Furúnculo, impetigo, foliculite decalvante, sicose ou foliculite da barba, dermatofitoses.
6) Alterações na formação dos pêlos:
• Moniletrix (cabelos em contas de rosário): os cabelos apresentam variação regular na
espessura, adquirindo a aparência de nodosidades; são faci lmente quebráveis e de
transmissão autossômica dominante. Há uma alopécia parcial com ceratose pilar.
• Trichorrhexis nodosa: os cabelos apresentam nódulos por haver uma dissociação
longitudinal de fibras; é como se houvesse o engavetamento de duas escovas; em geral, os
cabelos rompem-se nesse nível. Parece ser de natureza traumática;
• Pilli Torti: afecção congênita caracterizada por pêlos espiralados, secos e quebradiços, cuja
localização mais freqüente é o couro cabeludo. É a anormalidade de pêlo encontrada mais
amiúde na Síndrome de Menkes;
• Pilli Bifurcatti: Trata-se de cabelo com uma fenda longitudinal circunscrita, de modo a dar
o aspecto de uma bifurcação;
• Pilli anulatti : (cabelo em anéis), apresenta faixa anulares alternantes, de coloração mais
intensa e menos intensa (cavidades com ar);
• Pilli multigeminni: Caracteriza-se pela presença de vários pêlos saindo de um único
aparelho pilossebáceo;
• Kinking hair (cabelo enroscado): O cabelo aparentemente normal na extremidade
terminal, é enroscado e de coloração diferente.
• Pseudofoliculite (cabelos encravados): Os cabelos, após surgirem à superfície, encurvam-se
e encravam-se na pele, o que provoca um aspecto de foliculite; na realidade é uma
pseudofoliculite, cuja localização mais usual é na região da barba e na raiz das coxas de
mulheres (depilação frequente);
• Trichostasis spinulosa: Trata-se de um feixe de pêlos moles com 2-3 mm de projeção para
fora, simulando uma rolha córnea; ocorre em velhos e parece ser devido á retenção de pêlos
telógenos originários de uma mesma matriz pilosa.
• Trichoptilosis: o pêlo parte-se espontaneamente e as pontas apresentam-se com
filamentos de tamanhos diversos como uma pena de ave;
[pic] Tricoptilose
[pic] [pic] Triconodose
[pic] [pic] Tricorrexis Nodosa
DIAGNÓSTICO
Avaliação e tratamento
Imprescindível para um bom diagnóstico o levantamento histórico do cliente, através de uma
ficha de anamnese (an=não, amnese=esquecer), para coletar dados de higiene, cosméticos e
medicamentos em uso, antecedentes genéticos, como cuida de seus cabelos e do couro
cabeludo, que tipo de preocupações tem, se está passando por algum estresse emocional e
qual a queixa principal.
A análise capilar poderá determinar que tipo de tratamento utilizar, bem como os cuidados e
as recomendações para manutenção em casa. Também é importante investigar as contra-
indicações ao tratamento como: eczemas, pruridos, escoriações, pediculoses, quadro de
hipersensibilidade, inflamatórios e infecciosos, delegando com indicação ao médico quando
não for de sua competência ou em conjunto com a equipe multidisciplinar.
ELETROTERAPIA APLICADA À ANÁLISE CAPILAR
• Lãmpada de Wood: para análise capilar do couro cabeludo, pele, haste.– emite radiação
obtida após emissão da luz negra UV.É importante no diagnóstico de afecções no couro
cabeludo pois visualiza corpos fluorescentes. Na anamnese é um valioso auxiliar onde : define
lesões epidérmicas, diagnóstico de micoses, evidencia os cabelos desidratados( adquirem
fluorescência esverdeada), seborréia ( fluorescência alaranjada), câncer de pele,etc.Deve ser
feita em local escuro e não deve ser dirigida aos olhos sem proteção.
• Microvisor óptico: análise da raiz, fios e pontas dos cabelos.(120x).Sendo possível detectar:
seborréia, pontas duplas(tricoptilose), triconodoses(nós nos cabelos),interrupção
medular,atrofia,desnutrição do bulbo,etc.
[pic]
• Vídeocâmera digital: análise de alta precisão (250x) de cabelo e pele.Propicia além da
análise dos fios e pontas dos cabelos,a visualização do couro cabeludo, a presença de
seborréia, áreas sensíveis e de alopecia(queda ),crostas, escamações, etc.
• Lupa. : Aparelho que permite um exame mais preciso da superfície cutânea, pois
proporciona uma imagem mais nítida devido a uma lente convexa de aumento.
VIAS DE PENETRAÇÃO COSMÉTICA
• Transfolicular, através das paredes foliculares;
• glândulas sudoríparas;através dos poros;
• glândulas sebáceas; através dos óstios;
• Intercelular, através das ceramidas (subs.intercelulares); e
• Transcelular, através das membranas das células.
GRAUS DE PERMEABILIDADE CUTÂNEA
• Permeação: penetração superficial epidérmica;
• Penetração: Fenômeno de profundidade.Introdução de cosméticos na pele, que entram
em contato com células vivas, via preferencial,anexial ou transanexial; e
• Absorção: passagem de uma substância através da epiderme até a corrente sanguínea e
linfática, de onde será transportada aos distintos órgãos, de acordo com suas afinidades.
INTRODUÇÃO À COSMETOLOGIA CAPILAR
Os cosméticos são formulações elaboradas com a finalidade de uso tópico com funções de:
• Higienização: eliminam sujidades da superfície cutânea. Ex.: xampus,sabonetes etc.
• Proteção e conservação: manutenção das características cutâneas. Ex.: filtros solares,
hidratantes etc.
• Correção: corrigem disfunções cutâneas. Ex.:seborreguladores,
depilatórios,despigmentantes etc.
• Decoração : realçam a beleza. Ex.: colorações, maquiagem, fixadores etc.
Quando utilizados adequadamente sobre a pele sadia, assim como nos cabelos, proporcionam
resultados satisfatórios não interferindo nos processos normais do metabolismo celular e sim
colaborando para que estes ocorram de forma a melhorar satisfatoriamente a qualidade da
pele, seus anexos e dos cabelos.
Formulaçâo cosmética
Para a formulação de um cosmético é necessária muita pesquisa e estudo:
• anatomia e fisiologia capilar,
• incompatibilidade físico-química entre os princípiosativos e o veículo,
• estabilidade farmacotécnica da formulação,microbiologia,biotecnologia, etc.
A formulação de um cosmético envolve partes fundamentais como:
• Veículos ou excipiente, princípio ativo, aditivos etc. E cada uma dessas partes pode ser
compostas por uma ou mais substâncias que compõem cada grupo;
• Veículos cosméticos: composto por duas ou mais substâncias cuja finalidade é dar forma
ao cosmético. Podem ser: emulsões (cremes, leites, loções cremosas); géis (gel aquoso, gel
oleoso); líquidos (loções); vetoriais (lipossomas, nanosferas, silanóis) e pós;
• Princípios ativos: são substâncias químicas ou biológicas (sintéticas ou naturais) que
possuem atividade comprovadamenteeficaz sobre as células. Enquanto o veículo é
responsável pelo transporte, pela forma cosmética e finalmente por garanti r a melhor
penetração na pele, o princípio ativo promove a ação específica sobre a célula que pode ser de
várias formas: hidratação, nutrição, cicatrização e revitalização. Podem ser de origem:
a) Mineral (quartzo, óleos superficiais);
b) Animal (direto: óleo de tartaruga ou indireto: lanolina);
c) Biotecnológico (bioex,complexos desenvolvidos em laboratórios); e
d) Vegetal (rico em ativos, apelo ao natural).
• Conservantes ou preservantes: substâncias capazes de evitar a deterioração do produto.
Ex.: agentes antimicrobianos(ação fungicida e bactericida ) ;agentes anti oxidantes (evitam a
oxidação dos elementos gordurosos);
• Espessantes: matérias primas que controlam a viscosidade das formulações e dão
consistência ao produto. Ex.: Polímeros naturais ou sintéticos (Carbopol, glucamate, alginatos);
Eletrólitos (cloreto de sódio, cloreto de amônio);
• Essências: fornecem sensação olfativa agradável de forma a mascarar odores
desagradáveis de certos princípios ativos. Ex.: Vegetais (lavanda,rosas); Animais (âmbar,
almíscar) e os sintéticos (aldeídos, eugenol etc.);
• Corantes ou pigmentos: tornam o produto mais atrativo dando cor à uma superfície ou
formulação,devem ser sob o ponto de vista dermatológico i nofensivos e de inocuidade
toxicológica (hipoalergênicos). Ex.: carotenos, melanina etc.; e
• Quelantes: têm ação anti-oxidante, evitando a proliferação dos radicais livres, além de ser
seqüestrante de íons metálicos. Ex.: EDTA (EtilenoDiaminoTetracético) etc.
Os cosméticos destinam-se ao combate e podem atuar das seguintes maneiras:
• promovendo vasodilatação local,visando melhorar a circulação sanguínea; e nutrindo o
folículo piloso com substâncias ativas, vitaminas e aminoácidos;
Os produtos capilares que antes se resumiam em produtos para lavagem e enxágüe hoje se
estendem ao tratamento e cuidado dados aos cabelos, graças aos compostos ativos cada vez
mais inovadores.
Assim, encontramos hoje no mercado uma variedade muito grande de produtos de
tratamento como: reparadores de pontas, ampolas estimulantes, hidratantes capilares,
condicionadores, géis, leave-in (FPS) etc.
O tipo de tensoativos detergentes, o equilíbrio deste com o sobreengordurante, o pH
(potencial hidrogeniônico), os extratos vegetais, a qualidade da água, a quantidade de
produtos catiônicos (+), os emolientes e formadores de filme, são alguns dos determinantes
para uma boa formulação.
Devemos lembrar que existem dois tratamentos distintos para uma mesma pessoa: o couro
cabeludo e a haste capilar, respeitando-se a especificidade de cada biotipo cutâneo.
NUTRIÇÃO CAPILAR
A prevenção e o controle da queda têm sido um desafio,tanto para médico quanto para
formuladores. Portanto inúmeras substâncias ativas bem como formulações farmacológicas e
cosméticas têm sido pesquisadas com intensidade para alcançar este objetivo.
• Os produtos seborreguladores removendo o excesso de oleosid ade do couro cabeludo,
combatendo a caspa; e
• Os tônicos capilares são loções aquosas ou hidroalcoólicas que veiculam substâncias
ativas, tais como agentes anti-seborréicos, antiqueda, antifúngicos, vasodilatadores etc.e são
aplicados no couro cabeludo,após lavagem dos cabelos com suaves massagens, com a
finalidade de complementar o tratamento capilar.
HIGIENIZAÇÃO CAPILAR
1) Xampus:
São produtos destinados à limpeza da haste capilar e do couro cabeludo. Para remoção das
secreções das glândulas sebáceas e sudoríparas,crostas, resíduos cosméticos, sujidades,
poluentes etc.
a) Propriedades: facilidade na aplicação e no enxágue, capacidade espumante, coloração
adequada e fragrância agradável, dar brilho, volume, maleabilidade aos fios e ter baixo poder
de irritação do couro cabeludo.
b) Composição:
• Agentes de limpeza: tensoativos aniônicos e anfóteros, com ação detergente. Ex.: Lauril
éter sulfato de sódio (poder espumante); anfótero betaínico ( para infantis e especiais).;
• Agentes sobre-engordurantes: protegem a haste capilar, devolvendo parte da oleosidade
removida. Ex.: Alcanolamidas, Lecitina, lanolina e derivados hidrossolúveis;
• Agentes espessantes: dão consistência ao produto. Ex.: Polímeros naturais e sintéticos
(alginatos, glucamate); Eletrólitos (sais orgânicos e inorgânicos – cloreto de sódio e de
amônio);
• Estabilizadores de espuma: evitam que a oleosidade natural extinga a ação espumante.
Ex.: alcanolamida de ácido graxo;
• Agentes perolantes ou opacificantes: dão aspecto nacarado ou opaco. Ex.: Monoesterato
de glicerila, Mica;
• Agentes conservantes: proteção à proliferação de microorganismos. Ex.: Nipagin , Nipazol;
• Agentes seqüestrantes ou quelantes: inibem a ação oxidante dos radicais livres. Ex.: EDTA,
Tocoferol;
• Agentes reguladores de pH (potencial hidrogeniônico): mantém o xampu mais próximo ao
pH da haste e do couro cabeludo ( pH 5) ou neutro (pH7), evitando o volume nos cabelos
danificados. Ex.:Ácido cítrico, ácido lático;
• Agentes diluentes: Água – destilada, desmineralizada e filtrada;
• Aditivos especiais: substâncias adicionadas ao xampu e têm por finalidade oferecer um
caráter de tratamento, sendo que nem todos os xampus os possuem. Ex.:Extratos vegetais,
Proteínas hidrolisadas (colágeno, elastina, seda,trigo), Vitaminas, Aminoácidos (AA da
queratina, AA do leite), Seborreguladores-antimicóticos,antidescamantes(enxofre,
cetoconazol, climbazol, octopirox,tioxalona; e
• Essências, corantes,nome do produto:marketing– atração e adequação ao xampu.
c) Tipos:
• Básicos = Dependem da quantidade de produção de sebo do couro cabeludo, diâmetro dos
cabelos e condição dos cabelos – Normais, secos ou oleosos;
• Infantis = Não são irritantes para os olhos e destinam-se à limpeza branda, já que bebês
produzem pouco sebo. São indicados para cabelos maduros e para o uso diário;
• Condicionadores = Não limpam e não condicionam bem;
• Tratamentos específicos = (anti-queda, anti-caspa, anti-resíduos). Controlam a oleosidade
excessiva, diminuem a produção de crostas no couro cabeludo, e tem ação anti-bacteriana,
antifúngica; e
• Profissionais = São mais concentrados e devem ser diluídos. Existem dois tipos:
• Ácidos = usados após a descoloração para neutralizar a alcalinização residual e
preparar o cabelo para a tintura subseqüente; e
• Alcalinos = usados após a tintura como neutralizadores.
.
2) Condicionadores:
São preparações cosméticas utilizados após a lavagem dos cabelos com xampus e que tem na
sua formulação agentes anti-estáticos,normalizando-os proporcionando maciez, deixando-os
brilhosos, e recondicionar cabelo danificados por traumas químicos , mecânico, intempéries
(sol, vento,poluição etc.) quando aditivados com proteínas, silicone, vitaminas etc.
a) Função: Melhorar a penteabilidade dos cabelos úmidos e secos, lubrificar,
normalizar, embelezar, eliminar o efeito do ressecamento (fly away)
b) Composição:
• Agentes sobreengordurantes-substâncias destinadas à repor um teor de oleosidade ao
cabelo ,atenuando o ressecamento da haste capilar.Ex.:óleos vegetais, derivados de lanolina,
óleo mineral, etc.;
• Agentes antiestáticos – reduzem a eletricidade estática, condicionando e melhorando a
penteabilidade.São ideais para cabelos que passaram por processos químicos.Ex.: quaternário
de amônio;
• Agentes de consistência-substâncias que dão corpo ao produto, ou seja, de sua maior ou
menor concentração, depende a viscosidade do produto.Também possuem ação
sobreengordurante.Ex.; álcool cetílico, álcool cetoestearílico;
• Agentes acidificantes ( reguladores do pH) –os condicionadores possuem pH entre 3,5 e
4,5 e contribuem para a normalização do cabelo após seu uso.Ex.: Ácido cítrico;
• Conservantes;
• Diluentes; e
• Essências e corantes.
c) Tipos:
• Instantâneos: aplicados nos cabelos pós xampu, úmidos e devem ser enxaguados e
removidos após 5 mim..Possuem uma viscosidade média, são mais elaboradose com maior
quantidade de aditivos na sua formulação;
• Profundos: aplicados nos cabelos ainda úmidos pós xampu, são mais concentrados e em
forma cremosa e devem permanecer por 15 à 20 min.,antes do enxágüe. O tempo de aplicação
permite maior condicionamento;
• Leave In: aplicados nos cabelos úmidos ou após sec agem dos cabelos com uma toalha e
devem permanecer na haste capilar, sem enxágüe;
• Loções de secagem termoativadas: servem para alisar os cabelos com o calor. Ex.:
queratina hidrolisada;
• Loções de secagem com espessantes: destinados aos cabelos secos e danificados, pois
contém copolímeros de silanóis e proteínas termoativadas;
• Filtro solar: a exposição dos cabelos ao sol pode torná-los enfraquecidos, ásperos,
desbotados, duros e opacos. Agem melhor quando incorporados a produtos que permanecem
nos cabelos como sprays e auxiliares no penteado.
COSMETOLOGIA APLICADA À QUÍMICA CAPILAR
Coloração X Descoloração
A cor natural dos cabelos:
Os pigmentos melânicos são responsáveis pelas cores da pele e dos cabelos. Na papila
dérmica, os melanócitos secretam grânulos de pigmentos absorvidos pelos queratinócios.
Cada melanócito cercado de 30 queratinócitos constitui uma unidade de melanização, que
repousa sobre a membrana basal.
Os melanócitos possuem dendritos que servem para injetar os grãos de melanina nos
queratócitos. Em seguida, esses grãos de melanina se distribuem no córtex, e quanto maior for
a atividade dos melanócitos, mais escuros serão os cabelos.
A cor dos cabelos é determinada geneticamente, como já vimos anteriormente, e ela vai
depender das diferentes proporções dos pigmentos de melanina encontradas no córtex,
ocasionalmente na medula e nunca na cutícula.São elas:
1) Eumelaninas, pigmentos granulosos que variam do preto ao marrom;
2) Feomelaninas, pigmetos difusos que vão louro ao amarelo pálido; e
3) Oximelaninas ( tricosiderina) promovendo coloração avermelhada.
Com a idade, a cor do cabelo torna-se mais escura e os cabelos brancos vão aparecendo
progressivamente. Conclui-se que o ritmo de produção de melanina não é constante. A
interrupção da p nrodução de melanina explica o desaparecimento da cor ou Canície, como já
vimos anteriormente, existe uma pré-disposição genética e fisiológica. A morte em cadeia de
alguns melanócitos também é tida como causa desse processo, tendo como origem o acúmulo
de um metabólito chamado dopaquinona. Outro fator de embranquecimento seria o grau d e
porosidade do córtex, que compõe 70% da fibra capilar.
O processo de coloração dos cabelos consiste em adicionar aos fios, grupamento químico
corado, que ao entrar em contato com a queratina do cabelo,altera a sua estrutura , o que
conseqüentemente poderá deixá-lo sem brilho e poroso.
Degradação da din âmica capilar
Qualquer que seja o procedimento químico, se constituirá num conjunto de agressões
químicas ao cabelo e cujo mecanismo de ação acarretará conseqüências de degradação
cuticular, como por exemplo:
• O cabelo tem seu diâmetro alterado em até 6 vezes, levando uma semana para voltar ao
normal;
• Alteração do pH do cabelo e do couro cabeludo;
• Alteração da constituição protéica do cabelo com a degradação da filagrina;
• Alteração da queratina alfa para queratina beta;
• Fragilização capilar com aumento do ácido cisteicoe diminuição da cistina; aumento da
porosidade capilar;
• Propensão à fragilização e à queda capilar;
• Destruição das cadeias queratínica pontes salinas/pontecistínicas;
• Aumento das cargas eletrostáticas dos fios e sensibilidade à variação da umidade relativa
do ar;
• Perda de 20% da massa capilar (que deverá ser reposta através de nutrição, e hidratações
para reestruturação capilar); e
• Desidratação capilar; perda de brilho; cabelos ásperos ao toque e de difícil penteabilidade,
entre outros.
Componentes das colorações:
• Suporte (base cremosa);
• Resorcina (uniformiza a oxidação da coloração);
• Corantes (base + acopladores que dão a cor);
• Anti-oxidantes (impedem a oxidação da coloração na embalagem);
• Amônia (abre as cutículas, libera o oxigênio contido no oxidante, facilitando a penetração
dos colorantes e regulando o pH); e
• Peróxido de Hidrogênio (H2O2) – agente que oxida a melanina do fio.
Tipos de coloração
1) Coloração Temporária ou matizadores:.São de enxágue e por isso facilmente removidas com
uma só lavagem, porque a partícula é muito grande para atravessar a cutícula. Apenas
adicionam uma coloração ligeira sobre a cutícula, clareiam uma nuance natural, ou melhoram
um tom de tintura existente. Por serem facilmente removíveis, podem manchar roupas com a
chuva e o suor. N ão danificam os cabelos. Não contém oxidantes, nem amônia, mantendo-se
na superfície dos fios. São compatíveis com outras substâncias químicas, geralmente.
Encontrada em xampus, sprays loções. Saem nas primeiras lavagens;
2) Coloração semi-permanente. É uma tintura isenta de amoníaco. Adicionam reflexos ou
disfarçam tons indesejáveis. Podem ser removidas em 4 a 6 lavagens porquê suas partículas
são de tamanhos intermediários,podendo tanto entrar, quanto sair dos fios. Com a adição do
peróxido de hidrogênio ficam mais tempo na haste. Devem se aplicadas em cabelos úmidos e
posteriormente enxaguados após 20 à 40 min. Em cabelos porosos podem tornar-se
permanentes.É a chamada “tom sobre tom”,sendo usada no mesmo tom ou em tom mais
escuro. Camufla os fios brancos para quem tem menos de 30 %. É feita com produtos prontos
para o uso;
3) Coloração permanente: Dá coloração definitiva à base de amônia e oxidante, e é a única
capaz de alterar a cor natural dos cabelos devolvendo o tom natural, recobrindo os cabelos
brancos.Necessita de três elementos:
a) Amônia: aumenta o volume da fibra capilar, abrindo escamas do cabelo para possibilitar a
penetração dos precursores libera o oxigênio contido no oxidante.
b) Oxidante: Age sobre os pigmentos do cabelo para clareá-los,oxidando-os. Oxida os
precursores para revelar os corantes; e
c) Precursores, classificam-se em:
• • Bases de oxidação que controlam a intensidade da cor e o recobrimento dos fios
brancos; e
• • Acopladores que possibilitam a variação dos reflexos.
4) Colorações metálicas ou progressivas: Utilizam sais metálicos para tingir o cabelo, e são
progressivas porque a cor vai se desenvolvendo dia a dia em sucessivas aplicações. Obtém-se
tons mal definidos e não é possível ser clareada. O princípio colorante é uma reação de sais de
meta com o enxofre do cabelo, obtendo-se sulfetos metálicos de cores escuras que se
depositam externamente ao fio capilar com uma pequena penetração. Deixam os cabelos
opaco, duro e quebradiço. Incompatível com qualquer outro processo químico. Com isso o
cabelo não resiste, podendo levar à ruptura do fio. Deve-se aguardar o crescimento, cortando
os fios coloridos. É o ideal para homens que sempre cortam os cabelos e que precisam do
mínimo de escurecimento; e
5) Coloração vegetal: São as mais antigas (LAUSONA, HENNA, CAMOMILA), instáveis e de difícil
fixação sobre a fibra. Podem provocar manchas.Não cobrem fios brancos, realçam reflexos.
DECAPAGEM
É processo químico que permite a retirada parcial ou total dos pigmentos artificiais do cabelo.
Como é feito num cabelo já processado quimicamente, seu limiar de sensibilidade é mais
acentuado, necessitando de um tratamento intensivo de reestruturação.Incompatível com
relaxamentos, alisamentos ou permanente.
DESCOLORAÇÃO
É o processo químico que permite a retirada dos pigmentos naturais do cabelo.
Obs.: Posso descolorir um cabelo relaxado, mas não devo relaxar um cabelo descolorido.
Existem sete graus de clareamento e quanto mais estágios forem necessários, mais forte a
substância a ser usada , e mais danificado ficará o cabelo:
Preto- marrom- vermelho – ouro avermelhado-Ouro- amarelo-amarelo pálido.
Por isso, é recomendado que seja mantida a cor do cabelo do seu grupo, para que se obtenha
uma aparência natural, diminuindo os danos dos fios.
Cabelo alvejadoé poroso, e por isso fica opaco e difícil de desembaraçar. Não há como
reverter o processo, sendo a única solução o corte.Mas o cliente com mais de 60% de fios
cinzas pode ser bem sucedido, já que pode optar por clarear os fios remanescentes, ou por
restaurar a cor original.
Mecanismo de ação:
Atua diretamente no CÓRTEX do cabelo. Consiste em solubilizar os pigmentos naturais e
descolorir a melanina. Os produtos químicos utilizados possuem qualidades higroscópicas
(absorvente), em que estão incorporados produtos alcalinos e sais amoníacos, que misturado
ao oxidante (peróxido de hidrogênio) provocam alteração e desaparecimento dos pigmentos
naturais ou artificiais do cabelo.
Nos processos de descolora ção parcial como mechas, luzes, reflexos, ballayagens,
mordaçagens, strongs etc. Os produtos serão os mesmos a serem utilizados, isto é, pó
descolorante + oxidante.
Contra-indicações:
• Menstruação (metabolismo alterado); gravidez; dermatoses; alergia enfermidades;
• febre alta (baixa o sistema imunológico); cabelos extremamente agredidos; e
• ingestão de medicamentos para tratamentos da glândula Tireóide etc.
COSMETOLOGIA APLICADA Á QUÍMICA CAPILAR
Agentes de transformação da haste capilar
Ondulação X Alisamento
Todo o mecanismo físico-químico desencadeado pelos processos químicos deve ser bem
estudado pelo profissional de beleza capilar para que antes de alguma transformação seja
efetuada, conheçam-se os seus efeitos fisiológicos.
Alguns processos químicos teem por objetivo romper as pontes cistínicas (ligações
dissulfúricas) que dão ao cabelo estrutura, solidez força e resistência aos processos químicos
alterando desta forma a estrutura molecular e transformando a queratina alfa em queratina
beta, mudando totalmente o estilo do cabelo e em decorrência destes processos é que as
Pontes de Enxofre sofrem a transformação de Cistina em Cisteína.
Esses vínculos de dissulfeto são responsáveis pela elasticidade do cabelo Esses vínculos de dissulfeto são responsáveis pela elasticidade do cabelo e podem sere podem ser
reformados para alterar a configuração da raiz do cabelo.reformados para alterar a configuração da raiz do cabelo.
É o que ocorÉ o que ocorre com as técnicas de re com as técnicas de relaxamento, alisamento, ondulação, permanenterelaxamento, alisamento, ondulação, permanente – – com acom a
alcalinização prévia da queratina, tralcalinização prévia da queratina, transformando queratina alfa em beta.ansformando queratina alfa em beta.
Tais agressões combinadTais agressões combinadas com o trau as com o trau ma das escovações ma das escovações sucessivas, pentsucessivas, penteados, exposiçãoeados, exposição
às intempéries do tempo (sol, vento, poluição etc.) sem a devida proteção aceleram mais aindaàs intempéries do tempo (sol, vento, poluição etc.) sem a devida proteção aceleram mais ainda
o processo de degradação cuticular.o processo de degradação cuticular.
Mecanismo de ação:Mecanismo de ação:
Conjunto de manobras químicas que tem por princípio alterar a ondulação natural, genética daConjunto de manobras químicas que tem por princípio alterar a ondulação natural, genética da
haste capilar e introduzir uma ondulação artificial. O processo físico-químico destas técnicashaste capilar e introduzir uma ondulação artificial. O processo físico-químico destas técnicas
baseiam-se na alcalinização prévia da baseiam-se na alcalinização prévia da queratina transformando a queratina alfa em beta equeratina transformando a queratina alfa em beta e
posteriormente à este fenômeno de posteriormente à este fenômeno de neoformação de novas pontes dissulfúricas, dependendoneoformação de novas pontes dissulfúricas, dependendo
da forma desejada da curvatura que se deseja ( ondulado ou alisado) , neutralizar comda forma desejada da curvatura que se deseja ( ondulado ou alisado) , neutralizar com
substâncias que possuam o pH ácido que estancam a ação das substâncias de pH alcalinosubstâncias que possuam o pH ácido que estancam a ação das substâncias de pH alcalino
utilizados para a utilizados para a deformação da haste capilar. Em suma compreende 3 fases :deformação da haste capilar. Em suma compreende 3 fases :
• Desestruturação molecular (agentes de redução);• Desestruturação molecular (agentes de redução);
• Neoformação • Neoformação molecular molecular (moldagem : ondular ou (moldagem : ondular ou alisar ); ealisar ); e
• Fixaçã• Fixação da nova forma (agentes o da nova forma (agentes neutralizantes).neutralizantes).
PRINCÍPIOS ATIVOS UTILIZADOS PARA DEFORMAÇÃO DA HASTE CAPILARPRINCÍPIOS ATIVOS UTILIZADOS PARA DEFORMAÇÃO DA HASTE CAPILAR
São substâncias que possuem o pH alcalino e são agentes de redução com capacidade deSão substâncias que possuem o pH alcalino e são agentes de redução com capacidade de
quebrar as Pontes salinas, sulfúricas (Enxofre) e quebrar as Pontes salinas, sulfúricas (Enxofre) e de hidrogênio. Sendo os mais utilizados:de hidrogênio. Sendo os mais utilizados:
• Bissulfito de Amônio ( uso • Bissulfito de Amônio ( uso doméstico);doméstico);
• Ácido Tioglicólico e seus derivados (pH entre 9 e 9,5);• Ácido Tioglicólico e seus derivados (pH entre 9 e 9,5);
• Hidróxido de Potássio (pH entre 10 e 12);• Hidróxido de Potássio (pH entre 10 e 12);
• Hidróxido de Cálcio• Hidróxido de Cálcio-Guanidinas ( pH 10);-Guanidinas ( pH 10);
• Hidróxido de Lítio (pH 10); e• Hidróxido de Lítio (pH 10); e
• Hidróxido de Sódio• Hidróxido de Sódio- soda cáustica (pH 13).- soda cáustica (pH 13).
Princípios ativos neutralizantes:Princípios ativos neutralizantes:
São substâncias que possuem o pH ácido e estancam a ação das substâncias alcalinas utilizadasSão substâncias que possuem o pH ácido e estancam a ação das substâncias alcalinas utilizadas
para a deformação da haste. Ex.:para a deformação da haste. Ex.:
• Peróxido de Hidrogênio (H2O2• Peróxido de Hidrogênio (H2O2- água oxigenada);- água oxigenada);
• • Perborato Perborato de de sódio;sódio;
• Bromato de sódio; e• Bromato de sódio; e
• • Bromato de Bromato de Potássio (muito Potássio (muito tóxico).tóxico).
OBS.: Cada base é quimicamente incompatível com a outra, exigindo-se para o seu uso umOBS.: Cada base é quimicamente incompatível com a outra, exigindo-se para o seu uso um
diagnóstico completo, e todas elas são incompatíveis com tinturas metálicas e Henê.diagnóstico completo, e todas elas são incompatíveis com tinturas metálicas e Henê.
As contra indicações e as conseqüências da degradação cuticular são as mesmas das citadasAs contra indicações e as conseqüências da degradação cuticular são as mesmas das citadas
anteriormente nos agentes de coloração, bem como anteriormente nos agentes de coloração, bem como os cuidados e as os cuidados e as recomendações pararecomendações para
manutenção em casa.manutenção em casa.
PROCEDIMENTOS COSMÉTICOS CAPILARES:PROCEDIMENTOS COSMÉTICOS CAPILARES:
1-ARGILATERAPIA OU GEOTERAPIA1-ARGILATERAPIA OU GEOTERAPIA
INDICAÇÃO: Couro cabeludo com oleosidade excessiva, seborréia, caspa INDICAÇÃO: Couro cabeludo com oleosidade excessiva, seborréia, caspa intensa (pitiríaseintensa (pitiríase
simplex e esteatóide), alopecias (queda difusa, areata, tração simplex e esteatóide), alopecias (queda difusa, areata, tração etc.) psoríase (fase passiva) etc.etc.) psoríase (fase passiva) etc.
OBJETIVO: promover uma ação seborreguladora capilar com higienização profunda do couroOBJETIVO: promover uma ação seborreguladora capilar com higienização profunda do couro
cabeludo, ativando a circulação sanguínea e linfática, estimulando e fortalecendo o bulbocabeludo, ativando a circulação sanguínea e linfática, estimulando e fortalecendo o bulbo
piloso.piloso.
SEQUÊNCIA DO TRATAMENTO:SEQUÊNCIA DO TRATAMENTO:
• 01• 01- Anti-sepsia mãos do cliente e do profissiona (colocar luvas)l;- Anti-sepsia mãos do cliente e do profissiona (colocar luvas)l;
• 02• 02- Anamnese: análise da haste capilar, bulbo piloso e couro cabeludo;- Anamnese: análise da haste capilar, bulbo piloso e couro