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ANATOMIA 1 VITÓRIA NOVAIS - MED 1 TECNICAS DE IMAGEM Facilita o reconhecimento das alterações causadas por doenças e traumas. Permite reconhecer anomalias congênitas, tumores e fraturas. Observação de estruturas anatômicas em pessoas vivas e a avaliação de seus movimentos em atividades normais e anormais (p. ex., o coração e o estômago). As técnicas de imagem mais usadas são: Radiografia simples Tomografia computadorizada (TC) Ultrassonografia (US) Ressonância magnética (RM) Medicina nuclear. Embora as técnicas sejam diferentes, todas têm como base a recepção de feixes atenuados de energia que atravessaram os tecidos do corpo ou foram por eles refletidos ou gerados. RADIOGRAFIA SIMPLES Radiação ionizante sem uso de técnicas especiais, como meios de contraste feixe de raios X altamente penetrante transilumina o paciente e mostra tecidos de diferentes densidades de massa no corpo como imagens de diferentes intensidades (áreas claras e escuras) em filme ou monitor Princípios de formação da imagem por raios X Partes do feixe de raios X que atravessam o corpo são atenuadas em vários graus de acordo com a espessura e a densidade do tecido. O feixe é diminuído por estruturas que o absorvem ou refletem, causando menor reação no filme ou no detector, em comparação com áreas que permitem sua passagem relativamente ininterrupta. Um tecido com massa relativamente densa (osso compacto) absorve ou reflete mais raios X do que um tecido menos denso (osso esponjoso). - Consequentemente, um tecido ou órgão denso produz uma área um pouco transparente no filme de raios X ou uma área brilhante no monitor, porque menos raios X chegam ao filme ou detector. Radiopaco = substância densa Radiotransparente = substância de menor densidade Muitos dos mesmos princípios aplicados ao produzir uma sombra são aplicados à radiografia simples. Ao projetar uma sombra da mão na parede: o quanto mais perto a mão estiver da parede, mais nítida é a sombra produzida o quanto mais distante a mão estiver da parede (e, portanto, mais próxima da fonte luminosa), mais a sombra é ampliada. As radiografias são feitas com a parte do corpo avaliada próximo do filme ou detector para que a nitidez da imagem seja máxima e os artefatos de ampliação, mínimos. Na nomenclatura radiológica básica: Incidência Posteroanterior (PA) = raios X atravessaram o paciente da face posterior (P) para a anterior (A) o tubo de raios X estava localizado posteriormente ao paciente e o filme de raios X ou detector, anteriormente Incidência anteroposterior (AP) é o oposto - as duas incidências (PA e AP) são vistas como se você e o paciente estivessem de frente um para o outro (o lado direito do paciente fica à sua esquerda) isso é denominado vista anteroposterior (AP). (Assim, a radiografia de tórax tradicional, feita para examinar o coração e os pulmões, é uma vista AP de uma incidência PA.) - se não estiver indicada a incidência (AP ou PA), não é possível diferenciar antimeria Incidência Lateral ou Perfil = o paciente fica com um lado do corpo mais próximo do filme ou detector e a imagem é vista na mesma direção em que foi projetado o feixe - são usadas letras radiopacas (D ou E) para indicar o lado mais próximo do filme ou detector ANATOMIA 1 VITÓRIA NOVAIS - MED 2 O uso de meios de contraste (líquidos radiopacos como compostos de iodo ou bário) permite o estudo de vários órgãos com lúmen ou vasculares e de espaços virtuais ou reais (trato digestório, vasos sanguíneos, rins, cavidades sinoviais e espaço subaracnóideo) que não são visíveis em radiografias simples. É importante SEMPRE solicitar a realização do exame radiológico em pelo menos duas incidências perpendiculares (cada radiografia exibe uma imagem bidimensional de uma estrutura tridimensional , havendo assim, superposição das estruturas penetradas em sequência pelo feixe de raios X. Por isso, geralmente é necessário mais de uma vista para detectar e localizar com precisão uma anormalidade). TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Radiação ionizante produz imagens radiográficas que se assemelham a cortes anatômicos transversais um feixe de raios X atravessa o corpo enquanto o tubo de raios X e o detector giram em torno do eixo. Múltiplas absorções de energia radial superpostas são medidas, registradas e comparadas por um computador para determinar a densidade radiológica de cada elemento de volume (voxel) do plano do corpo escolhido. O tubo de raios X gira ao redor da pessoa no tomógrafo e emite um feixe de raios X em forma de leque, em vários ângulos, através da parte superior do abdome. Detectores de raios X no lado oposto do corpo medem a quantidade de radiação que atravessa um corte horizontal. Um computador reconstrói as imagens de várias varreduras para produzir a imagem abdominal. A densidade radiológica de cada voxel (quantidade de radiação absorvida pelo voxel) é determinada por fatores que incluem a quantidade de ar, água, gordura ou osso naquele elemento. O computador mapeia os voxels em uma imagem plana (corte) que é exibida em um monitor ou impressa. As imagens de TC têm boa correlação com as radiografias simples, porque as áreas onde há grande absorção (p. ex., osso) são relativamente transparentes (brancas) e aquelas nas quais a absorção é pequena são pretas As imagens de TC são sempre exibidas como se o observador estivesse aos pés do paciente em decúbito dorsal, isto é, uma vista inferior. ULTRASSONOGRAFIA técnica que permite ver estruturas superficiais ou profundas do corpo mediante registro de pulsos de ondas ultrassônicas refletidas pelos tecidos menor custo que TC e RM portátil = pode ser feito em qualquer lugar, beira do leito, durante cirurgias Um transdutor em contato com a pele gera ondas sonoras de alta frequência que atravessam o corpo e são refletidas pelas interfaces de tecidos de diferentes características, como os tecidos moles e o osso. Os ecos refletidos pelo corpo chegam ao transdutor e são convertidos em energia elétrica. Os sinais elétricos são registrados e exibidos em um monitor como uma imagem seccional, que pode ser vista em tempo real e registrada como uma única imagem ou em fita de vídeo. Uma grande vantagem da US é a produção de imagens em tempo real, que mostram o movimento de estruturas e o fluxo nos vasos sanguíneos. ultrassonografia Doppler = as diferenças de frequência entre ondas ultrassônicas emitidas e seus ecos são usadas para medir a velocidade dos objetos em movimento. - Essa técnica baseia-se no princípio do efeito Doppler - o fluxo sanguíneo através dos vasos é exibido em cores, superposto à imagem seccional bidimensional. O exame das vísceras pélvicas a partir da superfície do abdome requer distensão completa da bexiga urinária, pois a urina serve como “janela acústica”, permitindo a passagem de ida e volta de ondas sonoras das vísceras pélvicas posteriores com atenuação mínima. A bexiga urinária distendida também afasta da pelve alças intestinais cheias de gás. - A ultrassonografia transvaginal permite que o transdutor seja posicionado mais próximo do órgão de interesse (p. ex., o ovário) e evita gordura e gás, que absorvem ou refletem as ondas sonoras. O osso reflete quase todas as ondas de ultrassom e a condução no ar é inadequada a US geralmente não é usada para exame do SNC e dos pulmões aerados dos adultos. O apelo da ultrassonografia em obstetrícia se deve ao fato de ser um procedimento não invasivo que não ANATOMIA 1 VITÓRIA NOVAIS - MED 3 emprega radiação; pode fornecer informações úteis sobre a gravidez, como determinar se é intrauterina ou extrauterina (ectópica) e se o embrião ou feto está vivo. Também se tornou um método padrão de avaliação do crescimento e desenvolvimento do embrião e do feto.RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Imagens semelhantes às obtidas por TC, porém permitem melhor diferenciação tecidual A pessoa é colocada em um escâner com forte campo magnético, e o corpo é exposto a pulsos de ondas de rádio. A seguir, os sinais emitidos pelos tecidos do paciente são armazenados em um computador e reconstruídos em várias imagens do corpo. A aparência dos tecidos nas imagens geradas pode variar de acordo com o controle do envio e da recepção dos pulsos de radiofrequência. Os prótons livres nos tecidos alinhados pelo campo magnético adjacente são excitados (oscilados) com um pulso de onda de rádio. Quando voltam à posição inicial, os prótons emitem sinais de energia pequenos, mas mensuráveis. Os tecidos com alta densidade protônica, como a gordura e a água, emitem mais sinais do que os tecidos com baixa densidade protônica. O sinal tecidual baseia-se principalmente em três propriedades dos prótons em uma determinada região do corpo. Essas propriedades são denominadas relaxamento T1 e T2 (que produzem imagens ponderadas em T1 e T2) e densidade protônica. Por exemplo, gordura aparece brilhante (alta intensidade de sinal) nas imagens ponderadas em T1 e relativamente escura (baixa intensidade de sinal) nas imagens ponderadas em T2. Água e líquidos = relativamente escuros em T1 e brilhantes em T2 T1 = mostram de forma ideal a anatomia de partes moles e gordura T2 = idealmente líquidos e patologias (tumores, inflamação, trauma) Na pratica, T1 e T2 fornecem informações complementares. Embora os líquidos tenham alta densidade de prótons livres, os prótons livres excitados nos líquidos em movimento, como o sangue, tendem a sair do campo antes de serem excitados e emitirem seu sinal e são substituídos por prótons não excitados. Consequentemente, os líquidos em movimento apresentam-se pretos nas imagens ponderadas em T1. Os computadores associados aos escâneres de RM têm a capacidade de reconstruir tecidos em qualquer plano a partir dos dados adquiridos: transverso, mediano, sagital, frontal, e até mesmo em planos oblíquos arbitrários. Os dados também podem ser usados para gerar reconstruções tridimensionais. Os escâneres de RM produzem boas imagens de tecidos moles sem o uso de radiação ionizante. O movimento feito pelo paciente durante longas sessões de exame criava problemas para os escâneres das primeiras gerações, mas os escâneres rápidos utilizados atualmente podem ser sincronizados ou ajustados para visualizar estruturas em movimento, como o coração e o fluxo sanguíneo, em tempo real. Macete: Procure a água. A água BRILHA (fica branca) em T2 MEDICINA NUCLEAR Fornece informações sobre a distribuição ou concentração de pequenas quantidades de substâncias radioativas introduzidas no corpo. mostra imagens de órgãos específicos após injeção intravenosa (IV) de uma pequena dose de material radioativo. O radionuclídeo é marcado com uma substância que é seletivamente captada por um órgão, como o difosfonato de metileno marcado com tecnécio-99m (99mTc-MDP) para cintigrafia óssea PET – TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS usa isótopos produzidos por cíclotron, com meia-vida extremamente curta e que emitem pósitrons. é empregada para avaliar a função fisiológica de órgãos, como o encéfalo, de forma dinâmica. Há captação seletiva do isótopo injetado nas áreas de aumento da atividade encefálica. as imagens podem mostrar todo o órgão ou cortes transversais. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR EMISSÃO DE FÓTON ÚNICO (SPECT) ANATOMIA 1 VITÓRIA NOVAIS - MED 4 É semelhante, mas usa marcadores com maior permanência. O custo é mais baixo, porém, é mais demorada e tem menor resolução.