Buscar

Seminário Interdisciplinar: A CONTABILIDADE NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Denise Westphal Lacerda e Silva, Fernanda da Luz, Juliana Silva dos Santos e Stella Marys Souza Skieresz 
2 Claudia Vieira das Neves Viana 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso ADG2649 – Prática do Módulo II - 25/11/20 
 
 
Denise Westphal Lacerda e Silva, Fernanda da Luz, Juliana Silva dos Santos e Stella Marys 
Souza Skieresz¹ 
Claudia Vieira das Neves Viana² 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Contabilidade é uma das ciências com um campo de atuação muito vasto, 
comportando uma condição abrangente de empregabilidade para o profissional em contabilidade. E 
dentre as diversas abrangências de atuação na área de contabilidade classificam-se a prestação de 
serviços contábeis, em forma de consultoria contábil e contabilidade gerencial. Nos negócios 
empresariais é conceituada como uma metodologia que controla o patrimônio e gerência os 
negócios da empresa, auxiliando na gestão empresarial, fornecendo informações, analisando dados 
e identificando oportunidades. 
A contabilidade empresarial envolve a soma de atividades e instrumentos contábeis 
direcionados ao âmbito empresarial, ou seja, ás rotinas profissionais dentro das organizações. Ela 
inclui processos fiscais, tributários, previdenciários, legais e entendimento das legislações 
comerciais necessárias para o funcionamento das corporações. 
Desta forma, este trabalho tem o propósito de apresentar a importância da 
contabilidade nas micros e pequenas empresas no contexto de primeiramente apresentar o perfil e 
caracteriza-las. Em seguida, tornar a apresentar a real notoriedade de exercer a contabilidade dentro 
desses empreendimentos. Sendo assim, identifica-se a suma importância da contabilidade mesmo 
sendo pequena empresa, para que se tenha uma estrutura de maneira adequada e o entendimento 
claro das informações contábeis para o equilíbrio financeiro do empreendimento. Com a disposição 
de identificar a importância da Contabilidade nos processos de melhoramento e tomada de decisões 
das empresas para não comprometer o desempenho da empresa. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Nas micro e pequenas empresas a contabilidade é tão importante quanto nas empresas 
de maior porte. É através das informações contábeis que o gestor irá tomar as decisões, desde sobre 
os investimentos futuros, como investir e quando investir na expansão da empresa. Conforme 
dados do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de maio de 2020, 
o Brasil possui cerca 6,5 milhões de microempresas e 10,9 milhões de Microempreendedor 
Individual, que representam 99% de todas as empresas do país e são responsáveis em torno de 30% 
A CONTABILIDADE NAS MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS 
2 
 
 
 
do Produto Interno Bruto. 
Dentre as diversas mutações que vivenciamos no país, em relação às políticas em favor 
dos pequenos negócios, há uma grande transformação no âmbito dos micro empreendimentos, 
podemos citar a criação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em 2006, a implantação do 
MEI (Microempreendedor Individual), em 2009, e a ampliação dos limites de faturamento do 
Simples Nacional, em 2012. Ações que visam estimular o desenvolvimento da micro e pequena 
empresa e do microempreendedor individual, como estratégia de geração de emprego, distribuição 
de renda, inclusão social e o fortalecimento da economia. 
Conforme Tessari (2013, p.06) “A contabilidade tem esse poder de auxiliar a gestão a 
tomar decisões, coletando os acontecimentos econômicos que ocorrem em uma entidade, 
registrando e transformando-os em informações em forma de relatórios contábeis. 
A contabilidade é o pilar que sustenta tudo o que uma Micro ou Pequena Empresa 
pretende desenvolver, desde produtos ou serviços, até suas estratégias. Ter um contador é a 
garantia de que a empresa não estará irregular ou em débito com o governo, além de permitir que 
os empreendedores se dediquem ao negócio em si, sem a necessidade de passar boa parte do tempo 
realizando tarefas financeiras e burocráticas. 
A desburocratização que beneficia as MEs e EPPs começa na alternativa de tributação 
no Simples Nacional e chega ao registro contábil das operações e transações, pois juntas, as Micros 
e Pequenas Empresas respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. 
Além disso, são as principais geradoras de riqueza no Comercio no Brasil, já que respondem por 
53,4% do PIB desse setor. 
Classificam-se como Microempresa e Empresa de Pequeno Porte a sociedade 
empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o 
empresário a que se refere o art. 966 do Código Civil, que tenha auferido, no ano anterior, receita 
bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do art. 3° da Lei Complementar n° 123/06. 
Segundo Chér (1991, p.17), ‘’ [...], algumas variáveis são tradicionalmente utilizadas 
para se conceituar as Micro e Pequenas Empresa, tais como mão-de-obra empregada, capital 
registrado, faturamento, quantidade produzida, entre outros.’’ 
Com base no número de funcionários e de faturamento, o Serviço de Apoio às Micro e 
Pequenas Empresas – Sebrae, apresenta classificações para as Micro e Pequenas Empresas: 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
Tabela 1 - Classificação das Micro e Pequenas Empresas segundo o número de funcionários. 
PORTE/SETOR INDÚSTRIA COMÉRCIO E SERVIÇOS 
Microempresas Até 19 Até 9 funcionários 
Empresas de Pequeno Porte De 20 a 99 De 10 a 49 
Médias De 100 a 499 De 50 a 99 
Grandes 500 ou mais 100 ou mais 
Fonte: Sebrae – SP 
Tabela 2 - Classificação das Micro e Pequenas Empresas segundo o faturamento bruto anual. 
PORTE 
SIMPLES 
NACIONAL 
EXPORTAÇÕES 
Microempresas Até R$ 360 mil 
Até US$ 200 mil para comércio 
e serviços. Até US$ 400 mil na 
indústria 
Empresas de Pequeno Porte 
Acima de R$ 360 
mil até R$ 4,8 
milhões 
Acima de US$ 200 mil até US$ 
1,5 milhão para comércio e 
serviços. Acima de US$ 400 mil 
até US$ 3,5 milhões na 
indústria. 
Fonte: Sebrae - SP 
A tabela 1 informa a classificação das Micro e Pequenas Empresas com base no 
número de funcionários, onde uma indústria com até 19 funcionários, e uma empresa de comércio 
e serviços com até 9 funcionários, é considerada uma Microempresa. Uma indústria de 20 a 99 
funcionários e uma empresa de comercio e serviços de 10 a 49 funcionários é considerada uma 
Empresa de Pequeno Porte. 
Já a tabela 2, informa a classificação das Micro e Pequenas Empresas com base no 
faturamento bruto anual, onde são Microempresas as que pertencem ao Simples Nacional e 
possuem faturamento anual bruto de até R$ 360 mil, e as Empresas de Pequeno Porte que também 
pertencem ao Simples Nacional e possuem faturamento bruto anual acima de R$ 360 mil até R$ 
4,8 milhões (a partir de 01/01/2018). As Microempresas de comercio e serviços realizam 
exportações de até US$ 200 mil e as de indústria de até US$ 400 mil. E as Empresas de Pequeno 
Porte realizam exportações acima de US$ 200 mil até US$ 1,5 milhões para comércio e serviços, e 
4 
 
 
 
acima de US$ 400 mil até US$ 3,5 milhões para indústria. 
Vejamos os tipos de empresas com suas especificações: 
 
 MEI (Micro Empresário Individual) 
 
Microempreendedor Individual o MEI é um empreendedor que tem um pequeno 
negócio e gere sua empresa sozinho. Desde 2006, representa a formalização de pessoas que, 
sozinhas, respondem por todas as etapas desde a produção até a entrega de seu produto ou serviço, 
não possuem sócios. É necessário ser maior de 18 anos (pessoas entre 16 a 18 anos devem ser 
emancipadas para esse tipo de empreendimento), não pode ser titular, sócio ou administrador 
formal de outra empresa. E é aceitável contratar apenas um colaborador e assinar sua carteira com 
o pagamento de um salário mínimo da categoria. A característica mais importante para ser MEI é a 
relação com o faturamento, determina que tenha um rendimento fixo anual para se mantiver dentro 
da modalidade, nãosendo cabível excederem-se aos R$81.000,00 por ano, de janeiro a dezembro. 
E também, se faz necessário, constar a atividade do ramo comercial dentro da lista de atividades 
permitidas para ser MEI. 
O Microempreendedor Individual foi criado no Brasil para que os trabalhadores 
informais estejam dentro da Legalidade e, principalmente, para promover a formalização com uma 
carga tributária reduzida. À medida que seu negócio se tornar mais bem sucedido, a tendência é 
que você mude de MEI para Micro Empresa. 
 
 ME (Micro Empresa) 
 
A Micro Empresa ME permite o faturamento receita bruta anual inferior ou igual a R$ 
360 mil, na média de R$30 mil por mês que é atendida para que sua empresa se enquadre como 
uma microempresa. Nessa modalidade, não há restrições para o desempenho de serviços, porém, é 
muito importante ter o controle do faturamento a partir do apontamento correto do fluxo de caixa. 
Se o faturamento ultrapassar o limite para ME, o contrato social deve ser revisto e alterado para a 
devida modalidade adequada. Sobre a contratação de funcionários, para o segmento de indústria, a 
quantidade de funcionários de uma microempresa pode ser de até 19 empregados, já para o 
segmento de comércio e serviço, essa quantidade não pode ultrapassar 9 empregados. A 
formalização desse tipo de empresa pode ser composta entre duas ou mais pessoas, ou somente de 
uma pessoa. É necessário optar entre um dos regimes tributário Simples Nacional, Lucro Real ou 
5 
 
 
 
Lucro Presumido realizando o registro em uma Junta Comercial. 
Micro Empresa pode ser dividida em quatro categorias podendo elas ser empresas 
individuais (onde há somente um único dono) ou uma sociedade (com dois ou mais donos ou 
sócios). São elas: Sociedade Simples, EIRELI, Sociedade Empresária Limitada e Empresário 
Individual. 
Sociedade Simples Limitada é uma empresa composta por dois ou mais sócios e que 
tem como finalidade a prestação de serviços intelectuais e de cooperativa, portanto não precisa ser 
registrada na Junta Comercial. Nesse tipo societário, quem responderá pelas dívidas é o patrimônio 
da sociedade e não dos sócios enquanto pessoas físicas. 
EIRELI é a sigla para uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada e é 
formada somente por uma pessoa, sem necessidade de sócios. No entanto, é necessário investir um 
capital (capital social) cujo valor seja de pelo menos 100 salários mínimos. Em uma EIRELI, o 
empresário não responde pessoalmente pelas dívidas da empresa; 
Sociedade Empresária Limitada trata-se da ligação de dois ou mais sócios que se 
responsabilizam pelos ônus e bônus da empresa de acordo com o valor de suas quotas. Nessa 
modalidade, os bens pessoais dos sócios são preservados e não respondem pelas dívidas da 
empresa; 
Empresário Individual, empresa que não exige a presença de sócio, assim como a 
EIRELI, porém com a vantagem de não precisar investir um valor alto no capital social. 
 
 EPP (Empresa de Pequeno Porte) 
 
A Empresa de Pequeno Porte, chamadas pequenas empresas EPP podem apresentar 
faturamento superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 4,8 milhões anuais. Uma empresa de 
pequeno porte pode atingir o faturamento de 4,8 milhões de reais e continuar fazendo determinadas 
vendas sem perder os direitos de pequena empresa. Isso porque a legislação brasileira incentiva à 
exportação de produtos. Mesmo atingindo o faturamento, ainda podem obter adicionais de receita 
no valor de 3,6 milhões de reais. Mas esse valor extra é válido apenas para vendas internacionais. 
De acordo com a legislação brasileira, são consideradas pequenas empresas negócios 
que tem até 99 funcionários no setor da indústria e entre 10 e 49 pessoas para o setor do comércio e 
serviço. Da mesma forma que a ME, o titular de uma Empresa de Pequeno Porte deve formalizar o 
negócio registrando em uma Junta Comercial, optando por um dos regimes tributários Simples 
Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido. A empresa de pequeno porte pode optar pelo regime 
Simples Nacional e ter direito a uma série de incentivos e benefícios fiscais. Pode ser dividida em 
6 
 
 
 
três categorias societárias: EI, EIRELI ou LTDA. 
Empresário Individual (EI) é quem gere a empresa sozinho. Nesse tipo societário, a 
figura da pessoa física se mistura com a da pessoa jurídica, não existindo separação entre o 
patrimônio pessoal e o empresarial. Caso a empresa fique endividada, os bens do empreendedor 
podem ser usados para quitar a dívida. 
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) também é para o 
empreendedor que não tem sócio. A diferença para o EI é que existe uma separação entre o 
patrimônio da empresa e do empreendedor. Para esse tipo de empresa precisa ter um capital social 
de pelo menos 100 salários mínimos vigentes para a abertura de empreendimento. 
Sociedade Limitada (LTDA) a empresa é formada por dois ou mais sócios que têm seu patrimônio 
separado do da empresa. O negócio pode ser dividido de forma igual entre os sócios ou de acordo 
com o tamanho do investimento que cada um fez inicialmente. Os sócios são igualmente 
responsáveis pela empresa em caso de dívidas, independentemente da divisão acordada. 
A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, trouxe mais facilidade na apuração e 
recolhimento e maior facilidade no cumprimento das obrigações acessórias, por outro lado leva a 
maioria dos pequenos empresários a desconsiderar a contabilidade como ferramenta que auxilia no 
dia a dia. Isso tem levado essas empresas a desconsiderarem a contabilidade, entretanto, é 
importante salientar que embora de acordo com Lei 10.406, estas empresas estejam dispensadas de 
escrituração contábil completa para fins fiscais, salientando que a referida a Lei não ás dispensa 
das obrigações acessórias previstas na legislação trabalhista e previdenciária. 
O Conselho Regional de Contabilidade editou a Resolução n° 1.115/07 aprovando a 
NBC T 19.13 que versa sobre a escrituração contábil simplificada para a microempresa e empresa 
de pequeno porte. Esta norma estabelece critérios e procedimentos para a escrituração contábil, e 
obriga essas empresas a manterem escrituração contábil uniforme (ANEXO A – Resolução do 
CFC n° 1.115/07). 
 
“O empreendedor deve tornar a sua contabilidade uma fonte de informações para que 
possa tomar decisões seguras e coerentes com seu negócio”. Raza (2008, p.17). 
 
Não existe possibilidade de a empresa funcionar e cumprir sua missão sem um sistema 
de informação que possa fornecer dados que a todo instante se fazem necessários, tendo em vista a 
continuidade do negócio e o fato da dinâmica das informações. 
Logo, deve-se esclarecer que toda empresa está submetida a gestão de riscos, que 
reporta-se à questão de que eventos incertos que podem vir a ocorrer e causar prejuízos à empresa 
7 
 
 
 
e a seus diversos segmentos. Portanto, uma gestão de riscos eficaz fornece subsídios aos 
empresários/gestores, auxiliando-os e mostrando os riscos aos quais a empresa está exposta, 
demonstrando assim a importância que a contabilidade exerce sobre a empresa. 
As principais causas constatadas por essa entidade para o fechamento prematuro são: 
comportamento empreendedor pouco desenvolvido, ou seja, atitudes empreendedoras insuficientes; 
antes da abertura das empresas há deficiências no planejamento; após a abertura do negócio há 
deficiência na gestão; políticas insuficientes de apoio ao setor; conjuntura econômica deprimida, 
problemas pessoais, entre outras de menor relevância 
Dentre as causas que mais se destacam pode-se citar os cinco riscos que são: aumento 
da concorrência, a perda de funcionários para os concorrentes, as alterações de demandas do 
cliente, estratégias erradas devido à falta de dados mercadológicos e alta taxa de absenteísmo e 
rotatividade da mão-de-obra. 
Os resultados evidenciam que nessas empresas o manuseio dos riscos é fortemente 
concentrado nos sócios proprietáriose que a gestão de riscos é realizada de uma forma bastante 
primária e rudimentar. 
Boa parte do que distingue as economias modernas daquelas do passado é a recente 
capacidade de identificar o risco, mensurá-lo, avaliar suas consequências e, então, reagir de acordo, 
seja transferindo ou mitigando o risco. 
Os tipos de riscos que as empresas estão expostas dependem da natureza de sua 
atividade. O risco operacional tem sua origem na ausência de consistência e adequação dos 
sistemas de controle interno, sistemas de processamento e informações, assim podendo 
proporcionar perdas inesperadas para a instituição. 
Outro tipo de risco é o de conformidade/legal, que está relacionado à falta de 
habilidade ou disciplina da empresa para cumprir com a legislação e/ou regulamentação externa 
aplicáveis ao negócio e às normas e procedimentos internos. 
Este risco está relacionado com temas como saúde e segurança, meio ambiente, 
práticas comerciais, proteção do consumidor, proteção de dados, assuntos regulamentares e 
legislação laboral. O risco da gestão do conhecimento, por sua vez, está relacionado com a gestão e 
controle eficaz dos recursos do conhecimento, como também com a produção, proteção e 
comunicação destes. Fazem parte deste tipo de risco os fatores externos, como a utilização não 
autorizada ou abusiva da propriedade intelectual, as falhas de energia na zona e tecnologia 
competitiva. Os fatores internos podem referir-se às variações nos sistemas ou a perda de 
funcionários chave. 
A definição para a estrutura do processo de gestão de riscos depende da natureza dos 
8 
 
 
 
riscos e da abrangência dos processos. Porém, as etapas do processo de gestão de riscos serão 
sempre as mesmas, não se alteram, independentemente do porte e tipo de empresa, todas precisam 
passar pelas sete etapas do processo de gestão de riscos presentes na estrutura. 
As sete etapas do processo de gestão de riscos da AS/NZS 4360 são: comunicação e 
consulta; estabelecer o contexto; identificar os riscos; analisar os riscos; avaliar os riscos; tratar os 
riscos, e monitorar e revisar. 
 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Como vimos acima os conceitos de micros e pequenas empresas estão relacionados aos 
portes dos CNPJs e podem ser classificados com base principalmente no faturamento anual, no 
número de funcionários e nas atividades desempenhadas. E se distribuem em tipos de empresas 
com as classificações de cada uma para melhor se enquadrar no ramo ou atividade comercial. 
Apesar de terem semelhanças, as empresas de pequeno porte apresentam diferenças 
importantes para as microempresas (ME) e microempreendedores individuais (MEI). A principal 
delas diz respeito ao faturamento bruto anual. Enquanto a EPP pode faturar até R$4,8 milhões, a 
ME tem um limite de R$360 mil e o MEI, de R$81 mil. A categorização da empresa é importante 
desde o início do negócio para que ela se enquadre no Simples Nacional, que é um sistema 
tributário diferenciado e simplificado. 
Definir se o negócio é microempresa (ME), empresa de pequeno porte (EPP) ou 
microempreendedor individual (MEI) é de grande importância. O enquadramento errado do porte 
do negócio pode render multas e a perda de benefícios. Pois, a partir da formalização em contrato 
social, o empreendimento passa a arrecadar tributos e emitir nota fiscal dos serviços conforme seu 
enquadramento. 
Como se pode concluir, a falta de um operador de contabilidade dentro de uma 
empresa pode carretar prejuízos incalculáveis que podem levar a empresa à extinção, logo, conclui-
se que a contabilidade é peça fundamental para vida útil da empresa, pois mesmo pequena, 
necessita de organização que somente ela pode propor. 
 
4. REFERÊNCIAS 
BRASIL abre 1,4 milhão de novas micro e pequenas empresas em 2020. Poder 360, 2020. 
Disponível em: <https://www.poder360.com.br/economia/brasil-abre-14-milhao-de-novas-micro-
e-pequenas-empresas-em-2020/> Acesso em: 03 de nov. de 2020. 
 
9 
 
 
 
BUENO, Jefferson Reis. Qual a receita bruta e o número de empregados para MEI, ME e EPP? SEBRAE, 
2017. Disponível em: <https://blog.sebrae-sc.com.br/numero-de-empregados-receita-bruta-para-mei-me-
epp/> 
 
CANTELLI, W. (2006) A percepção de riscos no processo de empreender – Estudo das 
empresas incubadas e graduadas de Curitiba-PR. 162 f. Dissertação (Mestrado em Administração) 
Programa de Pós-Graduação em Administração, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 
Curitiba. 
 
COMO funciona a contabilidade para Micro e Pequenas Empresas. Jornal Contábil, 2019. 
Disponível em: <https://www.jornalcontabil.com.br/como-funciona-a-contabilidade-para-micro-e-
pequenas-empresas/>. Acesso em: 14 de out. de 2020. 
 
FAMÁ, R.; CARDOSO, R. L.; MENDONÇA, - Riscos Financeiros e não Financeiros: Uma 
Proposta de Modelo para Finanças. - Cadernos da FACECA, v. 11, n. 1 jan./jun., p. 33-50. 2002 
 
HENRIQUE, Marco Antônio. A importância da contabilidade gerencial para Micro e Pequena 
empresa. Monografias Brasil Escola, 2008. Disponível em: 
<https://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/a-importancia-contabilidade-
gerencial-para-micro-pequena-.htm/>. Acesso em: 16 de out. de 2020. 
 
HENRIQUE, Marco Antônio. A importância da contabilidade gerencial para micro e pequena 
empresa. 2008. 80f. Monografia (especialização) – Universidade de Taubaté, Taubaté, 2008. 
Disponível em: < https://www.livrosgratis.com.br/ler-livro-online-80328/a-importancia-da-
contabilidade-gerencial-para-micro-e-pequena-empresa>. Acesso em 12 outubro 2020. 
 
LEI Geral da Micro e Pequena Empresa. Sebrae. Disponível em: 
<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/lei-geral-completa-10-anos-e-beneficia-
milhoes-de-empresas,baebd455e8d08410VgnVCM2000003c74010aRCRD/> Acesso em: 04 de 
nov. de 2020. 
 
LISTA de atividades permitidas para ser MEI em 2020. Jornal Contábil, 2020. Disponível em: 
<https://www.jornalcontabil.com.br/lista-de-atividades-permitidas-para-ser-mei-em-2020/> Acesso 
em 04 de nov. 2020. 
 
https://www.livrosgratis.com.br/ler-livro-online-80328/a-importancia-da-contabilidade-gerencial-para-micro-e-pequena-empresa
https://www.livrosgratis.com.br/ler-livro-online-80328/a-importancia-da-contabilidade-gerencial-para-micro-e-pequena-empresa
10 
 
 
 
O papel do contador para as Micro e Pequenas Empresas. Jornal Contábil, 2019. Disponível em: 
<https://www.jornalcontabil.com.br/o-papel-do-contador-para-as-micro-e-pequenas-empresas/>. 
Acesso em: 14 de out. de 2020. 
 
O que é o Microempreendedor Individual – MEI. Portal do Empreendedor, 2020. Disponível em: 
<http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes/o-microempreendedor-individual-
mei/> Acesso em: 06 de nov. de 2020. 
 
ORTIGARA, A. A - Causas que condicionam a mortalidade e/ou o sucesso das micro e 
pequenas empresas do Estado de Santa Catarina. - 173f. Tese (Doutorado em Engenharia de 
Produção). Programa de pós-graduação em engenharia de produção, UFSC, 2006. Florianópolis. 
 
PADOVEZE, C. L.; BERTOLUCCI, R. G. - Proposta de um Modelo para o Gerenciamento do 
Risco Corporativo - Anais… In: XXV ENEGEP - Encontro Nacional de Engenharia de 
Produção, 2005. Porto Alegre. 
 
PEREIRA, Paulo Teixeira do Valle. Microempresa, Empresa de Pequeno Porte e Microempreendedor 
Individual: diferenças e características. SEBRAE, 2019. Disponível em: <https://blog.sebrae-sc.com.br/epp-
microempresa-mei/> Acesso em: 06 de nov. de 2020. 
 
SILVA, Cassiano. Qual a diferença entre micro e pequena empresa? Contábeis, 2016. Disponível 
em: <https://www.contabeis.com.br/noticias/30432/qual-a-diferenca-entre-micro-e-pequena-
empresa/> Acesso em: 06 de nov. de 2020. 
 
SEBRAE - SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS. - 
Fatores condicionantes e taxas de sobrevivência e mortalidade das micro e pequenas 
empresas no Brasil – 2003/2005. Brasília 
 
TESSARI, Osir Afonso. Contabilidade geral. Indaial: Uniasselvi,2013. 190p. ISBN 978-85-
7830-802-5. 
 
TIRE suas dúvidas sobre o MEI (Microempreendedor Individual). SEBRAE. Disponível em: 
<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/tire-suas-duvidas-sobre-o-mei-
microempreendedor-individual,e31c13074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD/> Acesso 
11 
 
 
 
 
em: 06 de nov. 2020. 
 
TORRES, Vitor. O que é uma microempresa? É a melhor escolha? Contabilizei, 2020. Disponível 
em: <https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/o-que-e-microempresa-e-qual-a-
diferenca-com-outros-tipos/> Acesso em: 06 de nov. 2020.