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Histologia do sistema nervoso

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HISTOLOGIA – 09/04/2021 
Histologia do sistema nervoso 
 Funções do sistema nervoso: 
 Detectar, transmitir, analisar e utilizar as 
informações geradas pelos estímulos 
sensoriais 
 Estímulo sensoriais são 
representados pelo calor, luz, 
energia mecânica e modificações 
químicas do ambiente externo e 
interno 
 Organizar e coordenar direta ou 
indiretamente o funcionamento de quase 
todas as funções do organismo 
 Direta: quando ele tem um retorno 
em relação ao estímulo 
 Indireta: casos psíquicos e 
endócrinos, sistema nervoso está 
correlacionado indiretamente 
 Incluindo as funções motoras, 
viscerais, endócrinas e psíquicas 
 Tecido nervoso é responsável por receber, 
transmitir e integrar as informações externas e 
internas do organismo para controlar suas 
atividades 
 Anatomicamente, o sistema nervoso vai ser dividido 
em: 
1. Sistema nervoso central (SNC): cérebro 
e medula espinhal 
2. Sistema nervoso periférico (SNP): 
nervos e gânglios nervosos 
 O SNC está integrado ao SNP: neurônios 
aferentes recebem a informação do 
ambiente, passa pelo SNC (organiza e 
identifica a informação), passando, 
posteriormente aos neurônios eferentes 
(transmissão para a periferia dos impulsos 
gerados no SNC) 
 
 
 
 
 
 Funcionalmente, é dividido em: 
a. Sistema nervoso somático (SNS): 
controla as funções que estão sob controle 
voluntário com exceção dos arcos reflexos 
(são involuntários) 
b. Sistema nervoso autônomo (SNA): 
consiste em partes autônomas do SNC e 
do SNP 
 O SNA inerva o músculo liso, 
sistema de condução do coração, 
as glândulas e as vísceras 
 
SISTEMA NERVOSO 
 
 
 Sistema nervoso é formado pelas células nervosas 
(neurônios) e células de sustentação (células da 
glia ou neuroglia) 
 As células exibem propriedades elétricas 
 Células nervosas são altamente 
especializadas em transmitir impulsos 
elétricos de um local do corpo para outro e 
integrar esses impulsos 
 
NEURÔNIOS 
 Recebem e processam as informações do ambiente 
interno ou externo 
 Altamente especializado, com baixa capacidade de 
sofrer mitose 
 Entra em uma fase de G0 
 Responsáveis pela recepção, transmissão, 
processamento de estímulos e liberação de 
neurotransmissores 
 Formados por: 
 
1. Dendritos: recebe informações de outros 
neurônios e do meio externo para transmitir 
ao corpo celular 
 Capta e transmite informações 
 Ramificações: arborizações 
dendríticas  ramificações 
lembram galhos 
 Composição do citoplasma 
semelhante ao corpo celular  
diferença está no corpúsculo de 
Golgi e corpúsculos de Nissl 
 Não apresenta aparelho de Golgi 
 São prolongamentos numerosos 
que recebem estímulos e 
aumentam a superfície celular 
para comunicação entre 
neurônios  faz com que a 
sinapse seja maior ou menos, 
mais estável ou menos estável 
 Apresentam um padrão de 
arborização 
 Gêmulas ou espinhas dendríticas: 
pequenas projeções dos 
dendritos (pontos), que terminam 
em pequenas dilatações 
 Base do dendrito apresenta 
organelas citoplasmáticas (com 
exceção do complexo de golgi) 
que se reduzem ou se tornam 
ausentes quando distantes da 
base 
 É o primeiro local onde o sinal é 
recebido 
 A maioria das sinapses são 
formadas entre os terminais de 
axônios e as espinhas dendriticas 
ESPINHAS DENDRÍTICAS: 
 São estruturas dinâmicas 
 Heterogêneas em sua forma e tamanho (longa-fina/ 
curta-grossa) 
 Forma reflete a estabilidade da sinapse 
 Participam da plasticidade dos neurônios 
relacionados com a memória, aprendizado e 
adaptação 
 Formas de plasticidade: 
 Regenerativa: consiste no recrescimento 
dos axônios lesados, sendo mais comum 
no sistema nervoso periférico 
 Axônica: também conhecida como 
plasticidade antogenética; ocorre de zero a 
2 anos de idade, sendo considerada uma 
fase crítica e fundamental para o 
desenvolvimento do sistema nervoso 
 Sináptica: capacidade alterar a sinapse 
entre as células nervosas 
 Dendrítica: alterações no número, 
comprimento, disposição espacial e na 
densidade das espinhas dendríticas; 
ocorrem principalmente nas fases iniciais 
do desenvolvimento do indivíduo 
 Somática: capacidade de regular a 
proliferação ou morte das células nervosas; 
somente o sistema nervoso embrionário é 
dotado dessa capacidade 
 Actina é encontrada na forma monomérica solúvel 
G-actina 
 Pode ser polimerizada formando filamentos de F-
actina, responsável pela morfologia característica da 
espinha 
 A polimerização de livre G-actina está sujeita a 
ativação de numerosas vias 
 A desestabilização das espinhas, ou seja, o 
encolhimento e desaparecimento, está relacionado 
com a perda da atividade 
 A mudança na morfologia espinhal está associada a 
remodelação da actina 
 
2. Corpo celular ou pericárdio: contém 
núcleo e citoplasma envolvendo o núcleo 
 Núcleo esférico e pouco corado 
 Cada núcleo apresenta apenas 
um nucléolo 
 Corpo rico em RER e 
polirribossomos livres 
(corpúsculos de Nissl) 
 Complexo de golgi é exclusivo do 
pericárdio, bem como os 
corpúsculos de Nissl 
 As mitocôndrias existem em 
quantidade moderada no 
pericárdio, mas são encontradas 
em grande número nas 
terminações axonais 
 Os neurofilamentos são 
filamentos intermediários 
 Pode ser encontrado melanina e 
lipofuscina  vão ser restos 
metabólicos, logo, podem ser 
encontrados ou não  não 
interferem na função do corpo 
celular 
 
 
 
Grânulos de NissI: 
 
 
3. Axônio: cada neurônio possui um único 
axônio 
 Nasce de uma estrutura do corpo 
celular: cone de implantação 
 Segmento inicial: parte entre o 
cone de implantação e a bainha 
de mielina 
 Apresenta um axoplasma pobre 
em organelas  rico em 
mitocôndrias e vesículas, 
caracterizando uma região de 
impulso 
 Telodendro: porção final 
ramificada 
 Fluxo anterógrado: pericárdio  
axônio (cinesina) 
 Fluxo retrógado: axônio  
pericárdio (dineína) 
 
 Classificação morfológica: 
1. Neurônios bipolares: apresentam um 
dendrito e um axônio 
 Apresenta dois polos saindo do 
corpo celular 
 Exemplos: gânglios coclear e 
vestibular, na retina e na mucosa 
olfatória 
2. Neurônios multipolares: apresentam 
mais que 2 prolongamentos celulares 
 1 axônio e 2 ou mais dendritos 
3. Neurônios pseudo-unipolares: 
apresentam próximo ao corpo celular, um 
prolongamento que se divide em dois 
 Um ramo se dirige para a periferia 
e, o outro, para o SNC 
 Exemplos: gânglios espinais e 
cranianos 
 
 
 
 Classificação funcional: 
1. Neurônios sensoriais: recebem estímulos 
sensoriais do meio ambiente e do próprio 
organismo 
 Transmitem as informações para 
o SNC 
2. Interneurônios: estabelecem conexões 
entre neurônios 
 Formam circuitos complexos 
3. Neurônios motores: transmitem impulsos 
do SNC ou dos gânglios para os órgãos 
efetores 
 Órgãos efetores: glândulas 
exócrinas, endócrinas e fibras 
musculares 
 
POTENCIAIS DE MEMBRANA 
 
 
SINAPSES 
 Locais de contato entre os neurônios ou entre 
neurônios e outras células efetoras 
 Exemplo: células musculares e glandulares 
 A função da sinapse é transformar um sinal elétrico 
(impulso nervoso) do neurônio pré-sináptico em um 
sinal químico que atua sobre a célula pós-sináptica 
 Classificação das sinapses: depende do 
mecanismo de condução dos impulsos nervosos e 
da maneira pela qual o potencial de ação é gerado 
nas células-alvo 
a. Sinapses químicas: a condução dos 
impulsos é obtida pela liberação de 
substâncias químicas 
(neurotransmissores) pelo neurônio pré-
sináptico 
b. Sinapses elétricas: as células nervosas 
se unem por junções comunicantes que 
permitem a passagem de íons entre as 
células, promovendo conexão elétrica e a 
transmissão de impulsos 
 Como que acontece uma sinapse química: 
1. Chegada do impulso nervoso 
2. Abertura dos canais de cálcio voltagem 
dependente na entrada do citoplasma do 
terminal axônico 
3. Liberação de neurotransmissorespor 
exocitose 
4. Ligação do neurotransmissor ao receptor 
pós-sináptico 
5. Abertura dos canais dependente de ligante: 
entrada de Na 
6. Estímulo local gerado no dendrito é 
propagado 
 Comunicação sináptica: 
1. A despolarização da membrana pré-
sináptica induz uma breve abertura nos 
canais de cálcio 
2. O influxo de cálcio promove a exocitose 
das vesículas sinápticas, havendo 
liberação do neurotransmissor 
3. O neurotransmissor reage com os 
receptores e promove a despolarização da 
membrana pós-sináptica 
4. Recuperação de membrana pelas 
vesículas cobertas 
 A informação na forma de impulsos elétricos é 
convertida, no terminal axonal, em um sinal químico 
que atravessa a fenda sináptica 
 
CORRELAÇÃO CLÍNICA: PARKINSON 
 Doença neurológica que vai afetar o movimento, 
podendo afetar a fala e deglutição 
 A medida que vai ficando mais severo, causa 
complicações nas musculaturas 
 Ao nível do microscópio, a degeneração dos 
neurônios na substância negra é muito evidente: 
 Essa região perde sua pigmentação típica 
 Aumenta o número de células (gliose) 
 As células nessa região exibem inclusões 
intracelulares (corpúsculos de Lewy): 
acúmulo de neurofilamentos intermediários 
em associação às proteínas α-sinucleína e 
ubiquitina 
 
CÉLULAS DA GLIA 
 Células neurogliais, neuroglia ou glia 
 São células não condutoras, apresentando como 
principal função a sustentação 
 No SNC existem quatro tempos: 
1. Oligodendrócitos 
2. Astrócitos 
3. Micróglia 
4. Células ependimárias 
 
 
 
OLIGODENDRÓCITOS 
 Produzem as bainhas de mielina 
 Servem de isolantes elétricos para os 
neurônios do SNC 
 Possuem prolongamentos que se enrolam em volta 
dos axônios, produzindo a bainha de mielina 
 
 
 
 Células de Schwann: formam a bainha de mielina 
em torno dos neurônios do SNP 
 Envolvem-se em várias camadas 
concêntricas, lembrando um “rolo 
compacto” 
 
 
 
 Quando se tem uma fibra nervosa amielínica a nível 
de SNC, significa que não possuem 
oligodendrócitos? FALSO 
 O que forma a bainha de mielina não é o 
oligodendrócito propriamente dito, são os 
prolongamentos que enrolam ele 
 Em uma fibra nervosa amielínica se tem 
sim oligodendrócitos, uma vez que são 
células estruturais 
 E, quando se fala em fibra nervosa amielínica a nível 
de SNP, significa que não possuem células de 
Schwann? FALSO 
 Como no SNC, as células de schwann só 
formam a bainha de mielina quando são 
enroladas pelos prolongamentos 
 Neurônio com mais ou menos mielina: 
prolongamentos 
 Mielopatias: são doenças que interferem na 
camada da bainha de mielina 
 A transmissão nervosa para as células 
musculares fica comprometida 
 Principalmente as células musculares: 
células com grande quantidade de mielina 
 Pode acontecer uma desmielinização 
segmentar ou degeneração axonal 
 
ESCLEROSE MÚLTIPLA: 
 Doença inflamatória crônica degenerativa 
autoimune 
 Afeta o SNC 
 Degeneração axonal progressiva e irreversível, 
causando uma atrofia cerebral 
 Neurônio praticamente desaparece 
 Provoca dificuldades motoras e sensitivas 
 
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA): 
 Distrofia neuromuscular 
 Etiologia desconhecida, de evolução rápida e fatal 
 Os indivíduos afetados acabam perdendo a 
capacidade de locomoção, fala e deglutição 
 Afeta neurônios motores que conduzem a 
informação do cérebro aos músculos 
 Como resultado os músculos se tornam mais fracos, 
causando uma atrofia muscular 
 
CORRELAÇÃO CLÍNICA: GUILLIAN-BARRÉ 
 Menos severa se comparada com outras mielopatias 
 Também conhecida como polirradiculopatia 
desmielinizante inflamatória aguda 
 Ao nível microscópico mostra: 
 Acúmulo de linfócitos, macrófagos e 
plasmócitos ao redor das fibras nervosas 
dentro dos fascículos nervosos 
 Segmentos de bainhas de mielina são 
danificados deixando o axônio exposto 
 Quando tratada, pode fazer com que o indivíduo 
volte ao “normal”  depende da gravidade 
 
ASTRÓCITOS 
 Células de forma estrelada com múltiplos processos 
irradiando ao longo do corpo celular 
 Ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e à 
pia-máter  por isso que apresentam várias 
ramificações 
 Controle da composição iônica e molecular do 
ambiente extracelular dos neurônios 
 
 
 
 Astrócitos se comunicam pela presença de junções 
comunicantes 
 Formam uma rede 
 Atingem grandes distâncias 
 Há um trânsito de informações 
 Classificação dos astrócitos: 
1. Astrócito protoplasmático: maior 
quantidade de prolongamentos, são mais 
curtos e estão localizados na substância 
cinzenta 
2. Astrócito fibroso: menor quantidade de 
prolongamento, são mais longos e estão 
localizados na substância branca 
 
 
 
 
EPILEPSIA: 
 Os astrócitos assumem morfologia atípica e perdem 
a capacidade de se acoplarem uns aos outros 
através das junções comunicantes 
 Esse desacoplamento resulta no acúmulo de íons 
potássio e neurotransmissores 
 Não passa de uma maneira homogênea 
entre os astrócitos e neurônios 
 Comunicam-se pela presença de junções 
comunicantes, formando uma rede que pode atingir 
grandes distantes 
 Está relacionado com o trânsito de 
informações 
 
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS 
 Células epiteliais colunares que revestem os 
ventrículos do cérebro e o canal central da medula 
espinhal 
 Algumas são ciliadas para facilitar o movimento do 
líquido cefalorraquidiano 
 
 
 
MICROGLIA 
 Células pequenas e alongadas 
 Apresentam prolongamentos curtos e irregulares 
 São identificadas quando coradas pela 
hematoxilina-eosina 
 Seus núcleos são mais escuros e 
alongados 
 Representam o sistema mononuclear fagocitário no 
SNC, por isso, também são conhecidas como 
células fagocitárias 
 Participam dos processos inflamatórios e 
na reparação do SNC 
 Quando ativadas retraem os seus 
prolongamentos  assumem a forma de 
macrófagos e tornam-se fagocitárias 
 Removem os restos celulares que surgem 
nas lesões do SNC 
 Possuem estados “quiescentes” e ativados 
 Quando está ativada, apresenta forma de 
uma ameba 
 Microglia não ativada  microglia ativada 
 micróglia fagocítica 
 Liberam efetores solúveis que permitem o 
recrutamento de linfócitos e macrófagos a partir do 
sangue para os locais de lesão 
 Muitas doenças estão relacionadas com essas 
células 
 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 SNC apresenta: 
1. Substância cinzenta: corpos celulares 
dos neurônios, células da glia e 
prolongamentos de neurônios 
2. Substância branca: não contém corpos 
celulares de neurônios, sendo substituída 
por prolongamentos de neurônios e células 
da glia 
 Tem corpo celular das células da 
glia 
 
 
 
 MEDULA ESPINHAL E ENCÉFALO: 
 Substância branca: axônios e mielina 
 Substância cinzenta: corpos de neurônios 
 protegido na caixa craniana e no canal 
vertebral, sendo envolvido pelas meninges 
(membranas de tecido conjuntivo) 
 Tem corpos de células da glia tanto na 
substância branca, quanto na substância 
cinzenta 
 Na medula, encontra-se substância 
cinzenta no centro e, substância branca, 
externamente 
 Canal central da medula é formado por 
células ependimárias 
 
Histologia da medula: 
 
 CÉREBRO: 
 Substância cinzenta: córtex cerebral  
corpos dos neurônios e de células da glia 
 Substância branca: parte central 
 
Imagens de lâminas: 
 
 
 
 
 
 
 
 CEREBELO: tonicidade muscular e equilíbrio 
 Substância cinzenta: córtex 
 Substância branca: centro  semelhante a 
medula e ao encéfalo 
 Córtex cerebelar: organizado em camadas 
(molecular, granulosa e substância branca) 
 Camada molecular é rica em fibras 
nervosas amielínicas  poucos núcleos 
 Camada granulosa apresenta muitos 
neurônios pequenos 
 
 Células de Purkinje ligam a camada 
molecular à camada granulosa 
 
 
 
 
 
FIBRAS MUSCULARES 
 São constituídas por um axônio e suas bainhas 
envoltórias 
 Gruposde fibras nervosas formam os feixes ou 
tratos do SNC, bem como os nervos do SNP 
 Classificação das fibras: 
1. Fibras mielínicas: a bainha de mielina 
atua como um isolamento elétrico e 
aumenta a velocidade de propagação do 
impulso nervoso ao longo do axônio 
2. Fibras amielínicas: as fibras amielínicas 
periféricas são também envolvida pela 
célula de Schwann, mas neste caso não 
ocorre o enrolamento em espiral 
 
 
 
NERVOS e GÂNGLIOS 
 No SNP as fibras nervosas agrupam-se em feixes, 
dando origem aos nervos 
 Conjunto de neurônios envolvidos pelo endoneuro 
(tecido conjuntivo frouxo) 
 Cada feixe de fibras nervosas é envolvida 
pelo perineuro 
 Cada conjunto de feixes é envolto pelo 
epineuro, formando o nervo  recobre 
toda a fibra nervosa 
 Os gânglios são aglomerados de corpos celulares 
de neurônios no SNP 
 Sensoriais: aferentes 
 Gânglios do sistema nervoso autônomo: 
eferentes 
 
PROTEÇÃO DO SNC e MENINGES 
 Para proteger o tecido SNC existe um elaborado 
sistema de proteção, sendo formado por 4 
estruturas: 
1. Crânio 
2. Meninges: formado por tecido conjuntivo 
3. Líquido cerebrospinal ou 
cefalorraquiadiano (líquor): fluido aquoso 
e incolor que ocupa o espaço subaracnoide 
e as cavidades ventriculares 
 Sua função primordial é proteção 
mecânica do SNC 
4. Barreira hematoencefálica: consiste em 
uma monocamada contínua de células 
(zônula de oclusão) que regula a passagem 
de solutos entre o sangue e o SNC 
 Não é apenas uma barreira física 
 Atua também no controle 
homeostático do SNC, através do 
controle da passagem de 
peptídeos e proteínas 
regulatórias, combustíveis 
metabólicos, precursores dos 
neurotransmissores e nutrientes 
essenciais 
 Meninges são membranas formadas por tecido 
conjuntivo: 
a. Dura-máter: meninge mais superficial, 
espessa e resistente 
 Formada por tecido conjuntivo 
denso  rico em fibras 
colágenas, contendo nervos e 
vasos 
 Formada por dois folhetos: 
externo e interno 
 Folheto externo adere 
intimamente aos ossos do crânio 
e se comporta como um periósteo 
destes ossos, mas sem 
capacidade osteogênica  
dificulta a formação de um calo 
ósseo nas fraturas cranianas 
 Em virtude da aderência da dura-
máter aos ossos do crânio, não 
 
existe, no crânio, um espaço 
epidural como na medula 
 Única meninge inervada 
b. Aracnoide: membrana muito delgada 
justaposta à dura-máter da qual se depara 
pelo espaço subdural 
 Contém uma pequena quantidade 
de líquido necessário à 
lubrificação das superfícies de 
contato das membranas 
 Aracnoide se separa da pia-máter 
pelo espaço subaracnóide, o qual 
contém líquor 
 Considera-se como pertencendo 
à aracnoide as trabéculas 
aracnoides que atravessam o 
espaço  atravessam o espaço 
para se ligar à pia-máter 
c. Pia-máter: mais interna das meninges, 
aderindo intimamente à superfície do 
encéfalo e da medula 
 Além do tecido conjuntivo, 
apresenta astrócitos na sua 
composição 
 Sua porção mais profunda recebe 
numerosos prolongamentos dos 
astrócitos do tecido nervoso, 
constituindo assim a membrana 
pio-glial 
 Pia-máter dá resistência aos 
órgãos nervosos, pois o tecido 
nervoso é de consistência muito 
mole

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