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MÓDULO I + AVALIAÇÃO - PÓS-GRADUAÇÃO DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES EBRADI

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TEMA 01: INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL. OS PRINCÍPIOS 
CONSTITUCIONAIS E AS REGRAS JURÍDICAS 
Aula I: O Direito Civil Constitucional. Os Princípios Constitucionais e as Regras 
Jurídicas I 
CASUÍSTICA 
Este curso de Direito de Família e Sucessões é amparado na moderna visão do Direito 
Civil, que rompe com a escola tradicional, puramente positivista, e inaugura o Direito 
Civil Constitucional. De acordo com as lições de Pietro Perlingieri, um dos maiores 
civilistas-constitucionalistas deste tempo, no que consiste o Direito Civil 
Constitucional? Quando ele se inicia no Brasil? 
RESPOSTA ESPERADA 
Consoante as lições de Anderson Schreiber apontadas no texto base desta aula, de 
autoria de Giselda Hironaka, trata-se da “corrente metodológica que defende a 
necessidade de permanente releitura do direito civil à luz da Constituição”. Prossegue 
explicando que não se trata de apenas somar a fonte constitucional para a tarefa de 
interpretar as normas infraconstitucionais de direito civil, mas sim se trata de 
“reconhecer que as normas constitucionais podem e devem ser diretamente 
aplicadas às relações jurídicas estabelecidas entre particulares”. (SCHREIBER, 
Anderson e KONDER, Carlos Nelson. Direito civil constitucional. São Paulo: Método, 
2015, p. 9). Importa que o resultado final seja a obtenção da máxima realização dos 
valores constitucionais no campo das relações privadas. O Direito Civil Constitucional 
brasileiro se inicia com a Constituição Federal de 1988. 
 
Aula II: O Direito Civil Constitucional. Os Princípios Constitucionais e as Regras 
Jurídicas II 
CASUÍSTICA 
Qual a função do ordenamento jurídico? Todo preceito incorre necessariamente 
numa sanção? 
RESPOSTA ESPERADA 
O ordenamento jurídico é formado por um conjunto geral de normas que têm a 
função de regulamentar a conduta das pessoas. Trata-se de uma imposição 
normativa, normalmente destinadas a todas as pessoas, imposição esta que se 
contém em uma formulação desdobrada em preceito e sanção. Seu sentido e 
objetivo fundamental é a proteção da ordem e da paz social, permitindo o 
convívio seguro e mais justo entre todos os que compõem o núcleo social. Nem 
todo preceito obrigatoriamente implica em sanção. Como exemplo, pode-se citar 
o art. 1.566, inciso I do Código Civil, que dispõe sobre o dever de fidelidade. O 
descumprimento deste dever, de ordinário, não acarreta sanção. 
 
 
 
 
 
Aula III: Os Princípios Constitucionais e as Regras Jurídicas 
 
CASUÍSTICA 
As modificações no Direito Privado não podem ser açodadas. Como deve se dar 
a modificação de posicionamentos no Direito Civil? 
 
RESPOSTA ESPERADA 
De modo reflexivo, embasado pelas teorias existentes porque há uma carga 
valorativa que deve ser observada e consideradas. É um processo histórico de 
construção, ao revermos nossas bases teóricas reiteradamente. 
 
 
Aula IV: Distinção entre Princípios e Regras 
 
CASUÍSTICA 
 
Explica Giselda Hironaka, no texto base desta aula, que “As normas podem ser 
consideradas o gênero ao qual se relacionam as espécies princípios e regras...”. 
Diferencie princípios de regras. 
 
RESPOSTA ESPERADA 
Para Bandeira de Mello, os princípios são “mandamentos nucleares de um 
sistema, verdadeiros alicerces dele, disposições fundamentais que se irradiam 
sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua 
exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e a 
racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido 
harmônico. É o conhecimento dos princípios que reside a intelecção das 
diferentes partes componentes do todo unitário que há por nome sistema 
jurídico positivo” (BANDEIRA DE MELLO, Celso Antonio. Curso de direito 
administrativo. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 942-943). Assim, pode-se 
dizer que possuem conteúdo axiológico. Já as regras, conforme Giselda Hironaka, 
no texto base, “são normas que devem ser cumpridas, pura e simplesmente. A 
única questão que pode ser levantada, à face do caso concreto, é se aquela 
norma se aplica ou não àquele caso. Se for aplicável, então se deverá fazer 
cumprir, exatamente do modo que ela determina, nem mais, nem menos. Se 
houver colisão de regras, diferentemente da colisão de princípios, aqui se 
resolverá pelo afastamento de uma delas, porque se uma delas se aplica, 
certamente a outra não se aplicará”. 
 
 
TEMA 2: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E A ORDEM INFRACONSTITUCIONAL DE DIREITO 
DE FAMÍLIA. PRINCÍPIOS DA PROTEÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DA 
SOLIDARIEDADE FAMILIAR E DA IGUALDADE ENTRE CÔNJUGES E COMPANHEIROS. A 
EQUALIZAÇÃO ENTRE FILHOS. 
 
Aula I: Princípios Constitucionais e a Ordem Infraconstitucional de Direito de Família 
CASUÍSTICA 
Discorra acerca da Dignidade humana elevada a princípio constitucional. 
RESPOSTA ESPERADA 
A dignidade humana, elevada a princípio constitucional, traduz-se em conceito 
de difícil concreção, mantendo um perfil misto, entre a moral e o direito. A 
apreciação adequada do juiz dependerá de sua fina intuição, de sua larga 
experiência, de sua boa razão, de seu senso de ética e de justiça. Não se trata de 
princípio recente, uma vez que o princípio da dignidade da pessoa humana está 
imbricado em profundas e antigas raízes históricas de natureza ética, filosófica e 
até mesmo religiosa. Contudo, o tempo de sua positivação jurídica, como antes 
mencionado, tem data mais recente, e tem especial relevância ao tempo da 
Segunda Guerra Mundial. Este valor intrínseco e inerente à pessoa humana 
encontra-se reconhecido em inúmeros documentos internacionais, bem como 
em Constituições de alguns países. Trata-se de um standard jurídico, sem 
significado preciso, de conteúdo indeterminado, conforme Francisco Amaral. 
 
Aula II: Princípio da Proteção da Dignidade da Pessoa Humana 
CASUÍSTICA 
Levando em consideração o princípio da Dignidade da pessoa humana, é possível afirmar que 
sua observância encontra-se estampada na Constituição Federal? Justifique. 
RESPOSTA ESPERADA 
A resposta é afirmativa. O princípio da Dignidade da pessoa humana encontra-se 
disposto na Constituição Federal, no artigo 1º, III. Vejamos: DOS PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS. “Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui -se em 
Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: [...] III – a dignidade da 
pessoa humana”. 
 
Aula III: Princípio da Solidariedade Familiar 
CASUÍSTICA 
Analise o Princípio de solidariedade e a sua transformação no Direito de Família. 
RESPOSTA ESPERADA 
Em 1988, com a Constituição Federal, a solidariedade se inscreveu como princípio 
jurídico no país, eis que antes seu perfil era apenas moral, ético ou religioso. Seu 
habitat constitucional está no inciso I do art. 3º da nossa Constituição. Ele 
envolve a convivência familiar, a afetividade e o melhor interesse da criança, ao 
trata-lo como um macroprincípio, consoante Paulo Lobo. Na ordem familiar a 
solidariedade se estende na relação recíproca entre cônjuges, bem como na 
relação recíproca entre parentes. O Código Civil oferta normas que se alimentam 
da dimensão da solidariedade, como, por exemplo, o art. 1.513 que tutela a 
comunhão de vida instituída pela família, através da cooperação entre seus 
membros; o art. 1.618 que regulamenta a adoção, atitude e comportamento que 
desabrocham exclusivamente pelo sentimento solidário do afeto; o art. 1.630 
que regula o poder familiar, circunstância esta que é muito mais um munus que 
propriamente um poder, dos pais em relação aos cuidados que devem ser 
realizados relativamente aos filhos; o art. 1.567, que prescreve a colaboração dos 
cônjuges (e companheiros) na direção da família; o art. 1.566 e o art. 1.724, que 
preveem a mútua assistência moral e material entre cônjuges e companheiros; o 
art. 1.694 que prescreve o dever de prestar alimentos a parentes, cônjuge ou 
companheiro. 
 
Aula IV: Princípio da Igualdadeentre Cônjuges e Companheiros e Equalização entre Filhos 
CASUÍSTICA 
Comente o Princípio da igualdade entre cônjuges e companheiros e a mudança que o 
referido princípio trouxe ao Direito de Família. 
RESPOSTA ESPERADA 
Na verdade, o Princípio da Igualdade no Direito de Família advém da Constituição 
de 1988 e traçou novos rumos para o Direito de Família Estendendo a igualdade 
para todos os partícipes das relações familiares. Essas mudanças envolvem tanto 
a equiparação do casamento à união estável quanto à origem dos filhos. Outro 
desdobramento foi entender como relação familiar também aquelas formadas 
por pessoas do mesmo sexo. Deve-se salientar, ainda, a mudança de perspectiva 
onde a família e o casamento existem para trazer felicidade ao indivíduo. 
 
 
TEMA 03: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAIS DE DIREITO DE 
FAMÍLIA. PRINCÍPIOS DA AFETIVIDADE, DA NÃO INTERVENÇÃO OU DA MÍNIMA 
INTERVENÇÃO, DA FUNÇÃO SOCIAL DA FAMÍLIA E DA BOA-FÉ OBJETIVA. 
 
Aula I: Princípio da não Intervenção ou da Mínima Intervenção 
 
CASUÍSTICA 
Há um princípio informador do Direito Civil que se aplica ao Direito de Família, 
especificamente em relação à mínima intervenção. Qual é o princípio e sua amplitude em 
termos gerais civis? E em termos de direito de família? 
RESPOSTA ESPERADA 
Trata-se do princípio da autonomia privada, que consiste no poder que os 
particulares têm de se autorregularem, ou seja, de estabelecerem as normas que 
regularão suas relações jurídicas, observados os princípios gerais do direito, as 
normas constitucionais e as normas infraconstitucionais. 
 
No Direito de Família, o princípio da mínima intervenção se faz presente no 
planejamento familiar, por exemplo. O Estado não deve interferir nas escolhas 
do casal acerca da concepção ou não, quantidade de filhos, etc. 
 
Aula II: Princípio da Boa-fé Objetiva 
 
CASUÍSTICA 
Durante o curso, Débora Brandão apontou que no plano existencial a doutrina majoritária 
aponta que a confiança se traduz no afeto. Porém, a professora foi além. Qual outro 
elemento ela aponta no plano existencial para identificar a confiança? 
RESPOSTA ESPERADA 
Ela aponta um dos deveres clássicos oriundos da boa-fé objetiva que é o dever 
de informar. Os cônjuges têm o direito de conhecer a vida do outro naquilo que 
for importante para o desenvolvimento da vida em comum. 
 
 
Aula III: Princípio da Função Social da Família 
 
CASUÍSTICA 
A função social da família altera o panorama, como as pessoas concebem a família. Discorra 
sobre o que foi alterado por meio do princípio da função social da família. 
RESPOSTA ESPERADA 
Rompe-se com o protagonismo do homem proprietário, com a família pautada 
como instituição e ela passa a ser concebida como família-instrumento de 
promoção, de desenvolvimento de cada um de seus membros, razão pela qual se 
fala em função promocional da família. Para tanto, a noção de solidarismo, de 
igualdade entre cônjuges é fundamental, para que cada pessoa integrante da 
família se reconheça como tal e seus anseios e necessidades sejam considerados 
por cada um e pelo todo. 
 
Aula IV: Princípio da Afetividade 
 
CASUÍSTICA 
Relacione o princípio da afetividade com os direitos humanos. 
RESPOSTA ESPERADA 
No Brasil, especificamente no Direito de Família, foi Sérgio Resende de Barros 
que fez esta correlação recentemente. Este autor apresenta as três gerações dos 
direitos humanos, apontando que idealmente melhor é trata-las como dimensões 
porque estes períodos se interpenetram. Na primeira geração está o direito ao 
afeto, que se traduz na liberdade de se afeiçoar ao outro, constituindo direito 
individual. Como este direito de afeiçoar-se um ao outro gera responsabilidade 
entre os sujeitos, o direito protege-o também como fato social, ou seja, direito 
de segunda dimensão. E, por fim, tem-se a dimensão social difusa porque é um 
direito genérico de todas as pessoas. 
 
 
TEMA 04: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAIS DE DIREITO DE 
FAMÍLIA. PRINCÍPIOS DA IGUALDADE ENTRE FILHOS, DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA 
E DO ADOLESCENTE E DA PRIORIDADE ABSOLUTA, DO PLANEJAMENTO FAMILIAR, 
PARENTALIDADE RESPONSÁVEL E DA CONVIVÊNCIA FAMILIAR. 
 
Aula I: Princípio da Igualdade entre Filhos 
 
Casuística 
 
Julia, casada com Brad, teve com seu marido 4 filhos biológicos. Posteriormente, adotaram 
uma menina chamada Angelina. Os cinco estudavam na mesma escola e não havia qualquer 
distinção de tratamento entre eles. Quando adultos, Brad resolve redigir um testamento e 
comenta a respeito da deixa testamentária com a prole. Falou a respeito dos quinhões de 
cada um dos filhos biológicos e, quando Angelina olhou para ele com semblante 
questionador, ele respondeu a ela que, como era filha adotiva não teria direito a nada. 
Angelina, magoada, fica sem ação. Depois, inconformada, vai até seu escritório em busca de 
uma consulta jurídica. Qual o encaminhamento a ser dado ao caso da cliente? 
RESPOSTA ESPERADA 
A resposta à consulente deve ser pautada na não observância do princípio 
da igualdade constitucional entre filhos, uma vez que a CF/88, art. 227, § 
6º, proíbe qualquer tratamento discriminatório entre filhos em virtude da 
origem. Assim, diria à mesma que não se preocupasse que não 
prosperaria qualquer tentativa de testamento sem contemplá-la, diante da 
inconstitucionalidade 
 
Teste de aprendizagem 
Sobre a igualdade entre filhos pode-se afirmar que: 
Fundamentação: O reconhecimento de filho extramatrimonial era proibido no 
Direito brasileiro durante um período e os filhos oriundos desta relação não 
possuíam qualquer direito. Não pode haver menção discriminatória acerca da 
origem da filiação. 
 
Aula II: Princípio do Melhor Interesse da Criança (Prioridade) 
 
Casuística 
Maia é uma menina de 8 anos, fruto de uma união estável entre seus genitores, que 
passaram a viver juntos, no apartamento da mãe de seu genitor, quando souberam 
da gravidez. Após seu nascimento, sua mãe deixava-a com a avó paterna e ia 
trabalhar. O relacionamento entre os genitores não foi adiante e a mãe de Maia saiu 
de casa, mas deixou-a com o genitor e a avó paterna. Tinha livre acesso ao 
apartamento da avó de Maia, assim como à própria filha. Esta situação se prolongou 
dos 2 anos aos 8 anos. Num final de semana, a mãe de Maia foi visitá-la e disse à 
avó que iria levá-la à sorveteria, na mesma rua, como era costumeiro fazer. Ocorre 
que não mais voltou com a menina e a levou para a casa que havia mobiliado com 
seu recente namorado. Quais os princípios que deveriam ser invocados para a 
resolução deste caso? 
RESPOSTA ESPERADA 
O princípio do melhor interesse da criança e do adolescente para que o 
juiz, nele amparado, pudesse determinar, preferencialmente a guarda 
compartilhada, levando-se em consideração o que a criança é um ser em 
condição especial de desenvolvimento e necessita da presença de ambos 
os genitores. Também deveria ser invocado o princípio da convivência 
familiar, para que inclusive a avó tivesse o direito de visitar a neta que 
criou desde a mais tenra idade. 
 
Teste de aprendizagem 
O Estatuto da Criança e do Adolescente é a Lei N. 8.069, criada em 13 de julho de 
1990. Neste Lei estão especificados os direitos da criança (pessoa com até 12 anos 
de idade) e do adolescente (pessoa entre 12 e 18 anos). É a Lei que dispõe sobre a 
proteção integral à criança e ao adolescente. A família assim com a sociedade em 
geral, e o poder público têm o dever de assegurar os direitos referentes à: Assina a 
alternativa INCORRETA: 
Alternativa Incorreta: Trabalho social e valorização pessoal. 
Fundamentação: Todos os demais estão estampados no art. 227, CF. 
 Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente 
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência 
familiare comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda 
Constitucional nº 65, de 2010). 
 
Aula III: Princípio do Planejamento Familiar e da Parentalidade 
Responsável 
 
Casuística 
Pedro e Julia estão se divorciando, após 10 anos de casados pelo regime de 
comunhão parcial de bens. Possuem dois filhos menores, sendo que um deles sofre 
do transtorno do espectro autista. Há uma disputa severa por conta da guarda das 
crianças. Qual deveria ser o posicionamento dos pais diante do caso concreto? 
RESPOSTA ESPERADA 
Deveriam, observando o princípio do melhor interesse dos filhos, sensíveis 
às necessidades das crianças, entrar em acordo em relação à guarda. Se 
possível, o estabelecimento de guarda compartilhada. Se esta não fosse 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2
possível, a guarda unilateral, com a estipulação de um regime convivencial 
que proporcionasse ampla participação do genitor não guardião. 
 
Teste de aprendizagem 
O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações de atenção à 
mulher, ao homem e ao casal. Dentro da visão de atendimento integral à saúde, 
assinale a alternativa correta. 
Fundamentação: Jamais se autorizará um método contraceptivo com risco à 
saúde; o planejamento familiar não se dá apenas por medidas educativas; e a 
idade mínima deve ser observada. 
 
Aula IV: Princípio da Convivência Familiar 
 
Casuística 
Sonia, casada com Paulo, tinham 3 filhos. Paulinho, Raquel e Marcos. Paulinho 
casou-se com Tatiana e tiveram um filho, Paulo Neto. Paulinho submeteu-se a uma 
cirurgia. Houve uma complicação e ele entrou em coma, ficando em estado 
vegetativo por 8 anos. Durante o estado comatoso, sua mulher, Tatiana, resolveu 
pedir o divórcio, logrando êxito. Tempos depois do divórcio, ela passou a proibir Paulo 
Neto de visitar os avós, sob a alegação de que os mesmos levavam-no ao hospital 
para ver o pai em estado de coma. Tempos depois, Paulinho faleceu. Como 
advogados dos avós, instrua-os acerca de que medida jurídica tomar. 
RESPOSTA ESPERADA 
A resposta é ação de guarda compartilhada para estabelecê-la entre os 
avós e a genitora, com fundamento no direito à convivência familiar, direito 
tanto da criança quanto dos avós. 
 
Teste de aprendizagem 
Assinale a alternativa cujo argumento encontre fundamento no Estatuto da Criança 
e do Adolescente, no tocante ao direito à convivência familiar e comunitária. 
Fundamentação: A falta de recursos ou a carência determina que os genitores 
sejam incluídos em programas sociais para apoio à família. A colocação em 
família substituta estrangeira é medida excepcional. O segredo de justiça é 
sempre desejável, nestes casos. Família natural é aquela proveniente do 
vínculo biológico. 
 
TEMA 05: OS FATOS SOCIAIS, A RELEVÂNCIA AXIOLÓGICA E A NORMATIVA JURÍDICA. 
INTERPRETAÇÃO DO DIREITO SEM O RISCO DE COMPROMETER A SEGURANÇA JURÍDICA. 
SISTEMA JURÍDICO FECHADO (PARADIGMA POSITIVISTA) E SISTEMA JURÍDICO ABERTO 
(PARADIGMA PÓSPOSITIVISTA). DIREITO DE FAMÍLIA CONSTITUCIONAL. A FAMÍLIA NA 
CONTEMPORANEIDADE. 
 
Aula I: Teoria Tridimensional do Direito 
 
Casuística 
No dia 08 de agosto de 2006 foi publicada a Lei n. 11.340, que cria mecanismos para 
coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, prevendo penas 
mais severas para aqueles que violarem os preceitos ali determinados, em razão do 
grande número de casos de violência doméstica contra a mulher que vem ocorrendo 
na sociedade. Tal lei vem sendo popularizada como Lei Maria da Penha, em alusão 
à Maria da Penha Maia, mulher que ficou deficiente física depois de seu marido tentar 
matá-la por duas vezes, em atos caracterizados como violência doméstica. Pergunta-
se: é possível afirmar-se que tal norma jurídica descreve um fato para preservar um 
valor? JUSTIFIQUE sua resposta com base na estrutura tridimensional do Direito de 
Miguel Reale. 
 
RESPOSTA ESPERADA 
"Sim, tendo em vista que há o fato da violência doméstica, o valor que se 
traduz no direito que todas as pessoas têm de viver em segurança, 
especialmente no âmbito doméstico e a necessidade da norma para tutelar 
este direito. Questão proposta em: 
http://ezildamelo.blogspot.com/2014/03/revisao-questoes-de-ied.html 
 
Teste de aprendizagem 
A Teoria Tridimensional do Direito, de Miguel Reale, surge como reação à diferentes 
Escolas existentes a respeito do pensamento jurídico. Estas correntes eram: 
Fundamentação: As demais escolas apontadas, marxista e pós-modernistas 
não dizem respeito especificamente às escolas do pensamento jurídico. 
 
Aula II: Os Fatos Sociais, a Relevância Axiológica e a Normativa Jurídica - 
Continuação/Interpretação do Direito e Segurança Jurídica 
 
Casuística 
Andando pela selva amazônica, uma pessoa é picada por uma cobra. Por que não 
surge o dever de indenizar, de acordo com a teoria tridimensional do Direito? 
RESPOSTA ESPERADA 
Algumas relações humanas têm relevância axiológica para dar ingresso 
no mundo jurídico, outras não. É o caso do fato dos animais que não tem 
repercussão para ingressar no mundo jurídico, porque não há como 
responsabilizar alguém pelo fato. 
 
Teste de aprendizagem 
Assinale a alternativa correta após a leitura das assertivas abaixo: 
 
I – O fato se constitui na dimensão que traduz aquilo que já é dado no mundo, ou já 
está posto no meio social. Ele interessará para a estruturação do fenômeno jurídico 
na medida em que receba a incidência da relevância axiológica, ou valoração 
suficiente, para integrar, depois, a unidade da normativa jurídica. 
II – O valor corresponde ao elemento moral e/ou ético do direito, isto é, diz respeito 
ao direito buscado pela sociedade enquanto justiça. 
III – A norma, recepcionando o fato valorado, o prestigia, a tutela, o protege, 
enquanto fenômeno jurídico, consistindo no comportamento ou na organização 
social que será imposta aos demais, em face ao respeito e atenção a serem 
conferidos àquele fato, antes simplesmente social, mas agora jurídico. 
IV – A teoria tridimensional afirma que a norma não recepciona o fato valorado, 
prestigiando apenas o poder normativo. 
V – O fato, na teoria tridimensional, tem função periférica porque a construção 
jurídica deve se basear em critérios axiológicos-normativos. 
 
Fundamentação: O fato tem função central, ao lado do valor e da norma porque 
é justamente na compreensão do fato valorado é que se produz a norma, na 
busca da paz social. 
 
Aula III: Sistema Jurídico Fechado e Sistema Jurídico Aberto 
 
Casuística 
Diante do caso prático apontado pela Professora Giselda Hironaka, durante esta 
aula, em que reproduz um exemplo de Recasens Siches, filósofo estrangeiro 
guatemalteco, no qual numa estação de trem o fiscal somente poderia deixar 
ingressar pessoas que fossem embarcar, sendo proibido o ingresso de cachorros. 
Apareceu uma pessoa cega, com seu cão-guia e uma outra pessoa, com um urso. A 
professora não relata a conclusão do filósofo. Mas qual seria sua decisão se fosse 
você o fiscal? Pesquise na internet a solução dada por Recasens Siches e o nome 
de sua famosa teoria, que leva o nome de seu mais famoso livro. 
RESPOSTA ESPERADA 
A resposta é “A lógica do razoável”, famoso livro do filósofo. Por ela, o 
fiscal deve permitir que o cão-guia ingresse na estação, descumprindo a 
literalidade da lei para se fazer justiça. 
 
Teste de aprendizagem 
Para as teorias denominadas pós-positivistas: 
Fundamentação: As teorias pós-positivistas tratam exatamente de um sistema 
aberto, pautado pela sua constante revisão, porque somos uma sociedade em 
constante transformação. 
 
Aula IV: Direito de Família Constitucional. A Família na 
Contemporaneidade 
 
Casuística 
Houve o abandono de matrizes em desuso com o advento da Constituiçãoe a adoção 
do Direito de Família Constitucional. Exemplifique apontando um. 
RESPOSTA ESPERADA 
Com o advento da CF/88, podemos falar no abandono do conceito de 
“error in virginitatis”. A possibilidade de alegação de anulação do 
casamento em virtude da não virgindade da mulher. Isto se deu ao 
princípio da igualdade constitucional entre homens e mulheres. 
 
Teste de aprendizagem 
Consoante a lição de Paulo Lôbo, responda: 
I – O modelo atual de Direito de Família é aberto e democrático. 
II – O consenso, a solidariedade, o respeito à dignidade das pessoas que a 
integram são os fundamentos que inspiraram o marco regulatório estampado nos 
arts. 226 a 230 da Constituição de 1988. 
III – O modelo igualitário da família constitucionalizada contemporânea se 
contrapõe ao modelo autoritário do Código anterior. 
 
Fundamentação: Todas as afirmações estão corretas, em consonância com o 
Direito de Família Constitucional, que promove um modelo igualitário, 
democrático e pautado na dignidade da pessoa humana. 
 
TEMA 06 – AS ESPÉCIES DE FAMÍLIAS E ENTIDADES FAMILIARES – DA FAMÍLIA TRADICIONAL 
À FAMÍLIA EUDEMONISTA (CASAMENTO, UNIÃO ESTÁVEL E FAMÍLIA MONOPARENTAL) I 
 
Aula I: Introdução 
 
 Casuística 
O art. 226 da Constituição Federal de 1988, assim como seus parágrafos são 
considerados numerus clausus ou exemplificativos? E como conceitua Família? 
RESPOSTA ESPERADA 
Os tipos de entidades familiares explicitados no art. 226 da Constituição e 
seus parágrafos são meramente exemplificativos, sem embargo de serem 
os mais comuns, por isso mesmo merecendo referência expressa. As 
demais entidades familiares são tipos implícitos incluídos no âmbito de 
abrangência do conceito amplo e indeterminado de família indicado no 
caput. Como todo conceito indeterminado, depende de concretização dos 
tipos, na experiência da vida, conduzindo à tipicidade aberta, dotada de 
ductilidade e adaptabilidade. Portanto, há no comando constitucional da 
pluralidade das formas constituídas de família, sendo variadas as suas 
configurações. 
 
Teste de aprendizagem 
A equiparação e proteção das mais diversas formas de família surgiu: 
Fundamentação: segundo o artigo 226, parágrafo 4º, da Constituição Federal. 
 
Aula II: O Afeto como Valor Jurídico 
 
Casuística 
Lucas é filho biológico de Daisy e Carlos. Após o divórcio do casal, Daisy passou a 
conviver com Simone. Com o passar dos anos, Lucas formou vínculo de afinidade e 
afeto com a companheira de sua mãe. 
Diante dessa narrativa, é possível assegurar o reconhecimento da maternidade em 
relação a Simone? Fundamente. 
RESPOSTA ESPERADA 
Conforme a narrativa em apreço é possível verificar que há vínculo de 
afeto e afinidade na relação formada por Lucas e Simone. 
Desta forma, em face do que prevê o Provimento nº 63/2017, do CNJ é 
possível assegurar o reconhecimento da parentalidade socioafetiva, uma 
vez que o vínculo de afeto formado entre as partes é um valor que deve 
ser reconhecido pelo ordenamento. 
Portanto, com a comprovação do afeto e da posse de estado de filho, 
assegurar-se-á que Lucas seja reconhecido como filho de Simone, sem 
ensejar, contudo, a desconstituição da paternidade biológica. 
 
Teste de aprendizagem 
O afeto está presente, com exceção: 
Fundamentação: pois, o Direito Sucessório decorre da lei ou do ato de 
autonomia privada do testador. Nos demais casos, é possível se verificar o 
afeto. 
 
Aula III: Quatro Conceitos de Psicanálise Fundamentais para o Direito 
 
Casuística 
Joana é uma senhora de 80 anos, que não consegue entender o avanço do Direito 
de Família e a formação das novas modalidades de família. 
Sua neta Kamila, por sua vez, que possui 19 anos, quer orientar a sua avó sobre os 
avanços da sociedade e quais alterações foram observadas em relação à mulher. 
Desta forma, na qualidade advogado da neta de Joana, quais explicações devem ser 
ofertadas? 
RESPOSTA ESPERADA 
A fim de demonstrar a Joana as mudanças enfrentadas pela mulher na 
sociedade, Kamila deverá iniciar a sua explicação pela igualdade que a 
mulher adquiriu ao longo dos anos, principalmente, em relação a sua 
posição dentro da família. 
Assim, em face da igualdade conferida, de acordo com a previsão do artigo 
226, parágrafo 5º, da Constituição Federal é importante asseverar que a 
sexualidade da mulher também foi atingida. 
Desta forma, o pudor deu lugar a liberdade, possibilitando que a 
sexualidade seja exercida da forma que mais lhe convenha, o que significa 
dizer que a mulher é protagonista da sua vida e dos seus desejos, 
ensejando, com isso, a formação de novas formas de família, como é o 
caso da unilateral ou da produção independente, através dos recursos 
médicos disponibilizados, como é o caso da reprodução assistida. 
 
Teste de aprendizagem 
Dentre os conceitos da psicanálise que importam ao Direito de Família estão, com 
exceção: 
Fundamentação: segundo o que se afere da leitura do Dicionário de Direito de 
Família e Sucessões de Rodrigo da Cunha Pereira, bem como da aula 
ministrada. Isso porque, nas demais alternativas, com exceção da 
‘Superioridade.’ há a indicação de conceitos da psicanálise que importam ao 
Direito de Família. 
 
Aula IV: Inconsciente e Gozo 
 
Casuística 
Luana e Paulo foram casados por 25 anos. Por diferenças irreconciliáveis ingressam 
com um pedido de divórcio, que perdura longos 3 anos, uma vez que o casal não 
entra em acordo. O juiz, com o intuito de saber o que está ocasionando essa delonga, 
busca instrumentos para a resolução do conflito. 
Diante de tal fato, qual instituto o auxiliará nessa empreitada? 
RESPOSTA ESPERADA 
Diante dos dados ofertados é possível verificar que há causas obscuras 
por trás do pedido de divórcio, bem como da incapacidade de as partes 
chegarem a um acordo. 
Desta forma, como o juiz pretende entender o conflito em questão, poderá 
requerer o apoio da equipe técnica, representada pelos psicólogos e 
assistentes sociais, a fim de que eles avaliem o instituto do gozo que 
auxiliará nessa empreitada, permitindo o ingresso no íntimo das partes, na 
busca pela solução do conflito. 
Assim, compreendido o motivo que está ensejando o conflito entre o ex-
casal, pela equipe de apoio, o juiz competente poderá empregar técnicas 
alternativas de resolução de conflito, como a mediação, bem como 
encaminhar a família para a Oficina de Pais e Filhos, a fim de que a ruptura 
da família ocorra de forma mais tranquila, sem traumas e célere. 
 
Teste de aprendizagem 
De acordo com a Constituição Federal, assinale a alternativa correta: 
Fundamentação: Art. 226, CF. 
 
TEMA 07: AS ESPÉCIES DE FAMÍLIAS E ENTIDADES FAMILIARES: DA FAMÍLIA TRADICIONAL 
À FAMÍLIA EUDEMONISTA (CASAMENTO, UNIÃO ESTÁVEL E FAMÍLIA MONOPARENTAL) II 
 
Aula I: As Representações Sociais da Família 
 
Casuística 
Em uma comunidade de Vargem Grande Paulista, uma forma bastante inovadora de 
família é formada, em que o objetivo principal é a busca pela felicidade, embora 
pregue a monogamia. Apesar de não se enquadrar no casamento ou união estável é 
possível falar na sua proteção? Fundamente. 
RESPOSTA ESPERADA 
Após a Constituição Federal de 1988, o ordenamento jurídico ampliou o 
seu leque de proteção, assegurando o amparo as mais diversas formas de 
família, conforme se demora da análise do artigo 226. 
Desta forma, a família formada na comunidade de Vargem Grande 
Paulista, por pregar a monogamia, merece proteção estatal, pois se 
enquadra no conceito doutrinário de família eudemonista, pois os seus 
membros estão em busca da própria felicidade, o que restou caracterizado 
no enunciado. 
 
Teste de aprendizagem 
O rol das formas de família é: 
Fundamentação: uma vez que a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 
226, parágrafo 4º, assegura como família qualquer forma de instituição formada 
pelos pais e seus descendentes. 
Logo, as demais alternativas são falsas, pois, não condizem ao assegurado na 
CF, ensejando uma interpretação restritiva,que seja menos abrangente. 
Aula II: As Famílias Conjugais 
 
Casuística 
Morgana é uma juíza bastante tradicional e ao receber o pedido de reconhecimento 
de união estável julga-o juridicamente impossível, sob a alegação de que o 
ordenamento jurídico apenas ampara a família matrimonial. O advogado, 
inconformado com o pedido, interpõe apelação, pugnando pela reforma da decisão, 
com base no que assegura a Constituição Federal de 1988. 
Diante dos fatos, qual deve ser a decisão do Tribunal de Justiça? 
RESPOSTA ESPERADA 
Em face da narrativa dos fatos, bem como do direito vigente, afere-se que 
a decisão proferida pela juíza não encontra respaldo no ordenamento 
vigente, uma vez que o artigo 226, da Constituição Federal assegura que 
a família é a base da sociedade e merece proteção da sociedade. 
No mais, o parágrafo 3º deste mesmo artigo confere proteção a todas 
formas de família. 
Por tais motivos, a decisão deve ser reformada pelo Tribunal de Justiça 
competente, uma vez que a sentença de primeiro grau contraria as 
previsões constitucionais e, ainda, desprotege a forma familiar oriunda da 
união estável. 
 
Teste de aprendizagem 
Nos exatos termos do que estabelece a Constituição da República, para efeito da 
proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como 
entidade familiar, devendo a lei. 
Fundamentação: segundo o que assegura o artigo 226, §3º, da CF. 
As demais alternativas estão em descompasso com os parágrafos do artigo 226, da 
CF. 
 
Aula III: Hétero e Homossexualidade 
 
Casuística 
Qual o efeito das decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal 
Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de 
constitucionalidade, tomando-se por base a decisão proferida pelo STF na ADI 
4.277/ADPF 132, que reconheceu como entidade familiar a união estável 
homoafetiva? 
RESPOSTA ESPERADA 
A partir da análise da decisão indicada acima é possível verificar que o 
órgão máximo do Poder Judiciário assegurou interpretação conforme ao 
artigo 226, parágrafo 3º, da Constituição Federal, conferindo a mesma 
proteção às entidades formadas por casais homossexuais. 
O fundamento para essa decisão foi o direito à igualdade, bem como a 
proteção da dignidade humana. 
Desta forma, a fim de conferir ampla eficácia a decisão, a discussão em 
pauta, nos moldes do artigo 102, § 2º da Constituição Federal de 1988 terá 
efeito erga omnes e vinculante, ou seja, atingirá a todos indistintamente e 
obrigará que os órgãos do Poder Judiciário, neste assunto, decidam da 
mesma forma. 
 
Teste de aprendizagem 
A Constituição Federal define a família como base da sociedade, garantindo ser 
reconhecida: 
Fundamentação: segundo o que assegura o artigo 226, parágrafo 3º, da CF, 
juntamente com a jurisprudência proferida pelo STF. 
 
Aula IV: União Estável e Namoro 
 
Casuística 
Qual a distinção existente entre o instituto da união estável e o namoro? 
RESPOSTA ESPERADA 
A grande dificuldade da união estável, hoje, não é distingui-la do 
concubinato para atribuição e distribuição de direitos. Um de seus maiores 
problemas está em distingui-la da relação de namoro. Antes, se o casal 
não mantinha relação sexual, tratava-se apenas de namorados, e se já 
mantinha, cuidava-se de “amigados” ou “amasiados”. Hoje em dia, é 
comum, natural e saudável que casais de namorados mantenham 
relacionamento sexual, sem que isto signifique nada além de um namoro, 
e sem nenhuma consequência jurídica. Os tempos modernos desafiam 
uma readequação dos tradicionais conceitos de união estável e namoro, 
como já o fez o STJ: 
[...] O propósito de constituir família, alçado pela lei de regência como 
requisito essencial à constituição da união estável – a distinguir, inclusive, 
esta entidade familiar do denominado “namoro qualificado” –, não 
consubstancia mera proclamação, para o futuro, da intenção de constituir 
uma família. É mais abrangente. Esta deve se afigurar presente durante 
toda a convivência, a partir do efetivo compartilhamento de vidas, com 
irrestrito apoio moral e material entre os companheiros. É dizer: a família 
deve, de fato, restar constituída. 2.2. Tampouco a coabitação, por si, 
evidencia a constituição de uma união estável (ainda que possa vir a 
constituir, no mais das vezes, um relevante indício), especialmente se 
considerada a particularidade dos autos, em que as partes, por 
contingências e interesses particulares (ele, a trabalho; ela, pelo estudo) 
foram, em momentos distintos, para o exterior, e, como namorados que 
eram, não hesitaram em residir conjuntamente. Este comportamento, é 
certo, revela-se absolutamente usual nos tempos atuais, impondo-se ao 
Direito, longe das críticas e dos estigmas, adequar-se à realidade social. 
(STJ, REsp 1.454.643/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, 3ª Turma, pub. 
10/03/2015). 
 
Não é qualquer relacionamento amoroso que se caracteriza em união 
estável, sob pena de banalização e desvirtuamento de um importante 
instituto jurídico. Se a união estável se difere do casamento civil, em razão 
da informalidade, a união estável vai diferir do namoro, pelo fato de aquele 
relacionamento afetivo visar a constituição de família. Assim, um 
relacionamento afetivo, ainda que público, contínuo e duradouro não será 
união estável, caso não tenha o objetivo de constituir família. Será apenas 
e tão apenas um namoro (...) (TJMG, Ap. Cív. 1.0145.05.280647-1/001, 5ª 
Câm. Cív., Rel. Des. Maria Elza, DJ de 21/01/2009). 
 
Teste de aprendizagem 
A Constituição Federal reconhece na família a base da sociedade, cuja proteção é 
devida pelo Estado e garantida legal e constitucionalmente. O Supremo Tribunal 
Federal, como intérprete e guardião da ordem constitucional, manifestou 
entendimento no sentido de que o conceito de família contido no texto constitucional 
merece interpretação: 
Fundamentação: segundo a jurisprudência proferida pelo STF em que, o caput do 
art. 226 confere à família, base da sociedade, especial proteção do Estado. Ênfase 
constitucional à instituição da família. Família em seu coloquial ou proverbial 
significado de núcleo doméstico, pouco importando se formal ou informalmente 
constituída, ou se integrada por casais heteroafetivos ou por pares homoafetivos. A 
Constituição de 1988, ao utilizar-se da expressão ""família"", não limita sua formação 
a casais heteroafetivos nem a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia 
religiosa. (...). [ADI 4.277 e ADPF 132, rel. min. Ayres Britto, j. 5-5-2011, P, DJE de 
14-10-2011.] = RE 687.432 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 18-9-2012, 1ª T, DJE de 2-10-
2012. 
As demais alternativa estão incorretas pela menção de interpretação analógica ou 
literal, uma vez que no último caso, a interpretação literal não ensejaria o 
reconhecimento da união estável homoafetiva. 
 
TEMA 08 – AS ESPÉCIES DE FAMÍLIAS E ENTIDADES FAMILIARES – DA FAMÍLIA TRADICIONAL 
À FAMÍLIA EUDEMONISTA. A UNIÃO ESTÁVEL E O CASAMENTO HOMOAFETIVOS. OUTROS 
ARRANJOS FAMILIARES: A FAMÍLIA MOSAICO OU RECONSTITUÍDA, AS FAMÍLIAS 
PARALELAS, FAMÍLIA ANAPARENTAL, A FAMÍLIA SOCIOAFETIVA, FAMÍLIA 
MONOPARENTAL E A FAMÍLIA UNIPESSOAL. 
Aula I: União Estável e Casamento 
 
Casuística 
Em sua opinião, o princípio jurídico da monogamia deve ser superado ou 
preservado? 
RESPOSTA ESPERADA 
A monogamia funciona como um ponto chave das conexões morais de 
determinada sociedade. Mas não pode ser uma regra ou princípio 
moralista, a ponto de inviabilizar direitos. Por exemplo, se se constitui uma 
família paralelamente à outra, não se pode negar que aquela existiu. 
Condená-la à invisibilidade é deixá-la à margem de direitos decorrentes 
das relações familiares. O princípio da monogamia deve ser conjugado e 
ponderado com outros valores e princípios, especialmente o da dignidade 
da pessoa humana. Qualquer ordenamento jurídico que negar direitos às 
relações familiares existentes estaria invertendo a relação sujeito e objeto,isto é, destituindo o sujeito de sua dignidade e colocando a lei como um 
fetiche. 
 
Teste de aprendizagem 
Segunda o Código Civil, assinale a alternativa correta: 
Art. 1.513 do Código Civil em vigor que "É defeso a qualquer pessoa de direito 
público ou direito privado interferir na comunhão de vida instituída pela família". 
Fundamentação: Conforme disposto no art.1513 do CC/2002 
 
Aula II: Famílias Simultâneas e Poliafetivas 
 
Casuística 
Qual a sua opinião sobre as famílias poliafetivas? Você acha que a família está em 
desordem? 
RESPOSTA ESPERADA 
A família está em constante transformação e transcende, sempre, sua 
própria historicidade. Apesar das resistências às mudanças, elas veem 
acontecendo, quer gostemos ou não, queiramos ou não. E é isto que tem 
feito da família um lugar melhor para se viver. A família não está em 
desordem. Ao contrário, está cada vez melhor, mais verdadeira e mais 
autêntica. Todas essas inevitáveis mudanças são os frutos do afeto como 
valor e princípio jurídico, que se tornaram o vetor e catalisador do Direito 
das Famílias. 
 
Teste de aprendizagem 
Assinale a opção correta acerca da união estável e do casamento. 
Fundamentação: O caput do art. 226 confere à família, base da sociedade, 
especial proteção do Estado. Ênfase constitucional à instituição da família. 
Família em seu coloquial ou proverbial significado de núcleo doméstico, pouco 
importando se formal ou informalmente constituída, ou se integrada por casais 
heteroafetivos ou por pares homoafetivos. A Constituição de 1988, ao utilizar-
se da expressão ‘família’, não limita sua formação a casais heteroafetivos nem 
a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa....."(ADI 4.277 e 
ADPF 132, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 5-5-2011, Plenário, DJE de 14-
10-2011.) No mesmo sentido: RE 477.554-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, 
julgamento em 16-8-2011, Segunda Turma, DJE de 26-8-2011. 
 
 
Aula III: As Famílias Parentais 
 
Casuística 
O que é a família anaparental? Cite um exemplo de proteção legal para essa 
configuração familiar? 
RESPOSTA ESPERADA 
Do grego ana, tem o sentido de privação, isto é, a família privada de pais, 
sem pais. Assim, é a família formada entre irmãos, primos ou pessoas que 
têm uma relação de parentesco entre si, sem que haja conjugalidade entre 
elas e sem vínculo de ascendência ou descendência. É uma espécie do 
gênero família parental. A importância desse conceito e caracterização, 
assim como as demais famílias, está no sentido de proteção jurídica, 
especialmente para efeitos de caracterização do bem de família e sua 
impenhorabilidade. 
 
Teste de aprendizagem 
 
Com relação à família Binuclear, é correto afirmar que: 
 
Fundamentação: Quando tratamos da chamada Família Binuclear, temos que 
se trata de família conjugal bipartida, formada por dois núcleos de um núcleo 
originário. O que se dissolve é a família conjugal e não a família parental, que 
se transforma em dois núcleos dessa mesma família originária. 
 
Aula IV: Parentalidade Socioafetiva 
 
Casuística 
Quais os elementos norteadores da posse de estado de filho? 
RESPOSTA ESPERADA 
Os elementos da posse de estado se exteriorizam para instituir o vínculo 
de parentesco, tradicionalmente em três situações: nomen (ou nominatio), 
tractio e a reputatio (ou fama). O nomem, embora não seja essencial, é a 
utilização do nome, ou melhor, do sobrenome daquele a que se imputa 
cônjuge ou pai/mãe, ainda que apenas socialmente. A tractatio, ou seja, o 
trato, é a relação interna entre os integrantes da família, traduzindo-se em 
afetividade e solidariedade, consolidando o vínculo de parentesco. Quem 
se trata como pai e filho, filho e pai o são. A posse de estado de pai e filho 
se apresenta e se revela no dia a dia, na convivência e na participação 
ativa na vida um do outro, na alegria e dor, na saúde e na doença, em uma 
relação desinteressada que se alicerça apenas no afeto de um ao outro. O 
terceiro elemento da posse de estado, a reputatio, é uma extensão do 
segundo, ou seja, a tratatio se estende à família extensa e ao meio social 
complementando as características da parentalidade socioafetiva. É a 
aparência e a reputação como aquele vínculo se apresenta no meio social. 
Como se demonstra ou deixa transparecer no meio social como pai e filho, 
aparentando a verdadeira realidade interna do vínculo parental, de fato 
são parentes e podem, também, sê-lo de direito. E assim, a posse e estado 
de filho e posse de estado de pai vai além da dimensão interna e subjetiva 
da relação. Posse de estado é quando a vida privada transcende a 
intimidade do lar e se manifesta publicamente, recebendo um 
reconhecimento público e notório, recebe um tratamento social ostensivo. 
E é essa relação identificada como socioafetiva que traduz a vida como 
ela é, e pode ser objeto de reconhecimento judicial, para ensejar efeitos 
jurídicos de ordem pessoal e patrimonial. 
 
Teste de aprendizagem 
Em relação a Filiação é correto afirmar: 
Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide 
a presunção da paternidade 
Fundamentação: Previsto no artigo 1.599 da CC/02 
 
TEMA 09: DIREITO DE FAMÍLIA E O CÓDIGO CIVIL DE 2002 
 
Aula I: O Direito de Família Brasileiro: Introdução 
 
 
Casuística 
Comente quais as principais mudanças ocorridas com o advento da Constituição 
Federal de 1988 e que influenciaram o Código Civil de 2002. Como se portavam os 
protagonistas do Código Civil de 1916 e como se porta(m) o(s) protagonista(s) do 
Código Civil de 2002? 
 
RESPOSTA ESPERADA 
No Código de 1916, a sociedade brasileira era rural, patriarcal, autoritária, 
e tratava a família como unidade de produção. Assim, os protagonistas 
eram o homem, contratante, proprietário, marido e testador, refletindo a 
importância do “ter”. Com o advento do código Civil de 2002, o 
protagonismo passa a ser da pessoa humana, não estabelecendo 
importância em virtude de gênero, ou quantidade de patrimônio, ou seja, 
estabelecer a igualdade material entre as pessoas. Ocorre a 
personalização do Direito Civil, consoante nosso posicionamento porque 
o Direito brasileiro nunca colocou a pessoa humana como protagonista, 
mas o homem proprietário. Portanto, não se pode falar em 
repersonalização, mas tão somente em personalização. 
 
Teste de aprendizagem 
Miguel Reale, ao estabelecer as premissas para o Código Civil de 2002, partiu de 
princípios que ainda não estavam previstos na Constituição vigente à época da 
elaboração do anteprojeto de Código. Tais princípios foram introduzidos na 
Constituição Federal de 1988 e orientaram todo o trabalho da Comissão. Os 
princípios constitucionais mencionados são: 
Fundamentação: Conforme disposto no art. 1º, inc. III, art. 5º, caput e inc. I e art. 3º, 
inc. I, da Constituição Federal. Os demais são princípios relativos à Administração 
Pública. Os outros são relacionados à liberdade de consciência religiosa e seu 
exercício e de imprensa. Os princípios constantes nas duas últimas alternativas são 
princípios que informam as relações internacionais. 
 
Aula II: A Tramitação do Código Civil de 2002 
 
Casuística 
Muitas pessoas pensam que o Código Civil de 2002 foi uma obra realizada por Miguel 
Reale, assim como o Código Civil de 1916 foi uma obra solo de Clóvis Bevilaqua. 
Qual o papel e qual sua importância, em termos de conteúdo, de Miguel Reale na 
realização do Código Civil de 2002? 
RESPOSTA ESPERADA 
Foi criada uma Comissão em 1969 pelo Presidente Costa e Silva. Miguel 
Reale foi nomeado supervisor desta comissão composta por Moreira 
Alves, Agostinho Alvim, Sylvio Marcondes, Ebert Chamoun, Clóvis do 
Couto e Silva e Torquato Castro. Miguel Reale estabelece os princípios 
que informariam todo o trabalho de cada um dos componentes da 
Comissão: a dignidade da pessoa humana, a socialidade, a igualdade, 
além da eticidade, socialidade e operabilidade. Com ele, confere-se à 
pessoa humanaa importância que ela merece ter. Primeiro o “ser” e depois 
o “ter”. 
Teste de aprendizagem 
Atualmente é possível se falar em um novo Direito Civil, marcado, especialmente, 
pelos seguintes elementos, EXCETO: 
Privatização do Direito Civil. 
Constitucionalização do Direito Civil. 
Humanização do Direito Civil. 
Normatização da biotecnologia. 
Unificação no plano obrigacional entre o Direito Civil e o Direito Comercial. 
Fundamentação: é a única alternativa contrária aos institutos do Direito Civil 
Constitucional. 
 
Aula III: A Tríade Axiológica 
 
Casuística 
Renan Lotufo aponta, além da tríade axiológica proposta por Miguel Reale, um outro 
princípio informador do Código Civil de 2002. Qual é este princípio e como ele pode 
ser aplicado ao Direito de Família? 
RESPOSTA ESPERADA 
Renan Lotufo aponta o princípio da atividade em oposição ao status. Ele 
identifica este princípio a partir da visão estabelecida pelo Código Civil de 
2002 em se afastar de estruturas estáticas para passar a reconhecer a 
funcionalidade dos institutos de direito. No Direito de Família, pode-se 
observar este princípio no que concerne ao poder familiar. Caso o pai não 
cumpra com suas obrigações, deverá ser responsabilizado pelo Estado, 
uma vez que exerce munus público, podendo até perder o poder familiar. 
Não basta mais ostentar o status de pai. 
 
Teste de aprendizagem 
Acerca do Direito Civil, assinale a opção correta. 
O princípio da eticidade, paradigma do atual direito civil constitucional, funda-se no valor 
da pessoa humana como fonte de todos os demais valores, tendo por base a equidade, 
boa-fé, justa causa e demais critérios éticos, o que possibilita, por exemplo, a 
relativização do princípio do pacta sunt servanda, quando o contrato estabelecer 
vantagens exageradas para um contratante em detrimento do outro. 
Fundamentação: Jamais o direito de propriedade coletivo foi autorizado pelo 
Direito brasileiro nas bases propostas pela questão. Há que se conferir função 
social à propriedade, conceito distinto. As cláusulas gerais foram utilizadas, 
jamais repudiadas. A operabilidade significa concretude, o realizar o direito 
diante do caso concreto. 
 
Aula IV: Estrutura do Código Civil 
 
Casuística 
Do ponto de vista topográfico, o Código Civil de 2002 também significou avanço 
importante. No Direito de Família, como podemos identificar este avanço? 
RESPOSTA ESPERADA 
Primeiro tratou-se do Direito Pessoal de Família para depois tratar do 
Direito Patrimonial de Família, no Título II do livro IV, destinado ao Direito 
de Família. Isto reflete a importância dada à pessoa humana, ao “ser”, sem 
se esquecer do “ter”, porque as pessoas precisam de bens para sua 
sobrevivência. 
 
Teste de aprendizagem 
É correto afirmar que o direito civil disciplina, objetivamente, as relações jurídicas 
Fundamentação: O direito civil não disciplina relações jurídicas de índole 
constitucional; trata das relações entre particulares e há codificação específica 
no direito brasileiro, a saber, o Código Civil. 
 
TEMA 10 – O DIREITO DE ENVELHECER DIGNAMENTE. A PROTEÇÃO DO IDOSO E A 
RESPONSABILIDADE DA FAMÍLIA. DIRETIVAS E ANTECIPADAS DE VONTADE. 
 
Aula I: O Direito de Envelhecer Dignamente 
 
Casuística 
Sr. Eduardo, com 89 anos, foi ao Banco Frenets e dirigiu-se à fila preferencial, diante 
de sua idade. À frente dele, estavam outros idosos, com menos de 60 anos. Este 
banco descumpriu o Estatuto do Idoso e ele procurou seu escritório para tomar as 
medidas jurídicas cabíveis tendo em vista que dele foi exigido um esforço muito 
grande. Qual o fundamento para resguardar os direitos do Sr. Eduardo? Indique o 
encaminhamento a ser dado ao caso. 
RESPOSTA ESPERADA 
O fundamento está no Estatuto do Idoso, arts. 3º, § 2º, 9º e 43, com 
encaminhamento ao Conselho do Idoso, ao Ministério Público, além da 
ação de indenização por danos morais, pela prática do ato ilícito. 
 
Teste de aprendizagem 
O Estatuto do Idoso foi alterado em 2017. Dentre as alterações, foi estabelecido que 
“os maiores de 80 anos terão preferência especial sobre os demais idosos, exceto 
em caso de emergência” 
Fundamentação: O idoso tem direito à saúde; deve ser tratado como pessoa 
humana, independentemente das condições econômicas do Município, que 
deve assegurar sua existência digna. O idoso deve ser cuidado e tratado 
dignamente. 
 
Aula II: A Proteção do Idoso e a Responsabilidade da Família 
 
Casuística 
"No que consiste o direito fundamental ao envelhecimento? 
RESPOSTA ESPERADA 
O art. 8º do Estatuto do Idoso prevê que o envelhecimento é um direito 
personalíssimo e a sua proteção um direito social. E, o art, 9º, que é 
obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, 
mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um 
envelhecimento saudável e em condições de dignidade. Portanto, o Poder 
Público deve zelar para que a pessoa idosa possa ter acesso a todas as 
condições para que envelheça com dignidade, portanto, com saúde e 
segurança. 
 
Teste de aprendizagem 
A lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003 dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras 
providências. De acordo com esta lei: 
Fundamentação: O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da 
integridade física etc.; o dever de zelar pela dignidade do idoso não é apenas 
da família, mas da sociedade e do Estado; a idade para reconhecimento da 
pessoa idosa é 60 anos. 
 
Aula III: Diretivas Antecipadas de Vontade - I 
 
Casuística 
Sr. Natanael, idoso de 72 anos, providencia sua Diretiva Antecipada da Vontade 
firmando uma escritura pública junto ao Tabelionato de Notas. Ele, porém, deseja 
que seu patrimônio, enquanto estiver impossibilitado de responder pessoalmente 
pelos atos de sua vida civil, seja administrado por seu filho Pedro. Qual providência 
o Sr. Natanael deve tomar? 
RESPOSTA ESPERADA 
O sr. Natanael deve providenciar, além da escritura mencionada, uma 
procuração outorgando, ao filho Pedro, os poderes necessários para a 
execução do seu mister. 
 
Teste de aprendizagem 
“É justamente no sentido de prover aos indivíduos um fenecimento honrado que, no 
entrecruzamento das relações contemporâneas entre direitos fundamentais e 
autonomia privada, emerge o vasto campo de possibilidades das declarações de 
vontade antecipada ou testamento vital. O objetivo de tais expressões jurídicas é 
justamente proteger a dignidade humana do enfermo terminal ou daquele que, diante 
de diagnóstico médico preciso, esteja diante de circunstância tolhedora de suas 
potencialidades humanas racionais” (FACHIN, L.E. et al. Testamento vital ou 
declaração de vontade antecipada – limites e possibilidades das declarações de 
vontade que precedem à incapacidade civil. Disponível 
em:<http://fachinadvogados.com.br/artigos/Testamento%20vital. pdf >. Acesso em: 
17 de abril de 2015.) Considerando as ideias contidas no texto acima e de acordo 
com o que dispõe o Provimento n. 260/CGJ/2013, é correto afirmar: 
Fundamentação: Trata-se de disposição estabelecida justamente para declarar 
aos médicos, quando o paciente não mais responder por si, instruções de como 
ser tratado em relação aos cuidados que deverão ser dirigidos a ele. As 
testemunhas são fundamentais. As DAV’s, também conhecidas como 
testamento vital, estão dispostas neste Provimento mineiro. 
 
Aula IV: Diretivas Antecipadas de Vontade - II 
 
Casuística 
Pedro, elaborando sua DAV, solicita que a ele seja aplicada a ortotanásia. Pode-se 
dizer que esta disposição, que é a manifestação de vontade de seu cliente, é a 
expressão máxima de qual princípio especificamente? 
RESPOSTA ESPERADA 
É possível que se responda exclusivamente acerca do princípio da 
dignidade da pessoa humana. No entanto, ao estabelecer uma DAV, o 
paciente declarante está a observar o princípio da autonomia privada em 
sua plena expressão. 
 
Teste de aprendizagem 
São cuidados materiais e formais que devem ser observadosao se elaborar uma 
DAV: 
Fundamentação: Sacerdote e contador podem auxiliar as pessoas, mas não no 
momento de lavratura de uma DAV. A ausência de um médico não invalida uma 
DAV. No máximo, pode ser um sinal de que a vontade não foi expressa de 
maneira consciente. É recomendável que seja por escritura pública, mas é 
possível por escrito particular, gravação, com testemunhas. 
 
 
 
 
 
Avaliação 
 
1º O objetivo de se criar um ordenamento jurídico é: 
a) A preservação e tutela dos anseios comuns e gerais que se traduzem nos interesses 
dos Estados; 
 
b) Garantir o bem-estar social, com respeito às opiniões éticas, morais e científicas dos 
indivíduos envolvidos; 
 
c) Garantir o bem-estar social, com respeito às opiniões exclusivamente éticas dos 
indivíduos envolvidos; 
 
d) Burocratizar o Estado, a Administração Pública, para que todos saibam seus direitos; 
 
Fundamentação: a garantia do bem-estar social é o objetivo de se criar um ordenamento 
jurídico, com o respeito das opiniões éticas, morais e científicas. 
 
2º A dignidade humana integra um dos princípios consagrados na Constituição Federal 
brasileira. Ao lado dele há outros fundamentos, a saber 
a) Independência nacional, prevalência dos direitos humanos, autodeterminação dos 
povos, não intervenção; igualdade entre os Estados, defesa da paz e a solução pacífica dos 
conflitos; 
 
b) A construção de uma sociedade livre, justa e solidária; garantia do desenvolvimento 
nacional; erradicação da pobreza e a marginalização e redução das desigualdades sociais e 
regionais; promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quais quer outras formas de discriminação; 
 
c) Repúdio ao terrorismo e ao racismo, a cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade e a concessão de asilo político; 
 
d) A soberania, a cidadania, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o 
pluralismo político; 
 
Fundamentação: trata-se de texto expresso da CF/88, art. Io, incs. I, II, IV e V. 
 
3º Quanto à boa-fé objetiva nas relações familiares, pode-se dizer que; 
 
a) Sua inobservância não tem qualquer relevância para o Direito de Família; 
 
b) Tem fundamento no devido processo legal e na proteção da desconfiança, aplicando-se 
a todos os ramos do direito; 
 
c) 0 atraso deliberado, intencional, no pagamento da pensão alimentícia devida, quando 
o devedor tem o recurso ã disposição, constitui sua inobservância; 
 
d) Elaborar pacto antenupcial para estabelecer a separação de bens e, depois, pedir que 
os bens se comuniquem configura boa-fé nas relações familiares; 
 
Fundamentação: a relevância é inquestionável porque é princípio informador de todo o 
Direito Civil. É fundamentado no dever de confiança que deve existir nas relações jurídicas, 
tanto durante as tratativas, no decorrer da relação e após. 
 
4º Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, a falta ou a carência de recursos 
materiais: 
 
a) Não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar; 
 
b) Constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar; 
 
c) Permite a destituição ou a suspensão do poder familiar uma vez que as partes não têm 
condições de constituir advogado; 
 
d) Prevê que o juiz destitua o poder familiar prontamente e encaminhe a criança ou 
adolescente para a adoção; 
 
Fundamentação: conforme art 23 do ECA. 
5º Segundo o que nos ensina Giselda Hironaka, amparando-se na lição de Eduardo Bittar, 
podemos dizer que o Código Civil francês, em 1804, conhecido como Code Napoleón; 
 
a) Definiu-se como o paradigma da codificação incompleta, o sistema de um Código 
aberto, perfeito, lógico, objetivo. 
 
b) Definiu-se como o paradigma da codificação incompleta, o sistema de um Código 
aberto, perfeito, lógico, objetivo. 
 
c) Definiu-se como o paradigma da codificação incompleta, o sistema de um Código 
aberto, perfeito, lógico, subjetivo. 
 
d) Definiu-se como o paradigma da codificação incompleta, o sistema de um Código 
aberto, perfeito, lógico, subjetivo. 
 
Fundamentação: o Código Napoleônico foi concebido consoante a visão kelseniana, fechado, 
completo, objetivo, prevendo todas as possibilidades de relações jurídicas. 
 
6º Levando em consideração as espécies de famílias e entidades familiares, é correto 
afirmar que o rol das formas de família, segundo a Constituição Federal é: 
 
a) Restrito; 
 
b) Numerus clausus; 
 
c) Taxativo; 
 
d) Exemplificativo; 
 
Fundamentação: uma vez que a Constituição Federal de 1988. em seu artigo 226. parágrafo 
4º assegura como família qualquer forma de instituição formada pelos pais e seus 
descendentes. Logo, as demais alternativas são falsas, pois, não condizem ao assegurado na 
CF, ensejando uma interpretação restritiva, que seja menos abrangente. 
 
7º Um sério problema com o qual o advogado pode se deparar ao lidar com o ordenamento 
jurídico é o das antinomias. Segundo Norberto Bobbio. em seu livro Teoria do 
Ordenamento Jurídico, são necessárias duas condições para que uma antinomia ocorra. 
Assinale a opção que, segundo o autor da obra em referência apresenta tais condições. 
 
a) As duas normas aplicáveis não apresentam uma solução satisfatória para o caso; as 
duas normas não podem ser integradas mediante recurso a analogia ou costumes; 
 
b) Ambas as normas devem ter procedido da mesma autoridade legislativa; as duas 
normas em conflito não devem dispor sobre uma mesma matéria; 
 
c) As duas normas em conflito devem pertencer ao mesmo ordenamento; as duas 
normas devem ter o mesmo âmbito de validade, seja temporal, espacial, pessoal ou 
material; 
 
d) Ocorre no âmbito do processo judicial quando há uma divergência entre a decisão de 
primeira instância e a decisão de segunda instância ou quando um tribunal superior de 
natureza federal confirma a decisão de segunda instância; 
 
Fundamentação: para Bobbio. identificam-se as antinomias em três situações: 1) 
CONTRARIEDADE: uma nonma ordena a fazer algo e outra proíbe; 2) CONTRADITORIEDADE: 
uma norma ordena fazer e outra permite não fazer; 3) CONTRADITORIEDADE: uma norma 
proíbe fazer e outra permite fazer; Além das situações acima descritas, para que haja 
antinomia é ainda necessário que: 1)???as duas normas pertençam ao mesmo ordenamento 
as duas normas devem ter o mesmo âmbito de validade: temporal, espacial, pessoal e 
material. 2) as duas normas devem ter o mesmo âmbito de validade: temporal, espacial, 
pessoal e material. Portanto, a alternativa "As duas normas em conflito devem pertencer ao 
mesmo ordenamento; as duas normas devem ter o mesmo âmbito de validade, seja 
temporal, espacial, pessoal ou material" é a correta e gabarito da questão. 
 
 
8º Assinale a alternativa correta sobre o Princípio da Igualdade entre homens e mulheres, 
previsto no art. 5o. inciso I. da Constituição Federal: 
 
a) A diferença de critério de admissão em concursos públicos entre homens e mulheres 
sempre será inconstitucional em face do princípio da isonomia; 
 
b) Existe violação ao princípio da isonomia entre homens e mulheres se. na relação de 
emprego, for criada discriminação com base na natureza das atribuições e funções exercidas 
em razão do sexo; 
 
c) Para fins de admissão ou de permanência na relação de emprego, considera-se 
constitucional a exigência de atestados de gravidez e esterilização; 
d) 0 tratamento diferenciado em razão do sexo pode ser admitido se a finalidade 
pretendida for atenuar os desníveis existentes entre homens e mulheres; 
 
Fundamentação: Na máxima Aristotélica de que deve tratar igualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais na medida que se desigualam resta evidente. Necessária 
proteção por exemplo da Lei Maria da Penha. O STF entendeu que não ofende a isonomia 
constitucional a referida legislação (ADC 19 e ADI 4424). 
 
 
9º O sistema de codificação do Código Civil de 2002:a) Resguardou a igualdade por meio da visão abstrata do sujeito de direitos, considerado 
em razão das normas jurídicas, e não em face de suas circunstâncias concretas; 
 
b) Estabeleceu a visão antropocêntrica ao Direito Privado, da qual é exemplo a previsão 
normativa dos direitos da personalidade; 
 
c) Adotou a concepção de sistema fechado, uma vez que permitido o diálogo apenas com 
a Constituição Federal e com as normas especiais de direito privado; 
 
d) Utilizou a técnica legislativa das normas abertas, razão pela qual o processo de aplicação 
do Direito depende exclusivamente do raciocínio dedutivo e silogístico; 
 
Fundamentação: a igualdade assegurada foi a material, além da formal; o diálogo entre as 
fontes foi um dos grandes recursos empregados diante desta nova metodologia; a 
dependência não é exclusivamente silogística; a unificação foi total. 
 
10º As diretivas antecipadas da vontade são: 
 
a) Um documento por meio do qual o declarante poderá orientar os profissionais médicos 
sobre qual o melhor remédio a ser ministrado a ele e em que dose receber no momento em 
que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente sua vontade; 
 
b) Um documento que prevê instruções, exclusivamente, no que toca a administração 
patrimonial na eventualidade de moléstia ou morte; 
 
c) Um documento por meio do qual o declarante poderá orientar os assistentes sociais 
sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver 
incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade; 
 
d) Um conjunto de instruções e vontades a respeito do corpo, da personalidade e da 
administração familiar e patrimonial para a eventualidade de moléstia grave ou acidente 
que venha a impedir a pessoa de expressar sua vontade; 
 
Fundamentação: Este documento traz as instruções aos profissionais médicos. Se ela pode 
exprimir sua vontade não precisa de DAV. A escolha do medicamento e a dosagem são 
prerrogativas do médico.

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