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RESUMO SOBRE OS ASPECTOS IMUNOLÓGICOS DA DIABETES MELLITUS TIPO 1, VITILIGO E DOENÇA DE GRAVES

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Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino – LTDA
Centro Universitário do Rio São Francisco– UniRios
Curso de Bacharelado em Enfermagem
Imunologia 
RESUMO SOBRE OS ASPECTOS IMUNOLÓGICOS
DA DIABETES MELLITUS TIPO 1, VITILIGO E DOENÇA DE GRAVES
Paulo Afonso - BA
2020
Aspectos imunológicos da diabetes mellitus tipo 1:
O diabetes mellitus do tipo 1 (DM1) é considerado uma doença endócrina autoimune órgão-específica, resulta da destruição seletiva das células beta das ilhotas pancreáticas, produtoras de insulina, pela infiltração progressiva de células inflamatórias, particularmente por linfócitos T autorreativos. As manifestações clínicas do distúrbio metabólico surgem quando cerca de 80% das células beta pancreáticas são destruídas. O DM1 é caracterizado pela presença de anticorpos e autoanticorpos, geralmente no estágio pré-clínico, contra constituintes da célula beta pancreática. Marcadores como o anticorpo anti-ilhota (ICAs), anti-insulina (IAAs), ácido glutâmico descarboxilas (GAD-65) e as tirosinas fosfatases IA-2 e 1A-2B, estão relacionados com o desenvolvimento desta doença. O quadro histopatológico do DM1 é caracterizado pela presença de infiltrado inflamatório de células mononucleares, com predominância de linfócitos T, com raras células betas ou ausência destas nas ilhotas de Langerhans. As células secretoras de outros hormônios, como glucagon, somatostatina e polipeptídeo pancreático, também presentes nas ilhotas pancreáticas são poupadas, porém como as células que secretam insulina são em maior número as ilhotas pancreáticas acabam se tornando atrofiadas. O processo autoimune que resulta no DM1 pode ser devido a uma falha no desenvolvimento e/ou manutenção da tolerância imunológica aos autoantígenos expressos nas células beta das ilhotas pancreáticas. Ou seja, indivíduos predispostos geneticamente e mediante estímulo ambiental desenvolvem alterações imunológicas que expõe autoantígenos das células beta pancreáticas desencadeando a quebra da tolerância imunológica e participação de células dendríticas, macrófagos, células T e células B na resposta imune contra autoantígenos pancreáticos. A partir da ativação da resposta imunológica são produzidos diversos mediadores e citocinas os quais ativam os leucócitos que se infiltram nas ilhotas pancreáticas se produzem mediadores pró-inflamatórios que sustentam o processo de destruição das células beta pancreáticas.
Aspectos imunológicos do vitiligo:
O fator mais convincente de que o vitiligo é doença auto-imune é a presença de auto-anticorpos contra melanócitos na circulação da maioria dos pacientes que tem a patologia. A chave do mecanismo autoimune ocorre por infiltração linfocítica: Na camada basal, é identificado um processo de vacuolização e degeneração dos queratinócitos, melanócitos e Células de Langerhans, através de microscopia eletrônica. Além disso, há também uma infiltração inflamatória com pequenos linfócitos e histiócitos localizados na derme papilar, próximo ao local da lesão. O pesquisador Abdel-Nasser descobriu que o infiltrado é composto principalmente de lincócitos T CD8. Esses fatores dificultam ou impedem o proceso de melanogênese. O processo de melanogênese ocorre em uma cascata com cerca de dez reações. De forma resumida, entretanto, observa-se a conversão do aminoácido Tirosina (que por sua vez é derivada da fenilalanina) em melanina através dos melanócitos. A melanina produzida é transferida para os queratinócitos que a depositam na epiderme. Com isso, é possível concluir que uma infiltração linfocítica e um processo de vacuolização dessas células podem interromper tanto a síntese de melanina quanto o processo de deposição desse pigmento, resultando nas máculas frequentemente observadas. O vitiligo, geralmente, está associado a outras doenças autoimunes: As seguintes doenças corroboram com a teoria da associação entre vitiligo e outras manifestações autoimunes: anemia perniciosa, doença de Addison, diabetes mellitus, esclerodermia localizada, alopecia areata, miastenia gravis, pênfigo vulgar e nevus halo. Essa associação foi descoberta pela presença de anticorpos contra tireoide, glândulas adrenais e células parietais (células do estômago) em pacientes que apresentavam vitiligo. As doenças citadas são mais prováveis de surgir em pacientes que apresentam vitiligo devido às alterações imunológicas já apresentadas. Novas drogas têm surgido, como os imunomoduladores tópicos que, aliados às terapias convencionais e à boa relação médico/paciente, têm permitido grandes sucessos na terapêutica dessa doença.
REFERÊNCIAS
 https://imunologia96.wordpress.com/2013/02/08/vitiligo-i/
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-05962004000300010&script=sci_arttext
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301999000200015
http://seer.pucgoias.edu.br/files/journals/3/articles/3629/submission/review/3629-10600-1-RV.docx#:~:text=O%20diabetes%20mellitus%20do%20tipo,particularmente%20por%20linf%C3%B3citos%20T%20autorreativos.

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