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CONTABILIDADE COMERCIAL PROFESSORA: ZULEIDE GOMES Veja como o Simples Nacional irá funcionar em 2021 O desejo de praticamente todas as micro e pequenas empresas ao optarem pelo Simples Nacional 2021 é simplificar e reduzir a carga tributária devida, considerando a vantagem em contar com a incidência de apenas uma alíquota válida para todos os impostos que são pagos em uma única guia. O que é o Simples Nacional? O Simples Nacional consiste em um regime tributário simplificado direcionado para gerir a carga tributária das micro e pequenas empresas que possuem um faturamento anual de, no máximo R$ 4,8 milhões. Um fato curioso e pouco mencionado é que o nome, Simples Nacional, é uma abreviação de Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Este regime é regulamentado pela Lei Complementar nº 123, de 2006, e passou a vigorar no segundo semestre de 2007 com o intuito de incentivar as micro e pequenos empreendedores a constituírem os empreendimentos contando com o recolhimento simplificado dos tributos. Assim, ao início de cada ano, se assim se mostrar mais vantajoso, é possível que os empreendedores adotem ao Simples Nacional, o qual é uma responsabilidade do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), vinculado ao Ministério da Fazenda estando apto a publicar as resoluções no portal da Receita Federal. Impostos recolhidos pelo Simples Nacional Ainda não houve nenhum comunicado sobre uma possível alteração nos impostos recolhidos pelo Simples Nacional, portanto, a lista da guia de pagamento mensal continua contando com os seguintes tributos: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); FACULDADE -LUSOBRASILEIRA https://jornalcontabil.com.br/?s=pequenas%20empresas Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre; Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Lembrando que o recolhimento dos impostos deste regime é feito pelo Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que deve ser pago até o dia 20 de cada mês, sem excluir a incidência de demais tributos como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), impostos sobre importações e exportações, entre outros. Quem pode optar pelo Simples Nacional Estão permitidas a optar pelo Simples Nacional, as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) que estejam dentro da lista de atividades permitidas. Observe algumas das exigências diante das naturezas jurídicas: Sociedade empresária: empresa formada por dois ou mais sócios que se organizam para prestar serviços e vender produtos, que pode ser limitada ou anônima Sociedade simples: empresa formada por dois ou mais profissionais da mesma área de atuação para prestar serviços relacionados à sua profissão, como cooperativas e associações de médicos, dentistas, advogados, etc. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI): empresa formada apenas pelo titular que garante a separação entre patrimônio pessoal e empresarial, com capital social mínimo de 100 salários mínimos vigentes (R$ 104.500,00 em 2020) Empresário Individual (EI): empresa formada apenas pelo titular (sem sócios) que não separa o patrimônio pessoal do empresarial, com capital social mínimo de R$ 1 mil. https://jornalcontabil.com.br/?s=simples%20nacional Também é preciso respeitar o limite de faturamento para cada porte empresarial: Microempresa (ME): receita bruta igual ou inferior a R$ 360 mil ao ano Empresa de Pequeno Porte (EPP): receita bruta superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 4,8 milhões ao ano. No entanto, se a empresa não tiver completado um ano fiscal para viabilizar a receita anual requisitada, o valor é calculado da seguinte forma: Microempresa: limite de até R$ 30 mil multiplicados pelo número de meses entre o início e fim da atividade Empresa de Pequeno Porte: limite de até R$ 400 mil multiplicados pelo número de meses entre o início e fim da atividade. Por exemplo, se uma empresa de pequeno porte for constituída no mês de outubro, é preciso considerar apenas os três meses de ano-calendário, desta forma, o limite de faturamento proporcional se ela optar pelo Simples Nacional seria de 3 x R$ 400 mil, ou R4 1,2 milhão. Quem não pode optar pelo Simples Nacional Perante a lei, estão impedidas de optar pelo Simples Nacional as empresas que: Não tenham natureza jurídica de sociedade empresária, sociedade simples, empresa individual de responsabilidade limitada ou empresário individual Tenham auferido no ano-calendário receita bruta superior a R$ 4,8 milhões Tenham participação de outra pessoa jurídica no capital social Sejam filiais, sucursais, agências ou representações de pessoa jurídica com sede no exterior Tenham sócio ou titular com participação de mais de 10% no capital de outra empresa não enquadrada no Simples Exerçam atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, entre outras atividades financeiras Prestem serviços de transporte e intermunicipal e interestadual Exerçam atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas, e importação de combustíveis Produzam cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e bebidas alcoólicas Realizem cessão ou locação de mão de obra Façam loteamento ou incorporação de imóveis. A recomendação é para buscar o auxílio de um contador e verificar se o CNAE correspondente às atividades exercidas pela empresa se enquadra no Simples Nacional. Simples Nacional x Simei Embora as MEs e EPPs sejam regidas pelo Simples Nacional, o Microempreendedor Individual possui o próprio regime tributário, o Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (Simei). Ainda que esteja relacionada ao Simples Nacional, esta modalidade é direcionada exclusivamente ao MEI, desde que se encaixe nas seguintes características: Ter receita bruta anual igual ou inferior a R$ 81 mil; Exercer uma das atividades permitidas listadas no site oficial; Possuir um único estabelecimento; Não participar de outra empresa como titular, sócio ou administrador; Não contratar mais de um empregado, que só poderá receber um salário mínimo; Não realizar atividades mediante cessão ou locação de mão de obra. A distinção está no percentual de contribuição junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que é de 5% para o MEI, mais os impostos reduzidos com o acréscimo de R$ 1,00 para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Serviços (ISS), os quais também são recolhidos pelo DAS. Portanto, observa-se que o MEI está isento das contribuições do IRPJ, CSLL, PIS, Cofins e contribuição previdenciária patronal. Prazo para optar pelo Simples Nacional No caso das empresas que já estão enquadradas em outros regimes tributários, a migração para o Simples Nacional estará disponível somente durante o mês de janeiro de 2021, já aqueles empreendimentos que estão iniciando o processo de consolidação, podem solicitar a inclusão ao regime a qualquer momento até o dia 29 de janeiro de 2021 (último dia útil). Alguns outros prazos também devem ser observados, como: Inscrição estadual ou municipal: até 20 dias contados do último deferimento de inscrição (seja estadual ou municipal) Aberturado CNPJ até 31 de dezembro de 2020: até 180 dias contados da inscrição do CNPJ Abertura do CNPJ a partir de 1º de janeiro de 2021: até 60 dias contados da inscrição no CNPJ. Lembrando que, se a empresa deixar algum dos prazos mencionados passar, a adesão ao Simples Nacional poderá ser feita somente em janeiro de 2022. Tabelas do Simples Nacional As tabelas do Simples Nacional são compostas por cinco anexos que estabelecem alíquotas distintas para cada atividade econômica e faixa de faturamento. Até o momento, o CGSN não promoveu nenhuma alteração nos valores vigentes desde o ano de 2018, regulamentos pela Resolução CGSN nº 140/2018. Anexo I — para empresas do comércio; Anexo II — para indústrias; Anexo III — para empresas de serviços como instalação, manutenção, viagens e odontologia; Anexo IV — para empresas de serviços como limpeza, vigilância, obras e construção civil; Anexo V — para empresas de serviços como auditoria, jornalismo e tecnologia. Estatísticas do Simples Nacional A relevância do Simples Nacional se torna nítida após uma análise das estatísticas da atuação perante este regime em 2020. Atualmente, há mais de 16 milhões de pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional, número que já inclui os microempreendedores individuais, conforme estatísticas apuradas até o mês de setembro de 2020. Portanto, ao considerar que existem aproximadamente 19,2 milhões de pequenos negócios no Brasil, de acordo com dados do Data Sebrae em 2020, é possível concluir que, mais de 83% dos MEIs, MEs e EEPs optaram pelo Simples Nacional. Desta forma, somente os 17% restantes optaram pelo Lucro Real ou Lucro Presumido. De janeiro de 2017 a agosto de 2020, o Governo Federal arrecadou mais de R$ 58 bilhões de impostos recolhidos através desta categoria, resultando em um crescimento de mais de 600% em 13 anos de vigência deste regime. Além disso, mais de 1 milhão de empresas também solicitaram o enquadramento junto ao Simples Nacional até o mês de outubro de 2020. Expectativas para o Simples Nacional 2021 Os resultados do Simples Nacional 2021 irão depender do ritmo de recuperação da economia brasileira após a pandemia da Covid-19. Isso porque, ao contrário do que muitos podem imaginar, a pandemia foi propícia para um aumento expressivo na abertura de novos negócios, superando em 2% os números apurados em no segundo quadrimestre de 2019, junto a 782,6 mil novas micro e pequenas empresas, de acordo com os dados apresentados pelo Ministério da Economia. Portanto, mesmo com a paralisação temporária da economia brasileira durante a quarentena junto à todas as dificuldades, o encerramento das atividades empresariais foi o menor em quatro anos, com apenas 331,5 mil baixas, estando 17% abaixo de 2018. A iniciativa do empreendedorismo aconteceu devido à queda e rompimento repentino na renda fixa dos trabalhadores brasileiros, o que resultou em 14,4% de desemprego entre os meses de maio a setembro de 2020, de acordo com https://jornalcontabil.com.br/?s=microempreendedores dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), consequentemente, levando os afetados a buscarem alternativas de obter alguma renda. Desta forma, acredita-se que a tendência é que o número de optantes pelo Simples Nacional seja ainda mais elevado em 2021, caso os brasileiros continuem investindo no empreendedorismo. Também é importante destacar que, a medida de exclusão de micro e pequenas empresas inadimplentes deste regime foi eliminada em 2020. Outro fator que pode fortalecer o Simples Nacional se trata do Projeto de Lei Complementar (PLC) 96/2020, que dispõe sobre a autorização de micro e pequenas empresas optantes pelo Lucro Presumido a migrarem para o Simples Nacional, excepcionalmente durante o ano-calendário de 2020. Reforma Tributária e o Simples Nacional A reforma tributária se tornou um dos temas mais debatidos no Brasil em 2020, no entanto, não foi apresentada nenhuma mudança no Simples Nacional. A primeira etapa do Projeto de Lei que dispõe sobre a reforma foi enviado ao Congresso Nacional no dia 21 de julho de 2020, visando alinhar as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 45 de autoria da Câmara dos Deputados, e a 110, apresentada pelo Senado Federal. Ao tentar reunir as duas PECS, o Governo Federal tem a intenção de unificar o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), transformando ambos os tributos na Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), com a incidência de uma alíquota única de 12%, direcionada para todos os setores: comércio, indústria e serviços. Segundo o Sebrae, as empresas regidas pelo Simples Nacional foram integralmente preservadas pelo projeto, de maneira que a contribuição tributária devida por elas continuará no mesmos padrões, além de permitir a apropriação de créditos pelas empresas obtentoras de bens e serviços do Simples Nacional. Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, é primordial que a reforma tributária mantenha os benefícios do Simples Nacional, considerando que é um dos grandes responsáveis pela geração de empregos. “Na visão dos pequenos negócios, que representam 29% do PIB [Produto Interno Bruto], 99% das empresas respondem por 55% dos empregos do país, esta é uma excelente medida”, analisou. Quando a opção pelo Simples Nacional é vantajosa? De maneira geral, a carga tributária das micro e pequenas empresas é simplificada e reduzida ao optarem pelo Simples Nacional, ainda assim há as exceções, como por exemplo, no caso do faturamento da empresa, torna-se possível pagar uma alíquota reduzida mesmo optando pelo Lucro Presumido, gerando economia nos impostos. Por isso, é recomendado contar com o auxílio de um contador capacitado e que realmente entenda as regras tributárias, conseguindo simular os valores das alíquotas para a empresa mediante diferentes regimes. Vantagens em optar pelo Simples Nacional 1- Guia de recolhimento unificada Esta é uma das principais vantagens do Simples Nacional, uma vez que possibilita o recolhimento de todos os tributos devidos por este regime em uma única guia de pagamento mensal, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Esta alternativa facilita a vida do empreendedor ao excluir a necessidade de emitir várias guias separadas, reduzindo também, o risco da incidência de multas e demais penalidades pelo atraso no pagamento. 2- Alíquota unificada Além de permitir o recolhimento unificado dos tributos, este documento também é gerado por uma única alíquota que incide sobre todos os impostos devidos. Ao consultar as tabelas do Simples Nacional, será possível encontrar qual alíquota será aplicada de acordo com o setor que a empresa atua, seja o industrial, comercial ou de prestação de serviços, bem como, a faixa de faturamento em que ela se enquadra. No cenário geral, as alíquotas podem variar entre 4% a 33%, devendo-se aplicar a fórmula do Fator R, método bastante utilizado para descobrir em qual anexo a empresa de enquadra. 3- Redução da carga tributária Quando foi implementado, o Simples Nacional prometia reduzir a carga tributária das micro e pequenas empresas em até 67%, atualmente esta estimativa caiu para 40%, mas ainda assim, apresenta um cenário vantajoso. No entanto, é importante lembrar que existem exceções à regra e, apenas um profissional contábil é capaz de dizer se o Simples realmente é a opção mais vantajosa para o seu negócio. 4- Emissão e pagamento online Outra vantagem é que o DAS pode ser emitido virtualmente em poucos instantes, basta acessar o Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS-D) e calcular os impostos devidos para, por fim, emitir o documento online. No entanto, neste momento é preciso informar alguns dados contábeis da empresa como, a receita brutaanual/mensal, alíquota e parcela a deduzir, por exemplo, ainda que o ideal é que este procedimento seja realizado pelo contador. De toda forma, o pagamento do DAS também pode ser feito pelo internet banking ou aplicativo do banco rapidamente. 5- Redução dos custos trabalhistas O Simples Nacional também atua na redução de custos trabalhistas de uma empresa, uma vez que promove a isenção do INSS patronal em 20% para a empresa, resultando em gastos menores com a folha de pagamento. Como optar pelo Simples Nacional Caso o Simples Nacional realmente se mostre a alternativa mais vantajosa para a atividade exercida pela empresa, é preciso realizar a solicitação de enquadramento pelo portal do Simples. Basta procurar pela alternativa “Solicitação de Opção pelo Simples Nacional” e fazer login com o código de acesso ou certificado digital. Para solicitar o código de acesso, será necessário digitar o número do recibo de entrega da Declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPF) do ano especificado, porém, se o titular for isento deste imposto, será requisitado o número do título de eleitor e data de nascimento. Na sequência, após preencher o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da Empresa (CNPJ) e o Cadastro de Pessoa Física (CPF) do responsável, acontecerá uma análise automática para verificar a existência de possíveis pendências. Caso todos os parâmetros estejam legais, a inscrição será deferida, do contrário, o pedido ficará “em análise” até a correção das pendências. Na verdade, se a empresa possuir algum débito proveniente de impostos com qualquer esfera do Governo, ou atividade não compatível com a lista daquelas autorizadas pelo Simples Nacional, a continuidade no processo de inscrição não será permitida. Contudo, caso o empresário já tenha constituído a empresa há algum tempo e está ciente sobre a opção pelo Simples, basta digitar o CNPJ na página de consulta direcionada aos optantes, lembrando que, as MEs e EPPs já enquadradas no respectivo regime, não precisam atualizar o enquadramento anualmente, uma vez que a renovação é automática. 2- Simples Nacional 2021: alíquotas, tabelas e impostos Tabela Simples Nacional 2021 As micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional 2021 podem exercer diferentes atividades, tendo também diferentes lucros. Por esse motivo, existe a Tabela de Alíquotas Simples Nacional. Veja abaixo a tabela Simples Nacional 2021 atualizada de acordo com a Receita Federal: COMÉRCIO Faixa Alíquota Valor a Deduzir (em R$) Receita Bruta em 12 Meses (em R$) 1ª Faixa 4,00% – Até 180.000,00 2ª Faixa 7,30% 5.940,00 De 180.000,01 a 360.000,00 3ª Faixa 9,50% 13.860,00 De 360.000,01 a 720.000,00 4ª Faixa 10,70% 22.500,00 De 720.000,01 a 1.800.000,00 5ª Faixa 14,30% 87.300,00 De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 6ª Faixa 19,00% 378.000,00 De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 INDÚSTRIA Faixa Alíquota Valor a Deduzir (em R$) Receita Bruta em 12 Meses (em R$) 1ª Faixa 4,50% – Até 180.000,00 2ª Faixa 7,80% 5.940,00 De 180.000,01 a 360.000,00 3ª Faixa 10,00% 13.860,00 De 360.000,01 a 720.000,00 4ª Faixa 11,20% 22.500,00 De 720.000,01 a 1.800.000,00 5ª Faixa 14,70% 85.500,00 De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 6ª Faixa 30,00% 720.000,00 De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO Faixa Alíquota Valor a Deduzir (em R$) Receita Bruta em 12 Meses (em R$) 1ª Faixa 6,00% – Até 180.000,00 2ª Faixa 11,20% 9.360,00 De 180.000,01 a 360.000,00 3ª Faixa 13,50% 17.640,00 De 360.000,01 a 720.000,00 4ª Faixa 16,00% 35.640,00 De 720.000,01 a 1.800.000,00 5ª Faixa 21,00% 125.640,00 De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 6ª Faixa 33,00% 648.000,00 De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 Prazo Simples Nacional 2021 Se você está pensando em enquadrar sua empresa no Simples Nacional, saiba qual é a data limite para seguir com essa ação: Empresas em atividade Se a sua empresa já está em atividade, é possível solicitar o enquadramento no regime é janeiro/2021, até o último dia útil (29/01/2021) mais especificamente. Caso seja aceita, retroagirá a 01/01/2021. Empresas em início de atividade Caso você esteja começando o seu negócio agora, o prazo para a solicitação de opção é de 30 dias contados do último deferimento de inscrição (municipal, ou estadual caso exigível). Mas atenção! Isso somente nos casos em que não tenham decorridos da data de abertura constante do CNPJ: 180 dias (para empresas abertas até 31/12/2020) 60 dias (para empresas abertas a partir de 01/01/2021). Quando aceito, o regime tributário produz efeitos a partir da data da abertura do CNPJ. Se passado esse prazo, o enquadramento será possível somente no mês de janeiro do ano-calendário seguinte, para que os efeitos sejam produzidos a partir de então. Limite de Faturamento do Simples Nacional 2021 Confira quais são os valores de limite de faturamento para as configurações de empresas que se enquadram no Simples Nacional. Microempresas: limite de até R$ 360 mil de faturamento anual (R$ 30 mil mensais); Empresa de Pequeno Porte (EPP): limite de faturamento anual de até R$ 4,8 milhões (R$ 400 mil por mês). Conheça mais sobre o Simples Nacional Sabemos que aqui no Brasil, a questão tributária é frequentemente alvo de polêmicas pelas mais diversas razões, sendo um grande motivo de desestímulo para novas pessoas empreendedoras, além também do grande número de encargos que incidem sobre as atividades comerciais. Uma consequência disso é a continuidade de atividades informais, prejudicando o recolhimento de impostos, dificultando relações trabalhistas e impedindo o auxílio à pessoa empreendedora. Para acabar com a informalidade e combater a sonegação fiscal, novas formas de tributação passaram a ser desenvolvidas, unificando impostos a serem recolhidos, além de diferenciar os encargos de acordo com o tamanho do empreendimento. Quer saber mais sobre o Simples Nacional? Continue a leitura � Como surgiu o Simples Nacional? O Simples — Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte — foi criado em 1996 por meio de uma medida provisória. Posteriormente, essa medida foi convertida na Lei nº 9.317/1996 pelo Governo Federal, facilitando a tributação de pequenas e médias empresas, tanto para a Receita Federal quanto para micro e pequenos empresários. Cada ente da federação era livre para aplicar seu próprio Simples. Essa mesma lei foi revogada em 2006, passando a valer a Lei Complementar 123/06 – criando o Simples Nacional, unificando esse tipo de tributação no Brasil. O regime de recolhimento do Simples Nacional passou a ter vigência em 30 de julho de 2007, e hoje também é conhecido como “Super Simples”. Como funciona o Simples Nacional? Antes, a pessoa que empreendia era obrigada a pagar impostos municipais, estaduais e federais separadamente, ou seja, muita burocracia. Hoje, mesmo os Microempreendedores Individuais — MEI — são contemplados por essa forma de tributação. Com o surgimento do Simples Nacional, agora os empreendedores podem quitar, ao mesmo tempo, 8 tipos de impostos diferentes em um único documento, a guia DAS (Documento de Arrecadação Simplificada). Os 8 impostos unificados na Simples Nacional DAS são: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS); Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e os de comunicação (ICMS); Contribuição para o Programa de Integração e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP); Contribuição Previdenciária Patronal (CPP). Essa unificação não só facilita os procedimentos fiscais para a Receita Federalcomo também livra pequenos empreendedores de cargas tributárias severas e desproporcionais. Enquadramento tributário Simples Nacional Tem interesse em se tornar Simples Nacional? Isso é ótimo! Mas para seguir com esse procedimento é preciso conhecer as principais obrigações exigidas para optar pelo regime. Conheça abaixo as principais obrigações: https://blog.vhsys.com.br/o-que-e-simples-nacional/ 1° – Verifique se o CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica) pode ser enquadrado no Simples Nacional. 2° – O faturamento da sua empresa não pode ultrapassar, anualmente, o valor de R$4.800.000,00. 3º – É preciso estar em dia com a Receita Federal. 4º – Não possui débitos com INSS. 5º – Empresa regularmente cadastrada. Tudo certo com as obrigações acima? Perfeito! Agora é hora de saber como fazer essa solicitação na prática, veja: 1 – Procure um profissional contábil Contar com a ajuda de um profissional contábil é extremamente importante para fazer o enquadramento tributário do Simples Nacional. Esse profissional se encarregará de fazer a abertura da empresa, junto aos órgãos competentes, seguindo todas as obrigações e normas. 2 – Contrato social O contrato social serve para definir a participação de cada um dos sócios na empresa, as atividades realizadas pelo negócio, nome e outros detalhes importantes. 3 – Visite a Junta Comercial Com tudo em ordem, o próximo passo é ir até a junta comercial da cidade, ou cartório jurídico, para registrar a sua empresa. 4 – Tire o CNPJ Logo depois do registro na junta comercial, certamente você vai receber o NIRE – Número de Identificação do Registro de Empresa. Com ele, você conseguirá acessar o site da Receita Federal e tirar o CNPJ. Ainda no site da Receita, você consegue fazer o download do Programa Básico de Entrada. Depois disso, imprima, faça o preenchimento corretamente e envie pelos correios para a Receita ou, se preferir, leve pessoalmente. 5 – Alvará de funcionamento https://blog.vhsys.com.br/saiba-como-encontrar-a-cnae-de-sua-empresa/ https://blog.vhsys.com.br/saiba-como-encontrar-a-cnae-de-sua-empresa/ https://blog.vhsys.com.br/o-que-e-contrato-social/ http://receita.economia.gov.br/ Assim como toda empresa, você precisará de um alvará de funcionamento para exercer suas atividades. A solicitação do alvará deve ser feita na prefeitura ou em outro órgão governamental municipal. Dica importante: Antes de comprar ou locar um estabelecimento para o seu negócio, fique atento ao alvará, pois ele é quem declara que a empresa tem ou não o direito de exercer determinada atividade em um determinado local. Quem não pode aderir ao Simples Nacional? No Brasil, existem 3 opções de regimes tributários: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Caso a sua empresa não se enquadre no Simples Nacional, ou até mesmo você concluiu que essa opção não é vantajosa para o seu negócio, você ainda poderá optar por outros 2 tipos de regime. Abaixo, nós resumimos o que cada um deles representa para que você possa escolher qual é o regime tributário certo para o seu negócio: Lucro Presumido As empresas que optam por esse regime tributário são aquelas que possuem um faturamento anual de até R$78 milhões por ano. Esse regime é uma fórmula de tributação simplificada que determina o IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido). As margens de impostos são de 8% para atividades comerciais e de 32% para quem atua com prestações de serviços. Além disso, no Lucro Presumido, a arrecadação de PIS e COFINS são cumulativas. A alíquota é de 3,65% e os impostos são computados a partir do lucro previsto. Se, no fim do ano, o valor do lucro for menor que o determinado, os impostos continuam sendo calculados sobre o valor presumido. Lucro Real https://blog.vhsys.com.br/quais-os-tipos-de-regimes-tributarios/ https://blog.vhsys.com.br/quais-os-tipos-de-regimes-tributarios/ O Lucro Real é para aquelas empresas que têm um faturamento superior a R$78 milhões no momento da apuração, e é avaliado sobre o lucro líquido. Também é levado em consideração os valores inseridos e descontados, conforme as compensações autorizadas por lei. Sobre esse regime incidem os seguintes impostos: CSLL com alíquota de 9%. IRPJ com 15% (caso não haja lucro, não ocorre a incidência desses impostos). PIS (Programa de Integração Social) com 1,65%. COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) com 7,6% (não cumulativos). 5 vantagens para aderir ao Simples Nacional Dependendo do tipo do negócio, ser um optante pelo Simples Nacional traz inúmeras vantagens. Por isso, listamos aqui 6 das principais vantagens que esse regime pode proporcionar para a sua empresa, confira: 1 – Pagamento de impostos simplificado Esse regime tributário reúne em um único documento 8 tipos de impostos diferentes, incluindo municipais, estaduais e federais. Isso ajuda o empreendedor a não correr o risco de ficar em débito com o governo. 2 – Redução dos custos trabalhistas Optantes pelo Simples Nacional são isentos da contribuição de 20% do INSS Patronal na folha de pagamento. 3 – Desempate em licitação O enquadramento tributário Simples Nacional serve para fator de desempate no processo de licitação governamental. Ou seja, quando uma empresa Simples Nacional concorre com outra empresa de outro regime, ser optante pelo Simples Nacional torna-se um fator de desempate. 4 – Redução da carga tributária No regime Simples Nacional a carga tributária pode ser reduzida em até 40%, dependendo da empresa. Isso pode impactar diretamente na gestão financeira do negócio, além da redução de custos. 5 – Identificador único No sistema do Simples Nacional, o CNPJ é o único identificador da inscrição da empresa. Sendo assim, não há necessidade de realizar cadastro em instâncias municipal, estadual ou federal. Dúvidas rápidas sobre o Simples Nacional Desde a sua criação, o Simples Nacional tem facilitado a vida de muitas pessoas que são donas do próprio negócio. Mas sabemos que ao iniciar um novo negócio é comum acumular algumas dúvidas sobre o regime tributário. E para te ajudar com essas dúvidas, selecionamos as principais que envolvem o Simples Nacional. Confira! Existe custo para adotar o Simples Nacional? Não. Basta que sua empresa esteja dentro dos critérios exigidos para adotar o regime. Quem pode ser optante pelo Simples Nacional? O Simples Nacional é aplicado somente às micro e pequenas empresas, definidas desse modo de acordo com seu faturamento anual. Não me dei bem com o Simples Nacional, posso desligar minha empresa do regime? É possível abandonar o regime de tributação a qualquer momento. Porém, a comunicação da exclusão deve ser feita no Portal do Simples Nacional. Quando o desligamento for voluntário, o efeito de desligamento está atrelado à data de realização do pedido de desligamento. O que fazer nos casos de atraso no pagamento da guia DAS? Você precisa emitir uma segunda via do documento no portal do Simples Nacional e seguir os baixos a seguir: 1. Acesse o portal do Simples Nacional. 2. Para gerar o código de acesso no portal você precisará do CNPJ da empresa, CPF do responsável e o título de eleitor. https://blog.vhsys.com.br/o-que-e-simples-nacional/ http://www8.receita.fazenda.gov.br/SIMPLESNACIONAL 3. Com o código em mãos, clique na função: “Emitir DAS Simples Nacional” / “2 Via Boleto Atualizado”. 4. Em seguida, abrirá uma nova janela para escolher a forma de emissão. Escolha a opção aplicável a solicitação: “Código de Acesso” ou “Certificado Digital”. 5. Caso deseje a opção por Código de Acesso, precisará informar o CNPJ, o CPF do titular, o seu código de acesso, os caracteres de segurança e então clicar no botão “Continuar”. 6. Isso dará acesso ao DAS do Simples Nacional, sendo possível imprimir ou solicitar a 2º via do boleto atualizado. Posso parcelar minhas dívidas do Simples Nacional? Sim. As empresas que possuem débitos vencidos e constituídos no Simples Nacional podem solicitar o parcelamento de suas dívidas. Além disso, podem solicitar o parcelamentos as empresas enquadradas ou desenquadradas do regime tributário e até mesmo com o CNPJ já baixado (empresa encerrada) Para o parcelamento, é preciso que a parcela mínima seja de R$300,00 e dividido no máximo em 60 vezes. Exceto débitos do MEI que calcula as parcelas de acordo com o valor das pendências. O que é DEFIS? A DEFIS é a Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais. É um documento que todas as empresas do regime Simples Nacional precisam entregar no fim de cada ano-calendário. O prazo de entrega da DEFIS, a cada ano, é sempre no último dia útil de março. Caso a empresa atrase a transmissão do documento, precisará pagar multa. Além disso, fica impossibilitada de gerar as guias DAS, para o pagamento do imposto mensal. Uma das vantagens da entrega da obrigação, é que ela pode servir de certidão do simples nacional. Confira abaixo algumas informações que devem constar na DEFIS: Receita anual da empresa; Número de funcionários que possuiu no início e fim do ano-calendário; Rendimento dos sócios, Saldo em caixa; Despesas do período; Mudança de endereço. Por fim, se sua empresa é do Super Simples Nacional, DEFIS e DAS são