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Medicina Legal - Questões de concurso - provas MP

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Questões de Concurso – Medicina Legal
Fonte utilizada: Site Qconcursos + seleção dos melhores comentários
##Atenção: As questões que foram consideradas ERRADAS pelo gabarito oficial constam ao final da questão a palavra [CORRIGIDA]
Material confeccionado por Eduardo Belisário S. Teixeira.
Atualização em 18/04/21: questões de concurso.
1. Medicina Legal - Conceito
2. Aspectos Históricos da Medicina Legal
3. Traumatologia Forense
3.1. Agentes Vulnerantes Físicos Mecânicos
(MPPB-2018-FCC): Indivíduo do sexo masculino, 35 anos, foi agredido na cabeça com uma cadeira enferrujada, sendo levado para atendimento no hospital mais próximo. O médico plantonista descreveu em prontuário que o indivíduo apresentava lesão de forma sinuosa na região parietal direita do couro cabeludo, medindo 7 cm no maior eixo, com bordas irregulares, escoriadas e equimosadas, de fundo e vertentes irregulares, com presença de pontes de tecido íntegro ligando as bordas e vaso íntegro no fundo da lesão. Desse modo, o médico plantonista descreveu uma ferida contusa.
##Atenção: Ferida contusa. “Trata-se de lesões abertas cuja ação contundente foi capaz de vencer a resistência e a elasticidade dos planos moles. São produzidas por compressão, pressão, percussão, arrastamento, explosão e tração. Como as feridas contusas são produzidas por meios ou instrumentos de superfície e não de gume, mais ou menos afiados, apresentam elas as seguintes características: forma estrelada, sinuosa ou retilínea bordas irregulares, escoriadas e equimosadas, fundo irregular, vertentes irregulares, pontes de tecido íntegro ligando as vertentes, retração das bordas da ferida pouco sangrantes, integridade de vasos, nervos e tendões no fundo da lesão, ângulo tendendo à obtusidade. A forma da ferida contusa é quase sempre sinuosa ou estrelada, e mais raramente retilínea, variando de acordo com a forma do instrumento, a região atingida e a violência da contusão. A irregularidade das bordas da ferida contusa é justificada pela ação brusca da superfície do meio ou instrumento causador da agressão. A ferida da pele é irregular, desigual, anfratuosa, serrilhada ou franjada. As escoriações em torno do ferimento ou nas bordas da própria ferida são justificadas pelo mecanismo de contusão por ação oblíqua ou perpendicular ao plano cutâneo. E as equimoses das bordas da lesão são de pouca monta em virtude do extravasamento do sangue, que sai para o exterior pelo próprio ferimento. O fundo da ferida é sempre irregular pela ação mais evidente dos planos superficiais e seu irregular mecanismo de agressão. As vertentes são irregulares, pois o meio traumático, atingindo de maneira disforme e não alcançando ele próprio a profundidade, torna essas margens irregulares. Não é muito raro existirem, entre uma borda e outra da ferida, pontes de tecido íntegro constituídas principalmente de fibras elásticas da derme que distenderam durante a contusão, mas não chegaram a se romper. Podem também surgir, nesses tipos de ferimentos, fragmentos de pele de dimensões várias ligados apenas a uma das vertentes. A retração das bordas da ferida deve-se à reação vital e é maior na pele e menor nos planos mais profundos. As feridas contusas são menos sangrantes que as cortantes, pois a compressão exercida pelo meio ou instrumento esmaga a luz dos vasos lesados, levando, por assim dizer, a uma hemostasia traumática. O fundo da lesão sempre mostra vasos, nervos ou tendões que não se rompem devido à maior elasticidade e maior resistência desses elementos. Os ângulos da ferida, em número de dois ou mais, de acordo com a forma da lesão apresentam tendências à obtusidade. As características das feridas contusas orientam o perito sobre a direção do meio ou instrumento lesivo, podem demonstrar se foram realizados em vida ou depois da morte, a forma do instrumento utilizado, a natureza da violência e, ainda, a sua gravidade e prognóstico. A causalidade jurídica desses ferimentos é sempre acidental ou homicida e, mais esporadicamente, suicida. As feridas contusas no couro cabeludo, além das características anteriores, apresentam o que Simonin chamou de erosão epidérmica marginal apergaminhada, em derredor da lesão”. (Fonte: FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 238 e 239.)
##Atenção: Principais características das lesões contusas: a) Bordas irregulares; b) Vertente irregular; c) Fundo irregular; d) Bordas escoriadas e equimosadas; e) Presença de pontes de tecido integro; f) Retração das bordas; g) Integridade dos vasos, nervosos e tendões no fundo da lesão; h) Forma estrelada; i) Pontes dérmicas; j) Derrame hemorrágico externo menos intenso do que nas feridas incisivas; 
##Atenção: Principais características das lesões cortantes: a) Bordas regulares; b) Vertente regular; c) Fundo regular; d) Sem escoriação e equimose; e) Hemorragia abundante; f) Afastamento das bordas; g) Predomina o comprimento sobre a profundidade; h) Sua profundidade é maior no início; i) Não há pontes dérmicas; j) Secção de vasos.
(MPPB-2011): É tipo de lesão produzida por ação cortante: Esgorjamento.
##Atenção: Esgorjamento é a lesão na parte anterior ou lateral do pescoço produzida por instrumento cortante. Situa-se entre o osso heóide (abaixo da mandíbula) e a laringe. Sua profundidade é variável, podendo até chegar à coluna vertebral.
(MPPB-2010): São considerados como fenômenos transformativos conservadores do cadáver: Mumificação; Saponificação; Calcificação e Corificação. [CORRIGIDA]
##Atenção: Os fenômenos transformativos podem ser de duas ordens: destrutivos (autólise, putrefação e maceração) e conservadores (mumificação, saponificação, calcificação, corificação, congelação e fossilização).
(MPPB-2010): Nos itens a seguir, assinale a alternativa que contém característica não encontrada em feridas produzidas por instrumento cortante: presença de golpe de mina.
##Atenção: Os instrumentos cortantes que produzem feridas é todo objeto dotado de lâmina apresentando fio, lume ou corte, por exemplo, navalha, faca, gilete, canivete, louça, papel, vidro, folha de flandres, plástico e outros. Tais lesões têm as características de formato linear, com regularidade nas bordas, sendo o centro mais profundo que as extremidades e quando o instrumento atua em sentido obliquo, apresenta aspecto de bisel. Já a característica de golpe de mina se dá quando há uma lesão causada por tiro encostado: o cano da arma encosta na pele. Ale do ferimento do projétil, uma série de gases acompanham-no, dilacerando a pele, produzindo uma lesão ampla e extremamente irregular. A lesão é denominada de Buraco da Mina de Hoffman ou Explosão da Mina de Hoffman. No caso do tiro encostado, pode ocorrer uma exceção e as bordas podem estar voltadas para fora.
(MPPE-2008-FCC): Nas lesões punctórias observa-se que, se o instrumento for cilíndrico ou cilindro-cônico, não diminuto, mas com maior diâmetro, ocorrerá um afastamento maior dos tecidos e, em razão das linhas de tensão da pele, assumirá a conformação de um ferimento produzido por um instrumento perfurante de dois gumes. 
##Atenção: FILHOS TEM DUAS LEIS: i) PRIMEIRA LEI DE FILHOS (lei da semelhança)- solução de continuidade dessa ferida ASSEMELHA-SE às de instrumentos de dois gumes, possuindo aspecto de CASA DE BOTÃO. No caso tem tela, trata-se da 1ª Lei de Filhos, em que as feridas com solução de continuidade "[...] assemelham-se às produzidas por instrumentos perfurocortantes de dois gumes" (CROCE-CROCE JR., p. 329). ; ii) SEGUNDA LEI DE FILHOS (lei do paralelismo)- quando essas feridas ocorrem em um local em que as linhas de força tem sentido único, seu maior eixo apresentará a mesma direção. Assim, as lesões de médio calibre obedecem ao sentido das forças das fibras elásticas da pele. Por outro lado, a LEI DE LANGER[footnoteRef:1] disse: a ação de um instrumento de médio calibre em regiões que as fibras estão aglomeradas na pele, podem apresentar formas irregulares (forma de “V"). Assim, onde existir linhas de forças diferentes, a lesão pode ter aspectode seta, triângulo e até quadrilátero. Qual é a importância disso para a medicina legal? Diferenciar as lesões produzidas por instrumento perfurante de médio calibre das lesões produzidas por instrumentos cortantes. [1: "Lei de Langer - Um instrumento cilíndrico, exercendo ação perfurante em um ponto da pele onde convergem linhas de força de sentidos diferentes, produz ferida triangular, ou em ponta de seta, ou mesmo em quadrilátero" (CROCE-CROCE JR., Manual de Medicina Legal, 2010, p. 329).] 
3.2. Balística
(MPPB-2011): Quanto aos ferimentos produzidos por projétil expelido por arma de fogo, é correto afirmar: Por suas características, ferem o corpo humano por ação perfurocontundente.
##Atenção: A lesão produzida por um projétil é um caso de lesão perfurocontundente.´
##Atenção: ##MPPB-2011: Tiro (longa) à distância: será qualquer distância suficiente para que o cone de dispersão oriundo do disparo não atinja o corpo da vítima, fazendo com que esteja presente somente os componentes do anel de Fish (orlas de escoriação, enxugo e equimótica); Características: i) bordas invertidas; ii) orla de escoriação; iii) orla de enxugo (zona de alimpadura); iv) orla equimótica. (zona de contusão).
##Atenção: ##MPPB-2011: Tiro à curta distância: o disparo é dado a distância suficiente para que os elementos do cone de dispersão (pólvora combusta e incombusta, metais, fumaça e chama) atinjam o corpo da vítima, deixando, além do anel de Fish, outras orlas como a de esfumaçamento, de tatuagem, de queimadura. Principais características: i) zona de chamuscamento; ii) zona de tatuagem; iii) zona de esfumaçamento.
##Atenção: ##MPPB-2011: Tiro encostado: os elementos do cone de dispersão, normalmente, irão para dentro do corpo da vítima, poderá aparecer o desenho da boca da arma e da massa de mira (sinal de Puppe Werkgartner) e, se houver plano osso por baixo do local do tiro, a Boca de Mina de Hoffman. Principais características: i) câmara (boca) de mina de Hofmann; ii) sinal do funil de Bonnet; iii) sinal de Benassi; iv) sinal de Puppe-Wekgartner
(MPPB-2011): Quanto aos ferimentos produzidos por projétil expelido por arma de fogo, é correto afirmar: O exame do denominado “anel de Fisch” auxilia na determinação da direção do tiro.
##Atenção: "A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet. Não se observa no de saída." (Fonte: FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 271).
(MPPB-2011): Quanto aos ferimentos produzidos por projétil expelido por arma de fogo, é correto afirmar: Nos tiros encostados, as lesões conhecidas como “boca de mina” não são encontradas quando as armas que os deflagraram possuírem compensadores de recuo.
##Atenção: "As armas que apresentam compensadores de recuo alteram profundamente o formato do residuograma e deixam de apresentar os formatos habituais nos tiros encostados ou bem próximos ao alvo. Assim, por exemplo, os ferimentos em “boca de mina” nos tiros encostados não são encontrados quando as armas que os deflagram apresentam os compensadores de recuo, isso em virtude da dispersão dos gases pelos furos da extremidade distal do cano da arma". (Fonte: FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 285).
(MPPB-2010): A respeito das lesões produzidas por projétil de arma de fogo, considere as proposições abaixo e, em seguida, indique a alternativa que contenha o julgamento devido sobre elas: A orla de escoriação ou de contusão é um dos sinais comprovadores de ferimento de entrada nos tiros dados a qualquer distância.
4. Sexologia Forense
(MPPB-2018-FCC): As docimásias são realizadas para verificar a existência de vida extrauterina em casos de aborto e infanticídio. Entre as técnicas possíveis, a docimásia histológica de Balthazard consiste na análise histológica de um fragmento de pulmão. O pulmão que respirou terá estrutura igual ao pulmão de um adulto. O pulmão que não respirou tem as cavidades alveolares colabadas. [CORRETA]
##Atenção: Entre as técnicas possíveis, a docimásia pode ser (cobradas na questão)[footnoteRef:2]: [2: Fontes: https://slideplayer.com.br/slide/11828914/; https://www.conteudojuridico.com.br/pdf/cj048094.pdf e http://focototal-concursos.blogspot.com/2012/11/voce-sabe-o-que-e-docimasia.html MEDICINA LEGAL II, Eduardo Roberto Âlcantara Del-Campo, Curso & Concurso; MEDICINA LEGAL, Wilson Luiz Palermo Ferreira, Coleção Sinopses.] 
a) óptica ou visual de Bouchut: simples observação visual do pulmão. O que não respirou tem aparência mais compacta, sólida, e o que respirou apresenta o desenho alveolar mais evidente. Em outras palavras, consiste na observação da superfície do pulmão que, de um aspecto parenquimatoso, quando não há respiração, assume um aspecto de mosaico, em face de ocorrerem mudanças circulatórias que circunscrevem os lóbulos pulmonares.
b) hidrostática de Icard: deve ser utilizada como complemento à de Galeno. São duas provas: por aspiração e por imersão em água quente. Na primeira, coloca um pedaço do pulmão num pote com água e em seguida faz-se um movimento de sucção com seringa. Se o pedaço sobe, significa dizer que o teste foi positivo. Na segunda prova, coloca o pedaço do pulmão em água quente. Isso faz com que os alvéolos sejam dilatados e a amostra acabará flutuando, por força da dilatação do ar pelo calor (se houver respirado). Em resumo, docimásia pode ser realizada para complementar a prova de Galeno (nos casos de dúvida, ou quando apenas a 4ª fase deu positiva), pois necessita de quantidade mínima de ar nos fragmentos de pulmão. Icard dividiu esta docimásia em duas provas distintas, a que denominou de prova por aspiração e por imersão em água quente.
c) pneumo-hepática de Puccinotti: baseia-se na comparação entre o volume sanguíneo do pulmão e do fígado. Em resumo, tem com fundamento a docimásia em estudo a possibilidade de determinar, através do devido valor da quantidade sanguínea investigadas no fígado e pulmão, observando se houve ou não respiração, pois o pulmão que respirou tem sempre o peso menor que o fígado.
d) histológica de Balthazard e Lebrun: baseia-se no exame microscópico do pulmão e nas alterações anatomopatológicas que diferenciam aquele que respirou do que não respirou. É denominada por alguns autores de docimásia histológica de Bouchut-Tamassia. Esta prova docimásia poderá ser realizada em pulmões com estado normal e também em pulmões putrefeitos, por isso é considerada por muitos a mais perfeita. Consiste a mesma no estudo microscópico do tecido pulmonar. O pulmão que respirou apresenta-se estruturalmente igual ao pulmão do adulto com dilatação uniforme dos alvéolos, enquanto o que não respirou tem cavidades em seus alvéolos de forma colabada. Quando putrefeito, o tecido pulmonar apresentará bolhas gasosas irregulares, porém, quando não mais visível o tecido alveolar devido a evolução do estado putrefatório, examinam-se as fibras elásticas pelo método de Weigert que demonstrará se houve ou não respiração.
e) alimentar de Beoth: consiste na pesquisa de leite ou outros alimentos no estômago do feto; referidos elementos não existem no natimorto. Porém, neste caso, é importante não confundir estes restos de alimentos com o induto sebáceo que pode ter sido deglutido pelo feto antes de nascer. Em suma, consiste na pesquisa de leite ou outros alimentos no estômagodo feto; referidos elementos não existem no natimorto. Porém, neste caso, é importante não confundir estes restos de alimentos com o induto sebáceo que pode ter sido deglutido pelo feto antes de nascer.
(MPPE-2008-FCC): No que diz respeito à demonstração, na mulher viva, de que havia uma gravidez que foi interrompida, com o objetivo de esclarecer se houve crime de aborto, é correta a afirmação: O volume uterino, de regra, está aumentado em função da hipertrofia e hiperplasia das fibras musculares lisas, que vai se acentuando com o passar das semanas. [CORRETA]
(MPPE-2008-FCC): No que diz respeito à demonstração, na mulher viva, de que havia uma gravidez que foi interrompida, com o objetivo de esclarecer se houve crime de aborto, é correta a afirmação: Um dos sinais é a congestão e aumento de volume das mamas, cuja rede venosa subcutânea torna-se mais visível cerca de 8 semanas (sinal de Haller). [CORRETA]
(MPPE-2008-FCC): No que diz respeito à demonstração, na mulher viva, de que havia uma gravidez que foi interrompida, com o objetivo de esclarecer se houve crime de aborto, é correta a afirmação: A genitália revela mucosa de tonalidade arroxeada na vulva (sinal de Jacquemier ou de Chadwick) e na vagina (sinal de Kluge). [CORRETA]
(MPPE-2008-FCC): No que diz respeito à demonstração, na mulher viva, de que havia uma gravidez que foi interrompida, com o objetivo de esclarecer se houve crime de aborto, é correta a afirmação: O útero tem consistência diminuída pela embebição gravídica, o que pode ser percebido já ao fim do segundo mês pelo toque vaginal. [CORRETA]
5. Asfixiologia Forense
(MPPR-2019): Relativamente à morte causada por asfixia, suas modalidades e sinais cadavéricos, analise as assertivas abaixo e assinale a correta: A presença de sulco único, oblíquo e ascendente, com profundidade desigual pode indicar enforcamento. [CORRETA]
##Atenção: Geralmente, o enforcamento apresenta sulco único, acima da laringe (no alto), de profundidade variável, apergaminhado, tendo uma interrupção na proximidade do nó, sendo mais profundo na parte da alça, apresentando DIREÇÃO OBLÍQUA ASCENDENTE.
##Dica: - ENFORCAMENTO- EnFORCAmento- lembre-se daquela famosa brincadeira de criança "FORCA", em que um bonequinho fica pendurado por uma corda.
##Atenção: Segundo Wilson, “no enforcamento, encontra-se geralmente um sulco único, acima da laringe, de profundidade variável, apergaminhado, interrompido nas proximidades do nó, e mais profundo na parte que corresponde á alça, de direção oblíqua ascendente.". Wilson Luiz Palermo Ferreira. Medicina Legal. 2º Edição, 2017, pgs: 264.
(MPPR-2019): Relativamente à morte causada por asfixia, suas modalidades e sinais cadavéricos, analise as assertivas abaixo e assinale a correta: No estrangulamento, a constrição do pescoço se dá por objeto que funciona como laço, e não pelas mãos, mas quando os braços fazem a função de laço, como um mata-leão ou golpe de luta parecido, estará configurado o estrangulamento. [CORRIGIDA]
##Atenção: Diferenças entre o estrangulamento e o enforcamento: No enforcamento, via de regra, há a presença de sulco único, acima da laringe (alto), de profundidade variável, apergaminhado, interrompido nas proximidades do nó. É mais profundo na parte que corresponde à alça de direção oblíqua ascendente. Já no estrangulamento, o sulco, quase sempre, é múltiplo, de profundidade uniforme, continuo, com direção horizontal – sobre a laringe (baixo) e não se apergaminha (não enruga e nem fica seco). Além disso, outra diferença é que no estrangulamento o corpo da vítima atua de forma passiva, enquanto que no enforcamento, atua de forma ativa. 
(MPPR-2019): Relativamente à morte causada por asfixia, suas modalidades e sinais cadavéricos, analise as assertivas abaixo e assinale a correta: A presença de sulco horizontalizado, contínuo, com profundidade uniforme pode indicar estrangulamento. [CORRIGIDA]
##Atenção: A marca do laço no pescoço do estrangulado tem como denominação o sulco de estrangulamento. Frequentemente, tal laço é horizontal contínuo, possui a mesma profundidade, e está abaixo da laringe, da hioide e da cartilagem da tireoide. Em regra, esse laço não pega a hioide, uma vez que está abaixo da laringe. Por conta disso, tais características se referem ao estrangulamento. 
(MPPR-2019): Relativamente à morte causada por asfixia, suas modalidades e sinais cadavéricos, analise as assertivas abaixo e assinale a correta: Na esganadura, percebe-se que asfixia mecânica que provoca a constrição do pescoço com as mãos. É sempre homicida. Apresenta equimoses puntiformes na face e pescoço, além disso, podemos verificar escoriações produzidas pelas unhas no pescoço em formato semilunar (estigmas ou marcas ungueais). [CORRIGIDA]
##Atenção: ##MPDFT-2009: ##Dica: - ESGANADURA- EsGANAdura- Gana, vontade, poder, lembre-se das "mãos".
(MPPR-2019): Relativamente à morte causada por asfixia, suas modalidades e sinais cadavéricos, analise as assertivas abaixo e assinale a correta: São sinais internos observados em todas as necropsias: 1) O sangue fluído (líquido) e escuro; 2) Congestão polivisceral; 3) Os vasos ficam cheios de sangue; 4) Manchas de Tardieu ou petequeas de Tardieu; 4) Não são sinais de certeza, ou seja, não são sinais patognomônicos. Quando muito, são sinais de probabilidade. Não há sinais patognomônicos gerais de asfixia. São sinais que permitem supor a obstrução. Se não há marcas, a morte poderá ser indeterminada. [CORRIGIDA]
##Atenção: Segundo Wilson, “quanto aos sinais internos: equimoses viscerais: podem ser chamadas de manchas de Tadieu (...), sangue fluído: geralmente é de cor anegrada, (...) a fluidez não é sinal patognomônico de asfixia, pois pode acontecer e mortes súbitas em que não houve agonia. Congestão polivisceral: ocorre principalmente no fígado e no mesentério." (Fonte: Wilson Luiz Palermo Ferreira. Medicina Legal. 2º Edição, 2017, pgs: 249).
(MPPB-2018-FCC): A asfixia mecânica que se caracteriza pela interrupção do ar atmosférico até as vias respiratórias, em decorrência da constrição do pescoço por um laço fixo, agindo o peso do próprio corpo da vítima como força ativa, deve ser classificada como enforcamento.
##Atenção: TIPOS DE ASFIXIAS: a) ESGANADURA: apertar o pescoço com as mãos. Não se aplica quando ocorre o “mata-leão”, pois o antebraço funciona como laço.; b) ESTRANGULAMENTO: apertar o pescoço através de um laço. OBS: pode ser com um braço (mata leão); c) ENFORCAMENTO: o laço aperta o pescoço em virtude do peso do corpo da vítima. Pode ser: i) Típico: – nó situação a trás do pescoço da vítima; ii) Atípico: nó situado na parte frontal ou lateral do corpo da vítima; iii) Completo: corpo da vítima está totalmente suspenso (sem contado com o solo); iv) Incompleto: corpo da vítima toca, de alguma forma, o solo; d) AFOGAMENTO: A troca do meio gasoso por meio líquido durante a respiração; e) SOTERRAMENTO: A troca do meio gasoso por meio sólido (poeira) durante a respiração, ou seja, é a penetração de substância sólida ou semissólida, pulverulenta ou granular na árvore respiratória, podendo ser: i) em sentido amplo: compreende os casos de desmoronamento em que a vítima fica coberta por escombros, não havendo inalação de resíduos; ii) em sentido estrito: a vítima inalou o resíduo; f) CONFINAMENTO: é a troca de um ambiente gasoso respirável por outro, porém não respirável.
(MPPB-2011): É correto afirmar: O confinamento se manifesta pela anoxemia e pela hipercapneia.
##Atenção: “A anoxemia é a falta de oxigênio no sangue. Já a hipercapnia é o aumento de gás carbônico no sangue. “O confinamento é um tipo de asfixia mecânico-pura, caracterizado pela permanência de um ou mais indivíduos em um ambiente restrito ou fechado, sem condições de renovação do ar respirável, sendo consumido o oxigênio pouco a pouco e o gás carbônico acumulado gradativamente. Não existe uma concordância entre os autores sobre a etiopatogenia do confinamento. A teoria química acentua a acumulação do gás carbônico e a redução do oxigênio, enquanto a teoria físicaafirma que, além das alterações químicas do ar, existem o aumento da temperatura e a saturação do ambiente por vapores de água. Na maioria das vezes, o confinamento é acidental, podendo, no entanto, ser homicida ou suicida.” (Fonte: FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 335).
(MPPB-2011): É correto afirmar: A sufocação poderá ser provocada por compressão do tórax.
##Atenção: Asfixias por obstaculização à penetração do ar nas vias respiratórias: i) sufocação direta: obstrução da boca e narinas ou obstrução da laringe e traqueia e; ii) sufocação indireta: compressão do tórax.
(MPPB-2011): É correto afirmar: A fulminação e a fulguração, fenômenos decorrentes da ação de eletricidade natural, diferenciam-se pelos efeitos das lesões sofridas pela vítima.
##Atenção: A fulminação se dá quando a energia elétrica natural causa a morte. A fulguração, por sua vez, ocorre quando da energia elétrica natural resulta qualquer lesão que não a morte.
(MPPB-2010): A esganadura é classificada como forma de asfixia mecânica-mista uma vez que se confundem e se superpõem, em graus variados, os fenômenos circulatórios, respiratórios e nervosos.
##Atenção: ##MPPB-2011: França esclarece que “a classificação de Afrânio Peixoto é a que mais se aproxima do critério médico-legal, dividindo as asfixias mecânicas em três grupos distintos: puras, complexas e mistas. ▶ Asfixias puras. São manifestadas pela anoxemia e hipercapnia: A) Asfixia em ambientes por gases irrespiráveis: confinamento asfixia por monóxido de carbono asfixia por outros vícios de ambientes. B) Obstaculação à penetração do ar nas vias respiratórias: sufocação direta (obstrução da boca e das narinas pelas mãos ou das vias respiratórias mais inferiores) sufocação indireta (compressão do tórax). C) Transformação do meio gasoso em meio líquido (afogamento). D) Transformação do meio gasoso em meio sólido ou pulverulento (soterramento). ▶ Asfixias complexas. Constrição das vias respiratórias com anoxemia e excesso de gás carbônico, interrupção da circulação cerebral e inibição por compressão dos elementos nervosos do pescoço: A) Constrição passiva do pescoço exercida pelo peso do corpo (enforcamento); B) Constrição ativa do pescoço exercida pela força muscular (estrangulamento). ▶ Asfixias mistas. São as que se confundem e se superpõem, em graus variados, aos fenômenos circulatórios, respiratórios e nervosos (esganadura)”. (Fonte: FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 334 e 335).
(MPPB-2010): Nos denominados afogados brancos de Parrot não se encontra fenomenologia imanente às asfixias.
##Atenção: Uma importante distinção é a do afogado branco e do afogado azul: Afogado branco de Parrot ou afogado seco: no exame cadavérico não há qualquer sinal de afogamento. Há doutrina que considera que a morte ocorre por choque térmico/reflexo vagal ou choque anafilático ou reflexo inibitório que ocasiona o fechamento da glote. França estabelece que haveria uma predisposição constitucional, lesões cardiovasculares agravadas ação térmica ou nos estados tímico-linfáticos. Aqui não há sinal de asfixia. No caso, o indivíduo ao tocar na água, morreria por inibição. (FRANÇA, 2015). O afogamento branco é também chamado de afogamento falso, pois não há qualquer sinal de afogamento quando feito o exame cadavérico. Já com relação ao afogamento azul (afogamento úmido, real ou verdadeiro), este sim é o afogamento propriamente dito, em que o indivíduo passa pela: luta, apneia involuntária, inspiração involuntária, desfalecimento e morte real (fases da asfixias para Ponsold). Ocorre mediante penetração de líquido nas vias respiratórias e consequente asfixia.
(MPPB-2010): O exame no sulco do pescoço da vítima é de capital valor no diagnóstico do enforcamento, apresentando as seguintes características: i) Livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das suas bordas; ii) Infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do sulco; iii) Pele enrugada e escoriada no fundo do sulco; e iv) Vesículas sanguinolentas no fundo do sulco.
ESTRANGULAMENTO 
6. Tanatologia Forense
(MPPB-2018-FCC): Dentre os fenômenos cadavéricos transformativos, tem-se a saponificação, na qual o cadáver é transformado em uma substância untuosa após um certo estágio da putrefação. [CORRETA]
##Atenção: ##MPPB-2018: ##FCC: FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES: i) MUMIFICAÇÃO: ocorre, aproximadamente, após o 2º ou 3º mês desde a morte. A origem atribuída à mumificação é química, e tal quadro pode ser provocado ou artificial (embalsamamento), geral ou local, espontâneo ou natural, superficial ou profunda. Para que esse processo seja concretizado, uma condição essencial é a falta de umidade. No entanto, fatores individuais como a composição física, peso e altura podem ser decisivos; ii) SAPONIFICAÇÃO: é também chamada de ADIPOCERA e ocorre mais no casos de covas múltiplas, catástrofes etc. É um fenômeno que transforma o tecido do corpo em substância amarelo-acinzentada, untuosa, mole ou quebradiça. Para que isso ocorra, há necessidade de um meio excessivamente úmido, quente e pouco arejado. Não é um processo inicial; se dá em torno de 1 a 3 meses após a morte.[footnoteRef:3] [3: Fonte: Sinopse Juspodivm 41. Medicina Legal. Wilson Luiz Palermo Ferreira.] 
##Atenção: ##MPPB-2018: ##FCC: FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS: i) AUTÓLISE: é o processo de destruição das células caracterizada pela ação das suas próprias enzimas; ii) PUTREFAÇÃO: é a decomposição da matéria orgânica por ação de diversos micro-organismos, como germes e bactérias, que estejam presentes ou não no corpo humano. Tal fenômeno depende das condições climáticas, do solo, da falta de oxigênio, ação de bactérias de decomposição, flora e fauna cadavéricas etc. A putrefaçaõ passa por 4 fases: 1) coloração; 2) gasosa; 3) coliquativa; 4) esqueletização; iii) MACERAÇÃO: processo de transforamação no qual há destruição dos tecidos moles do cadáver, pela ação prolongada de líquidos. Ex: feto retido no útero materno.
(MPPB-2011): Pode-se considerar como fenômeno avital imediato: Abolição do tônus muscular com imobilidade.
##Atenção: Sinais de probabilidade da morte (abióticos): i) sinais imediatos: perda da consciência, sinal de Josat/insensibilidade, imobilidade, abolição do tônus muscular, fase hipocrática, relaxamento dos esfíncteres, inexcitabilidade elétrica e cessação da respiração; ii) sinais tardios: evaporação tegumentar/desidratação dos tecidos, resfriamento cadavérico/algor mortis, livores cadavéricos/livor mortis/livores hipostáticos, rigidez cadavérica/rigor mortis
(MPPB-2011): É fenômeno transformativo destrutivo que o cadáver do feto manifesta no útero materno: Maceração.
##Atenção: A MACERAÇÃO consiste em um processo de transformação em que há a destruição dos tecidos moles do cadáver, através da ação prolongada de líquidos, originando em uma pele enrugada e esbranquiçada. Poderá ocorrer em: i) indivíduos: a) séptica (quando há contaminação do líquido); b) asséptica (quando não há contaminação do líquido); ii) fetos.
(MPPB-2010): Para se constatar a certeza da morte, urge a observação de fenômenos que surgem no corpo humano, representados por mudanças física, química ou estrutural, de origem natural ou artificial. Assim, considere as proposições abaixo e, em seguida, indique a alternativa que contenha o julgamento devido sobre elas: Autólise e putrefação são fenômenos transformativos destrutivos.
##Atenção: São fenômenos transformativos destrutivos: autólise, putrefação e maceração.
##Atenção: FENÔMENOS CADAVÉRICOS: Para se constatar a certeza da morte, é necessária a observação cuidadosa dos Fenômenos Cadavéricos, que são aqueles que comprovam a falta de vida. Estes fenômenos se classificam em:
i) Abióticos: Demonstram os sinais vitais negativos, que se dividem em Imediatos (aparecem imediatamente após instalado o processo de morte. Imobilidade, perda da consciência, perda da sensibilidade, abolição da motilidade e tono muscular, cessaçãopermanente da respiração, circulação e atividade encefálica) e Consecutivos ou Tardios (se instalam com o passar do tempo de morte. desidratação cadavérica, decréscimo do peso, pergaminhamento da pele, dessecamento das mucosas do lábio, modificações do globo ocular, esfriamento do corpo, manchas de hipóstases, rigidez cadavérica, espasmo cadavérico).
ii) Transformativos: Denotam a transformação do corpo após a morte, que se divide em Destrutivos (se caracterizam pelo processo destrutivo do corpo. autólise, putrefação e maceração) e Conservativos (se instalam conservando as estruturas do corpo. saponificação e Mumificação).
7. Antropologia Forense
8. Psiquiatria Forense
9. Genética Forense
10. Químico Médico-Legal
11. Toxicologia

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