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TUBOS DE COLETA
	TUBO
	ANTICOAGULANTE
	SETOR
	MATERIAL
	ANALÍTO
	Azul
	Citrato de sódio
	Hemato (coagulaç)
	Vidro
	Plasma
	Vermelho
	S/ anticoagulante
	Sorolog / Bioquim
	Vidro / Plástico
	Soro
	Amarelo
	Gel separador
	Sorolog / Bioquim
	Vidro / Plástico
	Soro
	Verde
	Heparina sódica
	Bioquim / Imuno
	Vidro
	Plasma
	Roxo
	EDTA
	Hemato
	Vidro / Plástico
	Sangue total
	Cinza
	Fluoreto de sódio
	Glicose / Bioquim
	Vidro / Plástico
	Plasma
	Preto
	Citrato trisódico
	VHS
	Vidro / Plástico
	Sangue total
BIOQUÍMICA
Branco: substância que retira os interferentes cromógenos. 
Padrão: solução com concentração conhecida 
Soro controle: Amostra com valores conhecidos. Afere o controle de qualidade e confiabilidade dos resultados.
Diferença entre soro e plasma:
· Plasma: preserva os componentes da coagulação
· Soro: não preserva os componentes da coagulação. Obtido sem anticoagulante.
Precisão: concordância entre os valores obtidos.
Exatidão: concordância com o valor real.
Diluição 🡪 D = volume solvente / volume soluto 🡪 D = [ ] i / [ ] f
- finalidade da diluição: diminuir a concentração de determinada solução.
Transformações de unidades:
· 1L = 1000mL = 10 dL
· 1mL = 1000µL
· 100mm³ = 100µL 
Reações cinéticas: são reações em que a velocidade da formação ou degradação de um produto é medida durante um intervalo de tempo, atividade enzimática, pode ser cinética por tempo fixo ou cinética contínua (medido em intervalos de tempo).
Exemplos de exames: TGO, TGP, URÉIA, CREATININA, AMILASE, GAMAGT
Reações colorimétricas: são aquelas em que o produto formado da reação é corado e medido na faixa visível do espectro, lidas em comprimento de ondas, e normalmente a cor desenvolvida é proporcional à concentração do produto. Mede-se a energia transmitida ou absorvida.
Exemplos de exames: COLESTEROL, GLICOSE, HDL, ÁCIDO ÚRICO, ALBUMINA, PROTEÍNAS TOTAIS, BILIRRUBINA, TRIGLICÉRIDES
Absorbância – é a quantidade de luz absorvida por uma reação corada.
Transmitância – é a quantidade de luz transmitida por uma reação corada.
Reações ultravioleta: são reações que não desenvolvem cor visível no espectro, e sim no ultravioleta, 340-370nm, sendo capazes de absorver luz.
Reações de ponto-final: Reação em que a concentração do produto atinge um ponto máximo, permanecendo inalterada por um determinado tempo em função da estabilidade do produto, comum nas reações colorimétricas.
CALCULOS:
VLDL = TRI				 LDL = COL total – HDL - VLDL
	 5
EXAMES EM BIOQUÍMICA:
HEMOGLOBINA GLICADA – Teste para avaliar o controle glicêmico de médio prazo (últimos 60 dias). O resultado é expresso em porcentagem, indicando o percentual de hemoglobina que se encontra ligada à glicose. 
Método: Resina de troca iônica
FRUTOSAMINA – Reflete a glicemia do paciente em 1 semana
Método: cinético
GLICOSE – Mede a quantidade de glicose no sangue, detecta hiper e hipoglicemia, ajudo no diagnóstico de diabetes e monitora níveis de glicose em pessoas com diabetes.
Método: Enzimático colorimétrico
COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES – Avaliam o risco de doenças cardíacas.
Método: Enzimático colorimétrico
BILIRRUBINAS – Avaliam doenças hepáticas e anemias hemolíticas
	Indireta – Anemias hemolíticas, reações transfusionais, hemorragias internas
	Direta – Lesão hepática (Hepatites virais, alcóolica, medicamentosa) ou obstrução biliar (cálculos biliares, tumor, fibrose de ducto).
Método: Enzimático colorimétrico
TGO – Avalia lesão hepática ou lesão dos músculos e coração.
TGP – Lesão hepática.
Método: Cinético
FAL – Lesão das vias biliares, problemas nos ossos, gravidez.
Método: Cinético
GAMAGT – Lesão biliar, problemas cardíacos, pancreáticos e hepáticos.
Método: Cinético
CKMB – Problemas cardíacos
Método: Cinético
URÉIA SÉRICA – Avalia e monitora pacientes com doenças renais
Método: Cinético
CREATININA SÉRICA – Avalia e monitora função renal
Método: Enzimático colorimétrico, cinético.
ÁCIDO ÚRICO – Detecta níveis altos observados em pessoas com Gota (Artrite). A dosagem na urina é para avaliar causa de cálculos renais recorrentes.
Método: Enzimático colorimétrico
AMILASE – Diagnostica e monitora pancreatite e doenças hepáticas
Método: cinético
LIPASE – Diagnostica e monitora distúrbios pancreáticos
Método: enzimático colorimétrico
TRIGLICERÍDEOS – Avalia o risco de doença cardíaca.
Método: Enzimático colorimétrico
FERRO – Utilizado como auxiliar no diagnóstico de anemias e hepatopatias
Método: Enzimático colorimétrico
FÓSFORO – Função na composição óssea, no equilíbrio ácido-básico, no metabolismo de gorduras e carboidratos, além de estar presente na formação de compostos como os ácidos nucleicos.
Método: Colorimétrico
CÁLCIO – O cálcio sérico é mantido dentro dos limites fisiológicos pela ação combinada do paratormônio e vitamina D, através de seus efeitos sobre os ossos, intestinos e rins.
Método: Enzimático colorimétrico
PROTEINAS TOTAIS E FRAÇÕES – Desidratação, doença crónica do fígado e mieloma múltiplo são estados que podem produzir níveis elevados de proteína total. A diminuição nos níveis de proteína total é característica da insuficiência terminal de fígado e doença renal.
Método: Colorimétrico
ALBUMINA – Ajuda no diagnóstico ou acompanhamento da evolução e tratamento de doenças. Avalia função hepática com dosagens de ureia e creatinina. Avalia função renal com dosagem de pré-albumina.
Método: Enzimático colorimétrico
DIAGNÓSTICO DE CARDIOPATIAS:
CK (Creatinafosfoquinase): Enzima presente na musculatura estriada esquelética, lisa e cardíaca. Composta de 3 frações:
1- CKMM: fração muscular
2- CKBB: fração cerebral
3- CKMB: fração cardíaca
A CK total e a CKMB, se elevam no plasma de 4 a 8 horas ao IAM. Atingem o seu pico máximo entre 12 e 24 horas. Retornam a normalidade após esse período.
* Para se caracterizar IAM a CKMB tem que ser superior a 6% da CK total, e não ultrapassar a 40%.
Outras causas de alteração: doenças pulmonares, cerebrais, macro CK, doenças musculares e injeções intramusculares.
TGO (AST): Enzima mitocondrial, presente em vários órgãos. Indica a extensão da lesão. Se eleva entre 8 a 12 horas após o IAM. Atinge seu pico por volta de 36 horas. Retornam a normalidade após esse período.
LDH (Lactato desidrogenase): Enzima presente em vários tecidos, responsável pela transformação do lactato em piruvato. Se eleva de 12 a 18 horas após o IAM. Atinge seu pico máximo por volta de 48 horas. Retornando ao normal entre o 8º e 14º dia.
* A permanência alta dos valores, indica continuidade da lesão.
Troponina: Proteína relacionado com o processo contrátil muscular. Grande aumento na lesão cardíaca, após 4 horas do IAM. Mantém elevada por mais tempo. É mais sensível e especifica do que o CKMB.
Diagnóstico precoce:
NT-pro BNP (Hormonio natriurético B): Produzido pelo tecido cardíaco. Aumenta com a expansão dos volumes dos ventriculos. Aumenta com a sobrecarga de pressão dos ventrículos. Diagnóstico da ICC. Avalização do progresso do paciente quanto a gravidade da doença. Avaliação da eficácia do tratamento.
PCR ultra-sensível: Diagnóstico do risco da doença aterosclerótica.
Homocisteína: Constitui fator de risco para as doenças cardiovasculares. Promove a aterogenese.
---------------------------------------------------------
CK (Enzima Creatinocinase) – níveis aumentados de CK podem ser observados em pacientes com IAM após 4 a 8hs do início dos sintomas, atingindo pico sérico em média, em 24hs. Após 2 a 3 dias das, observa-se queda dos níveis plasmáticos com normalização dos valores. Entretanto, não é um marcador específico, podendo apresentar falsos positivos em pacientes com doença muscular, intoxicação por álcool, trauma músculo esquelético, exercícios vigorosos, convulsões, injeções intramusculares e embolia pulmonar (EP).
Método: Cinética UV
CKMB (Fração MB da Creatinocinase) – A enzima CK-MB é um marcador mais específico que a CK total, pois é encontrada em menor quantidade em outros sítios que não o músculo cardíaco. Deve ser dosada, quando disponível, a concentração da enzima (CK-MB massa), emvez de sua atividade, devido a sua acurácia em detectar lesão miocárdica. Entretanto, é menos específica que a troponina para diagnóstico de IAM.
Método: Cinética UV
TROPONINAS – São proteínas do complexo miofribilar, sendo encontradas exclusivamente nos músculos cardíacos e esquelético. As subunidades troponina I e T são utilizadas no diagnóstico e no prognóstico de síndromes isquêmicas agudas. A detecção de aumento ou queda é essencial para o diagnóstico de infarto, é recomendado pelo menos duas medidas com intervalo de 3 a 6hs.
Troponina I – Eleva-se cerca de 3hs, atinge o pico em 15hs e normaliza-se entre 5 a 10 dias, mais precocemente que a troponina T. Apresenta sensibilidade e especificidade em torno de 90 a 95% respectivamente.
Troponina T – Eleva-se em aproximadamente 4hs, tem seu valor de pico em 20hs e atinge valores normais entre 10 a 14 dias. Os valores de sensibilidade e especificidade são de 85 a 90%. 
Método: Imunocromatografia
PROTEÍNAS DE FASE AGUDA: proteínas sintetizadas pelos hepatócitos, mediante secreção de interleucinas pelos monócitos, em resposta a reação inflamatória.
Provas: VHS, MUCOPROTEÍNAS (ALFA-1-GLICOPROTEÍNA E ALFA-2-MACROGLOBULINA), PCR E EFR.
VHS: velocidade de hemossedimentação. 
 - Indicador não específico.
 - Monitora inflamação crônica e atividade da doença.
* Processo inflamatório leva a uma agregação maior das hemácias (rouleaux) 
* Mediadores químicos da inflamação alteram o potencial zeta deixando as hemácias unidas e pesadas.
Método: Westergren
MUCOPROTEÍNAS: glicoproteínas formadas em duas frações:
* Alfa-1-glicoproteína: inibidora de agregação plaquetária. Quadro inflamatório ou inflamação aguda.
* Alfa-2-macroglobulina: inibidora de enzimas proteolíticas.
PCR: proteína C reativa.
- Semelhante ao Polissacarídeo C da parede de pneumococo (gram +)
- Monitora a resposta de fase aguda.
- Reaparecimento indica: Reagudização do processo.
EFR: eletroforese de proteínas
- Separa as proteínas do soro.
- Teste de triagem para investigação de anormalidades das proteínas séricas:
	* albumina				* beta-globulina
	* alfa-1-globulina			* gama-globulina
	* alfa-2-globulina
		Aparecimento de: 	* 1 - processo inflamatório agudo
					* 2 e 3 - normais
					* 4 - mieloma múltiplo
REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD
São utilizadas para interpretar os resultados no sistema de controle interno de qualidade. As regras nos ajudam a entender a não conformidade e trazem também a informação sobre o tipo de erro.
LIMITE ACEITÁVEL DE ERRO “LAE” - +/- 1s
Regra de Alerta (1:2s) – não implica em rejeição. A ocorrência de 1:2s é o sinal de alerta e indica que devem ser realizadas inspeções adicionais em todos os dados. Realizar outras inspeções adicionais nos dados de controle para decidir se os resultados serão aceitos ou não.
Regra de Rejeição (2:2s ; 4:1S ; 1:3s) – rejeitar as séries de exames e buscar o erro. Deve-se diagnosticar resolver o problema e repetir as análises dos testes e das amostras controle. Buscar erros sistemáticos.
Para encontrar o Desvio Padrão (DP): calcular a média 🡪 variância 🡪 média da variância 🡪 DP
Precisão: é a melhor concordância nas medidas repetitivas.
Exatidão: é o grau de concordância entre o valor encontrado ou medido e o valor verdadeiro.
GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS
O Gráfico de Levey-Jennings é um gráfico de controle em que os resultados da corrida analítica são plotados em função do tempo, ou número de corridas. Ele é um importante aliado do profissional de laboratório, no controle interno da qualidade, para evidenciar o estado do sistema analítico e ajudar a garantir a confiabilidade dos resultados entregues.
HEMATOLOGIA
· Eritrócitos/Hemácias - célula anucleada que transporta oxigênio através da hemoglobina
· Leucócitos – célula que faz parte do sistema de defesa do organismo
· Granulócitos 
· Eosinófilos – combate a infecções parasitárias e alérgicas
· Basófilos – combate a processos alérgicos e neoplásicos
· Neutrófilos – combate a infecção bacteriana
· Monócito – responsável pela fagocitose (limpeza da circulação)
· Linfócitos – combate a processos virais
· Plaquetas: fragmentos celulares (nasce a partir do rompimento de uma parede celular). Atua no processo de coagulação
Regulação da produção das células sanguíneas: 
Eritropoietina (produzida pela gl suprarrenal) – sinaliza a medula óssea a necessidade de produção de eritrócitos.
Interleucina (produzida pelos leucócitos) – sinaliza a medula a necessidade de diferenciação leucocitária.
· A maturação das células sanguíneas devem acontecer no estroma antes de ser levado ao sangue periférico
ERITROPOESE – Blastos 🡪 Proeritroblastos 🡪 Eritroblasto basófilo 🡪 Eritoblasto policromático 🡪 Eritroblasto ortocromático 🡪 Reticulócito 🡪 Eritrócito
GRANULOPOESE – Mieloblasto 🡪 Promielócito 🡪 Mielócito 🡪 Metamielócito 🡪 Bastão 🡪 Segmentados
	FENÓTIPO
	GENÓTIPO
	ANTÍGENO NAS HEMÁCIAS
	ANTICORPO NO PLASMA
	DOA
	RECEBE
	A
	AA, Aa
	A
	Anti-B
	A, AB
	A, O
	B
	BB, Bb
	B
	Anti-A
	B, AB
	B, O
	AB
	AB
	A e B
	Nenhum
	AB
	A, B, AB e O
	O
	aa,bb
	nenhum
	Anti-A e Anti-B
	A, B, AB e O
	O
	FENÓTIPO
	GENÓTIPO
	ANTIGENO NAS HEMÁCIAS
	ANTICORPO NO PLASMA
	DOA
	RECEBE
	Rh +
	DD, Dd
	Fator Rh
	-
	Rh+
	Rh+ , Rh -
	Rh -
	Dd
	-
	* produz Ac, somente quando entra em contato com hemácias Rh+
	Rh+ , Rh-
	Rh-
SOLUÇÃO FISIOLÓGICA 0,9% – mantém a osmolaridade da hemácia, evita a hemólise, pois ela não perde líquido para o meio devido ao sódio da SF.
Deficiência em Ferro – hemácias microcíticas
Deficiência de Ác. Fólico e Vit B12 – hemácias macrocíticas (diminui a mitose – o núcleo é expulso precocemente)
Deficiência de Hb – hemácias hipocrômicas
CONTAGEM DE ERITRÓCITOS – análise quantitativa do número global de eritrócitos (hemácias).
Método: Manual (câmara de Neubauer) – Solução fisiológica
Valor de referência – ♂ - 4,3 a 5,7 milhões/ μL / ♀ - 3,9 a 5,0 milhões/ μL
CONTAGEM DE LEUCÓCITOS – 
Método: Manual (câmara de Neubauer) – Líquido de Turk
Valor de referencia – 5 a 10 mil/mm³
CONTAGEM DE PLAQUETAS – contagem no número global de plaquetas.
Método: Manual (câmara de Neubauer) – Método de Fônio
Valor de referencia – 150 a 450 mil/mm³
CONTAGEM DE RETÍCULOCÍTOS – avaliação da função eritropoiética
Método: Manual (extensão sanguínea) – Solução de azul de cresil brilhante
Valor de referencia - 25.000 à 50.000 / 0,5 à 1,5%
HEMOGLOBINA – proteína presente nas hemácias, responsável pelo transporte de O²
Método: Colorimétrico
Valor de referência – ♂ - 12,5 a 17,5g/dL / ♀ - 11,5 a 15,5g/dL
HEMATÓCRITO – Porcentagem de massa de hemácias em relação ao volume sanguíneo.
Método: Centrifugação
Valor de referência - ♂ - 40 a 50% / ♀ - 38 a 45%
VHS “Velocidade de Hemossedimentação” – Mede a velocidade com que os glóbulos vermelhos se separam do “soro” e se depositam no fundo, se um tubo de sangue (com anticoagulante) é deixado parado. 
Método: Westergren
Valor de referência - ♂ - 3 a 8 mm em 1 hora / ♀ - 3 a 11 mm em 1 hora
 
TESTES DE COAGULAÇÃO SANGUÍNEA - O testes avaliam os distúrbios de coagulação sanguínea, baseiam-se no tempo de formação do coagulo pelo método coagulométrico, que podem ser detectado visualmente no tubo (técnica manual) ou por equipamentos coagulométricos (por meio de detecção magnética, fotométrica e imunológica). Os principais testes são: TP Tempo de protrombina, TTPa Tempo tromboplastina parcial ativada, TT tempo de trombrina, pesquisa de anticoagulante lúpico, dosagem de fibrinogênio, a proteína C e a proteína S, sendo úteis na avaliação de pacientes com quadro de trombose venosa, avaliação da atividade fibrinolítica, sendo o principal utilizado a análise de d-dímeros (específico para avaliar a atividade fibrinolítica secundária à formação de fibrina). Os testes para rastreamento dessas alterações na hemostasia geralmente são TP que avalia a via extrínseca e a via comum, e o TTPa que avalia a via intrínseca e a via comum.
TP (TEMPO DE PROTROMBINA) - as anormalidades na via extrínseca e comum podem prolongar o TP (fatores VII, V, X, protrombina ou fibrinogênio). O testepode estar prolongado nas deficiências de um ou mais dos fatores acima, bem como na presença de um inibidor de algum desses fatores, deficiência de vitamina K, doença hepática, coagulação intravascular disseminada (CIVD), entre outros.
Dos cinco fatores que alteram o TP, três são dependentes de vitamina K (protrombina, fator VII e fator X) e tornam-se diminuídos com o uso dos anticoagulantes cumarínicos, motivo pelo qual o TP é o exame mais amplamente usado para a monitorização da anticoagulação oral com antagonistas da vitamina K. A OMS preconizou um índice internacional normalizado (INR) que corrige os resultados em uma escala internacional.
Método: Coagulometria
TTPa (TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL) - avalia as vias intrínseca e comum da cascata da coagulação (pré-calicreína, cininogênio de alto peso molecular, fatores XII, XI, IX, VIII, X, V, protrombina e fibrinogênio) pode indicar ainda, CIVD, Doenças Hepáticas, deficiência de precalicreína, cininogênio de alto peso molecular e presença de anticoagulante lúpico. O TTPa é relativamente mais sensível a deficiências dos fatores VIII e IX do que a deficiências dos fatores XI e XII ou fatores da via comum, mas, na maioria das técnicas, níveis de fatores entre 15% e 30% do normal prolongam o TTPa. 
O TTPa é usado para detecção de deficiências ou inibidores dos fatores da coagulação da via intrínseca ou comum, além de se prestar para monitorização da anticoagulação com heparina e para screening do anticoagulante lúpico.
Método: Coagulometria
TESTE DE COOMBS INDIRETO – identifica a presença de Ac irregulares em soro de mulheres grávidas Rh negativo, para avaliar se esta já foi exposta a Ag não naturais através da gestação ou transfusão sanguínea, pois indivíduos Rh negativo não possuem Ac anti-D. Utiliza-se um sangue do tipo “O+”, pois este é livre de Ag do grupo ABO e possui apenas o Ag do Rh, sendo específico para pesquisa de Ac anti-D, não sendo necessário realizar a imunofenotipagem. Se o soro da gestante tiver Ac anti-D ao realizar o ensaio com sangue “O+”, que possuem Ag-D, ocorrerá aglutinação pela ligação Ag-Ac.
Método: PAI “pesquisa de Ac irregular”
TESTE DE ANTIGLOBULINA DIRETO “TAD” – avalia o imunocomplexo formado. É realizado em pacientes pós transfundidos e em RN (c/ DHRN) para avaliar a presença de hemólise devido Ac irregulares
PESQUISA DE ANTICORPOS IRREGULARES “PAI” – avalia a presença de Ac irregulares , que são produzidos a partir da exposição através transfusões ou gestações prévias.
Índices hematimétricos 
VCM “Volume corpuscular médio” – Analisa o tamanho médio dos eritrócitos
Cálculo: Ht/E x10
Valor de referência – 81 a 95fl
HCM “Hemoglobina corpuscular médio” – Analisa a quantidade de hemoglobina dos eritrócitos
Cálculo: Hb/E x 10
Valor de referência – 26 a 34pg
CHCM “Concentração de hemoglobina corpuscular média” – Avalia a concentração de hemoglobina em cada hemácia
Cálculo: Hb/Ht x 100
Valor de referência – 31 a 36%
RDW – Representa a amplitude de distribuição dos eritrócitos, servindo como índice de anisocitose
Cálculo – Automatização
Valor de referência – 11,5 a 14,5%
URINÁLISE
ANÁLISE FÍSICA / MACROSCÓPICA
- Cor: indica concentração, hidratação e presença de pigmentos na urina
- Aspecto: a turbidez é causada pela presença de elementos insolúveis na urina
Obs: volume é necessário para exames específicos (Ex. urina de 24 h)
ANÁLISE QUÍMICA / FITA REATIVA = auxilia no diagnóstico de doenças renais, hematológicas e metabólicas
Método: Química seca
- Reação de Benedict – identifica glicose
- Reação de Fouchet – identifica bilirrubina
- Reativo de Erlich – identifica urobilinogênio
- Reativo de Rothera – identifica cetonas
- Reativo de Johannenssen – identifica hemoglobina
- Nitrato de potássio a 5% - identifica nitrito
· Glicose: controle e diagnóstico precoce de DM
· Densidade: avaliação do estado hídrico, estado das células tubulares.
· pH: diagnóstico de distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória
· Bilirrubina: auxilia no diagnóstico de lesões hepáticas (hepatite), obstrução do ducto biliar
· Urobilinogênio: detecção precoce de doenças hepáticas, hemolíticas, estado patológico do trato intestinal
· Hemoglobina: doenças glomerulares, tumores na bexiga ou rim, urolitíase, infecção renal grave
· Cetonas: indicativo de cetoacidose diabética, febre, exercício físico
· Proteína: indicador importante de doença renal
· Nitrito: indicativo de infecção bacteriana (bactérias transformam nitrato em nitrito)
· Ácido ascórbico: pode causar falso-negativo nas reações de proteína e leucócitos
· Leucócitos: indicativo de ITU, doenças inflamatórias e cálculo renal
ANÁLISE MICROSCÓPICA / SEDIMENTOSCOPIA = detecção e identificação dos elementos não solúveis da urina
Elementos quantificação: LEUCÓCITOS / HEMÁCIAS / CÉLULAS EPITELIAIS
Elementos para qualificação: BACTÉRIAS / CILÍNDROS / CRISTAIS / FILAMENTOS DE MUCO / LEVEDURASS
Cálculos de sedimento urinário: F = K / C X D
IMUNOLOGIA
Anticorpo - O componente molecular básico da resposta imune humoral. Sintetizados por células B e plasmócitos, em resposta ao desafio por parte do antígeno. Os anticorpos promovem proteção contra o agente infeccioso, bloqueiam a disseminação do agente no sangue e facilitam a eliminação deste agente. 
Antígeno - molécula reconhecida por anticorpos ou células T específicos.
Epítopo (determinante antigênico) - é a verdadeira estrutura molecular que interage com uma única molécula de anticorpo ou receptor de célula T. Dentro de uma proteína, um epítopo pode ser formado por uma sequência específica (epítopo linear) ou por uma estrutura tridimensional (epítopo conformacional). Anticorpo monoclonal reconhece um único epítopo.
Haptenos (imunógenos incompletos) - quase sempre pequenos demais para imunizar (iniciar uma resposta), mas podem ser reconhecidos por anticorpo. Eles podem se tornar imunogênicos pela ligação com uma molécula carreadora, tal como uma proteína.
Imunoglobulinas:
IgA – Compreende de 5 a 15% das imunoglobulinas séricas e possui meia-vida 6 dias. Aparece nas secreções do corpo e proporciona imunidade localizada. A produção de IgA requer auxílio especializado da célula T e estimulação da mucosa. O IgA aparece no colostro, nas secreções intestinais e respiratórias, na saliva, lagrimas e em outras secreções. As pessoas com deficiência em IgA tem maior incidência de infecções do trato respiratório.
IgE contribui com 1% das imunoglobulinas totais e possui meia-vida de aproximadamente 2,5 dias. A maioria da IgE está ligada aos receptores Fc nos mastócitos, nos quais ela age como um receptor para alérgenos e antígenos dos parasitas. Quando antígenos suficientes se ligam a IgE no mastócito a célula libera histamina, prostaglandina, fator de ativação de plaqueta e citocinas. IgE é importante para a proteção contra infecções parasitárias, sendo responsável pela hipersensibilidade anafilática (reações alérgicas rápidas).
IgD representa menos de 1% das imunoglobulinas séricas. A IgD existe basicamente como uma IgD de membrana, que atua, com a IgM como uma receptor de antígenos nas membranas das células B primitivas para ajudar a iniciar as respostas de anticorpos, ativando o crescimento de célula B. A IgD e a IgM são os únicos isotipos que podem ser expressos conjuntamente por uma mesma célula.
IgM é o primeiro anticorpo produzido em resposta ao desafio antigênico e pode ser produzida de maneira independente da célula T. IgM contribui com 5% a 10% das imunoglobulinas totais em adultos e possui meia vida de 5 dias. Teoricamente, essa imunoglobulina possui 10 sítios de ligação ao antígeno. É a imunoglobulina mais eficiente para fixar o complemento. Um único parâmetro de IgM pode ativar a via clássica do complemento. A IgM é particularmente importante para a imunidade contra os antígenos polissacarídeos no exterior dos micro-organismos patogênicos. Ela também promove a fagocitose e a bacteriólise ao ativar o complemento através de sua porção Fc. A IgM também é o componente principal dos fatores reumatoides (autoanticorpos).IgG compreende em aproximadamente 85% das imunoglobulinas nos adultos. As quatro subclasses de IgG diferem na estrutura, concentração relativa e função. A produção de IgG requer auxílio da célula T. A IgG, como uma classe de moléculas de anticorpo possui meia-vida 23 dias das cinco classes de imunoglobulina, atravessa a placenta e é o anticorpo principal na resposta de reforço. A IgG exibe grande avidez (capacidade de ligação) pelos antígenos, fixa o complemento, estimula a quimiotaxia e age como opsonina para facilitar a fagocitose.
Células NK constituem uma parte importante do sistema imune natural (inato). As células NK proporcionam uma resposta celular precoce a uma infecção viral, possuem atividade antitumoral e amplificam as reações inflamatórias após infecção bacteriana. As células NK são linfócitos granulares grandes que compartilham muitas características com as células T, exceto o mecanismo de reconhecimento da célula-alvo. 
RESUMO: 
Função do sistema imune – evitar ou limitar infecções por microrganismos.
- 1ª linha de defesa – peles e membranas mucosas.
- 2ª linha de defesa – ramo inato (capacidade inespecífica)
- 3ª linha de defesa – ramo adaptativo
Ramo Inato
🡪Celular, inespecífico
🡪Formado por células
🡪Obtido na vida uterina
Linfócitos T (Th e Tc)
Ramo Adaptativo
🡪Humoral, específico
🡪Formado por anticorpos
🡪Obtido no meio, vacinação
Linfócitos B e Anticorpos (Ig)
MHC: Complexo de Histocompatibilidade
Marcador de diferenciação: CD. Ex. CD3+ e CD4+
Macrófago: fagocita de maneira inespecífica, quaisquer bactéria.
Citocinas: mediadores químicos liberados pela células. Fazem ativação de macrófagos (IF-GAMA). Atuam na inflamação (TNF). Realizam ativação de linfócitos B (IL-4 e 5) e T (IL-1).
Linfócitos atípicos: são diferentes quanto a forma, coloração. São ativados devido à recrutação.
· Linfócito T: Fazem parte da imunidade celular. Possuem receptores que reconhecem fragmentos de peptídeos Ag.
· ThCD4+ = helper ou auxiliadores. Ajudam linfócitos B a produzir Ac. Ajudam fagócitos a destruir micróbios fagocitados.
· TcCD8+ = citotóxico ou citolíticos. Destroem células que abrigam micróbios intracelulares
· Linfócito B: produz anticorpos. Fazem parte da imunidade humoral. Marcador: CD19
· Linfócitos NK (Natural Killer): tem função de destruir células que foram formadas erradas. Marcadores de imunidade inata. Não expressam receptores de antígenos. São importantes contra vírus e tumores.
APCs- Células apresentadoras de antígeno. Porta de entrada para micróbios (pele, área gastrointestinal). Contem células especializadas abaixo do epitélio que captura Ag e transporta para tecidos linfoides. 
- Ex: células dendriticas e macrófagos.
Diagnóstico imunológico 🡪 conjunto importante entre a clínica e os dados laboratoriais.
Os exames imunológicos realizam: Pesquisa de Antígeno (Ag) e Pesquisa de Anticorpo (Ac).
Objetivam a melhor especificidade (para evitar reações cruzadas) e sensibilidade (menor concentração detectada).
· Aglutinação direta em látex
Pesquisa de Ag. 🡪 Ex. βHcG – teste de gravidez
- Amostra positiva (reagente) – haverá formação de aglutinato
- Amostra negativa (não reagente) – não haverá formação de aglutinato 
· Aglutinação indireta em látex
Pesquisa de Ac. 🡪 Ex. ASLO – Anti-Estreptolisina “O”
- Amostra positiva (reagente) – haverá formação de aglutinato
- Amostra negativa (não reagente) –não haverá formação de aglutinação
As pesquisas de aglutinação em látex podem ser:
· Qualitativas – detecção de ausência/presença 
· Semi-quantitativas – detecção de títulos: positivo de 1 a 8 x / negativo de 20 a 28 x
· Quantitativas – detecção em unidades de referências (numéricas)
· Inibição da aglutinação
Pesquisa de Ag/Hormônios 🡪 Ex. Teste de gravidez – βHcG
- Amostra positiva – não há formação de aglutinato
- Amostra negativa – formação de aglutinato
· Hemaglutinação
Pesquisa de Ac 🡪 Ex. Ac. Anti T. pallidum
Utiliza-se o soro do paciente e hemácias com antígenos.
- Amostra positiva – formação de aglutinato
- Amostra negativa – não há formação de aglutinato
· Prova de imunohemato para determinação de tipo sanguíneo
ABO – indica a classif. Sanguínea de acordo com a presença de antígenos A e B na superfície das hemácias de acordo com o Ac séricos: anti-A e anti-B.
· Prova direta: pesquisa de Ag.
· Prova indireta (tipagem reversa): pesquisa de Ac.
· Teste de Elisa (EIE/EIA): Ensaio imuno enzimático, baseado em reações Ag-Ac.
- utilizações: dosagens hormonais, marcadores tumorais, doenças infecciosas (HIV, hepatites, toxoplasmose), detecção de drogas de abuso 
	- pode ser qualitativo ou quantitativo
Tipos de ELISA:
· ELISA sanduíche (direto)
Pesquisa de Ag 🡪 Ex. pesquisa de proteína viral
- Amostra positiva (reagente) – apresenta cor (> absorbância)
- Amostra negativa (não reagente) – ausência de cor (< absorbância)
🡪 A absorbância medida é diretamente proporcional a [ ] de Ag.
· ELISA indireto
Pesquisa de Ac 🡪 Ex. sífilis
Tem a adição do Ac anti-humano (anti IgG humana) conjugado à enzima.
- Amostra positiva (reagente) – apresenta cor (> absorbância)
- Amostra negativa (não reagente) – ausência de cor (< absorbância)
- Indeterminado (“cut off”)
🡪 A absorbância medida é diretamente proporcional a [ ] de Ag.
· Elisa competição
Pesquisa de Ac 
- Amostra positiva (reagente) - ↓ Absorbância ↑ concentração de Ac
- Amostra negativa (não reagente) - ↑ Absorbância ↓ concentração de Ac
Avidez de Ac – afinidade do Ac pelo Ag.
-- Elisa competição: Ac do soro do paciente possui maior avidez, além disso a concentração de Ac no soro sendo maior faz com que ele se ligue com mais rapidez ao Ag (solução) não permitindo que o Ac do conjugado se ligue primeiro.
Importância do CP (controle positivo) e CN (controle negativo) – evitar erros de diagnóstico, elimina falsos resultados por erro e/ou contaminação.
Testes de duplicata – comparação de resultados, se houver uma diferença significativa os testes devem ser realizados novamente.
Efeito prózona – quando a concentração de Ac é muito alto ocorre a possibilidade de efeito prózona. Os Ac se ligam ao Ag mais não aglutinam. É necessário realizar a diluição da amostra.
Imunogenicidade – é a capacidade do sistema imune adquirir resposta imunológica a determinados epítopes. O tempo de infecção e a produção de Imunoglobulinas são chamados de Janela Sorológica, ou o paciente é soro conversor lento. Quanto o resultado for “cut off” deve-se solicitar uma nova amostra após um tempo específico.
· HEPATITES – virús hepatotrópicos (HAV, HBV, HCV)
· HCV – Hepatite C
Transmissão: drogas injetáveis, contato sexual/familiar, exposição ocupacional, transfusão sanguínea, indeterminada.
Diagnóstico: Pesquisa de Ac anti-HCV, se positivo medir carga viral (RNA HCV)
· HAV – Hepatite A
Transmissão: fecal-oral
Diagnóstico: Anti-HAV-IgG (fase crônica) ; Anti-HAV-IgM (fase aguda)
· HBV – Hepatite B
Transmissão: perinatal ; contato sexual
Diagnóstico: HbsAg (fase aguda – inicial) ; Anti-HBc total (2ºmarcador); Anti-HBc-IgM (1ºAc de resposta = fase aguda) ; Anti-HBc-IgG (expos. Pregressa) ; Anti-HBs (marcador de cura) ; HBeAg (fase replicativa) ; Anti-Hbe (bom prognóstico)
· Doenças autoimunes: produção de auto anticorpos (falha no sistema de auto tolerância)
- Sistema de auto tolerância: mediada pelo HLA (sistema de compatibilidade)
- Doença auto imune sistêmica: ataque a vários epítopes de vários locais (LES, artrite reumatoide)
- Doença auto imune localizada: ataque a epítopes específicos (Tireoidite de Hashimoto)
· Anemia Perniciosa 🡪 Diagn: Anti-células parietais ; Anti-fator-intrínseco
· Tireoidite de Hashimoto 🡪 Diagn: ATG (Ac. Anti tireoglobulina) ; ATM (Ac. Anti microssomal) ; TPO (Ac. Anti tireoperoxidase)
· Lúpus Eritematoso Sistêmico 🡪 Diagn: FAN (Fator Anti núcleo) ; Ac. Anti-DNA 
· Diabetes Juvenil 🡪 Diagn: Ac. Anti Ilhota de Langehans ; Ac. Anti-insulina ; Ac. Anti-GAD
· Hepatite 🡪 Diagn: Anti músculo liso ; Anti-ALKM-1 (Anti microssoma de fígado ou rim) ; FAN 
Exame específico para Doenças auto imunes: FAN
Os padrõesmais comuns do FAN e suas prováveis patologias são:
- Nuclear pontilhado Centromérico = Esclerodermia ou Cirrose biliar primária.
- Nuclear homogêneo = Lúpus, Artrite Reumatoide, Artrite Idiopática Juvenil, Síndrome de Felty ou Cirrose Biliar Primária.
- Nuclear tipo membrana nuclear contínua = Lúpus ou Hepatite autoimune.
- Nuclear pontilhado fino = Síndrome de Sjögren Primária, Lúpus Eritematoso Sistêmico ou Lúpus.
- Nuclear pontilhado fino Denso = Inespecífico, pode estar presente em várias doenças auto-imunes e também na Cistite Intersticial, Dermatite Atópica, Psoríase ou Asma.
- Nuclear pontilhado grosso = Doença Mista do Tecido Conjuntivo, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Esclerose Sistêmica ou Artrite Reumatoide.
- Nucleolar pontilhado = Esclerose Sistêmica.
- Citoplasmático pontilhado reticulado = Cirrose Biliar Primária ou Esclerose Sistêmica.
- Citoplasmático pontilhado fino = Polimiosite ou Dermatomiosite.
MÉTODOS:
FAN (Fator Anti núcleo) – Pesquisa de anticorpos Anti Ag Hep 2
Método: imunofluorescência indireta em células HEp-2
TESTE DE CHAGAS – Teste para identicação de infecção por T. cruzi
Método: Hemaglutinação passiva
Técnica: utilizar soro do paciente. Utilizar placas com cavidades. Realizar a diluição 1/32 da amostra com a solução diluente com 2-mercaptoetanol. (10µL da amostra + 0,31mL da solução diluente com 2-mercaptoetanol – multipl. 0,31mL pelo número de amostras). Adicionar nas placas os soro controle positivo e negativo e diluições 1/32 de cada amostra. Adicionar suspensão homogênea de hemácias em cada cavidade, agitar a placa por vibração por 3 a 4 minutos. Deixar em repouso por 1 a 2 horas. Reação negativa: hemácias se depositam no fundo formando um botão, reação positiva: hemácias se depositam no fundo formando um tapete, com bordas irregulares. Se positivo realizar a titulação, através da diluição. Títulos < 1/32 não reagentes / > 1/32 reagentes.
TOXOPLASMOSE – Teste para identificar infecção por T. gondii
Método: Hemaglutinação indireta
PCR “Proteína C reativa” – Marcador não específico de inflamação aguda (Proteína de fase aguda)
Método: Aglutinação em látex
Técnica: utilizar soro do paciente. Adicionar em placas em formato de círculo a mostra e os controles positivo e negativo, homogeneizar o látex e adionar a mesma proporção sobre as amostras e controles, homogeneizar, e agitar a placa por 2 minutos. Se positivo realizar a prova semi-quantitativa, fazendo diluições para determinar o título. Será considerado o título a maior diluição do soro que apresentar aglutinação. Resultado = UI/mL 🡪 6 x título
FR “Fator Reumatóide” – Teste para diagnóstico e acompanhamento de Artrite Reumatóide
Método: Aglutinação em látex
Técnica: utilizar soro do paciente. Adicionar em placas em formato de círculo a mostra e os controles positivo e negativo, homogeneizar o látex e adionar a mesma proporção sobre as amostras e controles, homogeneizar, e agitar a placa por 2 minutos. Se positivo realizar a prova semi-quantitativa, fazendo diluições para determinar o título. Será considerado o título a maior diluição do soro que apresentar aglutinação. Resultado = UI/mL 🡪 8 x título
ASLO – Teste para determinação da presença de Antiestreptolisina “O” - diagn. de Febre Reumatóide
Método: Aglutinação em látex
Técnica: utilizar soro do paciente. Adicionar em placas em formato de círculo a mostra e os controles positivo e negativo, homogeneizar o látex e adionar a mesma proporção sobre as amostras e controles, homogeneizar, e agitar a placa por 2 minutos. Se positivo realizar a prova semi-quantitativa, fazendo diluições para determinar o título. Será considerado o título a maior diluição do soro que apresentar aglutinação. Resultado = UI/mL 🡪 200 x título
ABORH – Identificação do grupo sanguíneo e fator RH
Método: Imunoensaio cromatográfico
BETA HCG – Teste para detecção de hormônio gonadotrófico humano (Teste de gravidez)
Método: Aglutinação indireta
VDRL – Teste para identificação de Ag de T. pallidum (Sífilis)
Método: Reação de floculação
Técnica: utilizar o soro do paciente. Transferir uma gota da amostra para o centro de círculo de lâmina devida, juntamente com os controles, adicionar uma gota de suspensão antigênica, e homogeineizar durante 4 minutos. Ler os resultados dentro de 1 minuto ao microscópio em aumento de 100x. Realizar a diluição e observar o título. Amostras reagentes: apresentam aglomerados de Ag visíveis ao microscópio. Amostras não reagentes: apresentam mistura homogênea da amostra.
 
MARCADORES TUMORAIS
· Alfafetoproteína (AFP): diagnóstico e tratamento de câncer de fígado. Em hepatite aguda ou crônica pode demonstrar valores raramente acima de 100ng/mL. A AFP também é maior em determinados tumores de células germinativas, como alguns tipos de câncer de testículo, certos tipos raros de câncer de ovário e os tumores de células germinativas que se originam na região torácica.
· Quinase do Linfoma Anaplásico (ALK): Alguns cânceres de pulmão têm alterações no gene ALK que induz as células cancerígenas a produzirem uma proteína que provoca o crescimento fora de controle. 
· BCR-ABL: presença desse gene confirma o diagnóstico de LMC, pode-se medir o valor para guiar o tratamento. As células da leucemia mieloide crônica (LMC) contém um gene anormal denominado BCR-ABL. O exame de PCR pode detectar este gene em quantidades muito pequenas no sangue ou na medula óssea. Em pessoas com alterações no sangue e medula óssea que se parecem com as observadas na LMC.
· Beta-2-Microglobulina (B2M): Os níveis sanguíneos do B2M estão elevados no mieloma múltiplo, leucemia linfóide crônica (LLC) e alguns linfomas, incluindo Macroglobulinemia de Waldenström. Esses níveis também podem estar elevados em outras condições, como em doenças renais e a hepatite. O B2M é útil no prognóstico a longo prazo em alguns desses tipos de câncer. O B2M também é verificado durante o tratamento do mieloma múltiplo e da Macroglobulinemia de Waldenström para avaliar a resposta terapêutica.
· Antígeno Tumoral da Bexiga (BTA): O BTA é encontrado na urina de muitos pacientes com câncer de bexiga. Pode aparecer como a manifestação de algumas condições não cancerígenas, como cálculos renais ou infecções do trato urinário. Às vezes é usado junto com NMP22 para determinar a recidiva do câncer de bexiga.
· BRAF: Mutações no gene BRAF podem ser encontradas no melanoma, no câncer de tireoide e no câncer colorretal. Cerca da metade dos melanomas têm uma mutação BRAF, na maioria das vezes o chamado BRAF V600. Esta mutação faz com que o gene produza uma proteína BRAF alterada, que sinaliza as células de melanoma para crescerem e se dividirem. 
· CA 15-3: O marcador tumoral CA 15-3 é usado principalmente em pacientes com câncer de mama. Níveis sanguíneos elevados são encontrados em cerca de 10% dos pacientes com doença inicial e em cerca de 70% dos pacientes com doença avançada. Níveis deste marcador também podem estar elevados em outros tipos de câncer, como o de pulmão, cólon, pâncreas e ovário.
· CA 19-9: O marcador tumoral CA 19-9 foi desenvolvido para a detecção do câncer colorretal, mas é mais frequentemente usado em pacientes com câncer de pâncreas. Na doença inicial, o nível pode ser normal, por isso não é um bom marcador para triagem. Ainda assim, é o melhor marcador tumoral para acompanhamento de pacientes com câncer de pâncreas. O CA 19-9 pode estar aumentado em outros tipos de câncer do trato digestivo, como no câncer de estômago e de vias biliares, e, em algumas condições benignas, como doenças da tireoide, artrite reumatoide, doença inflamatória intestinal e pancreatite.
· CA 27-29: O CA 27-29 é outro marcador que pode ser utilizado para o acompanhamento de pacientes com câncer de mama, durante ou após o tratamento. Embora seja um exame mais moderno que o CA 15-3, não é superior na detecção da doença inicial ou avançada. E não se encontra aumentado em todas as pacientes com câncer de mama. Este marcador pode estar aumentado em outros tipos de câncer, como câncer do cólon, estômago, rim, pulmão, ovário,pâncreas, útero e fígado. Ele também pode estar elevado em algumas condições benignas, por exemplo, em mulheres durante o primeiro trimestre de gravidez e em pessoas com endometriose, cistos ovarianos, doença benigna da mama, cálculos renais e doenças hepáticas.
· CA 125: CA 125 é o marcador tumoral padrão usado para acompanhar as mulheres durante ou após o tratamento do câncer epitelial de ovário. Os níveis desse marcador também podem ser elevados em homens e mulheres com câncer de pulmão, pâncreas, mama, fígado e cólon, e em pessoas que já tiveram câncer.
· Calcitonina: A calcitonina é um hormônio produzido pelas células parafoliculares C da glândula tireoide, que normalmente ajuda a regular os níveis de cálcio no sangue. Os valores de calcitonina normais devem estar abaixo 5 a 12 pg/mL. No carcinoma medular da tireoide (MTC), um tipo raro de câncer que começa nas células parafoliculares C, os níveis sanguíneos deste hormônio são frequentemente superiores a 100 pg/ml. Este é um dos marcadores tumorais raros, que pode ser usado ​​para ajudar a detectar o câncer precocemente. Como o MTC é muitas vezes herdado, a calcitonina no sangue pode ser medida para detectar o câncer em estágio inicial em membros da família que se sabe estar em risco. Outros tipos de câncer, como o de pulmão e leucemias, também pode elevar os níveis da calcitonina, mas os exames de sangue para determinar a presença de calcitonina não são normalmente usados ​​para detectar esses tipos de câncer.
· Antígeno Carcinoembrionário (CEA): O CEA não é usado para diagnosticar ou detectar o câncer de intestino, mas é o marcador de tumor preferido para ajudar a prever o prognóstico em pacientes com câncer colorretal. O CEA é também o marcador padrão utilizado para o acompanhamento de pacientes com câncer colorretal, durante e após o tratamento. Desta forma, os níveis de CEA são utilizados para monitorar a resposta terapêutica e detecção precoce de uma recidiva após o tratamento. O CEA pode ser usado para câncer de pulmão e de mama. Este marcador pode também estar alterado em outros tipos de câncer, como melanoma, linfoma, tireoide, pâncreas, fígado, estômago, rim, próstata, ovário, colo do útero e bexiga. É importante mencionar que pode estar elevado em algumas doenças benignas, como hepatite, doença pulmonar obstrutiva crônica, colite, artrite reumatoide e pancreatite.
· Cromogranina A: A cromogranina A (CgA) é produzida por tumores neuroendócrinos, que incluem tumores carcinoides, neuroblastoma e câncer de pulmão de pequenas células. Os valores de CgA estão muitas vezes aumentados em pacientes com essas doenças. Os níveis desse marcador também podem estar elevados em algumas formas avançadas do câncer de próstata com características neuroendócrinas. É difícil definir o valor normal para CgA porque há diferentes maneiras de medir este marcador e cada um tem o seu próprio parâmetro. Tomar medicamentos inibidores da bomba de prótons, como omeprazol e lansoprazol, pode aumentar os níveis de CgA em pessoas saudáveis, por isso seu médico deve ser informado do uso desses medicamentos antes de você realizar esse exame.
· Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR): Esta proteína, também conhecida como HER1, é um receptor que ajuda no crescimento celular. O EGFR pode ser utilizado para guiar o tratamento e prever os resultados do câncer de pulmão de não pequenas células, câncer de cabeça e pescoço, câncer colorretal, câncer do pâncreas ou do câncer de mama.
· HE-4: Alguns tipos de câncer de ovário manifestam o gene HE-4, produzindo quantidades maiores da proteína HE-4. Os níveis dessa proteína são medidos no sangue e utilizados da mesma forma que o CA-125 para orientar o tratamento. Este exame é mais frequentemente usado em pacientes com níveis normais de CA 125. Os valores de HE-4 podem também aumentar em algumas condições benignas, bem como com alguns outros tipos de câncer, por isso não é usado como teste de triagem.
· HER2 (HER2/neu, erbB-2 ou EGFR2): HER2 é uma proteína que induz algumas células cancerígenas a crescer. Ela está presente em quantidade maior do que o normal na superfície de células cancerígenas em 1 em cada 5 pacientes com câncer de mama. Níveis superiores aos normais também podem ser encontrados no câncer de estômago e esôfago. Os tumores HER2-positivos tendem a crescer e se espalharem mais rapidamente do que outros tipos de câncer. Todos os cânceres de mama diagnosticados e cânceres avançados do estômago devem ser investigados para HER2. Os tumores HER2-positivos responderem a medicamentos que agem contra o receptor HER2.
Receptores Hormonais
As amostras de tumores de mama - não amostras de sangue - de todos os pacientes com câncer de mama (mulheres e homens) são investigadas para receptores de estrogênio e progesterona. Os cânceres de mama que contêm receptores de estrogênio são denominados ER-positivo, e os com receptores de progesterona são PR-positivo. Tumores com esses receptores hormonais positivos tendem a crescer mais lentamente e podem ter um melhor prognóstico. Alguns tumores ginecológicos, como os cânceres de endométrio e sarcomas do estroma endometrial, também são investigados para os receptores hormonais.
· Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG): Os níveis de HCG ou beta-HCG ou β-HCG no sangue estão aumentados em pacientes com alguns tipos de câncer de testículo e ovário (tumores de células germinativas) e doença trofoblástica gestacional, principalmente coriocarcinoma. Eles também estão aumentados em alguns pacientes com tumores de células germinativas do mediastino. Os níveis de HCG podem ser usados no diagnóstico, para monitorar a resposta ao tratamento e para detectar precocemente uma recidiva.
Imunoglobulinas
As imunoglobulinas não são marcadores tumorais clássicos, são anticorpos, constituídos de proteína, normalmente produzidas por células do sistema imunológico para ajudar a combater infecções. Existem muitos tipos de imunoglobulinas, incluindo IgA, IgG, IgD e IgM. Os cânceres da medula óssea, como mieloma múltiplo e Macroglobulinemia de Waldenström, mostram aumento de um tipo de imunoglobulina no sangue. Um valor aumentado de imunoglobulinas pode ser um sinal de uma dessas doenças. Isto pode ser verificado no exame eletroforese de proteínas. No entanto, o diagnóstico do mieloma múltiplo ou da Macroglobulinemia de Waldenström, deve ser confirmado por biópsia da medula óssea. Os níveis da imunoglobulina também podem ser acompanhados ao longo do tempo para monitorar a resposta terapêutica.
· Cadeias Leves Livres: As imunoglobulinas são compostas de cadeias de proteínas: duas cadeias longas cadeias (pesadas) e 2 cadeias curtas (leves). Às vezes, no mieloma múltiplo uma proteína M não pode ser encontrada, mas o nível da parte da cadeia leve no sangue está elevado. Este valor pode ser medido com o exame cadeias leves e pode ser usado para ajudar a orientar o tratamento.
· KRAS: O cetuximabe e o panitumumabe são dois medicamentos que têm como alvo a proteína EGFR, e podem ser úteis no tratamento do câncer colorretal avançado. Mas esses medicamentos não atuam eficazmente no tratamento do câncer colorretal com mutações no gene KRAS. Por essa razão, os pacientes devem ser estudados para verificar se tem mutação nesse gene antes de iniciar o tratamento. Mutações KRAS também podem ajudar a orientar o tratamento para alguns tipos de câncer de pulmão. Por exemplo, em tumores em que as mutações não respondem ao tratamento com erlotinibe ou gefitinibe. Os pesquisadores estão estudando como o gene KRAS pode ser usado em outros tipos de câncer.
· Desidrogenase Lática (LDH): O LDH é utilizado como marcador tumoral para o câncer de testículo e outros tumores de células germinativas. Não é tão útil como o AFP e o HCG para o diagnóstico, pois se eleva com muitas outras condições além do câncer, incluindo problemas no sangue e fígado. Ainda assim, os níveis aumentados de LDH não mostram um bom prognóstico de sobrevida. Os níveis de LDH, também são utilizados para monitorar a resposta ao tratamento e a detecçãode uma recidiva. O LDH pode ser usado também em outros tipos de câncer, como linfoma, melanoma e neuroblastoma.
· Enolase Neurônio Específa (NSE): O NSE, assim como a cromogranina A, é um marcador de tumores neuroendócrinos, como o câncer de pulmão de pequenas células, neuroblastoma e tumor carcinoide. É um marcador útil no acompanhamento de pacientes com esses tipos de câncer. Níveis elevados de NSE também podem ser encontrados no câncer medular da tireoide, melanoma e tumores endócrinos pancreáticos.
· NMP22: O NMP22 é uma proteína encontrada no núcleo das células. Os níveis de NMP22 estão frequentemente elevados na urina de pacientes com câncer de bexiga. Este exame não é amplamente utilizado atualmente, uma vez que ainda não é considerado sensível o suficiente para ser usado como ferramenta de triagem. É mais frequentemente utilizado para detectar recidivas do câncer de bexiga após o tratamento. Seus níveis também podem estar elevados em algumas condições benignas ou em pacientes que fizeram tratamento quimioterápico recentemente.
· Antígeno Prostático Específico (PSA): O PSA é um marcador tumoral para o câncer de próstata. O PSA é uma proteína produzida pelas células da glândula prostática, é encontrada apenas em homens. O nível de PSA no sangue pode estar elevado no câncer de próstata, mas também pode ser afetado por outras razões. Homens com hiperplasia prostática benigna, um crescimento benigno da próstata, frequentemente têm níveis mais elevados. O nível de PSA também tende a ser maior em homens mais velhos e aqueles com próstatas infeccionadas ou inflamadas. Ele também pode estar elevado um dia ou dois após a ejaculação. O PSA é importante no monitoramento da resposta terapêutica e no acompanhamento de homens com câncer de próstata. Nos homens tratados cirurgicamente com objetivo de cura, o PSA deve cair para um nível indetectável. O PSA também deve cair após o tratamento radioterápico. Um aumento no nível do PSA pode ser sinal de recidiva.
· Fosfatase Ácida Prostática (PAP): O PAP foi o primeiro marcador tumoral usado no câncer de próstata. Este marcador possui limitações, pois costuma se apresentar elevado apenas nos estágios mais avançados da doença, não sendo por isso, de muita utilidade nos estágios iniciais. Após o surgimento do PSA como marcador para o câncer de próstata, o PAP caiu em desuso. O PAP também pode ser usado para ajudar no diagnóstico do mieloma múltiplo e o câncer de pulmão.
· S-100: S-100 é uma proteína encontrada na maioria das células de melanoma. As amostras suspeitas de tecidos podem ser analisadas por este marcador para ajudar no diagnóstico. Alguns estudos demonstraram que os níveis sanguíneos de S-100 estão elevados na maioria dos pacientes com melanoma metastático. Assim, este exame é às vezes realizado para verificar disseminação da doença antes, durante ou após o tratamento.
· Peptídeos Solúveis relacionados a Mesotelina (SMRP): Este exame é muitas vezes usado em conjunto com exames de imagem para diagnosticar o mesotelioma. Também pode ser realizado para verificar uma recidiva após o tratamento. Os pesquisadores estão avaliando se o SMRP pode ser usado como uma ferramenta de rastreamento em pessoas com alto risco para o mesotelioma.
· Tireoglobulina: A tireoglobulina é uma proteína produzida pela glândula tireoide. Os níveis sanguíneos normais dependem da idade e sexo da pessoa. Os níveis da tireoglobulina se apresentam elevados em muitas doenças da tireoide, incluindo algumas formas comuns de câncer da tireoide. Os níveis de tireoglobulina no sangue devem cair para níveis indetectáveis após o tratamento de um câncer da tireoide. Um aumento no nível da tireoglobulina após o tratamento pode significar uma recidiva. O sistema imunológico de algumas pessoas produzem anticorpos contra a tireoglobulina, que podem afetar os resultados deste exame. Devido a isso, os níveis de anticorpos antitiroglobulina são frequentemente investigados simultaneamente.
VIROLOGIA
Vírus são agentes filtráveis, são parasitas intracelulares obrigatórios, não podem produzir energia ou proteínas. Os genomas virais podem ser RNA ou DNA, mas ambos não. Possuem morfologia de capsídeo desnudo ou de envelope, os componentes virais são montados e não se replicam por divisão.
Os vírus devem ser capazes de usar processos de célula hospedeira para produzir seus componentes (RNA mensageiro viral, proteína e cópias idênticas do genoma). Os vírus devem codificar qualquer processo requerido não fornecido pela célula, os componentes virais devem montar a si próprios.
Vírus DNA: Herpesviridae, Adenoviridae, Papilloma viridae, Polyoma viridae, Hepadnaviridae e Parvoviridae.
Vírus RNA: PARAMYXOVIRIDAE ( parainflenza, vírus sarampo, caxumba), ORTHOMYXOVIRIDAE (Influenza A e B) Retroviridae (Vírus de leucemia de célula T humanos tipo I e II, Vírus da imunodeficiência humana), Flaviviridae (vírus da febre amarela, vírus da hepatite C).
Capsídeo é uma estrutura rígida capaz de resistir a severas condições ambientais. Os vírus com capsídeos sem cobertura são geralmente resistentes ao ressecamento, ao ácido e detergentes, incluindo o ácido e a bile do trato entérico, muitos vírus são transmitidos por via fecal-oral e podem preservar a capacidade de transmissão mesmo no esgoto.
O envelope é uma membrana composta de lipídeos, proteínas e glicoproteínas. A estrutura membranosa do envelope pode ser mantida apenas em soluções aquosas, condições ácidas, detergentes e solventes como o éter, resultando na inativação do vírus, como consequência, os vírus envelopados devem permanecer úmidos e geralmente são transmitidos através de fluídos, sangue e tecidos. A maioria não consegue sobreviver nas condições adversas do trato gastrointestinal. 
PARASITOLOGIA
ANÁLISE FÍSICA
Cor - acolia fecal - obstrução de árvore biliar
Odor - ácido - processo infeccioso
EXAME DIRETO - Pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos
MÉTODO DE HOFFMAN – Pesquisa de cistos, ovos de helmintos, oocistos e larvas.
Principio: Sedimentação espontânea (leitura em até 24 horas)
MÉTODO DE FAUST – Pesquisa de oocistos, cistos e ovos leves.
Principio: Centrifugo-flutuação
MÉTODO DE WILLIS – Pesquisa de ovos leves de helmintos e cistos de protozoários.
Principio: Flutuação em solução saturada de NaCl
MÉTODO DE KATO-KATZ – Pesquisa de ovos pesados.
Principio: Quantitativo 
MÉTODO DE GRAHAM – Pesquisa de ovos 
Principio: Fita adesiva (Deve ser realizado de manhã, sem higienização)
MÉTODO DE BAERMANN-MORAES (RUGAI) – Pesquisa de larvas.
Principio: Termotropismo positivo (larvas se depositam no fundo)
	
Conservante:
MIF - Mertiolato (antisséptico), Iodo (corante) e Formaldeido (conservante)
Preserva as formas de trofozoítos, cistos e ovos.
Valida a amostra de fezes por até 1 ano. (Mertiolato , Iodo e Formaldeído)
Meios de cultura em parasitologia: 
· Meio de Diamond – Cultivo de T. vaginalis (importante colocar ATB para inibir o crescimento de bactérias presentes na secreção vaginal
· Meio de Stuart – Meio para transporte e conservação. Mantém o material viável por até 24h.
· Meio de NNN – Meio para pesquisa de Leishmania e T. cruzi
Cultivo de helmintos:
· Isolamento de larvas – diferenciação de larvas de Ascilostomídeos e Strongiloides
· Método de Loos – as fezes são misturadas com carvão mineral ou vegetal, umedecidas e colocadas em placas de Petri e então as larvas recolhidas.
· Método de Brumpt – fezes em papel filtro é umedecido
· Método de Harado e Mori – papel filtro com fezes é colocado em tubos com água. O tubo é analisado por 14 dias.
PROTOZOÁRIOS: Quanto à morfologia, os protozoários apresentam muitas variações, de acordo com sua fase evolutiva e meio a que estejam adaptados. Podem ser esféricos, ovais ou alongados. Alguns são revestidos de cílios, outros possuem flagelos, e existem ainda os que não possuem nenhuma organela locomotora especializada.
Ciclo de vida
Dependendo da sua atividade fisiológica, algumas espécies possuem fases bem definidas. Assim temos:
– Trofozoíto: é a forma ativa do protozoário,na qual ele se alimenta e se reproduz por diferentes processos.
– Cisto e oocisto: são formas de resistência. O protozoário secreta uma parede resistente (parede cística) que o protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de latência (os cistos podem ser encontrados em fezes dos hospedeiros; os oocistos também e são provenientes de reprodução sexuada).
– Gameta: é a forma sexuada, que aparece em espécies do filo Apicomplexa. O gameta masculino é o microgameta e o feminino macrogameta.
Reprodução
· Assexuada:
– divisão binária ou cissiparidade;
– brotamento ou gemulação;
– endogenia: formação de duas ou mais células-filhas por brotamento interno;
– esquizogonia: divisão nuclear seguida de divisão do citoplasma, constituindo vários
indivíduos isolados simultaneamente. Existem três tipos: merogonia (produz merozoítos), gametogonia (produz microgametas) e esporogonia (produz esporozoítos).
· Sexuada:
– conjugação: união temporária com troca mútua de materiais celulares;
– singamia ou fecundação: no filo Apicomplexa ocorre união de microgameta e macrogameta formando o zigoto, o qual pode dividir-se formando certo número de esporozoítos.
Nutrição
Quanto ao tipo de alimentação, os protozoários podem ser:
– autotróficos: são os que, a partir de grãos ou pigmentos citoplasmáticos (cromatóforos), conseguem sintetizar energia através da luz solar (fotossíntese);
– heterotróficos: ingerem partículas orgânicas de origem animal, digerem-nas e, depois, expulsam os metabólitos. Essa ingestão se dá por fagocitose (ingestão de partículas sólidas) ou pinocitose (ingestão de partículas pequenas). As amebas capturam os alimentos através da criação de pseudópodes. Os protozoários ciliados ingerem seus alimentos através do citóstoma, que tem localização constante na célula, e eliminam os restos não aproveitáveis através de uma região especifica da célula, chamada de citopígeo ou citoprocto. Já os outros, para isso, realizam difusão através da membrana plasmática;
– saprozoicos: “absorvem” substâncias orgânicas de origem vegetal, já decompostas e dissolvidas em meio líquido;
– mixotróficos: são capazes de se alimentar por mais de um dos métodos descritos acima.
Excreção
Pode ser feita por meio de dois mecanismos:
– difusão dos metabólitos através da membrana;
– expulsão dos metabólitos através de vacúolos contráteis.
Respiração
Podemos encontrar dois tipos principais:
– aeróbios: são os protozoários que vivem em meio rico em oxigênio;
– anaeróbios: quando vivem em ambientes pobres em oxigênio, como os parasitas do trato digestivo.
Locomoção
A movimentação dos protozoários é feita com auxílio de uma ou associação de duas ou
mais das seguintes organelas:
– pseudópodos;
– flagelos;
– cílios;
– microtúbulos subpeliculares que permitem a locomoção por flexão, deslizamento ou ondulação.
CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS PARASITAS
Entamoeba coli
· Trofozoíto - forma irregular, com membrana citoplasmática delicada, presença de um núcleo com cariossoma excêntrico e grosseiro e cromatina periférica formada por grânulos grosseiros e de distribuição irregular. Apresenta citoplasma com vacúolos gerando o aspecto de "sujo".
· Cisto - maduro de forma arredondada, com parede cística delicada, contendo até 8 núcleos com cariossoma central.
Método: Faust, Willis
Entamoeba histolytica/dispar
· Trofozoíto - forma irregular, com membrana citoplasmática delicada, presença de um núcleo com cariossoma central e puntiforme e. Cromatina periférica formada por grânulos delicados e de distribuição regular. Pode apresentar hemácias dentro de vacúolos.
· Cisto - forma arredondada, com parede cística delicada, presença de 1 ou mais núcleos com cariossoma central, corpos cromatoides em forma de bastão ou charuto e ocasionalmente, presença de vacúolo de glicogênio. Cisto maduro com quatro núcleos e ausência de corpos cromatóides.
Método: Faust, Willis
Endolimax nana
· Cisto - Citoplasma claro. Membrana nuclear fina e sem grãos de cromatina. Cariossoma grande irregular. Cisto oval com aproximadamente 5 a 10 µm. Presença de 4 núcleos pequenos pobres em cromatina
Método: Hoffman, direto a fresco
Giardia lamblia 
· Trofozoíto - formato de pêra, com simetria bilateral e mede 20µm de comprimento e 10µm de largura. 2 núcleos. 4 pares de flagelos.
· Cisto - oval ou elipsóide, medindo cerca de 12µm de comprimento por 8µm de largura. 2 a 4 núcleos. Número variável de fibrilas.
Método: Direto a fresco, Faust
Ascaris lumbricoides
· OVO FÉRTIL - de formato oval ou quase esférico de casca espessa e célula ovo no interior, formada por três camadas apresentando em média, 60µm de comprimento. A camada mais externa recebe o nome de membrana mamilonada.
· OVO INFÉRTIL - de formato alongado, apresentando 80 a 90µm de comprimento, casca mais delgada com camada albuminosa muito reduzida, irregular ou ausente. O interior do ovo infértil é cheio de grânulos refringentes, de aspecto grosseiro.
· OVO DECORTICADO - de formato oval ou quase esférico,apresentando camada interna e média, com célula ovo em seu interior, mas que perdeu sua membrana mamilonada. 
Método: Hoffman, exame direto e Kato-katz
Ancilostomídeo 
· OVO - elipsóide de casca fina e transparente, de forma ovóide com massa embrionária no interior que se fragmenta formando uma mórula e posteriormente uma larva, ocorrendo redução do espaço claro entre a casca e a massa a medida que a larva se desenvolve.
Método: Baerman e moraes
Trichuris trichiura
· Adultos - medem cerca de 3 a 5µm de comprimento, sendo os machos menores que as fêmeas.  verme branco de 3 a 5 cm de comprimento. A parte anterior do parasita é afilada e ocupa dois terços de seu corpo; o terço posterior é alargado. Isso confere um aspecto de chicote aos adultos, o que faz com que sejam chamados de whipworms.
· Ovos - coloração marrom e medem de 50 a 55µm de comprimento por 22 a 25µm de largura. Apresentam forma de barril por possuírem dois tampões lipídicos nas extremidades. A casca mostra três camadas: uma externa lipídica que dá a coloração do ovo, uma intermediária quitinosa e uma interna vitelínica, a qual fornece resistência aos fatores ambientais.
Método: Kato-Katz
MICROBIOLOGIA
 (
Semeadura
Gram (direto) Exc. urina
) (
Gram
Morfologia das colônias
Provas bioquímicas
)
 (
Amostra
) (
Identificação
)
 (
Antibiograma
Mecanismos de resistência
)
 (
Liberação (após 48hs)
)
AMOSTRAS:
· Sangue
· Urina
· Líquidos biológicos (pleural, liquor, ascítico, sinovial) (
Importante
:
Avaliação da amostra
)
· Secreções 🡪 transportados em Meio Stuart
· Biópsia
· Fezes
· Culturas de vigilância (avaliação de mecanismos resistentes em pacientes)
Gram
· Direto do material - avaliação das amostras, resultados preditivos
Semeadura
· Meios específicos
· Tipos de semeadura 
			- Quantitativa 
			- Qualitativa (esgotamento)
· Condições de cultivo (temperatura (35-37ºC) e CO²)
GRAM DAS COLÔNIAS
Gram positivos (+)
	 - agrupados (estafilo)
Cocos	 - cadeia (estrepto)
	 - aos pares (enterococos)
	 - retos
	 - ramificados (
Presentes na microbiota
Não patogênicos
)
	 - corineiformes
Bacilos - retos (lactobacilus)
	 - curvos
	 - esporulados (clostridium)
Cocos bacilos - gram variáveis (Gardinerella vaginalis)
Gram negativos (-)
	 - retos
Bacilos - curvos
	 - extremidades afiladas (fusiformes)
Cocobacilos
Cocos (diplococos)
Morfologia das colônias
* Meio - cada colônia de cada bactéra possui sua especificidade
* Forma - circulares, puntiformes, com formação de véu
* Cor - cinza, branca, esverdeada
* Formação de hemólise - β-hemólise (total); α-hemólise (parcial); γ-hemólise (não hemolítico)
PROVAS BIOQUÍMICAS– COCOS GRAM POSITIVOS
Catalase ou Peroxidase – a catalase é uma enzima que decompões o peróxido de hidrogênio em oxigênio e água. Formando bolhas
· Catalase positiva (+) – Staphylococcus sp. (cocos em grupos irregulares, lembrando cachos de uva)
· Catalase negativa (-) – Stretococcus sp. (cocos agrupados em cadeias)
· Catalase positiva (Staphylococcus sp)
· Coagulase = é uma proteína com atividade similara protombina, capaz de converter o fibrinogênio em fibrina resultando na formação de um coágulo visível.
- Coagulase positiva – S. aureus (possui fibrina/trombina que transforma fibrinogênio em fibrina)
- Coagulase negativa – demais espécies
· Manitol = O ágar-manitol (açúcar) seleciona Staphilococcus aureus, pois o diferencia, fica amarelado. Indicador de pH.
- Manitol positivo – S. aureus
- Manitol negativo – demais espécies
· DNAse – O teste de DNAse é usado para detectar a atividade da enzima desoxirribonuclease produzido por diferentes espécies bacterianas, principalmente para diferenciar S. aureus de outras espécies
- DNAse positiva – S. aureus
- DNAse negativa – demais espécies
Se após DNAse, Manitol e coagulase negativa for encontrado:
Staphylococcus saprophyticus – causa infecção urinária
Staphylococcus epidermidis – em hemocultura gera dúvida (contaminante ? / infectante ?)
Assim para comprovar ou descartar a existência de S. epidermidis ou S. saprophyticcus é realizado um Teste de Resistência a Novobiocina, se:
- Resistência – S. saprophyticus – halo < 16 mm
- Sensível – S. epidermidis – halo > 16 mm
· Catalase negativa Stretococcus sp
· Prova de hemólise – 
- β-hemólise (total) –Streptococcus pyogenes
- α-hemólise (parcial) – Streptococcus pneumoniae 
- γ-hemólise (não hemolítico) – Enterococcus faecalis
	
· Teste de CAMP = teste identifica cepas de S. agalactiae (grupo B de Lancefield) produzem o fator de CAMP que atua sobre a β-hemolisina produzido pelo S. aureus em Ágar Sangue
- CAMP positivo – S. galactiae (formato de seta convergindo para S. aureus)
- CAMP negativo – cepa não pertence ao grupo B de Lancefield
· Tolerância a NaCl = a prova é utilizada para verificar a capacidade de alguns microrganismos crescerem em presença do sal.
- Positivo – Enterococcus
- Negativo – Streptococcus
Classificação em grupo A e B de Lancefield – deve-se semear isalamente em uma lamina a cultura mais solução com anticorpos anti-A e anti-B e é analisada a aglutinação.
Grupo A – bactéria tem antígeno A (Streptococcus sensíveis à bacitracina / resistentes à sulfa)
Grupo B – bactéria tem antígeno B (Streptococcus resistentes aos dois)
ENTEROBACTÉRIAS
– Coliformes totais ou fecais
- Bastonetes Gram negativos
- Oxidase negativa
- Catalase positiva
Meio utilizados para Enterobactérias – Ágar MacConkey
🡪 Escherichia coli – principal causador de infecções urinárias
 - Presença de nitrito em exame de urina – indica presença de enterobactérias (E. coli), pois transforma Nitrato (derivados de resíduos alimentares) em Nitrito.
PROVAS BIOQUÍMICAS - ENTEROBACTÉRIAS
- Oxidase negativa (usado como padrão negativo)
Bacilos gram negativos – 1º teste: Lactase + ou – em Ágar MacConkey
· Citrato = algumas bactérias podem utilizar o citrato como fonte de carbono, pois produzem enzima citratase. É utilizado o indicador Azul de bromotimol que em pH Ácido é amarelo e em pH básico é azul.
- Positiva – Enterobacter e Klebsiela = Azul
- Negativa – E. coli = verde
· EPM – conjunto de 4 provas: glicose, ureia, H²S e LTD (
Faz-se uma das duas provas
)
- Glicose – produção de gás (ác. Fórmico 🡪 CO² e H²) – presença de bolhas
- Ureia – hidrólise da ureia (ureia 🡪 CO² + NH³) – base do meio = azul / verde
- Presença de H²S – formação de sulfato de hidrogênio a partir de cistina e cisteína – coloração negra
- LTD triptofano deaminase – produção de piruvato a partir de triptofano – verde = pos (+) / azul = neg (-)
· MILI – conjunto de 3 provas: motilidade, indol e lisina
-Motilidade – bactéria imóvel = cresce somente onde foi inoculada (meio translúcido)
- bactéria imóvel = cresce além da linha de inoculação (meio turvo) 
- Indol – produção de indol a partir de triptofano – presença de indol – superfície vermelha (+)
- Lisina – utilização de lisina tornando o meio básico em tonalidade púrpura
IDENTIFICAÇÃO DE GENÊRO - Enteroccus	NaCl 6,5% (+)
						Bile Esculina (+)
IDENTIFICAÇÃO DA ESPÉCIE - Telurito	E. faecalis - Telurito (+)	Arabinose (-)
				 - Arabinose 	E. faecum - Telurito (-)	Arabinose (+)
CARACTERÍSTICAS MORFOTINTORIAIS:
Staphylococcus aureus – cocos gram positivo agrupados, grandes, colônias beta-hemolíticas, catalase positiva, coagulase positiva.
Streptococcus pyogenes – cocos gram positivo em cadeias logas, colônias pequenas com uma grande zona de beta hemólise, catalase negativa, PYR positivo (L-pirrolidonil arilamidase)
Streptococcus pneumoniae – cocos gram positivo em pares e cadeias curtas, colônias grande, alfa hemolítica, catalase negativa, solúvel em bile.
Enterecoccus spp. – cocos gram positivo em pares e cadeias curtas, colônias grandes, alfa ou não hemolíticas, catalase negativa, PYR positivo.
Micobacterium tuberculosis – bacilos que se coram fortemente por coloração de resistência ao álcool-ácido modificado, crescimento lento, colônias não pigmentas, identificação por sondas moleculares específicas.
Enterobacteraceae – bacilos gram negativos com coloração bipolar (mais intensa nas extremidades), tipicamente células isoladas, colônias grandes, crescimento em Agar MacConkey (pode ou não fermentar em lactose) oxidase negativa.
Pseudomonas aeruginosa – bacilos gram negativos com coloração uniforme, tipicamente em pares, colônias grandes, espalhadas, com pigmentação verde, geralmente beta hemolítica, odor frutado (semelhante à uva), crescimento em Agar MacConkey (não fermentador) oxidase positiva.
Cocos gram positivo:
Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Streptococcus agalacteae, Streptococcus pneumonae, Enterococcus spp.
Bacilos gram positivos:
Bacillus anthracis, Bacillus cereus, Literia monocytogenes, Corynebacterium diphthriaem e outras espécies.
Bacilos Álcool-Ácido resistentes ou parcialmente resistentes:
Nocardia spp, Mycobacterium tubercolosis, Mycobacterium leprae e outras espécies de mycobacterium.
Cocos gram negativos:
Nisseria gonorrhoeae, Nisseria miningitidis, Moraxella cararrhalis.
Bacilos gram negativos:
Escherichia coli, Salmonella spp, Shigella spp, Compylobaceter spp, Helicobacter Pylori, Pseudomonas aeruginosa, Heamophilus influenzae.
Anaeróbios:
Clostridium perfringens, Clostridium tetanie, Clostridium botulinum, Clostridium difficile, Cocos gram positivos anaeróbios, Bacilos gram positivos anaeróbios, Bacilos gram negativos anaeróbios.
Bactérias espiraladas:
Treponema pallidum, Borralia burgdorferi e outras espécies de Borrelia, Leotospira spp.
Mycoplasma e bactérias intracelulares obrigatórias:
Mycoplasma pneumonae, Rickettsia spp, Orientia spp, Ehrlichia spp, Chlamydia trachomatis, Chlamydophila pneumonae, Chlamydophilia psttiaci
Bactérias gram positivas tem uma camada de peptídeoglicano espessa que contém acido teicoico e ácidos lipoteicoicos. As gram negativas tem camada fina de peptídeoglicano e uma membrana externa que contém lipopolissacarídeo, fosfolipídeos e proteínas. 
Micobactérias tem uma camada de peptideoglicano que é entrelaçada e covalentemente ligada a um polímero de um arabinoglicano e envolvida por uma cobertura lipídica . Essas bactéias são conhecidas como álcool-acidoresistentes. 
MEIOS DE CULTURA
Meio de Cultura Enriquecido - Um meio enriquecido corresponde a um caldo ou meio sólido contendo um grande suprimento de nutrientes que promove o crescimento dos microrganismos fastidiosos. Geralmente são meios que foram suplementados com materiais altamente nutritivos. O Ágar-Sangue é um exemplo de meio sólido enriquecido utilizado rotineiramente nos laboratórios de bacteriologia clínica.
 
Meio de Cultura Seletivo - O meio seletivo permite o crescimento de certos tipos de microrganismos e inibe o crescimento de outros microrganismos. Ele contém inibidores, geralmente antibióticos, que tornam inviável o crescimento de certos microrganismos, sem inibir o crescimento do microrganismo alvo. Por exemplo, o Ágar MacConkey inibe o crescimento de bactérias gram-positivas, selecionando assim as bactérias gram-negativas.
 
Meio de Cultura Diferencial - Utilizados para diferenciar microrganismos ou grupos de microrganismos em um meio. A presença de determinadoscorantes ou de produtos químicos nos meios produzirão certas alterações características ou padrões de crescimento que são utilizados para a identificação ou a diferenciação de microrganismos. Por exemplo, o Ágar MacConkey é frequentemente utilizado para diferenciar vários bacilos gram-negativos isolados de amostras de fezes. As bactérias gram-negativas que são capazes de fermentar a lactose (um ingrediente do ágar MacConkey) produzem colônias rosas, enquanto aquelas incapazes de fermentar a lactose produzem colônias incolores. Assim, o ágar MacConkey diferencia as bactérias gram-negativas fermentadoras (LF) das não fermentadoras da lactose (NLF)
Meio de Transporte: não possuem nutrientes, apenas um agente redutor. Previne desidratação e oxidação enzimática dos patógenos presentes. Exemplos: Caldo Tioglicolato e Meio Stuart.
Meios mais utilizados:
* MacConkey - meio seletivo para bacilos gram negativos
	- Fermentação da lactose - pink (+) , rosa claro (-)
* Cled - meio não seletivo
	- Fermentação da lactose - amarelo (+), verde (-)
	- Utilizado para isolar Protheus sp (devido deficiência de eletrólitos)
	- Utilizado para urina
* Agar sangue - meio enriquecido, não seletivo
	- 5% sangue de carneiro (enriquecido)
	- Usado para o isolamento de microrganismos não fastidiosos. ƒ 
	- Verificação de hemólise dos Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. ƒ
	- Usado na prova de satelitismo (para identificação presuntiva de Haemophilus spp.).
* Agar chocolate - meio enriquecido, não seletivo
	- Enriquecido com sangue (hemolisado) - Rico em hemoglobina, fator V e X
	- Utilizado para crescimento de Neisseria, Haemophilus
	- Utilizado para crescimento de bactérias Fastidiosas.
* Agar Manitol - meio diferencial de cepas aureus e não aureus.
	- Aureus fermentam manitol
	- Rosa (+) , amarelo (-)
* BCSA - seletivo para B. cepacia.
	- Utilizado para avaliação de Fibrose Quística
	- Possui polimixina
* Meio Tioglicolato - meio líquido e enriquecido
	- Facilita o crescimento
	- Possui um indicador resasurina
	- Utilizado para anaeróbios
* Meio cromogênico - não seletivo, diferencial.
	- Utilizado para urocultura
	- Permite a identificação de E.coli
	- Através da cor permite identificar alguns microorganismos.
* Agar Mueller-Hinton
	- Utilizado para realização de antibiograma
Exemplos de outros meios:
Não seletivos: 
Agar sabourand dextrose – Isolamento de fungos
Seletivos diferenciais:
Agar manitol hipertônico – Meio seletivo para staphylococcus, diferencial para aureus.
Agar xilose-lisina deoxicolato – Meio seletivo, para Salmonella e Shigella em culturas entéricas
Meio Lowenstein-jensen – Meio seletivo para micobactérias
Agar Middlebrook - Meio seletivo para microbactérias
Candida CHROmagar – Meio seletivo e diferencial para leveduras
Agar inibidor de fungos filamentosos – Meio seletivo para fungos filamentos
Especializados:
Agar carvão extrato de levedura tamponado (BCYE) – Isolamento de Legionella e Nocardia
Agar cistina telurito – Isolamento de Corynebacterium diphtheriae
Caldo Lim – Isolamento de Streptococcus agalacteae
Agar MacConkey sorbitol – Isolamento de Escherichia coli o157
Agar Rehan Lowe – Isolamento de Bordetella pertussis
Agar tiosultato – Citrato – Sais biliares – sucrose (TCBS) – Isolamento de Vibrio
Meios utilizados por amostra
Urocultura - Cled (quantitativo), Mac Conkey (qualitativo) e Cromo.
Hemocultura - Agar sangue, chocolate e MAc Conkey. Semeados em garrafas (normalmente automatizados). Laminocultivo - possui o meio.
Coprocultura - Mac Conkey e SS 
Escarro - Agar Sangue, Mac Conkey e Chocolate. Normalmente é realizado para pesquisa de BK. 
Líquidos "estéreis" - Agar sangue, Chocolate e Tioglicolato
Líquor - Agar sangue e chocolate, BHI (caldo enriquecido) 
ANTIBIOGRAMA 
- Disco difusão (Muller Hinton)
- MIC
- E test
Mecanismos de resistência
* Beta lactamases
	- ESBL
	- Carbapenemases 🡪 extremas (KPC) = são resistentes a todos os ATB betalactâmicos
KPC (Klebsciela Pneumoniae Carbapnêmico)
 - Klebsiella Pneumoniae produtora de Carbapenemase 
 - Enzima betalactamase - degrada todos os antibióticos
 - Possui alto poder de relevância
 - Resistência a todos os ATB betalactâmicos (penicilina)
 - Enterobactérias apresentam KPC em maior incidência
COLORAÇÃO:
Tinta da china: Modificação do metodo KOH, em que a tinta da china é adicionada como material contratante. Corante primário utilizado para detectar Cryptococcus spp. No liquido cefalorraquidiano e outros fluídos corpóreos. A capsula polissacarídica de Cryptococcus spp. Exclui a tinta criando um halo transparente ao redor da célula fungica.
Solução de lugol e iodo: O iodo é adicionado na preparação a fresco de amostras parasitológicas para aumentar o contraste das estruturas internas. Facilita a diferenciação de protozoários e leucócitos do hospedeiro.
Coloração Gram: O mecanismo da coloração de Gram se refere à composição da parede celular, sendo que as Gram-positivas possuem uma espessa camada de peptideoglicano e ácido teicóico, e as Gram-negativas, uma fina camada de peptideoglicano, sobre a qual se encontra uma camada composta por lipoproteínas, fosfolipídios, proteínas e lipopolissacarídeos. Durante o processo de coloração, o tratamento com álcool-acetona extrai os lipídeos, daí resultando uma porosidade ou permeabilidade aumentada da parede celular das bactérias Gram-negativas.
 Assim, o complexo cristal violeta-iodo (CVI) pode ser retirado e as bactérias Gram-negativas são descoradas. A parede celular das bactérias gram-positivas, em virtude de sua composição diferente, torna-se desidratada durante o tratamento com álcool-acetona, a porosidade diminui, a permeabilidade é reduzida e o complexo CVI não pode ser extraído.
 Outra explicação baseia-se também em diferenças de permeabilidade entre os dois grupos de bactérias. Nas Gram-positivas, o complexo CVI é retido na parede após tratamento pelo álcool-acetona, o que causa, provavelmente, uma diminuição do diâmetro dos poros da camada de glicopeptídeo ou peptideoglicano da parede celular. A parede das bactérias Gram-negativas permanece com porosidade suficientemente grande, mesmo depois do tratamento com álcool acetona, possibilitando a extração do complexo CV-l.
Coloração de gram: Cristal violeta / Solução de lugol / Álcool-acetona / Fucsina
Coloração por hematoxilina férrica: utilizada para detecção e identificação de protozoários fecais. As larvas e ovos de helmintos retêm muito mais corante e são facilmente identificadas em preparações a fresco.
Coloração Ziehl-Neelsen: Utilizada para corar micobacterias e outros organismos acido resistentes. Os organismos são corados com carbol fucsina básica e resistem à descoloração com soluções ácido-àlcali. O fundo é contra corado com azul-de-metileno. Os organismos aparecem vermelhos contra o fundo azul claro. A captação da carbolfucsina requer aquecimento da amostra. Coloração ácido resistente a quente.
COLORAÇÃO DE ZIEHL NEELSEN: Fucsina de Ziehl / Álcool-ácido / Azul de Metileno
MICOLOGIA
Fungos - organismos eucarióticos. São dimorficos, sendo encontrados em duas formas básicas: leveduras e bolores, dependendo da temperatura. 
· Leveduras: células únicas. Reprodução por brotamento, células-filhas apresentam tamanho desigual. Temperatura corporal 37ºC.
· Bolores: longos filamentos de células, denominados hifas. Reprodução por divisão celular, células-filhas apresentam tamanho equivalente. Temperatura ambiente 25ºC.
Patogênese
Resposta de defesa granulomatosa - composta por macrófagos e células T auxiliares. Infecção por determinados fungos sistêmicos, como Histoplasma e Coccidioides
Resposta piogênica - composta por neutrófilos. Infecção por Aspergillus, Mucor e Sporothrix, principalmente.
Três tipos de doença humana estão associados a elementos fungicos ou a seus produtos metabólicos: alérgicas, tóxicas e infecciosas.
Doença alérgica - causada pela interação de um hospedeiro sensibilizado, com antígenos fungicos, imunologicamente reativos, existentes no ar ou está associada com elementos fúngicos de localização endógena

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