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APG 13


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APG 13 -Óculos 
Leonisio V. Medrado III 
Embriologia do olho 
Os olhos formam-se a partir de várias camadas embrionárias. O epitélio da córnea e do 
cristalino deriva da ectoderme superficial. O endotélio da córnea, esclerótica e coroide têm 
origem nas células da crista neural. A neuroectoderme produz a parte posterior da íris, o nervo 
óptico e a retina. A rede fibrosa restante e a 
vasculatura tem origem na mesoderme. Este processo 
tem início na 3.ª semana gestacional (por volta do dia 
22) e envolve múltiplos processos indutivos 
interdependentes. 
As goteiras (sulcos) ópticas são as primeiras partes do 
olho a se desenvolver no polo cranial do embrião. À 
medida que as bordas das pregas neurais começam a 
se unir. O diencéfalo primitivo cresce também, as goteiras ópticas formam as vesículas ópticas, 
que são contínuas com a cavidade do prosencéfalo. Essas atividades de desenvolvimento 
ocorrem simultaneamente com as mudanças morfológicas da ectoderme superficial próxima, à 
medida que se transformam nos placódios do cristalino. De seguida, os placódios do cristalino 
invaginam na ectoderme superficial, formando as goteiras do cristalino. Os limites do cristalino 
aproximam-se, fundem-se e tornam-se a vesícula do cristalino, de formato esférico. 
As fissuras coroideas são sulcos lineares que surgem na superfície ventral das tacículas e eixo 
(pedículo) ópticos. As fissuras retinianas mais profundas (encontradas no centro da tacícula 
óptica) tornam-se o disco óptico no ponto de continuidade entre o eixo (pedículo) óptico e a 
retina neural. Os axônios das células ganglionares crescem diretamente no eixo (pedículo) 
óptico, convertendo-o no nervo óptico (NC II). 
Também sob a influência do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) e outras 
moléculas vasculogênicas, o mesênquima se desenvolve na artéria e na veia hialoide, que são 
responsáveis por suprir e drenar a camada interna da tacícula óptica, a cavidade da tacícula 
óptica e a vesícula do cristalino. Proximalmente, estes vasos persistem após a fusão das fissuras 
coroideas e se tornam a artéria e a veia central da retina. 
 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/olho
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-optico
A visão é o ato de ver, no qual parte do córtex cerebral, que é responsável pelo processamento 
da visão, e o olho que é essencial, uma vez que cerca de 70% das informações que obtemos do 
meio da visão. Ele é formado por Bulbo do olho e nervo óptico, estando localizado nas órbitas 
oculares. 
Órbitas oculares. 
A órbita possui 3 
paredes e 7 ossos: 
• Parede Anterior: 
❖ O osso frontal 
❖ O osso Maxila 
❖ O osso zigomático 
• Parede Media: 
❖ O osso lacrimal 
❖ O osso etmoide 
❖ O osso esfenoide 
• Parede posterior: 
❖ O osso posterior 
Ela se apresenta como uma pirâmide, que abriga os globos oculares, músculos 
extraoculares, nervo óptico, aparelho lacrimal, tecido adiposo, fáscias e vasos que suprem estas 
estruturas. 
As articulações da órbita 
• A sutura frontomaxilar articula o osso frontal e a 
maxila na margem superior e anterior da borda da órbita. 
• A sutura zigomaticomaxilar liga a maxila à porção 
facial do osso zigomático (pode ser vista lateralmente ao 
forame infraorbital, e possui uma orientação diagonal). 
• A sutura frontozigomática liga o aspecto mais superior 
do zigoma ao osso frontal na margem 
superior lateral da abertura orbitária 
anterior 
As paredes da órbita possuem diversas 
fissuras, aberturas e fossas, que são importantes para abrigar as estruturas 
orbitais, e para comunicação neurovascular do conteúdo orbital com 
O sistema nervoso central. Algumas das mais importantes aberturas são 
a fissura orbital superior e sua vizinha de baixo, a fissura orbital inferior. 
 
 
 
 
 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/osso-zigomatico
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/o-osso-etmoide
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/osso-esfenoide
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-optico
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso
Pálpebras 
As pálpebras são estruturas de tecido mole que 
recobrem e protegem a superfície anterior do globo 
ocular. A pálpebra da parte superficial até mais 
profunda é constituída por: Epiderme; Derme; 
Tela subcutânea; Fibra do músculo orbicular do 
olho; 
Tarso: é uma prega espessa de tecido conjuntivo 
que dá forma a pálpebra; 
Glândulas tarsais: são responsáveis por secreta 
um liquido que ajuda a manter a as pálpebras aderidas; 
Túnica conjuntiva: é uma túnica mucosa protetora fina composta por epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado; 
Os cílios ou pestanas impedem a entrada de poeira e de excesso de luz nos olhos, e as 
sobrancelhas impedem que o suor da testa entre neles. 
Aparelho lacrimal 
O aparelho lacrimal é composto por: 
• Glândula lacrimal: secreta líquido lacrimal, uma solução salina fisiológica aquosa que 
contém a enzima bactericida lisozima. O líquido umidifica e lubrifica as superfícies da 
conjuntiva e córnea e fornece à córnea alguns nutrientes e oxigênio dissolvido; quando 
produzido em excesso, o líquido forma lágrimas. 
• Dúctulos excretores da glândula lacrimal: conduzem líquido lacrimal das glândulas 
lacrimais para o saco da conjuntiva. 
• Canalículos lacrimais: começam em um 
ponto lacrimal na papila lacrimal perto do 
ângulo medial do olho e drenam líquido 
lacrimal do lago lacrimal (um espaço 
triangular no ângulo medial do olho, onde se 
acumulam as lágrimas) para o saco lacrimal 
(a parte superior dilatada do ducto 
lacrimonasal) 
• Ducto lacrimonasal: conduz o líquido 
lacrimal para o meato nasal inferior (parte da 
cavidade nasal inferior à concha nasal 
inferior). 
A produção de líquido lacrimal é estimulada 
por impulsos parassimpáticos do NC VII. É 
secretado através de 8 a 12 dúctulos 
excretores que se abrem na parte lateral do 
fórnice superior da conjuntiva do saco 
conjuntival. O líquido flui inferiormente no saco sob a influência da gravidade. 
 
 
 
 
Bulbo do olho 
O bulbo do olho ocupa a maior parte da porção anterior da órbita, suspenso por seis músculos 
extrínsecos que controlam seu movimento e por um aparelho suspensor da fáscia. Tem 
diâmetro aproximado de 25 mm. Todas as estruturas anatômicas no bulbo do olho têm 
disposição circular ou esférica. 
O bulbo do olho propriamente dito tem três túnicas; entretanto, há outra camada de tecido 
conectivo frouxo que o circunda, é composta posteriormente pela bainha do bulbo do olho 
(fáscia bulbar ou cápsula de Tenon), que forma a verdadeira cavidade para o bulbo do olho, e 
anteriormente pela túnica conjuntiva do bulbo. A bainha do bulbo do olho é a parte mais 
substancial do aparelho suspensor. Uma lâmina de tecido conectivo muito frouxo, o espaço 
episcleral (um espaço virtual) situa-se entre a bainha do bulbo do olho e a túnica externa do 
bulbo do olho, facilitando os movimentos do bulbo do olho na bainha. 
As três túnicas do bulbo do olho são: 
• Túnica fibrosa (camada externa),é o esqueleto fibroso externo, que garante a forma e 
resistência e é formada pela esclera e córnea 
❖ A esclera é a parte opaca resistente da túnica (camada) fibrosa do bulbo do olho que 
cobre os cinco sextos posteriores do bulbo do olho. É o local de fixação dos músculos 
extrínsecos 
(extraoculares) e 
intrínsecos do bulbo do 
olho. A parte anterior da 
esclera é visível através 
da túnica conjuntiva do 
bulbo transparente como 
“a parte branca do 
olho”, é avascular . 
 
❖ A córnea é a parte transparente da túnica fibrosa que cobre a sexta parte anterior do 
bulbo do olho. A convexidade da córnea é maior do que a da esclera e, portanto, ela 
parece protrair-se do bulbo do olho quando vista lateralmente. A córnea é muito sensível 
ao toque; sua inervação é realizada pelo nervo oftálmico (NC V1). 
A córnea é totalmente avascular e nutrida por leitos capilaresperiféricos e líquidos 
existentes sobre suas faces externa e interna (líquido lacrimal e humor aquoso, 
respectivamente). O líquido lacrimal também provê 
oxigênio absorvido do ar. 
 
❖ O limbo da córnea é o ângulo formado pela interseção 
das curvaturas da esclera e da córnea na junção 
corneoescleral. A junção é um círculo translúcido, 
cinza, com 1 mm de largura que inclui várias alças 
capilares que participam da nutrição da córnea 
avascular. 
• Túnica vascular (camada intermédia), formada pela 
corioide, corpo ciliar e íris 
 
❖ A corioide, uma camada marrom-avermelhada escura 
situada entre a esclera e a retina, forma a maior parte da 
túnica vascular do bulbo do olho e reveste a maior parte da esclera. Nesse leito vascular 
pigmentado e denso, os vasos maiores estão localizados externamente (perto da esclera). 
Os vasos mais finos (a lâmina capilar da corioide ou corioideocapilar, um leito capilar 
extenso) são mais internos, adjacentes à camada fotossensível avascular da retina, que 
supre com oxigênio e nutrientes. Ingurgitada com sangue durante a vida (tem a maior 
taxa de perfusão por grama de tecido de todos os leitos vasculares do corpo), essa 
camada é responsável pelo reflexo do “olho vermelho”. A corioide fixa-se firmemente 
ao estrato pigmentoso da retina, mas pode ser arrancada da esclera com facilidade. A 
corioide é contínua anteriormente com o corpo ciliar. 
 
❖ corpo ciliar é um espessamento anular da camada posterior ao limbo da córnea, que é 
muscular e vascular. Une a corioide à circunferência da íris. O corpo ciliar é o local de 
fixação da lente. A contração e o relaxamento do músculo liso circular do corpo ciliar 
controlam a espessura e, portanto, o foco da lente. Pregas na face interna do corpo ciliar, 
os processos ciliares, secretam humor aquoso. O humor aquoso ocupa o segmento 
anterior do bulbo do olho, o interior do bulbo anterior à lente, ligamento suspensor e 
corpo ciliar. 
 
❖ A íris, que literalmente está sobre a face anterior da lente, é um diafragma contrátil 
fino com uma abertura central, a pupila, para dar passagem à luz). Controla tamanho 
da pupila, para controlar a luz que entra no olho. 
Dois músculos involuntários controlam o 
tamanho da pupila: o músculo esfíncter da 
pupila circular, estimulado pelo sistema 
parassimpático, diminui seu diâmetro (miose 
pupilar), e o músculo dilatador da pupila, 
radial e estimulado pelo sistema simpático, 
aumenta seu diâmetro (dilata a pupila). A 
dilatação pupilar contínua anormal 
(midríase) ocorre em algumas doenças ou 
em consequência de traumatismo ou uso de 
alguns fármacos/drogas 
 
• Túnica interna (camada interna), é formada pela retina. É a camada neural sensitiva do 
bulbo do olho. 
A retina é um tecido de origem neuroectodérmica que reveste a parte mais interna do globo 
ocular. 
Ela é responsável pela transformação de energia luminosa em energia elétrica (neuronal), que 
desencadeará transmissão neuronal até a área cortical cerebral responsável pela visão 
A retina é composta por: 
• Epitélio pigmentar da retina: 
O epitélio pigmentar da retina é a camada mais superficial. É constituído por epitélio cúbico 
simples a cilíndrico baixo que é fixo à membrana de Bruch (camada mais interna da coróide). 
A camada é rica em mitocôndrias na membrana basal, múltiplas junções comunicantes (de 
hiato), grânulos de melanina, bem como lisossomas secundários, peroxissomas e vacúolos 
fagocíticos. Existem também numerosos retículos 
endoplasmáticos lisos que facilitam especificamente 
a isomerização da vitamina A. 
É responsável por manter a barreira hemato-retiniana. O 
epitélio pigmentar da retina controla a troca iônica entre a 
coróide vascular e a camada de fotorreceptores da retina. As 
células deste epitélio também têm propriedades fagocíticas; 
portanto, elas são capazes de limpar os detritos celulares 
gerados pelos fotorreceptores. A camada pigmentar fornece 
aos fotorreceptores moléculas adicionais de adenosina 
trifosfato (ATP), moléculas imunomoduladoras e fatores de crescimento polipeptídicos para 
realizar o processo de transdução. 
Em condições fotópicas (quando a intensidade da luz é alta), os processos vilosos do epitélio 
pigmentar alongam-se na camada fotorreceptora da retina. Os processos também se retraem 
sob condições escotópicas (luz de baixa intensidade). A camada pigmentar produz 
ainda antioxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livres gerados no processo de 
transdução. 
• Camada de fotorreceptores 
Os fotorreceptores são as células responsáveis por converter a energia dos fotões em energia 
elétrica que pode ser conduzida pelas fibras nervosas. 
Os seres humanos têm dois tipos de fotorreceptores que são nomeados de acordo com a 
morfologia dos corpos celulares. Os bastonetes são células cilíndricas que funcionam melhor 
em luz de baixa intensidade; enquanto que os cones são (surpresa!) células cônicas que 
funcionam melhor em luz de alta intensidade e facilitam a perceção de 
cores. Os bastonetes são, frequentemente, mais longos e mais delgados 
do que os cones. 
• Membrana limitante externa 
• Camada nuclear externa: 
 O segmento externo é altamente dobrado e contém os produtos 
químicos fotossensíveis necessários para iniciar o impulso visual. A 
membrana do segmento externo se dobra em discos para aumentar a área 
da superfície da célula. Também contém fotoquímicos 
(rodopsina nos bastonetes e pigmentos de cor nos cones), que são 
proteínas que são conjugadas às proteínas transmembranares dos discos 
do segmento externo. 
• Camada plexiforme externa: 
 A camada plexiforme externa contém os neurônios das células bipolares e horizontais da 
camada nuclear interna, bem como os axônios dos fotorreceptores. Geralmente, há uma tríade 
de processos comunicantes formada entre uma esférula de um bastonete ou um pedículo de um 
cone, dois processos de células horizontais posicionados lateralmente e uma célula bipolar pós-
sináptica central. 
• Camada nuclear interna 
Existem várias células 
acessórias dentro da retina que 
formam conexões regulatórias com 
os fotorreceptores. Os seus corpos 
celulares encontram-se na camada 
nuclear interna da retina (entre as 
camadas plexiforme interna e 
externa). Esta camada contém os 
corpos celulares de células 
amácrinas, horizontais e bipolares. 
• Camada plexiforme interna: 
A camada plexiforme 
interna contém os axônios de 
ligação que conectam as células da 
camada nuclear interna (de células 
bipolares ou amácrinas) com as 
células da camada ganglionar. As 
células amácrinas têm conexões com outras células amácrinas, bem como com células bipolares 
e ganglionares. As células bipolares também se comunicam com as células ganglionares 
correspondentes. 
• Camada de células ganglionares 
Os neurônios de segunda ordem que formam a ponte entre 
os fotorreceptores e o núcleo geniculado lateral do tálamo são 
as células ganglionares. Os seus corpos celulares estão localizados 
na camada de células ganglionares, e as suas fibras nervosas viajam na 
camada de fibras nervosas (adjacente ao humor vítreo) em direção ao 
disco óptico. Aqui, formam o nervo óptico. 
As células ganglionares são subdivididas com base em características morfológicas e 
fisiológicas. 
• As células alfa possuem corpos celulares maiores, axônios mais espessos e dendritos 
arborizados difusamente. Elas são mais comumente encontradas na região periférica da 
retina e são estimuladas pelos bastonetes. De uma perspectiva fisiológica, elas são referidos 
como células Y, pois têm pouca sensibilidade à cor. Elas também são referidos 
como células M, devido ao fato de que fazem sinapse com as camadas magnocelulares do 
núcleo geniculado lateral. 
• As células beta são outra categoria de células ganglionares que possuem corpos celulares 
de tamanho médio e menos dendritos. Elas são mais comuns na região central da retina e 
recebem estímulosvisuais dos cones. Portanto, elas respondem a estímulos coloridos; e, 
como tal, são categorizados como células X. Também são chamados de células P porque 
fazem sinapses nas camadas parvocelulares do corpo geniculado lateral. 
• As células W /Delta, epsilon e gama. Um grupo único de células W que têm pouca ou 
nenhuma comunicação com os fotorreceptores é conhecido como células ganglionares 
contendo melanopsina. Para além de não participarem na formação da imagem visual e do 
tamanho destas células, estas células são caracterizadas pela sua conexão com os núcleos 
pré-tectal (NC III principal e acessório) e supraquiasmático, pela sua localização na camada 
ganglionar e pela sensibilidade à luz azul. Mais importante, estas células são extremamente 
sensíveis à luz e permitem a propagação de um potencial de ação em resposta à exposição 
direta à luz. 
• Camada de fibras nervosas 
• Membrana limitante interna 
 
A retina é formada por duas partes funcionais com localizações distintas: uma parte 
óptica e uma parte cega. 
❖ A parte óptica da retina é sensível aos raios 
luminosos visuais e tem dois estratos: um 
estrato nervoso e um estrato pigmentoso. 
✓ O estrato nervoso é sensível à luz. 
✓ O estrato pigmentoso é formado por uma 
única camada de células, que reforça a 
propriedade de absorção da luz pela corioide 
para reduzir a dispersão da luz no bulbo do 
olho. 
❖ A parte cega da retina é uma continuação 
anterior do estrato pigmentoso e uma camada 
de células de sustentação. A parte cega da retina 
estende-se sobre o corpo ciliar (parte ciliar da 
retina) e a face posterior da íris (parte irídica 
da retina) até margem pupilar. 
Clinicamente, a face interna da parte posterior do bulbo do olho, onde é focalizada a luz é 
denominada fundo do bulbo do olho. 
A retina do fundo inclui uma área circular bem definida chamada disco do nervo óptico 
(papila óptica), onde as fibras sensitivas e os vasos conduzidos pelo nervo óptico (NC II) 
entram no bulbo do olho. Como não contém fotorreceptores, o disco do nervo óptico é 
insensível à luz. Consequentemente, essa parte da retina costuma ser chamada de ponto 
cego. 
Mácula lútea. A cor amarela da mácula só é visível quando 
a retina é examinada com luz sem vermelho. A mácula é 
uma pequena área oval da retina com cones fotorreceptores 
especiais especializada para acuidade visual. Não é 
normalmente observada com um oftalmoscópio (um 
aparelho para ver o interior do bulbo do olho através da 
pupila). No centro da mácula há uma depressão, a fóvea 
central, a área de maior acuidade visual. A fóvea tem 
diâmetro aproximado de 1,5 mm; seu centro, a fovéola, não 
tem a rede capilar visível em outra parte profundamente à 
retina. 
Lente(cristalino) 
Está situado atras da íris, dentro da cavidade do bulbo do 
olho. As células que estão presentes da lente são 
chamadas de cristalino. A lente ajuda a focar imagens na 
retina e formação de uma visão nítida. 
 
Músculos dos olhos 
Existem dois grupos de músculos oculares: 
• Músculos intraoculares (intrínsecos), que se encontram dentro do próprio globo ocular, e 
controlam a acomodação do olho 
• Músculos extraoculares (extrínsecos), que movimentam os olhos no interior da órbita. São 6 
músculos extrínsecos que são: 
Músculos extrínsecos 
Reto superior Origem - parte superior do anel tendíneo comum 
Inserção - metade anterior do globo ocular, superiormente 
Inervação - nervo oculomotor 
Função - elevação, adução, rotação medial do globo ocular 
Reto inferior Origem - parte inferior do anel tendíneo comum 
Inserção - metade anterior do globo ocular, inferiormente 
Inervação - nervo oculomotor 
Função - depressão, adução, rotação lateral do globo ocular 
Reto medial Origem - parte medial do anel tendíneo comum 
Inserção - metade anterior do globo ocular, medialmente 
Inervação - nervo oculomotor 
Função - adução do globo ocular 
Reto lateral Origem - parte lateral do anel tendíneo comum 
Inserção - metade anterior do globo ocular, lateralmente 
Inervação - nervo abducente 
Função - abdução do globo ocular 
Oblíquo superior Origem - corpo do esfenoide 
Inserção - quadrante superior lateral do globo ocular, superiormente 
Inervação - nervo troclear 
Função - depressão, abdução, rotação medial do globo ocular 
Oblíquo inferior Origem - parede medial da órbita 
Inserção - quadrante posterior lateral do globo ocular, lateralmente 
Inervação - nervo oculomotor 
Função - elevação, abdução, rotação lateral do globo ocular 
Levantador 
(elevador) da 
pálpebra superior 
Origem - asa menor do osso esfenoide 
Inserção - superfície anterior do tarso 
Inervação - nervo oculomotor 
Função - elevação da pálpebra superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervos da órbita 
Óptico 
É um nervo unicamente sensitivo, suas fibras são somáticas especiais e é responsável pela 
visão, mais especificamente por transmitir impulsos aferentes especiais de luz para o cérebro. 
Sua emergência craniana é o canal óptico e a encefálica é o quiasma óptico; o seu núcleo é o 
geniculado lateral. As fibras ópticas provenientes da parte nasal da retina cruzam no quiasma 
óptico para o lado oposto, enquanto as da parte lateral permanecem do mesmo lado. 
Troclear 
É um nervo exclusivamente motor, 
formado por fibras somáticas 
gerais. Sua emergência craniana é 
a fissura orbital superior e a 
encefálica é o véu medular 
superior; é o único par craniano 
que tem origem posterior no 
tronco encefálico e seu núcleo 
pode ser encontrado ao nível do 
colículo inferior do tronco 
cerebral. 
Ele é responsável pela inervação do músculo obliquo superior. Esse músculo realiza os 
movimentos de adução, depressão e rotação medial (interna) do olho. 
Oculomotor 
É um nervo exclusivamente motor somático e visceral, que contém fibras pré-ganglionares 
parassimpáticas. Sua emergência craniana é a fissura orbital superior e a encefálica é o sulco 
medial do pedúnculo cerebral, seus núcleos são o oculomotor e o Edinger-Westphal. As fibras 
primárias são responsáveis pela inervação dos seguintes músculos extraoculares: levantador 
da pálpebra, reto inferior, superior, medial e obliquo inferior. Já as secundárias, inervam o 
corpo ciliar, íris e músculo esfíncter da pupila. 
Ele contrai o músculo ciliar, que, por sua vez, relaxa as zônulas ciliares, deixando o cristalino 
mais arredondado, conferindo acuidade visual. Além disso, por possuir fibras parassimpáticas, 
realiza a miose da pupila. Ao aplicar um reflexo luminoso em apenas um olho, haverá a 
contração das duas pupilas, pois será recrutado um núcleo ipsilateral e contralateral. 
Abducente 
É exclusivamente motor, constituído por fibras eferentes somáticas gerais. Sua emergência 
craniana é a fissura orbital superior, a encefálica o sulco bulbo pontinho e o seu núcleo pode 
ser encontrado no colículo facial do tronco encefálico. 
Assim como o oculomotor e troclear, tem como função a motricidade do globo ocular. É 
responsável, mais especificamente, pela inervação do músculo reto lateral, que realiza o 
movimento de abdução do olho. 
É evidente a semelhança na função desses três pares cranianos, com isso pode-se explicar a 
razão de possuírem a mesma emergência craniana. 
Fisiologia 
 
Via óptica 
Os receptores da visão são denominados cones e bastonetes, 
presentes no interior da retina Estes receptores estão ligados 
aos neurônios bipolares, por sua vez vinculados aos 
neurônios ganglionares, todos presentes na retina, que é, na 
verdade, um prolongamento do SNC no interior do globo 
ocular. As células ganglionares dão origem a fibras nervosas 
que formarão os nervos ópticos, ligados entre si pelo 
quiasma óptico (local de cruzamento de metade das fibras 
da queles nervos). 
Depois passa pelos tratos ópticos, cujas fibras terminam no 
corpo geniculado lateral, que, pertence ao tálamo. Os 
neurônios do corpo geniculado lateral emitem axônios que, 
por meio do tratogenículo-calcarino, atingem o córtex 
visual primário, situado nas bordas do sulco calcarino 
(área 17 de Brodmann) no lobo occipital. 
As vias sensoriais, tem estímulos originados em um lado do corpo sensibilizam, em geral, o 
córtex cerebral do lado oposto, ou seja, um cruzamento. 
 
Formação da Imagem 
A formação de imagem acontece por 3 processos: 
• Refração dos rios de luz: conforme a luz entra no olho eles, são refratados nas faces 
anterior e posterior da córnea, refratando e fazendo com que o foco fiquei na retina. 
Os raios luminosos convertidos pela a retina, onde se forma uma imagem invertida. 
Transmitida ao cérebro, pelo nervo óptico, essa imagem é endireitada. 
• Acomodação e o ponto de visão: quando o olho foca em um objeto, a lente fica mais 
curva(acomodação), causando uma refração maior da luz. 
O ponto próximo de visão é a distância mínima do olho a partir da qual um objeto pode focar, 
com nitidez, com acomodação máxima. Essa distância em um adulto jovem é de 10 cm. 
• Convergência: os seres humanos tem a capacidade de focar em um só objeto (Visão 
binocular). Temos também a convergência que é a capacidade que o bulbo dos olhos tem 
de direcionar-se para um objeto. Como um lápis que vai em direção aos seus olhos. 
Adaptação no escuro 
A transição da visão diurna - baseada nos cones - para a visão noturna - baseada nos bastonetes 
- não é instantânea. Tal fenômeno é denominado adaptação no escuro e depende de diversos 
fatores, entre eles: dilatação das pupilas, regeneração da rodopsina e ajuste funcional da retina, 
de forma que os bastonetes estejam mais disponíveis para as células ganglionares, uma vez 
que os bastonetes não são encontrados na fóvea, mas apenas na retina periférica. 
Bastonetes 
Os bastonetes distribuem-se de forma omnipresente por toda a periferia da retina. Ao contrário 
dos cones. 
O segmento externo dos bastonetes contém altos níveis 
de monofosfato de guanosina cíclico (GMPc) em repouso, 
bem como moléculas inativas de rodopsina. As rodopsinas 
inativas estão ligadas aos discos membranares do 
segmento externo, e as moléculas de GMPc são libertadas 
continuamente na ausência de luz. Níveis elevados de 
GMPc promovem um influxo de iões de sódio (Na+) para 
o segmento externo, dando origem a um elevado potencial 
de membrana em repouso. 
A rodopsina sofre um rearranjo molecular com exposição 
à luz e, juntamente com outras moléculas fotossensíveis 
na membrana externa, causa uma diminuição na quantidade de GMPc. Como resultado da 
queda no GMPc, os canais de sódio fecham-se. Consequentemente, há uma mudança na 
preferência iônica das células e elas se tornam hiperpolarizadas (ao contrário de outros 
neurônios aferentes, que se tornam despolarizados após um estímulo). 
Em vez de iniciar um potencial de ação para propagar o efeito do estímulo, a hiperpolarização 
move-se gradualmente através da membrana celular. Uma vez no bolbo sináptico dos 
bastonetes, a hiperpolarização reduz gradualmente a quantidade de glutamato (um 
neurotransmissor) produzido na sinapse (esférulas dos bastonetes). Isto pode ter um efeito 
despolarizante ou hiperpolarizante, dependendo das células do outro extremo da sinapse. 
Embora sejam capazes de completar uma quantidade relativamente grande 
de fotoisomerização, as moléculas de rodopsina necessitam de substituição, mais tarde ou mais 
cedo. As moléculas de rodopsina estão ligadas aos discos da membrana celular, o fragmento 
distal do bastonete sofre queda a cada dez dias e, proximalmente, os discos são renovados. 
 
Cones 
Ao contrário dos bastonetes, os cones não estão contidos dentro de uma membrana e estão em 
constante comunicação com o espaço extracelular. Além disso, as pilhas de discos 
progressivamente ficam menores e mais distantes do 
segmento interno. Portanto, os cones têm uma forma cônica 
característica. 
Existem três tipos de cones, sendo cada um responsável pela 
deteção de luz dentro de um espectro particular: 
• Os cones de comprimento de onda longo (cones L) são 
sensíveis principalmente à luz dentro do espetro 
vermelho. 
• Os cones de comprimento de onda médio (cones 
M) são altamente responsivos à luz no espetro verde. 
• Os cones de comprimento de onda curto (cones S) detectam principalmente a luz no 
espetro azul. 
Portanto, os cones são responsáveis pela visão a cores, a percepção da qual depende da 
combinação particular de estímulos gerados pelos três tipos de cones. A diminuição na 
liberação/libertação de glutamato e consequente fenômeno despolarizante ou hiperpolarizante 
também ocorre. 
Células bipolares 
Estas células formam a ponte entre as 
células ganglionares e os fotorreceptores da 
retina. Elas são particularmente importantes 
na deteção dos limites das imagens enviadas 
para o sistema visual. 
As células são categorizadas em células 
bipolares “on” ou “despolarizantes”, 
ou “off” ou “hiperpolarizantes”. As vias 
“on” são ativados pela luz, enquanto que 
as vias “off” são ativadas durante a escuridão. 
A lógica por trás das células bipolares “on” e “off” pode tornar-se bastante desconcertante 
devido ao fato de que o glutamato sempre foi considerado como um neurotransmissor 
excitatório. Para evitar mais confusão, pense desta forma: interromper o fluxo de glutamato 
(isto é, expor os fotorreceptores à luz) faz com que as células bipolares “on” despolarizem e 
as células bipolares “off” hiperpolarizem. 
Células amácrinas 
Podem ser encontrados vários neurotransmissores nas células amácrinas, como o ácido 
gama(γ)-aminobutírico (GABA), a glicina ou a acetilcolina (ACh) e outros neuropeptídeos. 
Elas regulam a atividade das células bipolares e aumentam a sensibilidade das células 
ganglionares de classe Y a estímulos em movimento. 
Células horizontais 
As células horizontais são células com axônios de vários comprimentos (para acessar 
fotorreceptores próximos e distantes) que viajam paralelamente ao plano retiniano e 
numerosos dendritos. Os corpos celulares estão restritos à camada nuclear interna. 
Em resposta à glutamina libertada pelos fotorreceptores, as células horizontais 
secretam GABA para bastonetes e cones próximos. Essa ação regula a resposta das células 
ganglionares, além de melhorar a periferia das imagens transmitidas ao sistema visual.

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