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AO JUIZO DA 10ª VARA DO TRABALHO DE BRASÍLIA/DF Processo nº ... A Sociedade Empresária Ômega, já qualificada nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, que lhe move Fabiano também devidamente qualificado, vem, tempestivamente, perante Vossa Excelência, por intermédio dos estagiários do NPJ da Faculdade Estácio de Brasília e seu advogado abaixo assinado com procuração em anexo, com fundamento no artigo 895, inciso I da CLT, interpor: RECURSO ORDINÁRIO Com base nas razões em anexo, requerendo, pois, se digne Vossa Excelência determinar a juntada, dos aludidos autos, das mesmas, e o processamento na forma da lei. Requer, outrossim, a juntada das inclusas guias de depósito recursal e custas judiciais, comprovando o preparo da presente medida processual. Ressalta-se que todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, conforme descrição abaixo: 1- Custas: Devidamente recolhida em consonância com artigo 789 § CLT, no valor de R$ (...) em anexo; 2- Depósito recursal: Devidamente recolhido no valor de R$ (...) em anexo. Assim requer, o recebimento do presente recurso com a posterior notificação do recorrido para apresentação das Contrarrazões ao Recurso Ordinário no prazo de 8 (oito) dias conforme dispõem o Artigo 900 da CLT, e a posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da __ Região. Nestes termos, Pede Deferimento. Brasília- DF, DATA Advogado/OAB RAZÕES DA PEÇA RECORRENTE: Sociedade empresária Ômega RECORRIDO: Fabiano Egrégio Tribunal Regional do Trabalho, Colenda Turma, Senhores Desembargadores Processo nº ... DA TEMPESTIVIDADE Inicialmente, gostaria de salientar, que o presente Recurso Ordinário se encontra tempestivo, uma vez que a notificação para ciência da decisão foi postada em ( ...), recebida em (...) iniciou-se o prazo em (...) vencendo seu octídio legal em (...), data em que está sendo protocolado o presente apelo. 1. PRELIMINARES INCOMPETENCIA ABSOLUTA Insigne Tribunal, a decisão referente ao recolhimento de INSS, relativo ao labor para fins de aposentadoria, não merece prevalecer, uma vez que esta não tem cunho condenatório e vai de encontro a TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, conforme se depreende da Súmula 368, I TST, a seguir exposta: Sum 368, TST: I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998). Diante da situação apresentada, requer que seja declarado a incompetência absoluta no que diz respeito neste caso ao recolhimento do INSS, uma vez que, a legislação vigente previu tal situação dando a devida formatação para o caso, conforme Súmula 368 I TST, e Sumula Vinculante 53 do STF, Art. 114, VIII, da CRFB/88. COISA JULGADA Insigne Tribunal, a recorrente teve um segundo pedido rejeitado em relação ao processo, uma vez que já havia um outro acordo já realizado com a empresa em outro processo, e movido pelo mesmo empregado. Há aqui uma situação prevista no ordenamento, uma vez que temos mesmo pedido, causa de pedir, autor e réu. Conforme análise deste primeiro Julgado, a empresa já pagará a parcela, incorrendo em pagamento duplicado. Ressalta-se que tal acordo foi homologado em juízo, que paga vão prêmio de assiduidade. A CLT prevê no seu artigo 831 § único, que no caso da conciliação o termo lavrado valerá como decisão irrecorrível, a seguir artigo exposto: ART 831, Parágrafo único CLT: No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. (Redação dada pela Lei nº 10.035, de 2000) Assim, verificamos que, conforme artigo 8 § Único da CLT, prevê que o direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, e o artigo 337 inc. VII da CLT informa que deverá ser alegado a coisa julgada. E por fim o artigo 485, inc. V dispõe que o juiz não resolverá o mérito quando reconhecer a existência de coisa julgada. Requer, portanto a reforma da sentença sem resolução de mérito. LITISPENDENCIA Ilustres Desembargadores, ainda em harmonia com o artigo 48 5 inc. V e artigo 337 inciso VI, ambos do CPC, que se aplica subsidiariamente conforme tópico anterior, relativo ao artigo 8§ Único, verifica-se agora a existência do instituto da Litispendência, uma vez que há uma segunda liminar rejeitada pelo recorrente em relação as diárias postuladas, visto que o autor tinha, comprovadamente inclusive, outra ação em curso com o mesmo tema, e que também se encontra em grau de recurso. A ação aqui está sendo proposta repetidamente. O que já está sendo apreciado em outro processo. Vejamos a redação do artigo 337, inciso VI: Art. 337. CPC: Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: VI: Litispendência; Diante o fato, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, quanto ao pedido das diárias postuladas por litispendência, uma vez que a legislação vigente sabiamente previu devida orientação sobre o fato existente neste caso. 2. PREJUDICIAL DE MÉRITO A Sociedade empresária Ômega, ainda em instância ordinária, conforme preconiza Súmula 153 do TST, postulou por meio de advogado em razões finais a prescrição parcial, uma vez que a ação foi ajuizada em 30/07/2017, tendo por certo que direitos anteriores ao período quinquenal alcançaria a data inicial de 30/10/2012, conforme lei artigo 11 CLT, vejamos artigos Súmula 153 TST e artigo 11, CLT, respectivamente: Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Súmula nº 153 do TST - PRESCRIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003: Não se conhece de prescrição não argüida na instância ordinária. Diante do narrado, requer a reforma da sentença a fim de que considere a prescrição parcial conforme artigos supracitados. Vencido esta etapa, não sendo o parecer no sentido até o presente momento apresentado, o autor irá apresentar as razões de fato e direito a seguir: 3. DO MERITO DA REINTEGRAÇÃO O empregado conforme autos em anexo foi eleito para função de presidente da associação de leitura dos empregados da empresa. Apesar do reconhecimento da sua função, esta função não é prevista no rol do artigo 543 § Único, nestes termos: Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. Assim, resta evidenciado que ele não tem a estabilidade, motivo pelo qual há necessidade de reforma da sentença, pois contraria ao previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas, e em consequência do ato, mantenha a demissão do mesmo. DANO MORAL Egrégios desembargadores, a sentença em discuto deferiu dano moral do recorrido, por motivo de atraso no pagamento dos últimos 3 salários referentes aos 3 meses finais do contrato de trabalho, ensejando em negativação dos 3 últimos meses do contrato de trabalho, ou seja, no ano de 2017, todavia ao verificarmos as datas do documento apresentado como comprovante, há de se notar um grandeequívoco, uma vez que o documento apresentado para comprovar o dano foi do ano de 2015, especificamente novembro de 2015. Com a análise dos documentos apresentados, não há motivo para o dano moral, pois não há nexo causal do fato com o documento apresentado. Novamente recorrendo ao artigo 8 § Único da CLT, que dispõe sobre a aplicação subsidiária do direito comum ao direito do trabalho, verifica-se que, no artigo 186 do CC e o artigo 927 do CC, não há nexo causal e não há que se falar em dano moral: Art. 186 CC: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927 CC: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Assim, requer perante este Tribunal a reforma da sentença para que se retire a condenação do Dano Moral do Recorrido. CARTA DE REFERÊNCIA Egrégios Desembargadores, na sentença há deferimento de uma carta de referência para facilitar ao recorrido a obtenção de nova colocação no mercado de trabalho. Apesar de uma prática comum no mercado, há de se verificar que tal costume não constitui um direito, muito menos de haver uma sentença exigindo tal procedimento. A luz da Constituição Federal de 88, Carta Magna que é base de toda lei brasileira, prevê que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. A Carta em comento não há legislação dando força coatora para lavratura da mesma em favor ou desfavor de alguém. Vejamos o artigo 5, inciso II, da CF/88: Art. 5, inciso II CF/88: Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; Posto isto, requer a reforma da sentença para que seja julgado improcedente tal pedido. PARTICIPAÇÃO DOS LUCROS No que tange a participação nos lucros na sentença recorrida, verifica-se que a participação nos lucros por parte do empregado não merece permanecer, visto que o contrato do empregado estava suspenso, conforme doença de código B-31 , que segue em anexo, e motivo pelo qual a empresa reconhece que não pagou, porém tudo devidamente em harmonia com a Legislação vigente. Sobre este tema, existe previsão na CLT artigo 476, Vejamos: ART. 476 CLT: Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o prazo desse benefício. Tendo exposto tal situação, requer a presente reforma da sentença sobre este tópico, uma vez que é improcedente o pedido de participação dos lucros. DAS FÉRIAS Por fim Ilustres Desembargadores, mas não menos importante, a sentença também impõe ao recorrente pagamento de férias relativo ao ano de 2016, conforme lei. Todavia, a sentença aparenta inovar quando exige que as férias sejam em dias úteis e não em dias corridos. O Artigo 131 da CLT nos dá este esclarecimento a respeito da forma como se dará as férias, vejamos: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) Assim, diante o exposto, requer a reforma da sentença, julgando improcedente também este pedido, relativo as férias em dias úteis. 4. REQUERIMENTOS FINAIS Diante do exposto, requer que o presente recurso seja conhecido bem como acolhimento da prejudicial, o acolhimento das preliminares e no mérito seu provimento com a total reforma do julgado conforme fundamentos alhures. Requer ainda a condenação do recorrido aos pagamentos dos honorários advocatícios a razão de 15%, conforme expõe o artigo 791-A da CLT. Dar-se à o valor da causa em R$... Nestes Termos, Pede Deferimento. BRASILIA-DF, DATA Advogado/OAB.
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