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Exercício 1 A seguir, leia o registro de uma professora: Texto: Avaliação do texto escrito: uma concepção de ensino e aprendizagem [...] Uma classe de alfabetização em 2004 foi a minha primeira turma. Lembro que, numa determinada semana, eu tinha realizado a leitura de um livro “Vida de palito é fogo” [...] Então eu fui ao quadro e realizamos a reescrita do texto. Os alunos falavam e eu escrevia. E a gente discutia o que podia ser melhorado. Os alunos conseguiram fazer bem a atividade, se preocupando em contar a história da mesma forma do livro, apresentando a ordem dos fatos. Mas, ao mesmo tempo, vi que eles fizeram a reescrita não parecendo muito motivados [...] Parecia que não tinha sentido. Contar pra que? (In: Produção de textos na escola: reflexões e práticas do Ensino Fundamental, 1ª edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 73) Tendo como referência o desafio da professora em produzir textos considerando as práticas sociais de uso da escrita, o que é necessário levar em conta no planejamento do que será escrito com os alunos? Ensinar os procedimentos do escritor. Assim, o grupo aprenderá a forma como um escritor escreve. Definir uma situação comunicativa real com os alunos. Dessa forma, o grupo atribuirá sentido ao que será produzido. Atuar como escriba durante uma situação de escrita. Desse modo, o grupo não terá a preocupação de grafar. Escrever o texto logo após a leitura da história. Assim, o grupo saberá de memória o enredo e a ordem dos acontecimentos. Exercício 2 Em relação ao conceito de revisão de texto, são feitas as seguintes afirmações sobre o papel do professor: I- Assinalar no próprio texto dos alunos os erros ou os problemas e dar as formas substitutas. II- Rever o texto com o foco na situação comunicativa – para quem, para que e o que se escreve. III- Marcar com cores diferentes, no próprio texto, o que está escrito de forma correta e o que está errado. IV- Propor a volta ao texto junto aos alunos com a intenção de melhorá-lo, tanto a forma quanto o conteúdo. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas CORRETAS dentre as apresentadas acima: I e IV II e IV II e III I e III Exercício 3 Após algumas atividades de produção de textos, a professora Marta elaborou o seguinte registro: Registro da professora Para dar início a atividade planejada, li a história O pequeno polegar, do livro Contos de Perrault, escrito por Fernanda Lopes de Almeida. Ao término da leitura, propus o desafio de produzirmos a reescrita dessa história. Porém, a produção não foi satisfatória, tendo em vista que o texto fugiu das características do gênero, principalmente porque usaram a forma coloquial, de como falamos, para ditar a história. No dia seguinte, li uma outra versão da mesma história do livro Contos de Fadas, edição comentada e Ilustrada de Maria Tatar. Após a leitura, fizemos uma conversa acerca das similaridades da história lida no dia anterior. Escolhi o trecho de quando o Polegar e seus irmãos se perdem na floresta para analisar como o autor expressa as sensações e emoções dos personagens. Num outro dia, observamos a forma como em cada versão o autor encontra uma solução para os problemas encontrados. Após todas essas conversas, iniciamos o planejamento da reescrita. De acordo com essa prática, qual das alternativas a seguir define, corretamente, o objetivo de realizar a leitura de duas versões de uma mesma história? Estudar a biografia dos dois renomados autores. Comparar as diferenças e semelhanças de cada texto. Escolher a história mais simples para realizar a reescrita. Decorar a linguagem utilizada em cada uma das histórias. Exercício 4 Uma professora do 3º ano constatou que seus alunos escreviam com muitos erros de português e os textos não eram bem formulados. Qual das estratégias a seguir é a correta quando se pretende que os alunos melhorem a qualidade dos textos? Corrigir os textos dos alunos, deixando evidente os erros gramaticais e ortográficos. Revisar o texto com os alunos, abordando todos os desafios textuais de uma só vez. Corrigir os textos dos alunos, marcando os equívocos do texto e pedindo para arrumar. Revisar o texto com os alunos, propondo a análise do que escreveram e como melhorá-lo. Exercício 5 Antes de iniciar o trabalho de reescrita coletiva de um conto de fadas, a professora Carolina organizou um tempo para estudar as características deste gênero. A seguir, examine o texto escolhido pela professora. Texto: A categorização do gênero discursivo contos de fadas tradicional sob a ótica bakhtiniana [...] Em sua estrutura narrativa sempre há uma situação inicial de tranquilidade, que é quebrada por uma perda, uma necessidade, uma aspiração, um dever a ser cumprido ou uma maldição lançada. No que concerne aos personagens, geralmente são poucas, mas sempre há a protagonista, a antagonista e personagens secundárias. [...] Coelho (1987, p. 48) expõe que, “em se tratando de literatura infantil, a estrutura mais adequada é a linear, ou melhor, a que segue a sequência normal dos fatos: princípio, meio e fim”. A ordem em que as ações acontecem também é linear; embora seja determinado de forma imprecisa, o tempo é cronológico. De igual forma, o espaço em que se realizam as ações é sempre vago; em decorrência, empregam-se termos genéricos, tais como: casinhas no meio da floresta, bosques, castelos antigos, palácios, no alto de uma torre, lugares cercados de encantamentos, em um jardim. O narrador desses contos, assumindo a posição social de contador de histórias, é, quase sempre, onisciente; logo, o foco narrativo é a 3ª pessoa [...] In: A categorização do gênero discursivo conto de fadas tradicional sob a ótica bakhtiniana. Com base no estudo desse texto, feito pela professora Carolina, é correto afirmar que os contos de fadas possuem por característica uma disposição em contos versificados, que brinca com a sonoridade, o ritmo e a cadência do texto narrativo. um elemento desencadeador da narrativa que se repete do início ao fim, com a retomada do mesmo acontecimento. uma organização canônica que possibilita antecipar informações sobre a narrativa, como cenário, personagens e conflitos. uma estrutura da narrativa em que todas as personagens são animais com características humanas, cujo desfecho traz uma mensagem. Exercício 6 Compare, a seguir, duas práticas de sala de aula nas quais as professoras atuaram como escriba durante uma produção textual. Professor 1 – escriba de uma receita [...] P- Fez a massa e colocou nos potes. Tudo sozinha [relendo]. E aí? Luís- Colocou no fogo e os outros veio logo atraídos pelo cheiro. P- QUANDO ELA COLOCOU NO FORNO [escrevendo]. O que aconteceu? Maira- Os dois. Luís- Veio logo atraídos pelo cheiro. P- OS DOIS AMIGOS [escrevendo]. Crs- Veio atraídos pelo cheiro. P- VIERAM ATRAÍDOS PELO CHEIRO [escrevendo] [...] (Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/edur/v30n3/v30n3a06.pdf. Acesso em: 01 de agosto de 2019) http://www.scielo.br/pdf/edur/v30n3/v30n3a06.pdf Professor 2 – escriba de um bilhete [...] P- O que é que eu coloco aqui? A primeira informação qual vai ser? Stefany e Maiara- A hora! Stefany- O local e onde é. Maiara- E o nome da escola. Stefany- E o dia e a hora. Crs- A hora. P- Horário. HORA: [escrevendo]. Podemos colocar hora ou podemos colocar horário. O que é que vocês preferem? Stefany- A hora. Carla- Horário. P- Hora ou horário? Crs- Hora! [...] (Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/edur/v30n3/v30n3a06.pdf. Acesso em: 01 de agosto de 2019) Após comparar essas situações de sala de aula, qual é a prática correta para a atuação da professora como escriba? Da professora 2. Porque registra o que as crianças falaram, transcrevendo o texto sem fazer intervenções. Da professora 1. Porque altera as partes incompreensíveisdo texto, deixando coerente aos futuros leitores. Da professora 1. Porque modifica os tempos verbais, arrumando a concordância verbal do texto sem o grupo perceber. Da professora 2. Porque grafa o que as crianças ditaram, discutindo com o grupo a melhor forma de escrever o texto. Exercício 7 1) Leia, a seguir, a indicação literária. Texto 1: Indicação literária produzida por crianças Autora: Margaret Mayo Ilustradora: Emily Bolam Editora: Companhia das letrinhas http://www.scielo.br/pdf/edur/v30n3/v30n3a06.pdf Como contar crocodilos Se você gosta de livros com várias histórias sobre bichos, leia “Como contar crocodilos”. Este livro tem 8 histórias curtas e compridas, que dá para você ler em cada dia da semana e em um dia a mais. Nestas histórias sempre tem uns bichos que enganam os outros. Elas são muito divertidas, com ilustrações muito bonitas. Numa das histórias tem um gatinho que queria muito ser grande, para fazer as coisas que um bicho grande faz, até que descobre que tem um jeito de ficar alto como os outros bichos. Você quer saber o que irá acontecer com esse gatinho? Descubra lendo este livro. Robert Timoner Ricardo Giorgi Sabrina Ares Elisete e Dani (In: Indicação produzida pelos alunos do Pré da Escola Vera Cruz) A partir da análise dessa indicação literária, marque a alternativa que define corretamente o significado do apelo ao leitor. Construir um resumo bem sintético e sem contar o final da história. Convencer o destinatário de que a obra recomendada merece ser lida. Criar uma narrativa com os pontos e personagens principais da história. Elaborar uma ilustração rica em detalhes das partes importantes da história. Exercício 8 Analise, a seguir, uma prática de produção textual coletiva em que a professora atuou como escriba. Do lado esquerdo está a versão final da reescrita e, do lado direito, um trecho da aula em que a educadora e as crianças elaboram o texto. Texto: Versão final da reescrita da história “A galinha ruiva” (Versão final da reescrita. In: arquivo do CEDAC) Texto: Trecho do registro de uma aula de produção textual (professora relê o primeiro parágrafo em voz alta) Professora: Então, como vamos continuar a história? O que aconteceu depois que a galinha ruiva encontrou os grãozinhos de milho? Criança 1: Chamou... Criança 2: Chama os amiguinhos. Professora: Mas, quais amiguinhos ela encontra? Criança 3: O porquinho, o patinho. Professora: E como podemos escrever isso em nossa história? Criança 2: A galinha chama os amiguinhos. Professora: Será que é importante colocar quem são os amiguinhos? O pessoal que não conhece a história sabe quem são eles? Crianças: Nãooo. Professora: Então, como colocamos essa informação no texto? Criança 3: A galinha chama os amiguinhos, o porquinho e o patinho. Professora: Então, vou escrever e depois nós iremos ler para ver como ficou: A galinha chama os amiguinhos, o porquinho e o patinho (lê em voz alta enquanto escreve). [a construção e revisão da história continua nessa aula e em outros momentos] De acordo com essa prática, qual é o papel do professor como escriba? Possui a responsabilidade de grafar o que as crianças ditam, realizando uma discussão a respeito da composição do texto. Tem a função de escutar as ideias das crianças, elaborando um texto escrito que contemple as principais ideias do grupo. Tem a incumbência de reelaborar o texto a partir do que as crianças dizem, deixando o texto compreensível aos outros leitores. Deve registrar a fala de todas as crianças sem realizar nenhuma interferência, favorecendo que elas sejam as autoras daquela reescrita. Exercício 9 Logo após o retorno das férias, a professora Renata propôs aos alunos a escrita de uma redação, justamente, com o tema: minhas férias. Durante a atividade, percebeu que a maioria do grupo teve muita dificuldade para realizar essa tarefa. Dentre as alternativas a seguir, marque aquela que, corretamente, indica a intervenção essencial para a produção de textos dos alunos: Planejar com os alunos quem será o interlocutor, o gênero e a finalidade do texto. Dessa maneira, haverá um norte para a escrita. Incrementar as propostas de redação com o recurso de imagens ou fotografias. Desse modo, a escrita ficará mais interessante. Propor a escrita de temas e assuntos variados. Desse jeito, o grupo perderá o medo de iniciar e desenvolver textos de qualidade. Deixar claro que o destinatário do texto é o professor. Assim, o grupo terá uma devolutiva da qualidade do desempenho na tarefa. Exercício 10 Observe duas indicações literárias de uma mesma história, elaborada por duplas ou trios de crianças do Ensino Fundamental I. 1ª Indicação literária - O soldadinho de chumbo Ilustrador e tradutor: Eliardo França Editora: Ática Hans Christian Andersen nasceu em 1805. Na cidade de Odense, ele é um autor dinamarquês que escreve o livro, “Soldadinho de Chumbo”. Essa história é bonita é um Soldadinho de Chumbo que só tinha uma perna. Nesse texto você vai ver que o Soldadinho vai se apaixonar por uma bailarina de papel. Este conto é de aventura e é também de tristeza. Se você ler, vai descobrir o que irá acontecer com o Soldadinho. Por: Nathan e Victoria Silveira (Disponível em: https://pt.slideshare.net/escoladavila/indicaes-literrias-de- contos-de-hans-christian-andersen-3-ano-a-9224797. Acesso em: 01 de agosto de 2019) 2ª Indicação literária - O soldadinho de chumbo Certa vez um menino ganha uma caixa com soldadinhos de chumbo de presente e dentro desta caixa apenas um é especial, o soldadinho diferente cai da janela e vive uma grande aventura no seu barquinho de papel. Os personagens são: os soldadinhos, o menino e uma bailarina, o livro é aventureiro, com ilustrações delicadas. Essa história é interessante onde o autor deixa a gente comovido e onde o cenário é o quarto do menino. Indicado por: Amanda e Laryssa (Disponível em: https://colegiointerativo.wordpress.com/2015/06/24/contos-de- hans-christian-andersen-indicacoes-literarias/. Acesso em: 01 de agosto de 2019) Tendo como referência essas indicações literárias, qual alternativa a seguir expressa, corretamente, o objetivo de lermos duas versões de um mesmo gênero? Conhecer as características e os elementos constitutivos do gênero que será produzido. Garantir o contato frequente com o mesmo texto e, assim, decorar todas as partes daquela história. Escolher o texto com uma linguagem simplificada e com o repertório mais próximo do universo infantil. Aprender o significado dos gêneros do discurso e toda a variedade de textos que abarcam esse conceito. Exercício 11 A seguir, analise duas indicações literárias produzidas por duplas de crianças. Texto 1 https://pt.slideshare.net/escoladavila/indicaes-literrias-de-contos-de-hans-christian-andersen-3-ano-a-9224797 https://pt.slideshare.net/escoladavila/indicaes-literrias-de-contos-de-hans-christian-andersen-3-ano-a-9224797 https://colegiointerativo.wordpress.com/2015/06/24/contos-de-hans-christian-andersen-indicacoes-literarias/ https://colegiointerativo.wordpress.com/2015/06/24/contos-de-hans-christian-andersen-indicacoes-literarias/ Disponível em: https://pt.slideshare.net/escoladavila/indicaes-literrias-de- contos-de-hans-christian-andersen-3-ano-a-9224797. Acesso em 12 de agosto de 2019) Texto 2 (Disponível em: https://pt.slideshare.net/escoladavila/indicaes-literrias-de- contos-de-hans-christian-andersen-3-ano-a-9224797. Acesso em 12 de agosto de 2019) Nessas duas indicações literárias, é possível identificar o apelo ao leitor nos seguintes trechos: “Esta história romântica e bem bonita é sobre um príncipe [...]” e “[...] acendeu um fósforo para se esquentar”. “Ela é princesa mesmo?” e “Você vai se emocionar com essa história Dinamarquesa que se passa em uma rua”. “Descubra lendo o livro [...]”e “Leia o conto para saber [...]” “[...] a rainha atendeu” e “A única roupa que ela usava era uma camisolinha e andava descalça”. Exercício 12 A seguir, leia alguns trechos da história Pele de asno. Texto: História Pele de asno Era uma vez um Rei tão poderoso, tão amado do seu povo, tão respeitado pelos seus vizinhos, que podia considerá-lo o mais feliz dos monarcas. Sua felicidade era ainda maior pela escolha que fizera, de uma Princesa muito bela e virtuosa. Viviam em harmonia perfeita. Desse casamento tinha nascido uma filha, dotada de tantas graças e encantos, que eles não lamentavam a falta de outros descendentes. [...] As cavalariças, repletas dos mais belos cavalos do mundo, costumavam atrair especialmente os visitantes. Mas o que os espantava era ver que ali, instalado no lugar de maior destaque, um asno abanava suas longas orelhas. - Que capricho estranho! - comentavam. - Tratar com tanta consideração um simples burro. - Não foi sem motivo que o Rei lhe reservou tal privilégio – costumava retrucar o chefe dos cavalariços – As qualidades desse raro animal merecem essa deferência. E mais não dizia. Só os que viviam no palácio sabiam da extraordinária natureza daquele asno: sua cama de palha, em vez de amanhecer suja, aparecia todas as manhãs coberta de moedas de ouro. [...] Mas as vicissitudes da vida se estendem tantos aos reis quanto a seus súditos e os bens são sempre entremeados de alguns males. Quis o céu que a rainha fosse acometida de uma grave enfermidade e, apesar da ciência dos médicos, não houve como encontrar socorro. [...] (a princesa) Esta, não vendo mais nenhum meio de adiar a sua desgraça, ia desesperar-se, quando sua madrinha apareceu. - Que fazes minha filha? – disse, vendo a Princesa arrancar o cabelo. – Eis o momento mais feliz da tua vida. Envolve-te nessa pele de asno, sai deste palácio, e vai tão longe quanto teus passos possam te levar. Quem tudo sacrifica pela virtude é recompensado. Cuidarei para que teu enxoval te siga por toda a parte [...] E eis aqui minha varinha de condão, que eu te dou de presente. Quando tiveres necessidade dessa arca, bate no chão com a varinha e ela aparecerá diante dos teus olhos. Mas apressa-te em partir, não te demores. [...] (In: Contos de Perrault, 2012, pgs. 28 e 33) A partir desse texto, é correto afirmar que os contos de fadas apresentam uma narrativa objetiva e concisa, possibilitando compreender as informações do que é estruturante e essencial naquele texto. dispõem de uma narrativa que interage com o leitor a cada parágrafo, propiciando ler as entrelinhas do texto e ir além do que está escrito. possuem uma sequência de ações que se acumulam, modificando apenas a entrada de novos personagens para agregar informações ao texto. têm uma organização canônica que permite prever o desenvolvimento da trama, possibilitando antecipar como começa e termina a história.