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1 INSTITUTO ENSINAR BRASIL FACULDADE DOCTUM DE CARANGOLA DAYANE DE SOUZA JÁCOMO FERNANDA YULA AMORIM ANDRADE GABRIELLA VIANA RODRIGUES GUILHERME PORTES LUCIO ISABELLA BOTELHO IZABELA PAIXÃO SAÁR LAVÍNIA VIEIRA HERDY MARIA FERNANDA COUTO VIANA MARIA RITA RODRIGUES SAÁR MIRIAM PERES DE LIMA SARA CHRISTIAN DORNELAS DE MOURA WILLIS DE OLIVEIRA GAMA AÇÃO RESCISÓRIA CARANGOLA 2021 2 INSTITUTO ENSINAR BRASIL FACULDADE DOCTUM DE CARANGOLA DAYANE DE SOUZA JÁCOMO FERNANDA YULA AMORIM ANDRADE GABRIELLA VIANA RODRIGUES GUILHERME PORTES LUCIO ISABELLA BOTELHO IZABELA PAIXÃO SAÁR LAVÍNIA VIEIRA HERDY MARIA FERNANDA COUTO VIANA MARIA RITA RODRIGUES SAÁR MIRIAM PERES DE LIMA SARA CHRISTIAN DORNELAS DE MOURA WILLIS DE OLIVEIRA GAMA AÇÃO RESCISÓRIA Trabalho apresentado ao curso de Direito da Faculdade Doctum de Carangola, como requisito para aprovação na disciplina Direito Processual Civil II, orientado pela Prof.º Fernando Amarantes Barcellos Filho. CARANGOLA 2021 3 Conceito: Cuida-se de um meio de impugnação de decisão judicial que se desenvolve em processo à parte daquele onde a decisão contrariada foi proferida, que costuma ser chamada de ação autônoma de impugnação. Ao passo que o recurso é meio de impugnação cabível no decorrer do trâmite processual, a ação rescisória é cabível somente depois do trânsito em julgado, ocorrendo com a escassez dos recursos cabíveis que contrariam a decisão judicial ou a falta de interposição do recurso cabível. O art. 966, caput, do CPC exige que seja de mérito a decisão a ser impugnada por meio de ação rescisória. Tendo em vista a necessidade de a decisão impugnada solucionar o mérito da demanda, se conclui que a ação rescisória é uma ação autônoma de impugnação que objetiva desconstituir decisões judiciais que tenham resultado em coisa julgada material, daí ser considerada uma excepcional hipótese, legalmente prevista, de "relativização da coisa julgada". O legislador, quando previu, ainda que excepcionalmente, a ação rescisória, deu uma chance à justiça em detrimento da segurança jurídica. É assertivo tratar a ação rescisória como sendo o último suspiro de justiça do sistema processual pátrio. Natureza jurídica da ação rescisória: A natureza jurídica da ação rescisória é a ação, no qual, possui autonomia, sendo conceituada como uma forma construtiva da ação rescisória, embargos de terceiros e mandado de segurança. Pelo fato de a ação rescisória ser uma ação, é importante ressaltar que ela impõe provação através de uma petição inicial, para que seja observados os requisitos legais. Todos os requisitos e atos jurídicos de uma ação estão implementados na rescisória. A ação rescisória é um processo de conhecimento que analisa a fase postulatória, ordinatória, probatória, decisória e recursal. É importante ressaltar, que não é pelo fato dela impugnar uma decisão, que tenha como mérito a busca da rescisão, que ela será um recurso, ela apenas tem um pedido meritório diferenciado das outras demandas, ou seja, significa que a decisão de mérito proferida na rescisória transitará em julgado, e, a decisão transitada em julgado na ação rescisória, desde que, entende-se como ação rescisória, se obtiver vícios de nulidade do 966, ela tem o nome de ação rescisória sucessiva, que acontece quando ocorrer vícios. 4 Legitimidade: A legitimidade para propor Ação Rescisória tem sua previsão legal no art. 967 do CPC. Importante apontar o conceito jurídico de legitimidade “é a qualidade atribuída à manifestação de vontade de um determinado sujeito, no exercício de um poder decorrente da tomada de decisões por um determinado grupo de interessados, autorizada pela norma jurídica (legalidade), determinada pelo consenso e exercida nos limites da ética (juridicidade)”. No caso de uma Ação Rescisória pode-se falar de legitimidade ativa e passiva. Para os autores Luciano Souto Dias e Marcellus Polastri Lima “O legislador não previu expressamente os legitimados passivos para a ação, porém, com o intuito de resguardar direitos e garantir o devido processo legal, devem figurar no polo passivo todos os partícipes da demanda originária, em que foi proferida a decisão que se pretende rescindir.” O texto do código diz que são os legítimos para propor Ação Rescisória: quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular; o terceiro juridicamente prejudicado; o ministério público - este detém a legitimidade ativa - se não foi ouvido no processo em que era obrigatória a intervenção, quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, afim de fraudar a lei ou em casos em que se imponha sua atuação; por fim, aquele que não foi ouvido no processo. Competência: A ação rescisória é uma ação de competência originária de tribunal, sendo que a determinação de qual o Tribunal competente dependerá dos eventuais recursos interpostos no processo originário e da espécie de julgamento desses recursos. Não havendo apelação contra a sentença, a competência será cabível ao tribunal de segundo grau competente para o julgamento desses recursos que a luz do caso concreto não existiu. Além disso, é preciso salientar que não é visto impedimento ou complicação a competência na hipótese de o processo originário findar com o julgamento de apelação, a luz deste, o respectivo tribunal responsável por julgar a apelação será competente para desconstituir o seu julgamento. A hipótese mais polemica refere-se aos processos que há interposição de recurso especial e/ou 5 extraordinário. Pois, em regra, a competência para a ação rescisória só será dos tribunais superiores quando esses recursos forem julgados em seu mérito, de modo que, não sendo admitidos (não reconhecimento ou conhecimento), a competência será do tribunal de segundo grau, mesmo que o processo tenha chegado aos tribunais superiores. A partir disso, torna-se oportuno destacar a súmula 249 do STF, que aponta para a competência do Supremo Tribunal Federal na circunstância de não conhecimento do recurso extraordinário, desde que tenha sido apreciado o objeto constitucional no caso concreto (art. 102, III, “a” da CF). De igual modo, a regra é aplicada pelo STJ no caso do recurso especial não conhecido com a matéria federal apreciada (no art. 105, III, “a” da CF). Segundo o Novo Código de Processo Civil, ainda que não versando sobre a competência para o julgamento da ação rescisória, este traz de modo imprescindível uma atualização necessária quanto a matéria de incompetência. Hodiernamente, tem-se que a incompetência absoluta gera à extinção terminativa da ação rescisória, não havendo remessa da ação de um tribunal para o outro, contra essa conduta tem-se o art. 968, §6º, do CPC dispõe expressamente a remessa dos autos ao tribunal competente, havendo precedente do Superior Tribunal de Justiça em direção de aplicar a regra somente nas ações rescisórias propostas já na vigência do Código de Processo Civil. Haja vista que a mudança no tribunal necessite de uma adequação da petição inicial, o §5º do mesmo artigo, diz que sendo reconhecida a incompetência do tribunal para julgar a ação rescisória, o autor será intimado para emendar a petição inicial com fino de adaptar o objeto da ação rescisória, quando a decisão apontada como rescindenda não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação estipulada no §2º do art .966 do CPC (I) e quando tiver sido substituída por decisão posterior (II). Como demonstra o art.968, §6º do CPC depois de emendada a petição, ao réu será permitida contemplação dos fundamentos de sua defesa, para só após dar-se a remessa dos autos para o tribunal competente. Em virtude da competência, observa-se o entendimento de que só deve existir uma ação rescisória por processo, pois imaginea hipótese de uma parcela de mérito ser decidida e a decisão transitar em julgado no primeiro grau, enquanto a outra parcela de mérito é julgada em último grau recursal pelo Superior Tribunal de Justiça. Dado isso, se o vício de rescindibilidade estiver constado no julgamento parcial a competência para a ação rescisória será do Tribunal de segundo grau, ao passo que o vício presente no julgamento proferido pelo STJ a competência será desse tribunal 6 superior. De modo a concluir, mesmo que sustentado a presença de uma ação rescisória por processo, caso a parte alegue dois vícios no processo, serão cabíveis duas ações rescisórias em razão dos diferentes órgãos competentes para o julgamento de cada vicio de rescindibilidade. Hipóteses de ação rescisória Inicialmente, é de grande importância analisar a propositura de uma ação rescisória, como existência de uma decisão de mérito transitada em julgado. Conforme está descrito no caput do art. 966 do Código de Processo Civil. Em seguida, juntamente com o requisito descrito no caput, são apontadas oito hipóteses de cabimento de ação rescisória nos seus oito incisos: Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I – se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III – resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV – ofender a coisa julgada; V – violar manifestamente norma jurídica; VI – for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII – obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII – for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.” Pode-se observar que qualquer decisão que julgue o mérito de uma demanda pode ser rescindível se apresentadas uma das hipóteses descritas nos incisos do art. 966. Todavia, o parágrafo segundo deste mesmo artigo aponta duas situações em que o mérito não é decidido, mas cabe ação rescisória. Confira: § 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça: I – nova propositura da demanda; ou II – admissibilidade do recurso correspondente.” 7 A primeira hipótese levantada no primeiro item é sobre a conduta listada como crime contra a administração pública no Direito Penal, indicando que a sentença foi motivada pela conduta criminosa do juiz. Portanto, para sua configuração, é necessário atender a todos os requisitos do tipo penal, não sendo exigida condenação prévia. A blasfêmia é o artigo 319 da Lei Criminal, que “atrasa ou executa indevidamente um ato oficial, ou atua em violação de leis e regulamentos claros, a fim de atingir interesses pessoais ou fins emocionais”. A concussão está relacionada com a ideia do `` artigo 316 do Direito Penal '' que `` a exigência de si mesmo ou de outrem, direta ou indiretamente, mesmo fora do âmbito da função ou antes de assumir a função ''. A corrupção passiva é "mesmo que esteja fora do âmbito da função ou antes de assumir a função, direta ou indiretamente solicitando ou aceitando para si ou para outrem, mas por isso há interesse indevido ou aceitação da promessa de tal interesse", “Anticorrupção, Artigo 217 do Código Penal. Portanto, independentemente de ser condenado na esfera penal, quando a conduta do juiz estiver representada neste artigo, a ação poderá ser ajuizada. Ainda que ele seja inocentado na área penal, na esfera cível, essa ação pode ser considerada eficaz. A segunda hipótese é sobre a decisão de um juiz bloqueado ou de um juiz absolutamente incompetente. Se for configurado o disposto no artigo 144 da Lei de Processo Civil, o juiz será bloqueado. “Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 8 V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII – em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado. § 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. § 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. § 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.” A imparcialidade do juiz é um pressuposto da validade do procedimento. Se lhe faltar imparcialidade, estará prevenido, por isso enfrentará a invalidade, que se reflete no comportamento do processo e na própria decisão final. Portanto, a decisão do juiz bloqueado será afetada pelo indeferimento da ação. O segundo aspecto do artigo é a decisão proferida por juiz absolutamente incompetente, isto é, incompetência devida a coisas, pessoal ou funções. No caso de incompetência relativa, se não houver reclamação cabível, o pedido será adiado. Regras de processo civil. “Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. 9 Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.” A terceira hipótese baseia-se na falta de conduta das partes, por entenderem que uma das partes agiu de boa-fé, o que impede a ação da outra parte ou afasta o juiz da verdade. Para construir essa hipótese, é necessário que ocorra o engano e se comprove um comportamento astuto, o que é consistente na presença de uma relação causal entre essa situação e a decisão. A aplicação é uma inovação trazida pelo novo código, que se caracteriza por impor restrições à parte insolvente, também podem ser revogadas as decisões resultantes de simulações e conluio entre as partes para fraudar a lei. O objetivo do conluio é obter condições legais proibidas por lei e, na simulação, as partes não se interessam pelos resultados do processo de utilização, mas apenas o utilizam como simulação para prejudicar os interesses de terceiros. A quarta hipótese versa sobre ofender a coisa julgada, como já dito, o pedido da sentença proferida sobre a qual recai a coisa julgada não pode ser motivo de outra ação entre as mesmas partes, assim, caso esta isto ocorra a nova decisão pode ser tida como nula, e portantorescindível, como se demonstra com as decisões abaixo: “A ação de desistência fundamenta-se no art. 485, inciso IV da Lei de Processo Civil estipula que há duas sentenças para que a mesma relação jurídica constitua o conceito de condenação. Na hipótese atual, considerando que o pedido se limita a Supremo Tribunal Federal A suposta infração não foi solucionada, sendo que o supremo precedente somente produziu novo julgamento entre as partes no litígio, sem efeito universal, nem (STJ, EDcl, AR 1.393 / PB, Art. 3, j. 11.24.2004, rel . Min. Gilson Dipp, DJ 06.12.2004). “Não há ofensa à coisa julgada eis que a decisão, mais moderna, que concede reintegração de posse ao ex-companheiro sobre um dos imóveis do qual é cotitular, não contraria coisa julgada de ação de dissolução de sociedade de fato, que reconheceu à ex-companheira a meação sobre este e um outro imóvel adquiridos pelo par durante sua vida em comum” (STJ, REsp 219.792/MG, 4.ª T., j. 18.12.2003, rel. Min. Aldir Passarinho Jr., DJ 08.03.2004). A discussão deste artigo diz respeito ao fato de que o prazo para a decadência foi desidratado para propor a ação de revogação dará duas decisões para cumprir. Parte 10 do ensino acredita que a primeira decisão deve ser cumprida porque não há vasta inerente, como Sergio Rizzi. Enquanto isso, há uma parte do ensino, você deve aplicar o segundo caso que o primeiro não foi executado. B. Miranda's Bills e Ada Pellegrini GrinOver. O quinto está na violação óbvia do padrão legal, essa violação não precisa necessariamente ocorrer na decisão e pode ocorrer durante o processo. No que diz respeito à regra jurídica que foi unanimemente ferida, compreende que o padrão material ou processador pode ser em ambos os casos para propor medidas restabelecidas. No que diz respeito aos regulamentos de incrustação feridos, apenas violações absolutas são essenciais de recentemente redefinir a ação, que serão divididas em violações existentes do fim. As infracções do processo também são indicadas como resultado da própria sentença ou caminhões relativos às suas razões que podem estar ausentes, insuficientes ou insuficientes e dentro do escopo da tomada de decisões, e é apropriado para uso para frases sem o uso de Infraultra, extra ou infra petita. As infra petita frases, quando não julgam o pedido do autor, não devem ser consideradas nulas, mas não existentes, não dependendo das outras decisões. No que diz respeito às frases ultra petita, a jurisprudência marcou uma maneira acentuada a possibilidade de demolir as frases, reduzindo-as ao pedido e não os anule ou as impedem. Em relação à violação literal da lei da lei, apenas as leis foram consideradas consideradas cuja aplicação tem apenas uma interpretação jurisprudcional ou mesmo com uma interpretação predominantemente aceita. Portanto, não é possível propor resgate contra decisões com base na violação literal do caso legal, esta lei tem várias interpretações jurisprudenciais, conforme previsto para o Sumula 343 do STF. “Súmula 343 – Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais.” Outro ponto a ser enfatizado diz respeito à possibilidade de salvar a decisão sobre a qual a autoridade da sentença decidiu com base na lei, que foi posteriormente tomada como inconstitucional, por controlo concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal, se os seus efeitos não foram modulados. 11 Somente esse problema pode ser resolvido se o STF não tiver sua decisão estabelecida que deve produzir efeitos ex-nuncini. O sexto artigo carrega a hipótese para propor a resolução quando a oração é baseada em testes falsos, cujo anappen é eliminado em processos penais ou durante a ação de ações. Para que as ações sejam baseadas neste artigo, deve haver um elo causal entre os testes falsos e a decisão de rescindir, ou seja, se não houver este teste, a decisão seria outra. A sétima sogra refere-se ao novo teste, se depois de fechar o processo, a peça obtém um novo elemento probatório que poderia garantir resultados favoráveis, é admitido à cessação da decisão judicial. Com um novo teste, não deve ser entendido que essa aparência não aparece após o encerramento do processo, mas essa prova que já existia no momento da frase do mérito que a peça ignorou ou não poderia usar. A ação protagonista do presente trabalho poderá ser cabível nos seguintes motivos: 1 Se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; Nesse caso, indica que a decisão se deu decorrente de um fato criminoso. 2 For proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; Ora, a imparcialidade é fator supra importante para a validade dos atos processuais, sem ela, a decisão proferida será nula. Sendo assim, caberá ação rescisória nas decisões julgadas por juízes impedidos. 3 Resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;” Nesse caso, necessário é o nexo causal entre a decisão proferida e a conduta praticada. 4 Ofender a coisa julgada; Sobre a coisa julgada, é necessário relembrar seu conceito básico esmiuçado no código de processo Civil: 12 Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida. §1º O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se: I – dessa resolução depender o julgamento do mérito; II – a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia; III – o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal. §2º A hipótese do § 1º não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou limitações à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão prejudicial. Art. 504. Não fazem coisa julgada: I – os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença; II – a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença. Art. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo: I – se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença; II – nos demais casos prescritos em lei. 13 Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros. Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão. 5 Violar manifestamente norma jurídica; Uma exceção a esse caso o supremo tribunal trouxe em sua súmula 343, faz saber: “não cabe ação rescisória quando o julgado estiver em harmonia com o entendimento firmado pelo Plenário do Supremo à época da formalização do acórdão rescindendo, ainda que ocorra posterior superação do precedente" Ou seja, não cabe ação rescisória nas normas passíveis de interpretações jurisprudenciais diversas. 6 For fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; 7 Obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; 8 For fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. O erro de fato se substancia na falta de percepção ou falsa percepção a respeito da existência ou inexistênciade um fato incontroverso e essencial à alteração do resultado da decisão: uma e outra, na sua materialidade, emergentes dos autos do processo onde foi proferida a decisão rescindenda”. Procedimento: A ação rescisória possui natureza jurídica de ação, e tem como princípio basilar a inercia da Jurisdição, no qual exige-se que haja uma provocação dos legitimados que podem propor a ação, sendo eles dispostos no artigo 967 do Código de Processo Civil, fazendo o pedido de forma, obrigatoriamente, escrita, essa provocação é realizada por meio da Petição Inicial, que deve seguir os moldes do artigo 319 e 320 também do Código de Processo Civil. Primeiramente segundo o que a própria legislação nos diz, deve-se apontar o juízo no qual a petição está sendo dirigida, e no caso da ação 14 rescisória é o Tribunal Competente a que ela se refere, seja aos Tribunais de Justiça, quando a decisão rescindida for de primeiro grau ou de acórdão dos próprios Tribunais, seja ao Superior Tribunal de Justiça, quando for objeto da ação acórdão do próprio STJ. É extremamente importante que esse endereçamento seja feito de forma correta, caso contrário o processo poderá ser extinto, alegando um vício de incompetência absoluta na propositura do pedido em questão, podendo causar uma enorme lesão a parte que pleiteia a ação. Em segundo lugar é necessário, qualificar as partes. Lembrando, que no que diz respeito a ação rescisória é possível se realizar dois pedidos, o da desconstituição da coisa julgada (juízo rescindendo), e o rejulgamento da causa (juízo rescisório), ou seja, um novo julgamento, sendo assim é necessário que estejam expressos explicitamente na petição, podendo ser um ou o outro, ou a cumulação de ambos, no qual o segundo pedido só será analisado se o segundo for aceito. A Petição deve conter indicados os fatos do pedido, sendo obrigatória a indicação dos dispositivos legais apenas quando se tratar de ação rescisória em face de decisão que viola norma jurídica, bem como provar o trânsito em julgado da decisão, com juntada de documento e apresentar provas supervenientes e/ou que ensejem a ação, feito por meio da juntada de alguns documentos indispensáveis a propositura da ação rescisória, como a cópia da decisão que busca rescindir e a certidão de Transito em julgado. É necessário também, indicar o valor da causa, sendo analisado o caso concreto, ponderando uma vinculação entre o valor da causa do processo de origem e o da ação rescisória. Segundo o artigo 968, II, do CPC, cabe ao autor realizar depósito de 5% sobre o valor da causa, não superior a 1.000 salários-mínimos, que no caso da ação rejeitada será convertido em multa, e dado para a parte contraria. Ao se ingressar com a ação rescisória, assim como qualquer petição inicial pode-se sofrer indeferida, segundo o que descreve o § 3° do Artigo 368 do CPC, esse indeferimento ocorre nas hipóteses do artigo 330 do CPC e quando o deposito mencionado anteriormente não for realizado. É claro que esse indeferimento não é feito de forma imediata, pois a ausência do deposito é um vício que pode ser sanado, e no caso, o juiz pede que o advogado emende a petição, no entanto se esse pedido não for acatado no prazo estipulado pela diligencia, passará para o indeferimento. 15 Bem como qualquer petição inicial, a de ação rescisória, o réu também deve apresentar sua resposta, e esta deve ser feita num prazo de 15 a 30 dias, que será determinado pelo Juiz competente que estiver julgando a ação. Essa resposta pode ser feita por meio de contestação, uma resposta muito comum de caráter defensivo, mas no caso não se pode alegar incompetência relativa, pois qualquer vicio neste procedimento será absoluto. Será admitido também a reconvenção, desde que respeite um prazo decadencial de dois anos e o réu em questão deposite o valor de 5% também mencionado anteriormente. Também é emitido que o réu apresente impugnação ao valor da causa e a conceção de benefícios de assistência judiciária. Caso haja a ausência dessas respostas o réu é considerado revel, considerando que essa situação é causada pela falta de contestação, mas segundo o que diz a doutrina e a Jurisprudência não há a presunção da veracidade dos fatos alegados pelo autor na Petição Inicial. Tem-se ainda como forma de procedimento à atividade saneador, de forma que se destaca por não haver audiência de conciliação ou de mediação, sendo um procedimento comum, onde a audiência de saneamento ocorre normalmente, de acordo com o artigo de 357, §3°, do CPC. Há também a possibilidade de julgamento antecipado do mérito, não se admitindo a presunção de veracidade. De tal forma, a ação rescisória não admite as extinções de convenção de arbitragem e por reconhecimento jurídico do pedido, como previsto nos artigos 485 e 487 ambos do CPC. A fase probatória, também faz parte desse procedimento, onde é utilizada nos casos em que o juízo não tem estrutura para a produção e apresentação de meios de prova. Desta forma, é utilizada a função probatória para que outro foro produza a prova, distinto daquele e que se tramita o processo, sendo mais comum no juízo de primeiro grau. As manifestações finais são onde se encerra a instrução probatória, tendo o prazo de dez dias para a apresentação, tendo de Sr obdecida algumas hipóteses no artigo 178 do CPC, seguindo a regra de primeiro o autor, réu e logo depois o Ministério Público. Vindo em seguida após as manifestações finais o Julgamento. 16 O julgamento é a última parte do procedimento, onde caberá em primeiro lugar o tribunal, realizando a análise de tudo que fora apresentado, tendo de ser analisado em primeiro lugar o juízo rescindendo e se acolhido o pedido passará para o julgamento. Verificando a causa de rescindibilidade, será julgado procedente. Se, porém, rejeitado, haverá o pedido de um novo julgamento e perderá o objeto prejudicado, no entanto, essas decisões vindas a seguir o tribunal deverá prosseguir encerrando o julgamento quando decisão do pedido rescindendo esgotar a atividade necessária do tribunal, poderá também determinar a remessa para outro órgão em razão de incompetência ou realizar um novo julgamento no qual poderá acolher ou rejeitar o pedido formulado pelo autor no processo, se houver nova rejeição poderá ser meramente declatório, constitutivo ou condenatório. Como propor a ação rescisória: Visto que a ação rescisória constitui um novo método, o pedido deve atender aos requisitos da petição inicial no artigo 319 do novo CPC, sendo sua responsabilidade, analisar o disposto no artigo 968 do Novo CPC: fazer o pedido de forma, obrigatoriamente, escrita; qualificar as partes; fazer o pedido de rejulgamento, se for o caso, junto ao pedido de rescisão da decisão; indicar os fatos do pedido, sendo obrigatória a indicação dos dispositivos legais apenas quando se tratar de ação rescisória em face de decisão que viola norma jurídica; provar o trânsito em julgado da decisão, com juntada de documento; apresentar as provas supervenientes e/ou que ensejem a ação; indicar o tribunal competente; indicar o valor da causa; realizar depósito de 5% sobre o valor da causa, não superior a 1.000 salários- mínimos. A ação sendo julgada como inadmissível ou improcedente, por unanimidade dos votos, estará disposto a devolução em multa do dinheiro depositado a favor da ré. 17 Assim, sendo um meio de esquivar-se de um bem sem nenhum motivo prático, quem se beneficia da Justiça Gratuita pode ficar isento do pagamento desse depósito. Prazo: É de notório saber que, o prazo para a propositura as ação rescisória é de dois anos, se possuir natureza decadencial e de cinco anos se descoberta provas novas. Nas palavras de Alexandre Freitas Câmara: “Na hipótese de ação rescisória fundada em simulação ou colusão, o termo inicial do prazo para ajuizamentoda ação rescisória por terceiro prejudicado ou pelo Ministério Público que não interveio no processo é o momento da ciência da simulação ou da colusão (art. 975, § 3º). Neste caso, porém, não há limite máximo de tempo a contar do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo (como havia na hipótese anterior). Assim, a ação rescisória poderia ser proposta muito tempo depois do término do processo, o que gera uma insegurança jurídica. Registre-se, porém, que esta regra de dilação do tempo inicial do prazo para exercício do direito à rescisão não alcança aqueles que foram partes no processo original”. Exceção ao prazo: As exceções trazidas pelo CPC/2015 estão elencadas no art. 988º, § 2º, na maioria das vezes, quando o trânsito em julgado dessa decisão, ainda que sem mérito, impeça duas situações, sendo uma a propositura de uma nova ação e a outra admissibilidade de um recurso correspondente. A primeira hipótese ocorre quando o autor intenta uma mesma demanda, mesma causa de pedir e partes pela terceira vez, com as duas outras anteriores julgadas extintas sem julgamento do mérito, caso o mesmo aconteça na terceira demanda, ocorre o fenômeno da perempção, com a perda do direito de intentar novamente tal ação, a decisão, nesta primeira hipótese continua a ser sem mérito, porém impede a proposição de uma nova ação. Na segunda hipótese, se a decisão não for de mérito, porém inadmite a admissibilidade de recurso correspondente, contendo um vício, incorrendo no trânsito em julgado indevido, pode, da mesma maneira, ser fruto de ação rescisória, com o intuito de preservar o direito de recorrer. O vício necessário, o art. 966º deve constar nessa decisão que impede a admissibilidade do recurso interposto, não em outra decisão daquela demanda, mesmo que anterior. Outra decisão cabível da ação rescisória é a sentença que 18 extingue a execução, colocando fim ao processo, encerrando a prestação jurisdicional, contudo sem conter um mérito, pelo fato de o próprio processo executivo não proporcionar um juízo meritório, mas somente uma busca pela satisfação e efetividade do direito existente a ser executado. Diferenças entre preclusão e trânsito em julgado: O processo é uma relação jurídica complexa, composta por um procedimento em contraditório, este procedimento é entendido como um sistema de vínculos sucessivos entre autor e réu, para que assim, a resolução do problema seja construída e prolatada pelo magistrado. Cada um desses vínculos pode ser considerado como uma série de etapas processuais, ou posições jurídicas, como tais,possuem um termo inicial e um termo final, porém, neste sentido, o termo final de uma etapa gera o termo inicial de outra. A maneira pela qual ocorre o termo final é chamada de preclusão. A preclusão gera dois efeitos: I- Impede que a parte pratique o ato, seja depois de transcorrido um determinado tempo, depois de já tê-lo praticado ou depois de praticado ato incompatível; II- Torna imutável a questão depois de decidida. O doutrinador Jônatas Milhomens, em sua obra “Dos Prazos e do Tempo no Código de Processo Civil” conceitua as três espécies de preclusão, definidas da seguinte maneira: Preclusão temporal é a perda de uma faculdade processual oriunda de seu não exercício no prazo ou termo fixado pela lei processual. (…) Preclusão lógica é a que decorre da incompatibilidade da prática de um ato processual com outro já praticado. (…) Preclusão consumativa quando a faculdade processual já foi exercida validamente.” Assim, entende-se que a preclusão não afeta apenas as partes, mas também ao magistrado, portanto, quando este decide uma questão, ocorre a preclusão pro judicato, ou seja, não poderia decidir, novamente, essa mesma questão. https://www.aurum.com.br/blog/preclusao/ 19 Já o trânsito em julgado, não é a mesma coisa que preclusão, mas decorre dela, isso porque ocorre quando não mais se pode discutir uma decisão justamente por causa da preclusão, seja temporal, consumativa ou lógica. O doutrinador Edward Carlyle Silva, em sua obra “Direito Processual Civil”, conceitua coisa julgada como: Essa nova posição jurídica caracterizada pela imutabilidade e indiscutibilidade da sentença, que de instável passa, a partir do trânsito em julgado, a ser estável” A coisa julgada possui duas faces, estás são: Coisa julgada formal, onde a decisão não é mais suscetível de reforma por meio de recursos, tornando-se imutável dentro do processo. Coisa julgada material, é a indiscutibilidade dos efeitos decorrentes de uma decisão que resolva o mérito, seja dentro ou fora do processo, tornando inalterável a resolução da lide, portanto, há o impedindo de que qualquer outro magistrado julgue novamente o que já foi decidido. Ação rescisória do novo CPC: Com o intuito de afastar a coisa julgada, a ação ou instituto processual vem por meio da formação com um dos vícios gravíssimos de nulidade previsto em lei. E por apresentar esse rol de nulidade taxativo, possui um cabimento vinculado à lei (art. 966), sendo uma medida restritiva, onde essa ação é uma medida excepcional, devendo precaver pela preservação da coisa julgada. Existe uma diferença em uma alteração no novo Código de Processo Civil (CPC), pois no Código de Processo Civil de 1973 o objeto era apenas a sentença de mérito, já no novo CPC/ 2015 o legislador fez uma concordância a respeito da rescisória, das espécies de decisão que transitam em julgado. A diferença visualmente foi de fugir da questão “sentença do mérito” para a nova expressão “decisão de mérito transitada em julgado”, continuando a mesma sentença de antes, porém com um novo acréscimo de interlocutórias parciais. Referências: https://jus.com.br/artigos/19278/o-conceito-de-legitimidade acesso em 17/04/2021 https://jus.com.br/artigos/19278/o-conceito-de-legitimidade%20acesso%20em%2017/04/2021 20 https://www.rkladvocacia.com/apontamentos-sobre-acao-rescisoria-no-novo-codigo- de-processo-civil/ acesso em 17/04/2021 CÓDIGO PROCESSO CIVIL, 2015 https://jus.com.br/artigos/67383/a-acao-rescisoria acesso em 20/04/2021 https://blog.sajadv.com.br/acao-rescisoria/ acesso em 22/04/2021 Neves, Daniel Assumpção Amorim, Manual de Direito Processual Civil. Salvador: Editora Juspodivm, 2020. https://www.rkladvocacia.com/apontamentos-sobre-acao-rescisoria-no-novo-codigo-de-processo-civil/ https://www.rkladvocacia.com/apontamentos-sobre-acao-rescisoria-no-novo-codigo-de-processo-civil/ https://jus.com.br/artigos/67383/a-acao-rescisoria%20acesso%20em%2020/04/2021 https://blog.sajadv.com.br/acao-rescisoria/
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