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ERGONOMIA-E-ORGANIZAÇÃO-DO-TRABALHO-NOVA-3

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2 
 
 
 
 
1 SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 O TRABALHO- CONCEPÇÃO DE AMBIENTE .......................................... 5 
3 O SER HUMANO E O TRABALHO ............................................................ 6 
3.1 Condições de trabalho.......................................................................... 7 
3.2 Concepção de indivíduo ....................................................................... 8 
3.3 Inter- relação indivíduo- ambiente ........................................................ 8 
3.4 Ergonomia ............................................................................................ 9 
3.5 Tipos de intervenção da ergonomia ................................................... 10 
3.6 Antropometria e Biomecânica ............................................................ 11 
4 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO .............................................. 11 
5 ANÁLISE ERGONÔMICA DA DEMANDA ................................................ 14 
6 LAUDO ERGONÔMICO ........................................................................... 16 
6.1 Objetivo do laudo ergonômico ............................................................ 16 
6.2 Avaliação dos riscos dos ambientes de trabalho ................................ 17 
6.3 Elaboração e assinatura do laudo de ergonômico ............................. 17 
6.4 Análise ergonômica do trabalho ............ Erro! Indicador não definido. 
6.5 Validade do laudo ergonômico ........................................................... 20 
6.6 Laudos médicos ................................................................................. 21 
6.7 Profissionais habilitados a ergonomista ............................................. 22 
7 RISCOS ERGONÔMICOS ........................................................................ 27 
7.1 Repetição ........................................................................................... 28 
7.2 Postura inadequada ........................................................................... 28 
7.3 Iluminação inadequada ...................................................................... 29 
7.4 Ritmo excessivo de trabalho/ jornada de trabalho prolongada ........... 29 
 
3 
 
 
 
 
7.5 Levantamento e manuseio de cargas................................................. 30 
8 PREVENÇÃO DOS RISCOS ERGONÔMICOS ....................................... 31 
8.1 Ginástica laboral ................................................................................. 32 
8.2 Benefícios ........................................................................................... 33 
9 A ORGANIZAÇÃO TAYLORISTA DO TRABALHO ................................. 34 
10 NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17) ........................................ 35 
11 Parâmetros Ergonômicos Mínimos DO MOBILIÁRIO ............................ 41 
11.1 Mesa de trabalho ............................................................................ 41 
11.2 Mesas para trabalho em computador .............................................. 42 
11.3 Mesa única utilizada para escrever e para uso de computador ...... 43 
11.4 Mesa de trabalho com atendimento (sentado) ao público ............... 44 
11.5 Cadeira para utilização em trabalho com computador .................... 45 
12 CONCLUSÃO ........................................................................................ 45 
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 47 
14 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão 
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
2 TRABALHO- CONCEPÇÃO DE AMBIENTE 
 
Fonte: administradores.com.br 
O ambiente de trabalho é um dos pilares de sustentação da empresa. O 
ambiente de trabalho é o espaço onde, diariamente, líderes e equipes se reúnem para 
desenvolver ações práticas relacionadas às suas respectivas atividades laborais. 
Para verdadeiramente compreender o papel e a importância do ambiente de 
trabalho, vale a pena desmembrar um pouco mais essas palavras. 
A palavra ambiente vem do termo em latim ambiens e é empregada com o 
sentido daquilo que cerca, envolve, rodeia. Trata-se de um fator importante para os 
resultados financeiros do negócio e para a qualidade de vida de líderes e 
colaboradores. 
 A palavra trabalho deriva do latim tripalium que, curiosamente, era uma 
ferramenta utilizada para imobilizar animais antes de serem ferrados na antiguidade. 
Atualmente, porém, o termo é empregado para referenciar a atividade produtiva dos 
seres humanos. 
Conforme a definição do dicionário Michaelis, as principais definições de 
trabalho são: 
Conjunto de atividades produtivas ou intelectuais exercidas pelo homem para 
gerar uma utilidade e alcançar determinado fim; Atividade profissional, regular, 
https://www.sbcoaching.com.br/blog/lideranca-e-coaching/como-ser-um-bom-lider/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_(economia)
https://www.sbcoaching.com.br/coaching/coaching-aumentar-produtividade
 
6 
 
 
 
 
remunerada ou assalariada, objeto de um contrato trabalhista; O exercício dessa 
atividade; Local onde se exerce essa atividade; Qualquer obra (manual, artística, 
intelectual) realizada; empreendimento, realização. 
Em linhas gerais, o ambiente de trabalho é o espaço associado às condições 
em que determinadas pessoas desenvolvem suas atividades profissionais – 
permeando também todas as circunstâncias que têm influência sobre o funcionamento 
de uma empresa. 
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito à ergonomia: a 
clássica, sustentada pelos americanos e britânicos, e a francesa. A vertente 
clássica começou a ser consolidada em 1911, quando o norte-americano 
Frederick Winslow Taylor instituiu a Escola da Administração Científica 
visando um progresso na eficiência da organização e para tal, valeu- se do 
método de racionalização das atividades operárias. (CHIAVENATO, 2003, 
apud CASTILHO, 2015). 
3 O SER HUMANO E O TRABALHO 
 
Fonte: genteemercado.com.br 
O cenário atual nos mostra empresas que buscam incessantemente a 
produtividade em meio ao mercado competitivo e globalizado, cujo homem aparece 
como elemento central para produzir e adquirir bens e serviços. As relações de 
trabalho sofreram relevantes alterações, que determinaram na elaboração dos locais 
de trabalho, dirigidos para proporcionar maior produtividade do homem e da máquina. 
 
7 
 
 
 
 
O excesso e a complexidade de muitas tarefas exigem do trabalhador a concepção 
de uma grande quantidade de informações. Uma consequência do avanço da 
tecnologia, que limitou as atividades ao uso do computador. Após aregulamentação 
da NR - Norma Regulamentadora, pelo Ministério Trabalho e Emprego passou a 
legitimar direitos à proteção e segurança dos ambientes de trabalho. Normas que 
determinam adequações em equipamentos, mobiliários, da jornada de trabalho, entre 
outras embasadas na prevenção, saúde, higiene e segurança. Nesse contexto, dá-se 
a importância da Avaliação Ergonômica, cuja finalidade é pesquisar e aprimorar as 
condições de trabalho, em outras palavras, assegurar qualidade na execução das 
atividades de trabalho. 
A ação ergonômica advém de uma demanda, oriunda de diferentes 
interlocutores. Cabe ao ergonomistas analisar esta e fazer a proposta de ação 
em se confirmado um problema. (GUERIN, et al, 2001, apud DEIMLING, 
2014). 
3.1 Condições de trabalho 
As condições gerais de trabalho, considerando, a iluminação, o nível de ruídos 
e a temperatura, são os principais causadores dos problemas que afetam, 
diretamente, a saúde dos funcionários de uma empresa. Nesse caso, a ergonomia 
pode também contribuir muito para evitar que essas enfermidades ocorram, com 
objetivo de tornar cada vez mais eficiente os procedimentos de controle e de regulação 
das condições adequadas de trabalho. 
Considerando que a eficiência dos processos utilizados na ergonomia laboral 
seja apropriada para eliminar os riscos que afetam a saúde do trabalhador, pode-se 
afirmar que o custo-benefício dos métodos ergonômicos utilizados, minimiza para as 
empresas, as despesas com possíveis indenizações, quando não há condições 
adequadas de trabalho, causando aos funcionários algum tipo de incapacidade física 
que o impossibilite de exercer suas atividades diárias. 
Os problemas de ergonomia no trabalho têm consequências negativas para a 
empresa, pois diminuem a qualidade de vida do trabalhador, e consequentemente, 
sua produção. Além disso, uma empresa que não adota padrões ergonômicos passa 
 
8 
 
 
 
 
uma imagem negativa, como uma instituição que não respeita seus colaboradores 
(funcionários). 
De acordo com Norma Regulamentadora Nº 17, Ergonomia estabelece 
parâmetros para a adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, para proporcionar conforto, segurança e 
desempenho eficiente. Tais condições de trabalho implicam em aspectos relacionados 
ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos 
e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. 
Para tanto, o empregador deve realizar a análise ergonômica, pertinente às 
necessidades e demandas de uma corporação. 
3.2 Concepção de indivíduo 
Quando pensamos em conceito de identidade, logo pensamos em imagens, 
representações, conceito de si mesmo, como se o indivíduo se reconhecesse 
identificando traços, imagens, sentimentos, como parte dele mesmo. Mas 
esse conceito é produzido a partir das relações que mantemos com os outros 
(MYERS, 2000, apud SAWAIA, 2006). 
Cada indivíduo, ao nascer, encontra-se num sistema social criado através de 
gerações já existentes e que é assimilado por Inter-relação indivíduo- ambiente meio 
de inter-relações sociais”. O homem, desde seus primórdios, é considerado um ser de 
relações sociais, que incorpora normas, valores vigentes na família, em seus pares, 
na sociedade. 
O homem é um animal que depende de interação para receber afeto, cuidados 
e até mesmo para se manter vivo. Somos animais sociais, pois o fato de ouvir, tocar, 
sentir, ver o outro fazem parte da nossa natureza social. O ser humano precisa se 
relacionar com os outros por diversos motivos: por necessidade de se comunicar, de 
aprender, de ensinar, de dizer que ama o seu próximo, de exigir melhores condições 
de vida, bem como de melhorar o seu ambiente externo, de expressar seus desejos e 
vontades. Essas relações que vão se efetivando entre indivíduos e indivíduos, 
indivíduos e grupos, grupos e grupos, indivíduo e organização, organização-
organização, surgem por meio de necessidades específicas, identificadas por cada 
um, de acordo com seu interesse. 
 
9 
 
 
 
 
O indivíduo tem, para si, claras as características que o diferencia dos demais, 
como seus fatores biológicos, seu corpo físico, seus traços, sua psique que envolve 
emoções, sentimentos, volições, temperamento. Todavia, o indivíduo, como objeto de 
estudo da psicologia social e da sociologia. 
A objetividade e subjetividade são fundamentais para o processo de construção 
da nossa identidade. A experiência humana se objetiva na realidade criando 
singularidades (hábitos, tradição) e as instituições são subjetivadas, por meio da 
introjeção pela socialização. 
A atividade do indivíduo é a sua realização concreta, e a expressão da sua 
subjetividade diante da definição papeis exercidos por ele. Ela é subjetiva (envolve 
afeto de um eu individual) e objetiva (contato com o mundo exterior). Nesse processo 
o indivíduo constrói o seu mundo, da mesma forma que constrói a si mesmo, sua 
identidade, suas relações, suas experiências vivenciadas. 
A subjetividade representa um macroconceito orientado à compreensão da 
psique como sistema complexo, que de forma simultânea se apresenta como 
processo e como organização. O macroconceito representa realidades que 
aparecem de múltiplas formas, que em suas próprias dinâmicas modificam 
sua autorganização, o que conduz de forma permanente a uma tensão entre 
os processos gerados pelo sistema e suas formas de autorganização, as 
quais estão comprometidas de forma permanente com todos os processos 
do sistema. A subjetividade coloca a definição da psique num nível histórico-
cultural, no qual as funções psíquicas são entendidas como processos 
permanentes de significação e sentidos. O tema da subjetividade nos conduz 
a colocar o indivíduo e a sociedade numa relação indivisível, em que ambos 
aparecem como momentos da subjetividade social e da subjetividade 
individual. (GONZALEZ, 2001, apud DA SILVA, 2009). 
4 DEFINIÇÕES 
4.1 Ergonomia 
Ergonomia é entendida como disciplina científica com foco na investigação de 
questões relacionadas tanto ao planejamento, projeto e avaliação de tarefas e postos 
de trabalho, quanto de produtos, ambientes e sistemas. Conforme a Associação 
Brasileira de Ergonomia (ABERGO) a ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho 
às características fisiológicas e psicológicas do ser humano (ABERGO, 2014). 
 
10 
 
 
 
 
Observa-se, então, que sua maior contribuição consiste em buscar a 
compatibilização dos postos de trabalho com as necessidades das pessoas, considera
das suas habilidades e limitações, objetivando maior e melhor qualidade de vida. 
A ergonomia ressalta a relação entre o homem e o ambiente de trabalho, e 
originou-se durante a II Guerra Mundial (1934-45), onde médicos, psicólogos, 
antropólogos e engenheiros trabalharam juntos para resolver os problemas 
causados pelos equipamentos militares, posteriormente cresceu rapidamente 
o interesse nesse novo ramo, em especial na Europa e Estados Unidos da 
América (DUL; WEERDMEESTER, 2004; ABRAHÃO, et al., 2009). 
Possui como objetivos: Aumentar a eficiência organizacional 
(e.g., produtividade e lucros); aumentar a segurança, a saúde e o conforto do 
trabalhador. 
Diminuir os perigos e prevenir erros e acidentes, em relação a: Posturas 
errôneas adotadas pelos trabalhadores; Movimentos corporais efetuados; Fatores 
físicos ambientais que enquadram o trabalho; Equipamentos utilizados 
4.2 Tipos de intervenção da ergonomia 
Conceção de postos e métodos de trabalho, ferramentas, máquinas e 
mobiliário; Correção de problemas identificados através de metodologias próprias; 
Sensibilização, informação e formação sobre os métodos e técnicas mais adequados 
para realizar as suas tarefas. 
A ergonomia possui um caráter interdisciplinar, pois reúne e integra 
conhecimentos de diversas áreas científicas e apresenta uma natureza aplicada, pelo 
fato de objetivar a adaptação doposto de trabalho e do ambiente às necessidades do 
ser humano. Abrahão et al. (2009), destacam que a ergonomia é uma ciência que tem 
como intuito transformar o trabalho, em suas diferentes dimensões, adaptando-o às 
características e aos limites do ser humano. 
Conforme Turella et al. (2011), entre diversos fatores que auxiliam na questão 
de motivação de funcionários, está a ergonomia, que proporciona uma melhoria na 
relação do homem com seu ambiente de trabalho, otimizando os processos e 
interferindo diretamente na qualidade e produtividade em geral. Coerentemente, a 
 
11 
 
 
 
 
ergonomia necessita de uma abordagem holística de todo o campo, tanto em seus 
aspectos físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais e ambientais. 
A discussão acerca das consequências das pressões sofridas pelos 
trabalhadores em seus postos de trabalho, nas organizações, é tema 
recorrente de algumas produções científicas e isso pode acarretar uma série 
de inquietações e, até mesmo doenças, a esses profissionais, uma vez que 
a competitividade existente no mercado, impulsionada pelos avanços 
tecnológicos, determinam mudanças no mundo do trabalho, o que pode ser 
um fator gerador de estresse. (LIPP, 2010, apud DE PAULA, 2016).) 
4.3 Antropometria e Biomecânica 
A biomecânica ocupacional encarrega-se do estudo do corpo em seus 
movimentos e das forças aplicadas para a realização de uma atividade. Para Falcão 
(2007, p.43) refere-se ao “estudo da interação física do trabalhador com suas 
ferramentas, máquinas e materiais, a fim de aumentar a sua performance enquanto 
minimiza os riscos de distúrbios músculo-esquelético”. 
Até o início do século XX, considera-se o trabalhador como um “sistema 
transformador de energia” e, nesse mesmo período, o autor aponta que os 
“riscos do trabalho são conhecidos, mas as ações para limitá-los são 
modestas”. (SILVA, 2009, apud DE PAULA, 2016). 
5 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) 
 
Fonte: ebah.com.br 
 
12 
 
 
 
 
O termo análise ergonômica tem sido empregue de forma genérica e 
dependendo da formação do profissional que atuará sobre a questão, o enfoque será 
dado sob o prisma de sua formação básica, quer seja engenharia, fisioterapia, 
medicina e outras. 
A AET tem como finalidade analisar os riscos ergonômicos do posto de trabalho 
e propor soluções ergonômicas para reduzir ou extinguir o risco existente, propiciando 
melhores condições do ambiente de trabalho e uma melhor realização das tarefas 
laborais. 
Dentre as soluções possíveis, podemos destacar a promoção de atividades 
para melhorar a saúde física e psicológica dos colaboradores, como a ginástica 
laboral. Ela é muito importante porque ajuda a empresa a ter uma visão completa de 
quais são todos os riscos envolvidos na execução das atividades, de modo que eles 
possam ser mitigados ou eliminados de maneira satisfatória e segura para a saúde 
dos trabalhadores. 
O grande desafio da análise ergonômica consiste em identificar os reais 
problemas que são percebidos pelos trabalhadores e que efetivamente causam 
degradação no conforto, queda na produtividade e interferência na segurança do 
trabalho. 
O ergonomista na busca de realizar seus objetivos, deve estudar diversos 
aspectos do comportamento humano no trabalho e outros fatores 
importantes, que são: o homem, a máquina, o ambiente, a informação, a 
organização e as consequências do trabalho. Como objetivos busca a 
segurança, satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no seu 
relacionamento com os sistemas produtivos. (ILDA, 2005, apud 
DEIMLING,2014). 
Segundo a legislação brasileira na Norma Regulamentadora 17, para avaliar a 
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, 
devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho. As condições de 
trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de 
materiais, ao mobiliário, aos equipamentos, às condições ambientais do posto de 
trabalho e à própria organização do trabalho. 
 
13 
 
 
 
 
Segundo a Norma Regulamentadora NR 17, a Análise Ergonômica do Trabalho 
(AET), tem como objetivo, rastrear, observar e avaliar as relações existentes entre 
demandas de doenças, acidentes e produtividade com as condições de trabalho, com 
as interfaces, com os sistemas e a organização do trabalho. Ainda segundo a NR 17, 
para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise 
ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de 
trabalho (BRASIL, ABNT, 1990). 
A AET visa aplicar os conhecimentos da ergonomia para analisar, diagnosticar 
e corrigir uma situação real de trabalho. O método desdobra-se em 05 etapas (IIDA, 
2005): 
Análise da demanda: consiste na descrição de um problema ou situação 
problemática, que justifica a necessidade de uma ação ergonômica. Pode ser 
solicitado pela direção da empresa; pelos trabalhadores e suas organizações 
sindicais; 
Análise da tarefa: trata-se de um conjunto de objetivos prescritos, que os 
trabalhadores devem cumprir. A AET analisa a discrepância entre a tarefa que é 
prescrita (descrição de cargos) e a que é executada; 
Análise da atividade: refere-se ao comportamento do trabalhador na 
realização de uma tarefa. A atividade é influenciada por fatores internos e externos. 
Os fatores internos estão relacionados ao próprio trabalhador, caracterizado pelas 
suas experiências, idade, sexo, motivação, sono e fadiga. Já os fatores externos 
referem-se às condições em que a atividade é executada: 
Conteúdo do trabalho (objetivos, regras e normas); 
Organização do trabalho (constituição de equipes, horários, turnos); 
Meios técnicos (máquinas, equipamentos, posto de trabalho, iluminação, 
ambiente térmico). 
Diagnóstico: o diagnóstico procura descobrir as causas que provocaram o 
problema descrito na demanda. Podendo ser vários fatores: absenteísmo (faltas ou 
atrasos); rotatividade (pode ser devido ao treinamento insuficiente ou elevada carga 
de estresse no ambiente); acidentes (pode ocorrer por falta de manutenção nas 
 
14 
 
 
 
 
máquinas, sinalização mal interpretada, pisos molhados, entre outros); baixa 
qualidade: pode ser por consequências de erros de dimensionamento do posto de 
trabalho, ou pela sequência inadequada de tarefas; 
Recomendações ergonômicas: as recomendações ergonômicas referem-se 
as providências que deverão ser tomadas para resolver o problema diagnosticado. 
Devem-se prescrever todas as etapas necessárias para resolver o problema. 
Estas podem vir acompanhadas de figuras com detalhamento das modificações a 
serem feitas em máquinas ou postos de trabalho, e indicar as respectivas 
responsabilidades (pessoa e seção do departamento encarregado, com indicação do 
respectivo prazo). 
Existem muitas divergências e muitos desencontros sobre o tema, porém, nada 
mais evidente do que dizermos que Laudo Ergonômico é uma análise do risco 
ergonômico a que estamos sujeitos, em casa, no trabalho, no lazer e, até dormindo. 
Na AET - Análise Ergonômica do Trabalho, fazemos o Laudo Ergonômico 
exatamente para a pessoa que está trabalhando naquele posto de trabalho específico. 
5.1 Análise ergonômica da demanda 
A Ergonomia apresenta duas dimensões – uma científica e outra, prática. A 
dimensão científica, segundo Vidal (2010, p. 5) fundamenta as aplicações 
práticas, porque possibilita que essas aplicações sejam analisadas à luz das 
conclusões enunciadas pelos pesquisadores do tema. (VIDAL, 2010, apud 
DEPAULA, 2016). 
A Análise da Demanda é uma etapa primordial e que merece extrema 
dedicação e empenho, considerando que nesse momento o Ergonomista 
compreenderá o motivo que o levou a desenvolver a Análise Ergonômica do Trabalho 
(AET). 
Para entender o que está desencadeando o problemaem análise, 
primeiramente identificaremos de onde surgiu essa necessidade. Empresas 
inteligentes buscam por melhorias para seus funcionários, desenvolvendo ações que 
beneficiem a saúde dos trabalhadores, seja na implantação de maquinário adequado, 
na escolha de um acento apropriado ou de estratégias laborais voltadas às atividades 
produtivas. Caso a necessidade parta dos funcionários, as reclamações podem ser 
https://ergonomiaemfoco.wordpress.com/2014/05/26/analise-ergonomica-do-trabalho-aet/
https://ergonomiaemfoco.wordpress.com/2014/05/26/analise-ergonomica-do-trabalho-aet/
 
15 
 
 
 
 
evidenciadas no local (in loco) ou de órgãos de defesa dos trabalhadores, na busca 
por melhores condições de trabalho, deste modo, evidenciando os agravos existentes 
que decorrem em debilidades funcionais aos mesmos. 
Será analisado o ambiente de trabalho, desmembrando todos os possíveis 
motivos que originaram os problemas referidos, ou as modificações solicitadas. Com 
essas análises documentadas, será o momento de negociação entre os gestores e 
trabalhadores, delimitando o tempo para resolução dos problemas. 
Análise ergonômica da tarefa (envolve a análise dos ambientes físicos, das 
condições posturais e antropométricas dos trabalhadores, dos aspectos psicológicos 
dos trabalhadores, da análise organizacional, das condições ambientais): 
A análise ergonômica das atividades. Por conseguinte, elenca-se a formulação 
do diagnóstico, bem como as recomendações ergonômicas: 
As condições de trabalho e o ambiente aos quais os funcionários estão 
submetidos influenciam diretamente na qualidade do produto e no 
desempenho dos processos, bem como na Qualidade de Vida dos 
Trabalhadores (QVT) (MATOS, 1997, apud TURELLA et al., 2011). 
 Neste cenário, emerge a importância da ergonomia, que elenca os aspectos 
físicos, relacionado com as características da anatomia humana, antropometria, 
fisiologia e biomecânica em sua relação à atividade física; os aspectos cognitivos, o 
qual refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e 
resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros 
elementos de um sistema; e, os aspectos organizacionais, o qual concerne à 
otimização dos sistemas sócio técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, 
políticas e de processos. 
A manifestação individual ou coletiva do mal-estar no trabalho se caracteriza 
pela vivência de sentimentos (isolados ou associados) que ocorrem, com 
maior frequência, nas seguintes modalidades: aborrecimento, antipatia, 
aversão, constrangimento, contrariedade, decepção, desânimo, desconforto, 
descontentamento, desrespeito, embaraço, incômodo, indisposição, 
menosprezo, ofensa, perturbação, repulsa, tédio (FERREIRA, 2012, apud 
FERREIRA, 2014). 
 
16 
 
 
 
 
6 LAUDO ERGONÔMICO 
O Laudo ou Análise ergonômica é um documento que mostra os riscos 
ergonômicos do objeto, do posto ou do profissional. O Laudo Ergonômico é obrigatório 
a todas às empresas que possuem empregados, cujas atividades ou operações os 
expõem a riscos, que por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem em 
esforços de levantamento, transporte e descarga individual de materiais, ou outros 
que exigem postura forçada e ainda, esforços repetitivos. 
6.1 Objetivo do laudo ergonômico 
O laudo ergonômico tem por objetivo analisar as condições de trabalho dos 
setores administrativos e produtivos da empresa, ou mesmo de um estabelecimento 
particular como uma residência, sob os aspectos da Ergonomia e das condições 
Ambientais, visando fornecer subsídios para a empresa, ou para o solicitante, para 
implementar mudanças em sua organização e método de trabalho, no sentido de 
diminuir os riscos da ocorrência de acidentes e moléstias do trabalho. 
O laudo ou análise ergonômica identifica os riscos ergonômicos, bem como 
recomenda as intervenções e ou adaptações necessárias, seja no ambiente de 
trabalho, mobiliário, máquinas, equipamentos e ferramentas, ou nos processos de 
trabalho, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho 
eficiente, além de preservar a saúde do trabalhador e em especial as prevenir o 
acometimento das LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios 
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Hoje, muitas pessoas buscam a 
melhoria da sua qualidade de vida melhorando suas condições de vida e, uma dessas 
condições, é a melhoria de seus cuidados pessoais com sua coluna e seu complexo 
músculo- esquelético. 
É importante reconhecer que as empresas investem em ergonomia. Várias 
são as razões, pois além do projeto de retorno sobre o investimento, inclui a 
obrigação ética de fornecer um ambiente de trabalho seguro, de 
conformidade regulamentar, mantendo-se competitiva no mercado para os 
funcionários mais talentosos e de acordo com a negociação coletiva. 
(HUGHES, 2009, apud DEIMLING, 2014). 
 
17 
 
 
 
 
6.2 Avaliação dos riscos dos ambientes de trabalho 
Os Riscos dos ambientes de trabalho são avaliados de forma qualitativa, 
procedendo-se em seguida, o enquadramento de acordo com os dispositivos legais. 
6.3 Elaboração e assinatura do laudo de ergonômico 
Podemos avaliar se um dado ambiente ou condição de trabalho é perigoso 
através da avaliação dos riscos existentes, ou seja, analisando as possibilidades e 
probabilidades de que algum problema venha a ocorrer, como um acidente. 
O primeiro passo de uma análise de risco é identificar o risco, e somente um 
profissional qualificado que pode fazer tal tarefa, pois muitos riscos passariam 
despercebidos aos olhos de empregados, chefes e pessoas comuns. Esse é um dos 
motivos de existirem uma gama de profissionais de segurança no trabalho, pois 
existem especialistas para cada tipo específico de risco. 
Após a identificação do risco, é necessário agora quantificar e qualificar o risco, 
ou seja, vamos estudar e ver em que tipo de risco ele se enquadra, e o quão perigoso 
e quanto ele oferta risco ao trabalhador. 
O que deve ser feito caso seja constatado um risco em ambiente de trabalho. 
Tal estratégia serve para ambos tipos de risco. 
Quando o profissional de Segurança no Trabalho detecta um risco, obviamente 
o primeiro desejo e planejamento de ação é a eliminação do risco. Pois é óbvio que o 
ideal e mais indicado é que tal risco profissional não exista. 
Porém, um ambiente 100% livre de risco é praticamente impossível, fazendo 
bem pouco provável também uma eliminação total dos riscos. Sendo assim, o próximo 
passo é tentar reduzir ao máximo, neutraliza o quanto for possível os possíveis focos 
de risco e perigo. 
Avaliado, qualificado, quantificado e reduzido os riscos, é hora de proteger o 
trabalhador. Para isso, faz-se uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) 
e/ou EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva), que são itens básicos e 
importantíssimos na maioria das fábricas, indústrias, empresas e outros ambientes de 
trabalho. E por fim, em nada adianta somente reduzir, eliminar e proteger o 
 
18 
 
 
 
 
trabalhador, este deve ter ciência dos riscos. Para isto, é necessário que todos os 
trabalhadores sejam educados, orientados e treinados para as mais diversas 
situações, ambientes de trabalho bem como o uso de EPIs e EPCs. 
Por mais que se tenham ótimos profissionais de Segurança e Medicina Laboral, 
se um funcionário não obedecer às regras e orientações, os riscos de problemas 
aumentarão, bem como os acidentes. 
O Laudo Ergonômico deve ser realizado por equipe de especialistas em 
estudos ergonômicos e riscos ambientais à saúde, produzindo material descrito das 
operações, dos ambientes, dos equipamentos utilizados, que permitiu elaborar 
considerações e recomendações a respeito dos métodos e da organização do 
trabalho com relação às atividades inerentes à administração. O responsável pelo 
laudo é a pessoa que tem a habilitação para a função, ou seja, Engenheiro de 
Segurança do Trabalho que é o profissional“legalmente habilitado” na área de 
segurança do trabalho e devidamente credenciado junto ao CREA – Conselho 
Regional de Engenharia, o fisioterapeuta com especialização e conhecimento em 
Ergonomia, ou outro profissional que realmente tenha a especialização, a habilitação 
e a capacitação para fazer essa análise técnica. 
Da correta análise dependerá a correta adequação e a correta atenção ao 
profissional. Frente a qualquer fiscalização, e a qualquer situação ocupacional, é 
primordial que se tenha total confiança no profissional ou na equipe de profissionais 
que elabora esse laudo, mesmo sendo de total responsabilidade do proprietário da 
empresa a escolha deste profissional. 
O indivíduo tanto cria como mantém a sua cultura presente na sociedade. 
(STREY, 2003, apud LANE, 2006). 
Como é de se imaginar, o Laudo Ergonômico de uma estação de Trabalho deve 
ser direcionado a análise global do posto de trabalho, sempre levando em 
consideração o psicobiofísico do seu operador. 
O Laudo Ergonômico deve ser elaborado por posto de Trabalho individual, 
levando em consideração também, a empresa como um todo. Nada deve ser 
analisado de forma segmentada. 
 
19 
 
 
 
 
Conforme a NR 17, o objetivo do Laudo Ergonômico é estabelecer parâmetros 
para a adaptação das condições de trabalho as características psicofisiológicas dos 
trabalhadores. 
Temos, basicamente, 03 tipos de Laudos Ergonômicos: 
1 - Laudo Ergonômico do Objeto 
2- Laudo Ergonômico do Posto de Trabalho - AET 
3- Laudo Ergonômico Funcional - AET 
O Laudo Ergonômico que denominamos: Consciente. Deve ser realizado com 
estudos visando os 03 tipos de laudos acima mencionados para que se tenha uma 
real Avaliação Ergonômica do Posto - que pode ser de trabalho ou um simples local 
de lazer onde assistimos uma TV ou a dona de casa realiza seus trabalhos 
domésticos. 
A ergonomia deve estar presente no dia a dia de toda população para 
prevenção dos riscos aos quais se está exposto por problemas de má postura, falta 
de ventilação, falta de iluminação, tamanho inadequado de ferramentas, e outras 
milhares de situações que se traduzem por uma má condição de equilíbrio físico, 
emocional e postural. 
O desenvolvimento de um Laudo Ergonômico consta de: 
 Estudo detalhado dos processos utilizados no desenvolvimento das 
atividades; 
Avaliações qualitativa e quantitativa dos riscos ergonômicos; 
Avaliação do mobiliário e equipamentos frente as atividades (hora x homem x 
trabalho); 
- Aferição e análise das condições ambientais dos locais de 
trabalho; (esquecido por muitos profissionais que elaboram o LE. 
- Aferição e análise do psico-biofísico do operador 
- Recomendações técnicas para melhoria das condições de trabalho. 
- Implantação de medidas de controle; 
- Treinamentos e cursos sobre ergonomia; 
- Mobilizações simples como a "Ginástica do Gato". 
 
20 
 
 
 
 
6.4 Validade do laudo ergonômico 
A exemplo do PPRA conforme subitem 9.2.1.1. Da NR-09, deverá ser efetuada, 
sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do Laudo 
Ergonômico para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes 
necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. Evidentemente, se 
houverem modificações no posto, no trabalho ou no usuário, o laudo deve ser refeito. 
Em primeiro lugar, o LTCAT não tem obrigatoriedade legal de renovação anual. 
Antes de falar do Laudo Ergonômico, é interessante frisar que essa explicação 
é geral e que é necessário que se entenda o valor do Laudo. 
O PPRA (programa de Prevenção de Riscos Ambientais) é um Programa, com 
a finalidade de reconhecer e reduzir e/ou eliminar os riscos existentes no ambiente de 
trabalho. Esse relatório serve de base para a elaboração do PCMSO (Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional). 
Por conta de especificação contida na NR9, o PPRA precisa ser revisto e 
renovado anualmente. 
A discussão acerca das consequências das pressões sofridas pelos 
trabalhadores em seus postos de trabalho, nas organizações, é tema 
recorrente de algumas produções científicas e isso pode acarretar uma série 
de inquietações e, até mesmo doenças, a esses profissionais, uma vez que 
a competitividade existente no mercado, impulsionada pelos avanços 
tecnológicos, determinam mudanças no mundo do trabalho, o que pode ser 
um fator gerador de estresse. (LIPP, 2010, apud PAULA, 2016). 
O LTCAT é um Laudo, elaborado com o intuito de se documentar os agentes 
nocivos existentes no ambiente de trabalho e concluir se estes podem gerar 
insalubridade para os trabalhadores eventualmente expostos. 
Esses laudos somente serão renovado caso sejam introduzidas modificações 
no ambiente de trabalho e de acordo com o parágrafo 3º do Art. 58 d Lei 8213/91 com 
o texto dado pela Lei 9528/97 a empresa que não mantiver laudo técnico atualizado 
com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus 
trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em 
desacordo com o respectivo laudo, estará sujeito à penalidade prevista no Art. 133 
 
21 
 
 
 
 
desta Lei, que foi republicada na MP 1596-14 de 10.11.97 e convertida na Lei 9528 
de 10.12.97. 
O LTCAT, assim como o PPRA, deve estar disponível na empresa para análise 
dos Auditores Fiscais da Previdência Social, Médicos e Peritos do INSS, dos 
profissionais, entre outros, devendo ser realizadas as alterações necessárias no 
mesmo, sempre que as condições de nocividade se alterarem, guardando-se as 
descrições anteriormente existentes no referido Laudo, juntamente com as novas 
alterações introduzidas, datando-se adequadamente os documentos, quando tais 
modificações ocorrerem. 
Resumindo O LTCAT tem validade indefinida, atemporal, ficando atualizado 
permanentemente, enquanto o “layout” da empresa não sofrer alterações. 
A Norma Regulamentadora – NR-15 (Lei nº 6514/77 – Portaria nº 12/83) 
estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todas as 
empresas que admitam empregados que estejam expostos a agentes nocivos à sua 
saúde. 
No caso de a empresa não possuir o Laudo de Insalubridade ou estar vencido, 
estará sujeita as sanções legais. A NR-28 prevê multa com valor de até 6.304 UFIR 
para descumprimentos das normas de segurança do trabalho. 
Legislação pertinente: Lei nº 6.514, de 22/12/1977; Portaria nº 3214, de 
08/06/1978; Portaria nº 12, de 06/06/1983- Norma regulamentadora NR-15 – 
Atividades e Operações Insalubres. 
6.5 Laudos médicos 
“Pericia é o exame de situações ou fatos relacionados a coisas e pessoas, 
praticado por especialista na matéria que lhe é submetida, com o objetivo de 
elucidar determinados aspectos técnicos”.( BRANDMILLER, 1996, apud 
LASMAR, 2012). 
 Conforme a NR 17, o objetivo do Laudo Ergonômico é estabelecer parâmetros 
para a adaptação das condições de trabalho as características psicofisiológicas dos 
trabalhadores. 
 
22 
 
 
 
 
A exemplo do PPRA conforme subitem 9.2.1.1. Da NR-09, deverá ser efetuada, 
sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do Laudo 
Ergonômico para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes 
necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. Evidentemente, se 
houverem modificações no posto, no trabalho ou no usuário, o laudo deve ser refeito. 
Temos basicamente 3 tipos de laudos ergonômicos: 
1 - Laudo Ergonômico do Objeto: esse laudo apenas é renovado pois o objeto 
não muda sua estrutura 
2- Laudo Ergonômico do Posto de Trabalho (AET): este laudo muda quando a 
conformação do posto é modificada, ou seja, caso haja mudanças de Layout, se não 
ocorrerem essas mudanças ele apenas é renovado a cada ano para se atestar que 
não houve mudanças 
3- Laudo Ergonômico Funcional: da mesma forma, se o trabalhador modificar 
seu posto ou o objeto de sua atividade, haverá um novo laudo para aquela 
determinada função exercida pelo determinado funcionárioe a renovação deve ser 
realizada imediatamente a mudança funcional. 
Sempre que uma renovação é feita, é constatada que não houveram mudanças 
desde a última análise realizada. 
A exemplo do PPRA, os dados deverão ser mantidos por um período mínimo 
de 20 (vinte) anos. 
A Norma Regulamentadora – NR-17 – Ergonomia (Lei nº 6514/77 – Portaria nº 
3751/90) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de 
todas as empresas que admitam empregados que estejam expostos a riscos 
ergonômicos. 
6.6 Profissionais habilitados a ergonomista 
Qualquer graduação habilita o profissional a fazer a pós-graduação na área ou 
seja - ser ergonomista. Esse tema tem sido amplamente debatido e está em vias de 
regulamentação visto tantos problemas que estão surgindo no mercado e que 
acreditamos, com o advento do e social estarão se agravando acentuadamente 
 
23 
 
 
 
 
Paralelamente a ergonomistas insensatos, nos deparamos com profissionais 
de outras áreas que fazem a especialização apenas para poder tentar entender e até 
acompanhar certos profissionais "especialistas". 
Temos encontrado profissionais e profissionais, como em todas as áreas 
acontece, mas que na ergonomia mais se acentua exatamente por ser uma profissão 
recente, sem regulamentação acadêmica e com muitas oportunidades de campo. 
Na formação do fisioterapeuta, está garantido o exercício da atuação em 
Ergonomia através da RESOLUÇÃO n°. 403/2011, RESOLUÇÃO Nº 403 DE 18 DE 
AGOSTO DE 2011 que formaliza a Especialidade Profissional de Fisioterapia do 
Trabalho e dá outras providências. 
Art. 3º Para o exercício da Especialidade Profissional de Fisioterapia do 
Trabalho é necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas de Competência: 
I – Realizar consulta fisioterapêutica, anamnese, solicitar e realizar 
interconsulta e encaminhamento; 
II – Realizar avaliação física e cinésio-funcional; 
III – Avaliar as condições ergonômicas; 
IV – Realizar análise ergonômica do trabalho; 
V – Elaborar, implantar, coordenar e auxiliar os Comitês de Ergonomia; 
VI – Estabelecer nexo de causa cinesiológica funcional ergonômica; 
VII – Implementar cultura ergonômica e em Saúde do Trabalhador; 
VIII – Avaliar a qualidade de vida no trabalho; 
IX – Participar da elaboração de projetos e Programa de Qualidade de Vida e 
Saúde do Trabalhador; 
X – Elaborar, auxiliar, implantar e/ou gerenciar programas ou ações 
relacionadas a saúde geral e bem-estar do trabalhador, específicos a gestantes, 
hipertensos, sedentários, obesos entre outros; 
XI – Implementar ações de concepção, correção e conscientização 
relacionadas a saúde e segurança do trabalho, ergonomia entre outras; 
XII – Analisar e adequar fluxos e processos de trabalho; 
XIII – Avaliar e adequar às condições de trabalho as habilidades e 
características do trabalhador; 
 
24 
 
 
 
 
XIV – Avaliar e adequar ambientes e postos de trabalho; 
XV – Analisar, estabelecer e adequar as pausas e outros mecanismos 
regulatórios; 
XVI – Analisar e organizar rodízios de tarefas; 
XVII – Avaliar e promover melhora do desempenho morfofuncional no trabalho; 
XVIII – Atuar em programas de reabilitação profissional, reintegrando o 
trabalhador à atividade laboral; 
XIX – Solicitar, aplicar e interpretar escalas, questionários e testes funcionais; 
XX – Solicitar, realizar e interpretar exames complementares; 
XXI – Determinar diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico; 
XXII – Planejar e executar medidas de prevenção e redução de risco; 
XXIII – Prescrever e executar recursos terapêuticos manuais; 
XXIV – Prescrever, confeccionar, gerenciar órteses, próteses e tecnologia 
assistiva; 
XXV – Utilizar recursos de ação isolada ou concomitante de agente cinésio-
mecanoterapêutico, massoterapêutico, termoterapêutico, crioterapêutico, 
fototerapêutico, eletroterapêutico, sonidoterapêutico, aeroterapêuticos entre outros; 
XXVI – Determinar as condições de alta fisioterapêutica; 
XXVII – Prescrever a alta fisioterapêutica; 
XXVIII – Registrar em prontuário consulta, avaliação, diagnóstico, prognóstico, 
tratamento, evolução, interconsulta intercorrências e alta fisioterapêutica; 
XXIX – Emitir laudos de nexo de causa laboral, pareceres, relatórios e 
atestados fisioterapêuticos; 
XXX – Atuar junto às CIPA (Comissões Internas de Prevenção de Acidente do 
Trabalho); 
XXXI – Auxiliar e participar das SIPATs (Semanas Internas de Prevenção de 
Acidentes do Trabalho), SIPATR (Semanas Internas de Prevenção de Acidentes no 
Trabalho Rural), entre outros; 
XXXII – Auxiliar e participar na elaboração e atividades do PPRA (Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais), entre outros; 
 
25 
 
 
 
 
XXXIII – Elaborar, auxiliar, participar, implantar e /ou coordenar programas e 
processos relacionados à Saúde do Trabalhador, Acessibilidade e Meio Ambiente; 
XXXIV – Realizar atividades de educação em todos os níveis de atenção à 
saúde, e na prevenção de riscos ambientais, ecológicos e ocupacionais. 
XXXV – Avaliar, estabelecer, implantar e gerenciar programas e processos de 
Ginástica Laboral; 
XXXVI – Ensinar e corrigir modo operatório laboral; 
XXXVII – Elaborar e desenvolver programas preventivos e de promoção em 
saúde do trabalhador; 
XXXVIII – Realizar ou participar de pericias e assistências técnicas judiciais 
entre outras; 
XXXIX – Elaborar, implantar e gerenciar programas de processos e produtos 
relacionados à Tecnologia Assistiva; 
XL – Auxiliar e participar dos processos de certificação ISO, OHSAS, entre 
outros; Art. 4º. 
O exercício profissional do Fisioterapeuta do Trabalho é condicionado ao 
conhecimento e domínio das seguintes áreas e disciplinas, entre outras: 
I – Anatomia geral dos órgãos e sistemas; 
II – Ergonomia; 
III – Doenças Ocupacionais ou Relacionadas ao Trabalho; 
IV – Biomecânica Ocupacional; 
V – Fisiologia do Trabalho; 
VI – Saúde do Trabalhador; 
VII – Legislação em Saúde e Segurança do Trabalho; 
VIII – Legislação Trabalhista; 
IX – Sistemas de Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho; 
X – Organização da Produção e do Trabalho; 
XI – Aspectos Psicossociais e Cognitivos Relacionados ao Trabalho; 
XII – Estudo de Métodos e Tempos; 
XIII – Higiene Ocupacional; 
XIV – Ginastica Laboral; 
 
26 
 
 
 
 
XV – Recursos Terapêuticos Manuais; 
XVI – Órteses, próteses e tecnologia assistiva; 
XVII – Acessibilidade e Inclusão; 
XVIII – Administração e Marketing em Fisioterapia do Trabalho; 
XIX – Humanização; 
XX – Ética e Bioética. 
A titulação dessa especialidade se dá através de critérios estabelecidos na 
Resolução nº 377/2010 onde os profissionais de fisioterapia com comprovação de 
formação na área de saúde do trabalho, fisioterapia do trabalho ou ergonomia, 
submetem-se a provas de títulos e de conhecimento para obterem o título de 
especialista e obterem qualificação reconhecida pelo seu conselho de executarem os 
dispostos na resolução. 
Essa prova de titulação acontece em eventos oficiais, instituições ou 
associações como a ABRAFIT, Associação Brasileira de fisioterapia do trabalho, 
certificando então capacitação desses profissionais para executarem os trabalhos de 
Ergonomia e outros citados nos itens da resolução citados anteriormente. 
Portanto, é recomendável que se conheça a qualificação profissional e seu 
reconhecimento legal da formação na área de Ergonomia para a validação da 
responsabilidade técnica das análises de ergonômicas realizadas nas empresas. 
 
27 
 
 
 
 
7 RISCOS ERGONÔMICOS 
 
Fonte: vivafonte.com 
Riscos ergonômicos são todas as condições que afetam o bem-estar do 
indivíduo, sejam elas físicas, mentais ou organizacionais. Podem ser compreendidas 
como fatores que interferem nas características psicofisiológicas do profissional, 
provocando desconfortos e problemas de saúde. São exemplos de riscos 
ergonômicos: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, 
repetitividade, postura inadequada. 
Grandeparte das doenças ocupacionais se desenvolve devido aos riscos 
ergonômicos presentes no ambiente de trabalho. O colaborador passa muitas horas 
dentro da empresa e, na maioria das vezes, permanece o dia inteiro no mesmo 
ambiente e na mesma posição. Esse padrão, somado à repetitividade das atividades, 
pode se tornar um risco para o colaborador, comprometendo sua saúde física e 
psicológica, podendo levá-lo, inclusive, ao adoecimento. 
A manifestação individual ou coletiva do mal-estar no trabalho se caracteriza 
pela vivência de sentimentos (isolados ou associados) que ocorrem, com 
maior frequência, nas seguintes modalidades: aborrecimento, antipatia, 
aversão, constrangimento, contrariedade, decepção, desânimo, desconforto, 
descontentamento, desrespeito, embaraço, incômodo, indisposição, 
menosprezo, ofensa, perturbação, repulsa, tédio (FERREIRA, 2012, apud 
FERREIRA, 2015). 
 
28 
 
 
 
 
Os prejuízos decorrentes de uma doença ocupacional, ou seja, quando a 
pessoa adoece devido às suas atividades laborais, são grandes. Isso implica para a 
empresa gastos com médicos e afastamentos, além de maiores índices de 
absenteísmo e desmotivação da equipe. 
7.1 Repetição 
 Repetitividade dos movimentos e das atividades laborais pode provocar fadiga 
e desgaste, tanto físico quanto psicológico, dos colaboradores. 
No aspecto físico, ocorre o compromete do sistema musculoesquelético, 
podendo surgir lesões e inflamações. A maioria desses problemas faz parte das 
Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou dos Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho (DORT). São questões crônicas ou lesões causadas pela 
atividade repetitiva no trabalho e que trazem sérias consequências para a qualidade 
de vida do trabalhador. 
7.2 Postura inadequada 
Uma postura incorreta pode ocasionar lesões, fadiga e enfraquecimento de 
certas regiões do corpo como pulso, ombros, coluna e lombar. Assim, há um 
comprometimento do sistema osteomuscular, que pode desencadear o surgimento de 
LER/DORT. 
Para ter as condições corretas do tronco, braços e pernas, estas estejam em 
posturas naturais. Para ter-se um trabalho eficiente, é imprescindível a 
adaptação do local de trabalho às medidas do corpo humano. Para tanto 
utilizam-se as medidas antropométricas. (KROEMER, 2005, apud 
DEIMLING, 2014). 
Se essa postura incorreta estiver associada à repetitividade do trabalho, pode 
ser ainda pior para a saúde do colaborador, facilitando ainda mais o surgimento de 
consequências diversas. 
Em ambientes em que é necessário trabalhar sentado, por exemplo, é 
fundamental que a cadeira dê total sustentação à coluna, além de garantir que as 
 
29 
 
 
 
 
pernas fiquem em um ângulo de 90°. Os cotovelos também devem ficar nessa 
posição, sendo apoiados corretamente na mesa logo à frente. 
No caso de trabalho feito em pé, o ideal é que a configuração de todos os 
móveis seja de tal forma que leve em consideração a altura e essas necessidades. 
Além disso, vale a pena estimular os colaboradores a terem uma postura adequada. 
7.3 Iluminação inadequada 
A luminosidade inadequada pode provocar danos aos colaboradores, tanto em 
níveis excessivos de luz como em níveis insuficientes. 
Podemos citar problemas de visão, dores de cabeça, irritação e estresse, além 
de favorecer erros que podem levar à ocorrência de acidentes de trabalho. 
Um ambiente excessivamente iluminado de maneira natural pode ter níveis de 
radiação UV muito intensos, causando possíveis problemas na saúde do colaborador. 
Já a falta de iluminação faz com que o ambiente seja quase insalubre, contribuindo 
para o que é conhecido como vista cansada. 
A NR 17 estabelece parâmetros considerados seguros para que o ambiente de 
trabalho seja iluminado corretamente e isso deve ser seguido. Uma das questões mais 
importantes é que a iluminação deve ser planejada de modo a evitar reflexos ou 
ofuscamentos, garantindo o campo de visão do trabalhador. 
Para tanto, ela deve ser difusa — ou seja, não deve ser intensa e direta —, 
além de ser bem distribuída por todo o ambiente, evitando cantos escuros ou que são 
excessivamente iluminados. 
7.4 Ritmo excessivo de trabalho/ jornada de trabalho prolongada 
Mesmo cumprindo a carga horária previamente estabelecida, o colaborador 
pode ter um ritmo muito intenso de trabalho. Isso acontece quando ele precisa cumprir 
prazos muito curtos ou deve assumir uma grande quantidade de tarefas, fazendo com 
que ele trabalhe de maneira muito mais intensa do que o normal. 
https://www.reliza.com.br/blog/2017/estao-de-olho-saiba-por-que-voce-que-trabalhar-em-pe-precisa-usar-o-tapete-antifadiga/
 
30 
 
 
 
 
Tal situação pode levar o colaborador ao estresse físico e psicológico e, 
consequentemente, sua disposição e seu sistema imunológico são afetados. 
Assim, a pessoa fica com a saúde fragilizada e podem surgir distúrbios e 
doenças como ansiedade, depressão, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, 
úlceras e gastrites. 
As doenças ocupacionais (e muitas doenças que, embora não sejam 
consideradas ocupacionais, são derivadas de estresse emocional 
relacionado ao trabalho) surgem quando o trabalhador é exposto aos riscos, 
físicos ou emocionais, da atividade que desenvolve, conforme o Manual de 
Procedimentos para os Serviços de Saúde do Ministério da Saúde (2001, p. 
28), que relata que entre os agravos específicos que provocam o afastamento 
do trabalho, “estão incluídas as ‘doenças profissionais’ para as quais se 
considera que o trabalho ou as condições em que ele é realizado constituem 
causa direta. (BRASIL, 2001, apud PAULA, 2016). 
Outro problema semelhante acontece no caso de jornadas de trabalho 
prolongadas, especialmente quando não são previamente acordadas. Quando o 
trabalhador precisa ultrapassar o seu horário de trabalho, fazendo uma jornada de 10 
ou 12 horas, por exemplo, ele está passando por um risco ergonômico. 
Nesses casos, o esforço mental e/ou físico exagerado pode levar a fadiga, 
estresse, lesões e surgimentos de vários distúrbios. De maneira crônica, as chances 
são de que ocorra a síndrome do burnout (como é conhecido, atualmente, o 
esgotamento profissional). 
Isso diminui a produtividade porque compromete a motivação e a própria 
capacidade de executar tarefas e solucionar problemas que surjam no ambiente de 
trabalho. No caso de jornada noturna, a empresa ainda pode se ver gastando mais 
com horas extras, sem observar resultados efetivos nesse sentido. 
7.5 Levantamento e manuseio de cargas 
Realizar o levantamento ou a movimentação manual de cargas é uma atividade 
de risco para a saúde física do colaborador, pois quando é exercida de maneira 
incorreta, pode provocar lesões no seu sistema musculoesquelético. 
 
31 
 
 
 
 
Assim, podem surgir dores intensas na coluna, na região lombar, nos ombros, 
nos braços e nos pulsos. O levantamento de cargas de maneira continuamente 
inadequada também pode provocar a incidência de LER e DORT. 
Com o tempo, o colaborador pode ter comprometimentos sérios, que o 
conduzirão a um afastamento temporário ou, em casos mais graves, um afastamento 
permanente de suas atividades por incapacidade física. 
Esse tipo de ação deve ser combatido e o colaborador jamais deve ser 
estimulado a realizar o levantamento de um peso que seja maior do que sua 
capacidade ou que possa, claramente, provocar algum tipo de lesão ou consequência 
para o organismo. 
Também é indispensável que a postura na execução dessa tarefa seja a 
correta, evitando que determinadas regiões da coluna sejam mais exigidas do que 
outras, por exemplo. 
8 PREVENÇÃO DOS RISCOS ERGONÔMICOS 
Os riscos ergonômicos podem comprometer seriamente a saúde do 
colaborador. Assim, surgem prejuízos no seu desempenho, o que prejudica toda a 
cadeia produtiva da empresa. Dessa forma, evitar e prevenir os riscos ergonômicos 
não é só uma necessidade, mas também uma exigência da legislação trabalhista 
brasileira. 
O Ministériodo Trabalho e Emprego, junto a entidades e associações 
trabalhistas, criou uma série de normas que devem ser seguidas pelas empresas para 
proteger a saúde do trabalhador. 
Segundo os dados do Ministério da Previdência, o número de acidentes de 
trabalho no Brasil apresentou uma redução de 7,2% entre 2008 e 2010, 
caindo de 755.980 ocorrências para 701.4966. (BRASIL, 2012, apud 
PEDROSA, 2016). 
Devido ao grande número de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais no 
Brasil, foi criada uma norma regulamentadora específica para a ergonomia: a NR-17. 
https://beecorp.com.br/blog/nr-17-pode-reduzir-absenteismo/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
 
32 
 
 
 
 
Ela visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições 
de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a 
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Para que 
isso aconteça, a legislação exige que seja feita a Análise Ergonômica do Trabalho 
(AET). 
Outro ponto é a ginástica laboral, que visa um melhor desempenho do 
trabalhador, tanto físico, quanto mental. 
8.1 Ginástica laboral 
A Ginástica Laboral atua como uma grande aliada da ergonomia nas empresas 
e contribui diretamente para que o trabalhador obtenha as condições físicas e 
psicológicas necessárias para a execução de suas tarefas. 
Os exercícios têm como base os movimentos dos trabalhadores no seu dia a 
dia. Assim, eles melhoram a postura e a capacidade muscular. Com uma vida mais 
ativa, é possível melhorar também o foco e a disposição. Quando estamos mais 
alegres e dispostos, também nos concentramos mais. 
Sendo assim, é fundamental que a empresa ofereça momentos em que o 
colaborador pode executar esses exercícios. É muito comum, por exemplo, que essa 
ginástica seja feita em grupo e em momentos de pausa. 
Além de ajudar na proteção do organismo, é uma forma de estimular a 
socialização, de modo a contribuir ainda mais para os resultados almejados. 
A ginástica laboral pode ser dividida em três fases. A ginástica preparatória, a 
ginástica compensatória e a ginástica de relaxamento. 
No Brasil a GL teve início no Rio de Janeiro. Foi implantada em 1969 por uma 
indústria de construção naval (Ishikavajima) estaleiros. Nesse período a GL 
eram realizadas por executivos japoneses (nipônicos), nessa época os 
exercícios eram indicados para correção postural, e melhora do 
funcionamento do aparelho respiratório (DEUTSCH, 2012, apud CARNEIRO, 
2016). 
Ginástica preparatória: Pode ser realizada no início da jornada, com duração 
de 10 a 20 minutos. O objetivo principal é preparar o funcionário para sua tarefa, 
aquecendo os grupos musculares que serão solicitados nas suas tarefas e 
 
33 
 
 
 
 
despertando-os para que se sintam mais dispostos ao iniciar o trabalho. Ela aumenta 
a circulação sanguínea a nível muscular para ativar o corpo, oxigenar a musculatura, 
despertar a mente e aumentar a disposição e capacidade de concentração. Os 
exercícios podem ser realizados também durante o expediente. 
Ginástica compensatória: Também tem duração de 10 a 20 minutos, 
interrompendo a monotonia operacional, aproveitando pausas para executar 
exercícios específicos de compensação aos esforços repetitivos e às posturas 
inadequadas nos postos operacionais. 
Ginástica de relaxamento: Os exercícios de alongamento realizados neste 
momento têm o objetivo de oxigenar as estruturas musculares envolvidas na tarefa 
diária, evitando o acúmulo de ácido lático e prevenindo as possíveis instalações de 
lesões. 
Profissionais de Educação Física e Fisioterapia, especializados nesse tipo de 
exercício, conduzem as práticas que podem ser feitas dentro do escritório, na estação 
de trabalho de cada colaborador. 
Os profissionais buscam adaptar os exercícios a cada tipo de público e 
ambiente, atentando-se às atividades que o colaborador desenvolve e como os 
exercícios podem ajudar. Os exercícios são simples, baseados em alongamentos e 
feitos de maneira rápida para não se tornarem maçantes. 
8.2 Benefícios 
Os benefícios são muitos, mas podemos citar como principal a prevenção de 
problemas osteomusculares, como algias na coluna vertebral, nos pulsos e nos 
braços. Além do fortalecimento muscular que permite que o trabalhador se mantenha 
em uma postura adequada. A ginástica laboral minimiza também o estresse e melhora 
a integração da equipe; diminui os índices de afastamento médico e gastos com 
despesas médicas; aumenta a qualidade de vida no trabalho; otimiza a rotina dos 
trabalhadores; minimiza a sensação de fadiga e esgotamento ao fim do dia; diminui 
riscos de acidentes de trabalho; leva a ativação cerebral, aumentando assim o foco, a 
 
34 
 
 
 
 
concentração e à disposição; melhora a imagem da instituição para empregados e 
sociedade. 
A ginástica laboral é uma estratégia que tem sido adotada com o intuito de 
diminuir acidentes de trabalho e absenteísmo por doenças osteomusculares. 
Estudos reforçam que a ginástica laboral inserida na rotina das empresas 
apresenta resultados positivos, como aumento da produtividade, melhor 
disposição para o trabalho, melhora da conscientização corporal e a interação 
social. (SILVA, 2011, apud PEDROSA, 2016). 
9 A ORGANIZAÇÃO TAYLORISTA DO TRABALHO 
O termo Taylorismo faz referência ao engenheiro norte-americano Frederick 
Taylor (1856-1915), considerado um dos fundadores da Administração Científica. 
Taylor foi pioneiro ao desenvolver um modelo de administração no qual a empresa é 
considerada sob olhar científico. O interesse por este tipo de gestão iniciou quando o 
mesmo ainda era operador de máquina na "Midvale Steel", na Filadélfia. Baseando-
se na observação dos métodos de trabalho dos operários, descobriu que, sob um 
ritmo de trabalho controlado, os operários eram muito mais produtivos. 
Em 1885, Taylor se formou engenheiro mecânico e em 1906, tornou-se 
Presidente da "American Society of Mechanical Engineering". Suas ideias 
influenciariam de forma definitiva a Segunda Revolução Industrial. 
O taylorismo emprega basicamente cinco princípios, a saber: substituição de 
métodos baseados na experiência por metodologias cientificamente testadas; seleção 
e treinamento rigoroso dos trabalhadores, de modo a descobrir suas melhores 
competências, as quais devem ser continuamente aperfeiçoadas; supervisão contínua 
do trabalho; execução disciplinada das tarefas, de modo a evitar desperdícios; 
fracionamento do trabalho na linha de montagem para singularizar as funções 
produtivas de cada trabalhador, diminuindo assim sua autonomia. 
O paradigma conhecido pelo desenvolvimento liberal globalizado a partir de 
1970 provocou uma turbulência global com a desregulamentação no sistema 
capitalista, atores do mercado emergem e a valoração do capital passa a não 
ser exclusiva da produção, mas também, da acumulação financeira dos 
papéis. A partir dessa década ocorre um predomínio crescente dos capitais 
de aplicação financeira em relação a totalidade dos capitais que circulam a 
economia mundial (DINIZ, et al, 2017, apud LIMA, 2018). 
https://www.todamateria.com.br/segunda-revolucao-industrial/
 
35 
 
 
 
 
10 NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17) 
Sugestões pontuais para alterações da Norma Regulamentadora 17 foram 
apresentadas em um seminário convocado pelo Ministério do Trabalho, (no 
período de 1988 e 1989), porém as melhorias não alteravam a estrutura da 
norma atual e não mencionavam o controle da cadência e do ritmo do 
processo produtivo de forma concreta (BRASIL, 2002, apud PARIS, 2017). 
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que 
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas 
dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficiente. 
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao 
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentose 
às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. 
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise 
ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de 
trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora. 
Subitem 17.1.2, afirma que “para avaliar a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao 
empregador realizar a análise ergonômica do trabalho”, portanto é de 
responsabilidade do empregador a aplicação da análise ergonômica do 
trabalho - AET (BRASIL, 2015, apud PARIS, 2017). 
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais. 
 17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora: 
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso 
da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o 
levantamento e a deposição da carga. 
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada 
de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual 
de cargas. 
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 
dezoito anos e maior de quatorze anos. 
 
36 
 
 
 
 
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, 
por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua 
segurança. 
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de 
cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto 
aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e 
prevenir acidentes. 
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão 
ser usados meios técnicos apropriados. 
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o 
transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente 
inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua 
segurança. 
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de 
vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão 
ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja 
compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua 
segurança. 
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento 
mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico 
realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não 
comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho. 
 17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o 
posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. 
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as 
bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador 
condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes 
requisitos mínimos: 
 
37 
 
 
 
 
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo 
de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura 
do assento; 
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; 
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e 
movimentação adequados dos segmentos corporais. 
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos 
requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para 
acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil 
alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do 
trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser 
executado. 
A NR-17, a qual versa sobre Ergonomia, que segundo a Ergonomics 
Research Society (1949), pode ser explicada como “ciência que estuda a 
relação entre o Homem e o trabalho que executa, procurando desenvolver 
uma integração perfeita entre as condições de trabalho, as capacidades e 
limitações físicas e psicológicas do trabalhador e a eficiência do sistema 
produtivo. ” (SILVA, et al, 2010, apud DE SOUZA, 2019). 
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos 
seguintes requisitos mínimos de conforto: 
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; 
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; 
c) borda frontal arredondada; 
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região 
lombar. 
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, 
a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, 
que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. 
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, 
devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados 
por todos os trabalhadores durante as pausas. 
17.4. Equipamentos dos postos de trabalho. 
 
38 
 
 
 
 
 17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem 
estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza 
do trabalho a ser executado. 
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, 
datilografia ou mecanografia deve: 
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado 
proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação 
frequente do pescoço e fadiga visual; 
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo 
vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque 
ofuscamento. 
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com 
terminais de vídeo devem observar o seguinte: 
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do 
equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar 
corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; 
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador 
ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; 
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de 
maneira que as distâncias olho- tela, olho- teclado e olho-documento sejam 
aproximadamente iguais; 
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. 
17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com 
terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as 
exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas 
e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho. 
17.5. Condições ambientais de trabalho. 
 17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às 
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser 
executado. 
 
39 
 
 
 
 
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam 
solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, 
escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são 
recomendadas as seguintes condições de conforto: 
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma 
brasileira registrada no INMETRO; 
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus 
centígrados); 
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; 
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. 
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no 
subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas 
relacionadas na NBR 10152,o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de 
até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB. 
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos 
postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva 
e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador. 
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, 
natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. 
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. 
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de 
forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais 
de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma 
brasileira registrada no INMETRO. 
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, comprovou que pessoas que 
se sentam próximos a janelas tem menos 23% de chances de dores e 
desconforto. “Realizando a limpeza de paredes, tetos e pisos e utilizar cores 
claras no ambiente de trabalho e estudo, melhoram a iluminação do local e 
você se sentirá mais confortável e disposto no seu local de trabalho. ” (IBAM, 
2011, apud DE SOUZA, 2019). 
 
40 
 
 
 
 
17.6. Organização do trabalho. 17.6.1. A organização do trabalho deve ser 
adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do 
trabalho a ser executado. 
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em 
consideração, no mínimo: 
a) as normas de produção; 
b) o modo operatório; 
c) a exigência de tempo; 
d) a determinação do conteúdo de tempo; 
e) o ritmo de trabalho; 
f) o conteúdo das tarefas. 
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica 
do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise 
ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: 
a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de 
remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as 
repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; 
b) devem ser incluídas pausas para descanso; 
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou 
superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno 
gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento. 
17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo 
o disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: 
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos 
trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual 
de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e 
vantagens de qualquer espécie; 
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser 
superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta 
NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; 
 
41 
 
 
 
 
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite 
máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o 
trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da 
Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, 
nem esforço visual; 
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 
10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de 
trabalho; 
e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou 
superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques 
deverá ser iniciada em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser 
ampliada progressivamente. 
11 PARÂMETROS ERGONÔMICOS MÍNIMOS DO MOBILIÁRIO 
 
Fonte: vivendodecoracao.com.br 
11.1 Mesa de trabalho 
 As dimensões devem atender às características antropométricas do usuário 
(para o que podem ser necessários acessórios para garantir sua adaptação como, por 
 
42 
 
 
 
 
exemplo, apoios para os pés) assim como às características do local e do trabalho a 
ser realizado. 
A avaliação da ergonomia acontece, a partir de dois pontos bastante 
específicos, como “a avaliação sob critérios científicos acerca de suas 
modelagens e formulações de problemas do trabalho e avaliação sob critérios 
econômico-sociais do valor de suas propostas de soluções” (VIDAL, 2010, 
apud PAULA, 2016). 
– Altura entre 68 e 75 cm, com variação de 1,5 cm. A altura ideal de uma mesa 
fixa deve ser de aproximadamente a altura do cotovelo ao se estar sentado com o 
apoio adequado de todo o pé do usuário no chão; 
– Profundidade de aproximadamente 80 cm, possibilitando espaço confortável 
para movimentação das pernas do trabalhador; 
– Superfícies em cor de tom pastel ou de madeira natural (cor clara), 
proporcionam contrastes mais adequados entre a mesa e papéis; 
– Acabamentos foscos são preferíveis aos brilhantes (que podem propiciar 
reflexos); 
– Borda anterior (que entra em contato com o antebraço do trabalhador) 
arredondada (para evitar compressão de estruturas do antebraço); 
 – É preferível que as gavetas não sejam fixas na mesa; gaveteiros possibilitam 
serem colocados onde forem mais convenientes (à direita ou esquerda) e facilitam 
futuras mudanças de layout; gavetas leves, com rodízios deslizantes. O último nível 
de gavetas deve ter seu puxador a pelo menos 40 cm do chão. 
11.2 Mesas para trabalho em computador 
– O mouse deve ficar ao lado e no mesmo nível do teclado, com espaço em 
torno do teclado suficiente para apoio dos punhos nos intervalos da digitação. A altura 
do teclado e do mouse deve garantir que a digitação se dê com ombros e braços 
relaxados, braços ao longo do corpo, ângulo dos cotovelos igual ou ligeiramente maior 
de 90º; pode variar entre 60 e 74 cm de altura. Teclado e mouse NÃO podem ficar 
mais altos do que os cotovelos. A avaliação da altura ideal deve levar em conta a 
regulagem da altura do assento da cadeira. Após a regulagem da altura da cadeira 
 
43 
 
 
 
 
deve-se garantir apoio confortável dos pés do usuário preferencialmente no chão, ou 
em suporte. 
– Suporte retrátil geralmente é útil para garantir a adequação da altura do 
teclado e do mouse; deverá ter no mínimo 65 cm de comprimento e profundidade 
suficiente para garantir 30 cm de área útil, instalado abaixo do tampo da mesa; 
– Apoio adequado dos pés do usuário é importante para a adoção de posturas 
corporais corretas; um suporte para os pés dos trabalhadores de baixa estatura pode 
ser necessário quando não for possível adequar a altura do suporte de teclado e 
mouse; 
– Profundidade: deve haver espaço suficiente para as pernas embaixo da 
mesa, evitando a colocação da CPU, de impressoras ou outros materiais; 
– Superfícies em cor de tom pastel, de madeira natural (cor clara), proporcionam 
contrastes mais adequados entre a mesa e papéis; 
– Acabamentos foscos são preferíveis aos brilhantes (que podem propiciar 
reflexos); 
– Borda anterior (que entra em contato com o antebraço do trabalhador) 
arredondada (para evitar compressão de estruturas do antebraço); 
 É importante verificar o comprimento dos cabos do monitor, teclado e mouse 
e a distância em que será posicionado o computador. O computador deverá ser 
colocado sobre suporte ou posicionado de modo a protegê-lo da umidade do solo e 
“das vassouras”. 
O enfoque ergonômico tende a desenvolver postos de trabalho que reduzem 
as exigências biomecânicas e cognitivas, procurando colocar o trabalhador 
em uma boa postura de trabalho. (ABNT, 1998, apud ROSA, 2009). 
11.3 Mesa única utilizada para escrever e para uso de computador 
As dimensões devem atender às características antropométricas

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