Buscar

Direito Processual Civil II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
INSTITUTO ENSINAR BRASIL 
FACULDADE DOCTUM DE CARANGOLA 
 
DAYANE DE SOUZA JÁCOMO 
FERNANDA YULA AMORIM ANDRADE 
GABRIELLA VIANA RODRIGUES 
GUILHERME PORTES LUCIO 
ISABELLA BOTELHO 
IZABELA PAIXÃO SAÁR 
LAVÍNIA VIEIRA HERDY 
MARIA FERNANDA COUTO VIANA 
MARIA RITA RODRIGUES SAÁR 
MIRIAM PERES DE LIMA 
SARA CHRISTIAN DORNELAS DE MOURA 
WILLIS DE OLIVEIRA GAMA 
 
AÇÃO RESCISÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARANGOLA 
2021 
2 
 
INSTITUTO ENSINAR BRASIL 
FACULDADE DOCTUM DE CARANGOLA 
 
DAYANE DE SOUZA JÁCOMO 
FERNANDA YULA AMORIM ANDRADE 
GABRIELLA VIANA RODRIGUES 
GUILHERME PORTES LUCIO 
ISABELLA BOTELHO 
IZABELA PAIXÃO SAÁR 
LAVÍNIA VIEIRA HERDY 
MARIA FERNANDA COUTO VIANA 
MARIA RITA RODRIGUES SAÁR 
MIRIAM PERES DE LIMA 
SARA CHRISTIAN DORNELAS DE MOURA 
WILLIS DE OLIVEIRA GAMA 
 
AÇÃO RESCISÓRIA 
 
Trabalho apresentado ao curso de 
Direito da Faculdade Doctum de 
Carangola, como requisito para 
aprovação na disciplina Direito 
Processual Civil II, orientado pela Prof.º 
Fernando Amarantes Barcellos Filho. 
 
 
 
CARANGOLA 
2021 
3 
 
Conceito: 
Cuida-se de um meio de impugnação de decisão judicial que se desenvolve em 
processo à parte daquele onde a decisão contrariada foi proferida, que costuma ser 
chamada de ação autônoma de impugnação. Ao passo que o recurso é meio de 
impugnação cabível no decorrer do trâmite processual, a ação rescisória é cabível 
somente depois do trânsito em julgado, ocorrendo com a escassez dos recursos 
cabíveis que contrariam a decisão judicial ou a falta de interposição do recurso cabível. 
O art. 966, caput, do CPC exige que seja de mérito a decisão a ser impugnada por 
meio de ação rescisória. Tendo em vista a necessidade de a decisão impugnada 
solucionar o mérito da demanda, se conclui que a ação rescisória é uma ação 
autônoma de impugnação que objetiva desconstituir decisões judiciais que tenham 
resultado em coisa julgada material, daí ser considerada uma excepcional hipótese, 
legalmente prevista, de "relativização da coisa julgada". O legislador, quando previu, 
ainda que excepcionalmente, a ação rescisória, deu uma chance à justiça em 
detrimento da segurança jurídica. É assertivo tratar a ação rescisória como sendo o 
último suspiro de justiça do sistema processual pátrio. 
Natureza jurídica da ação rescisória: 
A natureza jurídica da ação rescisória é a ação, no qual, possui autonomia, sendo 
conceituada como uma forma construtiva da ação rescisória, embargos de terceiros e 
mandado de segurança. Pelo fato de a ação rescisória ser uma ação, é importante 
ressaltar que ela impõe provação através de uma petição inicial, para que seja 
observados os requisitos legais. Todos os requisitos e atos jurídicos de uma ação 
estão implementados na rescisória. A ação rescisória é um processo de conhecimento 
que analisa a fase postulatória, ordinatória, probatória, decisória e recursal. É 
importante ressaltar, que não é pelo fato dela impugnar uma decisão, que tenha como 
mérito a busca da rescisão, que ela será um recurso, ela apenas tem um pedido 
meritório diferenciado das outras demandas, ou seja, significa que a decisão de mérito 
proferida na rescisória transitará em julgado, e, a decisão transitada em julgado na 
ação rescisória, desde que, entende-se como ação rescisória, se obtiver vícios de 
nulidade do 966, ela tem o nome de ação rescisória sucessiva, que acontece quando 
ocorrer vícios. 
4 
 
Legitimidade: 
A legitimidade para propor Ação Rescisória tem sua previsão legal no art. 967 do CPC. 
Importante apontar o conceito jurídico de legitimidade “é a qualidade atribuída 
à manifestação de vontade de um determinado sujeito, no exercício de um poder 
decorrente da tomada de decisões por um determinado grupo de interessados, 
autorizada pela norma jurídica (legalidade), determinada pelo consenso e exercida 
nos limites da ética (juridicidade)”. 
No caso de uma Ação Rescisória pode-se falar de legitimidade ativa e passiva. Para 
os autores Luciano Souto Dias e Marcellus Polastri Lima “O legislador não previu 
expressamente os legitimados passivos para a ação, porém, com o intuito de 
resguardar direitos e garantir o devido processo legal, devem figurar no polo passivo 
todos os partícipes da demanda originária, em que foi proferida a decisão que se 
pretende rescindir.” 
O texto do código diz que são os legítimos para propor Ação Rescisória: quem foi 
parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular; o terceiro 
juridicamente prejudicado; o ministério público - este detém a legitimidade ativa - se 
não foi ouvido no processo em que era obrigatória a intervenção, quando a decisão 
rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, afim de fraudar a lei ou 
em casos em que se imponha sua atuação; por fim, aquele que não foi ouvido no 
processo. 
Competência: 
A ação rescisória é uma ação de competência originária de tribunal, sendo que a 
determinação de qual o Tribunal competente dependerá dos eventuais recursos 
interpostos no processo originário e da espécie de julgamento desses recursos. Não 
havendo apelação contra a sentença, a competência será cabível ao tribunal de 
segundo grau competente para o julgamento desses recursos que a luz do caso 
concreto não existiu. Além disso, é preciso salientar que não é visto impedimento ou 
complicação a competência na hipótese de o processo originário findar com o 
julgamento de apelação, a luz deste, o respectivo tribunal responsável por julgar a 
apelação será competente para desconstituir o seu julgamento. A hipótese mais 
polemica refere-se aos processos que há interposição de recurso especial e/ou 
5 
 
extraordinário. Pois, em regra, a competência para a ação rescisória só será dos 
tribunais superiores quando esses recursos forem julgados em seu mérito, de modo 
que, não sendo admitidos (não reconhecimento ou conhecimento), a competência 
será do tribunal de segundo grau, mesmo que o processo tenha chegado aos tribunais 
superiores. A partir disso, torna-se oportuno destacar a súmula 249 do STF, que 
aponta para a competência do Supremo Tribunal Federal na circunstância de não 
conhecimento do recurso extraordinário, desde que tenha sido apreciado o objeto 
constitucional no caso concreto (art. 102, III, “a” da CF). De igual modo, a regra é 
aplicada pelo STJ no caso do recurso especial não conhecido com a matéria federal 
apreciada (no art. 105, III, “a” da CF). Segundo o Novo Código de Processo Civil, ainda 
que não versando sobre a competência para o julgamento da ação rescisória, este 
traz de modo imprescindível uma atualização necessária quanto a matéria de 
incompetência. Hodiernamente, tem-se que a incompetência absoluta gera à extinção 
terminativa da ação rescisória, não havendo remessa da ação de um tribunal para o 
outro, contra essa conduta tem-se o art. 968, §6º, do CPC dispõe expressamente a 
remessa dos autos ao tribunal competente, havendo precedente do Superior Tribunal 
de Justiça em direção de aplicar a regra somente nas ações rescisórias propostas já 
na vigência do Código de Processo Civil. Haja vista que a mudança no tribunal 
necessite de uma adequação da petição inicial, o §5º do mesmo artigo, diz que sendo 
reconhecida a incompetência do tribunal para julgar a ação rescisória, o autor será 
intimado para emendar a petição inicial com fino de adaptar o objeto da ação 
rescisória, quando a decisão apontada como rescindenda não tiver apreciado o mérito 
e não se enquadrar na situação estipulada no §2º do art .966 do CPC (I) e quando 
tiver sido substituída por decisão posterior (II). Como demonstra o art.968, §6º do CPC 
depois de emendada a petição, ao réu será permitida contemplação dos fundamentos 
de sua defesa, para só após dar-se a remessa dos autos para o tribunal competente. 
Em virtude da competência, observa-se o entendimento de que só deve existir uma 
ação rescisória por processo, pois imaginea hipótese de uma parcela de mérito ser 
decidida e a decisão transitar em julgado no primeiro grau, enquanto a outra parcela 
de mérito é julgada em último grau recursal pelo Superior Tribunal de Justiça. Dado 
isso, se o vício de rescindibilidade estiver constado no julgamento parcial a 
competência para a ação rescisória será do Tribunal de segundo grau, ao passo que 
o vício presente no julgamento proferido pelo STJ a competência será desse tribunal 
6 
 
superior. De modo a concluir, mesmo que sustentado a presença de uma ação 
rescisória por processo, caso a parte alegue dois vícios no processo, serão cabíveis 
duas ações rescisórias em razão dos diferentes órgãos competentes para o 
julgamento de cada vicio de rescindibilidade. 
Hipóteses de ação rescisória 
Inicialmente, é de grande importância analisar a propositura de uma ação rescisória, 
como existência de uma decisão de mérito transitada em julgado. Conforme está 
descrito no caput do art. 966 do Código de Processo Civil. 
Em seguida, juntamente com o requisito descrito no caput, são apontadas oito 
hipóteses de cabimento de ação rescisória nos seus oito incisos: 
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: 
I – se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do 
juiz; II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III – 
resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, 
ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV – ofender a 
coisa julgada; V – violar manifestamente norma jurídica; VI – for fundada em prova 
cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada 
na própria ação rescisória; VII – obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, 
prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, 
de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII – for fundada em erro de fato 
verificável do exame dos autos.” 
Pode-se observar que qualquer decisão que julgue o mérito de uma demanda pode 
ser rescindível se apresentadas uma das hipóteses descritas nos incisos do art. 966. 
Todavia, o parágrafo segundo deste mesmo artigo aponta duas situações em que o 
mérito não é decidido, mas cabe ação rescisória. Confira: 
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão 
transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça: 
I – nova propositura da demanda; ou 
II – admissibilidade do recurso correspondente.” 
 
7 
 
A primeira hipótese levantada no primeiro item é sobre a conduta listada como crime 
contra a administração pública no Direito Penal, indicando que a sentença foi motivada 
pela conduta criminosa do juiz. Portanto, para sua configuração, é necessário atender 
a todos os requisitos do tipo penal, não sendo exigida condenação prévia. A blasfêmia 
é o artigo 319 da Lei Criminal, que “atrasa ou executa indevidamente um ato oficial, 
ou atua em violação de leis e regulamentos claros, a fim de atingir interesses pessoais 
ou fins emocionais”. A concussão está relacionada com a ideia do `` artigo 316 do 
Direito Penal '' que `` a exigência de si mesmo ou de outrem, direta ou indiretamente, 
mesmo fora do âmbito da função ou antes de assumir a função ''. A corrupção passiva 
é "mesmo que esteja fora do âmbito da função ou antes de assumir a função, direta 
ou indiretamente solicitando ou aceitando para si ou para outrem, mas por isso há 
interesse indevido ou aceitação da promessa de tal interesse", “Anticorrupção, Artigo 
217 do Código Penal. 
Portanto, independentemente de ser condenado na esfera penal, quando a conduta 
do juiz estiver representada neste artigo, a ação poderá ser ajuizada. Ainda que ele 
seja inocentado na área penal, na esfera cível, essa ação pode ser considerada eficaz. 
A segunda hipótese é sobre a decisão de um juiz bloqueado ou de um juiz 
absolutamente incompetente. Se for configurado o disposto no artigo 144 da Lei de 
Processo Civil, o juiz será bloqueado. 
“Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no 
processo: 
I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como 
membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; 
II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; 
III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do 
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive; 
8 
 
V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica 
parte no processo; 
VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; 
VII – em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de 
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; 
VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, 
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; 
IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, 
o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início 
da atividade judicante do juiz. 
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do 
juiz. 
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato 
conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado 
que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha 
diretamente no processo.” 
A imparcialidade do juiz é um pressuposto da validade do procedimento. Se lhe faltar 
imparcialidade, estará prevenido, por isso enfrentará a invalidade, que se reflete no 
comportamento do processo e na própria decisão final. 
Portanto, a decisão do juiz bloqueado será afetada pelo indeferimento da ação. 
O segundo aspecto do artigo é a decisão proferida por juiz absolutamente 
incompetente, isto é, incompetência devida a coisas, pessoal ou funções. No caso de 
incompetência relativa, se não houver reclamação cabível, o pedido será adiado. 
Regras de processo civil. 
“Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência 
em preliminar de contestação. 
9 
 
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público 
nas causas em que atuar.” 
A terceira hipótese baseia-se na falta de conduta das partes, por entenderem que uma 
das partes agiu de boa-fé, o que impede a ação da outra parte ou afasta o juiz da 
verdade. Para construir essa hipótese, é necessário que ocorra o engano e se 
comprove um comportamento astuto, o que é consistente na presença de uma relação 
causal entre essa situação e a decisão. A aplicação é uma inovação trazida pelo novo 
código, que se caracteriza por impor restrições à parte insolvente, também podem ser 
revogadas as decisões resultantes de simulações e conluio entre as partes para 
fraudar a lei. O objetivo do conluio é obter condições legais proibidas por lei e, na 
simulação, as partes não se interessam pelos resultados do processo de utilização, 
mas apenas o utilizam como simulação para prejudicar os interesses de terceiros. A 
quarta hipótese versa sobre ofender a coisa julgada, como já dito, o pedido da 
sentença proferida sobre a qual recai a coisa julgada não pode ser motivo de outra 
ação entre as mesmas partes, assim, caso esta isto ocorra a nova decisão pode ser 
tida como nula, e portantorescindível, como se demonstra com as decisões abaixo: 
“A ação de desistência fundamenta-se no art. 485, inciso IV da Lei de Processo Civil 
estipula que há duas sentenças para que a mesma relação jurídica constitua o 
conceito de condenação. Na hipótese atual, considerando que o pedido se limita a 
Supremo Tribunal Federal A suposta infração não foi solucionada, sendo que o 
supremo precedente somente produziu novo julgamento entre as partes no litígio, sem 
efeito universal, nem (STJ, EDcl, AR 1.393 / PB, Art. 3, j. 11.24.2004, rel . Min. Gilson 
Dipp, DJ 06.12.2004). 
 “Não há ofensa à coisa julgada eis que a decisão, mais moderna, que concede 
reintegração de posse ao ex-companheiro sobre um dos imóveis do qual é cotitular, 
não contraria coisa julgada de ação de dissolução de sociedade de fato, que 
reconheceu à ex-companheira a meação sobre este e um outro imóvel adquiridos pelo 
par durante sua vida em comum” (STJ, REsp 219.792/MG, 4.ª T., j. 18.12.2003, rel. 
Min. Aldir Passarinho Jr., DJ 08.03.2004). 
A discussão deste artigo diz respeito ao fato de que o prazo para a decadência foi 
desidratado para propor a ação de revogação dará duas decisões para cumprir. Parte 
10 
 
do ensino acredita que a primeira decisão deve ser cumprida porque não há vasta 
inerente, como Sergio Rizzi. Enquanto isso, há uma parte do ensino, você deve aplicar 
o segundo caso que o primeiro não foi executado. B. Miranda's Bills e Ada Pellegrini 
GrinOver. O quinto está na violação óbvia do padrão legal, essa violação não precisa 
necessariamente ocorrer na decisão e pode ocorrer durante o processo. No que diz 
respeito à regra jurídica que foi unanimemente ferida, compreende que o padrão 
material ou processador pode ser em ambos os casos para propor medidas 
restabelecidas. No que diz respeito aos regulamentos de incrustação feridos, apenas 
violações absolutas são essenciais de recentemente redefinir a ação, que serão 
divididas em violações existentes do fim. As infracções do processo também são 
indicadas como resultado da própria sentença ou caminhões relativos às suas razões 
que podem estar ausentes, insuficientes ou insuficientes e dentro do escopo da 
tomada de decisões, e é apropriado para uso para frases sem o uso de Infraultra, 
extra ou infra petita. As infra petita frases, quando não julgam o pedido do autor, não 
devem ser consideradas nulas, mas não existentes, não dependendo das outras 
decisões. No que diz respeito às frases ultra petita, a jurisprudência marcou uma 
maneira acentuada a possibilidade de demolir as frases, reduzindo-as ao pedido e 
não os anule ou as impedem. Em relação à violação literal da lei da lei, apenas as leis 
foram consideradas consideradas cuja aplicação tem apenas uma interpretação 
jurisprudcional ou mesmo com uma interpretação predominantemente aceita. 
Portanto, não é possível propor resgate contra decisões com base na violação literal 
do caso legal, esta lei tem várias interpretações jurisprudenciais, conforme previsto 
para o Sumula 343 do STF. 
“Súmula 343 – Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando 
a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida 
nos tribunais.” 
Outro ponto a ser enfatizado diz respeito à possibilidade de salvar a decisão sobre a 
qual a autoridade da sentença decidiu com base na lei, que foi posteriormente tomada 
como inconstitucional, por controlo concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal, se 
os seus efeitos não foram modulados. 
11 
 
Somente esse problema pode ser resolvido se o STF não tiver sua decisão 
estabelecida que deve produzir efeitos ex-nuncini. O sexto artigo carrega a hipótese 
para propor a resolução quando a oração é baseada em testes falsos, cujo anappen 
é eliminado em processos penais ou durante a ação de ações. Para que as ações 
sejam baseadas neste artigo, deve haver um elo causal entre os testes falsos e a 
decisão de rescindir, ou seja, se não houver este teste, a decisão seria outra. A sétima 
sogra refere-se ao novo teste, se depois de fechar o processo, a peça obtém um novo 
elemento probatório que poderia garantir resultados favoráveis, é admitido à cessação 
da decisão judicial. Com um novo teste, não deve ser entendido que essa aparência 
não aparece após o encerramento do processo, mas essa prova que já existia no 
momento da frase do mérito que a peça ignorou ou não poderia usar. 
A ação protagonista do presente trabalho poderá ser cabível nos seguintes 
motivos: 
1 Se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do 
juiz; 
Nesse caso, indica que a decisão se deu decorrente de um fato criminoso. 
2 For proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; 
Ora, a imparcialidade é fator supra importante para a validade dos atos processuais, 
sem ela, a decisão proferida será nula. Sendo assim, caberá ação rescisória nas 
decisões julgadas por juízes impedidos. 
3 Resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, 
ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;” 
Nesse caso, necessário é o nexo causal entre a decisão proferida e a conduta 
praticada. 
4 Ofender a coisa julgada; 
 Sobre a coisa julgada, é necessário relembrar seu conceito básico esmiuçado no 
código de processo Civil: 
12 
 
Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e 
indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. 
Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos 
limites da questão principal expressamente decidida. 
§1º O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida 
expressa e incidentemente no processo, se: 
I – dessa resolução depender o julgamento do mérito; 
II – a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso 
de revelia; 
III – o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como 
questão principal. 
§2º A hipótese do § 1º não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou 
limitações à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão 
prejudicial. 
Art. 504. Não fazem coisa julgada: 
I – os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva 
da sentença; 
II – a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença. 
Art. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma 
lide, salvo: 
I – se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no 
estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi 
estatuído na sentença; 
II – nos demais casos prescritos em lei. 
13 
 
Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não 
prejudicando terceiros. 
Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a 
cujo respeito se operou a preclusão. 
5 Violar manifestamente norma jurídica; 
Uma exceção a esse caso o supremo tribunal trouxe em sua súmula 343, faz saber: 
“não cabe ação rescisória quando o julgado estiver em harmonia com o entendimento 
firmado pelo Plenário do Supremo à época da formalização do acórdão rescindendo, 
ainda que ocorra posterior superação do precedente" Ou seja, não cabe ação 
rescisória nas normas passíveis de interpretações jurisprudenciais diversas. 
 
6 For fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou 
venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; 
 7 Obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência 
ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar 
pronunciamento favorável; 
8 For fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
O erro de fato se substancia na falta de percepção ou falsa percepção a respeito da 
existência ou inexistênciade um fato incontroverso e essencial à alteração do 
resultado da decisão: uma e outra, na sua materialidade, emergentes dos autos do 
processo onde foi proferida a decisão rescindenda”. 
Procedimento: 
A ação rescisória possui natureza jurídica de ação, e tem como princípio basilar a 
inercia da Jurisdição, no qual exige-se que haja uma provocação dos legitimados que 
podem propor a ação, sendo eles dispostos no artigo 967 do Código de Processo Civil, 
fazendo o pedido de forma, obrigatoriamente, escrita, essa provocação é realizada 
por meio da Petição Inicial, que deve seguir os moldes do artigo 319 e 320 também 
do Código de Processo Civil. Primeiramente segundo o que a própria legislação nos 
diz, deve-se apontar o juízo no qual a petição está sendo dirigida, e no caso da ação 
14 
 
rescisória é o Tribunal Competente a que ela se refere, seja aos Tribunais de Justiça, 
quando a decisão rescindida for de primeiro grau ou de acórdão dos próprios 
Tribunais, seja ao Superior Tribunal de Justiça, quando for objeto da ação acórdão do 
próprio STJ. É extremamente importante que esse endereçamento seja feito de forma 
correta, caso contrário o processo poderá ser extinto, alegando um vício de 
incompetência absoluta na propositura do pedido em questão, podendo causar uma 
enorme lesão a parte que pleiteia a ação. Em segundo lugar é necessário, qualificar 
as partes. 
Lembrando, que no que diz respeito a ação rescisória é possível se realizar dois 
pedidos, o da desconstituição da coisa julgada (juízo rescindendo), e o rejulgamento 
da causa (juízo rescisório), ou seja, um novo julgamento, sendo assim é necessário 
que estejam expressos explicitamente na petição, podendo ser um ou o outro, ou a 
cumulação de ambos, no qual o segundo pedido só será analisado se o segundo for 
aceito. A Petição deve conter indicados os fatos do pedido, sendo obrigatória a 
indicação dos dispositivos legais apenas quando se tratar de ação rescisória em face 
de decisão que viola norma jurídica, bem como provar o trânsito em julgado da 
decisão, com juntada de documento e apresentar provas supervenientes e/ou que 
ensejem a ação, feito por meio da juntada de alguns documentos indispensáveis a 
propositura da ação rescisória, como a cópia da decisão que busca rescindir e a 
certidão de Transito em julgado. 
É necessário também, indicar o valor da causa, sendo analisado o caso concreto, 
ponderando uma vinculação entre o valor da causa do processo de origem e o da 
ação rescisória. Segundo o artigo 968, II, do CPC, cabe ao autor realizar depósito de 
5% sobre o valor da causa, não superior a 1.000 salários-mínimos, que no caso da 
ação rejeitada será convertido em multa, e dado para a parte contraria. 
Ao se ingressar com a ação rescisória, assim como qualquer petição inicial pode-se 
sofrer indeferida, segundo o que descreve o § 3° do Artigo 368 do CPC, esse 
indeferimento ocorre nas hipóteses do artigo 330 do CPC e quando o deposito 
mencionado anteriormente não for realizado. É claro que esse indeferimento não é 
feito de forma imediata, pois a ausência do deposito é um vício que pode ser sanado, 
e no caso, o juiz pede que o advogado emende a petição, no entanto se esse pedido 
não for acatado no prazo estipulado pela diligencia, passará para o indeferimento. 
15 
 
Bem como qualquer petição inicial, a de ação rescisória, o réu também deve 
apresentar sua resposta, e esta deve ser feita num prazo de 15 a 30 dias, que será 
determinado pelo Juiz competente que estiver julgando a ação. Essa resposta pode 
ser feita por meio de contestação, uma resposta muito comum de caráter defensivo, 
mas no caso não se pode alegar incompetência relativa, pois qualquer vicio neste 
procedimento será absoluto. Será admitido também a reconvenção, desde que 
respeite um prazo decadencial de dois anos e o réu em questão deposite o valor de 
5% também mencionado anteriormente. Também é emitido que o réu apresente 
impugnação ao valor da causa e a conceção de benefícios de assistência judiciária. 
Caso haja a ausência dessas respostas o réu é considerado revel, considerando que 
essa situação é causada pela falta de contestação, mas segundo o que diz a doutrina 
e a Jurisprudência não há a presunção da veracidade dos fatos alegados pelo autor 
na Petição Inicial. 
Tem-se ainda como forma de procedimento à atividade saneador, de forma que se 
destaca por não haver audiência de conciliação ou de mediação, sendo um 
procedimento comum, onde a audiência de saneamento ocorre normalmente, de 
acordo com o artigo de 357, §3°, do CPC. Há também a possibilidade de julgamento 
antecipado do mérito, não se admitindo a presunção de veracidade. De tal forma, a 
ação rescisória não admite as extinções de convenção de arbitragem e por 
reconhecimento jurídico do pedido, como previsto nos artigos 485 e 487 ambos do 
CPC. 
A fase probatória, também faz parte desse procedimento, onde é utilizada nos casos 
em que o juízo não tem estrutura para a produção e apresentação de meios de prova. 
Desta forma, é utilizada a função probatória para que outro foro produza a prova, 
distinto daquele e que se tramita o processo, sendo mais comum no juízo de primeiro 
grau. 
As manifestações finais são onde se encerra a instrução probatória, tendo o prazo de 
dez dias para a apresentação, tendo de Sr obdecida algumas hipóteses no artigo 178 
do CPC, seguindo a regra de primeiro o autor, réu e logo depois o Ministério Público. 
Vindo em seguida após as manifestações finais o Julgamento. 
16 
 
O julgamento é a última parte do procedimento, onde caberá em primeiro lugar o 
tribunal, realizando a análise de tudo que fora apresentado, tendo de ser analisado 
em primeiro lugar o juízo rescindendo e se acolhido o pedido passará para o 
julgamento. Verificando a causa de rescindibilidade, será julgado procedente. Se, 
porém, rejeitado, haverá o pedido de um novo julgamento e perderá o objeto 
prejudicado, no entanto, essas decisões vindas a seguir o tribunal deverá prosseguir 
encerrando o julgamento quando decisão do pedido rescindendo esgotar a atividade 
necessária do tribunal, poderá também determinar a remessa para outro órgão em 
razão de incompetência ou realizar um novo julgamento no qual poderá acolher ou 
rejeitar o pedido formulado pelo autor no processo, se houver nova rejeição poderá 
ser meramente declatório, constitutivo ou condenatório. 
Como propor a ação rescisória: 
Visto que a ação rescisória constitui um novo método, o pedido deve atender aos 
requisitos da petição inicial no artigo 319 do novo CPC, sendo sua responsabilidade, 
analisar o disposto no artigo 968 do Novo CPC: 
 fazer o pedido de forma, obrigatoriamente, escrita; 
 qualificar as partes; 
 fazer o pedido de rejulgamento, se for o caso, junto ao pedido de rescisão da 
decisão; 
 indicar os fatos do pedido, sendo obrigatória a indicação dos dispositivos legais 
apenas quando se tratar de ação rescisória em face de decisão que viola norma 
jurídica; 
 provar o trânsito em julgado da decisão, com juntada de documento; 
 apresentar as provas supervenientes e/ou que ensejem a ação; 
 indicar o tribunal competente; 
 indicar o valor da causa; 
 realizar depósito de 5% sobre o valor da causa, não superior a 1.000 salários-
mínimos. 
A ação sendo julgada como inadmissível ou improcedente, por unanimidade dos 
votos, estará disposto a devolução em multa do dinheiro depositado a favor da ré. 
17 
 
Assim, sendo um meio de esquivar-se de um bem sem nenhum motivo prático, quem 
se beneficia da Justiça Gratuita pode ficar isento do pagamento desse depósito. 
Prazo: 
É de notório saber que, o prazo para a propositura as ação rescisória é de dois anos, 
se possuir natureza decadencial e de cinco anos se descoberta provas novas. Nas 
palavras de Alexandre Freitas Câmara: “Na hipótese de ação rescisória fundada em 
simulação ou colusão, o termo inicial do prazo para ajuizamentoda ação rescisória 
por terceiro prejudicado ou pelo Ministério Público que não interveio no processo é o 
momento da ciência da simulação ou da colusão (art. 975, § 3º). Neste caso, porém, 
não há limite máximo de tempo a contar do trânsito em julgado da última decisão 
proferida no processo (como havia na hipótese anterior). Assim, a ação rescisória 
poderia ser proposta muito tempo depois do término do processo, o que gera uma 
insegurança jurídica. Registre-se, porém, que esta regra de dilação do tempo inicial 
do prazo para exercício do direito à rescisão não alcança aqueles que foram partes 
no processo original”. 
Exceção ao prazo: 
As exceções trazidas pelo CPC/2015 estão elencadas no art. 988º, § 2º, na maioria 
das vezes, quando o trânsito em julgado dessa decisão, ainda que sem mérito, impeça 
duas situações, sendo uma a propositura de uma nova ação e a outra admissibilidade 
de um recurso correspondente. A primeira hipótese ocorre quando o autor intenta uma 
mesma demanda, mesma causa de pedir e partes pela terceira vez, com as duas 
outras anteriores julgadas extintas sem julgamento do mérito, caso o mesmo aconteça 
na terceira demanda, ocorre o fenômeno da perempção, com a perda do direito de 
intentar novamente tal ação, a decisão, nesta primeira hipótese continua a ser sem 
mérito, porém impede a proposição de uma nova ação. Na segunda hipótese, se a 
decisão não for de mérito, porém inadmite a admissibilidade de recurso 
correspondente, contendo um vício, incorrendo no trânsito em julgado indevido, pode, 
da mesma maneira, ser fruto de ação rescisória, com o intuito de preservar o direito 
de recorrer. O vício necessário, o art. 966º deve constar nessa decisão que impede a 
admissibilidade do recurso interposto, não em outra decisão daquela demanda, 
mesmo que anterior. Outra decisão cabível da ação rescisória é a sentença que 
18 
 
extingue a execução, colocando fim ao processo, encerrando a prestação 
jurisdicional, contudo sem conter um mérito, pelo fato de o próprio processo executivo 
não proporcionar um juízo meritório, mas somente uma busca pela satisfação e 
efetividade do direito existente a ser executado. 
Diferenças entre preclusão e trânsito em julgado: 
O processo é uma relação jurídica complexa, composta por um procedimento em 
contraditório, este procedimento é entendido como um sistema de vínculos 
sucessivos entre autor e réu, para que assim, a resolução do problema seja 
construída e prolatada pelo magistrado. Cada um desses vínculos pode ser 
considerado como uma série de etapas processuais, ou posições jurídicas, como 
tais,possuem um termo inicial e um termo final, porém, neste sentido, o termo final de 
uma etapa gera o termo inicial de outra. A maneira pela qual ocorre o termo final é 
chamada de preclusão. 
A preclusão gera dois efeitos: 
I- Impede que a parte pratique o ato, seja depois de transcorrido um determinado 
tempo, depois de já tê-lo praticado ou depois de praticado ato incompatível; 
II- Torna imutável a questão depois de decidida. 
O doutrinador Jônatas Milhomens, em sua obra “Dos Prazos e do Tempo no Código 
de Processo Civil” conceitua as três espécies de preclusão, definidas da seguinte 
maneira: 
Preclusão temporal é a perda de uma faculdade processual oriunda de seu não 
exercício no prazo ou termo fixado pela lei processual. (…) 
Preclusão lógica é a que decorre da incompatibilidade da prática de um ato 
processual com outro já praticado. (…) 
Preclusão consumativa quando a faculdade processual já foi exercida validamente.” 
Assim, entende-se que a preclusão não afeta apenas as partes, mas também ao 
magistrado, portanto, quando este decide uma questão, ocorre a preclusão pro 
judicato, ou seja, não poderia decidir, novamente, essa mesma questão. 
https://www.aurum.com.br/blog/preclusao/
19 
 
Já o trânsito em julgado, não é a mesma coisa que preclusão, mas decorre dela, isso 
porque ocorre quando não mais se pode discutir uma decisão justamente por causa 
da preclusão, seja temporal, consumativa ou lógica. 
O doutrinador Edward Carlyle Silva, em sua obra “Direito Processual Civil”, conceitua 
coisa julgada como: 
Essa nova posição jurídica caracterizada pela imutabilidade e indiscutibilidade da 
sentença, que de instável passa, a partir do trânsito em julgado, a ser estável” 
A coisa julgada possui duas faces, estás são: 
 Coisa julgada formal, onde a decisão não é mais suscetível de reforma por meio de 
recursos, tornando-se imutável dentro do processo. 
Coisa julgada material, é a indiscutibilidade dos efeitos decorrentes de uma decisão 
que resolva o mérito, seja dentro ou fora do processo, tornando inalterável a resolução 
da lide, portanto, há o impedindo de que qualquer outro magistrado julgue novamente 
o que já foi decidido. 
Ação rescisória do novo CPC: 
Com o intuito de afastar a coisa julgada, a ação ou instituto processual vem por meio 
da formação com um dos vícios gravíssimos de nulidade previsto em lei. E por 
apresentar esse rol de nulidade taxativo, possui um cabimento vinculado à lei (art. 
966), sendo uma medida restritiva, onde essa ação é uma medida excepcional, 
devendo precaver pela preservação da coisa julgada. Existe uma diferença em uma 
alteração no novo Código de Processo Civil (CPC), pois no Código de Processo Civil 
de 1973 o objeto era apenas a sentença de mérito, já no novo CPC/ 2015 o legislador 
fez uma concordância a respeito da rescisória, das espécies de decisão que transitam 
em julgado. A diferença visualmente foi de fugir da questão “sentença do mérito” para 
a nova expressão “decisão de mérito transitada em julgado”, continuando a mesma 
sentença de antes, porém com um novo acréscimo de interlocutórias parciais. 
Referências: 
https://jus.com.br/artigos/19278/o-conceito-de-legitimidade acesso em 17/04/2021 
https://jus.com.br/artigos/19278/o-conceito-de-legitimidade%20acesso%20em%2017/04/2021
20 
 
https://www.rkladvocacia.com/apontamentos-sobre-acao-rescisoria-no-novo-codigo-
de-processo-civil/ acesso em 17/04/2021 
CÓDIGO PROCESSO CIVIL, 2015 
https://jus.com.br/artigos/67383/a-acao-rescisoria acesso em 20/04/2021 
https://blog.sajadv.com.br/acao-rescisoria/ acesso em 22/04/2021 
Neves, Daniel Assumpção Amorim, Manual de Direito Processual Civil. Salvador: 
Editora Juspodivm, 2020. 
 
https://www.rkladvocacia.com/apontamentos-sobre-acao-rescisoria-no-novo-codigo-de-processo-civil/
https://www.rkladvocacia.com/apontamentos-sobre-acao-rescisoria-no-novo-codigo-de-processo-civil/
https://jus.com.br/artigos/67383/a-acao-rescisoria%20acesso%20em%2020/04/2021
https://blog.sajadv.com.br/acao-rescisoria/

Continue navegando